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ESTUDO DIRIGIDO DA DISCIPLINA

Polícia Científica: Prova e Local do Crime


REFERÊNCIA: Material de apoio - Polícia Científica: Prova e Local do

Crime. Prof. Thiago Massuda.

Neste roteiro destacamos a importância para seus estudos de alguns


temas diretamente relacionados ao contexto estudado nesta
disciplina. Os temas sugeridos abrangem o conteúdo programático
da sua disciplina nesta fase, e lhe proporcionarão maior fixação de
tais assuntos, consequentemente, melhor preparo para o sistema
avaliativo adotado pelo Grupo Uninter. Esse é apenas um material
complementar, que juntamente com os vídeos, os slides das aulas e
o livro da disciplina compõem o referencial teórico que irá embasar o
seu aprendizado. Utilize-os da melhor maneira possível.
Bons estudos!

*este material destina-se exclusivamente para estudo aos alunos do


Curso de Graduação em Segurança Pública junto ao Grupo Uninter,
sendo vedada qualquer reprodução ou publicação, sob pena de
aplicação das penalidades legais cabíveis.

AULA 1 –

A impunidade no Brasil é outro fato notório, mas que não apresenta


quaisquer estatísticas confiáveis. Inicialmente há uma grande
subnotificação de infrações penais no país, seja pelo descrédito que
a população tem na polícia e na justiça, seja pela dificuldade de
acesso e burocracia do sistema. Superado esse desafio da
notificação do delito, nascem várias outras dificuldades, como a falha
no isolamento de local de crime, falta de estrutura das polícias
judiciárias (polícia civil), falta de estrutura dos órgãos periciais, um
sistema judiciário. Essa somatória de dificuldades acaba por gerar
inquéritos policias frágeis que em sua grande maioria acabam sendo
arquivados por não haver demonstrada a materialidade ou a autoria
do crime.

Os poucos inquéritos que acabam por gerar denúncia, muitas vezes


tem frágil conjunto probatório o que facilita as teses da defesa no
pedido de absolvição. Tudo isso faz com que o Brasil tenha
vergonhosos números referentes à resolução de crimes. Enquanto
países como a Inglaterra resolvem aproximadamente 90% dos seus
homicídios, a França 80%, os EUA 65%, no Brasil esses valores não
chegam a 10%, o que significa que em mais de 90% dos casos
ninguém é punido.
O artigo 155 do Código de Processo Penal – CPP – diz que “o juiz
formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas”. Ao analisarmos esse artigo de forma mais ampla e
associada a uma visão técnico-pericial, nos mostra que o juiz ao
considerar todo o conjunto das provas carreadas para o processo
judicial, será, no entanto, livre para escolher aquelas que julgar
convincentes.
O artigo 158 do CPP determina: “quando a infração deixar vestígios,
será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não
podendo supri-lo a confissão do acusado”. Essa determinação legal
evidencia, de forma direta, a importância e a relevância que a perícia
representa no contexto probatório.

Prova Material: É todo vestígio que ofereça a oportunidade de


constatação, sujeitos ou não a realização de exames periciais,
dependendo de análises especificas.

Prova Pericial: Pode ser entendida como os elementos materiais


diretamente relacionados à ação delituosa e que, após processados
pericialmente, obtenha a certeza científica, ou não, da sua relação
com o crime ou com seu autor.

Prova Documental: É consubstanciada em um papel escrito ou


registro por meio eletrônico, demonstrado um fato, onde a sua
produção pode estar ou não vinculada à ação criminosa, ou ter algum
tipo de relação, servindo para demonstrar fato alegado na
investigação.

O corpo de delito é o elemento principal de um local de crime, em


torno do qual gravitam os vestígios e para o qual convergem as
evidências. É o elemento desencadeador da perícia e o motivo e
razão última de sua implementação.

AULA 2 –

A expressão “local de crime”, apesar de admitir alguns sinônimos,


como “sítio da ocorrência”, “cena do crime”, “sede da ocorrência” e
“local da ocorrência”, entre outros, tornou-se, na peculiar visão da
Criminalística atual, um termo técnico e, como tal, deve ser
interpretado.
Independentemente do conceito assumido, seja ele abrangente
como o nosso e o de Kehdy ou específico como o de Rabello,
podemos segmentar um local de crime, para fins didáticos, em duas
partes: o corpo de delito e os vestígios.
A primeira preocupação do profissional de Segurança Pública ao dar
o atendimento inicial ao local de crime é com a sua segurança
pessoal. Pois se não preservar a sua própria vida, nada mais será
possível realizar a partir dali.
A chegada e as respectivas verificações iniciais devem ser feitas o
mais rápido possível, sem deixar de lado, pois o agressor ainda pode
estar presente ou o local pode estar sendo objeto de manifestações
públicas ou de comoção social em consequência do crime.
O profissional de Segurança Pública só deve entrar no local (parte
central dos vestígios e mais a vítima) se houver vítima no local e tiver
alguma dúvida sobre ela estar realmente morta.
Tomando a decisão de adentrar até o ponto onde se encontra a
vítima, deve seguir alguns procedimentos, visando comprometer o
menos possível a preservação dos vestígios. Veja a seguir.
1º) A partir do ponto próximo onde deixou a viatura, observar a área
para localizar onde se encontra a(s) vítima(s);
2º) Adentrar ao local, procurando deslocar-se em linha reta até a
vítima e, não sendo possível, adotar o menor trajeto;
3º) Chegando até a vítima, parar próximo a ela e fazer a checagem
nos pontos já mencionados no tópico anterior;
4º) Se estiver morta, não se movimentar mais junto ao cadáver, para
evitar qualquer adulteração de vestígios;
5º) A partir desse momento não mexer nem tocar a vítima (não mexer
nos bolsos, em carteiras, documentos, dinheiro, jóias, etc.) em
nenhuma hipótese, toda observação deve ser apenas visual;
6º) Aproveitar que está junto ao cadáver e de outros vestígios para
fazer uma inspeção visual de toda a área, a partir de uma visão de
dentro para fora, com o objetivo de captar o maior número de
informações sobre o local;
7º) Enquanto permanecer junto ao cadáver, fazendo a observação
visual, não deve se movimentar, permanecendo com os pés na
mesma posição; e
8º) Jamais recolher vestígios do local, mesmo sendo arma de fogo
e/ou munições.
Em tese, será muito comum encontrar os locais já inidôneos, mas
isso jamais deverá ser motivo para que os peritos criminais deixem
de realizar o exame. Aliás, somente o exame é que esclarecerá se o
local é ou não idôneo. O exame sempre deverá ser realizado.

As alterações nos locais de crime podem acontecer por:


 Por adição: quando alguém, inclusive a autoridade policial,
introduz suas impressões digitais em objetos encontrados no
local do crime;
 Por subtração: é muito comum; muitas vezes, de forma dolosa
ou culposa, o próprio agente retirar do local objetos que
interessem a própria investigação.
 Por substituição: a subtração de um objeto, substituindo-o por
outro, altera gravemente os indícios.

Morte Natural: é aquela atribuída à velhice ou à decorrência de


doenças. Do ponto de vista legal e policial, sempre que a morte
ocorrer em circunstâncias em que não houver um médico que ateste
o óbito da vítima, o cadáver será submetido à necropsia no Instituto
Médico-Legal. Tal situação é definida como morte sem assistência
médica. A presença de policiais neste tipo de local é determinante
para verificar a ausência de vestígios materiais (obviamente
extrínsecos) associados a uma morte violenta, e nesses casos,
deverá ser solicitada apenas a remoção do cadáver ao IML, não
sendo necessária à realização de levantamento pericial pela equipe
do Instituto de Criminalística.

Morte Violenta: é aquela decorrente de fator externo claramente


tipificado (ocorrência de trânsito, suicídio, homicídio, etc, ...). Nestas
situações, o local deverá ser imediatamente isolado e preservado e
deverão ser acionadas as equipes do IC e do IML.

Local de Acidente de Trânsito: O isolamento deve abranger os


veículos envolvidos na ocorrência, assim como as vítimas. É
importantíssimo preservar as marcas no leito da via, especialmente
as marcas de arrasto e de frenagem. As marcas de frenagem podem
dar uma ideia aproximada da velocidade em que os veículos
trafegavam durante o evento. Desta forma, a área de isolamento a
considerar pode ser extensa. É aconselhável dispor de sinalizadores
adequados para preservar todos os vestígios da ocorrência e até, se
for o caso, a interrupção completa do trânsito pela via.

AULA 3 –

Os princípios fundamentais da perícia criminal são:


Princípio da Observação: “Todo contato deixa uma marca”
(Edmund Locard). Em locais de crime, a busca por vestígios nem
sempre é uma tarefa de fácil execução. Em muitos casos, esses
elementos resultantes da ação delituosa, sejam eles originários do
autor, sejam eles originários da vítima somente podem ser
detectados através de análises microscópicas, ou mesmo, com o
auxílio de equipamentos de altíssima precisão.

Princípio da Análise: “A análise pericial deve sempre segui o


método científico”.
A perícia por ser cientificamente embasada visa definir como o fato
ocorreu (teoria), através de uma criteriosa coleta de dados (vestígios
e indícios), que permitem estabelecer uma ideia de como os fatos se
desenvolveram. O método científico é empregado pra testar essas
hipóteses, o que após essa análise criteriosa permite no próprio local
dos exames formular uma teoria completa dos fenômenos ocorridos,
ou às vezes isso é possível dependendo de exames
complementares.

Princípio da Interpretação: “Dois objetos podem ser indistinguíveis,


mas nunca idênticos”. Por esse princípio, também conhecido como
princípio da individualidade, se preconiza que a identificação deve
ser sempre enquadrada em três graus, ou sejam: a identificação
genérica, a específica e a individual, sendo que os exames pericias
devem alcançar o último grau.

Princípio da Descrição: “O resultado de um exame pericial é


constante com relação ao tempo e deve ser exposto em linguagem
ética e juridicamente perfeita”.
Os resultados dos exames periciais, sempre baseados em princípios
científicos, não podem variar pela passagem dos tempos; e, ainda,
considerando que qualquer teoria científica deve gozar de
propriedade da refutabilidade, os resultados da perícia, quando
expostos através do Laudo, devem ser de uma forma clara,
reacionalmente disposta e bem fundamentadas.

Princípio da Documentação: “Toda amostra deve ser


documentada, desde seu nascimento no local de crime até sai
análise e descrição final, de forma a se estabelecer um histórico
completo e fiel de sua origem”.
Este princípio, baseando na cadeia de custódia, visa proteger,
seguramente, a fidelidade da prova material, evitando considerações
de provas forjadas, incluídas no conjunto das demais, para provocar
a incriminação ou a inocência de alguém. Todo o caminho de vestígio
deve ser devidamente documentado de modo que haja a
rastreabilidade do mesmo.
Quase tudo que se possa imaginar, pode constituir um vestígio, quer
seja encontrado no local do crime, na vítima ou no criminoso:
Impressão digital, marcas, rastros, manchas, objetos, ferramenta,
arma, projétil, pólvora, resíduos, líquidos, graxas, tintas, sangue, etc,
são considerados vestígios.
Os microvestígios são vestígios materiais sólidos, de dimensões
diminutas, por vezes implicando observação sob ampliação com lupa
aplanática de dez aumentos; De certa forma, constituem o lixo ou
sujeira, soltos, encontrados em locais ou transportados por
indivíduos em suas vestes e mesmo no próprio corpo.
Levantamento de local de crime ou de infração penal é o ato pelo
qual esse local é reproduzido, através da descrição, dos croquis, da
fotografia, datiloscopia, modelagem, vestígios e indícios ou outros
meios técnicos, no sentido de documentar com detalhes a situação
fiel.
Antes do levantamento propriamente dito, devem os peritos procurar,
detalhes pare que a descrição seja exata e objetiva, levando ao êxito
da investigação criminal e elucidação do delito.
A expressão “cadeia de custódia” refere-se à capacidade de garantir
a identidade e a integridade de um vestígio, seja um material,
equipamento, máquina, documentos, substância ou amostra, a partir
de sua identificação no local de crime. É o processo usado para
documentar e manter a história cronológica deste vestígio e está
baseada no princípio da documentação.
Contraprova: Conforme estabelecido no Código de Processo Penal
no seu artigo 170 temos: “Art. 170: Nas perícias de laboratório, os
peritos guardarão material suficiente para a eventualidade de nova
perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com
provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas. ”
Como se vê, o próprio CPP deixa clara a necessidade de se guardar
material para um segundo ou terceiro exame posterior nas perícias
de laboratório. No entanto, não específica por quanto tempo deverá
ser guardado esse material.

AULA 4 –

As seções internas dos órgãos de polícia técnica: a Computação


Forense, a Balística Forense, a Documentoscopia e grafotecnia, a
Identificação Veicular e a Papiloscopia Forense.
Dentre as principais atividades desenvolvidas na Seção de
Computação Forense estão principalmente a extração, recuperação
e análise de informações armazenadas em meio digital.

Entre as principais atribuições da Seção de Balística Forense estão:


 Realizar exames em armas de fogo e munições visando sua
identificação direta, identificação indireta (confronto balístico),
bem como verificar a prestabilidade e eficiência;
 Realizar exames em armas de pressão visando sua
identificação direta, bem como verificar a prestabilidade e
eficiência;
 Realizar exames em armas brancas, demais armas próprias e
simulacros de armas de fogo visando sua identificação, bem
como verificar a sua prestabilidade e eficiência;
 Realizar exames em vestes visando verificar se os danos nelas
observados foram produzidos, ou não, por impacto de projétil
de arma de fogo, por instrumento de ação cortante ou por outra
ação de ordem física, ou se são danos decorrentes de uso
normal;
 Realizar exames em coletes de proteção balística visando
realizar a sua identificação direta, estimar o nível de proteção
oferecida e verificar se houve danos por impacto de projétil de
arma de fogo, instrumento de ação cortante ou por outra ação
de ordem física, ou se são danos decorrentes de uso normal;
 Auxiliar as demais Seções Técnicas em exames de impacto de
projéteis em veículos ou imóveis, por exemplo, para avaliar
qual o possível calibre empregado, estimar ângulos de tiro,
posicionamento do (s) atirador (es), etc
Exames Documentoscópicos: Exames destinados à verificação da
autenticidade ou falsidade de documentos que possuem elementos
de segurança; Exames destinados à verificação da autenticidade ou
falsidade de documentos que não possuem elementos de segurança
Exames Grafotécnicos: Destinados à verificação da autenticidade ou
falsidade de assinaturas; Confrontos grafotécnicos destinados à
atribuição de autoria a assinaturas comprovadamente falsas;
Confrontos grafotécnicos destinados à atribuição de autoria a dizeres
variados.

As principais atribuições da seção de identificação veicular:


 Exame nas numerações identificadoras de veículos previstos
no Código de Trânsito Brasileiro (CTB);
 Exame nas numerações identificadoras de peças e
componentes automotivos relacionadas à identificação de
veículos;
 Exame nas numerações identificadoras de máquinas e
equipamentos;
 Exames em placas de licenciamento de veículos;
 Exames em equipamentos utilizados para adulteração de
sinais identificadores e desmonte de veículos;
 Exame de constatação de compartimentos adredemente
preparados para ocultação e transporte de mercadorias ilícitas

Outro setor fundamental para elucidação de delitos é o setor de


papiloscopia forense, cujas as principais atribuições são:
-Proceder, quando possível, a revelação de fragmentos ou
impressões papilares latentes em materiais coletados pelos Peritos
de local de crime;
-Digitalizar e capturar as imagens de fragmentos ou impressões
papilares reveladas em laboratório ou em locais de crime;
-Efetuar o tratamento das imagens reveladas através de
procedimento específico visando melhorar a visualização de pontos
característicos e individualizadores das impressões ou fragmentos
papilares;
-Atender as solicitações emanadas do Poder Judiciário ou de
Autoridades Policiais pertinentes a Papiloscopia Forense;
-Efetuar o confronto papiloscópico;
-Confeccionar o Laudo de pericial de Papiloscopia Forense;
-Gerenciar e distribuir às demais subdivisões do Instituto de
Criminalística que necessitem materiais ou equipamentos utilizados
nos Laboratórios de Papiloscopia Forense, bem como ao
atendimento nos locais de crime;
-Efetuar a busca em banco de dados disponíveis (AFISS e similares)
das impressões digitais, palmares, plantares e/ou fragmentos
papiloscópicos de suspeitos de autoria de crimes de forma a viabilizar
o confronto papiloscópico;
-Prestar suporte Técnico aos Peritos de Localística;
-Atendimento ao local de crime quando solicitado por autoridade
competente.

AULA 5 –

Segundo dados da Secretaria Nacional de Segurança Pública, em 18


Unidades da Federação os órgãos de perícia oficial encontram-se
desvinculados das polícias judiciárias (polícias civis), tendo
autonomia plena ou parcial.
Indica-se abaixo os Estados onde os órgãos de perícia oficial
encontram-se desvinculados das polícias judiciárias e seus
respectivos nomes:
AL - Centro de Perícias Forenses (CPFOR)
AP - Polícia Técnico-Científica (POLITEC)
BA - Departamento de Polícia Técnica (DPT)
CE - Perícia Forense do Ceará (PEFOCE)
ES - Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC)
GO - Superintendência de Polícia Técnico-Científica
MS - Coordenadoria-Geral de Perícias (CGP)
MT - Diretoria Geral de Perícia Oficial e Identificação Técnica
(POLITEC)
PA - Centro de Perícias Científicas (CPC)
PB - Instituto de Polícia Científica (IPC)
PE - Gerência Geral da Polícia Científica (GGPOC)
PR - Polícia Científica (PCP)
RN - Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP)
RO - Polícia Técnico-Científica (POLITEC)
RS - Instituto Geral de Perícias (IGP)
SC - Instituto Geral de Perícias (IGP)
SE - Coordenadoria Geral de Perícias (COGERP)
SP - Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC)
TO - Superintendência da Polícia Técnico-Cientifica

Laboratório de Química Forense:


Principais atribuições do Laboratório de Química Forense estão:
 Realizar perícias de drogas brutas proscritas de acordo com as
metodologias preconizadas no laboratório, ...
 Realizar análise taxonômica exclusiva de vegetais proscritos,
utilizados para a fabricação de entorpecentes;
 Identificar substâncias inflamáveis na forma bruta ou aderidas
a suportes diversos;
 Pesquisar vestígios provenientes de disparos de armas de
fogo, em suportes diversos;
 Realizar análises químicas qualitativas em substâncias e
compósitos explosivos e/ou resíduos de explosão;
 Pesquisar e identificar qualitativamente venenos na forma
bruta;
 Realizar análises químicas de natureza diversa das
apresentadas acima, analisando-se individualmente a
viabilidade técnica das análises requisitadas, de acordo com as
metodologias disponíveis;
 Realizar perícia em alimentos e bebidas a fim de constatar a
presença de corpos estranhos à composição do produto,
sempre que possível;
 Realizar perícia em alimentos e bebidas a fim de constatar
dados referentes à data de validade do produto;
 Preparar reagentes químicos indispensáveis à execução de
serviços de outras seções da polícia científica, bem como
promover orientações a respeito dos seus respectivos usos.

Laboratório de Toxicologia Forense


Principais competências do Laboratório de Toxicologia Forense:
 Proceder perícia toxicológica em matrizes biológicas;
 Executar atividades de cadeia de custódia;
 Assegurar a execução de ações em etapas pré-analíticas,
analíticas e pós-analíticas;
 Proceder análise toxicológica em matrizes biológicas com
objetivo forense;
 Proceder interpretação do achado toxicológico;
 Redação de laudos periciais;
 Promoção de pareceres, procedimentos operacionais e
relatórios afetos à toxicologia forense;
 Executar outras tarefas correlatas à ciência toxicológica de
interesse forense

Laboratório de Biologia e Bioquímica Forense.


Principais atribuições do Laboratório de Biologia e Bioquímica
Forense:
 a realização de exames laboratoriais bioquímicos e
imunológicos em vestígios biológicos para fins de investigação
criminal e identificação;
 a realização de pesquisa em crostas e manchas para
verificação da presença de sangue, bem como para
determinação de sua origem;
 a realização de pesquisas para verificar a presença de sêmen
em materiais coletados diretamente das vítimas, em vestes,
preservativos, objetos e outros;
 a pesquisa de pelos e determinação de sua origem – se
humano pela análise de suas características;
 a preservação de sangue, pelos, unhas e outros materiais
biológicos de procedência humana necessários para exames
de confronto genético;
 a preservação do material resultante das pericias realizadas
pelo laboratório para futuros exames de confronto genético;
 a manutenção da cadeia de custódia;

Laboratório de genética forense (DNA)


O Laboratório de genética forense (DNA) é fundamental para
elucidação de delitos, principalmente no esclarecimento da autoria
dos delitos é o Laboratório de Genética Forense, cujas as principais
atribuições são:

 Identificação humana forense pelo DNA por meio do vínculo


biológico genético;

 Determinação de perfis genéticos para confronto e


identificação humana em amostras padrões e questionadas.

 Utilização da Rede Integrada de Perfis Genéticos Brasileiros


(RIPGB) para auxiliar as investigações da Polícia Judiciária,
bem como a identificação de pessoas desaparecidas.

 Preparar os reagentes específicos;


 Selecionar e aprimorar métodos e técnicas;

As perícias médico-legais podem assim ser classificadas:


Perícias em vivos – lesão corporal, estimativa da idade, conjunção
carnal, atos libidinosos, violências sexuais em geral, gravidez, parto,
infortúnios do trabalho, dosagem alcoólica, exames toxicológicos.
Perícias em cadáveres – identificação, realidade da morte,
cronologia da morte, causa da morte, exames toxicológicos das
vísceras e outros complementares, necropsia em mortes violentas e
suspeitas.
Perícias no esqueleto – identificação antropológica, diagnóstico da
espécie, sexo, estatura, idade, achados de violência.

TRAUMATOLOGIA FORENSE
Compreende o estudo sistemático das lesões produzidas por
agentes lesivos exógenos, de modo a oferecer à Justiça o
diagnóstico, a classificação jurídica, o nexo causal, a sua gravidade,
bem como o enquadramento jurídico de acordo com o artigo 129 do
C.P.B.
Para ARBENZ (1988) a traumatologia forense estuda as energias
lesivas e seus efeitos. Tais danos podem ser resultantes da atuação
de agentes que têm a intenção de ferir (animus laedendi) ou de matar
(animus necandi), ou ainda produzidos por outra causa. A
Traumatologia estuda também as lesões que resultam em morte.
Trauma - É a atuação de uma energia externa sobre o indivíduo, de
modo intenso o suficiente para provocar o desvio da normalidade,
com ou sem tradução morfológica. Isso significa que o trauma pode
ser insuficiente para causar lesão perceptível mas alterar de modo
importante a função.
Lesão - É a alteração estrutural proveniente de uma agressão ao
organismo. Fala-se em lesões bioquímicas antes do aparecimento
das lesões ultra-estruturais (que só aparecem ao microscópio
eletrônico) que precedem as microscópicas e, por fim, as visíveis. É
do entendimento dos autores que só se devem chamar de lesão às
alterações demonstráveis morfologicamente

Classificação das Energias - são classificadas através de seus


agentes.
É imprescindível o estabelecimento do nexo causal (relação causal
relação necessária e suficiente que une a causa ao seu efeito) entre
a lesão e o agente. Na verdade é através das características da lesão
é que vamos conhecer o instrumento que a provocou. FÁVERO
considera sete grupos de energias capazes de produzir lesões
corporais e morte: mecânicas, físicas, químicas, físico-químicas,
bioquímica, biodinâmica, mistas

“Veneno é toda substância mineral ou orgânica que ingerida, ou


aplicada no seu exterior, sendo absorvida, determine a morte, ponha
em perigo a vida ou altere profundamente a saúde”. Ex. -
medicamentos, produtos químicos (raticida, formicida, cianeto,
potássio, inseticidas, etc.)

Aspectos médico-legais da conjunção carnal.


 Sinais duvidosos da conjunção carnal:
Hemorragias – decorrentes do rompimento do hímen (não é um dado
seguro, pois pode a mulher não ser mais virgem ou o rompimento
não causar hemorragia).
Dor - é um elemento subjetivo, não há como comprová-la;
Sinais de violência – muito importantes: podem ser encontrados nas
regiões genitais, periovulares e em outros lugares. São frequentes as
escoriações, as equimoses, contusões (comum encontrar marcas de
unhas e dentes);
Contaminação venérea – alegação do contágio – pode não ser a
realidade, pois pode ter adquirido a moléstia em outra época, antes
ou depois do evento (exames clínicos e bacteriológicos).

• Sinais de certeza da conjunção carnal:


Rotura do hímen – após a rotura inicia-se o processo de cicatrização.
Se a rotura é recente há sinais de traumatismos, estando os retalhos
edemaciados, vermelhos e sangrantes. Quando a rotura é antiga
(mais de 3 semanas) há a cicatrização completa.
Esperma na vagina – nem sempre é positivo, pois algum tempo após
a cópula pode não encontrá-lo mais.
Gravidez

TANATOLOGIA FORENSE
Morte – interesse das ciências biológicas, jurídicas e sociais.
Conceito de morte: do ponto de vista médico morte é a cessação da
vida (prognóstico de irreversibilidade de um processo: a vida não
mais há de retornar).
Causa jurídica da morte:
Natural – quando a morte ocorre devido à doenças, pelo processo
de envelhecimento
Violenta - resultam de fatores externos não relacionados com a
curva vital. São causadas pela ação de energias externas, recebendo
a denominação de violentas, podendo ser provocadas por acidentes,
suicídio ou crime.
Suspeita – verifica-se o aspecto inesperado e súbito da morte que
poderá dificultar o real conhecimento da causa. Pode ser uma
doença de evolução superaguda ou por ex. um suicídio. Deve ser
realizada a necropsia para se saber a real causa da morte.
Indeterminada – após investigação minuciosa não se consegue
chegar a uma conclusão quanto à sua natureza (se natural ou
violenta).
Ex.: O encontro de uma ossada sem sinais de fraturas ou outras
forma de violência. O médico não pode dar a causa médica da morte
nem as autoridades podem chegar à natureza jurídica da morte.
Ex. Sabe-se que a morte não foi natural, mas não é possível
classificar qual das três formas de morte violenta ocorreu

TANATOGNOSE
É a parte da Tanatologia Forense que estuda o diagnóstico da
realidade da morte. Após a morte o cadáver passa a exibir uma série
de alterações que se exteriorizam. Esse diagnóstico é tão mais difícil
quanto mais próximo o momento da morte, devendo o perito estar
atento aos fenômenos cadavéricos: abióticos (imediatos e mediatos
ou consecutivos) e os transformativos (destrutivos e conservadores).

NECROSCOPIA
Também conhecida como tanatoscopia, necropsia e autópsia
(denominação imprópria, pois significa auto observação).
É o exame do cadáver em todos os seus aspectos e partes, e a
verificação do estado de cada uma dessas partes, com o intuito de
determinar a causa mortis e esclarecer outros fatos a ela
relacionados. É o exame em que o perito colhe elementos e
informações valiosas para o esclarecimento da justiça.
Deve ser realizada por dois peritos médicos.
As necropsias devem ser realizadas em locais adequados, estando
os peritos e os auxiliares devidamente paramentados e munidos de
instrumental adequado.
Compreende dois grandes tempos:
A - inspeção externa – exame das vestes (cor, forma manchas,
inscrições, ...), dos objetos que acompanham o cadáver. Após a
remoção das vestes passa a descrever as características
identificatórias (sexo, cor, estatura, idade aproximada, biótipo, sinais
característicos, impressões digitais), os sinais de morte observados
e descrição detalhada de cada parte do corpo (cabeça, pescoço,
abdômen, membros, órgãos genitais) descrevendo os sinais de
violência que porventura encontrar.
B – inspeção interna – pesquisa nas cavidades tóraco-abdominal,
cavidade craniana, pescoço; canal raquidiano e medula.

ANTROPOLOGIA FORENSE
Modalidades de identificação:
1.1.Identificação Judiciária
Sua aplicação independe de conhecimentos médicos.
Ex. fotografia, retrato falado, sistema antropométrico de Bertillon,
dactiloscopia.
1.2. Identificação Médico Legal
São empregados conhecimentos das ciências médico legais.
Podem ser aplicados conhecimentos forense da antropologia física,
da odontogia legal e até mesmo da biologia molecular (genética-
DNA).
2.1 Identificação Individual (comparativa)
É assim denominado quando um processo de identificação permite
aos peritos obter um resultado conclusivo (positivo ou negativo )
quanto a identidade de uma determinada pessoa.
Existia um suspeito e foi apresentada documentação (1º registro)
para a comparação com os dados obtidos na perícia (2º registro).
2.2. Identificação de ordem geral (reconstrutiva) -genérica
Neste caso não existe um suspeito, dessa forma não há dados
prévios (1º registro) para comparar. O exame pericial é realizado,
observando atentamente às características individualizadoras. Em
ossadas esse procedimento pericial permite a pesquisa de:
Investigação da espécie animal;
Investigação do sexo;
Estimativa da estatura;
Estimativa da idade;
Investigação da cor;
Determinação do biótipo

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