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AULA 00
Apresentação do curso.
Ortografia oficial. Homônimos e parônimos.
Acentuação gráfica.
SUMÁRIO PÁGINA
01. Apresentação 01
02. Objetivo e cronograma do curso 02
03. Metodologia do curso 03
04. Ortografia oficial 04
05. Emprego das consoantes 04
06. Emprego das vogais 07
07. Questões comentadas 09
08. Emprego de algumas expressões 15
09. Homônimos e parônimos 23
10. Questões comentadas 28
08. Emprego do hífen 34
09. Acentuação gráfica 41
10. Regras gerais 41
11. Questões comentadas 43
12. Regras específicas 45
13. Questões comentadas 46
14. Lista das questões apresentadas 55
15. Gabarito 72
APRESENTAÇÃO
Primeiramente, farei uma sucinta apresentação pessoal: Meu nome é Fabiano Sales.
Tenho formação em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Iniciei as
atividades docentes há onze anos, no Rio de Janeiro, onde leciono aulas de gramática, de
técnicas de redação, de compreensão e interpretação de textos e de redação de
correspondências oficiais.
Atualmente, participo da equipe Estratégia Concursos, elaborando cursos para os
principais concursos públicos do país, tais como Receita Federal, Senado Federal, Tribunais de
Contas, BACEN, CEF, INSS, Tribunais Regionais, entre outros.
Tenho experiência com as principais bancas examinadoras, dentre as quais se destacam
Cesgranrio, FCC, CESPE/UnB, FGV e ESAF, sendo esta a tradicional organizadora dos
concursos para a Receita Federal do Brasil.
Desde já, coloco-me à inteira disposição de vocês para ajudá-los a conquistar a almejada
CLASSIFICAÇÃO. Sempre que for preciso, façam contato por meio do fórum de dúvidas.
Responderei o mais breve possível!
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Compreensão textual.
2. Ortografia.
3. Semântica
4. Morfologia.
5. Sintaxe.
6. Pontuação.
AULA CONTEÚDO
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DATA
Aula 4
Pontuação. 02/11
Aula 5
Conectivos: valores semânticos. 09/11
Aula 6
Concordância nominal e verbal. 16/11
ORTOGRAFIA OFICIAL
No Brasil, as normas ortográficas são regidas pela Academia Brasileira de Letras (ABL),
por meio do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, conhecido como VOLP.
Em 27 de dezembro de 2012, o Decreto nº 7.875 entrou em vigor, alterando o período de
transição do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Nesse documento, a presidente
Dilma Rousseff estabeleceu um novo período de transição, insculpido no artigo 2º, parágrafo
único:
No decorrer desta aula, veremos que algumas questões elaboradas pela ESAF são
anteriores ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Sendo assim, apresentarei as regras
antigas e, quando for necessário, as novas normas ortográficas.
Começaremos nossa aula de regras ortográficas pelo emprego das consoantes e das
vogais.
EMPREGO DAS CONSOANTES
Exceção: ozônio.
- verbos PÔR e QUERER (e nos respectivos pus, pusera, puseram; quis, quisera, quiseram.
derivados).
- sufixos -AÇA, -AÇO, -IÇA, -UÇO, -ANÇA, barcaça, balaço, carniça, crença, dentuço, esperança,
-ENÇA, -ÇÃO. petição.
- palavras derivadas do verbo TER. ater, atenção; abster, abstenção; reter, retenção.
- palavras derivadas de outras que contenham baliza, abalizado; revezar, revezamento; cruzar,
Z no radical. cruzamento; paz, apaziguar; deslizar, deslize.
Observação!
- antes dos sufixos - AL, -ADA e -INHO(A). Em regra, grafam-se com S os derivados de
palavras cuja forma primitiva contenha S.
Exemplos:
- sufixos -EZ e –EZA (formadores de límpido, limpidez; macio, maciez; tímido, timidez; belo,
substantivos abstratos derivados de adjetivos). beleza; franco, franqueza; gentil, gentileza.
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Observação!
- sufixos -IZAR e -IZAÇÃO.
Alguns verbos recebem apenas -AR como
sufixo. Portanto, devem ser grafados com S.
Exemplos:
- verbos finalizados em -ER e -IR. fazer, dizer, trazer, cozer (cozinhar), produzir, abduzir.
Observação!
- finais -ÁGIO, -ÉGIO, -ÍGIO, -ÓGIO, -ÚGIO. sufrágio, colégio, litígio, relógio, refúgio.
- finais dos substantivos -AGEM, -EGE, -IGEM, - garagem, herege, vertigem, paragoge, ferrugem.
OGE, -UGEM.
Exceções: pajem, lajem (ou laje), lambujem.
- formas infinitivas de verbos terminados em constranger, viger, fingir, fugir, infrigir (transgredir),
-ER e -IR. infligir (aplicar).
- vocábulos derivados de jeito, ajeitar; majestade, majestoso; gorja, gorjeta, gorjeio; sarja, sarjeta;
palavras que contenham J laranja, laranjeira; cereja, cerejeira; granja, granjeiro; igreja, igrejeiro;
no radical. lisonja, lisonjeado, lisonjeiro.
- palavras ameríndias, pajé, jiboia, jirau, jiló, jequitibá, jenipapo, jerimum, canjica, cafajeste,
árabes e latinas. manjericão, alforje, hoje, objeto.
Exemplos:
Importante!
Tenham atenção especial à grafia das seguintes palavras: berinjela, enrijecer, injeção,
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Observação!
Importante!
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- cognatos das palavras chamariz (de chamar), chinelada (de chinelo), chifrada (de chifre),
com CH- . chaveiro (de chave), pichação (de piche).
Dicas estratégicas!
1ª) Quando “en-” for prefixo, prevalecerá a grafia da palavra primitiva: encharcar
(de charco), enchapelar (de chapéu), enchiqueirar (de chiqueiro), enchumbar (de chumbo),
enchouriçar (de chouriço), enchumaçar (de chumaço), enchente (de encher).
2ª) Atenção especial à escrita correta das seguintes palavras: chave, chuchu, chicote,
chifre, chimarrão, chimpanzé, cochilo, chulo, chumaço, chacina, chantagem, chibata, brocha
(prego), bucho (estômago de animais), chá (arbusto), cheque (ordem de pagamento), tacha
(prego ou verbo tachar - apelidar), flecha, cartucho.
- verbo HAVER (e em suas flexões). havemos, haveis, haveria, houve, houvesse, houver.
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- Presente do Indicativo: na 2ª e 3ª pessoas do singular Reunir – tu reúnes, ele reúne, eles reúnem.
(tu e ele) e na 3ª pessoa do plural (eles) dos verbos Partir – tu partes, ele parte, eles partem.
terminados em –IR.
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Reforçando...
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Atenção!
As seguintes palavras devem ser grafadas com “e”: beneficência, cadeado, candeeiro,
creolina, cumeeira, descortinar, descrição (descrever), descriminar (inocentar), desperdício,
despensa (depósito), empecilho, empório, espontâneo, encarnação, paletó, peão (pessoa),
periquito, prazerosamente, rédea, terebintina. Memorizem isso!
As seguintes palavras devem ser grafadas com “i”: aborígine, açoriano, camoniano,
calcário, casimira, cordial, corrimão, crânio, crioulo, digladiar, discernir, discrepância, discrição
(discreto), discriminar (isolar), disenteria, dispensa (licença), displicência, erisipela, escárnio,
impigem, inclinar, inquirir, invólucro, lampião, manteiga, manteigueira, meritíssimo,
pião (brinquedo), privilégio. Sempre aparece alguma em prova.
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usando os estímulos fiscais, mas com melhor planejamento e com mais esforço de contensão(5)
das despesas improdutivas.
(O Estado de S. Paulo, 3/3/2009)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
ater, atenção;
abster, abstenção;
reter, retenção;
conter, contenção.
É importante frisar que também existe o vocábulo “contensão” (grafado com “S”). Segundo
o Dicionário Eletrônico Houaiss, essa palavra significa “tensão ou esforço considerável”, mas não
se enquadra no contexto da questão.
Gabarito: E.
contemporâneos.
c) Piza busca demonstrar que Machado era muito diferente do protagonista de seu último
romance, Memorial de Aires.
d) O escritor não tinha “tédio a controvérsias”, pois, na verdade, participou dos grandes debates
públicos de sua época.
e) A ascenção social do mulato no Brasil escravista e a epilepsia estão entre os aspectos de sua
vida examinados no livro.
pretender, pretensão;
suspender, suspensão;
ascender, ascensão.
Gabarito: E.
ceder, cessão;
exceder, excesso. 05949764803
Gabarito: C.
A história da Internet demonstra que esta surgiu primeiramente nos meios militares norte-
-americanos, no auge da Guerra Fria, tendo sido então extendida para os meios acadêmicos.
Desde os seus primórdios (Arpanet), a Internet visa à processamento e transmissão de grande
quantidade de informações e dados, para a formação de conhecimento.
(Disponível em http://www.correiocidadania.com.br/content/view/5162/9/)
Gabarito: Errado.
No século XX, a arte cinematográfica introduziu um novo conceito de tempo. Não mais o conceito
linear, histórico, que perspassa(1) a Bíblia e, também, as pinturas de Frei Angélico ou Dom
Quixote, de Miguel de Cervantes. No filme, predomina a simultaneidade(2). Suprimem-se(3) as
barreiras entre tempo e espaço. O tempo adquire caráter espacial, e o espaço, caráter temporal.
No filme, o olhar da câmera e do espectador(4) passa, com toda liberdade, do presente para o
passado e, desse, para o futuro. Não há continuidade ininterrupta(5).
(Adaptado de Frei Betto)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Gabarito: A.
c) 3
d) 4
e) 5
Gabarito: B.
Se, numa região que dispõe dos(1) mais sofisticados equipamentos do mundo, as informações
sobre a amplitude do acidente do Golfo do México não são precisas(2), e as tentativas de conter
o vazamento, infrutíferas(3), é de se imaginar o que aconteceria se(4) desastre semelhante
atingisse a costa brasileira, com as previsíveis limitações dos órgãos do país ligados ao
problema. Um acidente como o do Golfo do México atingiria em cheio a região que concentra
parte importante do PIB do país, afetaria fortemente a indústria do turismo e teria repercuções(5)
econômicas e sociais proporcionalmente mais graves que as provocadas nos EUA.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
admitir, admissão;
demitir, demissão; 05949764803
repercutir, repercussão.
Gabarito: E.
c) Se isso ocorrer, é provável que contribua para reduzir a taxa de juros do Brasil no curto e
médio prazo. Não há absolutamente nada de trivial no atual momento da política monetária.
d) É importante ter em mente, por outro lado, que a dificuldade, neste caso, não deve ser tomada
de forma dramática. A economia brasileira passa por uma excelente fase cíclica, em que o
crescimento não é acompanhado por nenhuma grande ameaça de explosão inflacionária ou de
crise nas contas externas no horizonte visível.
e) Na verdade, o cenário externo é mais preocupante do que o interno. Em uma situação desse
tipo, os erros e os acertos devem ser encarados mais como uma “sintonia fina” de um momento
amplamente favorável do que como decisões que podem “salvar o país”.
Ver eu vi, ele viu, eles viram, quando eu vir, se ele visse ...
Prever eu previ, ele previu, eles previram, quando eu previr, se ele previsse ...
Gabarito: B.
que a economia brasileira teria condições inéditas de escapar dos piores efeitos da situação.
Mesmo tendo enfrentado(5) uma recessão, caracterizada pelo desempenho negativo do PIB por
dois semestres seguidos, e de sofrer forte pressão por mudanças no câmbio, o governo
sustentou a política econômica.
(Adaptado de Estado de Minas, Editorial, 19/02/2010)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Comentário: Novamente, veremos como os assuntos se repetem nas provas da ESAF. Há erro
de grafia no item relativo à na assertiva C. Conforme estudamos nas lições acerca do emprego
das consoantes, quando a palavra primitiva for composta por vogal + sufixo “-TIR”, emprega-se
“SS”. Vejam:
admitir, admissão;
demitir, demissão;
repercutir, repercussão.
Vale chamar a atenção de vocês, também, para uma temática que será vista em aulas
futuras: o emprego do acento grave indicativo de crase. No item 4, há dois elementos: o termo
regente “combate”, e o termo regido “inflação”. Conforme estudaremos em momento oportuno,
veremos que o substantivo “combate” rege emprego da preposição “a”. Por sua vez, o nome
“inflação” admite a anteposição do artigo definido feminino “a”, acarretando a fusão entre esses
dois elementos, denominada crase: “combate à inflação”. Veremos isso mais detalhadamente no
decorrer de nosso curso.
Gabarito: C.
A partir deste momento, chamo a máxima atenção de vocês para o emprego de algumas
expressões que podem gerar dúvida. Isso é recorrente nas provas da ESAF.
Vamos lá!
A (preposição/artigo) x HÁ (verbo)
Exemplos: A espiã trabalha a dois quarteirões dos inimigos. (preposição= relação de distância)
Começarei a trabalhar daqui a uma semana. (preposição= ideia de futuro)
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Exemplos:
Fiz a prova há dois dias. (= Fiz a prova faz dois dias.)
Há dois carros para o leilão. (Existem dois carros para o leilão.)
AO ENCONTRO DE X DE ENCONTRO A
Exemplo: Fui de encontro à opinião de sua esposa. (= Fui contra a opinião de sua esposa.)
AFIM X A FIM
Exemplo: Nossa meta é afim: sua aprovação. (= Nossa meta é semelhante: sua aprovação.)
Exemplos: Há cerca de cem pessoas na fila. (= Existem aproximadamente cem pessoas na fila.)
Chegou ao Brasil há cerca de 10 anos. (= Chegou ao Brasil faz aproximadamente 10 anos.)
EM VEZ DE X AO INVÉS DE
Exemplo: Em vez de batata frita, comeu um sanduíche. (= No lugar de batata frita, comeu um
sanduíche.)
Importante!
A expressão “ao invés de” só deve ser empregada quando houver ideias contrárias. No
segundo quadrinho, há ideia de “em lugar de”. Por essa razão, a frase da atendente está errada.
O correto é: “Oi, Ju, bom dia! Em vez de ir com a Lu, vou com você”.
MAL X MAU
Exemplo: Mal ele chegou, todos saíram. (= Logo que ele chegou, todos saíram.)
Cuidado!
preposição “de”. Esta, por sua vez, antecederá o advérbio “onde”, originando a expressão “de
onde” ou a contração “donde” (de + onde).
OS PORQUÊS
a) interrogativa direta.
b) interrogativa indireta.
Dica!
A forma “POR QUE” (separada e sem acento) também pode ser empregada nos
seguintes contextos:
Exemplo: Não sei por que insisto; só sei que serei aprovado. (= Não sei por qual razão insisto;
só sei que serei aprovado.)
Exemplo: Passarei no concurso por que tanto luto. (= Passarei no concurso pelo qual tanto luto.)
Cuidado!
Exemplo: Não fez a prova? Por quê? (o “quê” é tônico; por isso, é acentuado graficamente)
Pode ser usado no final da oração, antes de pausa (não necessariamente em final do
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Exemplo: Não conseguimos saber por quê, mas tentamos. (o “quê” é tônico)
a) explicação (= pois)
Exemplo: A moça chorou porque os olhos estão vermelhos. (= A moça chorou pois os olhos
estão vermelhos.)
b) causa (= já que)
Exemplo: A moça chorou porque foi aprovada no concurso. (= A moça chorou, já que foi
aprovada no concurso.)
Exemplo: Fiz-lhe sinal porque se calasse. (= Fiz-lhe sinal para que se calasse.)
Observação!
A forma “porque” (junta e sem acento) deve ser usada em frases interrogativas,
quando for uma conjunção causal (relação de causa e efeito).
Exemplo: Não íamos demonstrá-la porque nossa habilidade não era valorizada?
PORQUÊ (junto e com acento) – é um substantivo usado sempre que vier precedido de
determinante. Significa motivo, razão, causa.
Desejo saber os porquês de tanto estudo. (= Desejo saber as razões de tanto estudo.)
Curiosidade!
Na primeira estrofe da música “Gostava tanto de você”, cuja autoria pertence a Tim Maia,
houve o emprego da forma “porque”. O emprego foi correto ?
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Resposta: Não! A forma correta seria “por que”, pois é uma sequência composta por uma
preposição + pronome interrogativo, equivalente a por qual razão:
SE NÃO X SENÃO
Letra:Chico da Silva
Exemplo: Se não estudarem, não passarão no concurso. (= Caso não estudem, não passarão no
concurso.)
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Exemplos: Estude bastante, senão você não terá sucesso. (= Estude bastante, caso contrário
você não terá sucesso.)
Todos foram convidados para a festa, senão ela. (= Todos foram convidados para a festa,
exceto ela.)
AGENTE X A GENTE
AGENTE - é aquele que atua, exerce certo cargo ou determinada função (p. ex. procurador,
delegado, administrador etc.).
A GENTE - é uma expressão que representa a ideia de primeira pessoa do plural (nós), sendo de
uso comum entre os falantes do português brasileiro. Entretanto, a forma verbal associada deve
permanecer na 3ª pessoa do singular.
Exemplos: Nas escolas públicas, o dia-a-dia (= cotidiano) dos professores brasileiros é árduo.
Com a promulgação do mencionado acordo, o hífen (ou traço de união) foi abolido:
dia a dia.
Exemplos: Nas escolas públicas, o dia a dia dos professores brasileiros é árduo. (equivalendo a
“cotidiano”, a expressão será um substantivo)
Estou melhorando minha performance dia a dia. (equivalendo a diariamente, a expressão será
locução adverbial de tempo)
Exemplo: Eles não trabalham tampouco estudam. (= Eles não trabalham nem estudam.)
Exemplo: Ele dormiu tão pouco, que logo sentirá sono. (= Ele dormiu muito pouco, que logo
sentirá sono.)
HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS
Homônimos – são palavras que, embora tenham significados diferentes, têm a mesma
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Exemplos:
coser (costurar) / cozer (cozinhar);
expiar (pagar a culpa) / espiar (observar secretamente);
cela (quarto de dormir) / sela (peça de couro posta sobre o lombo da cavalgadura);
Exemplos:
colher (verbo) / colher (substantivo);
sede /é/ (lugar principal) / sede /ê/ (secura, necessidade de ingerir líquido).
Homônimos perfeitos são nomes que têm mesma grafia e pronúncia, mas que
pertencem a classes gramaticais distintas (têm mais de uma entrada no dicionário)
Exemplos:
Nos exemplos acima, houve alteração da classe gramatical. Logo, temos homônimos
perfeitos.
Por sua vez, termos polissêmicos são vocábulos que apresentam uma só forma com
mais de um significado, pertencendo à mesma classe gramatical (apenas uma entrada no
dicionário).
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Nos exemplos acima, não houve alteração da classe gramatical. Logo, temos vocábulos
polissêmicos.
PARONÍMINA
Parônimos – é a relação entre palavras que são parecidas, mas que possuem
significados diferentes.
Aproveitando o ritmo da aula, apresentarei uma sucinta lista com os homônimos e
parônimos recorrentes nos certames organizados pela ESAF.
Aferir: medir.
Auferir: obter, ganhar.
Coser: costurar.
Cozer: cozinhar.
Tachar: pôr prego em; notar defeito em, censurar, criticar, acusar.
Taxar: regular o preço; lançar imposto sobre; moderar, regular.
Há(1) os que defendem um governo universal; essa seria, de acordo com certos teóricos, a
única forma de eliminar as guerras, de construir uma paz durável, se não(2) eterna. Outros
teóricos apontam a impossibilidade de governo universal sobre(3) uma História construída nos
fundamentos da desigualdade. A paz só pode ser obtida entre sociedades iguais, e as
sociedades nunca serão(4) iguais. Se houver a provável igualdade econômica, sempre haverá a
desigualdade cultural, e, por fim, os deuses tão pouco(5) são iguais.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Comentário: A opção que corresponde a erro gramatical é a letra E. No item 5, a forma “tão
pouco” (equivalente a “muito pouco”) deve ser substituída por “tampouco”. No contexto, esta
expressão apresenta o significado “também não”, o que justifica a substituição:
“(...) sempre haverá a desigualdade cultural, e, por fim, os deuses tampouco são iguais”.
“(...) sempre haverá a desigualdade cultural, e, por fim, os deuses também não são iguais”.
Chamo a atenção de vocês para o item 2, em que há a forma “se não”. No contexto, essa
expressão é composta pela conjunção condicional “SE”, seguida do advérbio “NÃO”. Equivale a
“caso não”, estando, pois, grafada corretamente.
Gabarito: E.
11. (ESAF-2005/STN-Adaptada)
Comentário: No contexto, a forma “mal” não é advérbio ou adjetivo, pois está modificando o
substantivo “desempenho”. Portanto, deve ser substituída por “mau”, contrário de “bom”. Vejam:
12. (ESAF-2005/MPU) Marque o item em que uma das sentenças não está gramaticalmente
correta.
Comentário: Há erro gramatical na assertiva E. A expressão “a cerca de” deve ser substituída
por “há cerca de”, pois, no contexto, há ideia de tempo decorrido, passado. Vamos relembrar as
lições? Acompanhem comigo!
Exemplos: Há cerca de cem pessoas na fila. (= Existem aproximadamente cem pessoas na fila.)
Chegou ao Brasil há cerca de 10 anos. (= Chegou ao Brasil faz aproximadamente 10 anos.)
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Gabarito: E.
Há pelo menos duas compreensões a cerca do(1) Estado e sua natureza: ou ele seria um
produto da razão pura ou ética do homem em busca de(2) construir na Terra um regime de
ordem, de paz e de justiça assegurado pelo Direito positivo erigido, ou, ao contrário, seria uma
criação socioeconômica de base política e militar organizada juridicamente conforme o(3)
interesse material dos grupos ou classes sociais que(4) dominam efetivamente as relações
econômicas de produção da riqueza de um país determinado.
Para o pensamento moderno oficial, o Estado é uma entidade socioeconômica e política criada
racional e conscientemente pelo homem, situando-se(5) acima dos interesses das classes, que
busca a ordem e a paz social e, ainda, cria o direito positivo e realiza a justiça legal.
(Oscar d’Alva e Souza Filho)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Comentário: O contexto nos transmite a ideia de “sobre”, “a respeito de”, ou seja, o assunto de
que se fala. Portanto, no excerto “Há pelo menos duas compreensões a cerca do Estado e sua
natureza”, a expressão em destaque deve ser substituída por “acerca de”. Fácil demais, não é?!
Gabarito: A.
O Rio Paraíba do Sul tem cerca de 2/3 de suas águas retiradas do seu leito por uma obra de
transposição em Santa Cecília (RJ). Essas águas são utilizadas para gerar energia elétrica e
para abastecer a Região Metropolitana do Rio de Janeiro (cerca de 8 milhões de pessoas). Havia
conflitos pelo uso dessas águas entre as diferentes regiões. Também nesse caso, a ação da ANA
se pautou por definir um arcabouço técnico e institucional, estabelecendo regras de operação
para o reservatório e de vazão mínima a ser liberada a jusante (rio abaixo), em determinadas
épocas do ano, de forma a compatibilizar os usos.
Comentário: Vejam como os assuntos se repetem nas provas da ESAF. Novamente, foi exigida
a diferenciação entre as expressões “cerca de” e “acerca de”. No contexto, a primeira transmite
ideia de “aproximadamente”, estando corretamente empregada no texto. Por sua vez, a segunda
traz a noção de “assunto”, significando “a respeito de”. Portanto, a substituição não mantém a
correção gramatical do período.
Gabarito: Errado.
15. (ESAF-2010/MTE) Assinale a opção que indica onde o texto foi transcrito com erro
gramatical.
A lição reafirmada pela crise é a da (1) instabilidade como pressuposto da economia de mercado,
transmitida por dois canais. O primeiro é o da confiança dos agentes – aspecto crucial nas
observações de John Maynard Keynes -, que é volúvel e sujeita a mudança repentina em
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momentos de incerteza. Tal instabilidade pode ainda ser catalisada (2) pelo canal financeiro,
como ficou claro, de forma dramática, em 2008. Falhas de mercado e manifestações de
irracionalidade são comuns no capitalismo, sem dúvida, mas a derrocada recente não repõe (3) a
polarização entre Estado e mercado. Reforça, isso sim, a necessidade de aperfeiçoar
instituições, afim de (4) preservar a funcionalidade dos mercados e a concorrência, bens públicos
que o mercado, deixado à (5) própria sorte, é incapaz de prover.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Exemplo: Nossa meta é afim: sua aprovação. (= Nossa meta é semelhante: sua aprovação.)
Vale chamar a atenção de vocês para o item 2. O vocábulo “catalisada” provém do verbo
“catalisar” (grafado com “S”). Seguindo a regra dos paradigmas, palavras derivadas de outras
que contêm “S” no radical devem manter essa consoante.
Gabarito: D.
Entre os males que afligem a sociedade brasileira o contrabando é, sem dúvida, um dos mais
sérios, sobretudo porque dele decorrem inúmeros outros. Observa-se, no dia-a-dia, que o
contrabando já faz parte da rotina das cidades, tanto nas atividades informais quanto no
suprimento da rede formal de comércio, tomando o lugar de produtos legalmente
comercializados. Os altos lucros que essas atividades ilícitas proporcionam, aliados ao baixo
risco a que estão sujeitas, favorecem e intensificam a formação de verdadeiras quadrilhas,
até mesmo com participação de empresas estrangeiras. São organizações de caráter
empresarial, estruturadas para promover tais práticas nos mais variados ramos de atividade.
Comentário: A questão foi elaborada antes do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Sendo assim, devemos analisá-la à luz das regras anteriores ao Decreto nº 6.583/08.
Anteriormente à Reforma Ortográfica, a expressão “dia-a-dia”, pertencente à classe dos
substantivos e significando “cotidiano”, era grafada com hífen (ou traço de união). Por sua vez,
grafava-se a locução adverbial “dia a dia” sem hífen, significando “diariamente”. Portanto, a
afirmação está correta.
Vale frisar que, com a promulgação do mencionado acordo, o hífen (ou traço de união) foi
abolido: dia a dia. A identificação dar-se-á pelo contexto. Vejam:
Exemplos: Nas escolas públicas, o dia a dia dos professores brasileiros é árduo. (equivalendo a
“cotidiano”, a expressão será um substantivo)
Estou melhorando minha performance dia a dia. (equivalendo a diariamente, a expressão será
locução adverbial de tempo)
Gabarito: Certo.
organização em delinqüência.
(Itens adaptados de Michel Foucault)
Gabarito: B.
A seguir, apresentarei a vocês um ponto que não é muito cobrado nas provas da ESAF,
mas que deve ser estudado: o emprego do hífen (ou traço de união).
Primeiramente, demonstrarei as regras antigas e, quando necessário, apresentarei as
mudanças trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico.
Sempre me dizem: “Professor, são muitas regras. Como decorá-las?”. Fiquem tranquilos,
meus amigos! Para facilitar a vida de vocês (rs...), trouxe algumas técnicas mnemônicas que
facilitarão a memorização.
ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
Emprega-se hífen:
- nos prefixos PSEUDO-, SEMI-, INTRA-, CONTRA-, AUTO-, NEO-, EXTRA-, PROTO-,
INFRA-, ULTRA- e SUPRA- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’, ‘S’ e vogais
diferentes.
Para memorizar:
P SEUDO-
S EMI-
I NTRA-
C ONTRA-
A UTO-
N EO- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’, ‘S’ e vogais diferentes.
E XTRA-
P ROTO-
I NFRA-
U LTRA-
S UPRA-
Exceção: extraordinário.
Emprega-se hífen:
- nos prefixos PSEUDO-, SEMI-, INTRA-, CONTRA-, AUTO-, NEO-, EXTRA-, PROTO-,
INFRA-, ULTRA- e SUPRA- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e vogal igual à última
do prefixo.
Para memorizar:
P SEUDO-
S EMI-
I NTRA-
C ONTRA-
A UTO-
N EO- antes de ‘H’ e de vogal igual à última do prefixo
E XTRA-
P ROTO-
I NFRA-
U LTRA-
S UPRA-
Se os prefixos acima antecederem palavras iniciadas por ‘R’ e ‘S’, estas consoantes serão
duplicadas, ou seja, não se emprega o hífen.
Dica!
Exemplos: coerança (co + herança), coerdeiro (co + herdeiro), coabitar (co + habitar), coordenar
(co + ordenar), cooperar (co + operar), cosseno (co + seno), cossecante (co + secante),
correlação (co + relação), reabilitar (re + habilitar), reeditar (re + editar), reeleição (re + eleição),
desonra (des + honra), desumano (des + humano), inábil (in + hábil), inabitável (in + habitável).
Emprega-se hífen:
- nos prefixos ANTE-, ANTI-, SOBRE- e ARQUI- que antecedem palavras iniciadas
por ‘H’, ‘R’ e ‘S’.
Para memorizar:
A NTE-
Emprega-se hífen:
- nos prefixos ANTE-, ANTI-, SOBRE- e ARQUI- que antecedem palavras iniciadas
por ‘H’ e por vogal idêntica à última do prefixo.
A NTE-
Emprega-se hífen:
- nos prefixos SUPER-, INTER- e HIPER- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e
‘R’ (regra mantida pelo novo acordo ortográfico).
S UPER- 05949764803
Emprega-se hífen:
- nos prefixos SOB-, AB-, AD- e OB- que antecedem ‘R’ (regra mantida pelo novo
acordo ortográfico).
S
O
B-
A
D-
O
B-
Emprega-se hífen:
- no prefixo SUB- que antecede ‘B’ , ‘R’ e ‘H’. (regra mantida pelo novo acordo
ortográfico)
Emprega-se hífen:
- nos prefixos CIRCUM-, PAN- e MAL- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e
vogais.
C IRCUM-
M AL-
Emprega-se hífen:
- nos prefixos CIRCUM- e PAN- ,que antecedem ‘H’, ‘M’, ‘N’ e vogais, e no prefixo
MAL-, que antecede palavras iniciadas por ‘H’, ‘L’ e vogais.
C IRCUM-
antes de ‘H’, ‘M’, ‘N’ e vogais
P AN-
Quando o prefixo MAL- formar um composto que designe doença, deveremos empregar o
hífen: mal-caduco (epilepsia), mal-francês (sífilis).
- nos prefixos PÓS-, PRÉ- e PRÓ-, quando estes forem tônicos e conservarem
autonomia vocabular (regra mantida pelo novo acordo ortográfico).
P ÓS-
P RÉ- quando tônicos
P RÓ-
Emprega-se hífen:
- nos prefixos SEM-, SOTA-, SOTO-, VICE-, VIZO- e EX- , em qualquer caso (regra
mantida pelo novo acordo ortográfico).
S EM-
S OTA-
S OTO-
em qualquer caso
V ICE-
V IZO-
E X-
Emprega-se hífen:
Emprega-se hífen:
-AÇU
-GUAÇU quando o primeiro elemento da palavra terminar em vogal acentuada
-MIRIM graficamente ou quando a pronúncia exigir (eufonia).
Emprega-se hífen:
- nas formas compostas por GRÃ- ou GRÃO-, quando formarem nomes de lugar, ou
nas formas verbais e nos compostos ligados por artigo. (regra mantida pelo novo acordo
ortográfico)
GRÃ-
quando formarem nomes de lugar, ou nas formas verbais e nos
compostos ligados por artigo.
GRÃO-
Importante: O vocábulo Guiné-Bissau deve ser grafado com hífen por se tratar de forma
consagrada pelo uso, mesmo após o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Emprega-se hífen:
05949764803
Emprega-se hífen:
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Inicialmente, pergunto: vocês sabem a diferença entre acento tônico e acento gráfico ?
Vejam:
Acento tônico Acento gráfico
REGRAS GERAIS
PROPAROXÍTONAS – são palavras em que o acento tônico recai na antepenúltima
sílaba. Todas as proparoxítonas são acentuadas graficamente.
UM(NS).
Exemplos: médium, álbuns.
U e I(S).
Exemplos: vírus, júri, álibis.
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Ã(S), ÃO(S).
Exemplos: órfã(s), bênção(s).
ON(S)
Exemplos: elétron(s), próton(s).
PS
Exemplos: fórceps, Quéops.
Ditongo.
Exemplos: história, série, imóveis.
Alguns gramáticos, entre eles Celso Cunha, consideram proparoxítonos eventuais os vocábulos
terminados em ditongos crescentes (glória, série, sábio, mágoa, história etc.). Porém, a ESAF considera tais
vocábulos como PAROXÍTONOS terminados em ditongo crescente oral.
Não se acentuam os vocábulos paroxítonos finalizados em -ens: polens, hifens, abdomens. Estas
palavras também admitem os respectivos plurais sob a forma proparoxítona: pólenes, hífenes, abdômenes.
Também não se acentua o vocábulo item, tampouco sua forma pluralizada (itens).
OXÍTONAS – são palavras em que o acento tônico recai na última sílaba. Acentuam-se
graficamente as oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em(ens).
Dica!
Dicas!
TERMINADAS EM...
TONICIDADE A(S) E(S) O(S) EM(ENS) OUTRAS
Acentuada?
Proparoxítonas Sim Sim Sim Sim Sim
Paroxítonas Não Não Não Não Sim
Oxítonas Sim Sim Sim Sim Não
Monossílabas
Sim Sim Sim Não Não
Tônicas
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a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Gabarito: E.
I. A palavra “estereótipos” é acentuada pela mesma regra gramatical que exige acento em
“metáfora” e em “científica”.
Gabarito: Certo.
20. (ESAF-2010/MTE) O texto a seguir foi transcrito com erros. Assinale o único trecho que
atende plenamente às prescrições gramaticais.
a) Constroe-se o espaço social de tal modo que os agentes ou grupos são aí distribuídos em
razão de sua posição nas distribuições estatísticas de acordo com os dois princípios de
diferenciação que, em sociedades mais desenvolvidas, são sem dúvida, os mais eficientes: o
capital econômico e o capital cultural. 05949764803
A) Resposta incorreta. Conforme estudamos nas lições, o verbo “construir” termina em “-UIR”,
devendo receber a vogal “i” na terceira pessoa do singular do presente do indicativo. Além disso,
o ditongo aberto “oi” deve ser acentuado graficamente, por ser uma palavra oxítona (o acento
agudo foi abolido apenas nos ditongos abertos das palavras paroxítonas: ideia, giboia):
“Constrói-se o espaço social (...)”.
B) Resposta incorreta. No período, houve erro de concordância verbal. O verbo “opor-se” (linha
2 da alternativa) tem como sujeito “os detentores”. Como o núcleo “detentores” está flexionado no
plural, o verbo também deverá flexionar-se nesse número: “... os detentores (...) opõem-se ...”.
Ainda nesse trecho, houve omissão do acento grave indicativo de crase (assunto que será
estudado em aulas futuras) em “... opõem-se globalmente àqueles menos providos ...”.
C) Resposta incorreta. Nesta assertiva, o vocábulo “patrimônio” deveria receber acento
circunflexo, por ser um paroxítono terminado em ditongo.
D) Esta é a resposta da questão. Não houve qualquer erro de emprego ou grafia de palavras na
opção.
E) Resposta incorreta. Houve emprego inadequado do acento grave em “À cada classe”.
Veremos, em aulas futuras, que não se utiliza o acento grave antes de vocábulos de valor
indefinido, tal como ocorre em “cada”.
Gabarito: D.
REGRAS ESPECÍFICAS
Dica!
O novo acordo ortográfico aboliu o emprego do acento agudo nos ditongos abertos EI e
OI das palavras PAROXÍTONAS (geleia, epopeia, mocreia, jiboia, claraboia).
Entretanto, segundo o VOLP, elaborado pela Academia Brasileira de Letras, o ditongo
aberto ÓI, da palavra destróier, continua a ser acentuado, em virtude de o vocábulo ser
paroxítono terminado em -R.
A defesa do ambiente é um daqueles temas que, no discurso, todos apóiam. Mas basta colocar,
de um lado, a chance de auferir lucros e, de outro, a preservação das florestas, para se verificar o
quão frágil é o compromisso com esta última. Esse fenômeno se dá em praticamente todos os
níveis, desde o mau fiscal do Ibama que fecha os olhos para crimes ambientais em troca de
propina até o grande agricultor que não hesita em torcer as normas jurídicas para extrair delas a
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I. Para tornar o texto gramaticalmente correto, seria necessário substituir “apóiam” (l.1)
por “apoiam”.
Comentário: A questão foi elaborada antes do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Sendo assim, devemos analisá-la à luz das regras anteriores ao Decreto nº 6.583/08.
Anteriormente à Reforma Ortográfica, os ditongos abertos “ei” e “oi” das palavras
paroxítonas recebiam acento agudo: geléia, jibóia. Nessa regra se enquadra a forma verbal
“apóiam”, a qual está corretamente grafada. Portanto, não é lícita a substituição por “apoiam”.
Vale frisar que, após a promulgação do mencionado decreto, foi abolido o emprego do
acento agudo nos ditongos abertos “ei” e “oi” das palavras paroxítonas: geleia, jiboia, apoiam.
Gabarito: Errada.
HIATOS
“I” e “U” tônicos – deveremos empregar o acento agudo nas vogais “I” e “U” tônicas, desde
que:
Ambas as condições acima são essenciais para que possamos acentuar a segunda vogal.
Observação: O “I” tônico, que antecede o grupo “NH” ou que forma sílaba com as consoantes
L, M, N, R, Z, não recebe acento: bainha, moinho, Raul, Coimbra, caindo, cair, juiz.
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Segundo o novo acordo ortográfico, foi abolido o emprego do acento agudo nas vogais
“I” e “U” tônicas, antecedidas de ditongo, das palavras PAROXÍTONAS.
Porém, se essas vogais forem antecedidas de ditongo nas palavras OXÍTONAS, devemos
empregar o acento agudo.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Comentário: O vocábulo “itens” é paroxítono terminado em “-ens”. Logo, não deve ser
acentuado, ocorrendo o mesmo com sua forma singular “item”.
Gabarito: E.
“-ÔO” E “-ÊEM”
Segundo o sistema ortográfico antigo, grafa-se com acento circunflexo a primeira vogal
dos hiatos “-ôo” e “-êem”: vôo, enjôo, abençôo, crêem, dêem, lêem, vêem.
Reforçando...
O acento circunflexo foi abolido nas formas verbais finalizadas por “-eem” (verbos ler, dar,
ver e crer e respectivos derivados). Para memorizar esses verbos, gravem a frase:
Exemplos: ele crê / lê / vê / provê (pres. do indicativo); (que) ele dê (pres. do subjuntivo)
a terceira pessoa do singular e a terceira pessoa do plural dos verbos TER e VIR – e
respectivos derivados. (regra mantida pelo novo acordo ortográfico)
Exemplos:
Exemplos:
Fulano é um pela. (substantivo = chato)
Aquela senhora pela o buço. (verbo “pelar”)
O ladrão fugiu pela janela. (preposição)
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Exemplos:
Ele pode assumir o cargo. (presente do indicativo)
Ele pôde assumir cargo. (pretérito perfeito do indicativo)
Exemplos:
Era para eu pôr o livro sobre a estante.
O ladrão fugiu por ali.
Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 54 de 68
A partir do novo acordo ortográfico, não se emprega o trema no “Ü” átono e pronunciado
(semivogal) dos grupos GUE, GUI, QUE, QUI.
Também foi eliminado o acento agudo no “U” tônico dos grupos GUE, GUI, QUE, QUI.
I. Se o infinitivo do verbo pôr não fosse acentuado – por oposição à preposição por –, não
seria necessário acentuar “pôs”.
Comentário: Conforme estudamos nas lições, o acento diferencial é empregado para distinguir
as formas “pôr” (verbo) e “por” (preposição). Isso ocorre seja antes, seja após o Novo Acordo
Ortográfico.
Exemplos:
Entretanto, a forma verbal “dispôs” deriva do verbo “pôr”, sendo uma palavra oxítona
terminada em “o(s)”. Por essa razão, deve ser marcada graficamente pelo acento circunflexo.
Logo, a afirmação está errada.
Gabarito: Errada.
a) Entre as leis editadas pela União, algumas há que se destinam à organização político-
-administrativa do Estado brasileiro, penetrando na estrutura da República Federativa, para nela
dispor instituições e institutos, quer essenciais, quer acidentais à república e à federação. / Entre
as leis editadas pela União, algumas há que se destinam à organização política-administrativa do
Estado brasileiro, penetrando na estrutura da República Federativa, para nela dispôr instituições
e institutos, quer essenciais, quer acidentais à república e à federação.
b) O federalismo brasileiro é de duplo grau, declinando por dois degraus entre três patamares,
pelo que suporta, em três níveis de poder, três repartições genéricas de competência. / O
federalismo brasileiro é de duplo grau, declinando por dois degraus entre três patamares, razão
por que suporta, em três níveis de poder, três repartições genéricas de competência.
c) No gênero das leis federativas, é possível discernir duas espécies bem visíveis: leis federais
intransitivas e transitivas. / No gênero das leis federativas, podem-se discernir duas espécies bem
visíveis: leis federais intransitivas e transitivas.
Gabarito: A.
A) Os consumidores pagam juros maiores porque obtém crédito com prazos maiores e
prestações menores. Alguns fatos recentes estão contribuindo para um aumento da demanda,
assim como, das pressões inflacionárias.
B) A economia brasileira vive um processo de aquecimento que as últimas modificações da
conjuntura estão agravando. O aquecimento tem sua origem no inchaço cada vez maior da
demanda doméstica, que até agora não foi afetada pelo aumento da taxa Selic.
C) À política de "bondades" do governo, em vigor nos últimos meses, veio se acrescentar à do
Legislativo, que se aproveita do período eleitoral para propor medidas mais condescendentes.
Isso aumenta perigosamente o poder aquisitivo da população.
D) Chegamos, agora, a uma situação de quase pleno emprego, em que os salários não são mais
determinados pela qualificação da mão de obra, mas pela dificuldade de contratar os
trabalhadores necessários. O resultado é um aumento salarial duradouro, cujo peso na formação
de preços.
e) É claro que a indústria tem dificuldades em acompanhar o ritmo de crescimento da demanda
doméstica, recorrendo para isso à importações, que nem sempre têm preços menores do que os
apresentados pela produção nacional. 05949764803
Gabarito: B.
I. Quando falamos em prova, no direito, tem-se a idéia de que existe algo a ser defendido ou algo
que venha a ser contestado. Dentro dessa linha cognoscível, entende-se que vai existir sempre
um agente acusador e um agente acusado.
Gabarito: Correto.
I. O sofrível desempenho da indústria nos últimos quatro anos – a produção está no nível de
meados de 2008 – sucita um debate polarizado sobre o risco de desindustrialização do país.
Comentário: No trecho em análise, a forma verbal “sucita” foi grafada incorretamente. Por ser
proveniente do verbo “suscitar”, a grafia adequada é “suscita”, que significa “sugerir”, “provocar”.
Gabarito: Incorreto.
Há(1) um forte sentido ético nas políticas de inclusão social — em especial na mais consolidada
a do Programa Bolsa Família, com efeitos mostrados em estudos científicos, entre os quais(2) o
recente "Vozes do Bolsa Família", de Walquíria Leão Rego. Justamente por serem(3) éticas, não
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devem durar muito tempo. Explico-me. Elas procuram atender à(4) uma emergência.
Emergência, em linguagem médica, não se confunde com urgência: porque não é apenas
pressa, é risco de vida. Falando metaforicamente, a pobreza pode ser letal para a sociedade. Ela
requer tratamento rápido. Eliminar a fome, por um lado, e proporcionar acesso à(5) universidade,
por outro, são duas pontas desse tratamento. Essas medidas são uma espécie de UTI da
sociedade. Mas, por isso mesmo, não podem durar muito tempo.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Gabarito: D.
A eficiência no uso dos recursos públicos é, cada vez mais, uma exigência da sociedade. Esta
espera que a prestação de serviços governamentais ocorra (1) com qualidade, utilizando
racionalmente os recursos dos contribuintes. Nesse sentido, diversos estudos têm (2) surgido
afim de (3) discutir a qualidade das administrações públicas. O que se nota é que o maior
controle está associado à (4) maior rigidez institucional, o que, se por um lado, pode coibir o
comportamento corrupto do gestor público, por outro lado pode também reduzir seu incentivo em
adotar comportamento inovador por temer que a inovação seja (5) considerada ilegal,
comprometendo sua carreira.
(Adaptado de http://www.brasil-economia-governo.org.br/2012/11/21/gestao-publica-mais-eficiente/)
a) (1)
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b) (2)
c) (3)
d) (4)
e) (5)
Comentário: A letra (C) gabarita a questão. No contexto, a expressão “afim de” deve ser
substituída pela locução conjuntiva “a fim de”, exprimindo valor de finalidade: “(...) diversos
estudos têm surgido a fim de discutir (...)”.
Nas demais opções:
a) o verbo ‘ocorrer’ foi corretamente mantido no singular, concordando com o termo “prestação”.
b) a forma verbal “têm” foi adequadamente flexionada no plural, a fim de concordar com o sujeito
“diversos estudos”, cujo núcleo é o termo “estudos”.
d) o termo “associado” rege o emprego da preposição ‘a’, elemento que se funde com o artigo
definido ‘a’ que antecede o termo regido “maior liquidez”, resultando no fenômeno da crase.
Gabarito: C.
Máquinas são funcionários exemplares, como atestam os radares eletrônicos espalhados por
cidades e estradas do Brasil. Trabalham 24 horas por dia, concentram-se 100% do tempo na
tarefa, não têm (A) férias, não ganham 13º salário e nunca reividicam (B). A indústria de
armamento e defesa está encantada com esses operários-padrão guerreiros. A evolução
tecnológica já permite antever (C) a fabricação de aparelhos com autonomia para combater e
decidir, sozinhos, se e quando devem exterminar (D) alguém. As centenas de ataques
realizados por drones (aeronaves não tripuladas que decolam de aviões cargueiros) americanos
no Oriente Médio, nos últimos anos, estimulam uma reflexão mais profunda sobre um cenário de
guerra envolvendo (E) os robôs-soldados.
a) (A)
b) (B)
c) (C)
d) (D)
e) (E)
Comentário: A letra (B) é nossa resposta. A estrutura “reividicam" foi grafada de modo
inadequado. Para obedecer às prescrições gramaticais, a forma correta é “reivindicam”.
Nas demais opções:
a) a forma verbal “têm” está adequadamente flexionada no plural, concordando com o sujeito
“máquinas” (linha 1).
c) a forma “antever” é derivada do verbo “ver”, estando correta sua grafia na sentença.
d) o verbo ‘exterminar’ foi corretamente grafado com a letra X, obedecendo aos cânones
gramaticais.
e) a forma verbal “envolvendo” foi corretamente grafada com a letra L.
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Gabarito: B.
Forte abraço!
A história da Internet demonstra que esta surgiu primeiramente nos meios militares norte-
-americanos, no auge da Guerra Fria, tendo sido então extendida para os meios acadêmicos.
Desde os seus primórdios (Arpanet), a Internet visa à processamento e transmissão de grande
quantidade de informações e dados, para a formação de conhecimento.
(Disponível em http://www.correiocidadania.com.br/content/view/5162/9/)
No século XX, a arte cinematográfica introduziu um novo conceito de tempo. Não mais o conceito
linear, histórico, que perspassa(1) a Bíblia e, também, as pinturas de Frei Angélico ou Dom
Quixote, de Miguel de Cervantes. No filme, predomina a simultaneidade(2). Suprimem-se(3) as
barreiras entre tempo e espaço. O tempo adquire caráter espacial, e o espaço, caráter temporal.
No filme, o olhar da câmera e do espectador(4) passa, com toda liberdade, do presente para o
passado e, desse, para o futuro. Não há continuidade ininterrupta(5).
(Adaptado de Frei Betto)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Se, numa região que dispõe dos(1) mais sofisticados equipamentos do mundo, as informações
sobre a amplitude do acidente do Golfo do México não são precisas(2), e as tentativas de conter
o vazamento, infrutíferas(3), é de se imaginar o que aconteceria se(4) desastre semelhante
atingisse a costa brasileira, com as previsíveis limitações dos órgãos do país ligados ao proble-
confiança na economia brasileira. Não foi sem motivo. Graças aos sinais emitidos pelo próprio
governo de que a crise seria encarada sem abalos na estrutura do combate à(4) inflação, no
câmbio flutuante e com o menor sacrifício possível da política de superávits primários, já se sabia
que a economia brasileira teria condições inéditas de escapar dos piores efeitos da situação.
Mesmo tendo enfrentado(5) uma recessão, caracterizada pelo desempenho negativo do PIB por
dois semestres seguidos, e de sofrer forte pressão por mudanças no câmbio, o governo
sustentou a política econômica.
(Adaptado de Estado de Minas, Editorial, 19/02/2010)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Há(1) os que defendem um governo universal; essa seria, de acordo com certos teóricos, a
única forma de eliminar as guerras, de construir uma paz durável, se não(2) eterna. Outros
teóricos apontam a impossibilidade de governo universal sobre(3) uma História construída nos
fundamentos da desigualdade. A paz só pode ser obtida entre sociedades iguais, e as
sociedades nunca serão(4) iguais. Se houver a provável igualdade econômica, sempre haverá a
desigualdade cultural, e, por fim, os deuses tão pouco(5) são iguais.
11. (ESAF-2005/STN-Adaptada)
12. (ESAF-2005/MPU) Marque o item em que uma das sentenças não está gramaticalmente
correta.
cérebros insulados.
b) Um povo não perde os seus mais fortes determinantes se recebe, aceita e pratica a pintura e a
música de outra origem, mas dificilmente adotará literatura estranha sem perda de alguns de
seus valores. / Um povo não perderá os seus mais fortes determinantes se receber, aceitar e
praticar a pintura e a música de outra origem, mas dificilmente adotará literatura estranha sem
perda de alguns de seus valores.
c) Já tive ocasião de mostrar quanto me parecem precárias três afirmativas de Euclides da
Cunha: a questão do cruzamento; a fatalidade da luta das raças e o autoctonismo do homem
americano. / Já tive ocasião de mostrar como me parecem precárias três afirmativas de Euclides
da Cunha: a questão do cruzamento; a fatalidade da luta das raças e o autoctonismo do homem
americano.
d) Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa literatura podia enumerar grandes nomes
pertencentes ao “sistema” de que falei há pouco. / Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa
literatura podia enumerar grandes nomes pertencentes ao “sistema” de que faz pouco falei.
Há pelo menos duas compreensões a cerca do(1) Estado e sua natureza: ou ele seria um
produto da razão pura ou ética do homem em busca de(2) construir na Terra um regime de
ordem, de paz e de justiça assegurado pelo Direito positivo erigido, ou, ao contrário, seria uma
criação socioeconômica de base política e militar organizada juridicamente conforme o(3)
interesse material dos grupos ou classes sociais que(4) dominam efetivamente as relações
econômicas de produção da riqueza de um país determinado.
Para o pensamento moderno oficial, o Estado é uma entidade socioeconômica e política criada
racional e conscientemente pelo homem, situando-se(5) acima dos interesses das classes, que
busca a ordem e a paz social e, ainda, cria o direito positivo e realiza a justiça legal.
(Oscar d’Alva e Souza Filho)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
O Rio Paraíba do Sul tem cerca de 2/3 de suas águas retiradas do seu leito por uma obra de
transposição em Santa Cecília (RJ). Essas águas são utilizadas para gerar energia elétrica e
para abastecer a Região Metropolitana do Rio de Janeiro (cerca de 8 milhões de pessoas). Havia
conflitos pelo uso dessas águas entre as diferentes regiões. Também nesse caso, a ação da ANA
se pautou por definir um arcabouço técnico e institucional, estabelecendo regras de operação
para o reservatório e de vazão mínima a ser liberada a jusante (rio abaixo), em determinadas
épocas do ano, de forma a compatibilizar os usos.
15. (ESAF-2010/MTE) Assinale a opção que indica onde o texto foi transcrito com erro
gramatical.
A lição reafirmada pela crise é a da (1) instabilidade como pressuposto da economia de mercado,
transmitida por dois canais. O primeiro é o da confiança dos agentes – aspecto crucial nas
observações de John Maynard Keynes -, que é volúvel e sujeita a mudança repentina em
momentos de incerteza. Tal instabilidade pode ainda ser catalisada (2) pelo canal financeiro,
como ficou claro, de forma dramática, em 2008. Falhas de mercado e manifestações de
irracionalidade são comuns no capitalismo, sem dúvida, mas a derrocada recente não repõe (3) a
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
16. (ESAF-2002/MDIC-Adaptada)
Entre os males que afligem a sociedade brasileira o contrabando é, sem dúvida, um dos mais
sérios, sobretudo porque dele decorrem inúmeros outros. Observa-se, no dia-a-dia, que o
contrabando já faz parte da rotina das cidades, tanto nas atividades informais quanto no
suprimento da rede formal de comércio, tomando o lugar de produtos legalmente
comercializados. Os altos lucros que essas atividades ilícitas proporcionam, aliados ao baixo
risco a que estão sujeitas, favorecem e intensificam a formação de verdadeiras quadrilhas,
até mesmo com participação de empresas estrangeiras. São organizações de caráter
empresarial, estruturadas para promover tais práticas nos mais variados ramos de atividade.
I. A palavra “estereótipos” é acentuada pela mesma regra gramatical que exige acento em
“metáfora” e em “científica”.
20. (ESAF-2010/MTE) O texto a seguir foi transcrito com erros. Assinale o único trecho que
atende plenamente às prescrições gramaticais.
a) Constroe-se o espaço social de tal modo que os agentes ou grupos são aí distribuídos em
razão de sua posição nas distribuições estatísticas de acordo com os dois princípios de
diferenciação que, em sociedades mais desenvolvidas, são sem dúvida, os mais eficientes: o
capital econômico e o capital cultural.
b) Na dimensão mais importante, os detentores de um grande volume de capital global, como
empresários, membros de profissões liberais e professores universitários, opõe-se globalmente
aqueles menos providos de capital econômico e de capital cultural, como os operários não
qualificados.
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A defesa do ambiente é um daqueles temas que, no discurso, todos apóiam. Mas basta colocar,
de um lado, a chance de auferir lucros e, de outro, a preservação das florestas, para se verificar o
quão frágil é o compromisso com esta última. Esse fenômeno se dá em praticamente todos os
níveis, desde o mau fiscal do Ibama que fecha os olhos para crimes ambientais em troca de
propina até o grande agricultor que não hesita em torcer as normas jurídicas para extrair delas a
interpretação que o permita desflorestar a maior área possível.
(Adaptado de EDITORIAL, Folha de S. Paulo,21/6/2005)
I. Para tornar o texto gramaticalmente correto, seria necessário substituir “apóiam” (l.1)
por “apoiam”.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
a) Entre as leis editadas pela União, algumas há que se destinam à organização político-
-administrativa do Estado brasileiro, penetrando na estrutura da República Federativa, para nela
dispor instituições e institutos, quer essenciais, quer acidentais à república e à federação. / Entre
as leis editadas pela União, algumas há que se destinam à organização política-administrativa do
Estado brasileiro, penetrando na estrutura da República Federativa, para nela dispôr instituições
e institutos, quer essenciais, quer acidentais à república e à federação.
b) O federalismo brasileiro é de duplo grau, declinando por dois degraus entre três patamares,
pelo que suporta, em três níveis de poder, três repartições genéricas de competência. / O
federalismo brasileiro é de duplo grau, declinando por dois degraus entre três patamares, razão
por que suporta, em três níveis de poder, três repartições genéricas de competência.
c) No gênero das leis federativas, é possível discernir duas espécies bem visíveis: leis federais
intransitivas e transitivas. / No gênero das leis federativas, podem-se discernir duas espécies bem
visíveis: leis federais intransitivas e transitivas.
d) As leis nacionais podem ser de ordem pública ou de ordem privada, guardando preponderante
interesse público ou administrativo, ou social, ou privado. / As leis nacionais podem ser de ordem
pública ou de ordem privada, e guardam preponderante interesse público ou administrativo, ou
social, ou privado.
e) Algumas leis eminentemente federativas, como o Código Tributário Nacional, autoproclamam-
se ‘nacionais’. / Algumas leis eminentemente federativas, como o Código Tributário Nacional, se
autoproclamam ‘nacionais’.
A) Os consumidores pagam juros maiores porque obtém crédito com prazos maiores e
prestações menores. Alguns fatos recentes estão contribuindo para um aumento da demanda,
assim como, das pressões inflacionárias.
B) A economia brasileira vive um processo de aquecimento que as últimas modificações da
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conjuntura estão agravando. O aquecimento tem sua origem no inchaço cada vez maior da
demanda doméstica, que até agora não foi afetada pelo aumento da taxa Selic.
C) À política de "bondades" do governo, em vigor nos últimos meses, veio se acrescentar à do
Legislativo, que se aproveita do período eleitoral para propor medidas mais condescendentes.
Isso aumenta perigosamente o poder aquisitivo da população.
D) Chegamos, agora, a uma situação de quase pleno emprego, em que os salários não são mais
determinados pela qualificação da mão de obra, mas pela dificuldade de contratar os
trabalhadores necessários. O resultado é um aumento salarial duradouro, cujo peso na formação
de preços.
e) É claro que a indústria tem dificuldades em acompanhar o ritmo de crescimento da demanda
doméstica, recorrendo para isso à importações, que nem sempre têm preços menores do que os
apresentados pela produção nacional.
I. Quando falamos em prova, no direito, tem-se a idéia de que existe algo a ser defendido ou algo
que venha a ser contestado. Dentro dessa linha cognoscível, entende-se que vai existir sempre
um agente acusador e um agente acusado.
I. O sofrível desempenho da indústria nos últimos quatro anos – a produção está no nível de
meados de 2008 – sucita um debate polarizado sobre o risco de desindustrialização do país.
Há(1) um forte sentido ético nas políticas de inclusão social — em especial na mais consolidada
a do Programa Bolsa Família, com efeitos mostrados em estudos científicos, entre os quais(2) o
recente "Vozes do Bolsa Família", de Walquíria Leão Rego. Justamente por serem(3) éticas, não
devem durar muito tempo. Explico-me. Elas procuram atender à(4) uma emergência.
Emergência, em linguagem médica, não se confunde com urgência: porque não é apenas
pressa, é risco de vida. Falando metaforicamente, a pobreza pode ser letal para a sociedade. Ela
requer tratamento rápido. Eliminar a fome, por um lado, e proporcionar acesso à(5) universidade,
por outro, são duas pontas desse tratamento. Essas medidas são uma espécie de UTI da
sociedade. Mas, por isso mesmo, não podem durar muito tempo.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
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e) 5
A eficiência no uso dos recursos públicos é, cada vez mais, uma exigência da sociedade. Esta
espera que a prestação de serviços governamentais ocorra (1) com qualidade, utilizando
racionalmente os recursos dos contribuintes. Nesse sentido, diversos estudos têm (2) surgido
afim de (3) discutir a qualidade das administrações públicas. O que se nota é que o maior
controle está associado à (4) maior rigidez institucional, o que, se por um lado, pode coibir o
comportamento corrupto do gestor público, por outro lado pode também reduzir seu incentivo em
adotar comportamento inovador por temer que a inovação seja (5) considerada ilegal,
comprometendo sua carreira.
(Adaptado de http://www.brasil-economia-governo.org.br/2012/11/21/gestao-publica-mais-eficiente/)
Máquinas são funcionários exemplares, como atestam os radares eletrônicos espalhados por
cidades e estradas do Brasil. Trabalham 24 horas por dia, concentram-se 100% do tempo na
tarefa, não têm (A) férias, não ganham 13º salário e nunca reividicam (B). A indústria de
armamento e defesa está encantada com esses operários-padrão guerreiros. A evolução
tecnológica já permite antever (C) a fabricação de aparelhos com autonomia para combater e
decidir, sozinhos, se e quando devem exterminar (D) alguém. As centenas de ataques
realizados por drones (aeronaves não tripuladas que decolam de aviões cargueiros) americanos
no Oriente Médio, nos últimos anos, estimulam uma reflexão mais profunda sobre um cenário de
guerra envolvendo (E) os robôs-soldados.
a) (A)
b) (B)
c) (C)
d) (D)
e) (E)
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1. E 16. Certo
2. E 17. B
3. C 18. E
4. Errado 19. Certo
5. A 20. D
6. B 21. Errada
7. E 22. E
8. B 23. Errada
9. C 24. A
10. E 25. B
11. Certo 26. Correto
12. E 27. Incorreto
13. A 28. D
14. Errado 29. C
15. D 30. B
Fabiano Sales.
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