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Tempos de Futilidade: a mediocridade de nossa sociedade e na

Igreja

Vanderson Scherre Gomes

É espantoso notar o processo de erosão cultural instalado no Brasil. Parece que a


regra que predomina é a da futilidade. Quase toda produção musical, humorística,
dramatúrgica e até literária, se baseia na futilidade. Avalie as músicas que tem
estourado nas paradas de sucesso. O que tem feito sucesso? Não estou me
referindo a gênero musical, mas a qualidade e conteúdo, se é que podemos chamar
tanta porcaria de conteúdo. Nossos programas de humor nunca foram tão fúteis,
repetitivos e apelativos. É bunda para todo lado, piadas sujas e chavões frívolos. A
dramaturgia segue pelo mesmo caminho. Exibições desprovidas de valores
respeitáveis, cheias de imoralidade e promiscuidade. Apenas ajudam a disseminar o
germe da futilidade que se espalha por todas as camadas da sociedade e em todas
as suas faixas etárias.

Por vezes, passo por grupos de adolescentes nas ruas e tudo que ouço são
futilidades. Quando amigos se juntam para uma conversa, parece que não existe
vida alem do futebol, programas de TV e mulheres. Quando as amigas se reúnem,
falam das que não estão presentes, de suas últimas aquisições fúteis e por ai segue.
Parece que ninguém pensa, ou discute um assunto produtivo e instrutivo. Que gere
valores e conceitos uns para os outros.

Mas ainda não cheguei ao ponto nevrálgico da questão. Pois o que mais me
assusta e preocupa, é ver que o germe da futilidade também não faz acepção
de credo. Sou cristão, protestante e tradicionalmente reformado, e me
entristeço com o estrago da futilidade no meio cristão, principalmente no
“mundo gospel”.

Tenho visitado diferentes denominações evangélicas e observo a futilidade


solapando as bases do louvor, dos relacionamentos entre cristãos e até mesmo nos
púlpitos. Se você discorda de mim, faça um breve comparativo entre o conteúdo dos
Salmos Bíblicos e o conteúdo das músicas do “mundo gospel”. Consegue perceber
alguma diferença? Para não ser tão radical, compare apenas com os cânticos
produzidos no período pós-reforma protestante. Passamos das canções poéticas,
recheadas da Sã Doutrina Bíblica, para mantras monossilábicos, onde se canta
exaustivamente uma frase, seguida de cantarolas improvisadas.

Nos púlpitos, a futilidade é manifesta nas pregações cheias de humanismo e vazias


de Deus. Aliás, qualquer pregação que não vise a glória de Deus, já é fútil em si
mesma. Compare a pregação evangelística de Pedro, em Atos 2.14-41, com muitas
daquelas que você tem escutado, ou mesmo assistido na TV. Ou ainda, veja os
sermões de Spurgeon, Ryle ou Jonathan Edwards. A essência do Evangelho foi
substituída pela futilidade.

Quando comparo a Igreja Reformada nos séculos passados e olho para a Igreja
hoje, fico a pensar: Quando foi que abrimos a porta para futilidade entrar? E pior,
quando será que ela vai embora?

A futilidade no mundo é um problema grande, mas a futilidade na Igreja é uma


catástrofe completa. A futilidade se caracteriza por ser algo vazio e inútil. Dessa
forma, a cura para a futilidade da Igreja passa pelo profundo conhecimento das
Escrituras e do seu Supremo Autor. Seguido de intenso serviço cristão no anúncio
do genuíno Evangelho de Cristo. Em outras palavras, contra a futilidade, precisamos
nos encher de Deus e, ao mesmo tempo, nos empenhar na proclamação das boas
novas da Salvação.

Não se renda a futilidade, Igreja reformada sempre reformando.

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