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A Revolução de Outubro e a 
Política Nacional dos 
Comunistas Russos
J. V. Stálin

7 de Novembro de 1921

Primeira Edição: "Pravda”, número 251, 6-7 de novembro de 1921.


Fonte: Editorial Vitória Ltda., Rio, 1946. Tradução de Brasil Gerson. Pág: 153-156.
Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo.
Direitos de Reprodução: A cópia ou distribuição deste documento é livre e
indefinidamente garantida nos termos da GNU Free Documentation License.

A fôrça da Revolução de Outubro está, entre


outras coisas, em que, diferente das revoluções do
Ocidente, agrupou em torno do proletariado russo a
pequena burguesia formada por milhões de pessoas
e, sobretudo, suas camadas mais fortes e mais
numerosas: os camponeses. Com isso ficou a
burguesia russa isolada e sem exército, ao passo que
o proletariado se convertia no árbitro dos destinos do
país Se não fosse assim, os operários russos não
teriam retido o Poder.

A paz, a revolução agrária e a liberdade das nacionalidades são os


três fatores fundamentais que reuniram em torno da bandeira vermelha
do proletariado russo os camponeses de mais de vinte nacionalidades da
Rússia imensa.

Não há necessidade alguma de falar aqui dos dois primeiros fatores,


porque deles se falou bastante já na literatura e, além do mais, são por
si sós demasiado eloquentes. No que diz respeito ao terceiro fator — a
política nacional dos comunistas russos — sua importância, ao que
parece, não foi ainda compreendida de todo. Por isso não será demais
dizer umas quantas palavras a propósito.
Começaremos dizendo que entre os 140 milhões de habitantes da
RSFSR (sem a Finlândia, a Estônia, a Letônia, a Lituânia e a Polônia) não
existem mais que 75 milhões de grande-russos; os 65 milhões restantes
representam nacionalidades não grande-russas.

Além disso, essas nacionalidades estão situadas principalmente nas


regiões da periferia, que constituem os pontos mais vulneráveis sob o
aspecto militar; de outra parte, elas são ricas, em matérias primas, em
combustíveis e em produtos alimentícios.

Finalmente, essas regiões periféricas estão menos desenvolvidas (ou


nada desenvolvidas) que a Rússia Central sob o ponto de vista industrial
e o militar, pelo que são impotentes para defender sua existência
independente sem um auxílio militar e econômico da Rússia Central; do
mesmo modo que esta não se acha em estado de conservar sua potência
militar e econômica sem a ajuda das regiões periféricas em combustível,
matérias primas e produtos alimentícios.

Estas circunstâncias, unidas aos conhecidos princípios do programa


nacional do comunismo, determinaram o caráter da política nacional dos
comunistas russos.

A essência desta política pode expressar-se em poucas palavras:


renúncia a todo tipo de “pretensões” e “direitos” sobre as regiões
povoadas por nacionalidades não russas; reconhecimento (não de
palavra, mas de fato) do direito destas nacionalidades à existência
estatal independente; aliança militar e econômica livremente consentida
entre estas nacionalidades e a Rússia Central; ajuda às nacionalidades
atrasadas no seu desenvolvimento cultural e econômico, sem a qual a
chamada “igualdade nacional de direitos” perde todo o sentido; tudo isso
à base da plena libertação dos camponeses do regime de servidão e da
concentração de todo o Poder nas mãos dos elementos trabalhadores das
nacionalidades da periferia. Tal é a política nacional dos comunistas
russos.

É evidente que os operários russos que conquistaram o Poder não


teriam ganho a simpatia e a confiança de seus camaradas de outras
nacionalidades e, antes de tudo, das massas oprimidas das
nacionalidades que não gozam da plenitude dos seus direitos se não
tivessem demonstrado de fato sua disposição de levar à prática esta
política nacional, se não houvessem renunciado ao “direito” sobre a
Finlândia, se não houvessem retirado as tropas da Pérsia setentrional, se
não houvessem liquidado as pretensões dos imperialistas russos sobre
determinadas regiões da Mongólia e da China, se não houvessem
ajudado as nacionalidades atrasadas do antigo império russo a
desenvolver sua cultura e sua vida estatal no idioma nacional.

Somente à base desta confiança pôde surgir a união indestrutível dos


povos da RSFSR, contra a qual resultaram impotentes todos os tipos de
astúcias “diplomáticas” e o “bloqueio” aplicado com todo o empenho.

E mais: os operários russos não teriam podido vencer Koltchak,


Denikin e Wrangel sem esta simpatia e esta confiança das massas
oprimidas das regiões periféricas da antiga Rússia. Não se deve esquecer
que o teatro das atividades desses generais rebeldes se limitava às
regiões da periferia, povoadas fundamentalmente por nacionalidades
não-russas, e estas não podiam senão odiar Koltchak, Denikin e Wrangel
pela sua política imperialista e russificadora. Ao intervir e ajudar a esses
generais a Europa só podia apoiar-se nos elementos russificadores da
periferia. Com isso não fazia mais que avivar o ódio da população das
regiões periféricas aos generais rebeldes e intensificar sua simpatia pelo
Poder Soviético.

Esta circunstância determinou a debilidade interna das retaguardas


de Koltchak, de Denikin e de Wrangel e, por conseguinte, também a
debilidade de suas frentes, isto é, determinou, afinal de contas, a sua
derrota.

Mas os resultados benéficos da política nacional dos comunistas


russos não ficam limitados aos limites da RSFSR e das Repúblicas
Soviéticas ligadas a ela. Certamente repercutem também, de um modo
indireto, na atitude dos países vizinhos com referência á RSFSR. O
melhoramento radical da atitude da Turquia, da Pérsia, do Afeganistão,
da Índia e de outros países orientais a respeito da Rússia, considerada
antes como o espantalho destes países, constitui um fato que não se
atreve a discutir nem sequer um político tão audaz como Lord Curzon.
Não haveria, quase necessidade de demonstrar pois que a citada
transformação radical na atitude dos países vizinhos com referência à
Rússia seria inconcebível sem uma aplicação sistemática, no interior da
RSFSR, durante os quatro anos de existência do Poder Soviético, da
política nacional que foi caracterizada mais acima.

Tais são, em suma, os resultados da política nacional dos


comunistas. Estes resultados adquirem nitidez particular precisamente
agora, no quarto aniversário do Poder Soviético, que a dura guerra
terminou, que começou um amplo trabalho de construção e voltamos
involuntariamente a vista para o caminho percorrido para abarcá-lo num
só olhar.
(veja outra tradução da Editorial Vitória para este texto)

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Inclusão 17/12/2012

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