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DÉCIMA TERCEIRA, A VARA DE UM MITÔMANO

José Erigutemberg Meneses de Lima


Advogado criminalista, atuando em Blumenau (SC)

Ao longo dos meses, discussões sobre impeachment da Presidente da República


e os desdobramentos da Operação Lava Jato (OLJ) disputam espaço nos noticiários.
Embora a imprensa os queira imbricados, para confundir, são assuntos independentes
em gênese e resultados, mas como se sabe, o jornalismo conta da história apenas a parte
que lhe interessa.
O impeachment a cargo do Congresso Nacional (CN) aprecia pela ótica política
e jurídica se houve ou não crime de responsabilidade nas pedaladas fiscais. A OLJ é a
uma investigação sobre corrupção conduzida pela justiça federal do Paraná que se
iniciou com a investigação de uma rede de doleiros que atuavam em vários Estados e
descobriu a existência de um vasto esquema de corrupção na Petrobrás, envolvendo
políticos de vários partidos e as maiores empreiteiras do país.
Após diversas fases de operações espetacularizadas com repórteres em campo,
antecedendo ou acompanhando agentes policiais, e coletivas de autoridades à imprensa,
muitos juristas, compartilhando a insatisfação dos advogados das partes acusadas,
consideram que o juiz macula o processo com exacerbação, protagonismo e
voluntarismo, dando corpo a agressivo ativismo judicial, indo, uma instância de
primeiro grau, além da competência conferida pela Constituição Federal.
As infrações alegadas grampo ilegal, longa investigação sem denúncia, decisões
tomadas sem consulta ao Ministério Público Federal (MPF), presos sem acesso a
advogados e banho de sol foram tantas que, depois da divulgação de conteúdo de
grampos incluindo a Presidente da República, as iniciativas questionadas resultaram em
representações ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Chegaram, até o Supremo
Tribunal Federal (STF) onde perante a Corte, o juiz se desculpou, afirmando ter errado
ao gerar polêmica quando decidiu tornar públicos grampos de conversas de ex-
presidente.
O coroamento das infrações às normas processuais e à Lei Orgânica da
Magistratura (Lomam) surge em extensa reportagem em que diversos documentos
“apontam indícios da existência de uma prova ilegal no embrião da operação, manobras
para manter a competência na Vara Federal de Curitiba e até pressão sobre
prisioneiros”. A Operação Lava Jato, para alguns profissionais de Direito, já deveria ter
sido retirada de Curitiba.
Induvidoso para os advogados e parlamentares que ingressaram com
Reclamação Disciplinar no mínimo tais condutas estão desconectadas das
regulamentações legais e regimentais usuais em outras varas e comarcas. Comenta-se,
inclusive, a existência da Corte Moro, a exemplo da Corte de Warren, considerada um
paradigma para a jurisdição constitucional americana.
Alguns periodistas chegam a taxar o juiz responsável pela OLJ de arbitrário e de
flertar com o fascismo em quase todas suas decisões, como é o caso de Dais Sena Filho:

Moro é arbitrário e flerta com o fascismo em quase todas suas decisões.


A condução coercitiva, traduzida no sequestro e na prisão do ex-
presidente Lula por quatro horas no aeroporto de Congonhas é o maior
exemplo de o quanto um juiz de primeira instância totalmente politizado
e ideologizado e livre do controle dos órgãos que regulamentam e
fiscalizam a Justiça pode chegar, ou seja, ao totalitarismo aplicado
diretamente na veia da sociedade.1

A arbitrariedade e o flerte observados encontram parâmetro em Processo Penal


do Espetáculo, artigo de Rubens Casara reproduzido em parte no “O direto penal e o
processo penal no estado de direito: análise de casos”, de Juarez Tavares e Geraldo
Prado:

Com a desculpa de punir os “bandidos” que violaram a lei, os


“mocinhos” também violam a lei, o que faz com que percam a
superioridade ética que deveria distingui-los. Porém, o enredo que pauta
o processo e é consumido pela sociedade, com o auxílio dos meios de
comunicação de massa, não permite reflexões éticas ou miradas críticas.
Tudo é simplório, acrítico e condicionado por uma tradição autoritária (o
importante é a sedução exercida pelo poder penal e o reforço da ideologia
dominante). Nesse quadro, delações premiadas (que, no fundo, não
passam de acordos entre “mocinhos” e “bandidos”, em que um criminoso
é purificado – sem qualquer reflexão crítica – e premiado com o aval do
Estado), violações da cadeia de custódia (com a aceitação de provas
obtidas de forma ilegítima, sem os cuidados exigidos pelo devido
processo legal) e prisões desnecessárias (por vezes, utilizadas para obter
confissões e outras declarações ao gosto do diretor) tornam-se aceitáveis
na lógica do espetáculo, sempre em nome da luta do bem contra o mal2
1
DAVIS SENA FILHO Davis Sena Filho é editor do blog Palavra Livre
http://www.brasil247.com/pt/colunistas/davissena/223765/Moro-continua-o-golpe-e-a-atacar-Lula-mas-a-
lista-de-tucanos-da-Odebrecht-não-vem-ao-caso.htm
2
CASARA, Rubens. Processo Penal do Espetáculo.Disponível em: <
http://justificando.com/2015/02/14/processo-penal-espetaculo/> Acesso em: 04 abr. 2016.
A imagem humana a transparecer no sentido dessas considerações, querem
muitos, que se pareça ao exato perfil do juiz responsável pela OLJ. Nessa presunção,
centenas de matérias jornalísticas remeteram os leitores para o ensaio Considerações
sobre a Operação Mani Pulite, publicado por Sérgio Moro em 2004 que se diz seja a
base da OLJ 3
Os periodistas suspeitam que desde a publicação, o autor tornara-se obsessivo
em relação a aplicar no Brasil os procedimentos adotados na Operação Mãos Limpas.
Como é cediço que “do nada, nada vem” (ex nihilo, nihil fit) é de se indagar: seria então
o juiz Antonio di Pietro e a Operação Mani Pulite (versado para o vernáculo, tem-se
4
Operações Mãos Limpas) as inspirações do juiz responsável pela OLJ?
Não há de se negar o fato de ser o juiz nacional aficionado pela histórica
investigação italiana, tanto assim, que, indagado sobre se a Operação Lava Jato
espelhava-se na similar italiana, respondera enigmaticamente: “É apenas o começo”.
Comenta-se, que ele não se desgruda de livro que conta a história da Operação Mãos
Limpas, cuja edição brasileira será disponibilizada a partir de junho.
Resenhistas comentam que no artigo sobre o caso italiano, o juiz responsável
pela OLJ exalta os chamados pretori d’assalto, ou “juízes de ataque”, geração de
magistrados dos anos 1970 na Itália que ganharam espécie e legitimidade ao usar a lei
para “reduzir a injustiça social”, tomar “posturas antigovernamentais” e muitas vezes
agir “em substituição a um poder político impotente”. E a imprensa local e nacional
reputam à Operação Mani Pulite a inspiração do juiz paranaense:

A inspiração de Moro por suas ações durante a Operação Lava Jato é clara. Ele
é motivado pelos juízes italianos responsáveis pela Operação Mãos Limpas,

3
Em 2004, Sergio Moro assinou o artigo "Considerações sobre a operação mani puliti", a operação
"mãos limpas". O texto é um relato sobre a operação que inspirou a Lava Jato, escrito num estilo simples
e pouco inspirado, mas suficiente. A leitura permite entender a ordem da operação Lava Jato, bem como
verificar que os vazamentos são propositais. Destaco um trecho: "Os responsáveis pela operação mani
pulite ainda fizeram largo uso da imprensa. Com efeito: Para o desgosto dos líderes do PSI, que, por
certo, nunca pararam de manipular a imprensa, a investigação da “mani pulite” vazava como uma peneira.
Tão logo alguém era preso, detalhes de sua confissão eram veiculados no “L’Expresso”, no “La
Republica” e outros jornais e revistas simpatizantes. http://wrevolta.blogspot.com.br/2016/04/moro-e-o-
design-inteligente-da-justica.html
4
Moro's inspiration for his actions during Operation Car Wash are clear. He is motivated by the Italian
judges responsible for Operation Clean Hands, a nationwide investigation in Italy on the links between
public officials and the mafia that was conducted in the early 1990s. By some accounts, as many as 6,000
individuals came under suspicion, and over 3,000 arrest warrants were issued. At one point, more than
half of the Italian Parliament was under indictment. But the void left by the removal of so many political
figures resulted in the rise of Silvio Berlusconi – and we now know that didn't translate into a corruption-
free state
uma investigação nacional na Itália sobre as relações entre funcionários
públicos e a máfia que foi realizado no início de 1990. Segundo alguns relatos,
até 6.000 pessoas ficaram sob suspeita, e mais de 3.000 mandados de prisão
foram emitidos. Em certo momento, mais da metade do Parlamento italiano foi
indiciado. Mas o vazio deixado pela remoção de tantas figuras políticas resultou
na ascensão de Silvio Berlusconi - e agora sabemos que não restou um estado
livre de corrupção

Desde David Hume, discute-se a melhor maneira de identificar a energia, a


motivação, aquilo que provoca reação em certo objeto que no caso presente poderia ser
uma pessoa. A causa da Operação Lava Jato, ou o arquétipo normativo da Operação
Lava Jato poderia residir no paper Considerações sobre a operação Mani Pulite, de
2004. Em sete páginas, toda a operação italiana é analisada pelo autor de forma
esquematizada, a se ter como verdadeiro manual de montagem de uma operação similar
no Brasil. A Operação Mani Pulite serviu de roteiro para a estratégia montado para a
OLJ. “Neste artigo, Moro defende o uso intensivo de prisões, confissões e publicidade como
instrumentos para obter êxito em operações deste tipo. Para o magistrado, o largo uso da
imprensa feita pelos seus operadores teria contribuído para a deslegitimação do sistema político
e para a formação da imagem positiva dos juízes na Itália.”5
A energia que atuara sobre o juiz responsável pela OLJ, poderia, também, ser
encontrada noutro artigo, este escrito em 2001, intitulado A Corte Exemplar:
Considerações sobre a Corte de Warren. Nele, o autor que e Sérgio Moro cita
expressões tais pretori d’assalto, ou juízes de ataque, “reduzir a injustiça social”, tomar
“posturas antigovernamentais” e muitas vezes agir “em substituição a um poder político
impotente”.
De acordo com matéria publicada no The Washington Post, o juiz confirma ter
aprendido a investigar casos de corrupção com a Operação Mani Pulite. Sua abordagem
também pode ter sofrido as influências do processo legal dos Estados Unidos, onde
freqüentou programa especial na Escola de Direito de Harvard e treinamento destinado
a potenciais líderes patrocinados pelo Departamento de Estado dos EUA.6
Não é segredo para ninguém não ser jornalismo profissão liberal. Os
profissionais que seguem esta carreira são invariavelmente adeptos à filosofia da

5
Disponível em: http://www.viomundo.com.br/denuncias/advogados-gauchos-denunciam-moro-por-
prevaricacao-abuso-de-poder-violacao-de-sigilo-funcional-e-grampo-ilegal.html. Acesso em: 09 abr.
2016.
6
Disponível em: https://www.washingtonpost.com/world/the_americas/brazils-new-hero-is-a-nerdy-
judge-who-is-tough-on-official-corruption/2015/12/23/54287604-7bf1-11e5-bfb6-
65300a5ff562_story.html. Acesso em: 09 abr. 2016.
empresa para a qual trabalham. A verdade muitas vezes é deixada de lado para se afogar
em marés de ideologias e de opiniões pessoais. Sem conhecimento técnico suficiente,
alguns jornalistas não retratam acontecimentos nem personalidades sem fugir às
idiossincrasias dos editores dos meios de comunicação. Aqui no Brasil os veículos de
comunicação situados à direita do espectro político enaltecem Moro. A demonização
personagem ocorre nas impressões que tem dele articulistas progressivos, simpatizantes
da ponta esquerda do espectro..
Não sendo jornais blogs e revistas fontes confiáveis, outros documentos foram
objetos de pesquisa, além das sentenças do magistrado e os recursos judiciais e
entrevistas à imprensa de advogados dos réus e doutrinadores.
Então, a descoberta de uma possível Corte Moro, Corte de Exceção, se é que
houve ou há em Curitiba, seria perquirida nas posições doutrinárias assumidas pelo juiz
responsável pela OLJ em obras assinadas por ele. Afinal, as convicções mais íntimas
saltam das entrelinhas do que se escreve.
O juiz responsável pela OLJ tornou-se uma das principais figuras públicas no
Brasil e muitos o consideram herói popular. Outros, o acusam de partidarismo. Assim,
as reportagens não seriam as ferramentas adequadas para traçar o perfil do magistrado.7
Desta forma, para que não se falseie sua realidade biobibliográfica, tomaram-se quanto
possível informações coletadas da Plataforma Lattes.8 Em texto informado pelo próprio
autor, consta:

Sergio Fernando Moro, Juiz Federal da 13.ª Vara Criminal Federal de


Curitiba/PR, especializada em crimes financeiros, de lavagem de
dinheiro e praticados por grupos criminosos organizados. Atuou, como
juiz em diversos processos criminais complexos, envolvendo crimes
financeiros, contra a Administração Pública, de tráfico de drogas, e de
lavagem de dinheiro. Trabalhou como Juiz instrutor no Supremo
Tribunal Federal durante o ano de 2012. O autor cursou o Program of
Instruction for Lawyers na Harvard Law School em julho de 1998 e
possui título de mestre e doutor em Direito do Estado pela Universidade
Federal do Paraná - UFPR. Escreveu livros e artigos especializados na

7
Material interessante sobre Sérgio Moro pode ser acessado em: Retrato do juiz Sérgio Moro quando
jovem. Por Renan Antunes de Oliveira. Disponível em: <
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/retrato-do-juiz-sergio-moro-quando-jovem-por-renan-
antunes-de-oliveira/. Acesso em: 09 abr. 2016.
8
De acordo com o Wikipedia: “A Plataforma Lattes é uma plataforma virtual criada e mantida pelo
CNPq, pela qual integra as bases de dados de currículos, grupos de pesquisa e instituições, em um único
sistema de informações, das áreas de Ciência e Tecnologia, atuando no Brasil. Foi criada para facilitar as
ações de planejamento, gestão e operacionalização do fomento à pesquisa, tanto do CNPq quanto de
outras agências de fomento à pesquisa, tanto federais quanto estaduais, e de instituições de ensino e
pesquisa”.
área jurídica. Participou do International Visitors Program organizado em
2007 pelo Departamento de Estado norte-americano com visitas a
agências e instituições dos EUA encarregadas da prevenção e do combate
à lavagem de dinheiro. É Professor Adjunto de Direito Processual Penal
da Universidade Federal do Paraná - UFPR.

Verificando-se no site do Departamento de Estado americano tem-se que:

O The International Visitor Leadership Program (IVLP) é um programa de


intercâmbio profissional desenvolvido pelo Departamento de Estado
Americano. Através de visitas de curto prazo, líderes estrangeiros atuais e
emergentes especializados em vários campos de conhecimento são convidados a
experimentar em primeira mão a cultura americana e cultivar relacionamentos
permanentes com seus colegas estadunidenses em encontros profissionais que
reflitam interesses comuns dos participantes e apoio aos objetivos da política
externa dos Estados Unidos.9 (Tradução livre)

Complementando as impressões sobre Sergio Moro10, recolheram-se outros


dados disponibilizados na plataforma digital, idealizada por um grupo de jornalistas e
publicitários que passaram a traduzir o Brasil para estrangeiros, a Plus55
(http://plus55.com/):

É doutor em Direito pela Universidade Federal do Paraná, e também participou


Harvard Law School, onde ele seguiu o Programa de Instrução para
Advogados. Desde que se tornou um juiz em 1996, Moro tem se especializado
em investigações de lavagem de dinheiro. Nove anos mais tarde, ele participou
de Programa de Liderança do Departamento de Estado os EUA Internacional de
Visitantes, onde visitou agências americanas responsáveis pela prevenção e
combate à lavagem de dinheiro. Considerado o melhor mente brasileira sobre o
assunto, Moro em seguida, escreveu um livro que agora serve como um guia
para juízes da Suprema Corte que lidam com esses tipos de casos. (Tradução
livre)

Neste trecho além da confirmação da participação em seminários americanos,


destaca-se a informação de ser autor de livro-guia para os ministros do STF analisarem
os crimes de lavagem de dinheiro durante a Ação Penal 470. Na verdade serviu como
juiz instrutor no Supremo Tribunal Federal durante o ano de 2012 tendo assessorado

9
Disponível em: < http://eca.state.gov/ivlp>. Aceso em: 09 abr. 2016.
10
Sérgio Fernando Moro é filho de Dalton Áureo Moro e Odete Starke Moro. Graduou-se em Direito pela
Universidade Estadual de Maringá, em 1995, tornando-se juiz federal no ano seguinte (?). É mestre e
doutor em Direito pela Universidade Federal do Paraná, onde ocupa a carteira como docente de Direito
Processual Penal.
diretamente a Ministra Rosa Weber. O assunto gerou contencioso judicial com
desenlace no TRF 4ª.11
A admiração do STF a Sergio Moro durara pouco. Mal passara um ano, o
Tribunal parece ter encontrado autores de obras de maior tamanho a quem deveria ter
recorrido e passou a enfrentar o juiz como elementos de escola inimiga. Tanto é que
Gilmar Mendes teceu ácidas críticas a Sérgio Moro, chegando a dizer que o "Estado e
seus agentes atuam como bandidos fossem". Para o magistrado, os juízes não podiam
abusar das prisões cautelares, nem tergirversar com a liberdade dos cidadãos.12
Fechado o parêntese histórico, retorne-se à Plataforma Lattes de onde se
pesquisou a fecundidade monográfica e doutrinária de Sérgio Moro.13 Nem todos os
títulos serão aqui referenciados,mas à guisa de apresentação, algumas explicações serão
dadas a respeito do que interessar a este artigo.
Desenvolvimento e efetivação judicial das normas constitucionais, publicado por
M. Limonad no ano de 2001 é uma delas. Como a leitura não foi feita, reproduz-se
sinopses recolhidas na rede mundial de computadores. Sobre Desenvolvimento e
efetivação judicial das normas constitucionais tem-se:
No presente livro procura-se superar o bloqueio através de enfoque diverso do
problema da aplicabilidade das normas constitucionais. Tratado do ponto de
vista judicial, ou seja, sem embargo dos progressos que poderiam advir de
propostas legislativas, buscam-se respostas "hic et nunc" para o bloqueio, que
sejam viáveis diante do quadro constitucional e legal hoje existente”.14

11
MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5030076-02.2012.404.7000/PR. Disponível em:
<http://s.conjur.com.br/dl/indeferimento-liminar-sergio-moro.pdf>. Acesso em: 09 abr. 2016; AGRAVO
DE INSTRUMENTO Nº 5011215-16.2012.404.0000/PR. Disponível em: < http://s.conjur.com.br/dl/trf-
sergio-moro.pdf>. Acesso em: 09 abr. 2016.
12
HC 95518 / PR.
13
Entre os artigos completos publicados em periódicos tem-se, A autonomia do crime de lavagem e prova
indiciária. Revista CEJ (Brasília), v. 41, p. 11-14, 2008. Colheita compulsória de material biológico para
exame genético em casos criminais. Revista dos Tribunais (São Paulo. Impresso), v. 853, p. 429-441,
2006. Considerações sobre a Operação Mani Pulite. Revista CEJ (Brasília), v. 26, p. 56-62, 2004.
Competência da Justiça Federal em Direito Ambiental. Revista dos Tribunais. Cadernos de Direito
Constitucional e Ciência Política, v. 31, p. 157-166, 2003. Por uma revisão da teoria da aplicabilidade das
normas constitucionais. Revista dos Tribunais. Cadernos de Direito Constitucional e Ciência Política, v.
37, p. 101-108, 2001. Livros publicados/organizados ou edições, Crime de lavagem de dinheiro. 1ª. ed.
São Paulo: Saraiva, 2010. Jurisdição constitucional como democracia. 1. ed. São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais, 2004. Legislação suspeita? Afastamento da presunção de constitucionalidade da lei. 2. ed.
Curitiba: Juruá Editora, 2003. Desenvolvimento e efetivação judicial das normas constitucionais. 1. ed.
São Paulo: Max Limonad, 2001. Outras produções bibliográficas O uso de um criminoso como
testemunha: um problema especial. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007. (Tradução/Artigo).
14
Distribuidora de livros Itagyba. Disponível em: http://www.livrariaitagyba.com.br/livro-
desenvolvimento-e-efetivacao-judicial-das-normas-constitucionais-9788586300790,mo6085.html. Acesso
em: 09 abr. 2016.
O livro Jurisdição constitucional como democracia é de 2004 tendo sido
publicado no ano de 2004. As idéias ali delineadas serviram como ponto de partida para
a obtenção do título de doutor em Direito pela UFPR, em 2002, com orientação de
Marçal Justen Filho.
Na tese, o juiz federal se revela “perturbado por preocupações relativas a como
deveria proceder, especialmente no que se refere aos limites do agir judicial”. Para ele,
entre os princípios da democracia encontra-se o de que nenhuma política pública ou
instituição deve ser considerada imune à contestação. Tem agido fiel a essa convicção.
Transformada em livro a tese monográfica traz capítulos acerca da A experiência
constitucional norte-americana, Origens do controle judicial de constitucionalidade, O
caso Dred Scott, A Era Lochner e A Corte Warren, entre outros. Em sinopse, consta:

Jurisdição constitucional significa atribuir a autoridades não eleitas o


poder de controle sobre as políticas públicas formuladas por autoridades
eleitas. A história revela que sua instituição pode ser contrária à
democracia, mas também pode contribuir para o seu aprofundamento,
dependendo da forma como atua.
A presente obra tem como um de seus objetivos sugerir ao juiz constitucional,
como guardião da democracia e dos direitos fundamentais, posturas para sua
atuação, a partir de uma abordagem interdisciplinar, com incursões históricas,
políticas e institucionais.
O autor defende um Judiciário comprometido com a democracia, o que exige
alternância de postura de autocontenção e de ativismo, argumentando que a
jurisdição constitucional pode ser com ela compatível na medida em que
contribuir para o seu aprimoramento.15

Em Legislação Suspeita?: afastamento da presunção de constitucionalidade da


lei, destaca-se que

O juiz, no exercício do controle de constitucionalidade, deve agir com cautela, a


fim de não invalidar decisões políticas tomadas pelo Congresso, no processo
democrático. Em alguns casos, porém, é possível justificar a submissão dos atos
legislativos a um exame judicial mais rigoroso, à semelhança do que faz a
Suprema Corte norte-americana desde a nota aposta ao caso 'Carolene Products
Co. v. USA', de 1938. Isso significa adotar, em casos especiais, uma posição
contrária à presunção de constitucionalidade da lei, exigindo-se a demonstração
da compatibilidade da lei com a Constituição. Neste livro, o autor tem como
objetivo examinar os motivos dessa prática norte-americana e defender, com as
devidas adaptações, a sua aplicação pelos tribunais brasileiros, como mais um
instrumento de defesa da cidadania16
15
Thomson Reuters. Revista dos tribunais. Disponível em:<
http://rt.com.br/?sub=produto.detalhe&id=6565>. Acesso em: 09 abr. 2016.
16
SARAIVA. Disponível em: http://www.saraiva.com.br/legislacao-suspeita-2-edicao-165099.html.
Acesso em: 09abr.2016.
Em Crime de lavagem de dinheiro, de 2010, publicado pela Editora Saraiva, o
autor trata o crime de lavagem de dinheiro de modo profundo, esclarecendo as
particularidades deste delito com equilíbrio entre as abordagens práticas e teóricas, sem
abdicar da carga crítica requerida pelo tema.
Como afirmado, os livros não foram lidos e suas resenhas foram obtidas nos
sites de divulgação, transcritos ipsis literis sem julgamento de valor. O que realmente
interessa a este texto é o artigo A Corte Exemplar: Considerações sobre a Corte de
Warren, publicado no ano de 2001, na Revista da Faculdade de Direito da UFPR, v. 36,
2001, que a nosso ver é a gênese da atuação do juiz.
Em dezoito páginas, Moro faz um balanço da atuação de Earl Warren, o mais
influente juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos no pós-guerra. O “propósito do
artigo traçar breve panorama sobre a muito citada, mas pouco conhecida entre nós,
Corte de Warren, suas decisões e suas técnicas de decisão, traçando, quando possível,
um paralelo em relação à prática constitucional brasileira”.
Por dedicar bons parágrafos do texto a comentar episódio marcante na luta pelas
liberdades civis e pela defesa dos direitos individuais, alguns podem achar que as idéias
de Moro voltavam-se à defesa dos direitos humanos e se contradizia em manter presas
algumas pessoas para delas obter confissões que muitos diriam sob tortura, no âmbito
da Lava Jato17.
Nada mais falso. Sob a superfície de direitos humanos e constitucionalistas jazia
o que foi classificado por idéia tentadora por Luis Roberto Barroso, ministro do STF a
advertir quanto aos riscos democráticos que ela envolve.

Essa energia imensa, que atravessou continentes, foi gerada por uma idéia
tentadora: a de que uma corte de justiça progressista pode promover a revolução
humanista que o processo político majoritário não é capaz de fazer. As minorias
reacionárias e as maiorias acomodadas são capazes de retardar indefinidamente
o processo histórico. Nessas horas, é preciso que uma vanguarda intelectual,
comprometida com o avanço civilizatório e a causa da humanidade, desobstrua
o caminho e dê passagem ao progresso social.

17
LEITE, Paulo Moreira. PML: artigo de Moro dá razão a Vaccari. Disponível em:
<http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2015/06/16/pml-artigo-de-moro-da-razao-a-vaccari> . Acesso
em: 09 abr. 2016.
Barroso, pontual e cirúrgico, expõe de onde Moro pretende municiar-se de
forças para dar curso à Operação similar à Operação Mãos Limpas. A validação, a
chancela autorizativa para a Operação Lava Jato, nos moldes até aqui conduzidos, será
o referendo de uma Corte de Justiça progressista onde o judiciário antecipe os direitos
diante da inércia de minorias reacionárias e as maiorias acomodadas. Mesmo que
contrarie programas de governo.
E então, Mani Pulite pode até ser o livro de cabeceira de Moro, a orientá-lo no
que concerne aos procedimentos. Entrementes, vem do confronto entre a Jurisdição
Constitucional e a Democracia a fundamentação teórica da Operação Mãos Limpas.
O tema não é novo nem conta com consenso doutrinário desde que Hans Kelsen
e Carl Shcmitt se engalfinharam academicamente em desvendar quem deveria ser o
defensor da Constituição. Moro seguindo o pensamento de Grimm que se contrapõe às
idéias de Smith aduz ser a democracia procedimentalista ou deliberativa falha na
aplicação dos direitos, cabendo ao judiciário, na suposição de ser imparcial defender a
Constituição mesmo contrariando os planos de governo. E o exemplo vem de países
desenvolvidos como Reino Unido, Holanda e Suécia onde o controle é exercido por
outros fatores como a mídia, a sociedade civil e os demais poderes.18
Moro defende em seu texto a sobressair da conduta que o judiciário imponha
freios aos planos de governo mesmo sem ter a representatividade conferida pelo voto.
Em síntese, aventa a concretização de direitos mediante decisões jurídicas mais
politizadas,desde que “a atividade da jurisdição constitucional se justifique em vista do mau
funcionamento da democracia e sirva de orientação para se eliminar obstáculos e favorecer o
seu ótimo funcionamento.
É o que se extrai de:

Tal teoria forneceu base interessante para justificação da jurisdição


constitucional frente à democracia. Os inimigos da jurisdição constitucional
recorrem normalmente ao argumento de que é necessário resguardar a
autonomia popular exercida pelos representantes eleitos do povo contra
interferências excessivas de juízes que não foram elevados e nem podem ser
destituídos de seus cargos através do voto. Sem embargos de todas as críticas
que podem ser feitas a tal argumento, ele perde força quando a atividade da
jurisdição constitucional é justificada em vista do mau funcionamento da
democracia e orientada a eliminar obstáculos ao seu ótimo funcionamento.

Ao se referir acima que a guarda dos direitos fundamentais na Corte de Warren


18
Jurisdição Constitucional e Democracia. Disponível em:
http://jurisdicaoconstitucional.blogspot.com.br/2009/04/jurisdicao-constitucional-e-democracia.html.
Acesso em 09 abr. 2016.
seria uma falácia pensar-se no caso Baker v. Carr, de 1962, quando a Corte reviu o
precedente Colegrove v. Green, de 1949, admitindo que “não se podia confiar no
processo democrático para reparar a violação da constituição, uma vez que esta também
afetava o seu adequado funcionamento. O legislador, cuja permanência no cargo
dependia da continuidade da má ordenação, não era confiável para repará-la, estando
nessa hipótese a autoridade judicial em melhores condições para atuar com a
imparcialidade necessária”.
Adiante ressalva que “É certo que o juiz constitucional não deve desconhecer
seus limites. Quanto mais intensa a atividade da jurisdição constitucional, maiores serão
os questionamentos acerca da legitimidade da interferência judicial em regime
democrático.”

A Corte de Warren prova, todavia, que algum ativismo judicial pode mostrar-se
benéfico, contribuindo não para o enfraquecimento da jurisdição constitucional
e da democracia, mas para o seu próprio fortalecimento. É viável a defesa da
jurisdição constitucional e de parte de suas decisões com base em argumentos
que apelam para o próprio regime democrático.37

A convicção em sua tese alonga-se ao afirmar que “O que enfraquece em


realidade a jurisdição constitucional, provocando questionamentos acerca de sua
necessidade e legitimidade, é a recusa das Cortes no enfrentamento dos problemas
constitucionais mais sérios.” E que a Corte ou qualquer corte deve exercitar as funções do ofício
até o limite de suas responsabilidades”. Como afirmou Earl Warren quando de entrevista
concedida antes de aposentadoria da Corte.
A história da Corte de Warren mostrou que seu chefe comportou-se segundo seu
entendimento e inspirou Sergio Moro que em ato de oração “Roga-se para que o
exemplo seja seguido.” E aqui há de se indagar: é possível alguém entender diferente
seus próprios pensamentos?
Por paradoxal que seja, a respostas cabível à pergunta enigmática, diante dos
acontecimentos da Corte Moro é afirmativa. Veja-se. A busca do “bem” a identificar-se na
Corte Moro com o combate à corrupção, alheia aos parâmetros legais, ao invés de servir à
ampliação de conquistas sociais, como fez a Corte Warren, servirá à prática do mal, inclusive o
mal radical como bem demonstrou a Alemanha nazista. O que vem sendo feito em combate à
impunidade engajado à ”voz popular a exigir combate à corrupção” afasta direitos ou garantias
fundamentais ao argumento de que era necessário.
A Corte Moro dá destaque à ideia de “malignidade do bem”, conceito atribuído por
Rubens Casara aplicável a situações em que o mal é mascarado por uma ação voltada para o
bem ao contrário da “benignidade do mal”.
Na Corte Warren, aplicava-se o voluntarismo dos juízes, contrariando as
maiorias de ocasião, visando à aplicação das garantias civis o que se percebe nas
decisões de Mapp v. Ohio, 1961 que impediu a utilização de provas obtidas de modo
ilícito, e Gideon v. Wainright que estendeu às cortes estaduais a obrigatoriedade de
prover advogado de defesa em processo criminal aos acusados que não tenham recursos
para contratá-lo. Em Miranda v. Arizona (1966) decidiu que suspeitos devem ser
informados do seu direito de se consultar com um advogado e do seu direito de não se
auto-incriminar, podendo permanecer calado. 19
Por seu turno, a arbitrária e autoritária Corte Moro, elegeu a benignidade do mal, como
se fosse possível extrair bons frutos de árvore contaminada por veneno, consistente em esgarçar
as fibras constitucionais a livrar de amarras legais o judiciário para agir contra a maioria no
interesse da minoria, afastando os direitos civis.
O Estado social e democrático de direito, certamente, não compactuaria com essa linha
inconstitucionalissimamente ilegal o que ficou manifesto na posição do STF: a Constituição dá
limites rígidos ao exercício do poder judiciário e demais poderes, conforme o princípio da
legalidade estrita.
A Corte Warren construiu contra a opinião majoritária da sociedade, o capítulo mais
rico e belo da Suprema Corte dos Estados Unidos com a reafirmação da primazia dos valores
perenes da Constituição. A Corte era uma instituição desviante na democracia escravocrata
norte-americana, obviando algumas vezes os conflitos, denotando a suposta contradição entre
as decisões de juízes nomeados que iam de encontro a leis aprovadas por autoridades eleitas ou
ao que pensavam as maiorias
Com a prática sucessiva de infrações processuais configurando inaceitável
intervenção de um poder da república noutro, a Corte Moro não é unanimidade entre
juristas, doutrinadores e muito menos no STF que, ao menos, até aqui, em duas ocasiões
alterou as decisões dela originárias por ter desrespeitado a prerrogativa de foro de
alguns dos investigados e praticado ilícitos no caso em que uma interceptação telefônica
flagrou conversas da Presidente.
O STF reduziu a Corte Moro à sua exata dimensão: 13ª Vara Federal da Seção
20
Judiciária do Paraná da Justiça Federal sob jurisdição de um juiz federal. Ali as
investigações da Operação Lava Jato devem prosseguir, por óbvio, em conformidade
19
BARROSO, Luis Roberto. A americanização do direito constitucional e seus paradoxos: teoria e
jurisprudência constitucional no mundo contemporâneo. Disponível em: Acesso em:
20
http://www.jfpr.jus.br
com a ordem constitucional, ficando assegurado aos acusados o devido processo legal,
com o amplo direito de defesa, com os recursos pertinentes.
A admiração dos idos de 2010 esvai-se a cada afronta ao texto constitucional, já
tendo concluído o STF que Sérgio Moro de há muito ultrapassou as fronteiras da justiça.

Ao julgar favoravelmente o pedido de reclamação 23.457, Teori escolheu


palavras duras e formulou argumentos claros, que merecem uma reflexão mais
demorada. Empregando uma expressão que não deixa margem a dúvidas, o
ministro disse que Sérgio Moro era “reconhecidamente incompetente” para
determinar a divulgação de grampos telefônicos em que estavam envolvidas
autoridades com direito a foro privilegiado, “inclusive a própria presidente da
República.” Também acrescentou que a decisão do juiz comprometeu “direitos
fundamentais” assegurados pela Constituição, afirmação de gravidade
incomum, ainda que nem todos prestem atenção a esses valores nos dias que
correm.21

Nos Estados Unidos, a Corte Warren, também, não foi unanimidade. Os críticos
sustentavam que, por distorcerem os significados da Constituição, ela caracterizava-se
por ser imperialista, política, liberal e por demais ativista, impondo os valores morais
dos magistrados, bem como a agenda político- judicial do tribunal, acima da
Constituição. O mesmo que por aqui, anos depois, se pensa da Vara Moro.
Finalmente, a ideologia emula a realidade, e neste tom, pode ser que o
responsável pela OLJ, apesar da intelectualidade sobremaneira reconhecida, não se
esforçou bastante para aferir os resultados políticos, sociais e econômicos da Operação
Mão Limpas. Superado o espetáculo da mídia que foi seu eixo central, a população
percebeu estupefata o abissal vácuo de poder surgido da corrosão da credibilidade dos
partidos políticos tradicionais, franqueando o ingresso na política de oportunistas muito
piores do que os tradicionais políticos.
A mistura da Corte Di Pieto com a Corte Warren deu à Vara Moro feições,
senão de Frankenstein jurídico, o aspecto de uma grande jabuticaba jurídica, sem caroço
e pouco palatável. O mitômano, o messiânico juiz da 13ª vara federal criminal de
Curitiba, notório à frente das investigações da Operação Lava-Jato, que aprendeu com o
FBI e prestou assessoria ao STF, percebe pelos escritos que tenha encontrado
semelhanças entre os magistrados da Corte Warren e a geração dos chamados pretori
d’assalto, exaltados em seu artigo de 2004.

21
Teori diz que Sergio Moro é ‘reconhecidamente incompetente. Disponível em:
http://www.netcina.com.br/2016/03/teori-diz-que-sergio-moro-e-reconhecidamente-
incompetente.html/feed". Acesso em: 09 abr. 2016.
Ele próprio, iluminado pela luz dos juízes de assalto que ganharam destaque e
legitimidade ao usar a toga contra a lei, quiçá sonhe ou sonhava encarnar o paladino da
justiça capaz de “reduzir a injustiça social”, tomar “posturas antigovernamentais” e agir
“em substituição a um poder político impotente”.
O pretor d’assalto Antônio Di Pietro, acusado de intervenção na vida política do
país, interferência no resultado de eleições e pela queda de um Primeiro-Ministro, bem
como de perseguir líderes políticos de esquerda, respondeu a centenas de procedimentos
judiciários contra atos injustificáveis à frente da operação em que tanto sujou as mãos.
No Brasil alguns juristas iniciaram reação junto aos Tribunais Superiores e órgãos de
classe com apresentação de noticia-crime ao TRF ou Reclamações Disciplinares junto
ao CNJ
Os fatos vistos até aqui remetem à existência da Corte Moro de brevíssimo
destaque, a ruir e reduzir-se, a custa dos arranhados à Constituição, a simples Vara que
alguém bate contra as pernas ao constatar que a pessoa que entende diferente seus
próprios pensamentos é ela própria.
O tempo, agente mediato, ou o STF, imediato, há de decidir se a Vara é de galho
de marmelo ou frágil cipó-de-amarrar-caranguejo.

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