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1.

CONTRATOS ADMINISTRATIVO X
2. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO x
3. DESAPROPRIAÇÃO x
4. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA x
5. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA x
6. BENS PÚBLICOS x
RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO

Teoria da culpa administrativa: Leva em conta a falta do serviço para impor à Administração o dever de indenizar, independentemente
da culpa subjetiva do agente administrativo (a vítima é quem deve comprovar a falta do serviço).

Teoria do risco administrativo: Segundo esta teoria, não são necessárias a falta do serviço público nem a culpa de seus agentes, bastando
a lesão, sem o concurso do lesado (basta que a vitima demonstre o fato danoso e injusto ocasionado por ação ou omissão do Poder
Público).

Teoria do risco integral: É a modalidade extremada do risco administrativo, abandonada na prática, por conduzir ao abuso e à iniquidade
social (a Administração fica obrigada a indenizar todo e qualquer dano suportado por terceiros, ainda que resultante de culpa ou dolo da
vitima);

A teoria da responsabilidade objetiva da Administração (da responsabilidade sem culpa): funda-se na substituição da
responsabilidade individual do servidor pela responsabilidade genérica do Poder Público. A Administração, ao deferir a seu servidor a
realização de certa atividade administrativa, assume o risco de sua execução e responde civilmente pelos danos que esse agente venha a
causar injustamente a terceiros. (Aplicada no Direito Brasileiro)

OBS.: Só se atribui responsabilidade objetiva à Administração pelos danos que seus agentes causem a terceiros, não se responsabilizando
por atos predatórios de terceiros nem por fenômenos naturais que causem prejuízo aos particulares.

Reparação do dano: A reparação do dano causado pela Administração a terceiros é obtida amigavelmente ou por ação de indenização.
Uma vez indenizada a vitima, fica a entidade com o direito de reaver do funcionário os valores pagos à vítima, por meio da ação regressiva.

A responsabilidade do Estado é objetiva: o Estado responde pelos danos causados por seus agentes independentemente de culpa.
A responsabilidade do agente é subjetiva: agente responde ao Estado, em ação regressiva, só se agir com dolo ou culpa.
Elementos da responsabilidade objetiva, Ato lesivo causado pelo agente público, nessa qualidade;
Ocorrência de um dano patrimonial ou moral; Nexo de causalidade entre o dano e a atuação do agente.
Alcança as pessoas jurídicas
De direito público: todas (adm. direta, autarquias e fundações)
De direito privado prestadoras de serviço público: EP, SEM, fundações e delegatárias.
Estatais exploradoras de atividade econômica não!
Responsabilidade civil do Estado por ação ou omissão Ação -> responsabilidade objetiva -> teoria do risco administrativo
Omissão -> responsabilidade subjetiva -> teoria da culpa administrativa
Prescrição
Ação de indenização: 5 anos
Ação regressiva: imprescritível
EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE
Culpa exclusiva da vítima (em caso de culpa concorrente, a responsabilidade é atenuada, proporcionalmente);
Caso fortuito e força maior (eventos externos);
Evento exclusivo de terceiros, inclusive multidões;
O ônus da prova é da Administração!
A responsabilidade civil do Estado é objetiva no caso de ação e subjetiva no caso de omissão. Em tal contexto, o agente precisa ter
agido com função pública. Vale ressaltar que o agente público responde por atos lícitos e ilícitos.

Na responsabilidade objetiva, aquela que independe de prova da culpa ou do dolo, deve-se comprovar: Ação; Dano; Nexo.

No responsabilidade subjetiva (caso de omissão), deve-se comprovar a culpa e o dolo. Tal responsabilidade é também conceituada
como culpa administrativa e falta de serviço (o agente não fez o que deveria ser feito e causou um dano).
Na hipótese do Estado assumir a guarda de pessoas ou coisas perigosas, seja por ação ou omissão, responde objetivamente. Como
exemplo, temos a responsabilidade do Estado de zelar pela vida do preso.

O Brasil adota a teoria do risco administrativo, ou seja, admite excludentes de responsabilidade:

 Culpa exclusiva da vítima;


 Caso fortuito ou força maior;
 Culpa de terceiros.
Atenção: Nas hipóteses de danos causados ao meio ambiente ou atividade nuclear, adota-se a teoria do risco integral. Por tal teoria, não
são admitidas excludentes de responsabilidade, visto que o Estado assume o papel de garantidor universal.

Por fim, a Administração Pública pode mover uma ação de regresso contra o agente. Trata-se de responsabilidade subjetiva, ou seja, a
Administração deve comprovar que houve culpa ou dolo do causador do dano.

DICA:
Para definição acerca das normas aplicáveis à responsabilidade civil destas entidades, é relevante analisar a atividade que executam, isto
é, deve-se considerar se atuam na prestação de serviços públicos ou na exploração de atividade econômica.
Isso porque, caso sejam prestadoras de serviços públicos, há a aplicação direta do art. 37, §6º da CF, com a regulamentação de
responsabilidade objetiva, com base na teoria do risco administrativo. Com efeito, o dispositivo determina a responsabilidade objetiva
aplicável a todas as entidades privadas que atuem na prestação de serviços públicos.
Ressalte-se, ainda, que, para a doutrina majoritária, em casos de danos decorrentes de omissão dos agentes públicos, a responsabilidade
civil será subjetiva, em decorrência da aplicação da teoria da culpa do serviço, somente se configurando a responsabilidade civil se for
demonstrado que o prejuízo decorreu diretamente da má prestação do serviço no caso concreto.
O STF, inclusive, já pacificou o entendimento de que a responsabilidade objetiva decorrente de danos causados pelas condutas de seus
agentes será aplicável em casos de vítimas usuárias e também no caso de não ser a vítima usuária do serviço prestado. Tal interpretação
ampliativa decorre do fato de que o intérprete da Carta Magna, no entendimento do STF, não deve restringir garantias particulares, onde
não houve restrição expressa. No entanto, é relevante, para responsabilização destas pessoas de direito privado, que o prejuízo tenha sido
causado na prestação do serviço.
Nesses casos, a responsabilidade da empresa estatal é objetiva e primária e o ente federativo, instituidor da empresa, responde
subsidiariamente pelo dano causado. Com efeito, não sendo possível exigir a reparação civil da empresa pública ou sociedade de economia
mista prestadora do serviço, é possível se exigir o pagamento da indenização do ente estatal, objetivamente.
Por sua vez, caso a empresa estatal seja exploradora de atividade econômica, a regra estampada no art. 37, §6º da CF não lhe será aplicável,
uma vez que atua na atividade privada e segue o regime jurídico idêntico àquele aplicado para as empresas privadas. Sendo assim, as
exploradoras de atividade econômica, não obstante sejam integrantes da Administração Indireta, serão responsabilizadas nos moldes
definidos pelo direito privado.

CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
A Administração Pública pode celebrar contratos regidos pelo direito privado (locação, compra e venda, seguro, etc.) e pode, ainda,
celebrar contratos regidos pelo Direito Administrativo (público).

Entre os atos bilaterais praticados pela Administração Pública e regidos pelo Direito Administrativo, distingue-se, de um lado,
os CONSÓRCIOS e CONVÊNIOS, e, de outro lado, os contratos administrativos.

Os CONTRATOS ADMINISTRATIVOS caracterizam-se pela presença da Administração Pública com as prerrogativas de Poder
Público, visando a realização de obra, de aquisição ou prestação de serviço público.

Nos CONVÊNIOS e CONSÓRCIOS, não existe a contraposição de interesses observada nos contratos administrativos.

OS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS PODEM SER CLASSIFICADOS EM:

a) CONTRATOS DE ATRIBUIÇÃO, aqueles em que a Administração atende a um interesse particular (por exemplo, o uso de bem
público), devendo ser interpretados restritivamente;
b) CONTRATOS DE COLABORAÇÃO, aqueles em que o particular obriga-se a realizar uma obra ou prestar um serviço para a
Administração Pública.

Nos contratos administrativos, a supremacia do Poder Público fundamenta a existência de cláusulas exorbitantes, assim chamadas
porque não seriam admissíveis nos contratos de direito privado, pois consideradas abusivas (pacta sunt servanda).
As cláusulas exorbitantes representam a possibilidade de a Administração instabilizar a relação jurídica.
No direito privado, o que foi pactuado não se pode modificar, a não ser advindo circunstâncias especiais (rebus sic stantibus).
Nos contratos administrativos, porém, o Poder Público pode alterar aquilo que foi pactuado, de modo unilateral, inclusive determinar a
extinção do contrato, antecipadamente, por motivo de interesse público.

SÃO CLÁUSULAS EXORBITANTES:


 Possibilidade de alteração unilateral por parte da Administração Pública – A Administração Pública tem o dever de zelar pela
eficiência dos serviços públicos e, muitas vezes, após a celebração de um contrato de acordo com determinados padrões,
posteriormente, observa-se que estes não mais servem ao interesse público, quer no plano dos próprios interesses, quer no plano das
técnicas empregadas. A alteração do contrato não poderá sofrer resistência do particular contratado, desde que o Poder Público
observe uma cláusula correlata, qual seja a do equilíbrio econômico e financeiro do contrato.
 Equilíbrio econômico-financeiro – Nos contratos administrativos, os direitos dos contratados estão basicamente voltados às
chamadas cláusulas econômicas. O contratado tem o direito à manutenção, ao longo da execução do contrato, da mesma
proporcionalidade entre encargos e vantagens estabelecida no momento em que o contrato foi celebrado. Por isso, se a
Administração alterar cláusulas do serviço, impondo mais gastos ou ônus ao contratado, deverá, de modo correlato, proporcionar
modificação na remuneração a que o contratado faz jus, sob pena de o contratado reclamar judicialmente o equilíbrio econômico-
financeiro, que é a manutenção da comutatividade na execução do contrato (equivalência entre as prestações).
 Controle de contrato – Os contratos administrativos preveem a possibilidade de controle a ser exercido pela própria Administração
Pública, que deve fiscalizar, acompanhar a execução do contrato. Admite-se, inclusive, a intervenção do Poder Público no contrato,
assumindo sua execução, com vistas a eliminar falhas e preservar o interesse público.
 Imposição de penalidades – O Poder Público pode impor penalidades em decorrência da fiscalização e controle (aplicação de
multas e, em casos extremos, a proibição de contratar com a Administração Pública). É evidente que, no contrato de direito privado,
seria inadmissível a aplicação das sanções que exigem intervenção do Poder Judiciário.
 Impossibilidade de o particular invocar a exceção de contrato não cumprido – Nos contratos de direito privado, de natureza
bilateral, ou seja, naqueles em que existem obrigações recíprocas, é admissível a exceção do contrato não cumprido, pela qual a
parte pode alegar que somente cumprirá sua obrigação quando a outra parte cumprir a obrigação respectiva. No entanto, nos
contratos administrativos, afirma-se que o princípio da continuidade dos serviços públicos impossibilita ao particular arguir a
exceção do contrato não cumprido. Se a Administração descumprir uma cláusula contratual, o particular não deverá paralisar a
execução do contrato, mas postular ao Poder Judiciário as reparações cabíveis ou a rescisão contratual. Doutrinariamente, há
questionamentos a essa cláusula exorbitante. Alguns afirmam que não se poderia levar ao extremo a proibição da exceção do contrato
não cumprido, pois, muitas vezes, o descumprimento por parte do Poder Público pode levar o particular à falência. Segundo Celso
Antônio, a inoponibilidade da exceção do contrato não cumprido somente prevaleceria para os contratos de serviços públicos.
Atualmente, a Lei n.º 8.666/93 (Contratos e Licitações) prevê a paralisação da execução do contrato não pago por período superior
a 90 (noventa) dias.
 Rescisão administrativa – Significa a possibilidade de a Administração Pública rescindir o contrato por motivo de interesse público
ou em virtude de falta cometida pelo contratado. Havendo motivo de interesse público, a Administração pode considerar
inconveniente a manutenção do contrato (o particular fará jus à indenização). No caso de falta do contratado, não está a
Administração obrigada a recorrer ao Poder Judiciário, podendo, por seus próprios meios, declarar a rescisão, desde que observado
o devido processo legal, assegurando-se o direito de defesa ao contratado. A rescisão administrativa não deve ser confundida com
a rescisão judicial (aquela determinada pelo Poder Judiciário) e a rescisão de pleno direito (que não depende da manifestação das
partes, pois decorrente de fato extintivo já previsto, por exemplo, falência).

Dica nº 1: Na matéria contratos administrativos, a principal dúvida dos alunos se refere à garantia contratual. O valor é definido
expressamente no contrato pela Administração (até 5% do valor do contrato, podendo chegar a 10% quando o contrato for de grande
complexidade ou alto risco financeiro), mas quem define a modalidade, dentre aquelas estabelecidas na lei, é o contratado.

Dica nº 2: Muitos alunos acabam confundindo a relação entre os atos de improbidade e o julgamento das contas do agente
administrativo pelo Tribunal de Contas. Mesmo diante da aprovação das contas pelo TC, poderá ser proposta a ação de improbidade
administrativa, já que a configuração da improbidade não depende da verificação do dano ao erário.

Dica nº 3: No que tange à licitação, a alienação de bens imóveis pela Administração ocorrerá por meio da modalidade concorrência.
Mas se os bens tiverem sido adquiridos por doação em pagamento ou procedimento judicial, a Lei 8666/93 autoriza o uso da modalidade
leilão.

Dica nº 4: Em relação à matéria servidor público, a CF não garante expressamente o direito à nomeação em caso de aprovação em
concurso público. A jurisprudência do STF garante tal direito em caso de aprovação do agente dentro do numero de vagas fixado no
edital e em caso de violação pela Administração Pública da ordem dos aprovados e classificados no certame. Em ambos os casos, será
possível a propositura do Mandado de Segurança para a defesa de tais interesses, lembrando que no primeiro caso a Administração
deverá nomear o aprovado dentro do prazo de validade do concurso.

Dica nº 5: Quanto aos bens públicos, a imprescritibilidade se estende aos bens da Administração não afetados. Assim, mesmo que os
bens não estejam sendo utilizados para a prestação de um serviço público, não são considerados passiveis de usucapião.

BENS PÚBLICOS
Dica de hoje, bens públicos. AUTORIZAÇÃO, PERMISSÃO e CONCESSÃO de uso de bens públicos.

• Autorização de uso: é ato discricionário e precário, independente de licitação prévia, por meio da qual o Estado permite a utilização
anormal ou privativa de um bem público pelo particular, concedida eminentemente no interesse deste. Ex. Fechamento de rua para eventos
festivos ou utilização da praia para realização de casamento.
• Permissão de uso: é ato discricionário e precário, dependente de licitação prévia, por meio da qual o Estado permite a utilização
anormal ou privativa de um bem público pelo particular, concedida eminentemente no interesse público. Ex. Stands em feiras de
artesanatos ou bancas de revistas em calçadas.
• Concessão de uso – trata-se de contrato administrativo que permite o uso de bem público de forma anormal ou privativa, usado para
situações mais perenes, permanentes e que dependem de maior investimento financeiro do particular. Não é precária – por ter natureza
contratual - tem prazo determinado e requer procedimento licitatório prévio. Ex: utilização de box em um determinado mercado
municipal ou de restaurante em uma universidade pública.

1. ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS:


 NORMATIVOS, ORDINATÓRIOS, NEGOCIAIS, ENUNCIATIVOS E PUNITIVOS.
MNEMÔNICO: N.O.N.E.P.

2. ELEMENTOS DO ATO ADMINISTRATIVO:


 COMPETÊNCIA, FINALIDADE, FORMA, MOTIVO E OBJETO:
MNEMÔNICO: CO.FI.FO.M.OB.

COFIFO - VINCULADO
MOB - DISCRICIONÁRIO - MÉRITO
COFO - convalidável

 ATOS ADMINISTRATIVOS QUE NÃO PODEM SER DELEGADOS:


 LEI 9784/99 - ART. 13. NÃO PODEM SER OBJETO DE DELEGAÇÃO:
I - a edição de Atos de caráter NOrmativo;
II - a decisão de Recursos Administrativos;
III - as matérias de competência EXclusiva do órgão ou autoridade.
MNEMÔNICO: DENOREX ou ANO RAD EX

SANÇÕES AO SERVIDOR QUE COMETER ATO DE IMPROBIDADE:


Art. 37, § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS, a PERDA DA
FUNÇÃO PÚBLICA, a INDISPONIBILIDADE DOS BENS e o RESSARCIMENTO AO ERÁRIO, na forma e gradação previstas
em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

O servidor público que incorre em ato de improbidade administrativa é SUPER IRRESponsável ou Su-per res-ina.
 SUspenção dos direitos políticos
 PERda da função pública
 Indisponibilidade de bens
 RES sarcimento ao erário
Lei 8112/90
Art. 137. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por
infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI.
 CRime contra a administração pública
 IMprobidade administrativa
Aplicação irregular de dinheiros públicos
LEsão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional
COrrupção

MNEMÔNICO: CRIMALECO.

Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor
para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos.

PROveito: Valer-se do cargo para lograr PROveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública.
PROcurador: Atuar, como PROcurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários
ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro.

MNEMÔNICO: PROcurador aPROveita por 5 ANOS.


Formas de PROVIMENTO de cargo público:
Art. 8o São formas de provimento de cargo público:
3. I - nomeação;
4. II - promoção;
5. V - readaptação;
6. VI - reversão;
7. VII - aproveitamento;
8. VIII - reintegração;
9. IX - recondução.
MNEMÔNICO: PAN RE-RE-RE-RE!
HIPÓTESES DE VACÂNCIA NO SERVIÇO PÚBLICO: ART.33 LEI 8112/90
1. - exoneração;
2. - demissão;
3. - promoção;
4. - readaptação;
5. - aposentadoria;
6. - posse em outro cargo inacumulável;
7. - falecimento.
MNEMÔNICO: PEDRA FDP
MNEMÔNICO: A EX do PROMOtor REApareceu APÓS a POSSE e FALECEU.

DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 1: Empresas Públicas x Sociedades de Economia Mista
TRAÇOS COMUNS
– Criação e extinção autorizadas por lei.
– Personalidade jurídica de direito privado.
– Sujeição ao controle estatal.
– Derrogação parcial do regime de direito privado por normas de direito público.
– Vinculação aos fins definidos na lei instituidora.
– Desempenho de atividade de natureza econômica e, em algumas ocasiões, a prestação de serviços públicos.
TRAÇOS DISTINTOS
– Forma de organização (EP = qualquer forma admitida em direito; SEM = sociedade anônima).
– Composição do capital (EP = capital público; SEM = capital público e privado).
DICA 2: Intervenção direta do Estado na atividade econômica
Constituição Federal, art. 173: “Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo
Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos
em lei”.
Lei 13.303/2016, art. 2º: “A exploração de atividade econômica pelo Estado será exercida por meio de empresa pública, de sociedade de
economia mista e de suas subsidiárias. A constituição de empresa pública ou de sociedade de economia mista dependerá de prévia
autorização legal que indique, de forma clara, relevante interesse coletivo ou imperativo de segurança nacional, nos termos do caput do
art. 173 da Constituição Federal”.
DICA 3: CONSTITUIÇÃO DOS CONSÓRCIOS PÚBLICOS
Não pode existir consórcio público:
– Constituído unicamente pela União e Municípios – deve haver participação do Estado.
– Celebrado entre um Estado e Município de outro Estado.
DICA 4: CONSÓRCIOS PÚBLICOS
Para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio público poderá:
– Firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza;
– Receber auxílios, contribuições e subvenções;
– Promover desapropriações e instituir servidões administrativas.
– Arrecadar tarifas.
– Ser contratado mediante dispensa de licitação pela Adm. direta ou indireta dos entes consorciados.
DICA 5: PODER DE POLÍCIA
Poder de polícia preventivo: anuência prévia para a prática de atividades privadas (licença e autorização). Formalizada
por alvarás, carteiras, declarações, certificados etc.
Licença: anuência para usufruir um direito; ato administrativo vinculado e definitivo.
Autorização: anuência para exercer atividade de interesse do particular; ato administrativo discricionário e precário.
Poder de polícia repressivo: aplicação de sanções administrativas a particulares (ex: multas de trânsito, apreensão de mercadorias piratas
etc.)
DICA 6: CONCURSO PÚBLICO – JURISPRUDÊNCIA DO STF
O candidato aprovado em concurso público possui direito subjetivo à nomeação nas seguintes hipóteses:
1 – Quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas previsto no edital;
2 – Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação;
3 – Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de
candidatos de forma arbitrária e imotivada por parte da administração nos termos acima.
DICA 7: RESPONSABILIDADES DO SERVIDOR PÚBLICO
Civil, penal e administrativa.
A regra é a independência entre as instâncias
Exceções: condenação na esfera penal; ou absolvição na esfera penal por negativa de fato ou de autoria.
DICA 8: SERVIÇOS PÚBLICOS
Em razão do princípio da continuidade, os serviços públicos não podem ser paralisados, exceto:
– Em situação de emergência (ex: queda de raio na central elétrica); ou
– Após prévio aviso, quando: a) motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações (ex: manutenção periódica e
reparos preventivos); e b) por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade;
DICA 9: RESPONSABILIDADE POR DANOS DE OBRAS PÚBLICAS
Só fato da obra -> não importa o executor -> responsabilidade civil objetiva do Estado
Má execução da obra
– Execução a cargo da própria Administração -> responsabilidade civil objetiva do Estado
– Execução a cargo de particular contratado -> responsabilidade civil subjetiva do contratado
DICA 10: DESAPROPRIAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
Exige autorização legislativa, emanada do ente que está promovendo a desapropriação;
Os bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios poderão ser desapropriados pela União, e os dos Municípios
pelos Estados;
Em regra, um ente federado “menor” não pode desapropriar os bens de entidades da administração indireta vinculadas a um ente federado
“maior”, salvo se houver autorização do chefe do Poder Executivo do ente “maior”, mediante decreto;
A mesma regra vale para bens de delegatárias de serviço público que estejam diretamente empregados na prestação do serviço.
É isso, essas são as dicas fundamentais da disciplina de Direito Administrativo para você que está começando seus estudos para o XXI
Exame de Ordem.
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:
HIERÁRQUICO = poder de autotutela. Ex: recursos administrativos, processos disciplinares etc. Anulação refere-se a controle
de legalidade: anulam-se atos ilegais. Revogação refere-se a controle de mérito: revogam-se atos inconvenientes ou inoportunos.
Não hierárquico = tutela e órgãos especializados de controle (ex: CGU)
CONTROLE JUDICIAL: Exercido pelos órgãos do Poder Judiciário sobre os atos administrativos do Poder Executivo, do
Legislativo e do próprio Judiciário, quando realiza atividades administrativas. Necessariamente provocado. Controle a posteriori
(regra). Restrito ao controle de legalidade, adentrando no mérito do ato administrativo apenas em caso de ilegalidade ou
ilegitimidade. Pode anular, mas não revogar o ato.
CONTROLE LEGISLATIVO: Exercido pelos órgãos do Poder Legislativo com o auxílio do Tribunal de Contas. Competências
-> Congresso: julgar as contas do PR; sustar atos normativos que exorbitem do poder regulamentar; sustar contratos ilegais.
Senado Federal: aprovar as indicações de nomes indicados pelo PR; julgar autoridades nos crimes de responsabilidade; aprovar
operações de crédito externas. Câmara dos Deputados: tomar as contas do Presidente da República, caso não apresentadas no
prazo.
LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Sujeitos ativos
Agente público, ainda que transitoriamente ou sem remuneração. Inclui agentes políticos. Terceiro, que induza ou concorra
para a prática de ato de improbidade (deve haver participação de agente público).
NÃO PREVÊ SANÇÕES PENAIS (exceto àquele que apresenta denúncia sabidamente infundada).
Independe da ocorrência de dano ao erário (exceto quanto à pena de ressarcimento) ou da aprovação ou rejeição das contas pelo
Tribunal de Contas.
Prescrição: Cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança.
Nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego, aplica-se o prazo prescricional previsto em lei específica para faltas
disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público.
Cinco anos contados da data da prestação de contas, no caso de entidades privadas beneficiárias de recursos públicos ou de cujo
patrimônio ou receita anual o Poder Público contribua com menos de 50%.
Ações civis de ressarcimento ao erário, decorrentes de atos de improbidade, são imprescritíveis.
ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Que importam enriquecimento ilícito: auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida, direta ou indireta, em razão do
exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade pública. Exemplos: o Receber propina; utilizar bem ou servidor
público em proveito próprio; adquirir bens em valor desproporcional à própria renda.
Que causam prejuízo ao erário: qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres de órgão ou entidade pública. Exemplos: o Permitir ou concorrer que se
utilize bens ou dinheiro público sem observar a lei; aquisição de bens pela Adm. Pública fora das condições de mercado; frustrar
a licitude de licitação; realizar despesa pública de forma irregular.
Que atentam contra os princípios da Administração Pública: qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições, bem como outros princípios da Adm. Pública. Exemplos: o Praticar ato
visando fim proibido ou diverso daquele previsto em lei; revelar informação sigilosa; deixar de prestar contas; frustrar a licitude
de concurso público.

ESPÉCIES DE DESAPROPRIAÇÃO

Desapropriação é o procedimento pelo qual o Poder Público retira a propriedade do particular, transferindo para si, ou para terceiros, por
razões de utilidade pública, necessidade pública, ou de interesse social.
Dentre as formas de intervenção do Estado na propriedade, a desapropriação é a mais severa; ao contrário das demais formas de
intervenção estudadas (restritivas), em que o Poder Público apenas condiciona o uso, uma vez que ela retira a propriedade do particular.
A Constituição garante o direito de propriedade, no artigo 5º, inciso XXII. Mais adiante, estabelece que a propriedade atenderá à sua
função social (inciso XXIII)[1], tratando-se também de princípio da ordem econômica (art. 170, III). Dessa forma, o texto constitucional
assegura o direito à propriedade, mas com o objetivo de cumprir sua função social. Nesse cenário, pode surgir o instituto da
desapropriação, na medida em que se a propriedade não cumprir a função social, poderá o proprietário perdê-la.
A desapropriação é iniciada mediante um procedimento administrativo, a partir de uma declaração do Estado afirmando ter interesse na
desapropriação, dando início às medidas com a finalidade de transferência do bem, podendo todo o processo expropriatório ser encerrado
nessa esfera, se não houver oposição do proprietário. Porém, em muitas vezes é acompanhada de uma fase judicial, na medida em que,
não concordando o particular, o Estado deverá consumar o procedimento pela via judicial.
A desapropriação é forma originária de aquisição de propriedade, porque não decorre de nenhum título anterior, tornando-se o bem
expropriado insuscetível de reivindicação, bem como a liberação de quaisquer ônus que sobre ele incidam (ex: hipoteca), ficando
eventuais credores sub-rogados no preço.
Por ser aquisição originária de propriedade, mesmo que a indenização seja paga a pessoa que não seja o verdadeiro proprietário do bem,
este não retornará ao domínio do expropriado. Prevê o art. 35, do Decreto-lei nº 3.365/41 que os bens expropriados, uma vez incorporados
à Fazenda Pública, não podem ser objeto de reivindicação, ainda que fundada em nulidade do processo de desapropriação. Qualquer ação
julgada procedente resolver-se-á em perdas e danos. Ademais, a ação judicial de desapropriação prossegue, independentemente de saber
a Administração quem seja o proprietário e os eventuais ônus que incidem sobre o bem objeto da desapropriação se extinguem e ficam
sub-rogados no preço (art. 31, Decreto-lei nº 3.365/41).
O art. 5º, inciso XXIV, da CF determina que a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública,
ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos na Constituição.
Portanto, são três tipos diferentes de desapropriação: 1) necessidade pública; 2) utilidade pública; 3) interesse social.
Sendo os pressupostos da desapropriação a necessidade ou utilidade pública ou interesse social, preferimos não incluir como espécie de
desapropriação a retirada de glebas do particular utilizadas para culturas ilegais de plantas psicotrópicas, pois se trata, na verdade, de
perda de bens, não se enquadrando em nenhum dos fundamentos autorizadores de desapropriação. Corrobora esse entendimento a
ausência de indenização ao proprietário; ao contrário da desapropriação, que, necessariamente, deve ser acompanhada de indenização.
DESAPROPRIAÇÃO POR NECESSIDADE PÚBLICA
O Decreto-Lei nº 3.365/41 disciplinou o instituto da desapropriação, mas o legislador tratou os pressupostos de necessidade ou utilidade
pública como sendo apenas um fundamento, utilizando, de forma genérica, a expressão utilidade pública.
A necessidade pública decorre de situações de emergência, em que é imprescindível a intervenção imediata do Estado, com a necessária
transferência inadiável de bens de terceiros para o Poder Público.
O art. 5º, do Decreto-lei nº 3.365/41 apresenta algumas situações em que ocorre necessidade pública: segurança nacional, defesa do
Estado, socorro público em caso de calamidade, salubridade pública, entre outras.
DESAPROPRIAÇÃO POR UTILIDADE PÚBLICA
A utilidade pública ocorre nas situações em que é conveniente a transferência do bem para o Estado.
O art. 5º, do Decreto-lei nº 3.365/41 apresenta algumas situações em que ocorre necessidade pública: criação e melhoramento de centros
de população, seu abastecimento regular de meios de subsistência, abertura, conservação e melhoramento de vias ou logradouros públicos;
a execução de planos de urbanização; o parcelamento do solo, com ou sem edificação, para sua melhor utilização econômica, higiênica
ou estética; a construção ou ampliação de distritos industriais, entre outras.
DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL
A desapropriação por interesse social é tratada, atualmente, na Lei nº 4.132 de 1962. Sua inserção na ordem constitucional deu-se com a
Constituição de 1946.
O interesse social consiste nas situações em que mais se destaca a função social da propriedade. A Lei nº 4.132/62 determina que a
desapropriação por interesse social será decretada para promover a justa distribuição da propriedade ou condicionar o seu uso ao bem
estar social.
A desapropriação por interesse social comporta três espécies:
a) Desapropriação por interesse social “genérica”;
b) desapropriação por interesse social para fins de reforma agrária;
c) desapropriação por interesse social – Desapropriação Urbanística.
Denominamos desapropriação genérica, uma vez que não terá disciplina própria, ao contrário do que ocorre com as demais,
desapropriação para fins de reforma agrária e desapropriação urbanística. No entanto, é importante destacar que a desapropriação
“genérica” deve ter um fim específico, uma vez que para o poder público realizar qualquer desapropriação deve se ater a uma das hipóteses
previstas em lei.
São casos de interesse social, conforme a Lei nº 4.132/62, entre outros: aproveitamento de todo bem improdutivo ou explorado sem
correspondência com as necessidades de habitação, trabalho e consumo dos centros de população a que deve ou possa suprir por seu
destino econômico; estabelecimento e manutenção de colônias ou cooperativas de povoamento e trabalho agrícola; construção de casas
populares.
Apesar da desapropriação por interesse social ser de competência de todos os entes federativos (União, Estados, DF e Municípios),
a desapropriação por motivo de interesse social de terras rurais para fins de reforma agrária a fim de condicionar o uso da terra à
sua função social é de competência exclusiva da União.
A desapropriação de imóveis rurais para fins de reforma agrária, que tem como fundamento o interesse social, é disciplinada pelos arts.
184 a 191 da CF; pela Lei nº 8.629/93, arts. 18 a 23 do Estatuto da Terra (Lei nº 4.504/64) e seu procedimento judicial, regido pela Lei
Complementar nº 76/93.

Há, ainda, a desapropriação urbanística que tem como pano de fundo o interesse social, de competência dos Municípios, originada pela
Constituição de 1988, em seu art. 182, § 4º, que possui o caráter de punir o proprietário que não utiliza a propriedade urbana conforme
sua função social.
Tanto a desapropriação para fins de reforma agrária como a urbanística são denominadas pela doutrina de desapropriação-sanção. Isso
se justifica porque haverá a desapropriação pelo fato de o particular não utilizar a propriedade visando a atender a função social que nela
deve estar presente. No caso da desapropriação urbanística, para a consumação da desapropriação, o Município deve promover medidas
que visem a “incentivar” o proprietário a adequar a propriedade à função social; caso isso não ocorra, será efetivada a desapropriação.
Desapropriação-sanção ou confiscatória
Trata-se de modalidade de desapropriação, com caráter punitivo, ao proprietário que explora o cultivo de plantas psicotrópicas ou a
exploração de trabalho escravo; desse modo, não adequando o uso de sua propriedade à função social. Sua fonte constitucional está no
art. 243, da CF.
XXII – é garantido o direito de propriedade; XXIII – a propriedade atenderá a sua função social;
Dicas rápidas sobre CONSÓRCIOS públicos (Lei nº 11.107/2005):
a) A União Federal só participa de consórcios públicos em que também façam parte todos os estados-membros em cujos territórios
estejam situadas as municipalidades consorciadas (Ex.: a União Federal não pode celebrar um consórcio público com município de
Campina Grande/PB, se o estado da Paraíba não figurar como ente consorciante);
b) O consórcio público poderá ser contratado pela Administração Direta ou Indireta dos entes federativos, dispensada a licitação;
c) Os consórcios poderão promover desapropriações e instituir servidões administrativas, após declaração de utilidade ou necessidade
pública, ou interesse social, pelo Poder Público;
d) Os entes federativos consorciados respondem subsidiariamente pelas obrigações do consórcio público.

DICAS E MACETES SOBRE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - Lei 8429/92


Segue um resumão acerca do tema improbidade administrativa. O assunto é tema recorrente nas provas da FCC.
Previsão na CF:
Art. 37, § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

MNEMÔNICO:
O IMPROBO é SU PER FUgaz e IN RESponsável

SUspensão dos direitos políticos


PERda da FUnção pública
INdisponibilidade de bens
RESsarcimento ao erário

ESPÉCIES DE ATO DE IMPROBIDADE:


Artigos 9º, 10 e 11 - ROL EXEMPLIFICATIVO:
ENRI dá PREJU AO ERÁRIO do PRÍNCIPE DA ADM. PÚBLICA.
ENRIquecimento ílicito
PREJUízo AO ERÁRIO
Atentam aos PRINCÍPios DA ADM. PÚBLICA

Art. 9º - ato que beneficiar o PRÓPRIO agente = ENRIQUECIMENTO ILÍCITO


Art. 10 - Ato que beneficiar TERCEIRO = PREJUÍZO AO ERÁRIO.
Art. 11 - Porém, se não beneficiar determinada PF ou PJ, nem o próprio agente será ATENTADO AOS PRINCÍPIOS DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta
lei até o limite do valor da herança.

É vedado acordar, transacionar ou conciliar nas ações judiciais para apuração de eventual prática de improbidade administrativa.
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da
denúncia o sabe inocente.

Pena: detenção de seis a dez meses e multa.


Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem
que houver provocado.

PRESCRIÇÃO: (5 ANOS)
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público,
nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego. (5 ANOS)

No caso de agente político, conforme entendimento do STJ, o prazo inicia após o final do segundo mandato.

DAS PENAS:
Pontos importantes do procedimento administrativo:
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a
apurar a prática de ato de improbidade.

Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de
trinta dias da efetivação da medida cautelar.
§ 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações de que trata o caput.

§ 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade.

§ 8o Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência
do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita.

§ 9o Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar contestação.

§ 10. Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de instrumento.

§ 11. Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação de improbidade, o juiz extinguirá o processo sem julgamento do
mérito.

Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia
o sabe inocente.

Pena: detenção de seis a dez meses e multa.

Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem
que houver provocado.

Da Prescrição

Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público,
nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego. (5 anos).

DICAS
1. As estatais de direito privado não podem falir e seus bens são penhoráveis em regra;
2. Os bens públicos são considerados bens alodiais, ou seja, bens com domínio público;
3. O tombamento consiste numa restrição à propriedade para a proteção do bem em razão de valores de interesse público.
4. O pregão é a modalidade licitatória exclusiva para a aquisição de bens e serviços comuns de qualquer natureza e valor, sendo defeso
para locação e serviços de engenharia em regra.
5. Os contratos administrativos são aqueles ajustes bilaterais de direito público realizados pela administração pública de direito público
ou privado;
6. A Administração Pública em sentido objetivo consagra-se pela função administrativa, enquanto o sentido subjetivo realiza-se pela
organização administrativa;
7. A Lei 12.349/10 acrescentou o Princípio Promoção do Desenvolvimento Nacional – art. 3º caput da Lei 8666/93.
8. O Controle do Poder Legislativo na Administração Pública é realizado pelo Congresso Nacional auxiliado pelo TCU.
9. Não cabe Mandado de Segurança contra atos de gestão empresarial de empresa pública e sociedade de economia mista;
10. São atributos do Ato Administrativo: DICA: LEITE: (Legitimidade, Exigibilidade, Imperatividade, Tipicidade e Executoriedade);
11. A caducidade de ato administrativo se dá pela existência de uma nova lei.
12. A autotutela consagra a revogação e anulação de atos administrativos.
13. O Poder de Polícia consiste na prerrogativa estatal de restrição de Direitos do cidadão a favor da coletividade;
14. Motivação é indispensável para a existência, eficácia e validade de atos administrativos discricionários;
15. Servidor Público Federal ocupa cargo público efetivo e possui 24 meses de estágio probatório nos termos da Lei 8112/90.
16. A Súmula 343 do STJ obriga a presença de advogado em todas as fases do processo disciplinar.
17. O STF através da ADC nº 16 julgada em 2010, consagra a constitucionalidade da irresponsabilidade da Administração Pública
relativo aos encargos trabalhistas oriundos de contratos administrativos de prestação de serviço.
18. A Sumula 13 Vinculante do STF que veda o nepotismo não atinge a atividade política.
19. Improbidade Administrativa é ato ilícito civil independente da sanção penal aplicável ao agente público.
20. Permissão de Serviço Público é ato unilateral, contrato de adesão, discricionário, precário, com licitação. art. 40 da Lei 8987/95.
21- Os consórcios públicos geram uma associação pública ou pessoa jurídica de direito privado.
22- As parcerias público-privadas são concessões especiais de serviço público e obra pública com repartição objetiva dos riscos da
atividade;
23- Os convênios são ajustes de repasse de recursos públicos a entidades de direito público ou de direito privado sem fins lucrativos
para o desenvolvimento de um programa de governo.
24- A legitimação da posse de bem público a particupares para fins de moradia não geram usucapião;
25- O regime diferenciado de contratação é direcionado a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016.
26- O Poder de Polícia se consagra pela limitação individual ou coletiva do administrado.
27- As terras devolutas são indisponíveis da União ou dos Estados-Membros;
28- A consulta licitatória é exclusiva modalidade da Anatel para aquisição de bens e serviços não comuns.
29- O regime privado de licitações e contratos das estatais de direito privado são em regra constitucionais;
30- O ato administrativo deve ser sempre motivado.

Dica nº 1: Na matéria contratos administrativos, a principal dúvida dos alunos se refere à garantia contratual. O valor é definido
expressamente no contrato pela Administração (até 5% do valor do contrato, podendo chegar a 10% quando o contrato for de grande
complexidade ou alto risco financeiro), mas quem define a modalidade, dentre aquelas estabelecidas na lei, é o contratado.
Dica nº 2: Muitos alunos acabam confundindo a relação entre os atos de improbidade e o julgamento das contas do agente administrativo
pelo Tribunal de Contas. Mesmo diante da aprovação das contas pelo TC, poderá ser proposta a ação de improbidade administrativa, já
que a configuração da improbidade não depende da verificação do dano ao erário.
Dica nº 3: No que tange à licitação, a alienação de bens imóveis pela Administração ocorrerá por meio da modalidade
concorrência. Mas se os bens tiverem sido adquiridos por doação em pagamento ou procedimento judicial, a Lei 8666/93 autoriza
o uso da modalidade leilão.
Dica nº 4: Em relação à matéria servidor público, a CF não garante expressamente o direito à nomeação em caso de aprovação em
concurso público. A jurisprudência do STF garante tal direito em caso de aprovação do agente dentro do numero de vagas fixado no edital
e em caso de violação pela Administração Pública da ordem dos aprovados e classificados no certame. Em ambos os casos, será possível
a propositura do Mandado de Segurança para a defesa de tais interesses, lembrando que no primeiro caso a Administração deverá nomear
o aprovado dentro do prazo de validade do concurso.
Dica nº 5: Quanto aos bens públicos, a imprescritibilidade se estende aos bens da Administração não afetados. Assim, mesmo que os
bens não estejam sendo utilizados para a prestação de um serviço público, não são considerados passiveis de usucapião.
BENS PÚBLICOS
DICAS - Permissão, Concessão e autorização.
Elaborei a tabela abaixo porquanto sempre tive dificuldade em entender a diferença entre autorização, permissão e concessão.
Trata-se de matéria bastante cobrada em concursos públicos.
Acho que o ponto principal, a fim de entender os conceitos, é distinguir a aplicabilidade para bens públicos e serviços públicos.

BENS PÚBLICOS (uso a particular)


Conceitos retirados da obra: Manual de direito
SERVIÇOS PÚBLICOS administrativo / Alexandre Mazza. 4. ed. São
Paulo: Saraiva, 2014.
Alguns doutrinadores entendem que a autorização de Ato unilateral, discricionário, precário e sem
serviço público encontra guarida no Art. 21, incisos XI e licitação.
XII. A maioria entende incabível, em face do art. 175 da Interesse predominantemente privado.
CF: Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, Facultativo o uso da área.
AUTORIZAÇÃO diretamente ou sob regime de concessão ou permissão,
sempre através de licitação, a prestação de serviços
públicos.
Lei 8.987/95, Art. 2º, IV - permissão de serviço público: Ato unilateral, discricionário, precário, mas com
a delegação, a título precário, mediante licitação, da licitação (qualquer modalidade).
prestação de serviços públicos, feita pelo poder Interesse predominantemente público.
concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre O uso da área é obrigatório.
PERMISSÃO capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco. Prazo indeterminado mas pode ser revogado a
É formalizada por contrato de adesão (art. 40, Lei qualquer tempo sem dever de indenizar.
8.987/95)
Lei 8.987/95, Art. 2º, II - concessão de serviço público: a Contrato administrativo bilateral, mediante
delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, prévia licitação. Uso obrigatório por prazo
mediante licitação, na modalidade de concorrência, à determinado e a rescisão antecipada pode ensejar
pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre o dever de indenizar.
CONCESSÃO capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e Preponderância do interesse público.
por prazo determinado;
É formalizada por contrato administrativo (art. 4º, Lei
8.987/95)

ATOS

CONCEITO: é toda manifestação unilateral de vontade da administração pública que, no exercício de sua função administrativa, agindo
concretamente, tem por imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos, com vistas à realização de sua
finalidade pública e sujeita ao controle jurisdicional.

Desta forma a administração pública em sentido lado é exercida pelo poder executivo, mas esta presente também no legislativo e no
judiciário (nas atividades administrativas).

SEUS REQUISITOS SÃO:

1. Competência: poder legal do agente para desempenho de suas funções;

2. Finalidade: objetivo de interesse público a atingir;

3. Forma: é a exteriorização do ato. Ex: editais, licitações. O ato exige forma para ter validade. Sem forma ele não é eficaz;

4. Motivo: é a situação de direito ou de fato que determina ou autoriza o ato;

5.Objeto: é o conteúdo do Ato.

OBS: os Atos VINCULADOS tem que ter os 5 requisitos citados (CO-FI-FO-MO-OB);

enquanto que nos DISCRICIONÁRIOS ocorre a retirada do OBJETO e do MOTIVO, entrando o juízo de conveniência e oportunidade
do administrador.

OS ATRIBUTOS OU ELEMENTOS DE UM ATO ADMINISTRATIVO SÃO:

1. Presunção de legitimidade: Pressupõe que o Ato seja legítimo, princípio da legalidade (Se está na lei é porque é legítimo);

2. Imperatividade: poder de império que obriga que o Ato seja executado;

3. Auto- executoriedade: poder que a administração tem de fazer sozinha o Ato Administrativo, de forma imediata, sem depender
de ordem judicial para fazê-lo;

4. Exigibilidade: poder de coerção para que o Ato se cumpra;

5. Tipicidade: corresponde ao tipo de Ato que a lei definirá para alcançar os efeitos que deseja. (Tipo legal).

PONTOS DE DIFERENÇA.

ATO ADMINISTRATIVO x ATO JURÍDICO


A diferença essencial entre ato jurídico e ato administrativo reside em que o ato administrativo tem finalidade pública. Ato
administrativo é uma espécie de ato jurídico.

ATO ADMINISTRATIVO x CONTRATO ADMINISTRATIVO

Diferença entre ato administrativo e contrato administrativo - o contrato é bilateral (há duas partes com objetivos diversos) ; o ato
administrativo é unilateral.

CLASSIFICAÇÃO:

 Quanto aos seus destinatários: atos gerais e individuais;

 Quanto ao seu alcance: atos internos e externos;

 Quanto ao seu objeto: atos de império, de gestão e de expediente;

 Quanto ao seu regramento ou grau de liberdade : atos vinculados e discricionários;

 Quanto à formação do ato: atos simples, complexo e composto;

 Quanto à eficácia: atos válido, nulo e inexistente;

 Quanto à exequibilidade: atos perfeito, imperfeito, pendente e consumado;

 Quanto ao conteúdo: atos constitutivo, extintivo, declaratório, alienativo, modificativo e abdicativo.

 Destaquemos os que encontramos mais nas provas de concursos:

 Quanto ao grau de liberdade – o ato administrativo pode ser vinculado ou discricionário.

a) vinculado – Exemplo: concessão de aposentadoria a que preenche os requisitos legais. Nesses casos, “a lei não deixou opções; ela
estabelece que, diante de determinados requisitos, a Administração deve agir de tal e qual forma”

b) discricionário – Ex: exoneração de servidor ocupante de cargo comissionado.

QUANTO AOS DESTINATÁRIOS: vejamos a quem será destinado o ato administrativo:

a) gerais – serão gerais quando atingirem a coletividade como um todo, não havendo distinção de quem será atingido.

b) individuais – nesse caso o administrador lida com um caso concreto, e esse ato administrativo terá um destinatário especifico, como
no caso em que algum cidadão solicita um alvará para abrir um negocio, o ato será destinado a ele em especifico.

QUANTO À FORMAÇÃO

a) simples – esse tipo de ato é o que resulta da manifestação de vontade de um órgão da Administração Pública, depende de uma única
manifestação de vontade, como por exemplo, no caso da demissão de um funcionário.

b) complexo – . apresentam a conjugação de vontades de mais de um órgão.

c) composto – encontramos esse tipo de ato quando depende de mais de uma manifestação de vontade que devem ser produzidas dentro
de um mesmo órgão, só se obtém a eficácia do ato pela ratificação ordenada por outro agente que não aquele que exteriorizou inicialmente
a Vontade do Poder Público.

Note a diferença entre atos compostos e complexos, a manifestação de vontade dos atos compostos provem de único órgão, já os atos
complexos dependem de manifestação de vontade de órgãos diversos, isso deve ser observado.

QUANTO AO CONTEÚDO

1. - Constitutivos: criam uma situação jurídica, ou seja, passa a existir um direito para os administrados ou para a própria
Administração Pública. Ex.: posse, pela qual passa a existir para o beneficiário a situação jurídica de servidor.

2. - Desconstitutivos ou extintivos: extinguem determinada situação jurídica. Ex.: revogação, que faz desaparecer um ato
administrativo lícito e eficaz.

3. - Declaratórios: reconhecem uma situação jurídica anterior, possibilitando que ela tenha efeitos. Ex.: anulação de um ato
administrativo, que reconhece sua nulidade, ou seja, sua incompatibilidade com a lei; declaração de prescrição de uma ação ou
de decadência de um direito.
4. - Alienativos: transfere bens ou direitos de um titular a outro. Em determinados casos, requer autorização legislativa, como na
alienação de bens imóveis da Administração Direta e das autarquias e fundações .

5. - Modificativos: alteram situações preexistentes, sem extinguir direitos nem obrigações. Ex.: mudança do horário de uma
reunião.

6. - Abdicativos: aqueles em que o titular abre mão de um direito. São incondicionais, irretratáveis, imodificáveis e irreversíveis.
Formalizam-se normalmente por meio de renúncia. De acordo com Meirelles (2007, p. 174), a Administração Pública somente
pode renunciar a direito se houver autorização legislativa. Essa restrição é decorrente do princípio da indisponibilidade do
interesse público pela Administração.

QUANTO A EXEQUIBILIDADE = PERFEITO, IMPERFEITO, PENDENTE E CONSUMADO.

- Perfeito: Está plenamente formado e com condições de produzir efeitos.

- Imperfeito: Está incompleto em sua formação, falta um ato complementar. Exemplo: A falta da publicação do ato.

- Pendente: Está sujeito a condição para que comece a produzir efeitos.

- Consumado: Já exauriu seus efeitos. Já não poderá ser atacado, seja pela via da Administração ou pela via do Judiciário. Pode, contudo,
gerar a responsabilidade do Estado.

QUANTO A EFICÁCIA

- Válido = é o ato praticado de acordo com as normas superiores que devem regê-lo.

- Nulos = São aqueles que atingem gravemente a lei Ex: prática de um ato por pessoa jurídica incompetente.

- Inexistente = São os que contém um comando criminoso Ex: Ato de Tortura para obter informações.

EXISTEM AINDA OUTRAS CLASSIFICAÇÕES, VEJAMOS:

a) atos normativos: para ser normativo, o ato deve conter um comando geral visando a correta aplicação da lei. É o caso por exemplo de
regulamentos ou decretos.

b) atos ordinatórios – tais atos tem por objetivo disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional dos seus agentes,
observa-se esse tipo de ato nas ordens de serviço ou circulares, por exemplo.

c) atos negociais – observa-se que esses atos devem conter uma declaração de vontade da Administração para concretizar negócios com
particulares, nas condições previamente impostas pela Administração Pública.ex contratação de serviços.

d) atos enunciativos – toda vez que a administração se limita a certificar ou atestar um fato, ou então a emitir uma opinião acerca de um
determinado tema.

e) atos punitivos – já quando a administração impõe uma sanção em razão da prática de uma infração de natureza funcional, imposta de
forma unilateral, como por exemplo quando um agente pratica um ato impróprio e vai ser punido.

ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO

Visto que o ato administrativo é espécie de ato jurídico, ele se diferencia de atos de direito privado, portanto apresentará características que
permitem afirmar que ele se submete a um regime jurídico de direito público. São elas:

 Presunção de legitimidade e veracidade: todos os atos administrativos presumem-se em conformidade com a lei e verdadeiros
quanto aos fatos alegados pela administração.

 Imperatividade: é o atributo pelo qual os atos administrativos se impõe a terceiros independentemente de sua concordância, mas nem
todos os atos vão possuir estas características, como por exemplo, aqueles solicitados pelos administrados (autorização, licença,
permissão) ou apenas enunciativos (certidão, atestado, parecer), pois estes atos apenas conferem direitos.

 Autoexecutoriedade: consiste basicamente na administração poder colocar em execução seus próprios atos, sem a necessidade de
intervenção do judiciário. Mas também não será para todos os atos, mas apenas para aqueles em que a lei preveja expressamente e
quando se tratar de medida urgente.

 Tipicidade: é a característica pela qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas a
produzir determinados resultados.

ELEMENTOS
Aqui vamos adotar o que a maior parte da doutrina segue, ou seja, a que está consagrada na Lei nº 4717/65 (Lei de ação popular):

1) Sujeito competente – Aquele a quem a lei atribui competência para a prática do ato.

2) Forma - Exteriorização, ou melhor, o modo pelo qual a declaração se exterioriza.

3) Motivo – É o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo. Exemplo é servidor que comete peculato
(apropriação de bem público em razão da função), tal conduta (FATO) é falta funcional grave, punida com demissão pela Lei 8112 por
exemplo (DIREITO).

4) Objeto – (ou conteúdo) é o efeito jurídico imediato que o ato produz. Maria Sylvia Zanella Di Pietro dá como exemplo o ato de
demissão de um servidor público, onde o objeto é a relação funcional do servidor com a administração, sobre a qual, recai o conteúdo do
ato, ou seja, a demissão.

5) Finalidade - é o resultado que a administração quer alcançar com a prática do ato. Então se objeto é efeito imediato, a finalidade é
mediato, ou seja, vem antes do ato administrativo. Como por exemplo, o ato de abrir um concurso público, o efeito mediato é a necessidade
de recomposição os quadros da administração.

ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS:

 Admissão: é o ato unilateral pelo qual a administração vinculadamente faculta a alguém a inclusão em estabelecimento governamental
para gozo de um serviço público.

 Permissão: é o ato unilateral pelo qual a administração faculta precariamente a alguém a prestação de serviço público ou defere a
utilização especial de um bem público. (precedidas de licitação – art. 175, CF – portanto atos vinculados).

 Concessão: é designação genérica de formula pela qual são expedidos atos ampliativos da esfera jurídica de alguém – art. 175, CF.
(Ora caráter unilateral, ora caráter bilateral).

 Autorização: é o ato unilateral pelo qual a administração, discricionariamente, faculta o exercício da atividade material.

 Aprovação: é o ato unilateral pelo qual a administração, discricionariamente, faculta a prática de ato jurídico ou manifesta sua
concordância com o ato jurídico já praticado, a fim de lhe dar eficácia. (Aprecia conveniência e oportunidade relativas ao ato ainda
não editado). Dupla modalidade: – aprovação prévia e aprovação a posteriori.

 Licença: é o ato vinculado, unilateral, pelo qual a administração faculta a alguém o exercício de uma atividade, uma vez demonstrado
pelo interessado o preenchimento dos requisitos legais exigidos.

 Homologação: é o ato vinculado pelo qual a administração concorda com o ato jurídico já praticado, uma vez verificada a consonância
dele com os requisitos legais condicionadores de sua valida emissão.

TIPOS DE ATOS ADMINISTRATIVOS E SUAS RESPECTIVAS DEFINIÇÕES:

 Decreto: é a formula pela qual o chefe do poder executivo expede atos de sua competência privativa (art. 84, CF).

 Portaria: é a fórmula pela qual as autoridades de nível inferior ao chefe do poder executivo, de conteúdo amplo, dirigido a
subordinados e transmitindo decisões de efeito interno.

 Alvará: é a formula utilizada para expedição de autorizações e licenças.

 Instrução: é a formula de expedição de normas gerais de orientação interna das repartições.

 Aviso: de utilização restrita, só são utilizados nos ministérios militares.

 Circular: é a formula pela qual as autoridades superiores transmitem ordens uniformes a funcionários subordinados. Veicula regras
de caráter concreto, ainda que geral, por abranger uma categoria de subalternos encarregados de determinadas atividades.

 Ordem de serviço: são veiculadas por via de circular.

 Resolução: forma pela qual se exprime a deliberação de órgãos colegiados.

 Parecer: opinião técnica de órgão de consulta.

 Ofício: são “cartas oficiais”, o meio de comunicação formal para os agentes administrativos.

 Despacho: decisões finais ou intermediárias de autoridades, sobre a matéria submetida a sua apreciação.
EXTINÇÃO ATOS ADMINISTRATIVOS:

ATRAVÉS DO CUMPRIMENTO DO PRAZO OU CUMPRIMENTO DA FINALIDADE, PERECIMENTO DO SUJEITO OU


DO OBJETO, RENÚNCIA DO BENEFICIÁRIO (ATO UNILATERAL), OU AINDA PELA RETIRADA DO ATO
(ANULAÇÃO OU REVOGAÇÃO).

REVOGAÇÃO: Revogação é a forma de desfazimento do ato administrativo por motivo de inoportunidade ou inconveniência, quem
pode revogar é somente a administração pública (de ofício ou provocada), através do princípio da isonomia da forma, com a finalidade de
atender o interesse da administração.

ANULAÇÃO: Anulação é a forma de desfazimento do ato administrativo por motivo de ilegalidade do ato (invalidade), quem pode
anular é a administração pública (de ofício ou provocado) e o Judiciário (provocado), através do princípio da isonomia da forma com
a finalidade de restabelecimento da ordem (Princípio da legalidade).

ATOS ADMINISTRATIVOS

Envolve uma manifestação, declaração de vontade realizado pela administração pública e particulares no exercício, de funções públicas,
regido pelo regime jurídico administrativo, controlável pelo poder judiciário.

Todos os poderes do Estado (legislativo, executivo e judiciário) exercem/realizam atos administrativos.

O executivo exerce atos adm no exercício da função típica, os demais são no exercício da função atípica.

Função típica é a chamada função precípua, é a mais importante/principal.

A função do executivo é administrar.

Legislativo: legislar e fiscalizar, não administrar. Atipicamente eles administram. Ex: concurso público, nomeação.

Judiciário: não tem a administração como atividade principal, tem função de julgar, mas realiza fatos administrativos.

Particulares no exercício de funções administrativas reguladas pelo regime jurídico administrativo, lei 9787, farão serviços públicos. Ex:
concessionárias e permissionárias do serviço público.

Ato administrativo é sempre regulado pelo direito administrativo Atos da administração não são sempre regulados pelo direito
administrativo. Os atos da administração são de direito administrativo e de direito privado.

 Todos os atos são passíveis de controle de legalidade pelo judiciário (seja vinculado ou discricionário)

O mérito do ato administrativo discricionário não cabe ser controlado pelo judiciário (ou seja, o juízo de conveniência e oportunidade).

O administrador vai escolher qual a mais correta e oportuna opção. Atributos do ato administrativo: envolve as prerrogativas (elementos
que dão condição de superioridade para a administração em relação ao particular).

 Ato negocial: não tem poder de império. Ex: alvará, autorização, é o particular que pede.

1) Imperatividade/coercibilidade: atributo da adm de impor atos administrativos, independentemente da aceitação dos destinatários
do ato.

Não é um atributo sempre presente nos atos administrativos.

Sempre depende de Lei. Só existe se tiver lei contemplando. Não cabe impor nada, se a lei não permite impor. (art. 5º, II CF/88)

2) Auto-executoriedade: a própria administração executa os atos administrativos sem depender de terceiros para realizar o ato.

Aqui depende de lei, como regra, mas não é absoluto. Há exceções: casos de urgência.

Ex: exercício do poder de polícia pode derrubar uma casa sem ingressar com ação judicial.

Também é um atributo que não está sempre presente, poderá não existir.

Ex: multas.

3) Presunção de legalidade e veracidade: os atos adm se presumem de acordo com a lei, a adm não precisa fazer prova. A presunção
dos atos é de acordo com o direito/juridicidade/legitimidade. Essa presunção significa a inversão do ônus da prova. O sujeito tem que
provar o contrário, a palavra da administração tem presunção de veracidade. É um presunção júris tantum, há prova em contrário.

A presunção estará SEMPRE presente nos atos administrativo, inclusive nos ato privados.
É um tributo que não necessita de lei.

ELEMENTOS/REQUISITOS/PRESSUPOSTOS DO ATO ADMINISTRATIVO

É o esqueleto do ato, é o que forma o ato, é o corpo do ato. Não é o que dá superioridade, os atributos dão prerrogativas.

1) Competência: só pode fazer o ato a autoridade competente. A competência como regra é dependente de lei, salvo a hipótese do
decreto autônomo que permite alterar competências (art. 84, VI CF/88)

a) A COMPETÊNCIA: é irrenunciável, a autoridade não pode deixar de exercê-la, mas pode ser delegada ou avocada a sua execução.
(mera transferência da execução).

Agente de fato: é aquele que tem vício na investidura/ingresso com a administração pública. O que levaria a não ter competência. Ex:
cidadão fez concurso, passou, foi nomeado, tomou posse, ficou durante 05 anos realizando atos administrativos. Posteriormente esse
concurso é anulado. Se admitem os efeitos jurídicos por ele realizados, ainda que viciada a competência.

O ato será mantido com base na TEORIA DO ÓRGÃO, aquela que diz que quem age perante os terceiros não é a pessoa viciada, mas
sim a administração/ente/órgão. É o agir impessoal.

Distinguir agente de fato com usurpação de função: a usurpação é a ausência de investidura, não há vício, não tem efeito nenhum. Ex:
cidadão chega no estabelecimento comercial e passa uma multa. Ele não tem nada a ver com a administração. É usurpação de função.

b) A FORMA: a. Em sentido restrito: é a exteorização do ato - de acordo como a lei manda. Como regra, a lei manda ser escrita.

Forma eletromecânico: declaração imperativa de vontade do estado, auto executória, presunção de veracidade. Ex: semáforo

Forma pictório: pintura/desenho/imagem. Ex: placas de trânsito

Sonoro: apitos do guarda de trânsito. Ex: silvos.

Gestos: mímica: ex: indicação de guarda de trânsito.

Verbal: aceitação do servidor. Ex: posse

Eletrônico: pregão eletrônico.

b. Em sentido amplo: significa as solenidades/formalidades do ato. (art. 22, lei 9.784/99 – processo administrativo federal). Os atos
administrativos como regra não dependem de forma/solenidades previstas em lei, salvo lei em sentido contrário.

Os atos administrativos em sua forma baseiam-se no princípio do informalismo/formalismo moderado.

c) FINALIDADE: a finalidade do ato administrativo é o interesse público. Se não tiver interesse público ele será inválido. A
finalidade aqui é abstrata – interesse público.

A finalidade abstrata do interesse público NÃO VARIA, será sempre o interesse público.

A finalidade concreta é variável, cada ato tem sua finalidade.

d) OBJETO: a conseqüência jurídica, o efeito jurídico produzido pelo ato. É o conteúdo do ato. Ex: criar ou extinguir, vinculado a
lei – discricionariedade.

e) MOTIVO: o fundamento de fato e de direito que ensejou o ato. Ex: motivo da nomeação? A existência de vagas.

ATO VINCULADO E ATO DISCRICIONÁRIO (análise dos requisitos em relação a estes)

ATO VINCULADO: todos os requisitos nele contidos só têm um caminho a ser seguido pela administração – não há opção/escolha.

ATO DISCRICIONÁRIO: somente os requisitos COMPETÊNCIA, FORMA e FINALIDADE são invariáveis, não tem escolha.

A opção/escolha do ato discricionário está no MOTIVO ou OBJETO. (mérito)

Não existe mérito nos atos vinculado, porque nos vinculados não há escolha, inclusive o objeto ou motivo.

Ex: no ato discricionário, forma, competência e finalidade são vinculados.

EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS


1) ANULAÇÃO: é a extinção do ato administrativo ilegal – quem tem competência para anular: administração ou judiciário. A
administração e o judiciário para anular tem um prazo: 5 anos. (art. 54 – lei 9784/99 – prazo da administração), (decreto 20.910 – ação
judicial). Efeitos: ex tunc – retroage tudo desde a origem.

2) REVOGAÇÃO: extinção do ato administrativo em razão de juízo de conveniência e oportunidade. Não envolve ilegalidade.Aqui
o ato é legal, só não é mais conveniente.

Quem tem competência para revogar: somente a administração, salvo o judiciário em relação aos seus próprios atos (quando ele é a
administração). Efeito: ex nunc. Tudo o que passou é mantido, só se extingue da data da revogação para frente.

O ato de revogação é discricionário e só incide sob atos discricionários. Não existe revogação de ato vinculado.

3) REVERSÃO/CONVERSÃO: é alteração/transformação de um ato administrativo originariamente ilegal em outro ato de grau


inferior, porém que atinge os requisitos de legalidade.

Ex: administração faz uma concessão de serviço público, realiza a licitação não na modalidade única e exclusiva de serviços públicos –
CONCORRÊNCIA, e fizeram tomada de preço. Aqui a transformação de tomada de preço se transformou em permissão.

4) CADUCIDADE: é a extinção de um ato originariamente legal, mas em razão de mudanças legislativas supervenientes, ele perde
os requisitos de validade que o integravam. Ex: alvará autorizado, mas com lei nova faltaram requisitos. Haverá caducidade.

5) RENÚNCIA: extinção do direito por vontade do cidadão

6) CASSAÇÃO: extinção de ato administrativo originariamente legal, porém que deixa de preencher os requisitos de validade para a
sua manutenção. Ex: alvará, (mas não é por causa de lei superveniente), de um estabelecimento comercial, que o transforma em uma
boate. O alvará não era pra boate, era para bar somente.

CONVALIDAÇÃO DOS ATOS ADDMINISTRATIVOS: É a sanar/curar de vício que envolvia o ato administrativo.

Há duas possibilidades: Dividida em espécies:

a) CONVALIDAÇÃO TEMPORAL/TÁCITA: é aquela do artigo 54, da lei 9784/99, - o ato viciado ilegal, mas em razão dos 05
anos transcorridos, não pode mais a administração anulá-los. Não precisa de um ato administrativo convalidatório, basta o transcurso do
tempo. Decai o direito da administração de anular o ato ilegal. Admite a convalidação tanto do ato NULO quanto do ANULÁVEL.
Admite convalidação para todos os vícios, graves e leves;

a. VÍCIOS NULOS - Graves: vício de competência exclusiva, mas foi feito por autoridade diversa;

Vício de forma essencial:

Vício de finalidade: interesse público

Objeto/Motivo

b. VÍCIOS DE ANULABILIDADE – LEVES

Vícío de competência não exclusiva: não foi feito pela autoridade competente, mas poderia ser delegada.

Forma não essencial:

b) CONVALIDAÇÃO MATERIAL: é aquela que depende do tipo de vício. Aqui só convalida os anuláveis. Aqui não depende de
tempo.

Vícío de competência não exclusiva: não foi feito pela autoridade competente, mas poderia ser delegada.

Forma não essencial:

Para validar, precisa de ato convalidatório.

CONVALIDAÇÃO CLÁSSIVA (quando não mencionar, material e temporal): convalidação só para hipóteses de anulabilidade:
competência não exclusiva e forma não essencial.

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