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Ação Revisional de Contrato

por Gabriel Rodrigues Garcia

Advogado OAB/RS 51.016 em 24/11/2016

Livre-se de suas dívidas - Ação Revisional de Contrato - Veja


como funciona!

O que é ?

Ação Revisional de contrato é uma demanda judicial através da


qual se busca a revisão de cláusulas de um contrato de
financiamento objetivando a redução ou eliminação de seu saldo
devedor, bem como a modificação de valores de parcelas, prazos
e até mesmo o recebimento de valores já pagos.

As ações revisionais de contrato mais comuns são as ligadas a


financiamentos de veículos (consórcios / alienação fiduciária), de
imóveis, crédito pessoal, cheque especial, cartões de crédito e
dívidas agrícolas.

Cabe dizer que muitas vezes em uma ação revisional analisamos


mais de um tipo de contrato. Ex. Ação revisional contra um banco
onde se revisa o cheque especial, os cartões de crédito e os
financiamentos.
No decorrer deste texto analisaremos mais detalhadamente tudo
isto.

O que pode ser revisado em um contrato?

Em uma ação revisional de contrato podem ser discutidos muitos


temas, vejamos alguns

● Abusividade da taxa de juros remuneratórios

Taxa de juros remuneratórios de um contrato é a taxa de juros


paga pelo cliente durante o período da contratação, sem
inadimplência.

Considera-se abusiva uma taxa de juros de um contrato sempre


que ela estiver acima da taxa de juros média praticada no mercado
para a mesma espécie de contrato.

Assim, uma taxa de juros de 3% que pode ser em uma


determinada época considerada abusiva para um contrato de
aquisição de veículo com garantia de alienação fiduciária, pode ao
mesmo tempo e data não ser abusiva para um contrato de
empréstimo pessoal, isto porque no segundo caso o risco para
quem empresta o dinheiro é maior que no primeiro, pois não
existe garantia.

Para verificar na prática se a taxa de juros de um contrato é


abusiva ou não deve se comparar a taxa de juros do contrato com
a taxa média de juros do mercado a qual é publicada todo mês no
site do Banco Central do Brasil. Para ver a planilha das taxas
médias clique aqui..
No nosso outro site, o SIJUR, no qual possuímos um sistema para
cálculo de ações revisionais, disponibilizamos uma ferramenta
que lhe permite verificar a taxa média de juros para cada tipo de
financiamento, e você pode acessar a mesma clicando aqui.

● Capitalização (cobrança de juros sobre juros / anatocismo)

A legalidade ou não da capitalização dos juros no Brasil é hoje


um dos temas mais controvertidos do direito, pois até o ano de
2000 a não ser em poucas e especiais espécies de contrato a
capitalização dos juros era absolutamente proibida, no entanto no
ano de 2000 foi editada a Medida Provisória nº 1.963-17/2000,
atualmente reeditada sob o nº 2.170-36/2001 a qual tratava de um
tema absolutamente sem maiores importâncias, mas a qual trouxe
no seu artigo 5º a permissão para a ocorrência da capitalização no
direito pátrio.

O STF chegou a analisar parte da constitucionalidade da referida


medida através do julgamento do RE 592377, leading case do
chamado tema 33, mas neste julgamento o Supremo Tribunal
Federal tão somente afirmou que a Medida provisória não padecia
de inconstitucionalidade por ausência de urgência, no entanto os
ministros simplesmente ainda não analisaram o pior vício da
medida que é regular matéria afeita a lei complementar o que
nunca poderia ter sido objeto de medida provisória.

Em tal sentido o Tribunal Regional Federal da Quarta Região já


declarou inconstitucional a MP 2.170-36/2001, e muitos juízes e
desembargadores de todo o país também consideram
inconstitucional a norma.

Atualmente continua em tramitação no Supremo Tribunal Federal


uma ação direta de inconstitucionalidade contra a medida
provisória 2.170-36/2001, a chamada ADIN 2316-1 e até agora o
julgamento vai no sentido de sua inconstitucionalidade.
É por tudo isto que muitos juízes e tribunais brasileiros
consideram ilegal a ocorrência da capitalização em contratos e
determinam o seu afastamento.

Cabe dizer que existem formas veladas de capitalização como por


exemplo a Tabela Price (muito utilizado em contratos
habitacionais), ou sistema francês de amortização, o qual foi
inventando por um inglês e incorpora juros compostos, ou seja
juros capitalizados, anatocismo, juros sobre juros, o que é ilegal.

Para verificar se no seu contrato ocorre ou não a capitalização,


verifique se a taxa mensal de juros multiplicada por 12 é igual a
taxa anual de juros, se for menor, os juros são capitalizados.

Ainda em dúvida sobre o seu contrato ? Clique aqui - acesse o site


do SIJUR e utilize o sistema de análise de contratos lá
disponibilizado.

● Comissão de permanência

Comissão de permanência é a taxa de juros a qual o cliente em


submetido quando esta inadimplente. O que ocorre é que esta taxa
só poder ser cobrada pela taxa média de mercado e limitada a taxa
de juros remuneratórios do contrato, mas de regra os banco
cobram na comissão de permanência uma taxa de juros acima da
taxa contratada e ainda cumulada com correção monetária o que é
absolutamente ilegal.

De fato, a comissão de permanência cobrada de forma ilegal é a


grande vilã que faz com que uma prestação de um empréstimo
pago com poucos dias de atraso vire um monstro, com um
acréscimo absurdo de juros e multas, é ela que da nome a taxa de
excesso ou inadimplência no cheque especial, e a tantas outras
distorções que acontecem nos contratos.
A jurisprudência de todo Brasil é uníssona em reconhecer a
ilegalidade da comissão de permanência cobrada de forma
abusiva, por sinal existem diversas súmulas do STJ sobre o
assunto.

Súmula 30. A comissão de permanência e a correção monetária


são incumuláveis.

Súmula 294. Não é potestativa a cláusula contratual que prevê a


comissão de permanência, calculada pela taxa média de mercado
apurada pelo Banco Central do Brasil, limitada à taxa do
contrato.

Súmula 296. Os juros remuneratórios, não cumuláveis com a


comissão de permanência, são devidos no período de
inadimplência, à taxa média de mercado estipulada pelo Banco
Central do Brasil, limitada ao percentual contratado.

Súmula 472. A cobrança de comissão de permanência cujo valor


não pode ultrapassar a soma dos encargos remuneratórios e
moratórios previstos no contrato exclui a exigibilidade dos juros
remuneratórios, moratórios e da multa contratual.

● Vendas Casada

Para fechar aquele contrato de financiamento ou renovar o seu


cheque especial você foi persuadido a comprar aquele seguro que
você nem sabe como funciona, ou aquele título de capitalização
que nunca quis. Se você respondeu sim você foi vítima da venda
casada que ocorre quando as instituições financeiras condicionam
a realização de determinada coisa a compra de outra. Tal prática é
ilegal, e você tem direito a devolução em dobro dos valores pagos
a título de pagamento de produtos adquiridos de tal forma.
● T.A.C. - Taxa de administração de contratos, e outras taxas

Os bancos adoram inventar taxas na hora da elaboração de


contratos, no entanto a cobrança de uma tarifa contratual para
acobertar as despesas administrativas com o financiamento,
apesar de não encontrar vedação na legislação expedida pelo
BACEN, se mostra abusiva, pois se traduz num em
verdadeiro bus in idem, na medida em que o lucro do banco, o
qual serve para acobertar todas suas despesas advém de suas taxas
de juros, de seu spread, logo a cobrança destas taxas - não se
destina, assim, evidentemente, a remunerar um serviço prestado
ao cliente , como referido pelo eminente Desembargados Carlos
Alberto Etcheverry, ao tratar do tema enquadrando dita cobrança
como abusiva, nos termos do art. 51, IV do CDC.

O absurdo da prática fica mais evidente quando se evidência que


sua cobrança equivale a um posto de gasolina cobrar além do
custo do combustível uma taxa pela utilização da bomba. Faz
pouco tempo o STJ (agosto de 2013), analisou e julgou a questão
em recurso repetitivo no sentido de que: A TAC e a TEC são
sempre ilegais em contratos assinados após 2008 e poderão ser
ilegais em contratos anteriores se tiverem sido fixada de forma
abusiva.

É importante salientar que durante o julgamento deste recursos as


ações revisionais foram suspensas, agora com a solução da
questão em prol do consumidor elas voltaram a correr
normalmente, maiores informações podem ser obtidas no site do
STJ em

● Consórcios - Taxa de administração superior a (10% / 12%)


O decreto 70.951/72 estabeleceu que a taxa de administração de
um consórcio não pode ser superior a doze por cento (12%) do
valor do bem, quando este for de preço até cinquenta (50) vezes o
salário-mínimo local e a dez por cento (10%) quando de preço
superior a esse limite, sendo que caso os bens adquiridos sejam de
fabricação ou comércio das próprias administradoras estas taxas
não poderão ser superiores a (6%) / (5%). Esta lei no entanto foi
mitigada pelo STJ que afirma que só é possível a redução quando
a taxa se mostre abusiva. O problema é que não foi definido o que
é abusiva, assim alguns juízes consideram abusiva taxas acima de
12%, outros acima de 16% outros acima de 20% e ainda há
aqueles que aceitam até taxas de 26%.

● Consórcios - Valor da Carta x lance

Muitas vezes quando se faz um consórcio a pessoa da um lance


(atenção este é o pior negócio que alguém pode fazer). Pelo lance
a pessoa abre mão de receber por exemplo os cinquenta mil reais
da carta de crédito e aceita receber só vinte e cinco mil, e assim
passa a frente dos demais.

O que ocorre, e ninguém explica para o coitado que caiu neste


conto do vigário é que todas as taxas : de administração, fundo de
reserva, correção, continuam incidindo sobre o valor original,
qual seja - no exemplo sobre os cinquenta mil, assim na prática
uma taxa de administração que de regra já era ilegal de 20% passa
na prática para uma taxa de administração de 40%. O que
impressiona é a facilidade com que as pessoas caem em situações
como esta. Faça um favor para seus amigos - divulgue esta
informação.
● Parcelas mensais superiores a 30% da renda

Com o advento dos contratos consignados e créditos para


aposentados se limitou o valor máximo a ser pago por prestações
de contratos com desconto em folha a 30% dos vencimentos do
contratante. Ocorre que na prática os bancos burlam a lei
efetuando contratos por fora, ou seja, no contra cheque descontam
até 30% e o resto o fazem por meio de descontos na conta
corrente onde o aposentado / cidadão recebe a sua aposentadoria /
salário. Tal prática é odiosa e tem sido rechaçada pela justiça que
afirma que o total de descontos mensais do salário / aposentadoria
realizado de forma direta (desconto em folha) ou indireta
(contratos de empréstimo) não pode ser superior a 30% do salário.

Assim se você não consegue mais receber o seu salário, pode ser
hora de tomar uma decisão e ajuizar uma ação a fim de começar a
receber novamente o que é seu por direito. Divulgue esta
informação ela é muito importante, pois existem muitos
aposentados e trabalhadores em nosso país sem acesso aos seus
legítimos salários vítimas das arapucas de financeiras.

● Amortização negativa

Ocorre amortização negativa sempre que em uma determinada


situação, apesar do pagamento da prestação mensal de um
contrato o saldo devedor do mesmo acaba por aumentar no mês
seguinte. Isto é muito comum nos contratos de financiamento
habitacional, pois muitas vezes a correção monetária do mês no
saldo devedor acaba por ser maior do que o valor da parcela. A
amortização negativa é mais um fenômeno indesejado no contrato
do que uma ilegalidade em si, mas o fato é que ela fere o princípio
geral da amortização pelo qual sempre que ocorre o pagamento de
uma conta o saldo devedor deve diminuir e cria saldo devedores
impagáveis que nunca diminuem (quem tem contratos de
financiamento habitacional sabe bem do que estamos falando
aqui.)

O poder judiciário tem sempre determinado a revisão dos


contratos em caso de ocorrência de amortização negativa, até
mesmo porque se o contrato não for revisado ele ficará
impagável.

Para saber se o seu contrato apresenta ou não amortização


negativa basta verificar se em algum momento apesar do
pagamento da prestação mensal o saldo devedor aumentou no mês
seguinte. Se isto ocorreu o seu contrato apresenta amortização
negativa.

● Desobediência a cláusula P.E.S. (Plano de Equivalência


Salarial - SFH)

Nos contratos de financiamento habitacional, muitas vezes existe


a chamada cláusula PES, pela qual as prestações dos contratos só
poderiam subir de acordo com os reajuste dos salários dos
mutuários, e, deveriam ficar limitadas a 30% do valor do salário.

Ocorre que os agentes financeiros via de regra não respeitam tal


determinação, e assim as prestações sobem mais do que o salário
e acabam por ficar impagáveis. Quem sem encontrar nesta
situação pode entrar na justiça e exigir a revisão do contrato.

● O CUB só pode ser utilizada como indexador em imóveis em


construção
O STJ entende que o CUB e o INCC só podem ser utilizados
como indexadores para contratos de imóveis em construção vez
que tais índices refletem a variação dos custos de materiais e
insumos utilizados na construção civil, sendo inadequados para
regular relações nas quais não estejam sendo utilizados tais
insumos, situações nas quais o índice poderá ser substituído por
outro que reflita a desvalorização da moeda / inflação geral de
mercado.

Situações Especiais

Existem alguns contratos especiais que possuem digamos assim


alguns benefícios legais os quais na maioria das vezes só são
obtidos através do ajuizamento de ações judiciais, vejamos alguns
casos:

● Quitação dos contratos habitacionais pelo F.C.V.S.

Os mutuários que possuem contratos de financiamento de casa


própria realizados até 1988 e com cobertura pelo FCVS (quase
todos) tem o direito por lei de ter toda sua dívida quitada pelo
FCVS - Fundo de Compensação de Variação Salarial. Este direito
é para todos, mesmo aqueles com prestações em atraso, ou que
possuam mais de um contrato.

● Taxas de juros e condições especiais para aposentados

Os empréstimos com desconto em folha para aposentados, bem


como os cartões de créditos especiais, são contratos diferenciados
no sistema jurídico e por tal possuem taxas de créditos especiais,
limitadas por lei e bem abaixo das taxas de mercado. Desta forma
se um empréstimo para aposentado possui uma taxa de juros igual
ou superior a média praticada no mercado com certeza ele
apresenta ilegalidade vez que as taxas nestes casos são muito
baixas. Por exemplo os cartões de crédito para aposentados se
submetem a lei 10.820/2003 e às normas do INSS e devem ter
taxa de juros máxima de 2,90% ao mês, enquanto os demais
cartões trabalham com taxas de 11% ao mês. Assim se um
aposentado possui contratos de financiamento sem as taxas
especiais este contrato poderá ser revisado.

● Dívidas Agrícolas - PESA

Os agricultores, pecuaristas, produtores rurais em geral que


possuem dívidas oriundas da atividade rural tem o direito de
securitizar estas dívidas em condições muito especiais garantindo
sua redução e um aumento de prazo para o pagamento. Muitas
vezes os banco negam este direito ao produtor, entretanto o STJ já
pacificou entendimento no sentido de que a securitização da
dívida é um direito do agricultor e não uma faculdade do banco.
Desta forma o produtor rural pode entrar na justiça a fim de exigir
a securitização do contrato sempre que desejar.

● Contratos de Financiamento Estudantil - FIES

Os contratos de financiamento estudantil via de regra possuem


como ilegalidade a capitalização em prazo inferior ao anual, não
obstante encontramos outras espécies de abusos - especialmente
quando ocorrem renegociações - novações nos contratos.
Quando vale a pena ajuizar uma ação revisional ?

Uma ação judicial não é brinquedo, processo e justiça é coisa


séria, assim recomenda-se o ajuizamento de ações revisionais tão
somente quando a pessoa/empresa:

 Entrar num ciclo de endividamento crescente


 Bola de neve - onde por mais que ela pague as dívidas estas só
cresçam
 Estiver ameaçada de perder bens devido a dívidas ou a
impossibilidade de seguir pagando as parcelas de um
financiamento
 Não estiver tendo acesso ao seu salário / renda devido a
quantidade de prestações e dívidas que possui.
 Sempre que estiver a ponto de perder o sono, de entrar em
depressão por não saber se vai conseguir honrar ou não com
os compromissos.

Nestas situações recomenda-se fortemente que a pessoa procure


um advogado e ajuíze um ação revisional de contrato, pois como
dizia Nietzsche o sono é o bem mais sagrado de um ser humano e
perder ele preocupado com dívidas não vale a pena.

* Quando não vale a pena entrar com uma ação revisional:


Quando estiver tudo tranquilo e o único objetivo é pagar
menos.

Como funciona uma ação revisional ?


De regra ao entrar com uma ação revisional solicitamos ao juiz
que defira uma liminar para o cliente a fim de que:

1. O credor seja proibido de inscrever o nome do autor em


cadastros de inadimplentes (SPC / SERASA / CADIN, etc). Caso
o nome do cliente já esteja sujo solicitamos a baixa das inscrições.

2. Permita ao autor continuar na posse do bem evitando busca e


apreensão e reintegração de posse. Isto se pede em casos como
financiamento de veículos, imóveis e máquinas.

3. Autorize o autor a depositar em juízo o valor que entende


devido.

4. Proíba o réu de efetuar descontos em folha/conta corrente.

5. Devolva os títulos contra terceiros descontados pelo autor (caso


de desconto bancário).

A liminar pode ser deferida (concedida) de forma parcial, ou


completa ou indeferida (negada).

Caso o juízo negue a liminar se entra com um recurso para o


Tribunal de Justiça. Deferida a liminar o autor ficará com o seu
nome limpo, de posse do bem e ou sem desconto em folha (tudo
conforme o caso) até o julgamento da causa ou revogação da
liminar.

O processo após a liminar vai ter trâmite padrão, ou seja, o réu vai
contestar, ou autor vai apresentar réplica, vão ser produzidas as
provas (de regra não haverá audiência), vai haver sentença, desta
sentença haverá recurso que será julgado pelo Tribunal, após
haverá mais recursos e a coisa assim vai indo... Pois bem, durante
o tempo deste calvário na justiça o autor ficará depositando em
juízo o valor que entende dever, e buscará se equilibrar
financeiramente, paralelamente a isto vamos começar a negociar
um acordo com o credor, de fato podemos dizer que mais de 90%
das ações revisionais acabam em acordo através do qual o credor
concede algum desconto para encerrar a questão levantando o
dinheiro que foi depositado pelo autor em juízo. Existe casos em
que o cliente acaba por receber dinheiro de volta ao final da ação
revisional, isto ocorre de regra em contratos longos ou naqueles
em que o montante pago a títulos de juros pelo cliente foi muito
maior que o valor mutuado, mas de fato, pela nossa experiência,
melhor do que esperar 6 anos para ver se recebe alguma coisa de
volta ou não, o melhor é fechar um acordo com o credor e se
livrar da dívida e do processo.

Em todos os casos uma coisa é certa a vida do cliente melhora


muito, pois o mesmo pode reencontrar o seu centro. Palavra de
quem já ajuizou mais de cinco mil ações revisionais.

Quanto tempo demora esta ação?

A liminar em média é obtida entre 15 a 45 dias (dependendo se


concedida pelo juiz ou pelo Tribunal). Quanto ao processo caso
não ocorra um acordo este pode ser bastante longo, de fato
processo judicial é quase sinônimo de demora, por isso que
recomendamos sempre a realização de acordos, pois nada mais
estressante que ficar anos esperado um julgamento e depois que
este ocorre descobrir que vai ter de esperar mais um punhado de
anos para receber porque tem de liquidar a sentença e após
executar a decisão. Assim podemos dizer que se a pessoa não opta
por um acordo o processo pode durar até mesmo mais de quatro
anos (dependendo do caso, pois enquanto os processos que
envolvem veículos são relativamente rápidos (de regra dois anos)
os que discutem conta corrente demoram muito.)
Como eu faço os depósitos judiciais?

A partir de quando: Você começara a realizar os depósitos


judiciais tão logo você receba a liminar.

Onde: Você fará os depósitos judicias em uma conta judicial


aberta para este fim. Esta conta só poderá ser movimentada com
autorização do juiz.

Que dia do mês: Você pode fazer o depósito judicial em


qualquer dia do mês, o importante é que você faça o depósito
todos os meses.

Qual o valor: O ideal é que você deposite no mínimo a metade


do valor atual da parcela, mas mais importante que isto é
depositar todos os meses, assim, se em algum mês você não tiver
o valor completo deposite o quanto você tiver condição, e, em
outro mês ou dia, no qual você tiver condições deposite um pouco
a mais para equilibrar. Lembre-se a meta é juntar através dos
depósitos judiciais um valor para fazer um acordo, valor este que
de regra equivale a metade do valor total de sua dívida.

Ouvi falar que se eu entrar na justiça com uma revisional de


contrato nunca mais terei crédito, pois os bancos consultam
quem fez revisional, é verdade?

É evidente que tal atitude por partes dos bancos seria ilegal, no
entanto sabemos que muitas vezes a prática e diferente da lei, de
qualquer forma nunca encontramos uma situação na qual o cliente
ficasse sem crédito ao final de processos revisionais, no entanto já
tivemos notícias do seguinte:
a) O cliente não conseguia crédito porque apesar de não estar no
SPC ou no SERASA ainda estava inscrito no SISBACEN. Nestas
situações basta provar inscrição que de regra o juízo determinará
a baixa do registro e o crédito voltará a ficar liberado.

b) Durante o curso da ação o cliente não consegue crédito no


banco contra o qual ajuizou a ação. Tal situação de regra se
normaliza após a revisional.

c) De qualquer forma se ficar demonstrado que algum banco lhe


negou crédito porque consultou e encontrou uma revisional em
seu nome, você poderá que a justiça passe o processo para
segredo de justiça de forma que ninguém poderá mais consultá-lo.
Se deve salientar que qualquer retaliação pelo ajuizamento de
uma ação revisional é absolutamente ilegal e o banco poderá
responder por danos morais se assim proceder, não obstante por
lógico nenhum advogado poderá lhe prometer que você não
sofrerá nenhuma retaliação pelo ajuizamento da ação, até mesmo
porque uma coisa é a lei e outra é a prática, o que deixa ainda
mais evidente aquilo que já falamos antes 'revisional de contrato
não serve para economizar dinheiro, mas sim para resolver
problemas reais', por isto só deve ser utilizada por quem
realmente precise.

Posso ajuizar uma ação revisional nos juizados especiais cíveis


com ou sem advogado?

Isto varia de estado para estado, aqui no Rio Grande do Sul este
tipo de ação não é aceita no JEC, e o motivo é só um política de
administração da justiça, mas de qualquer forma não
recomendamos que ninguém ajuíze ações revisionais no JEC,
mesmo através de advogados, e explicamos o porque: - Toda ação
revisional é ajuizada com intenção de resolver a situação, o que
irá ocorrer através de uma negociação que será feita com o banco
ao longo do processo. Esta negociação demanda tempo, meses e
até mesmo anos, assim se você optar pelo juizado especial nunca
terá o tempo necessário para permitir que esta negociação
amadureça em um bom acordo.

Entrei com um processo de revisão de juros paguei algumas


parcelas e não tive mais condições e abandonei. Qual a solução
?

A primeira e mais acertada coisa para fazer é voltar a contatar o


seu advogado, pois só caso ele não tenha mais interesse em
resolver a situação outra advogado poderá pegar a causa, e,
mesmo assim respeitando os direitos relativos aos honorários do
seu advogado anterior.

De qualquer forma a solução em si dependerá de duas coisas:

a) O tempo que se passou.

b) O tipo de contrato de financiamento.

a) Quanto ao tempo: Caso o processo tenha demorado mais de 5


anos e o banco nunca tenha ajuizado uma ação de execução você
poderá requerer que seja declarada a prescrição da dívida podendo
pedir inclusive a retirada de um gravame sobre um veículo. Caso
ainda não esteja prescrita ou caso você não queira mais um
processo sobre o mesmo assunto você poderá fechar um acordo,
sendo que..

b) Dependendo do tipo de financiamento o acordo será melhor ou


pior, de qualquer forma, de regra os bancos concedem acordos
que variam em sua média entre 50% e 95% sobre o valor
originalmente devido, sendo que contratos com garantia, como
por exemplo de veículos, possuem descontos menores que
contratos sem garantia como por exemplo de conta corrente.

Mais informações específicas sobre revisionais

Veículos (alienação fiduciária, consórcio e leasing) Revisional de


imóvel (casa própria e imóvel comercial) Limitação dos
descontos a 30% dos vencimentos Revisional de contratos de
financiamento Revisionais de cartão de crédito Revisionais de
cheque especial Revisionais de contratos de desconto de cheque
Quitação do contrato pelo F.C.V.S. Securitização de dívida
agrícolas - PESA Revisão de contratos especiais aposentados
Revisão de Financiamento Estudantil (FIES)

Gostaria de mais informações ?

Se você deseja mais informações você pode enviar um e-mail


para o autor deste artigo gabriel@advgg.com.br ou ligar para (51)
3023-8685 ou mesmo nos fazer uma visita.

Autor: Dr. Gabriel Rodrigues Garcia

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