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Portanto, ainda que os bens tenham sido gravados por ônus real
(hipoteca, por exemplo) ou tenham sido declarados impenhoráveis ou
inalienáveis, por ato de vontade do particular, respondem pelo crédito
tributário. Ou seja, até mesmo aqueles bens que não podem ser objeto
de cobrança de créditos de outra natureza, ficam submetidos à
cobrança do crédito tributário.
A exceção diz respeito aos bens e rendas declarados pela lei como
absolutamente impenhoráveis. Sendo assim, os bens voluntariamente
declarados como impenhoráveis continuam sujeitos ao crédito tributário. Em
outros termos, o que restringe o acesso do fisco aos é a disposição legal
no sentido da absoluta impenhorabilidade.
Além dessa prioridade, outras foram incluídas pelo par. único do art.
186. Assim, pode-se dizer que o crédito tributário perdeu espaço na
preferência entre os demais, nos processos de falência. Ou seja, além
da preferência dos créditos trabalhistas e acidentários, precedem ao
crédito tributário os créditos extraconcursais, as importâncias passíveis
de restituição e os créditos com garantia real (penhor, hipoteca).
Outro aspecto a ser destacado é o art. 186, II, do CTN, o qual afirma que
a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos
créditos decorrentes da legislação do trabalho. Foi nesse rumo que a Lei
11.101/2005 estipulou como limite o valor de 150 salários-mínimos por
credor. Destaque-se que esse limite não se aplica aos créditos
decorrentes de acidentes de trabalho.
Por fim, destaque-se que as mesmas regras previstas no art. 188 são
aplicáveis aos processos de concordada, conforme preceitua o § 2º, do art.
188, do CTN. Embora não tenha aplicação prática, o dispositivo deve estar
sempre na memória dos candidatos que se preparam para provas de
Direito Tributário.
I - União;
Vamos exemplificar?
União: R$ 100.000,00
Estado de Minas Gerais: R$ 400.000,00
Estado de São Paulo: R$ 600.000,00
Município de Belo Horizonte: R$ 100,000,00
Gabarito: Letra B
2 – ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
Em suma, o que nos importa nesse momento é saber que o CTN dividiu
o tema em três capítulos, quais sejam: Fiscalização, Dívida Ativa e Certidões
Negativas.
2.1 - Fiscalização
Neste ponto, é muito importante que o aluno perceba que, ainda que o
contribuinte esteja imune ou isento, deve ser fiscalizado. Isso ocorre porque a
imunidade e a isenção exoneram o contribuinte da obrigação de pagar,
mas não da possibilidade de vir a ser fiscalizado.
Nesse rumo, o art. 195 dispõe sobre os poderes das autoridades fiscais:
Repare que o STF deixa claro que quaisquer livros comerciais estão
submetidos à fiscalização tributária ou previdenciária. O que isso quer dizer?
Ora, até mesmo aqueles livros que não são de escrituração obrigatória
(não constituem obrigações acessórias) submetem-se ao exame do Fisco.
V - os inventariantes;
Deve ficar claro que não são apenas as pessoas listadas no art. 197
do CTN que estão obrigadas a prestar informações ao Fisco. Veja que o
inciso VII abrange quaisquer outras pessoas ou entidades que a lei designe. O
objetivo é abranger todas as pessoas que de alguma forma possam ter
conhecimento de informações necessárias à atividade de fiscalização.
Art. 83. A representação fiscal para fins penais relativa aos crimes
contra a ordem tributária previstos nos arts. 1o e 2o da Lei no 8.137,
de 27 de dezembro de 1990, e aos crimes contra a Previdência
Social, previstos nos arts. 168-A e 337-A do Decreto-Lei no 2.848, de
7 de dezembro de 1940 (Código Penal), será encaminhada ao
Ministério Público depois de proferida a decisão final, na esfera
administrativa, sobre a exigência fiscal do crédito tributário
correspondente. (Redação dada pela Lei nº 12.350, de 2010)
Para entender com clareza o que será visto neste tópico, é importante
relembrarmos como ocorre a constituição definitiva do crédito tributário.
Vamos lá: ao ser notificado do lançamento, o sujeito passivo tem um prazo
fixado em lei para pagar ou impugnar o lançamento.
1
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 25ª Edição. 2013 Pág. 534.
2
ATALIBA, Geraldo. GIARDINO, Cleber. Inscrição de dívida ativa Função Privativa dos Advogados
Públicos. Revista de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Jul/Set. de 1982, p. 340.
Gabarito: Letra B
3 – SIMPLES NACIONAL
Não faz muito sentido ficarmos nos aprofundando em detalhes que têm
poucas chances de serem cobrados na sua prova. A minha dica é que você
foque em outros pontos mais importantes da matéria, como o estudo do
crédito tributário, por exemplo.
Vamos começar?
(...)
(...)
Gabarito: Letra D
4 – EXECUÇÃO FISCAL
Sendo assim, é possível dizer que qualquer valor, cuja cobrança seja
atribuída por lei à União, aos Estados, ao Distrito Federal e às
respectivas autarquias, será considerado Dívida Ativa da Fazenda
Pública (LEF, art. 2º, § 1º).
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei
atribuir força executiva.
Sendo assim, podemos dizer, com base no que foi exposto até o
momento, que há dois requisitos necessários para promover a ação de
execução fiscal:
Inadimplemento do devedor;
Título executivo.
Sendo assim, perceba que a penhora dos bens pode ser oferecida
espontaneamente pelo sujeito passivo, como também pode ser procedida pelo
Poder Judiciário.
5 – ENCERRAMENTO DO CURSO
Caro aluno,