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1

Eram sete horas da manhã em 1859 e Haris acabara de acordar, estava confuso, não
percebia o que tinha ocorrido durante a noite passada. De repente pensou em seu pai, este
parecia aflito e estava muito agitado, perguntara a Haris:

- Onde está sua mãe? Temos que sair daqui.

Haris não sabia o que responder, não percebia nada do que estava a acontecer. Viu seu
pai entrar numa casa cheia de chamas a gritar pela mulher. – Zayin, Zayin onde estás? Por que
não responde?

Haris continua meio atordoado enquanto vê aquela cena, de repente vê o tecto da


casa a ruir e tem gente a se aproximar, todos gritam “água, depressa, água”, Haris continua
sem perceber o que está a acontecer, tinha seis anos de idade e nada sabia da vida, naquele
instante sem saber, perdia os pais.

Agora de manhã, Haris percebe que não está deitado em sua cama e seu pai não lhe
tivera visitado logo antes de ir trabalhar (algo que sempre fez). Reish era ferreiro, um homem
grande e forte, cresceu nas ruas de Eboraco na região da Bretanha, sem nunca ter conhecido
os pais, era um pequeno ladrão, passava a vida a fugir das autoridades para não ser preso ou
colocado num orfanato, lugar de onde já tinha fugido dezenas de vezes, um dia ouviu que o
Rei precisava de homens para conquistar a região da Gália, juntara-se ao exercicito de sua
Majestade o Rei Clement IV. Este queria mostrar aos seus suditos que valia mais do que
diziam, como único sucessor do trono recebia muitas críticas, os ministros de seu pai o Rei
Antony II, não colocavam muitas esperanças sobre este.

Reish depois de muitos anos já tinha participado em várias batalhas em defesa do Rei
Clement IV, chegou mesmo a ser chamado para Cavalherio, mas renunciara tudo e se refugiou
numa aldeia distante em Durocortoro, foi lá onde encontrou sua esposa “Zayin”.

Reish chegara à aldeia sem nada, fazia pequenos trabalhos e conseguia sobreviver, um
dia foi chamado a trabalhar em casa de um homem que vivia apenas com a filha e não tinha
quem os ajudasse nas tarefas mais difíceis, foi então que este homem lhe propôs que se
mudasse para lá e o ajudasse, dava-lhe jeito ter um jovem a seu lado, esse homem era Gimel,
pai de Zayin.

Com o andar do tempo Gimel percebera que estava a envelhecer e não tinha em quem
confiar à filha senão ao jovem ajudante quem consigo trabalhava.

Reish e Zayin acabaram eventualmente por se casar, tinham uma humilde casa, onde
viviam com o único filho, conhecido por todos nas redondezas, frente fora honesto, não se
preocupava somente com dinheiro, dizia sempre para seu filho “um homem humilde não
pensa em fazer o mal, antes pratica o bem para com todos”. Zayin era dona de casa, orfã
depois da morte do seu pai, tinha agora vinte e cinco anos, ainda jovem, era a única
descendente de seus pais, aquela que tinha o dever de continuar com a sua linhagem. Era uma
dona de casa, boa esposa, muito bem educada pelo pai, com quem estive a sós depois da
morte da mãe desde os seus três anos, seu pai fora também mãe, tendo-lhe ensinado as boas
maneiras, lutou muito e conseguiu dar a essa uma educação, colocou-lhe numa escola onde
aprendeu música, literatura e dança.

Haris ouvia vozes e se dirigiu para o lugar de onde elas vinham, lá encontrou o irmão
de seu pai Samech. Este nunca serviu o exercicito, cresceu mafioso nas ruas Eboraco, até
chegara a fazer uma pequena fortuna, mas um dia foi preso e todos os bens foram para o
estado, quase fora banido no reino, só foi perdoado porque o Rei reconheceu os feitos de seu
irmão. Samech soube que seu irmão havia casado na região de Durocortoro e, fora se juntar a
ele. Usou o seu jeito malandro e conseguiu ganhar o bar da cidade num jogo de cartas, o dono
apostara depois de este o ter tirado todo o dinheiro, conseguiu fazer com que ele apostasse o
bar e assim conseguiu, o anterior dono passou a ser agora seu empregado.

Quando Samech viu seu sobrinho, foi ao encontro dele:

- Filho como está?

- Onde está meu pai? Disse Haris num ar preocupado.

Samech disse-lhe para sentar e pediu para que lhe trouxessem algo para comer.
Enquanto serviam a mesa, Haris continuava irriquieto:

- Tio por que meu pai não está aqui? Onde ele foi, minha mãe, por que não estão aqui?

- Há coisas difíceis de explicar filho, com o tempo entenderá. Um dia lhe direi por que
está aqui, por enquanto vai ficar aqui comigo e quando for hora saberá a verdade.
2

Era uma noite de inverno de 1854 em Artaxa e num lugar onde mais nada se ouvia a
não serem os gritos de uma mulher que dava a luz, era uma freira que conseguira se esconder
de todas as pessoas do convento que estava grávida.

A Irmã Ofélia fora violada noves meses antes por três alguns homens enquanto
voltava para o convento depois de ter passado o dia todo no hospital da cidade, deviam ser
por volta das onze da noite quando eles apareceram e lhe cortaram o caminho, os homens
estavam todos bébados, agarraram-na, rasgaram as roupas e aproveitaram-se dela, só não a
mataram porque apareceu um homem que conseguiu afastar os bandidos que desataram a
correr. Tratava- se de um forasteiro que acabara de chegar à cidade, chamava-se Vladimir, era
um comerciante que andava por toda a zona da Armenia, passara por Artaxa, pois ouvira que
existiam ali homens ricos e, que gastavam a sua riqueza que se farta, ele venderor de ouro,
prata e azeite, não podia perder a oportunidade que lhe aparecia à frente. Levara a Irmã Ofélia
ao hospital para que essa fosse tratada, deixou-a lá e nunca mais voltou para saber como ela
estava.

Quando Ofélia acordou não conseguia levantar, sentia dores na vagina e no ânus, não
se lembrava do que tinha acontecido ou pelo menos preferia não o fazer, ao lado dela estava
uma enfermeira, quando viu que esta abriu os olhos foi chamar imediatamente o médico.

A Irmã Ofélia ouvia vozes a se aproximarem, dentre as vozes escutava também a da


Madre Superior, a Irmã Dalet, quando chegaram junto à cama Dalet perguntou:

- Ofélia, como está? Que lhe aconteceu?

- Sinto dores, não sei o que aconteceu ou como vim cá parar.

Interveio o médico:

- Foi trazida por um comerciante, este afirma que estava a ser violada por três homens
quando a encontrou. Não se lembra?

Ofélia começa a chorar e, diz que se lembra de apenas sair do hospital e ir a caminho
do convento.

Nessa noite nove meses depois lá estava ela a dar a luz, fora ao encontro de uma
parteira que rezidia distante de maior parte das pessoas da cidade, esta nem sequer sabia que
Ofélia era madre. Ofélia apareceu em casa da senhora com roupa normal, libertando-se da
batina que chamaria muita atenção.

Depois de muitos gritos, finalmente nasce a criança, uma menina. Ofélia chora não só
de alegria mas tristeza também, sabe que se quiser continuar no convento teria de abandonar
a criança. Ficou em casa da parteira por mais quatro dias, até conseguir recuperar as forças,
antes de se ir embora pediu a senhora um pedaço de papel e uma caneta, e escreveu um
bilhete.
“É com muita dor e tristeza no coração que faço isso, mas por algumas questões não
posso ficar com a criança. Ela chamar-se-á Zaphira, pelo amor de Deus criem-na como se fosse
vossa filha”.

Enquanto escrevia o bilhete caiam-lhe lágrimas nos olhos e marcavam no papel.


Esperou anoitecer e foi embora com a criança num berço, chegou junto a uma pequena
quinta, tinha uma casa aconchegante e viu lá dentro um casal, não pareciam ter filhos e
parecia ser o lugar ideal para deixar a criança.

Colocou o berço junto a porta e saiu a correr desolada, com soluços, choro, tristeza,
estava simplesmente angustiada pelo que acabara de fazer, o certo é que não poderia
aparecer no convento com uma criança ao colo.

No meio da noite Marlyn ouve choros e acorda Kenn.

- Estou a ouvir barulhos de criança – diz ela.

Kenn responde:

- Deve estar muito cansada, não oiço nada.

Marlyn ouve o marido e tenta dormir e, uma vez mais parece ouvir choros, dessa vez
mais alto que antes. Ela levanta-se, acende uma vela e volta-se para o marido:

- Não vai dizer que não ouviu outra vez. Vamos lá a baixo ver o que se passa.

Kenn cansado depois de um longo dia de trabalho levanta e diz a mulher que vai com
ela, embora pense que esta está a delirar.

Quando chegam à parte inferior da casa, Marlyn ainda tem consigo a vela e procura
dentro de casa o lugar de onde vinham os choros, infelizmente não vê nada, Kenn diz: - bem
que disse que está cansada, não há nada aqui em baixo, vamos voltar para cama.

No momento em que estão a subir as escadas ouvem choros, Marlyn vira-se para Kenn
e pergunta: - vai dizer que não ouviu?

Kenn para e vira-se: - parece que vem fora.

- Vá lá ver – diz Marlyn.

Ao abrir a porta Kenn depara-se com um berço e dentro tem um bebê. Marlyn
apressa-se para pegar a criança para puder lhe acalmar, pois esta chora demais, dirige-se para
a cosinha, pois sabe que encontrará leite para criança.

Kenn ainda em choque não sabe bem o dizer, a única coisa que lhe veio a cabeça foi
pegar no berço e colocar dentro de casa, logo depois de pousar este na mesa, repara que tem
um pedaço de papel dentro, quando abre encontra a carta que Ofélia escreveu:

“É com muita dor e tristeza no coração que faço isso, mas por algumas questões não
posso ficar com a criança. Ela chamar-se-á Zaphira, pelo amor de Deus criem-na como se fosse
vossa filha”.
Kenn vai ao encontro da esposa e entrega-lhe a carta, esta lê e, diz: - é o presente que
sempre pedi a Deus. Um filho.

- Não podemos simplesmente ficar com ela e – diz Kenn.

- E o que quer que façamos, vamos abandonar a menina na rua? Não seria capaz de
fazer isso, desculpa Kenn.

- Não, levamo-lá as autoridades, eles saberão o que fazer com ela.

- Bem sabe como tratam as crianças, levam-nas em orfanatos onde são maltratadas, se
a mãe dela não lhe levou para lá bem conhece as razões.

- Não temos condições de cuidar dessa criança, onde vamos tirar dinheiro para lhe
sustentar?

- Nos arranjamos, conseguimos sempre, não seria a primeira vez.

- Sempre fomos nós, nunca precisamos de nos preocupar com mais ninguém e, se
alguém pergunta de onde veio ela, o que diremos?

- Calma que tudo dará certo, se alguém vier é fácil, podemos dizer que é minha
sobrinha, uma prima passou por cá e deixou-me a tomar conta dela por uns tempos.

Kenn continuava com algumas dúvidas sobre o que devia fazer, entretanto sabia que
não ia resolver nada àquela hora, sugeriu a mulher que fossem dormir quando a criança
estivessa calma.
3

Passaram muitos anos e estavam agora em 1872, Haris tinha agora dezanove anos e
decidira juntar-se a Marinha de Guerra, passara toda a vida a tentar desvendar os mistérios da
vida, seus pais tinham morrido a treze anos e até a data não percebia porquê. Juntou-se a
marinha para ver se enfrentava a morte o quanto antes, ainda solteiro sem nunca ter-se
apaixonado, jamais pensara constituir uma família, temia que o que aconteceu a seus pais
poderia acontecer com sua família, para além de seu tio, Haris não tinha mais ninguém,
prefiria viver assim.

Mesmo muito jovem foi aceite na marinha por causa da sua estrutura física e porque
tinha uma educação melhor que maior parte da tripulação que havia, era um rapaz corpolento,
com muita massa física e muita vontade de combater, os outros nunca entenderam bem por
que, afinal as pessoas fogem da morte e não vão atrás dela.

Aos 25 de Abril chega uma carta do Rei para Marinha:

24 de Abril de 1872

Clement IV,

Há rumores de que nosso reino está a perder suas forças quando se fala do mar, diz-se
que não conseguimos descobrir novas províncias e temos medo de enfrentar outros reinos,
ordeno-vos que sigam para as regiões do Mar Grande e, conquistem as terras que lá se
encontram para o vosso Rei, vamos provar a nossa superioridade, para que não exista mais
nenhum povo na terra que duvide de nós.

Mostrem que até Poseidon o deus dos mares deve temer quando se diz que a marinha
do Rei Clement se aproxima.

Vossa Majestade,

Rei Clement IV

Foram reunidos os homens mais fortes e partiram para a missão dada pelo Rei,
embora Haris fosse muito novo, foi um dos escolhidos, não apenas porque tinha muitos
músculos, mas porque era inteligente, sempre dava jeito ao Capitão Henrí ter alguém como
Haris na tripulação.

Henrí era considerado o maior e melhor Capitão da marinha real, com 50 anos de
idade era o único que ainda não tinha perdido um navio desde que entrara na marinha. O
homem que entrou para marinha como ajudante de cozinha conseguira transforma-se uma
lenda viva, considerado filho do deus do mar, porque nunca conhecera o fundo do mar, diziam
que este nem sabia por onde navegava, se eram águas doces ou salgadas, seja como for,
regressava sempre das suas viagens, sempre com o navio implacável. Tinha vinte anos dentro
da marinha, vinte maravilhosos anos. Sempre com boa disposição para cada batalha, já tinha
vitórias sem conta, mesmo que fosse o único navio do reino a sobrar conseguia vencer as
batalhas, lenda viva. O único navio em que navegou chama-se L’ISA, este dizia “ainda que me
tirem a casa, ainda que perca tudo que alguma vez tive não me importaria se ficassa aqui com
a minha amada”, decidira ser solteiro, achava que as mulheres dificultam a vida de um
marinheiro, este sempre pensará em casa quando estiver no mar, tudo distração para ele.
Preferia ser cliente assíduo dos bordeis dos portos onde atracava. Sempre de boa disposição,
passava os seus conhecimentos a tripulação “jamais vá a guerra a pensar em sair de lá, pense
que cada batalha que estiver como sendo sua última, fica dia após dia e quem sabe os anos
passarão e continuará vivo”. Religioso, apesar de estar cercado da morte sempre acreditou em
Deus, mesmo sabendo que maior parte da população acreditava que não havia deus maior
que Clement IV. Católico, crescera num seminário onde aprendera todo os princípios católicos,
todas as leis da igreja. Antes de partir para uma batalha lembrava sempre a oração que Jesus
ensinara aos discípulos encontrada no livro de Mateus, Capítulo 6, Versículos 9-13, que diz:

“Pai Nosso que estás nos céus, santificado seja teu nome, venha nós o teu reino, seja
veita tua vontade, assim na terra como no céu, o pão nosso de cada dia nos dá hoje...”.

Leva consigo um terço e uma bíblia, sempre soube que um dia o Senhor lhe chamaria
um dia, lembrou-se ainda do sermão de Jesus, quando este diz “não se preocupai com o dia de
amanhã, pois o dia de amanhã trará suas próprias preocupações”. Vivo um dia de cada vez,
não sei o que me reserva o futuro, por isso faço tufo no presente.

Ao seu lado tinha um ilustre companheiro de infância, Anton, estiveram sempre juntos
até mesmo no seminário. Anton conseguira mesmo ser consagrado para Padre, mas ao saber
que seu grande amigo se juntara a marinha, decidira abandonar e juntar-se a ele. Para ele o
amigo nunca soubera fazer escolhas acertadas, talvez a única certa tinha sido ir para o
seminário, convenceu Anton a juntar-se a ele nessa aventura, mas uma semana antes de ser
consagrado decidiu abandonar a Igreja. Perdeu-se num dos pecados mortais. Tentou um dia
envangelizar uma prostituta em pleno quarto de um border chamado “A Casa dos 50
Prazeres”, conhecido como maior bordel das terras de Clement IV, onde este passara boa
parte da sua juventude (lugar de onde chama suas amantes até agora enquanto Rei).

A prostituta que Henri tentara mudar a vida era Isabella. Uma mulher com um corpo
que parecia ter sido esculpido pela melhor artesão da época, parecia um projecto
arquitetónico perfeito. Com certa de quarenta kilos de peso e, um metro e setenta e cinco de
altura, Isabella não era das mulheres mais altas, mas as suas curvas chamavam atenção. Com
seios grandes, uma bunda que deixava qualquer homem louco, tinha os cabelos ruivos e lábios
carnudos. A mulher mais solicitada daquela casa. Henri sem estar preparado para o que iria
encontrar, decidira encontrar-se com ela dentro de quatro paredes.

Henri nunca contou ao amigo o que se passou dentro do quarto, a única coisa que
disse quando voltou para o seminário foi que tinha pecado contra o senhor seu Deus, e que
não merecia perdão. Anton lembrou-se de uma passagem bíblica que diz “a verdade vos
libertará”. Mas o amigo negou-se e abandonou a igreja.

Quando soube que Henri decidira juntar-se a marinha, Anton não exitou escrever para
o Bispo uma carta a dizer que se retiraria do sacerdócio e se juntaria a seu amigo, pois não
suportava a ideia desse ter abondonado a Igreja e, agora este escolhia um caminho que lhe
levaria a morte o mais rápido possível.

Agora, com muitos anos no mar, sempre um ao lado do outro, Henri nunca pensara em
voltar a Igreja, mas também não abdicava dos seus princípios, entregue a prostituição e não a
outros vícios, continuava a viver. Anton resistia as coisas que via acontecer na sua frente, já em
várias missões lhe foram oferidas mulheres, álcool e mais coisas que lhe desviariam do
caminho de Deus, sempre recusou a pecar.

Todo o Reino acreditava que Anton não era apenas amigo de Henri, era também seu
anjo da guarda, desde sua primeira missão enquanto simples membro da marinha, até o dia
em que se encontrava, era quase certo que já teria morrido. Mas porque estava sempre
acompanhado por Anton, Henri sobrevivera as inumeras batalhas que enfrentara. Havia
chegado uma nova ordem do Rei, mais uma batalha, as pessoas sempre alegraram-se com o
Capitão Henri, mas ao mesmo tempo sempre perguntaram quando seria a sua derrota.
Perguntavam sempre quando L’ISA a deusa egípcia seria finalmente tomada Poseidon deus dos
mares. Durante anos questionavam-se e a resposta nunca chegava, por isso L’ISA sempre foi o
navio preferido pelos marinheiros, a esperança de regrassar a casa morava lá. Por isso um
marinheiro tinha feito uma poema:

Esperança

“Não nos sobra mais nada senão esperança

A esperança que voltaremos a casa

A esperança que seremos felizes

Nada mais nos resta no mar a não ser esperança

Longe de todos, junto a irmão

Cabe-nos ter esperança que atracaremos salvos”.

A ouvir tal poema partiam para o mar na esperança que voltariam a casa para junto
dos seus. Para o horizonte rumaram os navios da marinha, qual deles voltaria, não se sabia,
mas mães, mulheres, irmãos e outros familiares esperavam poder voltar a ver seus
entequeridos uma vez mais.

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