Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
λ1 φ1 + . . . + λn φn
33
34 CAPÍTULO 3. BASES DE ESPAÇOS DE HILBERT
Como, para k < j, < φk , φj >= 0, e < φk , φk >= < vk , vk > /||vk ||2 = 1,
do conjunto de elementos linearmente independentes {fi }, é sempre possı́vel
construir uma sucessão de funções ortonormais. Como os φj são combinações
lineares dos {f1 , . . . , fj }, ambos os conjuntos de funções geram o mesmo
subespaço vectorial de H. Conclui-se assim que é sempre possı́vel obter uma
sucessão de funções ortonormadas num espaço de Hilbert.
Vejamos agora uma propriedade das famı́lias de funções ortonormais num
espaço de Hilbert. Para isto, vejamos um resultado válido para espaços pré-
hilbertianos:
2
� �
0 ≤ ||f − g||� =< f − λi φi ,� f − λi φi > �
= ||f ||2 − λi < f, φi > − λ∗i < φi , f > + λi λ∗i
Como,
� �
|< φi , f > −λi |2 = (< φi , f > −λi )(< f, φi > −λ∗i )
� �
= � |< φi , f >|2 − � λ∗i < φi , f >
− λi < f, φi > + |λi |2
tem-se que,
� �
0 ≤ ||f − g||2 = ||f ||2 − |< φi , f >|2 + |< φi , f > −λi |2
Teorema 3.2. Num espaço de Hilbert separado existe sempre uma base or-
tonormada numerável1 .
Teorema 3.3 (Vitali-Dalzell). Seja o espaço de Hilbert L2 ([a, b]). Uma su-
cessão ortonormal {φi (x)} é completa em L2 ([a, b]) se, e somente se,
∞ ��
�
�2
� y �
� φi (x)dx�� = y − a
�
i=1 a
∞ � b ��
�
�2
� y � (b − a)2
� φi (x)dx�� dy =
� 2
i=1 a a
(critério de Dalzell).
∞ � �� �2 ∞ � 1
� 1 � y � 1 � 1
� 2πinx
e �
dx� dy = +4 (1 − cos 2πy)dy
� 3 (2πn)2
n=−∞ 0 0 n=1 0
∞
1 1 � 1 1
= + 2 =
3 π n=1 n2 2
�∞ 1 2
e em que se utilizou a relação de Euler, n=1 n2 = π /6, Capı́tulo 6. A
base de funções {φn = e2πinx }n∈Z do espaço de Hilbert L2 ([0, 1]) é a base de
Fourier.
No caso dos espaços de dimensão infinita, a existência de uma base numerável decorre
1
em que, � 1
Qn (x)Qm (x)dx = δnm
−1
e, � �
1
0 se n �= m
Pn (x)Pm (x)dx = 2
−1 2n+1
se n = m
Em geral, mostra-se que (Exercı́cio 3.1),
1 dn 2
Pn (x) = n n
(x − 1)n
2 n! dx
e que {Pi (x)}i≥0 e {Qi (x)}i≥0 são bases completas de L2 ([−1, 1]). Na figura
3.1 estão representados os primeiros cinco polinómios de Legendre.
1.0
P0 !x"
P1 !x"
0.5 P3 !x" P4 !x"
0.0
!0.5
P2 !x"
!1.0
!1.0 !0.5 0.0 0.5 1.0
x
�
a) f = ∞ i=0 ci φi , no sentido da convergência na norma, isto é,
n
�
||f − ci φi || → 0 quando n → ∞
i=0
b) ci =< φi , f >.
�L
Demonstração. a) Seja, �fL = i=0 ci φi , em que {ci } é uma sucessão de
escalares que satisfaz a, |ci |2 < ∞. Com, L > M ,
e portanto,
ci =< φi , f >
Seja o espaço de Hilbert L2 ([−1, 1]), com a base ortogonal e não normada
dos polinómios de Legendre {Pi (x)}i≥0 . Seja a função,
∞
�
f= ci Pi (x)
i=0
Então,
∞
� 2
< Pn , f >=< Pn , ci Pi >= cn < Pn , Pn >= cn
i=0
2n + 1
e, � 1
2n + 1
cn = Pn (x)f (x)dx
2 −1
1.0
2.5
0.5
2.0
0.0
1.5
!0.5
1.0
!1.0
0.5 !1.5
!1.0 !0.5 0.0 0.5 1.0 !1.0 !0.5 0.0 0.5 1.0
x x
L2 ([0, +∞])
Polinómios de Laguerre
x dn
Ln (x) = en! dx n −x
nx e
�� �
tx + (1 − t)x + nx = 0
Teorema 3.5. Seja H um espaço de Hilbert separado com uma base orto-
normal {φi }. Então,
� �∞
a) ||f ||2 = ∞ 2
i=0 |ci | , em que f = i=0 ci φi (Igualdade de Bessel).
� �∞
b) < f, g >= ∞ ∗
i=0 ci bi , em que g = i=0 bi φi (Igualdade de Parseval).
�
c) A melhor aproximação a f por f � = N i=0 βi φi , no sentido da norma e
dos desvios quadráticos, ∆ =< f − f , f − f � >, é quando, βi = ci .
2 �
42 CAPÍTULO 3. BASES DE ESPAÇOS DE HILBERT
Demonstração. a) Ora,
< f − fN , f − fN > = < f, f > − < f, fN >
− < fN , f > + < fN , fN >
N
� N
� N
�
∗ ∗
2
= ||f || − ci ci − ci ci + c∗i ci
i=0 i=0 i=0
N
�
= ||f ||2 − |ci |2
i=0
No limite quando N → ∞,
||f − fN || → 0
e portanto,
∞
�
2
||f || = |ci |2
i=0
que é a igualdade de Bessel. De igual modo,
N
�
< f − fN , g − gN >=< f, g > − c∗i bi → 0
i=1
e, quando N → ∞, �
< f, g >= c∗i bi
� �∞
b) Seja, f � = N
i=0 βi φi e f = i=0 ci φi . Então,
N
� N
� N
� N
�
� �
2
∆ :=< f − f , f − f >= ci c∗i − ci βi∗ − βi c∗i + βi βi∗
i=1 i=1 i=1 i=1
2
Minimizando ∆ em ordem a βi e βi∗ , vem que,
∂∆2
= −c∗i + βi∗ = 0
∂βi
∂∆2
= −ci + βi = 0
∂βi∗
donde, βi = ci .
Exercı́cios
3.1) Seja L2 ([−1, 1]) o espaço de Hilbert das funções de quadrado somá-
vel. Os polinómios de Rodrigues em [−1, 1] são definidos como Rn (x) =
dn
dxn
(x2 − 1)n . Mostre que:
3.3. TEOREMAS FUNDAMENTAIS 43
a) O polinómio
dk 2
k
(x − 1)n
dx
anula-se nos pontos x = ±1 para todo o k < n.