Вы находитесь на странице: 1из 14

RESSONÂNICA MAGNÉTICA (RM)

Autor: Pedro H. Donini (fisioterapeuta)


Data: dezembro/2017

1. HISTÓRICO DA RASSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM)

• A descoberta do fenômeno de ressonância magnética ocorreu em 1946, independentemente e em


lugares diferentes por duas equipes de físicos comandados por Bloch, em Stanford, e Purcell, em
Harvard.

• Em 1952, Bloch e Purcell receberam o prêmio Nobel de física em razão da expressiva descoberta.

• Durante vários anos, a máxima potencialidade desta técnica passou despercebida, sendo apenas
utilizada por físicos e químicos no estudo das estruturas e processos de reação química.

• O primeiro ressonador magnético foi patenteado por Damadian em 1972.

• Em 1973, Lauterbur, utilizando um espectrômetro para a obtenção dos sinais codificados especial-
mente, com variação linear do campo magnético, produziu as primeiras imagens de um objeto não
homogêneo, um tubo de H2O, fornecendo a possibilidade de obtenção de imagens de ressonância
magnética  a partir desse evento, o desenvolvimento da metodologia para geração de imagens por
RM cresceu rapidamente.

• As primeiras imagens de seres vivos foram obtidas por Mansfield, em 1976 e, no ano seguinte, foram
demostradas imagens de mãos e tórax.

• Em 1983, após intenso desenvolvimento dos softwares e hardwares, possibilitou-se a produção de


aparelhos de ressonância magnética, capazes de gerar imagens em qualquer parte do corpo hu-
mano, caracterizadas pelo alto contraste e resolução, com tempo de exames cada vez mais curto.

Damadian e colaboradores: primeiro


ressonador magnético.
• Atualmente, este método apresenta contínuo desenvolvimento, com surgimento diário de novidades
que possibilitam melhor rendimento na utilização dos exames, assim como estudos dinâmicos e fun-
cionais, capazes de estudar melhor a vascularização e o metabolismo de áreas específicas.

2. PRINCÍPIOS FÍSICOS DA RM

• A RM é um método de imagem que, ao contrário da radiologia convencional, não utiliza radiação


ionizante e apresenta princípios diferentes para obtenção de imagens.

• A RM é um fenômeno físico de troca de energia entre uma força de ondas eletromagnéticas e corpos
em movimento.

• O fenômeno da ressonância aplicado ao diagnóstico por imagem baseia-se na troca de energia entre
núcleos de átomos de hidrogênio (H+) com ondas eletromagnéticas provenientes de campos mag-
néticos oscilatórios  sempre que a frequência oscilatória dos campos aplicados coincidirem com a
frequência de rotação dos núcleos de hidrogênio haverá o processo de troca de energia  para que
isto ocorra de forma controlada, é necessário que os núcleos dos hidrogênios estejam alinhados 
o campo magnético externo é responsável por esse alinhamento  a população de hidrogênios que
mudou de orientação assume um estado energizado e posteriormente irá liberar essa energia na
forma de sinal de RM.

• A obtenção de imagem por ressonância a partir do hidrogênio se deve ao fato de este elemento estar
amplamente distribuído nos tecidos biológicos e por suas características em responder a campos
magnéticos extremos, como se fosse um pequeno imã.

• A RM oferece a possibilidade de adquirir imagens em qualquer direção (sagital, transversa, coronal


e oblíqua) sem a necessidade de mobilização do paciente.

a) Spin:
• As partículas elétricas (prótons e elétrons) possuem um movimento giratório em torno do próprio
eixo, como se fossem planetas  esse movimento faz com que os prótons e elétrons transformem
em pequenos imãs, conhecidos por dipolos.
b) Precessão:
• Precessão é um fenômeno físico que consiste na mudança do eixo de rotação de um objeto  este
fenômeno de precessão ocorre quando uma força externa age sobre um objeto em rotação.

• O segredo da imagem por RM está no fato de um corpo magnetizado precessar ao redor de um forte
campo magnético estático (sem alteração).

• Na RM, o próton giratório no núcleo do hidrogênio precessa quando posto em um campo magnético,
aumentando sua rotação à medida que o campo magnético aumenta.

c) Campo magnético intenso:


• O segredo da RM está na aplicação de um campo magnético muito intenso sobre os átomos do corpo
humano  com este campo tão forte, os prótons acabam por realizarem seus movimentos de forma
uniforme.

d) Emissão de sinal de rádio:


• Depois de o campo magnético estático ser aplicado, a precessão do núcleo do paciente pode ser
influenciada mais pelas ondas de rádio, porque uma onda de rádio contém um campo magnético que
varia com o tempo.

• Um efeito da onda de rádio é que ela faz com que o núcleo precesse em um ângulo maior  quanto
mais tempo a onda de rádio for aplicada no paciente, maior será ângulo de precessão.
e) Ressonância:
• As ondas de rádio afetam o núcleo que está precessando porque o campo magnético que varia com
o tempo das ondas de rádio muda na mesma taxa que o precessamento do núcleo  isso significa
que enquanto o núcleo roda, o campo magnético aparece exatamente no momento certo para ter o
efeito máximo em empurrar o núcleo para longe do campo magnético estático.

• Exemplo  ao empurrar uma criança num balanço, naturalmente empurramos a criança em resso-
nância  isto é, aplicamos a força no balanço na frequência que corresponde à frequência em que
o balanço retorna para nós; sabemos que se aplicarmos nossa energia em qualquer outra frequência
não tem efeito útil.

f) Recebendo sinal RM de tecidos do corpo:


• Como o núcleo é um pequeno imã, ele emite ondas eletromagnéticas enquanto gira  essas ondas
emitidas pelo núcleo dentro do tecido são pegas por uma antena ou bobina receptora durante a “fase
receptora” do processo RM  esse sinal elétrico obtido por essa bobina é enviado para o computa-
dor, reconstruindo a imagem do paciente.

• Várias técnicas matemáticas podem ser usadas para construir a imagem de ondas de rádio recebi-
das, algumas técnicas são similares à TC.

g) Relaxamento:
• Quando o pulso de ressonância que foi enviado ao próton cessa, todos os prótons estão em preces-
são juntos e em fase  assim que o pulso de radiofrequência é desligado, os prótons começam a
retornar a uma configuração mais aleatória em um processo chamado relaxamento.
• À medida que as partículas relaxam, o sinal de ressonância enviado pelos prótons em precessão
diminui  a velocidade de relaxamento fornece-nos informações sobre o tecido normal e o tecido
patológico.

• O relaxamento é dividido em dois tipos denominados relaxamento T1 e relaxamento T2  a letra


significa tempo.

3. COMPONENTES DE UM SISTEMA DE RM

• Os componentes de um sistema de RM incluem um imã para gerar o campo magnético estático,


intenso e homogêneo, um sistema de gradiente de campo magnético que seleciona e codifica o
sinal (amplificador e bobinas de gradientes), uma bobina receptora e um amplificador para detectar
o sinal de radiofrequência produzido pelos núcleos atômicos de H+.

• Após a obtenção do sinal de radiofrequência, este é transmitido a um sistema para processamento


digital com formação das imagens, que são enviadas a um console de operação que permite traba-
lhá-las.

• O console não é só utilizado para visualizar as imagens, mas também para manipular os parâmetros
na obtenção de sequencias específicas, conforme a patologia e a área de interesse a ser estudada.
4. FORMAÇÃO DA IMAGEM

• A aquisição de imagens por RM é constituída das seguintes etapas:

Paciente é posicionado no interior do magneto do equipamento.

Os núcleos atômicos do paciente se alinham ao longo do


campo aplicado, gerando um vetor de magnetização.

Gradientes de campo magnético são aplicados para a localização espacial dos sinais a serem adquiridos.

Os pulsos de excitação são aplicados e os núcleos absorvem energia.

Imediatamente passam a ocorrer os fenômenos de relaxamento.

Os núcleos passam a induzir o sinal de RM nas bobinas receptoras.

O sinal de RM é adquirido.

O sinal de RM é processado por uma transformada de Fourier (algoritmo matemático).

A imagem é formada ponto a ponto numa matriz.


5. PONDERAÇÕES T1 E T2

• A sequência ponderada em T1 é a que apresenta mais detalhes anatômicos, enquanto as imagens


ponderadas em T2 permitem frequentemente melhor visualização do tecido patológico e podem
contribuir para possível caracterização tecidual.

Hipossinal: Hipersinal:
• Imagem mais escura. • Imagem mais clara.

Correlação entre as estruturas do sistema musculoesquelético e o sinal produzido nas pondera-


ções T1 e T2.
Estruturas analisadas T1 T2

• Calcificação e osso cortical;


• Estruturas com fibrocartilagem ou colágeno (ligamen-
tos, tendões, meniscos e lábio glenoidal);
• Hematoma na fase aguda (desoxiemoglobina); Hipossinal Hipossinal
• Hemossiderina e ferro;
• Fibrose (fase tardia) e ar;
• Fluxo sanguíneo arterial normal.
• Água (moléculas livres como líquor e líquido sinovial);
• Água (moléculas ligadas a proteínas como edema, pro- Hipossinal Hipersinal
cessos inflamatórios e tumores);
• Impregnação pelo contraste (gadolínio);
• Hematoma na fase subaguda; Hipersinal Hipossinal
• Fluidos hiperproteicos (mucina) e colesterol líquido de-
pendendo da concentração.
• Gordura (subcutânea e medula óssea). Hipersinal Hipersinal

• Músculos e cartilagem. Sinal intermediário Sinal intermediário


6. VANTAGENS E LIMITAÇÕES DO EXAME DE RM

Vantagens Limitações

Excelente contraste e resolução anatômica. Baixa sensibilidade na detecção de calcificações.

Estudos multiplanares (três planos ortogonais e Alta suscetibilidade aos materiais metálicos (próte-
oblíquos). ses, fios, hastes, parafusos, etc.), distorcendo o
campo magnético.

Não utiliza radiação ionizante.

Melhor caracterização tecidual (T1, T2 e DP).

Supressão seletiva de gordura.

Avaliação dinâmica.

Observação:
• Atualmente o uso de materiais metálicos à base de titânio e parafusos biodegradáveis
tem reduzido sensivelmente as dificuldades com artefatos.

7. CONTRAINDICAÇÕES DA RM

• Pacientes com marca-passos internos;


• Transplante coclear;
• Clipes de aneurisma de modelo antigo;
• Primeiro trimestre de gravidez (não é uma contraindicação absoluta);
• Válvula protética do coração Starr-Edwards pré-modelo 6000;
• Bombas de infusão de medicamento interna;
• Bombas internas de analgésico (a menos que certificada como segura para RM);
• Neuroestimuladores;
• Estimuladores de crescimento ósseo
• Clipe cirúrgico gastrintestinal ferromagnético.
REFERÊNCIAS

• Purcell EM, Torrey HC, Pound RV. Ressonance abssorption by nuclear magnetic moment. Solid Phys
Rev 1946;69:37-38.

• Bloch F, Harsen WW, Packard M. Nuclear Induction. Phy Rev 1946;69-127.

• Lauterbur PC. Imagem formation by induced local interation: Exemples emplaying nuclear magnetic
ressonance. Nature 1973;242:190-91.

• Mansfield P, Maudsley AA. Medical imaging by NMR. Br J Radiol 1977;50:188-94.

• Cohen M, Abdalla RJ. Lesões no esporte, diagnóstico e tratamento, 2 ed; Revinter; 2015.

• Lampignano JP, Bontrager KL. Tratado de Posicionamento Radiográfico e Anatomia Associada, 8


ed; Elsevier; 2015.

Вам также может понравиться