Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
- Crise do liberalismo apresenta como sintoma um reformismo social cada vez mais pronunciado a
partir do fim do XIX e o neoliberalismo é uma resposta a esse sintoma. Pq? Porque esse sintoma era
visto como uma degradação que conduzia diretamente ao coletivismo.
- Momento fundador do neoliberalismo: Colóquio Walter Lippmann – 26 de agosto de 1938 e durou
cinco dias em Paris. Participantes: Friedrich Hayek, Raymond Aron, Wilhelm Ropke, Alexander
von Rüstow e outros. A criação da Sociedade de Mont-Pèlerin em 1947, erroneamente tomada como
registro de nascimento do neoliberalismo, foi na vdd um prolongamento do Colóquio.
- O Colóquio: cosmopolitismo. A iniciativa de 1938 criou outros organismos (LSE, Chicago)
- Linhas de força várias e tensões importantes. Em 1938 é msotrado que “a exigencia comum de
reconstrução do liberalismo ainda não permite, em 1938, distinguir completamente as tendências do
'novo liberalismo' e as do 'neoliberalismo'.” p.72 Divergências: modos diferentes de reconstrução e
teorização da intervenção; e o sentido próprio do “neoliberalismo” que se deseja construir. Front
unido contra o “intervencionismo do estado” e à “escalada do coletivismo”. Isso ocultou um dos
principais aspectos da virada que se deu na hist do liberalismo moderno: a teorização de um
intervencionismo propriamente liberal. Portanto, W.L. é não só registro mas um elemento revelador.
A originalidade do neoliberalismo
- Exame mais de perto das obras de Rougier e Lippmann, que manifestadamente querem a
reinvenção do liberalismo.
- Rougier: diferença entre um naturalismo liberal de estilo antigo e um liberalismo ativo, cujo
principal elemento seria a concepção da vida economica e social: o status quo é visto como natural
pelos primeiros. Intervencionismo jurídico contraposto a um intervencionismo administrativo que
estorva a liberdade de ação das empresas. Problema endógeno do liberalismo, pois os erros dos
governos a ele adeptos confundiam as regras de funcionamento de um sistema social com leis
naturais intangíveis.
Lippmann: segue pelo mesmo caminho. O laissez-faire seria destruidor e revolucionário e por isso
não poderia guiar estados: não um programa, mas sim uma palavra de ordem. Paralelo com Comte.
Crítica aos ultimos liberais (Stuart Mill e Herbert Spencer). Resgate do solo da
governamentabilidade teorizada por Bentham. A crítica é que o liberalismo que continha o ideal de
emancipação humana no século XVIII transformou-se progressivamente num conservadorismo
estreito (respeito à ordem natural).
O império da lei
- A propriedade não está inscrita na natureza: convergência com Bentham. A questão da arte do
governo é central. Os adeptos do coletivismo e os do laissez-faire equivocam-se por razoes
contrarias sobre a ordem política correspondente a um sistema de divisão do trabalho e da troca.
Necessidade de organização do Estado e contraposição à ideia crusoeniana.
- O desenvolvimento da lei, que é a negação da possibilidade de agressão do outro, é o que permite
liberar as faculdades produtoras e as energias criadoras. Para ele, portanto, a nova
governamentabilidade é essencialmente judiciária.
- A regra liberal do governo consiste em confiar na ação privada dos indivíduos e não apelar para a
autoridade pública para determinar o que é melhor fazer ou pensar: desconfiança do poder do povo
pelo povo. Logo, o sistema normativo não pode ser pensado de maneira independente à economia.
O quadro geral do neoliberalismo foi esboçado nos anos 1930, antes de F. Hayek tomar a frente do
movimento com “o caminho da servidão”.