Вы находитесь на странице: 1из 12

FACULDADE MAURICIO DE NASSAU

CURSO DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA MATEMÁTICA APLICADA

4 Matrizes

Sejam 𝑚 e 𝑛 números naturais não nulos. Uma matriz tipo 𝑚 × 𝑛 (ou


simplesmente 𝑚 × 𝑛) é uma tabela de 𝒎 ∙ 𝒏 números dispostos em 𝒎 linhas (filas
horizontais) e 𝒏 colunas (filas verticais).
Representamos usualmente uma matriz colocando seus elementos (números)
entre parênteses ou entre colchetes. Vejamos alguns exemplos:
1
𝐴 = (5 − 2 ) é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 1 × 3.
2
3
1 −7
𝐵=( 0 ) é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 3 × 2.
2
−1 4
6 2
𝐶=[ ] é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 2 × 2.
3 −1
1 0 1 2
𝐷 = [ 0 2 1 3] é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 3 × 4.
−1 0 0 9
Menos frequente é a colocação de duas barras verticais à sua esquerda e
duas à sua direita:

𝐸 = ‖ √3 1/4 1‖ é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 2 × 3.


−3 5 −1
Considerando uma matriz 𝐴 do tipo 𝑚 × 𝑛. Um elemento qualquer dessa
matriz será representado pelo símbolo 𝒂𝒊𝒋 , no qual o índice 𝑖 refere-se à linha em que
se encontra tal elemento, e o índice 𝑗 refere-se à coluna em que se encontra o elemento.
Vamos convencionar que as linhas são numeradas de cima para baixo, e as
colunas, da esquerda para a direita. Representaremos a matriz 𝐴 do tipo 𝑚 × 𝑛 por 𝐴 =
(𝑎𝑖𝑗 )𝑚×𝑛 , em que 1 ≤ 𝑖 ≤ 𝑚, 1 ≤ 𝑗 ≤ 𝑛, e 𝑎𝑖𝑗 é um elemento qualquer de 𝐴.
No geral, uma matriz 𝑚 × 𝑛 é representada da forma:

𝑎11 𝑎12 … 𝑎1𝑛


𝑎21 𝑎22 … 𝑎2𝑛
𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑚×𝑛 =
… … … …
(𝑎𝑚1 𝑎𝑚2 … 𝑎𝑚𝑛 )

1
FACULDADE MAURICIO DE NASSAU
CURSO DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA MATEMÁTICA APLICADA

Exemplo 4.1: Escreva a matriz 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )2×3, em que 𝑎𝑖𝑗 = 𝑖 − 𝑗.


Uma matriz 2 × 3 apresenta duas linhas e três colunas, assim, deve ser da forma:
𝑎 𝑎12 𝑎13
𝐴 = ( 11 𝑎 )
𝑎21 22 𝑎23

Fazendo a subtração 𝑎𝑖𝑗 = 𝑖 − 𝑗, temos:


𝑎 = 1 − 1 𝑎12 = 1 − 2 𝑎13 = 1 − 3 0 −1 −2
𝐴 = ( 11 )=( )
𝑎21 = 2 − 1 𝑎22 = 2 − 2 𝑎23 = 2 − 3 1 0 −1
0 −1 −2
Assim, 𝐴 = ( ).
1 0 −1

4.1 Matrizes especiais


Algumas matrizes típicas, que tendem a aparecer com frequência, recebem
nomes especiais:
1. Matriz linha: é a matriz formada por uma única linha.
𝐴 = (0 2 4) é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 1 × 3
2. Matriz coluna: é a matriz formada por uma única coluna.
2
−4
𝐵 = ( ) é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎 4 × 1
6
−8
3. Matriz nula: é uma matriz cujos elementos são todos iguais a zero.
Pode-se indicar a matriz nula 𝑚 × 𝑛 por 0𝑚×𝑛 .
0 0 0
02×3 = ( ) é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑛𝑢𝑙𝑎 2 × 3
0 0 0
0 0
02×2 = ( ) é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑛𝑢𝑙𝑎 2 × 2
0 0
4. Matriz quadrada: é uma matriz que possui o número de linhas igual ao
número de colunas (𝑚 = 𝑛).
4 3
𝐴=( ) é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑎 2 × 2.
1 √2
𝑑𝑖𝑧𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝐴 é 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 2.
5 −1 1/3
𝐵 = (−2 0 7 ) é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑎 3 × 3.
√3 1 4
𝑑𝑖𝑧𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝐵 é 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 3.
Nas matrizes quadradas, os elementos de 𝐴 cujo índice da linha é igual
ao índice da coluna constituem a diagonal principal de 𝐴. Assim,
𝑎11 , 𝑎22 , 𝑎33 , … , 𝑎𝑛𝑛 formam a diagonal principal de 𝐴.

2
FACULDADE MAURICIO DE NASSAU
CURSO DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA MATEMÁTICA APLICADA

Os elementos de A cuja soma dos índices da linha e da coluna é igual a


𝑛 + 1 constituem a diagonal secundária de 𝐴.

5. Matriz identidade de ordem n (𝑰𝒏 ): é a matriz quadrada de ordem n


onde todos os elementos da diagonal principal são iguais a 1 e todos os
demais elementos são iguais a 0. Assim:
1 0
𝐼2 = ( ) é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 2
0 1
1 0 0
𝐼3 = (0 1 0) é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 3
0 0 1
1 ⋯ 0
𝐼𝑛 = ( ⋮ ⋱ ⋮ ) é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 𝑛
0 ⋯ 1
6. Matriz transposta: dada a matriz 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑚×𝑛 , chama-se transposta
de 𝑨 a matriz:
𝐴𝑡 = (𝑎′𝑗𝑖 )𝑛×𝑚
Tal que 𝑎′𝑗𝑖 = 𝑎𝑖𝑗 para todo 𝑖 e todo 𝑗. Em outros termos, a matriz 𝐴𝑡
tem colunas ordenadamente iguais às linhas de 𝐴 (e vice-versa). Por
exemplo:
1 3 1 5
- A transposta de 𝐴 = ( ) é 𝐴𝑡 = ( ).
5 9 3 9
1 4
1 2 3
- A transposta de 𝐵 = ( ) é 𝐵 𝑡 = (2 5).
4 5 6
3 6
0
- A transposta de 𝐶 = ( 3 ) é 𝐶 𝑡 = (0 3 −1)
−1

3
FACULDADE MAURICIO DE NASSAU
CURSO DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA MATEMÁTICA APLICADA

4.2 Operações com matrizes


A primeira operação que podemos realizar com duas matrizes é a de
comparação entre os termos através de um sinal de igualdade. Duas matrizes 𝐴 e 𝐵 de
mesmo tipo 𝑚 × 𝑛 são iguais quando todos os seus elementos correspondentes são
iguais, isto é, quando 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑚×𝑛 e 𝐵 = (𝑏𝑖𝑗 )𝑚×𝑛 , temos que 𝐴 = 𝐵 quando 𝑎𝑖𝑗 =
𝑏𝑖𝑗 , para todo 𝑖 (𝑖 = 1,2, … , 𝑚) e para todo 𝑗 (𝑗 = 1,2, … , 𝑛).
𝑎 1 3 𝑑
Por exemplo, para que as matrizes 𝐴 = ( ) 𝑒𝐵=( ) sejam
2 𝑏 𝑐 −5
iguais, devemos ter: 𝑎 = 3; 1 = 𝑑; 2 = 𝑐; 𝑏 = −5.
Exemplo 4.2: Para que valores de 𝑚 e 𝑛 vale a igualdade
0 1 2 2
( ) = (1 − 𝑚 1 2 )?
−3 𝑚 + 1 −1 −3 0 2𝑚 + 1
Para valer a igualdade, os correspondentes devem ser iguais, logo:
0 = 1 − 𝑚2 → 𝑚 = −1 𝑜𝑢 𝑚 = 1 (1)
{𝑚 + 1 = 0 → 𝑚 = −1 (2)
−1 = 2𝑚 + 1 → 𝑚 = −1 (3)
Como as condições (1),(2) e (3) devem ser satisfeitas simultaneamente, temos 𝑚 = −1.

É possível também efetuar a soma de duas matrizes. Dadas duas matrizes,


𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑚×𝑛 e 𝐵 = (𝑏𝑖𝑗 )𝑚×𝑛 , a matriz soma 𝐴 + 𝐵 é a matriz 𝐶 = (𝑐𝑖𝑗 )𝑚×𝑛 , em que
𝑐𝑖𝑗 = 𝑎𝑖𝑗 + 𝑏𝑖𝑗 para todo 𝑖 e todo 𝑗.
2 −1 3 1 3 −4
Por exemplo, dadas as matrizes 𝐴 = ( ) 𝑒𝐵=( ), a
0 5 2 2 −2 3
soma 𝐴 + 𝐵 é dada por:
2 −1 3 1 3 −4 2 + 1 −1 + 3 3 − 4 3 2 −1
𝐴+𝐵 =( )+( )=( )=( )
0 5 2 2 −2 3 0 + 2 5−2 2+3 2 3 5
A soma de duas matrizes possui algumas propriedades características>
1. Comutativa: 𝐴 + 𝐵 = 𝐵 + 𝐴
2. Associativa: (𝐴 + 𝐵) + 𝐶 = 𝐴 + (𝐵 + 𝐶)
3. Existência do elemento neutro: existe 𝑀 tal que 𝐴 + 𝑀 = 𝐴, qualquer
que seja a matriz 𝐴(𝑚×𝑛) .
4. Existência do oposto (ou simétrico): existe 𝐴′ tal que 𝐴 + 𝐴′ = 0𝑚×𝑛 .

Exemplo 4.3: Resolver a equação matricial 𝐴 + 𝑋 = 𝐵, sendo:


3 2 1 7 5 1
𝐴=( ) 𝑒 𝐵=( )
−1 −4 2 1 6 7
𝑎 𝑏 𝑐
A matriz procurada é do tipo 2 × 3 e podemos representa-la por 𝑋 = ( ).
𝑑 𝑒 𝑓
Assim, pela soma das duas matrizes, temos:

4
FACULDADE MAURICIO DE NASSAU
CURSO DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA MATEMÁTICA APLICADA

3 2 1 𝑎 𝑏 𝑐 7 5 1
( )+( )=( )
−1 −4 2 𝑑 𝑒 𝑓 1 6 7
3+𝑎 2+𝑏 1+𝑐 7 5 1
( )=( )
𝑑−1 𝑒−4 2+𝑓 1 6 7
Igualando termo a termo, encontramos:
3+𝑎 = 7 → 𝑎 =7−3=4
2+𝑏 =5 → 𝑏 =5−2=3
1+𝑐 = 1 → 𝑐=0
𝑑−1=1 → 𝑑 =1+1=2
𝑒−4=6 → 𝑒 = 6 + 4 = 10
2+𝑓 =7 → 𝑓 = 7−2 =5
A matriz 𝑋 é dada por:
𝑎 𝑏 𝑐 4 3 0
𝑋=( )=( )
𝑑 𝑒 𝑓 2 10 5

A subtração de duas matrizes, ou diferença entre matrizes, é dada por 𝐴 −


𝐵 = 𝐴 + (−𝐵), ou seja, a soma da matriz 𝐴 com a matriz oposta de 𝐵. Chama-se
matriz oposta de 𝐵 a matriz representada por – 𝐵, tal que 𝐵 + (−𝐵) = 0. A matriz
oposta é obtida trocando-se o sinal de cada um de seus elementos:
2 4 −2 −4
𝐵=( ) → −𝐵 = ( )
5 3 −5 −3
3 −2
Dada uma matriz 𝐴 = ( ), a subtração 𝐴 − 𝐵 é dada por:
5 4
3 −2 −2 −4 3−2 −2 − 4
𝐴 − 𝐵 = 𝐴 + (−𝐵) = ( )+( )=( )
5 4 −5 −3 5−5 4−3
1 −6
𝐴−𝐵 =( )
0 1
Exemplo 4.4: Resolva a equação 𝑋 − 𝐴 + 𝐵 = 𝐶, sendo:
1 0 2
𝐴 = ( 3 ), 𝐵 = ( 4 ), 𝑒 𝑐 = (−2)
−2 −5 3
𝑚
A matriz 𝑋procurada é do tipo 3 × 1, e a representaremos por 𝑋 = ( 𝑛 ).
𝑝
Substituindo na expressão:
𝑋−𝐴+𝐵 =𝐶
𝑚 1 0 2
𝑛
( ) − ( 3 ) + ( 4 ) = (−2)
𝑝 −2 −5 3

5
FACULDADE MAURICIO DE NASSAU
CURSO DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA MATEMÁTICA APLICADA

𝑚−1+0= 2 → 𝑚 = 2+1= 3
{𝑛 − 3 + 4 = −2 → 𝑛 = −2 + 3 − 4 = −3
𝑝+2−5= 3 → 𝑝 = 3−2+5= 6
3
Logo, 𝑋 = (−3).
6
Outra forma de resolver a equação seria isolar a matriz 𝑋, 𝑋 = 𝐶 + 𝐴 − 𝐵, assim:
2 1 0 2+1−0 3
𝑋 = (−2) + ( 3 ) − ( 4 ) = (−2 + 3 − 4) = (−3)
3 −2 −5 3−2+5 6
A matriz oposta −𝐵 também pode ser entendida como a multiplicação da
matriz 𝑩 por um escalar, nesse caso, −𝐵 = −1 ∙ 𝐵. Ao multiplicarmos uma matriz por
um escalar, devemos multiplicar todos os elementos que compõe a matriz pelo mesmo
escalar.

1 2 3
Exemplo 4.5: Dada a matriz 𝐴 = ( ) obtenha as matrizes
−3 5 −1
a) 𝟒 ∙ 𝑨
1 2 3 4∙1 4∙2 4∙3
4∙𝐴=4∙( )=( )
−3 5 −1 4 ∙ (−3) 4∙5 4 ∙ (−1)
4 8 12
4∙𝐴=( )
−12 20 −4
𝟏
b) ∙ 𝑨
𝟑

1 1 1
1 1 ∙ 1 ∙2 ∙3
1 2 3
∙𝐴= ∙( )=( 3 3 3 )
3 3 −3 5 −1 1 1 1
∙ (−3) ∙5 ∙ (−1)
3 3 3
1 2
1 1
∙𝐴=( 3 3 )
3 5 1
−1 −
3 3
É possível também multiplicar duas matrizes entre si. Dadas as matrizes
𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑚×𝑛 e 𝐵 = (𝑏𝑖𝑗 )𝑚×𝑛 , chama-se produto de 𝑨 por 𝑩, e se indica por 𝐴 ∙ 𝐵, a
matriz 𝐶 = (𝑐𝑖𝑗 )𝑚×𝑛 em que 𝑐𝑖𝑘 = 𝑎𝑖1 ∙ 𝑏1𝑘 + 𝑎𝑖2 ∙ 𝑏2𝑘 + 𝑎𝑖3 ∙ 𝑏3𝑘 + ⋯ + 𝑎𝑖𝑛 ∙ 𝑏𝑛𝑘 ;
para todo 𝑖 ∈ {1,2, … 𝑚} e todo 𝑘 ∈ {1,2, … , 𝑝}.
Em outras palavras, multiplicamos cada linha da primeira matriz por cada
coluna da segunda matriz, e o resultado obtido é o elemento 𝑎𝑖𝑗 onde 𝑖 é o número da
linha que foi multiplicada e 𝑗 é o número da coluna que foi multiplicada.

6
FACULDADE MAURICIO DE NASSAU
CURSO DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA MATEMÁTICA APLICADA

Observação:
- A definição garante a existência do produto 𝐴𝐵 quando o número de colunas de 𝐴 é
igual ao número de linhas de 𝐵.
- A matriz produto 𝐶 = 𝐴 ∙ 𝐵 é uma matriz cujo número de linhas é igual ao número de
linhas de 𝐴 e o número de colunas é igual ao número de colunas de 𝐵.
𝐴(𝑚×𝒏) ∙ 𝐵(𝒏×𝑝) = 𝐶(𝑚×𝑝)

1 −2
2 3 1
Exemplo 4.6: Dadas as matrizes 𝐴 = ( ) 𝑒 𝐵 = (0 5 ), determine
−1 0 2
4 1
𝐴𝐵 e 𝐵𝐴.
Para a multiplicação 𝐴𝐵, temos:
1 −2
2 3 1
𝐴∙𝐵 =( ) ∙ (0 5)
−1 0 2
4 1

2∙1+3∙0+1∙4 2 ∙ (−2) + 3 ∙ 5 + 1 ∙ 1
𝐴∙𝐵 =( )
−1 ∙ 1 + 0 ∙ 0 + 2 ∙ 4 −1 ∙ (−2) + 0 ∙ 5 + 2 ∙ 1

2 + 3 + 4 −4 + 15 + 1 9 12
𝐴∙𝐵 =( )=( )
−1 + 0 + 8 2+0+2 7 4
Observação: multiplicamos uma matriz 𝐴2×3 por uma matriz 𝐵3×2 e obtivemos uma
matriz (𝐴 ∙ 𝐵)2×2.
Para a multiplicação 𝐵𝐴, temos:
1 −2
2 3 1
𝐵 ∙ 𝐴 = (0 5 ) ∙ ( )
−1 0 2
4 1

1 ∙ 2 − 2 ∙ (−1) 1 ∙ 3 − 2 ∙ 0 1 ∙ 1 − 2 ∙ 2
𝐵 ∙ 𝐴 = (0 ∙ 2 + 5 ∙ (−1) 0 ∙ 3 + 5 ∙ 0 0 ∙ 1 + 5 ∙ 2)
4 ∙ 2 + 1 ∙ (−1) 4 ∙ 3 + 1 ∙ 0 4 ∙ 1 + 1 ∙ 2

2+2 3−0 1−4 4 3 −3


𝐵 ∙ 𝐴 = (0 − 5 0 + 0 0 + 10) = (−5 0 10 )
8 − 1 12 + 0 4 + 2 7 12 6
Observação: multiplicamos uma matriz 𝐵3×2 por uma matriz 𝐴2×3 e obtivemos uma
matriz (𝐵 ∙ 𝐴)3×3.

Seja 𝐴 uma matriz quadrada de ordem 𝑛. A matriz 𝐴 é dita inversível (ou


invertível) quando se existe uma matriz 𝐵 (também quadrada de ordem 𝑛), tal que:

7
FACULDADE MAURICIO DE NASSAU
CURSO DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA MATEMÁTICA APLICADA

𝐴 ∙ 𝐵 = 𝐵 ∙ 𝐴 = 𝐼𝑛
Nesse caso, 𝐵 é dita inversa de 𝑨 e é indicada por 𝑨−𝟏 e 𝐼𝑛 é a matriz
identidade de ordem 𝑛. A equação acima pode ser reescrita na forma:
𝐴 ∙ 𝐴−1 = 𝐼𝑛
3 2
Exemplo 4.7: Encontre a inversa da matriz 𝐴 = ( ).
5 4
𝑎 𝑏
Fazendo 𝐴−1 = ( )
𝑐 𝑑
Pela definição, 𝐴 ∙ 𝐴−1 = 𝐼𝑛 , temos:
3 2 𝑎 𝑏 1 0
( )∙( )=( )
5 4 𝑐 𝑑 0 1
3𝑎 + 2𝑐 3𝑏 + 2𝑑 1 0
( )=( )
5𝑎 + 4𝑐 5𝑏 + 4𝑑 0 1
Fazendo a igualdade entre os elementos das duas matrizes, temos os sistemas:
3𝑎 + 2𝑐 = 1 5
{ , cuja solução é 𝑎 = 2 e 𝑐 = −
5𝑎 + 4𝑐 = 0 2
3𝑏 + 2𝑑 = 0 3
{ , 𝑐𝑢𝑗𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 é 𝑏 = −1 𝑒 𝑑 =
5𝑏 + 4𝑑 = 1 2
2 −1
Assim, 𝐴−1 = (− 5 3 ).
2 2

4.3 Determinantes
Seja 𝐴 uma matriz quadrada de ordem 𝑛. Chama-se determinante da
matriz 𝑨, e se indica por det 𝑨, o número obtido a partir de operações entre os
elementos de 𝐴, de modo que:
1. Se 𝐴 é de ordem 𝑛 = 1, então det 𝐴 é o único elemento de 𝐴.
𝐴 = (5) → det 𝐴 = 5
𝐵 = (−3) → det 𝐵 = −3
2. Se 𝐴 é de ordem 𝑛 = 2, então det 𝐴 é dado pela diferença entre o
produto dos elementos da diagonal principal de 𝐴 e o produto dos
elementos da diagonal secundária.
1 3
𝐴=( ) → det 𝐴 = (1 ∙ 7) − (3 ∙ 2) = 7 − 6 = 1
2 7
5 4
𝐵=( ) → det 𝐵 = 5 ∙ (−1) − (4 ∙ (−2)) = −5 + 8 = 3
−2 −1
3. Se 𝐴 é de ordem 𝑛 = 3, utilizamos a Regra de Sarrus, que consiste na
aplicação do seguinte procedimento:
𝑎 𝑏 𝑐
Seja a matriz 𝐴 = ( 𝑑 𝑒 𝑓 ).
𝑔 ℎ 𝑖

8
FACULDADE MAURICIO DE NASSAU
CURSO DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA MATEMÁTICA APLICADA

a. Copiamos ao lado da matriz as duas primeiras colunas.

b. Multiplicamos os elementos da diagonal principal de 𝐴.


Seguindo a direção da diagonal principal, multiplicamos,
separadamente, os elementos das outras duas “diagonais”.

Da multiplicação temos: 𝑎𝑒𝑖 + 𝑏𝑓𝑔 + 𝑐𝑑ℎ


c. Multiplicamos os elementos da diagonal secundária de 𝐴,
trocando o sinal do produto obtido. Seguindo a direção da
diagonal secundária, multiplicamos, separadamente, os
elementos das outras duas “diagonais”, também trocando o sinal
dos produtos.

Da multiplicação, trocando os sinais, temos: −𝑐𝑒𝑔 − 𝑎𝑓ℎ − 𝑏𝑑𝑖


d. Somamos todos os resultados obtidos nos itens b e c.
det 𝐴 = 𝑎𝑒𝑖 + 𝑏𝑓𝑔 + 𝑐𝑑ℎ − 𝑐𝑒𝑔 − 𝑎𝑓𝑔 − 𝑏𝑑𝑖
1 3 5
Exemplo 4.8: Calcule o determinante da matriz 𝐴 = ( 2 4 6 ).
−4 1 −1
1 3 5 1 3
det 𝐴 = | 2 4 6 | 2 4
−4 1 −1 −4 1
Multiplicando as diagonais principais:
1(4)(−1) + 3(6)(−4) + 5(2)(1) = −4 − 72 + 10 = −66
Multiplicando as diagonais secundárias e invertendo os sinais:
−5(4)(−4) − (1)(6)(1) − 3(2)(−1) = 80 − 6 + 6 = 80
Assim, det 𝐴 = −66 + 80 = 14

4.3.1 Teorema de Laplace


Seja uma matriz quadrada de ordem 𝑛 ≥ 2 e seja 𝑎𝑖𝑗 um elemento de 𝐴.
Chama-se cofator de 𝑎𝑖𝑗 o número 𝐴𝑖𝑗 tal que 𝐴𝑖𝑗 = (−1)𝑖+𝑗 ∙ 𝐷𝑖𝑗 , em que 𝐷𝑖𝑗 é o
determinante da matriz que se obtém de 𝐴, eliminando sua i-ésima linha e j-ésima
coluna.

9
FACULDADE MAURICIO DE NASSAU
CURSO DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA MATEMÁTICA APLICADA

2 1 5
Exemplo 4.9: Na matriz 𝐴 = (4 3 2), qual é o cofator do elemento 𝑎13 ?
7 6 8
Como 𝑖 = 1 e 𝑗 = 3, eliminamos a 1º linha e a 3ª coluna de 𝐴:
2 1 5
𝐴 = (4 3 2)
7 6 8
Assim, obtemos:
4 3
𝐴13 = (−1)1+3 ∙ | | = (−1)4 ∙ (4 ∙ 6 − 3 ∙ 7)
7 6
𝐴13 = 1 ∙ (24 − 21) = 3

Para calcular o determinante de uma matriz quadrada de ordem 𝑛,


escolhemos arbitrariamente uma de suas filas (linha ou coluna) e somamos os produtos
dos elementos dessa fila pelos respectivos cofatores.
Esse procedimento é conhecido como Teorema de Laplace e se aplica a
toda matriz quadrada de ordem 𝑛. No entanto, para os casos onde 𝑛 = 2 ou 𝑛 = 3 é
mais simples, em geral, utilizar as regras apresentadas anteriormente.

3 1 −2 1
Exemplo 4.10. Calcule o determinante da matriz 𝐷 = ( 5 2 2 3)
7 4 −5 0
1 −1 11 2
Escolhemos a linha 3 de 𝐷 (escolha arbitrária, poderia ser escolhida outra linha ou uma
coluna e o resultado final seria o mesmo). Pelo Teorema de Laplace, temos:
𝐷 = 7 ∙ 𝐴31 + 4 ∙ 𝐴32 + (−5) ∙ 𝐴33 + 0 ∙ 𝐴34
Calculando os cofatores 𝐴31 , 𝐴32 e 𝐴33 :
1 −2 1
𝐴31 = (−1)3+1 ∙ | 2 2 3| = 9
−1 11 2
3 −2 1
𝐴32 = (−1)3+2 ∙ |5 2 3| = 20
1 11 2
3 1 1
𝐴33 = (−1)3+3 ∙ |5 2 3| = 7
1 −1 2
Observação: não calculamos 𝐴34 pois ele será multiplicado por 0.
Assim, temos:
𝐷 = 7 ∙ 𝐴31 + 4 ∙ 𝐴32 + (−5) ∙ 𝐴33 + 0 ∙ 𝐴34
𝐷 = 7 ∙ 9 + 4 ∙ 20 + (−5) ∙ 7 + 0
𝐷 = 63 + 80 − 35 = 108

10
FACULDADE MAURICIO DE NASSAU
CURSO DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA MATEMÁTICA APLICADA

1 0 10 0
Exemplo 4.11: Calcule o determinante da matriz 𝐷 = ( 3 −2 1 −1).
5 0 −3 −2
−9 0 4 7
Embora a escolha seja arbitrária, devemos optar pela fila com maior número de
zeros a fim de simplificar os cálculos. Escolhemos, dessa forma, desenvolver pelos
elementos da 2ª coluna. Pelo Teorema de Laplace, temos:
𝐷 = 0 ∙ 𝐴12 + (−2) ∙ 𝐴22 + 0 ∙ 𝐴32 + 0 ∙ 𝐴42
Como os cofatores 𝐴12 , 𝐴32 e 𝐴42 são multiplicados por zero, calculamos somente 𝐴22 :
1 10 0
𝐴22 = (−1)2+2 ∙ | 5 −3 −2| = 366
−9 4 7

4.3.2 Propriedades dos determinantes


Muitas vezes, o cálculo de determinantes pode ser simplificado com o
auxílio de algumas propriedades.
1. Fila nula: Se 𝐴 possui uma fila (linha ou coluna) na qual todos os
elementos são iguais a zero, então det 𝐴 = 0.
0 0 0 1 0 3
det 𝐴 = | 1 3 4 | = 0 det 𝐴 = |−2 0 5| = 0
−2 5 11 7 0 2
2. Troca de filas paralelas: Se trocarmos a posição de duas filas paralelas
de 𝐴, obtemos a matriz 𝐴′, então: det 𝐴′ = − det 𝐴. Por exemplo:
2 3 −1 4
- Se | | = 11, então | | = −11 (foram trocadas de
−1 4 2 3
posição a primeira e a segunda linha).
1 2 𝑥 𝑥 2 1
- Se |−4 5 𝑦| = 8, então |𝑦 5 −4| = −8 (foram trocadas
−3 7 𝑧 𝑧 7 −3
de posição a primeira e a terceira coluna).

3. Multiplicação de uma fila por um número real: Quando os elementos


de uma fila de 𝐴 são multiplicados por um número real 𝑘, 𝑘 ≠ 0,
obtemos uma nova matriz 𝐴′ e a determinante dessa matriz é dada por:
det 𝐴′ = 𝑘 ∙ det 𝐴.
5 2
Exemplo 4.12: Se 𝐴 = ( ), então det 𝐴 = (5)(4) − (2)(3) = 20 − 6 = 14.
3 4
Multiplicando por 6 os elementos da 2ª linha de 𝐴, obtemos a matriz:
5 2 5 2
𝐴′ = ( ) → 𝐴′ = ( )
6(3) 6(4) 18 24

11
FACULDADE MAURICIO DE NASSAU
CURSO DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA MATEMÁTICA APLICADA

Cujo determinante é det 𝐴′ = (5)(24) − (2)(18) = 120 − 36 = 84.


Ou, pela propriedade, det 𝐴′ = 6 ∙ det 𝐴 = 6 ∙ 14 = 84.

4. Filas paralelas iguais ou proporcionais: Quando 𝐴 possui filas


paralelas iguais (ou proporcionais), então det 𝐴 = 0.
0 2 1 3
O determinante da matriz ( −1 6 5 1 ) é nulo, pois a 3ª linha é
0 4 2 6
5 7 1 11
proporcional à primeira (é igual à primeira multiplicada por 2).
5. Matriz transposta: Considere uma matriz 𝐴 e sua matriz transposta 𝐴𝑡 .
Seus determinantes são iguais, isto é, det 𝐴𝑡 = det 𝐴.
𝑥 𝑦 𝑥 3
| |=| | = 𝑥 − 3𝑦
3 1 𝑦 1
𝑥 𝑦 𝑧 𝑥 1 3
| 1 2 11 | = |𝑦 2 4| = −30𝑥 + 26𝑦 − 2𝑧
3 4 7 𝑧 11 7
6. Teorema de Binet: Pode-se mostrar que, se 𝐴 e 𝐵 são matrizes
quadradas de mesma ordem, vale a relação:
det(𝐴 ∙ 𝐵) = (det 𝐴) ∙ (det 𝐵)
6 2 1 0
Exemplo 4.13: Sejam 𝐴 = ( )e𝐵=( ). Sabemos que det 𝐴 = (6)(4) −
−1 4 −3 2
(2)(−1) = 26 e det 𝐵 = (1)(2) − (0)(−3) = 2.
Construímos agora a matriz produto 𝐴 ∙ 𝐵:
6 2 1 0 (6)(1) + (2)(−3) (6)(0) + (2)(2)
𝐴∙𝐵 =( )∙( )=( )
−1 4 −3 2 (−1)(1) + (4)(−3) (−1)(0) + (4)(2)
6−6 0+4 0 4
𝐴∙𝐵 =( )=( )
−1 − 12 0 + 8 −13 8
Calculando o determinante: det(𝐴 ∙ 𝐵) = (0)(8) − (4)(−13) = 0 + 52 = 52
Ou, pelo Teorema de Binet: det(𝐴 ∙ 𝐵) = (det 𝐴) ∙ (det 𝐵) = 26 ∙ 2 = 52

7. Matriz Inversa e Determinante: Uma forma de saber se uma matriz é


invertível é através do cálculo do determinante. Uma matriz 𝐴 é
invertível se, e somente se, det 𝐴 ≠ 0. Se o determinante for igual a
zero, a matriz não possui inversa.

REFERÊNCIAS
IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; DEGENSZAJN, David; PÉRIGO, Roberto;
Matemática Volume Único. 5ª Edição. Editora Atual, São Paulo, 2006.

12

Вам также может понравиться