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http://luisrodrigues4.blogspot.pt/2015/02/exercicios-mais-algumas-falacias.html
2. Falso dilema.
R.: Esta falácia ocorre quando uma das premissas de um argumento é uma disjunção e
apresenta duas alternativas como se fossem as únicas disponíveis, quando de facto há
mais alternativas.
Exemplo: Ou diminuímos o orçamento para a educação ou não seremos capazes de
cortar a despesa pública. Mas temos forçosamente de diminuir a despesa do Estado.
Logo, temos de cortar no orçamento para a educação.
6. Boneco de palha.
R.: Ocorre quando o orador distorce o ponto de vista do opositor com o propósito de
mais facilmente o atacar e, destruindo esse ponto de vista assim distorcido, conclui
que o ponto de vista que o seu opositor de facto defende foi
refutado. Exemplo: Aquilo que os defensores da eutanásia querem é muito claro. Eles
querem poder matar quem esteja muito doente. É por essa a razão me oponho à
eutanásia.
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Complete os espaços em branco.
Considera-se verdadeira uma afirmação porque não se provou que é falsa ou vice-
versa. Trata-se da falácia do apelo falacioso à ignorância. Distorcem-se as ideias do
adversário para se atacarem mais facilmente. Trata-se da falácia do boneco de
palha. Consideram-se apenas duas alternativas embora haja mais. Trata-se da falácia
do falso dilema. Usa-se como premissa a própria conclusão. Trata-se da falácia
da petição de princípio. Ataca-se a pessoa em vez da ideia que defende. Trata-se da
falácia do ataque indevido à pessoa (ad hominem) . A conclusão resulta de uma
cadeia de passos que é duvidoso que se verifique. É a falácia da derrapagem.
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Identifique a falácia informal cometida.
1. Sou contra a pena de morte, porque a pena de morte tira a vida a uma pessoa.
a) Petição de princípio.
b) Ad hominem.
c) Apelo à ignorância.
d) Boneco de palha.
R.: A. A conclusão «Sou contra a pena de morte» e a premissa «A pena de morte tira a
vida a uma pessoa» expressam a mesma proposição, embora por intermédio de frases
diferentes.
7. Aquilo que os defensores da eutanásia querem é muito claro. Querem poder matar
quem esteja muito doente. É essa a razão pela qual me oponho à prática da
eutanásia.
a) Ad hominem, porque apresentam uma objeção irrelevante para atacar o que os
defensores da eutanásia dizem.
b) Falso dilema, porque sugere que tem de se optar entre ser a favor ou contra a
eutanásia.
c) Ad hominem, porque atacam os defensores da eutanásia e não aquilo que
defendem.
d) Boneco de palha, porque distorcem a posição dos defensores da eutanásia.
R.: D.
9. Não há uma ligação clara entre fumar e cancro de pulmão, apesar do que os
médicos dizem e de anos de estudos científicos. Portanto, fumar não faz mal aos teus
pulmões.
a) Ad hominem.
b) Petição de princípio.
c) Apelo à ignorância.
d) Falso dilema.
R.: C. A ausência de prova é usada como prova.
10. Se aprovarmos leis contra as armas automáticas, não demorará muito até
aprovarmos leis contra todas as armas. E, se aprovarmos leis contra todas as armas,
começaremos a restringir os nossos direitos. E, se começarmos a restringir os nossos
direitos, acabaremos por viver num Estado totalitário. Portanto, não devemos banir
as armas automáticas.
a) Boneco de palha, porque se distorce a posição do opositor de modo a mais
facilmente refutá-la.
b) Bola de neve, porque se tenta refutar que se deva aprovar leis contra as armas
automáticas derivando daí consequências cada vez mais inaceitáveis.
c) Falso dilema, porque se põe as coisas em termos de ter ou não armas automáticas
quando há outras opções.
d) Apelo à ignorância, porque se pretende esclarecer as pessoas acerca das
consequências nefastas da aprovação de leis contra as armas automáticas.
R.: B.
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Nos diálogos seguintes, procure identificar as falácias cometidas.
4. 1.
‒ Obrigada por nos teres guardado lugar ‒ diz Joana ao seu amigo Francisco, quando
com a sua amiga Luísa se senta numa esplanada cheia de gente.
Francisco (protestando) : – São vocês que nos tratam como objetos sexuais! Vestem-se
todas provocantes e exibicionistas porque julgam que os homens são todos uns
animais, que são só instinto e só pensam em sexo. É ou não assim que nos veem?
Joana: – A tua resposta é tão digna que nem vou gastar palavras. Só quem não quer
ver os factos é que nega que a Amélia seja uma vítima daqueles camionistas.
Francisco: — Calma! Está tudo a olhar para nós! Pronto! Admitamos que a Amélia é
uma vítima de assédio sexual no trabalho! O que fazer acerca da sua situação?
Francisco: – Está bem. Mas como defines assédio sexual? É que, se não se consegue
definir, toda e qualquer proibição é inútil.
Luísa: – Exatamente.
Francisco: – Mas que argumento sem pés nem cabeça! O que estás a dizer é que
devíamos abolir qualquer diferença entre homens e mulheres e criar uma sociedade
unissexual em que todos agiríamos como robôs. Não é, Luísa?(FALÁCIA DA
DERRAPAGEM)
Joana (interrompendo-a) : – Não estás bom da cabeça. Os teus argumentos são para
atrasados.
4. 2.
«Obrigado pela boleia», diz Paulo ao seu amigo Carlos. enquanto rumam em direção à
autoestrada. «Tudo bem, fica no caminho», diz Carlos.
Paulo: – Olha, a polícia mandou parar aquele condutor!
Carlos: – És um ingénuo otimista! A maior parte dos polícias são uns animais. Batem
em quem lhes apetece e quando lhes dá vontade. Lembras-te do caso Rodney King,
não lembras? Aqueles polícias de Los Angeles mandaram-no para o hospital todo
escaqueirado sem motivo algum. Isso prova que tenho razão! (GENERALIZAÇÃO
PRECIPITADA)
Paulo: – Estás a exagerar! Daryl Gates, o então chefe da polícia de LA, disse que o
incidente com Rodney King foi uma exceção, uma aberração. Dada a sua posição de
chefe, devemos dar-lhe crédito. (APELO A AUTORIDADE NÃO QUALIFICADA)
Carlos: – Mas Gates era um lunático que recusou reconhecer mesmo os nossos direitos
mais básicos. (Insistindo:) Além disso, foi forçado a demitir-se depois do incidente
Rodney King. Sei que nenhum de nós vive em LA, mas o nosso departamento de polícia
é tão mau como o deles. Por isso podes apostar em como aquele tipo que eles
mandaram parar vai passar um mau bocado. Lá, tal como aqui, são todos iguais.
(FALSA ANALOGIA)
Paulo: – Calma aí! Tanto quanto sei, ninguém ainda provou que os polícias da nossa
região são violentos. As tuas conclusões não fazem sentido! Aliás, tens uma maneira
de ver as coisas que é muito limitada. Pareces paranoico. (APELO À IGNORÂNCIA)
Paulo: – Mas um estudo recente de uma empresa conhecida pela sua objetividade e
independência mostra que por cada negro que é objeto de violência policial há um
branco que também é vítima disso. Isso prova que a polícia não trata os negros pior do
que os brancos.
Carlos: – Nunca ouvi falar desse estudo, mas deve haver algo de errado nele.
Paulo: – Bom, a minha experiência pessoal confirma esses resultados. Nos últimos
anos, fui mandado parar umas quatro vezes e os polícias trataram-me de forma
educada e civilizada. Só posso concluir que a esmagadora maioria dessas alegações de
violência e brutalidade policial são produto de imaginação fértil. (GENERALIZAÇÃO
PRECIPITADA)