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SÍNTESE

DE
CONJUNTURA

Dezembro 2017
ISEG – Síntese de Conjuntura, dezembro 2017 |1

SUMÁRIO

A desaceleração do crescimento do PIB no 3º trimestre (2,5% em termos homólogos) resultou de um contributo


negativo da procura externa líquida (decorrente de um maior crescimento das importações relativamente às
exportações) apesar de um incremento no crescimento da procura interna.

Os primeiros dados quantitativos relativos ao 4º trimestre (quase exclusivamente, outubro) sugerem alguma
desaceleração no crescimento dos principais indicadores mas a evolução dos indicadores de confiança e clima
económico em outubro e novembro não foi do mesmo sentido e permaneceu favorável.

Para a totalidade do ano de 2017 a previsão para o crescimento do PIB mantêm-se no intervalo 2,6% a 2,8%, mas
com maior probabilidade na banda inferior do intervalo.

Grupo de Análise Económica


2 | ISEG – Síntese de Conjuntura, dezembro 2017

0. EVOLUÇÃO DO PIB NO 3º TRIMESTRE DE 2017


De acordo com os dados da primeira estimativa quantificada do Instituto Nacional de Estatística1, no 3º trimestre
de 2017 o PIB cresceu, em volume, 2,5% em termos homólogos (3,0% no 2º trimestre) e 0,5% em relação ao
trimestre anterior (0,3% no 2º trimestre), valores iguais aos da estimativa rápida divulgada quinze dias antes.
Entretanto, com a divulgação desta estimativa foram disponibilizados valores quantificados para as diversas
componentes do PIB que permitem analisar as principais razões para a desaceleração do crescimento no 3º
trimestre.

Gráfico 0 | Variações % homólogas do PIB trimestral, Procura Interna e Procura Externa Líquida

8,0
vhPIB vhPI cPEL
6,0
4,0
2,0
0,0
-2,0 I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV

-4,0 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

-6,0
-8,0
-10,0

O crescimento do PIB no 3º trimestre resultou de um contributo de 3,2% de crescimento da Procura Interna (PI) e
de um contributo negativo de -0,7% da Procura Externa Líquida (PEL, ver gráfico acima). O crescimento da PI
excedeu o do trimestre anterior (mais 0,4%) e foi o mais elevado do ano. Por componentes, temos que o Consumo
Privado cresceu 2,5% (acima dos dois trimestres anteriores), o crescimento do Consumo Público passou de
negativo (-0,6%) a ligeiramente positivo (0,2%) e o Investimento cresceu 9,6% (10,1% no trimestre anterior).

O contributo negativo de -0,7% da Procura Externa Líquida para o crescimento do volume do PIB revelou-se o fator
fundamental para justificar a desaceleração do crescimento do PIB e resultou de uma aceleração do crescimento
das Importações (8,1% contra 7,1% no trimestre anterior) e uma desaceleração do crescimento das Exportações
(6,8% contra 7,9% no trimestre anterior). O menor crescimento das Exportações teve sobretudo origem no setor
dos Serviços e em particular do turismo, uma vez que as taxas de crescimento homólogo no 3º têm sido inferiores
às dos restantes trimestres (devido ao muito maior volume turístico resultante da componente do turismo de praia
que se faz sentir no 3º trimestre e cujo potencial de crescimento é mais limitado).

Para o conjunto da ÁREA EURO o crescimento no 3º trimestre foi revisto em alta para 2,6% (igualmente 2,6% na
EU28) em termos homólogos. No corrente ano, de janeiro a setembro, a Alemanha cresceu, em termos
acumulados, 2,4%, a Espanha 3,1%, a Itália 1,5%, a França 1,7% e o Reino Unido 1,6%. Os Estados Unidos
cresceram 2,2%. Portugal cresceu 2,8%.

1
Utilizamos os dados provisórios disponibilizados pelo INE em 30 de novembro.

Grupo de Análise Económica


ISEG – Síntese de Conjuntura, dezembro 2017 |3

1. CONFIANÇA E CLIMA ECONÓMICO - INQUÉRITOS DE CONJUNTURA EM NOVEMBRO


Em novembro, o indicador do Sentimento Económico em Portugal divulgado pelo EUROSTAT
(SENTIUE.S, no gráfico 1 abaixo), apenas com base em informação respeitante ao mês, subiu ligeiramente. Os
valores registados em outubro e novembro são os mais altos do ano.

O indicador de Clima Económico do Instituto Nacional de Estatística (ICLIMA.S, INE) – que usa informação
dos três últimos meses e não incorpora a informação relativa aos consumidores – decresceu ligeiramente (ver
gráfico12). Este indicador atingiu o seu máximo em julho e desde setembro está relativamente estagnado. Como
se pode ver no gráfico 1, a comparação do nível destes indicadores – em valores padronizados e para o período
contemplado no gráfico 1 - com as variações homólogas do PIB, mostra uma situação em que, no final do período,
o nível de confiança global se mostra mais otimista do que o ritmo de crescimento homólogo da atividade real.

Por setores de atividade, focando apenas os dados do mês de novembro (EUROSTAT), os indicadores de confiança
apenas subiram nos setores da construção e dos serviços, estagnaram no comércio a retalho e desceram na
indústria. Em geral, os valores médios dos dois últimos meses foram os mais altos do ano. Entre os consumidores
registou-se uma ligeira descida do respetivo indicador de confiança mas a média dos dois últimos meses é a mais
alta do ano e permanece em máximos históricos.

Gráfico 1 | Indicadores de Clima Económico (ICLIMA.S) e Sentimento Económico (SENTIUE.S) e


variações homólogas do PIB (vhPIB)
6
vhPIB SENTI.UE ICLIMA.S

0
jan/07

jan/08

jan/09

jan/10

jan/11

jan/12

jan/13

jan/14

jan/15

jan/16

jan/17

jan/18
mai/07

mai/08

mai/09

mai/10

mai/11

mai/12

mai/13

mai/14

mai/15

mai/16

mai/17

mai/18
set/07

set/08

set/09

set/10

set/11

set/12

set/13

set/14

set/15

set/16

set/17
-2

-4

-6

Para o conjunto da Área EURO, o indicador de Sentimento Económico subiu em novembro. Este
indicador passou de um nível de 108 pontos no início do ano para 114,6 em novembro. No último mês este
indicador subiu na Espanha, França e Itália e desceu marginalmente na Alemanha.

Também na Área Euro, o indicador de confiança dos consumidores subiu bastante em novembro atingindo o valor
mais alto do ano. Por países, em novembro este indicador subiu de forma significativa em França e marginalmente
na Alemanha e desceu em Espanha e Itália.

2No gráfico 1 os valores originais dos indicadores de Clima e Sentimento Económico foram ajustados à média e desvio padrão
de vhPIB no período abrangido.

Grupo de Análise Económica


4 | ISEG – Síntese de Conjuntura, dezembro 2017

2. PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Em outubro, com mais um dia útil em termos homólogos, o Índice de Produção Industrial registou
uma variação homóloga de 5,0% (valores brutos, série vhIPIg no gráfico 2; a variação na indústria transformadora
foi de 6,8%). Em valores acumulados de janeiro a outubro o crescimento deste indicador é de 4%. Corrigida de
efeitos sazonais e de calendário, a tendência estimada apresenta variações homólogas (série vhIPIgTm) a rondar
os 4% em outubro. Em outubro e novembro a produção automóvel cresceu mais de 70% em termos homólogos
(ACAP).

Gráfico 2 | Variação homóloga da produção industrial


15
vhIPIg vhIPIgTm
10

0
jan/08

out/08
jan/09

out/09
jan/10

out/10
jan/11

out/11
jan/12

out/12
jan/13

out/13
jan/14

out/14
jan/15

out/15
jan/16

out/16
jan/17

out/17
jan/18
jul/08

jul/09

jul/10

jul/11

jul/12

jul/13

jul/14

jul/15

jul/16

jul/17
abr/08

abr/09

abr/10

abr/11

abr/12

abr/13

abr/14

abr/15

abr/16

abr/17

abr/18
-5

-10

-15

-20

-25

No mesmo mês, o Índice de Volume de Negócios na Indústria (série nominal) apresentou uma
variação homóloga de 11,4% (com 8,8% no mercado nacional e 15,2% no mercado externo). A subida dos preços
na produção industrial foi de 2,7%.

3. CONSUMO DE CIMENTO E ACTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS


Em novembro, a variação homóloga nas vendas de cimento superou 13%. Nos últimos dois meses, apesar de
variações homólogas efetivas acima de 14%, as variações homólogas na tendência estimada (vhCCIMT, no gráfico
3), após correção de efeitos de calendário e de precipitação, sugerem alguma desaceleração apesar do
crescimento do setor da construção e obras públicas se manter elevado.

Gráfico 3 | Variação homóloga do consumo de cimento


30
vhCCIM vhCCIMT
20

10

0
jan/08

jan/09

jan/10

jan/11

jan/12

jan/13

jan/14

jan/15

jan/16

jan/17

jan/18
mai/08

mai/09

mai/10

mai/11

mai/12

mai/13

mai/14

mai/15

mai/16

mai/17
set/08

set/09

set/10

set/11

set/12

set/13

set/14

set/15

set/16

set/17

-10

-20

-30

-40

Grupo de Análise Económica


ISEG – Síntese de Conjuntura, dezembro 2017 |5

4. VOLUME DE NEGÓCIOS NOS SERVIÇOS


Em outubro, com mais um dia útil, o Índice de Volume de Negócios nos Serviços (série nominal)
apresentou uma variação homóloga de 6,8% (série vhIVNS, gráfico 4, dados brutos). As variações homólogas na
tendência estimada (vhIVNSTm, corrigidas de efeitos de calendário e sazonalidade, gráfico 4) mostram alguma
desaceleração mas cresciam acima de 5%. A secção com maior crescimento é a do alojamento, restauração e
similares.

Gráfico 4 | Variação homóloga do volume de negócios nos serviços


15
vhIVNS vhIVNSTm
10

0
jan/08

jan/09

jan/10

jan/11

jan/12

jan/13

jan/14

jan/15

jan/16

jan/17

jan/18
mai/08

mai/09

mai/10

mai/11

mai/12

mai/13

mai/14

mai/15

mai/16

mai/17
set/08

set/09

set/10

set/11

set/12

set/13

set/14

set/15

set/16

set/17
-5

-10

-15

-20

Relativamente ao sector turístico, o indicador de proveitos totais da hotelaria (nominal; Atividade Turística,
INE) registou uma variação homóloga de 18,6% em outubro (14,2% no 3º trimestre).

5. VOLUME DE NEGÓCIOS NO COMÉRCIO A RETALHO


Em outubro o Índice de Volume de Negócios no Comércio a Retalho registou uma variação
homóloga de 2,0% (gráfico 5, valores brutos, deflacionados). Como se pode ver no gráfico abaixo, em tendência
(vhIVNCRTm) a taxa de crescimento deste indicador tem vindo a desacelerar mas superava os 3% no final do
período. O agrupamento dos produtos não alimentares continua a crescer mais do que o agrupamento dos
produtos alimentares.

Gráfico 5 | Variação homóloga do volume de negócios no comércio a retalho


7
vhIVNCR vhIVNCRTm
5
3
1
-1
jan/08

out/08
jan/09

out/09
jan/10

out/10
jan/11

out/11
jan/12

out/12
jan/13

out/13
jan/14

out/14
jan/15

out/15
jan/16

out/16
jan/17

out/17
jan/18
jul/08

jul/09

jul/10

jul/11

jul/12

jul/13

jul/14

jul/15

jul/16

jul/17
abr/08

abr/09

abr/10

abr/11

abr/12

abr/13

abr/14

abr/15

abr/16

abr/17

abr/18

-3
-5
-7
-9
-11
-13

As vendas de automóveis ligeiros de passageiros cresceram 6,5% e 7.0% em outubro e novembro,


valores inferiores ao do crescimento no 3º trimestre (10,1%)

Grupo de Análise Económica


6 | ISEG – Síntese de Conjuntura, dezembro 2017

6. EVOLUÇÃO DO INDICADOR DE TENDÊNCIA

Como se pode ver no gráfico 6, o indicador de tendência da atividade global (IZ), uma média
ponderada da informação contida nos indicadores analisados nos pontos anteriores, desacelerou em outubro.
Esta queda foi determinada por uma desaceleração em todos os indicadores setoriais antes analisados, depois
de corrigidos os efeitos de calendário e sazonais, e surge após a desaceleração do crescimento do PIB no 3º
trimestre. Contudo, como se viu no ponto 1, os indicadores de Sentimento e Clima económico não decresceram
em outubro e novembro, tendo subido ligeiramente ou estagnado.

No âmbito do comércio externo, registaram-se em outubro crescimentos nominais de 11,8% nas exportações de
Bens e de 21,4% nas importações (ou 13,0% e 19,9% se excluirmos os combustíveis). Este agravamento do saldo
da balança de bens, foi compensado pela balança de Serviços em outubro mas a manter-se pode contribuir para
gerar um contributo negativo da Procura Externa Líquida para o crescimento do PIB durante o 4º trimestre.

Em síntese, a informação quantitativa relativa a outubro, evidencia alguma desaceleração do crescimento dos
principais indicadores setoriais no início do 4º trimestre. A informação agregada dos indicadores de confiança
relativa a outubro e setembro mostra, pelo menos, uma estabilização. Atendendo à natureza muito parcial da
informação relativamente ao trimestre, permanece incerto, entre a estabilização ou a desaceleração, o
crescimento homólogo do PIB para o 4º trimestre.

Para a totalidade do ano de 2017, continua a manter-se a previsão de crescimento no intervalo 2,6% a 2,8%, mas
com maior probabilidade na banda inferior do intervalo.

Gráfico 6 | Variações homólogas do PIB e do indicador de tendência IZ


vhPIB IZ
5
4
3
2
1
0
mai/07
set/07

mai/08

mai/09

mai/10

mai/11

mai/12

mai/13

mai/14

mai/15

mai/16

mai/17

mai/18
jan/07

jan/08

set/08
jan/09

set/09
jan/10

set/10
jan/11

set/11
jan/12

set/12
jan/13

set/13
jan/14

set/14
jan/15

set/15
jan/16

set/16
jan/17

set/17
jan/18

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Elaborado com informação disponível até 20 de dezembro.

Grupo de Análise Económica

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