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D.

BRASIL CONTEMPORÂNEO

Após a doença de Tancredo ter impedido sua posse, assume seu vice, José Sarney e mais tarde para desespero
das forças progressistas, com a morte de Tancredo, assume definitivamente a presidência da república o líder da
ditadura militar no Congresso Nacional.

As primeiras medidas da “nova república” visavam acabar com a legislação autoritária, a legalização dos partidos
clandestinos (PCB e PC do B), a suspensão das cassações políticas e sindicais e a convocação de uma Assembleia
Nacional Constituinte que foi eleita em 15 de novembro de 1986.

No primeiro ano de mandato, a crise se aprofundava e, para detê-la, em fevereiro de 1986, o governo anuncia o
Plano Cruzado. Dentre as medidas mais importantes do plano, destacamos: mudança da moeda, congelamento
de preços e salários, gatilho salarial para quando a inflação atingisse 20% e a moratória da dívida.

O plano teve uma grande aceitação popular, mas com o tempo foi corroído pelo desequilíbrio entre as contas
públicas, a cultura inflacionária, o desabastecimento, o ágio e a maquiagem dos produtos. O governo conseguiu
manter artificialmente o plano até as eleições de 86. Usando-o como cabo eleitoral, o PMDB se torna o maior
partido do Brasil com maioria no Congresso e 21 dos 22 governadores eleitos. São editados pelo governo mais
três planos econômicos: Cruzado II, Bresser e Verão.

Os trabalhos da Assembleia Constituinte serão marcados pela bipolarização entre a direita, representada pelo
Centrão (bloco suprapartidário), e pela esquerda. A direita defendia a manutenção dos privilégios da elite brasileira
e era contrária aos avanços sociais, econômicos e políticos pregados pela esquerda. Mesmo a direita com uma
grande maioria, não foi capaz de impedir que a Constituição de 1988 trouxesse uma série de avanços.

O fim do governo Sarney será marcado pelo retorno da inflação e pelo desgaste político do presidente. Nesse
contexto de atraso, ocorreram as primeiras eleições livres desde 1960. Essa eleição foi decidida em dois turnos
com a vitória do candidato das elites, Fernando Collor de Melo, que, para tanto, vestiu-se com uma roupagem de
jovem e de desvinculado das elites políticas tradicionais, derrotando o candidato da esquerda, Luiz Inácio “Lula”
da Silva.

1. Governo Collor

Ao assumir o governo, Fernando Collor herda uma inflação que passava da casa de 80% ao mês. Para tentar a
governabilidade, o novo governo, no dia da posse, anuncia um novo pacote econômico, o Plano Collor, que visava
o confisco das aplicações financeiras e da poupança, a privatização de empresas estatais, colocação de funcionários
públicos em disponibilidade, mudança da moeda e o congelamento de preços e salários.

Seu governo também será marcado pelo início da globalização, com a abertura de nosso mercado para a
concorrência externa, e o neoliberalismo, cujo pilar se encontra nas privatizações. O Objetivo dessa política era
aumentar a qualidade da indústria brasileira e desonerar o Estado de atributos que caberiam melhor à iniciativa
privada. Segundo o governo, o dinheiro arrecadado nas privatizações serviria para melhorar a atuação nas áreas
de saúde, educação, saneamento e segurança.

O lado bom do governo Collor se mostrou na assinatura do Tratado de Assunção, que cria o Mercosul, além dos
estatutos aprovados em seu governo. Com a maioria do governo no parlamento, são aprovados os importantes
estatutos do Consumidor e da Criança e do Adolescente.

O fracasso dos planos econômicos, plano Collor e Collor II, representaram a incompetência do governo, que acaba
após a primeira cassação de um presidente em nossa história. A denúncia de um suposto esquema de propinas
leva o país a grandes mobilizações populares, incitadas pela classe dirigente, legitimando, assim, a criação de uma
CPI que apurará essas irregularidades, afastando da presidência o primeiro presidente eleito após a ditadura militar
no primeiro processo de Impeachment de nossa história.
2. Governo Itamar

O governo Itamar é marcado pelo retorno do populismo, a paralisação das medidas neoliberais e de globalização,
embora em seu governo o congresso tenha aprovado uma legislação que facilitaria no governo FHC o processo
intenso de privatizações. Além disso temos que destacar o plebiscito de 93, em que, pela segunda vez, o povo
brasileiro reafirmará o sistema presidencialista no país.

As denúncias de corrupção ainda ecoavam em nosso cotidiano e levaram o Congresso a mais uma CPI, dessa vez
para apurar as irregularidades no Orçamento da União.

Para deter o processo inflacionário, o governo lança mão de mais um plano econômico, agora implantado
gradualmente e sem maiores surpresas. O Plano Real não congelou preços e nem salários, e sim diminuiu os
gastos públicos, acabou com a indexação dos preços, aumentou os juros e determinou a paridade entre o dólar e
o real.

O sucesso do plano real foi também utilizado para eleger o seu articulador à presidência da república, o senador
Fernando Henrique Cardoso, então Ministro da Fazenda, ex-ministro das Relações Exteriores.

3. Governo FHC

Fernando Henrique venceu as eleições com 54,30% dos votos no primeiro turno e com um programa de campanha
centrado na estabilização econômica da moeda, intitulando-se o pai do Plano Real e com a proposta de reformas
constitucionais. Seu slogam de campanha era: saúde, educação, habitação, segurança e emprego.

Eleito por uma ampla frente de partidos e políticos conservadores de direita e, para garantir a governabilidade do
país, Fernando Henrique Cardoso permitiu que o legislativo fosse controlado pelos dois maiores partidos, o PMDB
e o PFL (hoje Democratas), que mantiveram suas práticas clientelistas e chantagistas de apoio, enquanto
comandava o executivo federal com uma equipe composta por aliados históricos, gerando uma forte ambiguidade
em seu governo.

As formas de estabilização da moeda contaram com uma política de juros altos, a equivalência real/dólar,
privatizações, restrição ao crédito para coibir o excesso de consumo, além da liberalização das importações, para
evitar o desabastecimento e estimular a concorrência. O fim das restrições à entrada de capital financeiro externo
e a permissão para que as instituições financeiras internacionais possam atuar em igualdade de condições com as
do país, foram outro fator importante para a desnacionalização de nossas empresas que não possuíam condições
de concorrer com o capital internacional. As mudanças acabaram levando a um processo inverso do imaginado
pelo governo que pregava estar auxiliando nossas empresas a se tornarem mais produtivas. Porém logo surgiram
sinais de recessão econômica com o aumento da inadimplência, da queda no consumo e das demissões em massa.

Seu governo produziu uma série de reformas que incluíam a alteração do conceito de empresa nacional, que agora
passa a ser a que tem sede aqui no país, e não mais pelo capital da empresa, o fim do monopólio estatal do
petróleo, dos transportes e da energia, além da administrativa, com a quebra da estabilidade do servidor público;
da previdenciária, com o fim da aposentadoria por tempo de serviço; da política, com a aprovação da reeleição e
da lei de responsabilidade fiscal. A prometida reforma tributária sequer chegou ao congresso.

No tocante à globalização, ocorreu o aprofundamento de nossa dependência externa devido à falência de nossas
empresas, à desnacionalização de tantas outras e à falta de preparo interno para a concorrência externa
(capacitação profissional do patronato e da classe trabalhadora). O desemprego foi uma tônica trágica em seu
governo por consequência do desenvolvimento tecnológico das empresas e da falta de uma política voltada para
o pequeno e médio empreendimento, que seriam capazes de gerar novas vagas.

A política neoliberal de privatizações que, visando diminuir o tamanho do Estado, diminuiu a participação deste na
atividade econômica e de serviços com o intuito de pagar a dívida externa e ser mais eficiente nos setores da
saúde, infraestrutura, educação, moradia e segurança. A política neoliberal se intensificou em seu governo,
fazendo com que o Estado brasileiro chegasse a vender mais de 70% de suas empresas durante os governos
Collor e FHC. As privatizações ocorreram nos setores de telecomunicação (motivos: indisponibilidade de linhas,
falta de qualidade dos serviços e o alto valor das contas e da linha) metalurgia, petroquímicas, distribuição de
eletricidade e de exploração de minérios, além da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) e da EMBRAER (Empresa
Brasileira de Aeronáutica).
As privatizações fragilizaram o Estado brasileiro. A queda da arrecadação comprometia o pagamento da rolagem
da dívida, que durante a década de 90 quase decaplicou. A solução foi o aumento na carga tributária, a
manutenção do superávit primário, a política de juros altos e o congelamento da tabela do Imposto de Renda, que
garantiram os pagamentos. No último ano de governo FHC a rolagem da dívida chegou a comprometer 60% dos
recursos da união.

Um dos aspectos que tentamos ver como positivo no processo de globalização, foi à formação do Mercosul, o
mercado comum entre o Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela (faltando somente o referendo do
legislativo paraguaio) além de manter acordos com o Chile, a Bolívia, o Peru e o Equador. Nosso bloco econômico
é uma promessa de maior integração econômica e cultural na América do Sul, uma vez que, o fracasso da criação
da Área de Livre Comércio das Américas, a ALCA, abre espaço para uma maior integração latino-americana.

As manifestações sociais serão constantes durante o governo FHC. A Ação pela Cidadania, do sociólogo Betinho,
ganhou força no combate à fome. O Movimento dos Sem Terra (MST) inicia uma série de invasões em propriedades
rurais (inclusive a fazenda do próprio presidente da república), visando pressionar o governo para a realização da
reforma agrária, o movimento aumentou o número de invasões de propriedades agrárias, o bloqueio de rodovias
e, na crise da seca de 1995, chegou a promover saques pelo nordeste brasileiro. A invasão de prédios públicos
também foi uma tentativa utilizada pelo movimento para pressionar o governo que foi, em toda a nossa história,
o que mais assentou famílias (600.000). A reação da elite conservadora foi marcada pela desqualificação do MST,
pelas prisões de seus líderes (o mais preso: José Rainha do Pontal do Paranapanema-SP) e pelo “massacre de
Eldorado dos Carajás” – PA, com 19 sem-terra mortos em confronto com a Polícia Militar, no mês de abril de 1996,
além das constantes mortes de lideranças ligadas aos movimentos sociais.

São arroladas como virtudes do processo de reforma agrária a diminuição do inchaço urbano, a geração de
empregos, a diminuição dos gastos públicos com infraestrutura urbana e moradia, a diminuição dos índices de
violência urbana, o aumento da saúde familiar, a diminuição dos preços dos alimentos no mercado interno, o
desenvolvimento do mercado consumidor interno, além da recomposição do núcleo familiar.

As ações organizadas do MST incentivaram a organização dos chamados Sem Teto, que passam a fazer invasões
nas cidades para forçar a garantia de moradias populares. As greves também foram constantes e atingiram as
polícias civil, militar e federal, além dos caminhoneiros, que deixaram algumas regiões brasileiras com problemas
de desabastecimento, e dos servidores públicos federais (previdenciários e petroleiros).

A flexibilização da CLT demonstra a necessidade de uma reforma trabalhista, porém ela sofre uma forte oposição
do movimento sindical, pois, segundo ele, a situação do desemprego diminuiu sensivelmente o poder de barganha
da classe trabalhadora. Outro aspecto importante a se destacar foi o maior acordo realizado em nossa história
entre o governo e os trabalhadores com o pagamento das perdas do plano Bresser (governo Sarney) que incidiram
sobre o FGTS.

Um dos grandes destaques do governo FHC ocorreu na área da saúde, bem atendida com a instalação dos Postos
de Saúde Familiar (PSFs), os agentes de saúde, o combate à dengue (apesar do surto no Rio de Janeiro), a
liberação dos genéricos, a quebra na patente do coquetel contra AIDS, além de transformar a campanha de
prevenção contra a doença em referência nacional. Ainda podemos destacar como avanços, a campanha contra o
câncer de mama e de próstata (este com mais dificuldades devido ao ainda forte preconceito machista) e as
campanhas de vacinação de crianças e de idosos (com destaque para a da gripe).

O primeiro Ministro da Saúde do governo FHC foi o conceituado médico Dr. Adib Jatene. Ao assumir a pasta, fez
um levantamento da situação, ficando claro a necessidade de ampliar a infraestrutura básica para uma se ter uma
saúde pública de qualidade. A forma de se alocar recursos suficientes foi a criação de um imposto provisório sobre
movimentação financeira, a CPMF. Porém, com menos de um ano da criação do imposto, o ministro pede demissão
devido ao desvio de verbas do imposto para outros gastos, inclusive o serviço da dívida.

Outro ponto positivo foi na educação, com a criação do Provão para o ensino superior e do ENEM para o ensino
médio, além do projeto de Alfabetização Solidária e da Bolsa Escola. Um absurdo que se verificou quanto ao ensino
superior foi o aumento da facilidade para a criação de novas instituições de ensino, bem como a proliferação de
novos cursos que, embora tenha aumentado o número de vagas, banalizou o acesso e abalou a qualidade do
ensino superior brasileiro.

Um ponto polêmico desse governo é a aprovação do sistema de cotas para negros, que reserva parte das vagas
nas universidades públicas (federais e estaduais) para os afrodescendentes, na tentativa de promover uma maior
inclusão social, chegando-se a se criar cotas inclusive para índios.

A primeira crise do governo FHC foi no sistema financeiro nacional, que apresentou vários bancos falidos, tais
como: Bamerindus (5 bilhões), Econômico (5 bilhões), Nacional (14 bilhões), Banespa (7 bilhões) entre outros
estaduais e particulares. A crise foi contida pelo Programa de Reestruturação e Fortalecimento do Sistema
Financeiro (PROER) que segundo estimativas dos mais catastróficos, pode ter feito o governo gastar mais de 40
bilhões de dólares dos cofres públicos, para o saneamento dos bancos e a posterior venda para grupos nacionais
e para grupos estrangeiros como HSBC, AnroBank, Santander e outros, iniciando assim o processo de
internacionalização de nosso sistema bancário.

Outra crise que gerou desgaste ao governo foi a energética, com a ameaça de um apagão no sistema elétrico
nacional, tendo sido resolvida por intermédio de uma grande campanha de racionamento de energia feita pela
sociedade civil, e, também, pela antecipação das chuvas naquele ano (2001). Mesmo assim, a sociedade foi
obrigada a pagar um aumento nas contas mensais de energia elétrica para subsidiar o prejuízo das empresas
distribuidoras de energia, e, como sempre, o povo pagou a conta.

As crises internacionais também comprometeram o governo FHC. A primeira foi a de 1995, como reflexo da crise
mexicana e russa, quando a taxa Selic foi elevada para 46%; a segunda foi a de 1997, a crise dos Tigres asiáticos,
quando a taxa Selic foi a 42%, queimando 45 bilhões de dólares de nossas reservas. A mais grave crise enfrentada
pelo governo foi a do real, em 1998/99, momento em que as reservas do país caem de 74 bilhões de dólares para
42 bilhões em seis meses. Essa crise gerou a maxidesvalorização do real, que acarretará perdas para a população
e para as empresas, além do aumento dos juros, que chegaram a 50% ao ano na Selic, aumentando mais ainda
a nossa dívida externa. Para piorar a situação, o governador de Minas Gerais, Itamar Franco, decreta moratória
de 90 dias das dívidas do Estado, gerando mais instabilidade.

Quebrado, o país se vê na obrigação de recorrer ao FMI e pegar mais 40 bilhões de dólares de empréstimo, além
de elevar a alíquota da CPMF (Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira) para 0,38%. Essa crise
acerta em cheio o já cambaleante Mercosul, que arrastará também a fraca e dolarizada economia Argentina.

As duas últimas crises econômicas aconteceram em 2001, com a crise do apagão, e em 2002 com a iminência da
guerra do Iraque, por consequência do aumento do combustível e um ataque especulativo interno ao plano real
devido ao retorno de um surto de cultura inflacionária e a consequente inflação, além do aumento do risco Brasil
e pela queda dos investimentos externos tanto na atividade produtiva, quanto na Bolsa de Valores, fazendo com
que o governo voltasse a recorrer ao FMI, tomando um empréstimo de 30 bilhões de dólares.

O longo período de governo FHC será marcado também pelos escândalos de corrupção que, dentre os quais,
podemos destacar o escândalo do Projeto SIVAM, no qual a empresa norte-americana, a Roytheon, assina um
contrato sem licitação no valor de 1,4 bilhões de dólares para projeto de vigilância da Amazônia por satélites,
mesmo com o INPE já tendo tecnologia nacional suficiente para montar o sistema. Escutas telefônicas feitas pela
PF derrubaram o presidente do INCRA, Francisco Graziano, o embaixador Júlio César Gomes Santos, chefe do
cerimonial de FHC e o ministro da Aeronáutica, Mauro Gandra por privilegiarem a empresa norte-americana na
assinatura do contrato e receberem “presentes” da empresa como passagens aéreas e estadias em viagens ao
exterior.

Dentre outros escândalos podemos também citar a denúncia de compra de votos para a aprovação da emenda da
reeleição, além dos escândalos envolvendo o BNDES: como as escutas telefônicas e a pasta cor de rosa, que
levantavam indícios de informações privilegiadas a determinados grupos que disputaram os leilões de privatização
em 1999. Essas escutas envolveram e derrubaram dois presidentes do BNDES, André Lara Rezende e José Pio
Borges, o Ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros e o Secretário da Presidência da República,
Eduardo Jorge, além de envolver o próprio presidente FHC. As denúncias foram arquivadas pelo TCU.

Ainda podemos destacar os casos SUDAM e SUDENE, extintas pelo presidente; a violação do painel do Senado em
1999 para o maior controle da política clientelista do governo, visando a construção de uma base de apoio
parlamentar, o que valeu a renúncia dos Senadores Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda
(PSDB-DF); além da depuração do congresso nacional com a cassação de deputados e senadores.

As inúmeras CPIs: tortura, narcotráfico, roubo de cargas, precatórios, judiciário, bancos, Nike, futebol, Banestado,
entre outras, demonstram a continuidade de práticas de clientelismo e corrupção no Estado brasileiro. A mais
importante de todas as CPIs, sem dúvida alguma, foi a do Banestado, que termina de forma deplorável com uma
briga política entre PT e PSDB (presidente do PT e relator do PSDB), que vazou informações sigilosas para uso
político. Essa CPI poderia ter desvendado o maior esquema de remessa ilegal de dólares para paraísos fiscais de
nossa história, esquema este utilizado pelo propinoduto de Marcos Valério no escândalo do mensalão do governo
Lula. Não investigaram, por exemplo, as remessas do fundo Oportunity e a conta Tucano, que poderiam esclarecer
o esquema de caixa dois das campanhas dos grandes partidos.

As crises econômicas e os escândalos políticos, juntamente com a necessidade da reforma agrária, possibilitaram
um período de marchas sobre Brasília, das quais merecem destaque: a das margaridas, dos menores de rua, dos
sem-terra, dos cem mil (greves da previdência por causa da reforma), dos proprietários rurais (caminhonaço) e a
última passeata, contra o apagão e a corrupção.

No ano de 2002, repete-se a crise do real que, casada com os problemas econômicos, promovem o desgaste
político na base de sustentação do governo, que perde o apoio do PTB e do PL, além de partes do PMDB e do PFL
(caso do painel do Senado e da governadora Roseana Sarney, pré-candidata do PFL que incomodava o PSDB e,
por isso, foi envolvida pela Polícia Federal em um escândalo de corrupção de seu marido na SUDENE, inviabilizando
sua candidatura), além da verticalização das coligações, medida tomada de forma casuística (menos de um ano
antes da eleição, contrariando o próprio texto constitucional) para a reprodução das coligações em nível federal e
estadual, numa clara tentativa de recompor a base eleitoral do governo, o que não se conseguiu e que permitiu
na prática a formação das chamadas “coligações brancas”. Esses desencontros serão fatais para as pretensões de
continuidade do governo PSDB.

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