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TÓPICOS EM HISTÓRIA DA ARTE III

ARTE NA IDADE MODERNA


1. Renascimento
2. Maneirismo
3. Barroco
4. Rococó

1. RENASCIMENTO
Para alguns historiadores, a idade moderna se inicia com a tomada de Constantinopla pelos
turcos em 1453 e termina com a Revolução Francesa em 1789, para outros se inicia um pouco
antes. No contexto da arte, compreende o período chamado de Renascimento, um movimento
cultural iniciado em Florença, na Itália e que se expandiu por toda a Europa entre os séculos XIV,
XV e XVI.
Este é o período das grandes revoluções, evoluções, invenções e descobrimentos. Grandes
conquistas foram obtidas nestes séculos: marítimas, comerciais, científicas e artísticas, uma
passagem do Feudalismo para o Capitalismo instaurado a partir da produção de bens e do
comércio. As conquistas marítimas e o contato mercantil com a Ásia ampliaram o comércio e a
diversificação dos produtos de consumo na Europa a partir do século XV. Com o aumento do
comércio, principalmente com o Oriente, muitos comerciantes europeus fizeram riquezas e
acumularam fortunas. Com isso, eles dispunham de condições financeiras para investir na
produção artística de escultores, pintores, músicos, arquitetos, escritores, etc.
Os governantes europeus e o clero passaram a dar proteção e ajuda financeira aos artistas e
intelectuais da época. Essa ajuda, conhecida como mecenato, tinha por objetivo fazer com que
esses mecenas (governantes e burgueses) se tornassem mais populares nas comunidades das
regiões onde viviam. Neste período, era comum as famílias nobres encomendarem pinturas
(retratos) e esculturas junto aos artistas para preservarem a memória dos familiares.
Foi na Península Itálica que o comércio mais se desenvolveu neste período, dando origem a um
grande desenvolvimento econômico e, por consequência, o implemento na produção cultural e
artística. Com isto foi possível rever os valores culturais do passado e desenvolver estudos focando
os grandes pensadores gregos, romanos e a arte daquele período. Cidades como Veneza,
Florença e Gênova mantiveram por muito tempo um expressivo movimento artístico e intelectual.
Por este motivo, a Itália passou a ser conhecida como o berço do Renascimento, mais tarde esse
movimento se espalhou para outros países europeus como, por exemplo, Inglaterra, Espanha,
Portugal, França e Países Baixos (Holanda e Alemanha).
Giorgio Vasari (1511–1574), escreve um dos primeiros livros sobre Arte, tomado por referência os
artistas de sua época, discutindo questões filosóficas e artísticas que nortearam o conceito de
Renascimento. Assim surge um movimento em torno da cultura e da ciência, amparado no
conhecimento humanístico do passado, chamado de RENASCIMENTO ou de RENASCENÇA. A
recuperação histórica do modelo clássico Greco-Romano foi uma das diretrizes da arte do
Renascimento, portanto, as manifestações artísticas tornam-se parecidas com as daquele período.
O naturalismo revelado pela arte por meio do uso da anatomia, da luz e sombra e da perspectiva
vai caracterizar a obra de muitos artistas neste período definindo um percurso rico e diversificado.
O Renascimento se desenvolve, originariamente, no norte da Itália, em especial na região da
Toscana, a partir da cidade de Florença que juntamente com Milão, Pisa, Siena, Gênova, Ferrara e
Veneza, economicamente mais estáveis, possibilitam a expansão pelas demais regiões italianas e
europeias entre 1300 e 1650. Vários artistas despontam em diferentes manifestações: na pintura,
arquitetura, escultura, literatura e música. O Renascimento é dividido em três períodos: Trecento
(compreende os anos 1300 –século XIV), Quattrocento (compreende os anos 1400 – século XV),
Cinquecento (compreende os anos 1500, século XVI). A expansão do Renascimento passa a
influenciar a Arte nas demais regiões da Europa, como os países baixos (Flandres/Holanda),
Alemanha, França e com menor intensidade na Espanha e Portugal.
Define um comportamento e uma nova postura do ser humano diante do mundo, quase uma
ideologia: ele se coloca como o centro do universo e isto se torna um estilo de vida e de Arte. Pode-
se dizer que as questões mais importantes em relação ao conceito de Renascimento são: o
Humanismo, o Racionalismo e o Historicismo. É o começo da visão científica e experimental que
passa a se desenvolver nesse período valorizada pelo antropocentrismo em detrimento do
teocentrismo medieval, não é mais a crença no divino que importa, mas a experimentação e o
conhecimento da natureza.
Na área científica podemos mencionar a importância dos estudos de astronomia do polonês
Nicolau Copérnico. Defendendo a idéia do heliocentrismo (teoria que defendia que o Sol estava no
centro do sistema solar). Copérnico também estudou os movimentos das estrelas.
Nesta mesma área, o italiano Galileu Galilei desenvolveu os instrumentos ópticos, com o
telescópio, para aprimorar o estudo celeste. Este cientista também defendeu a idéia de que a Terra
girava em torno do Sol. Este motivo fez com que Galilei fosse perseguido, preso e condenado pela
Inquisição Católica, que considerava esta idéia como sendo uma heresia. Galileu teve que
desmentir suas idéias para fugir da fogueira.
Algumas características desse período são:
* Racionalismo científico
* Dignidade humana
* Historicismo
* Grandes invenções
* Grandes navegações

A grande conquista do Renascimento é, sem dúvida, o humanismo. Reviver a antiga cultura


greco-romana em toda sua glória, no campo da arte, da literatura e da filosofia era o propósito dos
intelectuais daquele período. O Renascimento propunha a ressurreição consciente do passado
clássico greco-romano, considerado por eles como fonte de inspiração e modelo cultural. O ideal
humanista pode ser entendido como a valorização do ser humano e da natureza, opondo-se à
valorização do divino e do religioso, aspectos que dominaram toda a Idade Média.
Nesta fase, surgem: a perspectiva linear, onde as linhas paralelas eram representadas em ponto de
fuga; a perspectiva aérea (produzida pela variação cromática), onde os objetos perdem o seu
contorno, a cor e o sentido de distância à medida que se afastam do campo de visão; a utilização
do contraste claro-escuro, a fim de reforçar a sugestão de volume dos corpos; e o uso da tela e da
tinta a óleo como novas técnicas de pintura.
Podemos dizer que os aspectos gerais do Renascimento são:
- Valorização da cultura greco-romana. Para os artistas da época renascentista, a cultura grega e a
romana, tinham uma visão completa e humana da natureza, ao contrário dos homens medievais;
- As qualidades mais valorizadas no ser humano passaram a ser a inteligência, o conhecimento e
certas habilidades como a artística;
- Enquanto na Idade Média a vida devia estar centrada em Deus (teocentrismo), nos séculos XV e
XVI o homem passa a ser o principal personagem (antropocentrismo).
- A razão e a natureza são valorizadas com grande intensidade. Os estudiosos e cientistas, passam
a utilizar métodos experimentais e de observação da natureza e do universo.
No contexto da arte, a arquitetura renascentista é muito importante e sua principal característica é
ocupação do espaço baseado nas relações matemáticas estabelecidas de tal forma que o
observador pudesse compreender a lei que o organiza. Sua inspiração é tomada da Antigüidade
clássica, da arte greco-romana, bem como do gótico, foram observadas pelos arquitetos da
renascença e influenciaram diretamente suas obras.
As principais características das construções desse período eram a simplicidade, com espaços
internos mais amplos e claros. Os arcos formatavam voltas perfeitas, plenamente arredondados, as
colunas eram simples, com capitéis coríntios. As abóbadas tinham formato semi-circular, lembrando
os arcos romanos. As janelas renascentistas eram retangulares, amplas e tinham vidros
transparentes e incolores, proporcionando maior claridade ao interior do edifício. A arquitetura
renascentista deixou sua marca nos palácios, igrejas, fortalezas e vilas. Um dos principais
arquitetos renascentistas foi Brunelleschi. Ele realizou importantes trabalhos na arquitetura, entre
eles a cúpula da Catedral de Florença, a quarta maior catedral da Europa, e a Capela Pazzi.
Suas principais características são:
* Ordens Arquitetônicas
* Arcos de Volta-Perfeita
* Simplicidade na construção
*A escultura e a pintura se destacam da arquitetura assumindo sua autonomia
* Construções de palácios, igrejas, vilas e fortalezas.
Alguns dos principais representantes são Da Vinci e Brunelleschi, exemplos de artistas completos,
pois além de dominarem a arte, também dominavam conhecimentos de Matemática, Geometria e
das ciências em geral.
A pintura no Renascimento é também importante, suas principais características são:
*Desenvolvimento e uso da perspectiva, cuja finalidade era a de criar a ilusão de profundidade ótica
mediante as linhas que organizavam o espaço, mantendo a proporção entre os objetos, segundo os
princípios da matemática e da geometria.
*Uso do claro-escuro, o “sfumatto”, segundo Da Vinci, estratégia que consistia em escurecer as
partes de uma imagem em oposição ao foco de incidência da luz, que resultava no efeito de
volume, de luz e sombra.
*Naturalismo, resultava do estudo da anatomia humana com o fim de obter maior realismo nas
imagens criadas pelos artistas.
*Surgimento da pintura de cavalete, em oposição ao afresco e painéis, proporcionada pelo uso da
tela e o surgimento da tinta à óleo.
*Tanto a pintura como a escultura que antes apareciam quase que exclusivamente no contexto da
arquitetura, tem mais autonomia e podem existir isoladamente.
*Os artistas revelam sua personalidade, seu estilo e seus ideais, manifestados na liberdade de
expressão.
Alguns dos principais pintores:
Botticelli - os temas levavam em consideração a possibilidade de expressar seu ideal de beleza.
Para ele, a beleza estava associada ao ideal cristão. Por isso, as figuras humanas de seus quadros
são belas porque manifestam a graça divina, e, ao mesmo tempo, melancólicas porque supõem
que perderam esse dom de Deus.
Obras destacadas: A Primavera e O Nascimento de Vênus.
Leonardo da Vinci - dominou com sabedoria a técnica de luz e sombra, gerador de uma atmosfera
que parte da realidade mas estimula a imaginação do observador e aumenta a expressão da obra.
Dono de um espírito versátil que o tornou capaz de pesquisar e realizar trabalhos em diversos
campos do conhecimento humano. A sua obra mais famosa é o retrato de Mona Lisa.
Além de pintor, Leonardo da Vinci, foi grande inventor. Dentre as suas invenções estão: “Parafuso
Aéreo”, primitiva versão do helicóptero, a ponte elevadiça, o escafandro, um modelo de asa-delta,
etc.
Michelângelo - Escultor e Pintor, entre 1508 e 1512 trabalhou na pintura do teto da Capela Sistina,
no Vaticano. Para essa capela, concebeu e realizou grande número de cenas do Antigo
Testamento. Dentre tantas que expressam a genialidade do artista, uma particularmente
representativa é a criação do homem.Teto da Capela Sistina e a Sagrada Família
A Capela Sistina foi construída por ordem de Sisto IV (retangular 40 x 13 x 20 altura). Michelângelo
dominou a escultura e o desenho do corpo humano muito bem, pois tendo dissecado cadáveres por
muito tempo, assim como Leonardo da Vinci, sabia exatamente a posição de cada músculo, cada
tendão, cada veia e o efeito que sua disposição causava na imagem do corpo humano em função
da posição e do movimento.
Rafael - suas obras comunicam ao observador um sentimento de ordem e segurança, pois os
elementos que compõem seus quadros são dispostos em espaços amplo, claros e de acordo com
uma simetria equilibrada e uso da perspectiva geométrica. Foi considerado grande pintor de
“Madonas”.
O desenvolvimento da escultura está relacionado à volta dos domínios papais de Avinhão para
Roma em meados do século XV. Os papas tornam-se mescenas da arte, investindo muito na
decoração do palácio do Vaticano, residência oficial do papa. Ali, grandes escultores se revelam,
um dos quais é Michelângelo, que domina toda a escultura italiana do século XVI. Algumas obras:
Moisés, Davi (4,10m) e a Pietá.
Outros grandes escultores desse período foram Donatello, Verrochio, Michelangelo, entre outros.
O Renascimento Italiano se espalha pela Europa, fazendo com que artistas, especialmente do
norte europeu, nacionalizassem as idéias italianas, como, por exemplo: Dürer, Hans Holbein,
Bosch, Bruegel, entre tantos.

O surgimento das Academias do Renascimento: um processo de ensino para a arte visual


Outro aspecto que vale a pena destacar é o surgimento das academias. Elas surgem para
preservar e desenvolver a formação em arte e seu processo criativo. Sua conduta é diferente das
Guildas medievais que cumpriam também a função de preparação de mão de obra especializada
mas não produziam educação formal.
A primeira delas foi fundada por Cosimo I de Medici, em 1563, chamada inicialmente de Accademia
e Compagnia dell´arte del Disegno e depois de Accademia delle Arti e del Disegno de Florença, foi
dirigida pelo artista arquiteto Giorgio Vasari. Em 1577, Jerome Muziano funda a Accademia di San
Lucca, depois de um período de declínio é reaberta por Federico Zuccari em 1593. Em Bologna
surge a Accademia dei Progressisti liderada pelos irmãos Anibale e Agostino Carraci, em Bologna.
Em 1620 é fundada a Accademia de Milano pelo cardeal Federico Borromeo. Foi o papa Urbano
VIII, entre 1627 e 1633, que estabeleceu a autoridade da academia e conferiu dignidade aos
artistas em oposição às guildas.
A metodologia Acadêmica recorre à formação científica (geometria, anatomia e perspectiva) e
humanística (história e filosofia), rompendo com a visão de arte como artesanato e com a ideia de
genialidade baseada no talento e inspiração individuais que orientava o trabalho das guildas. As
academias admitem a possibilidade de ensino de todo e qualquer aspecto da criação artística por
meio de regras comunicáveis além de conferir caráter oficial ao ensino com aulas de desenho de
observação e cópia de moldes e modelos. São responsáveis pela organização de exposições,
concursos, prêmios periódicos e a defesa pela conservação de patrimônio, pinacotecas e coleções,
que significa o controle da atividade artística e a fixação de padrões de gosto por ela definidos.
A expansão do ensino acadêmico ocorre a partir de 1648 que, à exemplo das academias italianas,
é fundada em Paris a Académie Royale de Peinture et de Sculpture por Luiz XIV e dirigida por
Charles Le Brun, sob inspiração do pintor francês Nicolas Poussin, cuja obra influencia e define o
modelo desta academia que dura até 1793. Em 1826, tem início no Brasil o ensino formal da arte
promovida pelos artistas Nicolas Antonio Taunay, Jean-Baptiste Debret, Grandjean de Montigny na
recém fundade Academia Imperial de Belas Artes, posteriormente batizada de Academia Nacional
De Belas Artes, depois Escola Nacional de Belas Artes que hoje abriga o Museu Nacional de Belas
Artes no Rio de Janeiro.

2. MANEIRISMO
Com o arrefecimento do Renascimento, desenvolve-se em Roma, do ano de 1520 até por volta
de 1610, um movimento artístico afastado conscientemente do modelo da antiguidade clássica: o
Maneirismo (de maniera -modo- em italiano). Valorizando os detalhes e a estilização exagerada.
Alguns estudiosos consideram uma transição entre o renascimento e o barroco. Os artistas querem
renovar e desenvolver todas as habilidades e técnicas adquiridas durante o renascimento. Uma de
suas fontes principais de inspiração é o espírito religioso reinante na Europa nesse momento. Não
só a Igreja, mas toda a Europa estava dividida após a Reforma de Lutero. Carlos V, depois de
derrotar as tropas do sumo pontífice, saqueia e destrói Roma. Os grandes impérios começam a se
formar, e o homem já não é a principal e única medida do universo. Pintores, arquitetos e
escultores são impelidos a deixar Roma com destino a outras cidades. Valendo-se dos mesmos
elementos do renascimento, mas agora com um espírito totalmente diferente, criam uma arte de
labirintos, espirais e proporções estranhas, que são, sem dúvida, a marca inconfundível do estilo
maneirista. Mais adiante, esse modo de fazer arte acabaria valorizada em todas as grandes
cidades européias.
A arquitetura maneirista dá prioridade à construção de igrejas de plano longitudinal, com espaços
mais longos do que largos, com a cúpula principal sobre o transepto (cruzamento da nave
longitudinal e transversal), as principais características das igrejas são:
*Naves escuras, iluminadas apenas de ângulos diferentes, coros com escadas em espiral.
*Guirlandas de frutas e flores, balaustradas povoadas de figuras, caracóis, conchas e volutas
cobrem muros e altares.
Nos palácios e casas:
*Formas convexas que permitem o contraste entre luz e sombra prevalecem sobre o quadrado
disciplinado do renascimento.
*A decoração de interiores ricamente adornada e os afrescos das abóbadas coroam esse
caprichoso e refinado estilo, que, mais do que marcar a transição entre duas épocas, expressa a
necessidade de renovação.
Principais características :
*Composição em que uma multidão de figuras se comprime em espaços arquitetônicos reduzidos.
O resultado é a formação de planos paralelos, completamente irreais, e uma atmosfera de tensão
permanente.
*Nos corpos, as formas esguias e alongadas substituem os membros bem-torneados do
renascimento. Os músculos fazem agora contorções absolutamente impróprias para os seres
humanos.
*Rostos melancólicos e misteriosos surgem entre as vestes, de um drapeado minucioso e cores
brilhantes.
*A luz se detém sobre objetos e figuras, produzindo sombras inadmissíveis.
*Os verdadeiros protagonistas do quadro já não se posicionam no centro da perspectiva, mas em
algum ponto da arquitetura, onde o olho atento deve, não sem certa dificuldade, encontrá-lo.
Na escultura, o maneirismo segue o caminho traçado por Michelangelo: às formas clássicas soma-
se o novo conceito intelectual da arte pela arte e o distanciamento da realidade. Em resumo,
repetem-se as características da arquitetura e da pintura. Não faltam as formas caprichosas, as
proporções estranhas, as superposições de planos, ou ainda o exagero nos detalhes, elementos
que criam essa atmosfera de tensão tão característica do espírito maneirista.
Características:
*A composição típica desse estilo apresenta um grupo de figuras dispostas umas sobre as outras,
num equilíbrio aparentemente frágil, as figuras são unidas por contorções extremadas e exagerado
alongamento dos músculos.
*O modo de enlaçar as figuras, atribuindo-lhes uma infinidade de posturas impossíveis, permite que
elas compartilhem a reduzida base que têm como cenário, isso sempre respeitando a composição
geral da peça e a graciosidade de todo o conjunto.

3. BARROCO
Com o advento das Reformas Religiosas de Lutero na Alemanha em 1517-21, a Anglicana na
Inglaterra em 1531 e de Calvino na França em 1533. O surgimento do Protestantismo acelera a
Reforma Católica (1545-63), convocando o Concílio de Trento (1545-63) para reestabelecer os
parâmetros da fé católica. Tal concílio é chamado da Contra-Reforma e reorganiza a doutrina cristã
em novas bases doutrinárias, teológicas e ideológicas. Cria a Inquisição, o Index Librorium
Proibitorium, Funda a Companhia de Jesus (os Jesuítas) para a difusão da doutrina católica. Neste
contexto surge o Barroco e atende com perfeição a necessidade da igreja de comover o fiel por
meio das imagens. O Barroco é extremamente dramático e eficiente na teatralidade produzindo
ambientações realísticas e luxuosas.
A arte barroca originou-se na Itália (séc. XVII) mas não tardou a irradiar-se por outros países
da Europa e a chegar também ao continente americano, trazida pelos colonizadores portugueses e
espanhóis. O Barroco prioriza a emoção e, ao invés da razão e da estabilidade, opta pelo dinâmico.
As composições barrocas criam a sensação de movimento, ação, esplendor e exuberância. Os
corpos parecem se mover dada a ilusão provocada pelas imagens.
As obras barrocas romperam o equilíbrio entre o sentimento e a razão ou entre a arte e a ciência,
que os artistas renascentistas procuram realizar de forma muito consciente; na arte barroca
predominam as emoções e não o racionalismo da arte renascentista.
É uma época de conflitos espirituais e religiosos. O estilo barroco traduz a tentativa angustiante de
conciliar forças antagônicas: bem e mal; Deus e Diabo; céu e terra; pureza e pecado; alegria e
tristeza; paganismo e cristianismo; espírito e matéria.
Suas características gerais são:
*domínio do emocional sobre o racional; seu propósito é impressionar os sentidos do observador,
baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria ser atingida através dos sentidos e da
emoção e não apenas pelo raciocínio.
*busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas, contracurvas, colunas retorcidas;
*entrelaçamento entre a arquitetura e escultura;
*violentos contrastes de luz e sombra;
*pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a impressão de ver o céu, tal a aparência de
profundidade conseguida.
Pintura - Características da pintura barroca:
*Composição assimétrica, em diagonal - que se revela num estilo grandioso, monumental,
retorcido, substituindo a unidade geométrica e o equilíbrio da arte renascentista.
*Acentuado contraste de claro-escuro, recurso que visava a intensificar a sensação de
profundidade.
*Realista, abrangendo todas as camadas sociais.
*Escolha de cenas no seu momento de maior intensidade dramática.
ESCULTURA: Suas características são: o predomínio das linhas curvas, dos drapeados das vestes
e do uso do dourado; e os gestos e os rostos das personagens revelam emoções violentas e
atingem uma dramaticidade desconhecida no Renascimento.

4. ROCOCÓ
O Rococó foi o último dos estilos que podemos encaixar no período histórico Moderno, chamado
também de Estilo Luiz XV e Luiz XVI, surgiu na França como desdobramento do barroco, mais leve
e intimista que aquele e usado inicialmente em decoração de interiores. Desenvolveu-se na Europa
do século XVIII, e da arquitetura disseminou-se para todas as artes. Vigoroso até o advento da
reação neoclássica, por volta de 1770, difundiu-se principalmente na parte católica da Alemanha,
na Prússia e em Portugal. Os temas utilizados eram cenas eróticas ou galantes da vida cortesã (as
fêtes galantes) e da mitologia, pastorais, alusões ao teatro italiano da época, motivos religiosos e
farta estilização naturalista do mundo vegetal em ornatos e molduras.
Para alguns ele se mostra como a decadência do Barroco e a necessidade de transformação
para um novo momento e é da França que este estilo se espalha para os demais países, por volta
de 1770 a 1780. O termo deriva do francês rocaille, que significa "embrechado", técnica de
incrustação de conchas e fragmentos de vidro utilizadas originariamente na decoração de grutas
artificiais.
Características gerais:
*Uso abundante de formas curvas e pela profusão de elementos decorativos, tais como conchas,
laços e flores.
*Possui leveza, caráter intimista, elegância, alegria, bizarro, frivolidade e exuberante.
Arquitetura - Durante o Iluminismo, entre 1700 e 1780, o rococó foi a principal corrente da arte e da
arquitetura pós-barroca. Nos primeiros anos do século XVIII, o centro artístico da Europa transferiu-
se de Roma para Paris. Surgido na França com a obra do decorador Pierre Lepautre, o rococó era
a princípio apenas um novo estilo decorativo.
Principais características:
*Cores vivas foram substituídas por tons pastéis, a luz difusa inundou os interiores por meio de
numerosas janelas e o relevo abrupto das superfícies deu lugar a texturas suaves.
*A estrutura das construções ganhou leveza e o espaço interno foi unificado, com maior graça e
intimidade.
Escultura - Na escultura e na pintura da Europa oriental e central, ao contrário do que ocorreu na
arquitetura, não é possível traçar uma clara linha divisória entre o barroco e o rococó, quer
cronológica ou estilística.
Mais do que nas peças esculpidas, é em sua disposição dentro da arquitetura que se manifesta
o espírito rococó. Os grandes grupos coordenados dão lugar a figuras isoladas, cada uma com
existência própria e individual, que dessa maneira contribuem para o equilíbrio geral da decoração
interior das igrejas.
Pintura - Durante muito tempo, o rococó francês ficou restrito às artes decorativas e teve pequeno
impacto na escultura e pintura francesas. No final do reinado de Luís XIV, em que se afirmou o
predomínio político e cultural da França sobre o resto da Europa, apareceram as primeiras pinturas
rococós sob influência da técnica de Rubens.

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