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Caso de Estudo

3D Polymer Printing for Bike Frame

Mestrado Integrado em Engenharia


Mecânica
2017/2018

Seleção de Materiais

Fábio André Martins Fernandes – em11178@fe.up.pt

Professor: Viriato Antunes


Seleção de Materiais 2017/2018

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Seleção de Materiais 2017/2018

Índice
1. Problema .................................................................................... 7
2. Estudo do Mercado ......................................................................... 9
2.1. Peso.................................................................................... 9
2.2. Resistência mecânica à flexão ..................................................... 10
2.3. Rigidez à flexão ..................................................................... 10
2.4. Resistência à encurvadura.......................................................... 11
2.5. Redimensionamento da TREPA TI .................................................. 11
2.6. Utilização de outras ligas de Titânio............................................... 13
2.7. Redimensionamento do quadro de Alumínio ...................................... 15
2.8. Definição de Índices de Mérito ..................................................... 17
2.9. Cálculo dos índices de mérito dos materiais ...................................... 19
2.10. Outras propriedades ................................................................ 20
2.11. Processos de fabrico ................................................................ 21
2.12. Brasagem dos quadros em aço ..................................................... 21
2.13. Soldadura dos quadros em Alumínio. .............................................. 22
3. Bicicleta MA2000 ......................................................................... 24
3.1. Introdução ........................................................................... 24
3.2. Impressão 3D ........................................................................ 25
3.2.1. FFF – Fused Filament Fabrication............................................. 26
3.2.2. ABS e PLA para FFF ............................................................ 28
3.2.3. Fluência ........................................................................ 30
3.2.4. Radiação UV .................................................................... 31
3.2.5. Corrosão ........................................................................ 32
3.2.6. Resistência ao Desgaste ....................................................... 32
3.3. Dimensões da secção reta. ......................................................... 33
3.4. Conclusões quanto às propriedades mecânicas ................................... 38
3.5. Análise do preço .................................................................... 39
3.6. Construção do quadro .............................................................. 40
3.6.1. Ligações entre o quadro e os acessórios ..................................... 40
4. Conclusões ................................................................................ 41
5. Referências ............................................................................... 42

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Índice de tabelas
Tabela 1 - Produtos analisados ................................................................. 9
Tabela 2 - Propriedades dos diferentes quadros de bicicleta ................................ 9
Tabela 3 - Comparação da massa por unidade de comprimento dos diferentes modelos. 10
Tabela 4 - Resistência mecânica á flexão dos diferentes materiais........................ 10
Tabela 5 - Comparação da rigidez à flexão dos modelos ................................... 11
Tabela 6 - Resistência à Encurvadura dos modelos.......................................... 11
Tabela 7 - Comparação entre propriedades da solução inicial vs. solução alterada ...... 12
Tabela 8 - Propriedades mecânicas das ligas selecionadas ................................. 14
Tabela 9 - Preços das ligas selecionadas .................................................... 14
Tabela 10 - Índices de mérito das ligas de titânio selecionadas............................ 15
Tabela 11 – Índices de mérito ................................................................ 17
Tabela 12 - Determinação dos indicies de mérito para raio constante e peso fixo. ...... 17
Tabela 13 - Determinação dos indicies de mérito para espessura constante e peso fixo. 17
Tabela 14 - Tabela resumo dos índices de mérito determinados. .......................... 18
Tabela 15 - Índices de mérito dos materiais utilizados ..................................... 19
Tabela 16 - Índices de mérito dos materiais utilizados em percentagem. ................. 19
Tabela 17 - Processos de fabrico para cada material ....................................... 21
Tabela 18 - Experiencias de brasagem com os quadros em Aço. ........................... 21
Tabela 19 - Valores mínimos aceitáveis para as propriedades mecânicas ................. 33
Tabela 20 - Cálculos da secção reta que irão ser realizados ............................... 33
Tabela 21 - Propriedades para raio=20mm e espessura de 1,5mm ......................... 33
Tabela 22 - Propriedades para raio de 20mm e espessura de 2mm ........................ 34
Tabela 23 - Propriedades para raio=20mm e espessura de 2,5mm ......................... 34
Tabela 24 - Propriedades para raio=20mm e espessura de 3mm ........................... 34
Tabela 25 - Propriedades para raio=25mm e espessura de 1,5mm ......................... 35
Tabela 26 - Propriedades para raio=25mm e espessura de 2mm ........................... 35
Tabela 27 - Propriedades para raio=25mm e espessura de 2,5mm ......................... 35
Tabela 28 - Propriedades para raio=25mm e espessura de 3mm ........................... 36
Tabela 29 - Propriedades para raio=30mm e espessura de 1,5mm ......................... 36
Tabela 30 - Propriedades para raio=30mm e espessura de 2mm ........................... 36
Tabela 31 - Propriedades para raio=30mm e espessura de 2,5mm ......................... 37
Tabela 32 - Comparação dos polímeros ...................................................... 37

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Índice de Figura

Figura 1 - Diagrama de corpo livre com solicitações no plano................................ 7


Figura 2 – Solicitação de Torção ................................................................ 8
Figura 3 - Densidade vs Modulo de Young, Ligas de titânio, CES EduPack ................. 13
Figura 4 - Densidade vs Tensão de cedência, Ligas de titânio .............................. 14
Figura 5 – Comparação Rigidez à Flexão entre quadros de Alumínio originais e modificado.
................................................................................................. 15
Figura 6 - Comparação Resistência mecânica á Flexão entre quadros de Alumínio originais
e modificado. .................................................................................. 16
Figura 7 - Comparação Resistência à Encurvadura entre quadros de Alumínio originais e
modificado. .................................................................................... 16
Figura 8 - Comparação Massa por Unidade de comprimento entre quadros de alumínio
originais e modificado. ........................................................................ 16
Figura 9 - Preço em função da temperatura do ponto de fusão. ........................... 22
Figura 10 - Perda de dureza no alumínio após soldadura ................................... 23
Figura 11 - Visão geral dos materiais poliméricos utilizados em cada método especifico de
Fabrico Aditivo. ............................................................................... 26
Figura 12 - Técnica de FFF (Fused Filament Fabrication).[4]............................... 27
Figura 13 - Grafico do CES EduPack, Modulo de Young vs. Densidade. .................... 28
Figura 14 - Principais propriedades do PLA e do ABS[6] .................................... 28
Figura 15 - Restrições impostas no CES EduPack ............................................ 29
Figura 16 - Materiais após imposição de restrição........................................... 29
Figura 17 - Gráfico Modulo de Young vs. Densidade após restrição. ....................... 30
Figura 18 - Restrição da temperatura de transição vítrea .................................. 31
Figura 19 - Materiais restantes após imposição da restrição de fluência .................. 31
Figura 20 - Restrição da luz UV ............................................................... 31
Figura 21 - Materiais que passaram teste da radiação UV .................................. 32
Figura 22 - Restrição da corrosão ............................................................ 32
Figura 23 - Restrição da resistência ao desgaste ............................................ 32
Figura 25 - Preço por quilograma vs Densidade ............................................. 39
Figura 26 - Chassi automóvel obtido por impressão 3D ..................................... 40

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1. PROBLEMA
Pretende-se com este trabalho desenvolver uma nova solução inovadora para um quadro
de uma bicicleta. Para foi necessário começar por fazer um estudo de mercado, para
avaliar que produtos existem e a seguir fazer um comparativo com a solução desenvolvida
por este trabalho.

A solução inicial que é proposta é uma estrutura triangulada de tubos, entre dois apoios
do peso do ciclista. Tendo seus elementos essencialmente á tração ou compressão,
formando uma estrutura resistente e rígida no seu próprio plano. O gancho da frente atua
como uma viga encastrada no quadro, aplicando um momento aos tubos que o suportam.
Na seguinte figura é apresentado o diagrama de corpo livre.

Figura 1 - Diagrama de corpo livre com solicitações no plano.

Para alem da situação descrita, com solicitações planas, existe a situação de forças
existentes fora do plano da estrutura em que a resistência á deformação se faz por flexão
e torção dos respetivos elementos, como podemos observar na seguinte figura.

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Figura 2 – Solicitação de Torção

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2. ESTUDO DO MERCADO
Neste estudo de mercado, iremos direcionar o nosso foco de atenção para dois
componentes, os materiais e os métodos de fabrico.

Analisamos cinco das mais importantes bicicletas no mercado que são construídas com
recurso a três materiais, o aço, o titânio e o alumínio. Na seguinte tabela apresentamos os
cinco modelos e as suas especificações.

Produto Construtora Material Utilizado


FD Duarte & Cª Aço
FDGT Duarte & Cª Aço
BIK Teixeira & Cª Alumínio
ALTL Teixeira & Cª Alumínio
TREPA TI Cunha V. Ldª Titânio
Tabela 1 - Produtos analisados

Geometria Propriedades Propridades da secção tubular Outras


r t A I r sE E rA EI Ert2 s Er2t E/r s E/r
Materiais mm mm mm2 mm4 kgm-3 MPa GPa kgm-1 Nm2 Nm Nm MNkg-1m-1 kNkg-1m-1
FD 12,72 0,56 44,8 3621 7870 695 210 0,352 760,4 838 63 27 88
FD GT 12,81 0,38 30,6 2509 7870 927 210 0,241 527,0 388 58 27 118
BIK 12,39 1,22 95,0 7290 2800 350 70 0,266 510,3 1291 66 25 125
TREPA TI 12,34 0,71 55,0 4191 4500 300 105 0,248 440,1 653 32 23 67
ALTL 18,44 1,22 141,4 24032 2800 350 70 0,396 1682 1921 145 25 125

Tabela 2 - Propriedades dos diferentes quadros de bicicleta

Após analisarmos esta tabela, verificamos a ultima bicicleta, a ALTL apresenta um


diâmetro do tubo cerca de 50% mais largo que a concorrência.

2.1. Peso
Analisando o peso de cada uma delas, através do parâmetro ρA, parâmetro esse que
relaciona a densidade com a área da secção tubular da bicicleta, verificamos que a ALTL
será a mais pesada e a FDGT a mais leve. Isto acontece devido á ALTL ser a que apresenta
um maior raio e espessura como referido anteriormente, ao contrario da FDGT que é a que
tem uma menor espessura de todas.

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0,450
0,396
0,400
0,352

Massa por metro [Kg/m]


0,350
0,300 0,266
0,241 0,248
0,250
0,200
0,150
0,100
0,050
0,000
FD FD GT BIK TREPA TI ALTL
Modelo

Tabela 3 - Comparação da massa por unidade de comprimento dos diferentes modelos

2.2. Resistência mecânica à flexão

Para avaliarmos esta propriedade recorremos ao parâmetro de calculo expresso na Tabela


4, sEr2t. Este parâmetro é em função do material (sE) e da geometria (r e t).

160 145
Resistencia mecanica á Flexão

140
120
100
[σEr2t]

80 66
63 58
60
40 32

20
0
FD FD GT BIK TREPA TI ALTL
Modelos

Tabela 4 - Resistência mecânica á flexão dos diferentes materiais

De realçar que a bicicleta ALTL apresenta uma resistência á flexão muito superior á
concorrência. A que apresenta menor resistência á flexão é a bicicleta TREPA TI.

2.3. Rigidez à flexão


Para calcularmos esta propriedade recorremos á calculo do EI. Este índice é em função do
material (E, módulo de Young) e em função da geometria (I, momento de inercia). Na
Tabela 5 apresentamos os valores deste índice.

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1800,0 1682
1600,0

Rigidez à Flexão [Nm²]


1400,0
1200,0
1000,0
760,4
800,0
600,0 527,0 510,3
440,1
400,0
200,0
0,0
FD FD GT BIK TREPA TI ALTL
Modelos

Tabela 5 - Comparação da rigidez à flexão dos modelos

Verificamos na analise deste gráfico que o ALTL é de longe o quadro com maior capacidade
nesta propriedade, sendo o TREPA TI aquele que apresenta menor rigidez à flexão.

2.4. Resistência à encurvadura


Esta propriedade é realizada através do calculo Ert2, que relaciona o modulo de Young, E,
com a geometria, r e t, e como se pode observar no seguinte Tabela 6, o quadro com maior
resistência á encurvadura é o ALTL, e por ultimo o FDGT

2500
1921
Encurvadura [Nm]

2000
Resistencia à

1500 1291
838
1000 653
388
500
0
FD FD GT BIK TREPA ALTL
TI

Modelos

Tabela 6 - Resistência à Encurvadura dos modelos

2.5. Redimensionamento da TREPA TI


Como observamos nas tabelas anteriores, a resistência mecânica e a rigidez á flexão da
bicicleta TREPA Ti são as mais pequenas de todas, no entanto a resistência á encurvadura
está entre a dos dois quadros em aço, vamos supor então que a resistência á encurvadura
do quadro FDGT, que é o valor mais baixo de todos, é um valor aceitável, vamos então
redimensionar a secção do tubo da TREPA TI, não alterando o peso da mesma, de maneira
a baixar os valores da resistência á encurvadura para valores idênticos ao da FDGT.

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Para isso é necessário resolver o seguinte sistema de equações:

𝜌 ∗ 𝐴 = 0.248 4500 ∗ 𝐴 = 0.248 𝐴 = 0.055 ∗ 10−3𝑚2


{𝐸 ∗ 𝑟 ∗ 𝑡 2 = 388 → {105 ∗ 109 ∗ 𝑟 ∗ 𝑡 2 = 388 → { 𝑟 = 20,82 𝑚𝑚
𝐴 = 2𝜋 ∗ 𝑟 ∗ 𝑡 𝐴 = 2𝜋 ∗ 𝑟 ∗ 𝑡 𝑡 = 0,421𝑚𝑚

Realizando uma comparação entre os valores da solução original e da solução analisada em


cima chega-se á seguinte Tabela 7.

Peso (ρA) r (mm) t (mm) Rigidez à Resistência à Resistência á


Flexão (EI) Flexão Encurvadura
(𝜎𝐸r2t) (Ert2)
Solução 0.248 12.34 0.71 440.1 32 653
Original
Solução 0.248 20.82 0.421 1253 54.75 387.5
Alterada
Tabela 7 - Comparação entre propriedades da solução inicial vs. solução alterada

Com esta solução alterada foi possível aumentar a rigidez á flexão, bem como a resistência
á flexão. Se a resistência á encurvadura da FDGT for realmente um valor aceitável, então
conseguimos com esta solução melhorar a bicicleta TREPA TI.

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2.6. Utilização de outras ligas de Titânio


Podemos também melhorar os parâmetros indicados á custa da alteração da liga de titânio
utilizada. Foi por isso realizada uma seleção de ligas de titânio compatíveis com as
especificações que desejamos com este projeto.

Para isso, foi necessário recorrer ao CES EduPack, para analisarmos que outras ligas de
titânio poderíamos usar.

5,1e3

5e3

4,9e3
Titanium, alpha-beta alloy, Ti-6Al-2Sn-2Zr-2Mo, solution treated & aged
Density (kg/m^3)

4,8e3

4,7e3 Soluçao Inicial

4,6e3

4,5e3

4,4e3

Titanium, near-alpha alloy, Ti-8Al-1Mo-1V, solution treated & stabilized

Titanium, near-alpha alloy, Ti-6Al-5Zr-0.5Mo


4,3e3

55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 140 145 150
Young's modulus (GPa)

Figura 3 - Densidade vs Modulo de Young, Ligas de titânio, CES EduPack

Na Figura 3 é possível ver as linhas com a referência da densidade e do Modulo de Young


da liga de titânio utilizada na primeira solução. Depois de analisar este gráfico decidimos
retirar duas ligas:

• Ti-8Al-1Mo-1V; - Maior modulo de Young, menor Densidade


• Ti-6Al-5Zr-0,5Mo; - Maior modulo de Young e ligeiramente maior Tensão de
Cedência e menor densidade

Em seguida analisamos a densidade em função da Tensão de Cedência, 𝜎𝐸.

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Titanium, alpha-beta alloy, Ti-6Al-2Sn-2Zr-2Mo, solution treated & aged


5,1e3

5e3

4,9e3

Solução Inicial
Density (kg/m^3)

4,8e3

4,7e3

4,6e3

4,5e3

4,4e3

4,3e3

200 500 1e3


Tensile strength (MPa)

Figura 4 - Densidade vs Tensão de cedência, Ligas de titânio

Da Figura 4 decidimos retirar a Liga de Titânio Ti-6Al-2Sn-2Zr-2Mo, que apresenta maior


Tensão de Cedência, 𝜎𝐸, ligeiramente maior modulo de Young e igual densidade.

Depois de escolhermos as ligas a analisar, recolhemos todos os dados e apresentamos sobre


a forma das seguintes tabelas.

Material ρ (Kg/m3) 𝜎𝐸(MPa) E (GPa)


Ti Original 4500 300 105
Ti-8Al-1Mo-1V 4380 850 125
Ti-6Al-5Zr-0,5Mo 4450 900 125
Ti-6Al-2Sn-2Zr-2Mo 4500 1300 120
Tabela 8 - Propriedades mecânicas das ligas selecionadas

Material Preço
Ti Original 12€/kg
Ti-8Al-1Mo-1V 18€/kg
Ti-6Al-5Zr-0,5Mo 19€/kg
Ti-6Al-2Sn-2Zr-2Mo 19€/kg
Tabela 9 - Preços das ligas selecionadas

Na Tabela 9 é possível verificar que a liga original, que é uma liga de uso comercial,
apresenta o preço mais baixo de todos, cerca de 12€/kg, em sentido oposto a liga Ti-6Al-

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2Sn-2Zr-2Mo e a liga Ti-6Al-5Zr-0,6Mo apresentam o preço mais alto, cerca de 19€/kg. A


liga Ti-8Al-1Mo-1V apresenta um preço intermedio de 18€/kg.

Material 𝝈𝑬 E 𝝆A EI Ert2 𝝈𝑬r2t E/𝝆 𝝈𝑬/𝝆


Ti Original 300 105 0,248 440,1 653 32 23 67
Ti-8Al-1Mo-1V 850 125 0,241 524 778 92 29 194
Ti-6Al-5Zr-0,5Mo 900 125 0,245 524 778 97 28 202
Ti-6Al-2Sn-2Zr-2Mo 1300 120 0,248 503 746 141 27 289
Tabela 10 - Índices de mérito das ligas de titânio selecionadas

Na Tabela 10 podemos verificar que a todas as ligas apresentam, uma melhor rigidez á
flexão, resistência á encurvadura e resistência á flexão. As ligas Ti-6Al-5Zr-0,5Mo e Ti-8Al-
1Mo-1V apresentam também uma diminuição do peso. A liga Ti-6Al-2Sn-2Zr-2Mo apesar de
apresentar um peso igual á original, destaca-se muito na resistência á flexão.

2.7. Redimensionamento do quadro de Alumínio


Neste parâmetro iremos realizar um redimensionamento dos quadros de Alumínio com um
peso de 0,25 kg.m-1 e uma resistência á encurvadura igual á do quadro FD, ou seja 838
Nm.

Para isso necessitamos de resolver o seguinte sistema de equações:

𝜌 ∗ 𝐴 = 0,25 2800 ∗ 𝐴 = 0.25 𝐴 = 8.93 ∗ 10−5 𝑚2


9 2
{𝐸 ∗ 𝑟 ∗ 𝑡 2 = 838 → {70 ∗ 10 ∗ 𝑟 ∗ 𝑡 = 838 → { 𝑟 = 16,9 𝑚𝑚
𝐴 = 2𝜋 ∗ 𝑟 ∗ 𝑡 𝐴 = 2𝜋 ∗ 𝑟 ∗ 𝑡 𝑡 = 0,84 𝑚𝑚

Comparando o novo quadro de Alumínio com os BIK e ALTL, obtemos os seguintes gráficos:

1800 1682
1600
Rigidez à Flexão [Nm²]

1400
1200
1000 892
760,4
800
600 510,3
400
200
0
FD BIK ALTL Aluminio
Modificado

Modelos Aluminio e FD

Figura 5 – Comparação Rigidez à Flexão entre quadros de Alumínio originais e modificado.

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160 145

Resistencia Mecanica à Flexao


140
120
100 84
80 66

[σEr2t]
63
60
40
20
0
FD BIK ALTL Aluminio
Modificado
Modelos de Aluminio e FD

Figura 6 - Comparação Resistência mecânica á Flexão entre quadros de Alumínio originais e modificado.

2500
Resistencia à Encurvadura [Nm]

1921
2000

1500 1291

1000 838 838

500

0
FD BIK ALTL Aluminio
Modificado
Modelos de Aluminio e FD

Figura 7 - Comparação Resistência à Encurvadura entre quadros de Alumínio originais e modificado.

0,450
0,396
0,400
0,352
Massa por Unidade de
Comprimento [kg/m]

0,350
0,300 0,266
0,250
0,250
0,200
0,150
0,100
0,050
0,000
FD BIK ALTL Aluminio
Modificado
Modelos de Aluminio e FD

Figura 8 - Comparação Massa por Unidade de comprimento entre quadros de alumínio originais e modificado.

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A partir dos gráficos anterior podemos observar que na rigidez à flexão o quadro novo
apresenta valores superiores ao BIK e ao FD e inferiores ao ALTL, acontecendo o mesmo
para a resistência mecânica á flexão. No que toca á resistência à encurvadura o alumínio
novo apresenta valores iguais ao FD, tal como seria de esperar, visto que impusemos esse
parâmetro. Na massa por unidade de comprimento, o quadro novo é o mais leve de todos.

Assumindo como aceitável a resistência á encurvadura do quadro FD, podemos então


concluir que este quadro apresenta boas propriedades e um bom compromisso entre
resistência mecânica e peso.

2.8. Definição de Índices de Mérito


Para realizar a definição dos índices de mérito é necessário recorrer a uma metodologia
que é semelhante entre si.

Analisamos então a seguinte tabela:

Rigidez (tubo) ∝ 𝐸𝑟3 𝑡


Peso ∝ 𝜌𝑟𝑡
Momento Crítico á Flexão ∝ 𝜎𝐸 𝑟2 𝑡
Momento Critico á Encurvadura ∝ 𝐸𝑟𝑡 2
Tabela 11 – Índices de mérito

Através da analise da tabela anterior, podemos relacionar os índices da seguinte forma:

r fixo (peso fixo, t qualquer)


Rigidez ∝ 𝐸𝑟3 𝑡 𝑚 ∝ 𝜌𝑟𝑡
𝐸 𝑚
∝ 𝑟2 𝑚 𝑡∝
𝜌 𝜌𝑟
𝐸

𝜌
Resistência á ∝ 𝐸𝑟𝑡 2 Resistência à flexão ∝ 𝜎𝐸 𝑟2 𝑡
encurvadura
𝐸𝑟𝑚2 𝜎𝐸 𝑟2 𝑚
∝ 2 2 ∝
𝜌 𝑟 𝜌𝑟
𝐸 𝜎𝐸
∝ 2 ∝
𝜌 𝜌
Tabela 12 - Determinação dos indicies de mérito para raio constante e peso fixo.

t fixo (peso fixo, r qualquer)


Rigidez ∝ 𝐸𝑟3 𝑡 𝑚 ∝ 𝜌𝑟𝑡
𝐸𝑚3 𝑚
∝ 3 2 𝑟∝
𝜌 𝑡 𝜌𝑡
𝐸
∝ 3
𝜌
Resistência á encurvadura ∝ 𝐸𝑟𝑡 2 Resistência à flexão ∝ 𝜎𝐸 𝑟2 𝑡
𝐸𝑚𝑡 𝜎𝐸 𝑚2
∝ ∝ 2
𝜌 𝜌 𝑡
𝐸 𝜎𝐸
∝ ∝ 2
𝜌 𝜌
Tabela 13 - Determinação dos indicies de mérito para espessura constante e peso fixo.

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Feito a analise anterior, na Tabela 12 e na Tabela 13, é possível então completar a tabela
de resumo dos índices de mérito.

Índices de mérito de materiais r fixo t fixo


Rigidez 𝐸 𝐸
𝜌 𝜌3
Resistência à flexão 𝜎𝐸 𝜎𝐸
𝜌 𝜌2
Resistência à encurvadura 𝐸 𝐸
𝜌2 𝜌
Tabela 14 - Tabela resumo dos índices de mérito determinados.

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2.9. Cálculo dos índices de mérito dos materiais


Com base nos índices de mérito definidos anteriormente, procedemos agora ao calculo
destes índices para os materiais analisados também anteriormente.

Foi então possível realizar a seguinte tabela:

Índices de mérito dos materiais FD FDGT Al Ti


r fixo E
( ) ∗ 103
ρ 26,7 26,7 25,0 23,3
Rigidez
t fixo E
( ) ∗ 1011 43,1 43,1 318,9 115,2
ρ3
r fixo σE
( ) ∗ 103
ρ 88,3 117,8 125,0 66,7
Resistência à
flexão t fixo 𝜎𝐸
( ) ∗ 106
ρ 11,2 15,0 44,6 14,8

r fixo 𝐸
( ) ∗ 102
𝜌2 33,9 33,9 89,3 51,9
Resistência à
encurvadura t fixo E
( ) ∗ 106
ρ 26,7 26,7 25,0 23,3

Tabela 15 - Índices de mérito dos materiais utilizados

De maneira a facilitar a consulta dos índices de mérito, construiu-se a seguinte tabela, em


que são apresentados os dados anteriores em percentagem, em que

Índices de mérito dos materiais FD FDGT Al Ti


r fixo
100% 100% 94% 87%
Rigidez
t fixo
14% 14% 100% 36%

r fixo
71% 94% 100% 53%
Resistência à
flexão t fixo
25% 34% 100% 33%

r fixo
38% 38% 100% 58%
Resistência à
encurvadura t fixo
100% 100% 94% 94%

Tabela 16 - Índices de mérito dos materiais utilizados em percentagem.

Analisando a Tabela 16 percebemos que os aços FD e FDGT apresentam melhores


propriedades quando fixamos o raio, e uma melhor resistência á encurvadura fixando a
espessura. Analisando a resistência à flexão percebemos que os aços apresentam resultados
pouco satisfatórios quando em comparação com o Alumínio.

19
Seleção de Materiais 2017/2018

O titânio é um material com índices de mérito intermédios, nunca atingindo os valores


mais elevados, mas por outro lado, nunca apresenta os valores mais baixos desta
comparação.

De todos os materiais analisados, podemos concluir que o Alumínio é aquele que reúne os
melhores, sendo por isso possível de classifica-lo como o melhor material.

2.10. Outras propriedades


Para alem das propriedades mecânicas e do peso, existem outras propriedades que numa
fase mais avançada deviam de ser consideradas. Dependendo do tipo de aplicações que
queremos dar ao produto, certas propriedades podem ter maior interesse do que outras.

• Custo – Visto que este projeto se direciona para uma área comercial é de todo
importante considerar o custo do mesmo, sendo importante encontrar um
compromisso entre as propriedades mecânicas e o custo de maneira a assegurar um
produto competitivo quer a nível de propriedades mecânicas quer a nível de preço.

• Tenacidade ao choque - Esta propriedade pode ou não ser importante neste tipo
de aplicações, se a bicicleta que queremos desenvolver for destinada à pratica de
Downhill, é necessário que o quadro seja dimensionado de maneira a conseguir
responder da melhor maneira a este tipo de solicitações.

• Resistência à fadiga – Se queremos construir uma bicicleta com muita longevidade


este parâmetro é fundamental, no entanto, se queremos construir bicicletas para
uma equipa de ciclismo o mesmo parâmetro perde relevo, visto que nas equipas é
usual mudarem de bicicleta com frequência.

• Corrosão e abrasão – Estas propriedades podem ser importantes se queremos que


as bicicletas sejam resistentes a ambientes de chuva ou se queremos que sejam
resistentes a impactos de gravilha que por vezes são projetados pelas rodas da
bicicleta.

20
Seleção de Materiais 2017/2018

2.11. Processos de fabrico


Neste caso de estudo é importante também determinar os processos de fabrico que melhor
se adaptam aos materiais e à estrutura em questão, dessa maneira realizamos a seguinte
tabela, com os processos de fabrico escolhidos para cada material.

Quadro Material Estado fornecido Processo de fabrico


Estirado sem Brasagem dos tubos
FD Aço
costura em encaixes
Temperado e Brasagem dos tubos
FDGT Aço
revenido em encaixes
BIK Al Envelhecido Parafusos e adesivos
TREPA TI Ti Soldadura
Envelhecido e
Soldadura MIG,
ALTL Al tratado
proteção árgon
termicamente.
Tabela 17 - Processos de fabrico para cada material

2.12. Brasagem dos quadros em aço


A brasagem é um processo térmico com o objetivo de proporcionar a junção ou
revestimento de peças e materiais metálicos por meio de um metal de adição em fusão,
chamado de meio de brasagem. Na brasagem o material de adição tem um ponto de fusão
mais baixo do que o material de base.[1]

Em termos de vantagens, a brasagem permite:

• Ligar materiais heterogéneos;


• Fácil de automatizar;
• Possibilidade de efetuar tratamento térmico;
• Baixos níveis de tensões residuais;
• Não necessita de preparação de junta.

E em termos de desvantagens, temos:

• Não se pode utilizar quando as dimensões das juntas são elevadas


• Junta deve ter forma apropriada para permitir efeito de capilaridade
• Combinação de diferentes materiais pode resultar em corrosão galvânica.

Os materiais de adição são geralmente á base de prata, cobre, alumínio ou níquel. Os


quadros de aço em estudo foram submetidos a testes em que se utilizou a brasagem com
materiais de adição á base de prata e cobre, mais especificamente Ag-Cu e Cu-Zn, e de
seguida foi medido a dureza.

Estado Cu-Zn com


Modelo Ag-Cu Cu-Zn
Fornecido sobreaquecimento

FD 259 248 272 280


FDGT 446 311 277 302
Tabela 18 - Experiencias de brasagem com os quadros em Aço.

21
Seleção de Materiais 2017/2018

Analisando a tabela anterior é importante investigar a influencia de cada material de


adição, ou seja, o preço do produto final e as propriedades de cada um deles.

Silver

100
Price (EUR/kg)

Zinc alloys

10

Copper alloys

400 500 600 700 800 900 1e3 1,1e3 1,2e3 1,3e3 1,4e3 1,5e3
Melting point (°C)

Figura 9 - Preço em função da temperatura do ponto de fusão.

Considerando a figura anterior verificamos que a temperatura de fusão dos Aços anda á
volta dos 1400ºC, ou seja, é necessário que os materiais de fusão sejam abaixo dessa
temperatura. Verificamos então que ambos os materiais utilizados respeitam essa
limitação.

Em seguida analisemos o preço, e verificamos que o zinco é o mais barato de todos seguindo
o cobre. A prata é de longe o material mais caro dos três em consideração. A utilização de
uma liga Cu-Zn seria, portanto mais barata que uma liga Ag-Cu.

Finalmente analisamos a dureza, e verificamos que a liga Cu-Zn é a que apresenta a maior
dureza para o quadro FD, sendo este um parâmetro desejado, aliado ao facto de ser a liga
mais barata, deve portanto a liga Cu-Zn ser a escolhida para o quadro FD. No quadro FDGT
a liga que apresenta maior dureza, é a liga Ag-Zn, no entanto quando realizado a liga Cu-
Zn com sobreaquecimento a dureza sobre para valores muito próximos da liga Ag-Cu, sendo
neste caso necessário verificar se o custo acrescido do sobreaquecimento do Cu-Zn
compensa em relação ao custo acrescido quando a utilização da liga Ag-Cu.

2.13. Soldadura dos quadros em Alumínio.


Os quadros em alumínio foram soldados recorrendo á técnica MIG com gás de proteção
inerte árgon. Este processo caracteriza-se por uma soldadura sem escória, é um processo
que pode ser automatizado, e com tempo de execução curto.

Como se trata de um tipo de soldadura com um custo elevado devido á utilização de gás
inerte e do custo do equipamento, este processo será mais caro do que por exemplo a
brasagem utilizada nos quadros de aço. Há também a necessidade de tratar termicamente

22
Seleção de Materiais 2017/2018

o quadro, devido ao alumínio ser um bom condutor de calor há perda de dureza, o que
soma ainda mais ao custo deste quadro.

Figura 10 - Perda de dureza no alumínio após soldadura

Devido ao quadro BIK utilizar como processos de ligação parafusos e adesivos, bastante
mais baratos que a soldadura MIG, o modelo ALTL é 50% mais caro que o modelo BIK.

23
Seleção de Materiais 2017/2018

3. BICICLETA MA2000
3.1. Introdução
Na secção anterior analisamos o mercado tradicional das bicicletas, esta analise foi
bastante útil de maneira a permitir construir bases de comparação. Com estas bases é
possível saber as melhores características de cada um dos quadros tradicionais, e quais os
valores padrões associados ás bicicletas mais tradicionais.

Nesta secção será feito um estudo de uma nova solução para o quadro da bicicleta, mais
em concreto procuramos com este trabalho encontrar uma solução para um quadro de
bicicleta que seja possível de obter por impressão 3D de polímeros.

24
Seleção de Materiais 2017/2018

3.2. Impressão 3D
A impressão 3D é um processo de fabrico aditivo. Segundo a norma ISO/ASTM 52900, o
fabrico aditivo é a criação de peças a partir de modelos 3D, através da ligação de materiais.
Normalmente este fabrico acontece camada a camada ao contrario de formas mais
tradicionais como o fabrico subtrativo ou através da conformação.[2]

A impressão 3D é também definida pela norma ISO/ASTM 52900 como a fabricação de


objetos através da deposição de materiais usando uma cabeça de impressão como por
exemplo um bico ou injetor de impressão.[2]

Visto que a Impressão 3D é um processo de fabrico aditivo interessa então falar sobre a
tecnologia de fabrico aditivo.

A tecnologia de fabrico aditivo tem vindo a ser desenvolvida e investigar á mais de 25 anos,
mais do que remover materiais, os processos de FA conseguem fabricar peças
tridimensionais a partir diretamente de modelos CAD, através da adição de camadas de
material, permitindo assim produzir peças com materiais e geometrias complexas que não
seriam possíveis de obter recorrendo a outro tipo de processos de fabrico. Através da
investigação nesta área ao longo destes 25 anos foi possível obter um progresso significativo
que permitiu assim o desenvolvimento e comercialização de processos de FA, bem como a
sua aplicação e áreas como, a engenharia aeroespacial, automóvel e biomédica.[3]

Os processos de FA mais comuns são:

• Stereolithography (SLA)[3]
• DLP (Digital light Projection) [4]
• Fused Deposition Modeling (FDM)[3]
• Selective Laser Sintering (SLS)[3]
• Selective Heat Sintering (SHS) [4]
• Fused FIlament Fabrication/Fused Deposition Modeling (FFF/FDM)[4]
• Laminated Objective Manufacturing (LOM)[3]
• Three Dimensional Printing (3DP)[3]
• Laser Metal Deposition (LMD)[3]

Os materiais mais utilizados nestes processos são[3]:

• Resina foto-curável;
• Poliamida;
• Cera;
• ABS (Acrylonitrile-butadiene-styrene);
• Policarbonato;
• Pó Metálico/Cerâmico/Polimérico;

Na seguinte figura podemos observar um resumo dos métodos utilizados em FA.

25
Seleção de Materiais 2017/2018

Figura 11 - Visão geral dos materiais poliméricos utilizados em cada método especifico de Fabrico Aditivo.

Como o foco deste trabalho é a impressão 3D, iremos analisar com especial atenção apenas
o método de FA Fused Filament Fabrication (FFF) (ou Fused Deposition Modeling – FDM).

3.2.1. FFF – Fused Filament Fabrication


O fused filament fabrication (FFF) foi desenvolvido no inicio da década de 90, que tal como
o SLS utiliza polímeros como material de construção. Porem neste caso a energia utilizada
para processar o material é aplicada na fase de pré-deposição de modo a derreter o
material que passa através de um injetor de impressão.

26
Seleção de Materiais 2017/2018

Figura 12 - Técnica de FFF (Fused Filament Fabrication).[4]

Neste processo de fabrico não são necessários moldes, apenas pode ser utilizado bases
aquecidas de modo a minimizar a distorção térmica associada ao arrefecimento não
uniforme do material. Os produtos obtidos por esta técnica apresentam boas propriedades
anisotrópicas quando em comparação com outros processos como o SLA ou o SLS.[4]

Neste processo é possível instalar vários tipos de cabeças de impressão, ou injetores, de


maneira a permitir imprimir material de suporte para estruturas mais complexas. Também
é possível imprimir materiais com diferentes cores na mesma peça.[4]

A maior parte destas maquinas de impressão 3D utiliza para impressão o ABS ou o PLA.
Podem também ser utilizados Policarbonato, Poliamida, Poliestireno de Alto Impacto,
entre outros.[4]

Faz então sentido abordarmos então as características do ABS e do PLA, visto serem os
materiais utilizados na maior parte das impressoras 3D tradicionais.

27
Seleção de Materiais 2017/2018

3.2.2. ABS e PLA para FFF


O ABS e o PLA são ambos termoplásticos, e como tal, a uma dada temperatura apresentam
alta viscosidade podendo ser conformados e moldados. São materiais poliméricos
sintéticos, que quando sujeitos á ação do calor, facilmente se deformam, podendo ser
remodelados e novamente solidificados, adotando então uma nova estrutura. [5]

Com a ajuda do software CES EduPack, no nível 3, foi no possível determinar os tipos de
ABS e PLA existentes, chegamos a um total de 34 diferentes tipos de ABS e PLA.

ABS (40% carbon fiber, EMI shielding, conductive)

20

ABS (30% carbon fiber, EMI shielding, conductive, flame retarded)


ABS (10% carbon fiber, EMI shielding, conductive)

10
Young's modulus (GPa)

PLA (30% glass fiber)

PLA (30% mineral, impact-modified)


5
PLA (impact modified)
ABS (injection molding, platable) ABS (40% aluminum flake)
PLA (high impact)

PLA (30% natural fiber)


2

ABS (flame retarded, molding and extrusion)

1 ABS (high-impact, injection molding)

1e3 1,1e3 1,2e3 1,3e3 1,4e3 1,5e3 1,6e3 1,7e3


Density (kg/m^3)

Figura 13 - Grafico do CES EduPack, Modulo de Young vs. Densidade.

Na seguinte tabela podemos verificar as propriedades mais interessantes dos dois


materiais, dados retirados do nível 2 do CES EduPack, ou seja servem para termos uma
ideia mais geral das propriedades destes materiais, sem entrar em especificidades.

Material Densidade Preço Modulo de Tensão de Dureza Temperatura de


(kg/m^3) (€/kg) Young Cedência (Hv) transição Vítrea
(GPa) (MPa) (ºC)

ABS 1200 2,5 3 55 15 127,85


PLA 1240 3,2 3,6 70 22 60
Figura 14 - Principais propriedades do PLA e do ABS[6]

Como na impressão 3D é importante que os materiais tenham bons comportamentos á


extrusão e injeçao, definimos por isso no CES EduPack restrições, para eliminarmos os
materiais que não se enquadram neste processo de fabrico, e selecionar assim só os
materiais que são compatíveis com este processo de fabrico.

28
Seleção de Materiais 2017/2018

Figura 15 - Restrições impostas no CES EduPack

Com estas restrições, foi possível passar de 34 materiais possíveis, para apenas 11, 8
diferentes tipos de ABS e 3 tipos de PLA.

Figura 16 - Materiais após imposição de restrição.

29
Seleção de Materiais 2017/2018

4,5 PLA (impact modified)


ABS (injection molding, platable) ABS (40% aluminum flake)
4 PLA (general purpose)
PLA (high impact)

3,5
ABS (heat resistant, injection molding)

ABS
3 (medium-impact, injection molding)
Young's modulus (GPa)

2,5 ABS (extrusion)

ABS (flame retarded, molding and extrusion)

ABS (rubber modified, injection molding and extrusion)


1,5

1 ABS (high-impact, injection molding)

1e3 1,1e3 1,2e3 1,3e3 1,4e3 1,5e3 1,6e3 1,7e3


Density (kg/m^3)

Figura 17 - Gráfico Modulo de Young vs. Densidade após restrição.

Esta lista final de materiais são os materiais que iremos considerar nos cálculos feitos nos
próximos tópicos que iremos abordar.

3.2.3. Fluência
Como os polímeros têm normalmente temperaturas de fusão relativamente baixas quando
comparados com outros materiais, torna-se essencial fazer uma analise da fluência a que
a bicicleta estará sujeita, para isso é necessário recorrer a um critério que nos permita
definir a temperatura de serviço mínima que o material seja capaz de suportar.

Admitindo que a bicicleta vai estar sujeita a temperaturas entre os -10ºC e os 45ºC,
definimos então que para não haver fluência a temperatura de serviço tem de ser inferior
á temperatura de fluência que é aproximadamente 30% da temperatura de fusão. Como os
polímeros não apresentam um ponto de fusão, pois a transição de solido para liquido nestes
materiais é chamada de temperatura de transição vítrea, definimos por isso como limite
de temperatura de transição vítrea 150ºC.

𝑇𝑠 < 𝑇𝑐𝑟𝑒𝑒𝑝 ≅ 0,3 ∗ 𝑇𝑓𝑢𝑠𝑎𝑜


45
Ou seja, a 𝑇𝑣𝑖𝑡𝑟𝑒𝑎 ≥ 0,3 = 1500𝐶, recorrendo ao CES EduPack foi possível restringir este
parâmetro.

30
Seleção de Materiais 2017/2018

Figura 18 - Restrição da temperatura de transição vítrea

Todos os polímeros referidos anteriormente reprovaram neste teste. Admitimos então que
a bicicleta vai ser direcionada para os países nórdicos, onde as temperaturas raramente
30
ultrapassam os 30ºC, definimos assim então uma 𝑇𝑣𝑖𝑡𝑟𝑒𝑎 ≥ = 1000𝐶
0,3

Apenas 8 materiais ultrapassaram esta restrição, foram eles os seguintes:

Figura 19 - Materiais restantes após imposição da restrição de fluência

Por motivos académicos, iremos continuar a considerar os outros 3 materiais eliminados


(PLA’s), mesmo sabendo que a sua utilização em temperaturas de verão seja muito
limitada.

3.2.4. Radiação UV
Como o objetivo de uma bicicleta é andar ao ar livre, e sabendo que por vezes os polímeros
lidam mal com a radiação UV devido a fenómenos de Crazyness, é então necessário realizar
esta analise. Recorrendo ao CES EduPack, foi possível então restringir este parâmetro.

Figura 20 - Restrição da luz UV

Feita esta restrição apenas os 3 PLA superaram este teste, no entanto podemos na mesma
utilizar os 8 ABS na mesma, basta para isso utilizar uma pintura que os proteja dos raios
UV.

31
Seleção de Materiais 2017/2018

Figura 21 - Materiais que passaram teste da radiação UV

3.2.5. Corrosão
Com recurso ao CES EduPack, verificamos a apetência destes materiais para lidarem com
a corrosão, definiu-se então esse parâmetro e percebemos que nenhum destes materiais
sofre de problemas de corrosão quando em contacto quer com agua fresca quer com agua
salgada.

Figura 22 - Restrição da corrosão

3.2.6. Resistência ao Desgaste


Como o quadro da bicicleta está sujeita a projeção de areias das rodas, é necessário
verificar o comportamento dos materiais quando sujeitos a este tipo de solicitações. Com
recurso ao CES EduPack, foi possível então definir esta restrição.

Figura 23 - Restrição da resistência ao desgaste

Percebemos com esta restrição que nenhum destes materiais se comporta bem quando
sujeito a fenómenos de abrasão, no entanto com tintas protetoras, podemos combater este
efeito e continuar com este estudo.

32
Seleção de Materiais 2017/2018

3.3. Dimensões da secção reta.


Para calcularmos as dimensões da secção reta do quadro de bicicleta feito no material
selecionado anteriormente, definimos os valores mínimos aceitáveis das propriedades
mecânicas de acordo com o trabalho realizado no tópico 2, onde avaliamos quadros já
existentes no mercado.

Rigidez à flexão [Nm2] 440.1


Resistência à encurvadura [Nm] 388.5
Resistência à flexão [Nm] 32.4
Tabela 19 - Valores mínimos aceitáveis para as propriedades mecânicas

Assumindo que os valores dos quadros que se encontram no mercado são aceitáveis,
qualquer material que venha a ser escolhido tem de garantir as condições impostas em
cima.

Como ponto de partida para esta analise, visto que estes materiais têm propriedades
mecânicas inferiores aos analisados na secção 2, escolhemos os valores mais elevados para
o raio e para a espessura, nessa secção, na seguinte tabela apresentamos as combinações
entre o raio e a espessura que decidimos calcular.

Raio t1 t2 t3 t4
20 1,5 2 2,5 3
25 1,5 2 2,5 3
30 1,5 2 2,5 3
35 1,5 2 2,5 3
Tabela 20 - Cálculos da secção reta que irão ser realizados

Começando com um raio de 20 mm e uma espessura de 1,5mm, foi possível obter a seguinte
tabela:
r= 20 Objectivo
t= 1,5 440 388 32
r t A I r sE E rA EI Ert2 s Er t
2

ABS(40% Al Flake) 20 1,5 188,4956 37699,11 1500 30 2,6 0,282743 98,01769 117 18
ABS (Extrusion) 20 1,5 188,4956 37699,11 1100 50 2,9 0,207345 109,3274 130,5 30
ABS (Flame retarded) 20 1,5 188,4956 37699,11 1200 55 2,8 0,226195 105,5575 126 33
ABS (heat resistant) 20 1,5 188,4956 37699,11 1080 48 2,5 0,203575 94,24778 112,5 28,8
ABS (high-impact) 20 1,5 188,4956 37699,11 1050 43 2,4 0,19792 90,47787 108 25,8
ABS (Injection molding) 20 1,5 188,4956 37699,11 1070 46 2,6 0,20169 98,01769 117 27,6
ABS (medium impact) 20 1,5 188,4956 37699,11 1060 50 2,8 0,199805 105,5575 126 30
ABS (rubber modified) 20 1,5 188,4956 37699,11 1190 49 2,2 0,22431 82,93805 99 29,4
PLA (General Purpose) 20 1,5 188,4956 37699,11 1270 70 3,6 0,239389 135,7168 162 42
PLA (High impact) 20 1,5 188,4956 37699,11 1210 52 2,6 0,22808 98,01769 117 31,2
PLA (Impact modified) 20 1,5 188,4956 37699,11 1250 48 3,5 0,235619 131,9469 157,5 28,8

Tabela 21 - Propriedades para raio=20mm e espessura de 1,5mm

Para estas dimensões, é possível perceber que nenhum dos materiais pode ser utilizado,
pois não apresentam resistencia mecânica suficiente para suportarem tal solicitações. No
entanto o ABS (Flame retarded) e o PLA de uso geral, conseguem suportar os esforços de
resistência á flexão.

33
Seleção de Materiais 2017/2018

Com um raio de 20 mm e uma espessura de 2mm, foi possível obter a seguinte tabela:
r= 20 Objectivo
t= 2 440 388 32
r t A I r sE E rA EI Ert2 s Er t
2

ABS(40% Al Flake) 20 2 251,3274 50265,48 1500 30 2,6 0,376991 130,6903 208 24


ABS (Extrusion) 20 2 251,3274 50265,48 1100 50 2,9 0,27646 145,7699 232 40
ABS (Flame retarded) 20 2 251,3274 50265,48 1200 55 2,8 0,301593 140,7434 224 44
ABS (heat resistant) 20 2 251,3274 50265,48 1080 48 2,5 0,271434 125,6637 200 38,4
ABS (high-impact) 20 2 251,3274 50265,48 1050 43 2,4 0,263894 120,6372 192 34,4
ABS (Injection molding) 20 2 251,3274 50265,48 1070 46 2,6 0,26892 130,6903 208 36,8
ABS (medium impact) 20 2 251,3274 50265,48 1060 50 2,8 0,266407 140,7434 224 40
ABS (rubber modified) 20 2 251,3274 50265,48 1190 49 2,2 0,29908 110,5841 176 39,2
PLA (General Purpose) 20 2 251,3274 50265,48 1270 70 3,6 0,319186 180,9557 288 56
PLA (High impact) 20 2 251,3274 50265,48 1210 52 2,6 0,304106 130,6903 208 41,6
PLA (Impact modified) 20 2 251,3274 50265,48 1250 48 3,5 0,314159 175,9292 280 38,4

Tabela 22 - Propriedades para raio de 20mm e espessura de 2mm

Com o aumento da espessura para 2mm continua a ser evidente que o material não
consegue suportar especificações. Apesar de na resistência à flexão se comportar bem,
fica muito abaixo na rigidez á flexão e na resistência à encurvadura.

Com um raio de 20mm e uma espessura de 2,5mm, foi possível obter a seguinte tabela:
r= 20 Objectivo
t= 2,5 440 388 32
r t A I r sE E rA EI Ert2 s Er t
2

ABS(40% Al Flake) 20 2,5 314,1593 62831,85 1500 30 2,6 0,471239 163,3628 325 30
ABS (Extrusion) 20 2,5 314,1593 62831,85 1100 50 2,9 0,345575 182,2124 362,5 50
ABS (Flame retarded) 20 2,5 314,1593 62831,85 1200 55 2,8 0,376991 175,9292 350 55
ABS (heat resistant) 20 2,5 314,1593 62831,85 1080 48 2,5 0,339292 157,0796 312,5 48
ABS (high-impact) 20 2,5 314,1593 62831,85 1050 43 2,4 0,329867 150,7964 300 43
ABS (Injection molding) 20 2,5 314,1593 62831,85 1070 46 2,6 0,33615 163,3628 325 46
ABS (medium impact) 20 2,5 314,1593 62831,85 1060 50 2,8 0,333009 175,9292 350 50
ABS (rubber modified) 20 2,5 314,1593 62831,85 1190 49 2,2 0,37385 138,2301 275 49
PLA (General Purpose) 20 2,5 314,1593 62831,85 1270 70 3,6 0,398982 226,1947 450 70
PLA (High impact) 20 2,5 314,1593 62831,85 1210 52 2,6 0,380133 163,3628 325 52
PLA (Impact modified) 20 2,5 314,1593 62831,85 1250 48 3,5 0,392699 219,9115 437,5 48

Tabela 23 - Propriedades para raio=20mm e espessura de 2,5mm

Nesta tabela continuamos a perceber que o material ainda não consegue suportar as
exigências necessárias para este tipo de aplicação.

Com um raio de 20mm e uma espessura de 3mm, foi possível obter a seguinte tabela:
r= 20 Objectivo
t= 3 440 388 32
r t A I r sE E rA EI Ert2 s Er t
2

ABS(40% Al Flake) 20 3 376,9911 75398,22 1500 30 2,6 0,565487 196,0354 468 36


ABS (Extrusion) 20 3 376,9911 75398,22 1100 50 2,9 0,41469 218,6548 522 60
ABS (Flame retarded) 20 3 376,9911 75398,22 1200 55 2,8 0,452389 211,115 504 66
ABS (heat resistant) 20 3 376,9911 75398,22 1080 48 2,5 0,40715 188,4956 450 57,6
ABS (high-impact) 20 3 376,9911 75398,22 1050 43 2,4 0,395841 180,9557 432 51,6
ABS (Injection molding) 20 3 376,9911 75398,22 1070 46 2,6 0,40338 196,0354 468 55,2
ABS (medium impact) 20 3 376,9911 75398,22 1060 50 2,8 0,399611 211,115 504 60
ABS (rubber modified) 20 3 376,9911 75398,22 1190 49 2,2 0,448619 165,8761 396 58,8
PLA (General Purpose) 20 3 376,9911 75398,22 1270 70 3,6 0,478779 271,4336 648 84
PLA (High impact) 20 3 376,9911 75398,22 1210 52 2,6 0,456159 196,0354 468 62,4
PLA (Impact modified) 20 3 376,9911 75398,22 1250 48 3,5 0,471239 263,8938 630 57,6

Tabela 24 - Propriedades para raio=20mm e espessura de 3mm

Por fim, verificamos que para construir um quadro de bicicleta com 20mm de raio teríamos
de aumentar em muito a espessura de modo à rigidez á flexão ter um valor aceitável, pois
apesar de passarem sem problemas na resistência á encurvadura e na resistência à flexão,
estão muito abaixo dos valores desejados para a rigidez à flexão.

34
Seleção de Materiais 2017/2018

Com um raio de 25mm e uma espessura de 1,5mm foi possível obter a seguinte tabela:
r= 25 Objectivo
t= 1,5 440 388 32
r t A I r sE E rA EI Ert2 s Er t
2

ABS(40% Al Flake) 25 1,5 235,6194 73631,08 1500 30 2,6 0,353429 191,4408 146,25 28,125
ABS (Extrusion) 25 1,5 235,6194 73631,08 1100 50 2,9 0,259181 213,5301 163,125 46,875
ABS (Flame retarded) 25 1,5 235,6194 73631,08 1200 55 2,8 0,282743 206,167 157,5 51,5625
ABS (heat resistant) 25 1,5 235,6194 73631,08 1080 48 2,5 0,254469 184,0777 140,625 45
ABS (high-impact) 25 1,5 235,6194 73631,08 1050 43 2,4 0,2474 176,7146 135 40,3125
ABS (Injection molding) 25 1,5 235,6194 73631,08 1070 46 2,6 0,252113 191,4408 146,25 43,125
ABS (medium impact) 25 1,5 235,6194 73631,08 1060 50 2,8 0,249757 206,167 157,5 46,875
ABS (rubber modified) 25 1,5 235,6194 73631,08 1190 49 2,2 0,280387 161,9884 123,75 45,9375
PLA (General Purpose) 25 1,5 235,6194 73631,08 1270 70 3,6 0,299237 265,0719 202,5 65,625
PLA (High impact) 25 1,5 235,6194 73631,08 1210 52 2,6 0,2851 191,4408 146,25 48,75
PLA (Impact modified) 25 1,5 235,6194 73631,08 1250 48 3,5 0,294524 257,7088 196,875 45

Tabela 25 - Propriedades para raio=25mm e espessura de 1,5mm

Apesar de aumentarmos o raio para 25mm, com esta espessura continua a ser impraticável
construir uma bicicleta com estes materiais.

Com um raio de 25mm e uma espessura de 2mm, foi possível então obter a seguinte tabela:
r= 25 Objectivo
t= 2 440 388 32
r t A I r sE E rA EI Ert2 s Er t
2

ABS(40% Al Flake) 25 2 314,1593 98174,77 1500 30 2,6 0,471239 255,2544 260 37,5
ABS (Extrusion) 25 2 314,1593 98174,77 1100 50 2,9 0,345575 284,7068 290 62,5
ABS (Flame retarded) 25 2 314,1593 98174,77 1200 55 2,8 0,376991 274,8894 280 68,75
ABS (heat resistant) 25 2 314,1593 98174,77 1080 48 2,5 0,339292 245,4369 250 60
ABS (high-impact) 25 2 314,1593 98174,77 1050 43 2,4 0,329867 235,6194 240 53,75
ABS (Injection molding) 25 2 314,1593 98174,77 1070 46 2,6 0,33615 255,2544 260 57,5
ABS (medium impact) 25 2 314,1593 98174,77 1060 50 2,8 0,333009 274,8894 280 62,5
ABS (rubber modified) 25 2 314,1593 98174,77 1190 49 2,2 0,37385 215,9845 220 61,25
PLA (General Purpose) 25 2 314,1593 98174,77 1270 70 3,6 0,398982 353,4292 360 87,5
PLA (High impact) 25 2 314,1593 98174,77 1210 52 2,6 0,380133 255,2544 260 65
PLA (Impact modified) 25 2 314,1593 98174,77 1250 48 3,5 0,392699 343,6117 350 60

Tabela 26 - Propriedades para raio=25mm e espessura de 2mm

Continuamos a não conseguir construir uma bicicleta com estas dimensões de quadro,
vamos, então, analisar na seguinte tabela para 2,5mm de espessura.
r= 25 Objectivo
t= 2,5 440 388 32
r t A I r sE E rA EI Ert2 s Er t
2

ABS(40% Al Flake) 25 2,5 392,6991 122718,5 1500 30 2,6 0,589049 319,068 406,25 46,875
ABS (Extrusion) 25 2,5 392,6991 122718,5 1100 50 2,9 0,431969 355,8835 453,125 78,125
ABS (Flame retarded) 25 2,5 392,6991 122718,5 1200 55 2,8 0,471239 343,6117 437,5 85,9375
ABS (heat resistant) 25 2,5 392,6991 122718,5 1080 48 2,5 0,424115 306,7962 390,625 75
ABS (high-impact) 25 2,5 392,6991 122718,5 1050 43 2,4 0,412334 294,5243 375 67,1875
ABS (Injection molding) 25 2,5 392,6991 122718,5 1070 46 2,6 0,420188 319,068 406,25 71,875
ABS (medium impact) 25 2,5 392,6991 122718,5 1060 50 2,8 0,416261 343,6117 437,5 78,125
ABS (rubber modified) 25 2,5 392,6991 122718,5 1190 49 2,2 0,467312 269,9806 343,75 76,5625
PLA (General Purpose) 25 2,5 392,6991 122718,5 1270 70 3,6 0,498728 441,7865 562,5 109,375
PLA (High impact) 25 2,5 392,6991 122718,5 1210 52 2,6 0,475166 319,068 406,25 81,25
PLA (Impact modified) 25 2,5 392,6991 122718,5 1250 48 3,5 0,490874 429,5146 546,875 75

Tabela 27 - Propriedades para raio=25mm e espessura de 2,5mm

Finalmente temos um valor aceitável de rigidez à flexão que permite validar uma possível
ideia de construir uma bicicleta por impressão 3D com o matéria PLA de uso genérico. No
entanto como vimos na secção 3.2.3 , esta bicicleta apenas poderia ser utilizada em países
nórdicos, onde as temperaturas raramente ultrapassam os 30ºC.

Continuando com a analise, vamos agora ver os valores para um raio de 25mm e uma
espessura de 3mm, na seguinte tabela.

35
Seleção de Materiais 2017/2018

r= 25 Objectivo
t= 3 440 388 32
r t A I r sE E rA EI Ert2 s Er t
2

ABS(40% Al Flake) 25 3 471,2389 147262,2 1500 30 2,6 0,706858 382,8816 585 56,25
ABS (Extrusion) 25 3 471,2389 147262,2 1100 50 2,9 0,518363 427,0603 652,5 93,75
ABS (Flame retarded) 25 3 471,2389 147262,2 1200 55 2,8 0,565487 412,334 630 103,125
ABS (heat resistant) 25 3 471,2389 147262,2 1080 48 2,5 0,508938 368,1554 562,5 90
ABS (high-impact) 25 3 471,2389 147262,2 1050 43 2,4 0,494801 353,4292 540 80,625
ABS (Injection molding) 25 3 471,2389 147262,2 1070 46 2,6 0,504226 382,8816 585 86,25
ABS (medium impact) 25 3 471,2389 147262,2 1060 50 2,8 0,499513 412,334 630 93,75
ABS (rubber modified) 25 3 471,2389 147262,2 1190 49 2,2 0,560774 323,9767 495 91,875
PLA (General Purpose) 25 3 471,2389 147262,2 1270 70 3,6 0,598473 530,1438 810 131,25
PLA (High impact) 25 3 471,2389 147262,2 1210 52 2,6 0,570199 382,8816 585 97,5
PLA (Impact modified) 25 3 471,2389 147262,2 1250 48 3,5 0,589049 515,4175 787,5 90

Tabela 28 - Propriedades para raio=25mm e espessura de 3mm

Nesta tabela para alem do PLA de uso geral, foi possível também viabilizar uma construção
com estas dimensões de secção reta com o PLA (impact modified). No entanto como
referido na tabela anterior, apenas a poderíamos utilizar em países nórdicos.

Agora com um raio de 30mm e uma espessura de 1,5mm, foi possível então obter a seguinte
tabela:
r= 30 Objectivo
t= 1,5 440 388 32
r t A I r sE E rA EI Ert2 s Er t
2

ABS(40% Al Flake) 30 1,5 282,7433 127234,5 1500 30 2,6 0,424115 330,8097 175,5 40,5
ABS (Extrusion) 30 1,5 282,7433 127234,5 1100 50 2,9 0,311018 368,9801 195,75 67,5
ABS (Flame retarded) 30 1,5 282,7433 127234,5 1200 55 2,8 0,339292 356,2566 189 74,25
ABS (heat resistant) 30 1,5 282,7433 127234,5 1080 48 2,5 0,305363 318,0863 168,75 64,8
ABS (high-impact) 30 1,5 282,7433 127234,5 1050 43 2,4 0,296881 305,3628 162 58,05
ABS (Injection molding) 30 1,5 282,7433 127234,5 1070 46 2,6 0,302535 330,8097 175,5 62,1
ABS (medium impact) 30 1,5 282,7433 127234,5 1060 50 2,8 0,299708 356,2566 189 67,5
ABS (rubber modified) 30 1,5 282,7433 127234,5 1190 49 2,2 0,336465 279,9159 148,5 66,15
PLA (General Purpose) 30 1,5 282,7433 127234,5 1270 70 3,6 0,359084 458,0442 243 94,5
PLA (High impact) 30 1,5 282,7433 127234,5 1210 52 2,6 0,342119 330,8097 175,5 70,2
PLA (Impact modified) 30 1,5 282,7433 127234,5 1250 48 3,5 0,353429 445,3208 236,25 64,8

Tabela 29 - Propriedades para raio=30mm e espessura de 1,5mm

Com estas dimensões da secção reta do quadro da bicicleta, é teoricamente impossível


realizar este projeto.

Avancemos então para um raio de 30mm e uma espessura de 2mm:


r= 30 Objectivo
t= 2 440 388 32
r t A I r sE E rA EI Ert2 s Er t
2

ABS(40% Al Flake) 30 2 376,9911 169646 1500 30 2,6 0,565487 441,0796 312 54


ABS (Extrusion) 30 2 376,9911 169646 1100 50 2,9 0,41469 491,9734 348 90
ABS (Flame retarded) 30 2 376,9911 169646 1200 55 2,8 0,452389 475,0088 336 99
ABS (heat resistant) 30 2 376,9911 169646 1080 48 2,5 0,40715 424,115 300 86,4
ABS (high-impact) 30 2 376,9911 169646 1050 43 2,4 0,395841 407,1504 288 77,4
ABS (Injection molding) 30 2 376,9911 169646 1070 46 2,6 0,40338 441,0796 312 82,8
ABS (medium impact) 30 2 376,9911 169646 1060 50 2,8 0,399611 475,0088 336 90
ABS (rubber modified) 30 2 376,9911 169646 1190 49 2,2 0,448619 373,2212 264 88,2
PLA (General Purpose) 30 2 376,9911 169646 1270 70 3,6 0,478779 610,7256 432 126
PLA (High impact) 30 2 376,9911 169646 1210 52 2,6 0,456159 441,0796 312 93,6
PLA (Impact modified) 30 2 376,9911 169646 1250 48 3,5 0,471239 593,761 420 86,4

Tabela 30 - Propriedades para raio=30mm e espessura de 2mm

Com esta dimensão de secção reta continuamos a ter tal como anteriormente obtivemos,
o PLA de uso genérico e o PLA de impacto modificado. No entanto é interessante observar,

36
Seleção de Materiais 2017/2018

que enquanto para raios mais pequenos que 30mm e com espessuras maiores que 2mm o
problema deixou de ser a rigidez à flexão e passou a ser a resistência à encurvadura.

Para um raio de 30mm e uma espessura de 2,5mm:


r= 30 Objectivo
t= 2,5 440 388 32
r t A I r sE E rA EI Ert2 s Er t
2

ABS(40% Al Flake) 30 2,5 471,2389 212057,5 1500 30 2,6 0,706858 551,3495 487,5 67,5
ABS (Extrusion) 30 2,5 471,2389 212057,5 1100 50 2,9 0,518363 614,9668 543,75 112,5
ABS (Flame retarded) 30 2,5 471,2389 212057,5 1200 55 2,8 0,565487 593,761 525 123,75
ABS (heat resistant) 30 2,5 471,2389 212057,5 1080 48 2,5 0,508938 530,1438 468,75 108
ABS (high-impact) 30 2,5 471,2389 212057,5 1050 43 2,4 0,494801 508,938 450 96,75
ABS (Injection molding) 30 2,5 471,2389 212057,5 1070 46 2,6 0,504226 551,3495 487,5 103,5
ABS (medium impact) 30 2,5 471,2389 212057,5 1060 50 2,8 0,499513 593,761 525 112,5
ABS (rubber modified) 30 2,5 471,2389 212057,5 1190 49 2,2 0,560774 466,5265 412,5 110,25
PLA (General Purpose) 30 2,5 471,2389 212057,5 1270 70 3,6 0,598473 763,407 675 157,5
PLA (High impact) 30 2,5 471,2389 212057,5 1210 52 2,6 0,570199 551,3495 487,5 117
PLA (Impact modified) 30 2,5 471,2389 212057,5 1250 48 3,5 0,589049 742,2013 656,25 108

Tabela 31 - Propriedades para raio=30mm e espessura de 2,5mm

Para estas dimensões de secção reta, todos os materiais são teoricamente capazes de
suportar os esforços desta aplicação. De realçar que o peso por unidade de comprimento
é muito equivalente para todos os materiais á exceção do ABS com 40% de flocos de
Alumínio.

Não realizamos a analise para raio de 30mm e espessura de 3mm para não estarmos a sobre
dimensionar o quadro da bicicleta, o que levaria a um aumento do peso e do custo da
mesma.

Na seguinte tabela apresenta-se uma comparação dos materiais, para um quadro com raio
igual a 30mm e uma espessura de 2,5mm, de maneira a podermos ter uma melhor perceção
do comportamento de cada um deles.

𝑬𝑰 𝑬𝒓𝒕𝟐 𝝈𝑬 𝒓𝟐𝒕
ABS(40% Al Flake) 72% 72% 43%
ABS (Extrusion) 81% 81% 71%
ABS (Flame retarded) 78% 78% 79%
ABS (heat resistant) 69% 69% 69%
ABS (high-impact) 67% 67% 61%
ABS (Injection molding) 72% 72% 66%
ABS (medium impact) 78% 78% 71%
ABS (rubber modified) 61% 61% 70%
PLA (General Purpose) 100% 100% 100%
PLA (High impact) 72% 72% 74%
PLA (Impact modified) 97% 97% 69%
Tabela 32 - Comparação dos polímeros

Com esta tabela podemos concluir que o PLA para uso genérico é aquele que apresenta
melhores propriedades de todos, no entanto todos os materiais são de uma maneira geral
muito equivalentes, não sendo por isso um motivo para exclusão de nenhum deles.

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3.4. Conclusões quanto às propriedades mecânicas


Depois desta analise, verificamos que para os polímeros obtidos por impressão 3D, o
principal fator limitador é o raio necessário para se impor uma rigidez mínima. Ou seja,
para se garantir quadros com uma rigidez à flexão mínima, é necessário recorrer a tubos
com diâmetros elevados, quando em comparação com os de aço ou de alumínio por
exemplo.

Verificamos também que para garantir uma boa resistência à encurvadura, a espessura
ganha bastante importância neste campo.

Visto que os materiais apresentam densidades muito idênticas, o peso varia pouco entre
materiais como seria de esperar. A única exceção é o ABS com 40% de flocos de Alumínio.

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3.5. Análise do preço


3,8 ABS (flame retarded, molding and extrusion)

3,6 PLA (high impact)

PLA (impact modified)


3,4

3,2
ABS (rubber modified, injection molding and extrusion)
Price (EUR/kg)

PLA (general purpose) AS (40% aluminum flake)

2,8

ABS (injection molding, platable)


2,6

ABS (high-impact, injection molding) ABS (heat resistant, injection molding)

2,4

2,2

ABS (extrusion)
ABS (medium-impact, injection molding)
2
900 950 1e3 1,05e3 1,1e3 1,15e3 1,2e3 1,25e3 1,3e3 1,35e3 1,4e3 1,45e3 1,5e3 1,55e3 1,6e3 1,65e3 1,7e3
Density (kg/m^3)

Figura 24 - Preço por quilograma vs Densidade

No que respeita ao preço, como podemos ver na figura anterior, em geral o ABS apresenta
um custo mais baixo do que o PLA, no entanto o PLA apresenta uma densidade superior ao
ABS, à exceção do ABS com 40% de flocos de alumínio.

Os preços deste tipo de materiais variam entre os 2 a 3 €/kg.

No entanto esta analise não é de todo completamente fidedigna, pois o material para
impressão 3D é fornecido em fio, e o preço é superior aos apresentados neste gráfico. No
entanto permite ter uma noção do preço deste tipo de aplicação.

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3.6. Construção do quadro


A materialização deste quadro de bicicleta pode ser feita de varias formas, no entanto
para tirar vantagem da tecnologia de impressão 3D será interessante obter este quadro
como peça única, sem necessidades de adicionar elementos de ligação.

Para isso seria necessário ter uma maquina de impressão 3D suficientemente grande para
alojar este quadro de bicicleta.

Há já no mercado soluções para peças de impressão 3D com dimensões muito grandes, por
exemplo, a Oak Ridge National Laboratory (ORNL) e a Lockheed Martin desenvolveram uma
tecnologia chamada Big Area Additive Manufacturing (BAAM), que permite a impressão de
peças muito grandes, como por exemplo um chassi automóvel.[2]

Figura 25 - Chassi automóvel obtido por impressão 3D

No entanto por ser ainda uma tecnologia pouco amadurecida e como é muito dispendioso
construir uma impressora 3D capaz de alojar este tipo de projetos, este torna-se um dos
principais entraves á realização deste projeto.

3.6.1. Ligações entre o quadro e os acessórios


As ligações entre o quadro e os restantes acessórios que compõem uma bicicleta são
aqueles onde ser verifica um maior desgaste, sendo esta uma questão muito importante,
é necessário então encontrar uma solução.

Visto que a maior parte dos componentes de bicicleta disponíveis no mercado são
metálicos, é necessário por isso utilizar casquilhos metálicos em zonas como as pedaleiras,
a ligação das rodas, ligação do volante e do assento. Assim seria possível proteger o quadro
polimérico do desgaste resultante do contacto com peças em constante movimento. Esta
solução também é importante de modo a evitar zonas onde o calor devido á fricção se
acumule, que como vimos anteriormente, em soluções poliméricas é muito importante
termos atenção á temperatura a que sujeitamos o material, devido á temperatura de
transição vítrea.

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4. CONCLUSÕES
Com este trabalho foi possível estudar de uma maneira mais aprofundada quais os aspetos
mais importantes na construção de quadros de bicicleta, inicialmente começamos este
trabalho com uma analise daquilo que existe atualmente no mercado, sendo os três
principais materiais, o aço, o alumínio e o titânio, sendo que existem dois tipos de aço e
dois tipos de alumínio, cada um deles com as suas propriedades que os diferenciam. Não
se estudou neste trabalho aplicações que também existem no mercado como por exemplo
os quadros de bicicleta em fibra de carbono.

Posteriormente foi possível descobrir que a impressão 3D, uma tecnologia pertencente ao
ramo do fabrico aditivo, permite o fabrico de peças complexas geometricamente, que de
outra maneira não seria possível. No entanto como é uma tecnologia que ficou acessível á
maior parte do publico muito recentemente, ainda não existe um desenvolvimento
considerável para poder permitir o desenvolvido de estruturas de dimensões mais elevadas,
como é o caso do quadro da bicicleta. Sendo também uma tecnologia algo dispendiosa, não
pelo material mas sim por causa do custo de construção de uma impressora 3D ainda não
ser muito baixo.

Depois de selecionar o ABS e o PLA como os materiais mais utilizados neste tipo de
impressoras 3D foi feito uma pesquisa no CES EduPack, no nível 3, de maneira a perceber
quais os diferentes tipos de ABS e PLA que existem no mercado. Depois disso foi também
realizado uma compilação de todas as propriedades desses materiais existentes no
mercado, e desse modo, foi nos possível efetuar cálculos para perceber quais as dimensões
da secção tubular seriam necessárias para que o projeto do quadro de bicicleta obtido por
impressão 3D fosse viável.

Foi também feito um rastreio do comportamento dos materiais escolhidos em função de


certas especificações necessárias para este tipo de aplicações, tais como comportamentos
á corrosão, á temperatura, á radiação UV, desgaste, entre outros.

Depois de todo este processo foi nos possível então excluir alguns materiais, como por
exemplo o PLA, devido ao seu mau comportamento á temperatura, uma hipotética
bicicleta em PLA apenas seria viável se a mesma apenas fosse utilizada em países nórdicos,
em que as temperaturas nunca atingem valores muito altos. Foi nos possível também
perceber que se escolhermos o ABS como material para a bicicleta teremos que adicionar
uma pintura capaz de isolar o ABS dos raios UV, porque este polímero não se comporta da
melhor forma quando exposto a esse tipo de radiação.

Por fim, concluímos que é possível obter um quadro de bicicleta por impressão 3D em ABS,
apesar de termos de ter cuidado com as temperaturas elevadas e ser necessário a utilização
de uma pintura especial para proteger dos raios ultra-violeta.

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5. REFERÊNCIAS
[1] “Brasagem – Wikipédia, a enciclopédia livre.” [Online]. Available:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasagem. [Accessed: 03-Jan-2018].
[2] T. Wohler, “Wohlers Report 2016 - 3D Printing and Additive Manufacturing State of the
Industry.pdf,” Colorado, USA, 2016.
[3] N. Guo and M. C. Leu, “Additive manufacturing: Technology, applications and research
needs,” Front. Mech. Eng., vol. 8, no. 3, pp. 215–243, 2013.
[4] J. W. Stansbury and M. J. Idacavage, “3D printing with polymers: Challenges among
expanding options and opportunities,” Dent. Mater., vol. 32, no. 1, pp. 54–64, 2016.
[5] “Termoplástico – Wikipédia, a enciclopédia livre.” [Online]. Available:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Termoplástico. [Accessed: 04-Jan-2018].
[6] Material Universe, “CES EduPack.” Oporto, p. Brass, CuZn30, C26000, wrought, soft
(deep-drawing, 2012.

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