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Ger Tropicalismo

História do Tropicalismo, origem, influências, movimento e características,


principais artistas tropicalistas, tropicália

Capa do disco de Caetano Veloso de 1969: um dos marcos do Tropicalismo

Origem do tropicalismo

O tropicalismo foi um movimento musical, que também atingiu outras


esferas culturais (artes plásticas cinema, poesia), surgido no Brasil no final da
década de 1960. O marco inicial foi o Festival de Música Popular realizado
em 1967 pela TV Record.

Influências e inovações

O tropicalismo teve uma grande influência da cultura pop brasileira e


internacional e de correntes de vanguarda como, por exemplo,o concretismo.
O tropicalismo, também conhecido como Tropicália, foi inovador ao mesclar
aspectos tradicionais da cultura nacional com inovações estéticas como, por
exemplo, a pop art.

O tropicalismo inovou também em possibilitar um sincretismo entre


vários estilos musicais como, por exemplo, rock, bossa nova, baião, samba,
bolero, entre outros.

As letras das músicas possuíam um tom poético, elaborando críticas sociais e


abordando temas do cotidiano de uma forma inovadora e criativa.
Críticas recebidas

O movimento tropicalista não possui como objetivo principal utilizar a


música como “arma” de combate político à ditadura militar que vigorava no
Brasil. Por este motivo, foi muito criticado por aqueles que defendiam as
músicas de protesto. Os tropicalistas acreditavam que a inovação estética
musical já era uma forma revolucionária.

Uma outra crítica que os tropicalistas receberam foi o uso de guitarras


elétricas em suas músicas. Muitos músicos tradicionais e nacionalistas,
acreditavam que esta era uma forte influência da cultura pop-rock americana e
que prejudicava a música brasileira, denotando uma influência estrangeira não
positiva.

Os principais representantes do tropicalismo foram:

- Caetano Veloso
- Gilberto Gil
- Os Mutantes
- Torquato Neto
- Tom Zé
- Jorge Bem
- Gal Gosta
- Maria Bethânia

Os discos tropicalistas que mais fizeram sucesso foram:

- TROPICÁLIA ou PANIS ET CIRCENCIS - 1968 – Mutantes


- CAETANO VELOSO - 1968
- LOUVAÇÃO - 1967 - Gilberto Gil
- A BANDA TROPICALISTA DO DUPRAT - 1968 - Rogério Duprat

Músicas tropicalistas que fizeram sucesso:


- Tropicália (Caetano Veloso, 1968)
- Alegria, Alegria (Caetano Veloso, 1968)
- Panis et circencis (Gilberto Gil e Caetano Veloso, 1968)
- Atrás do trio elétrico, (Caetano Veloso, 1969)
- Cadê Teresa (Jorge Ben, 1969)
- Aquele abraço (Gilberto Gil, 1969)

Conclusão

O tropicalismo foi muito importante no sentido em que serviu para


modernizar a música brasileira, incorporando e desenvolvendo novos padrões
estéticos. Neste sentido, foi um movimento cultural revolucionário, embora
muito criticado no período. Influenciou as gerações musicais brasileiras nas
décadas seguintes.

aldo Vandré
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Geraldo Vandré

Informação geral

Nome Geraldo Pedrosa de Araújo


completo Dias

Nascimento 12 de setembro de 1935 (76


anos)

Origem Paraíba

País Brasil

Gêneros MPB, Bossa Nova e Pop


Rock

Instrumentos Violão

Período em Cantor
atividade
Geraldo Vandré, foi um nome artístico utilizado por Geraldo Pedroso de Araújo Dias
Vandregísilo (João Pessoa, 12 de setembro de 1935) até 1968[1] e pelo qual continua sendo
conhecido até a atualidade. Atualmente Geraldo é um advogado, cantor e compositor
brasileiro. Seu sobrenome é uma abreviatura do sobrenome do seu pai, José Vandregísilo, de
quem ele herdou o sobrenome abreviado para Vandré.

Índice
[esconder]

 1 Biografia
 2 Carreira Artistica
o 2.1 Primeiras canções
o 2.2 Canções após o Exílio
 3 Boatos
 4 Discografia
 5 Referências
 6 Ligações externas

[editar] Biografia

Foi o primeiro filho do casal José Vandregísilo e Marta. O nome artístico Vandré é uma
abreviatura do segundo nome do pai.

Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1951, tendo ingressado na Faculdade Nacional de Direito
da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pela qual se formou em 1961. Militante estudantil,
participou ativamente do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes
(UNE).

Conheceu Carlos Lyra, que se tornou seu parceiro em músicas como "Quem Quiser Encontrar
o Amor" e "Aruanda", gravadas por Lyra. Gravou seu primeiro LP, "Geraldo Vandré", em
1964, com as músicas "Fica Mal com Deus" e "Menino das Laranjas", entre outras.

Em 1966, chegou à final do Festival de Música Popular Brasileira da TV Record com o


sucesso Disparada, interpretado por Jair Rodrigues. A canção arrebatou o primeiro lugar ao
lado de A Banda, de Chico Buarque.[2]

Em 1968, participou do III Festival Internacional da Canção com Pra não Dizer que não
Falei das Flores ou Caminhando. A composição se tornou um hino de resistência do
movimento civil e estudantil que fazia oposição à ditadura militar durante o governo militar, e
foi censurada. O Refrão "Vem, vamos embora / Que esperar não é saber / Quem sabe faz a
hora, / Não espera acontecer" foi interpretado como uma chamada à luta armada contra os
ditadores. No festival a música ficou em segundo lugar, perdendo para Sabiá, de Chico
Buarque e Tom Jobim. A música Sabiá foi vaiada pelas pessoas presentes no festival,
exigindo que o prêmio viesse a ser da música de Geraldo Vandré.

Simone foi a primeira artista a cantar Pra não dizer que não falei de flores após do fim da
censura.
Hoje Geraldo Vandré reside na cidade de Imbituba, no litoral sul de Santa Catarina. Em 2010
concedeu uma polêmica entrevista a Geneton Moraes Neto, criticando o cenário cultural
brasileiro desde os anos 1970 e afirma que seu afastamento da música popular não foi causado
pela perseguição sofrida pela ditadura militar.

[editar] Carreira Artistica


[editar] Primeiras canções

Vandré iniciou carreira musical nos anos 60, tornando-se famoso, pelas suas músicas que se
tornaram ícones da oposição ao regime militar de 1964, como "Porta Estandarte", "Aroeira" e
"Para não dizer que não falei das flores".

O sucesso maior veio com "Disparada", vencedora junto com A Banda de Chico Buarque do
Festival da Canção da TV Record em 1966. Ao saber que sua música havia ganhado Chico
Buarque, solicitou que "A Banda" dividisse o primeiro lugar com "Disparada", história
desconhecida até 2003 quando Zuza Homem de Mello, lançou seu livro "A era dos Festivais -
Uma Parábola". Neste livro ele revela que Chico Buarque ao saber que sua música havia
ganhado, não concordou com o resultado, pois considerava "Disparada" melhor e não
aceitaria o prêmio, a situação foi resolvida quando foi informado que ele e Geraldo Vandré
dividiriam o prêmio. Em 1968 ao defender "Pra não dizer que não falei das flores" no
"Festival de Música Popular Brasileira" criou um dos hinos da resistência ao regime militar
que ficou conhecido pela primeira palavra: "Caminhando". Além de estar em uma nova
situação envolvendo ele e Chico Buarque. "Sabiá" de Tom jobim e Chico Buarque foi
declarada vencedora, mas o público se revoltou, pois queriam "Pra não dizer que não falei das
flores" como vencedora, mas música havia ficado em segundo lugar, enquanto se
apresentavam Cynara e Cybele ao lado de Tom Jobim e Chico Buarque foram vaiados durante
a apresentação como música campeã. Este se tornou um dos momento mais emblemáticos da
história dos festivais.

[editar] Canções após o Exílio

Após o exílio, Vandré demonstrou ter mudado de opinião política, deixando de criticar o
regime vigente no Brasil à época, e expressando simpatia as Forças Armadas. Logo após o
Retorno ao Brasil, Vandré compôs a canção "Fabiana", em homenagem à Força Aérea
Brasileira.

Geraldo Vandré abandonou a vida pública e se afastou do mundo artístico, atuando como
advogado [3]. Tal afastamento foi alvo de inúmeros boatos que vinculavam sua suposta
descrença na esquerda, sua mudança ideológica e seu abandono da vida artistica a supostos
atos de tortura que teriam sido infligidos a Vandré pelo governo militar. O próprio Vandré na
entrevista de 2000 afirmou ter se exilado por vontade própria, e disse ter abandonado a
carreira artistica devido ao fato de que a imagem de "Che Guevara Cantor", pregada nele pela
esquerda, abafa sua obra.

[editar] Boatos

A personalidade reservada de Vandré permitiu que se reproduzissem duas lendas. A primeira,


mais difundida, a de que fora preso, torturado, castrado e, consequentemente, teria
enlouquecido. A segunda, de que fizera acordo com os órgãos de repressão na sua volta e,
para tanto, compusera "Fabiana".

Ambas as histórias foram desmentidas por Vandré, que negou que fora preso e alegou que
simplesmente abandonara o país por vontade própria devido a insatisfação com o clima
político. Ao retornar em 1973 gravou entrevista declarando que só faria canções de amor, o
que gerou o boato, também por ele refutado de que teria feito um acordo com os militares
para permitir seu retorno.

[editar] Discografia

 1964: Geraldo Vandré


 1965: Hora de Lutar
 1966: 5 Anos de canção
 1968: Canto geral
 1974: Das Terras de Benvirá
 1985: Fabiana

União Democrática Nacional


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União Democrática Nacional

Fundad 1945
o em

Sede Avenida Nilo Peçanha 12, 11º andar


Rio de Janeiro, RJ[1]

Ideolog Conservadorismo
ia Direita

Partidos políticos do Brasil


União Democrática Nacional (UDN) foi um partido político brasileiro fundado em 7 de abril
de 1945, frontalmente opositor às políticas e à figura de Getúlio Vargas e de orientação
conservadora.

Concorreu às eleições presidenciais de 1945, 1950, e de 1955 postulando o brigadeiro


Eduardo Gomes nas duas primeiras e o general Juarez Távora na última, perdendo nas três
ocasiões. Em 1960 apoiou Jânio Quadros (que não era filiado à UDN), obtendo assim uma
vitória histórica.

Seu principal rival nas urnas era o Partido Social Democrático. Até as eleições parlamentares
de 1962 a UDN era a segunda maior bancada do Congresso Nacional, atrás apenas da bancada
pessedista. Nesse ano, o Partido Trabalhista Brasileiro tomou este segundo lugar da UDN.
Como todos os demais partidos, a UDN foi extinta pelo governo militar que assumiu o poder
em 1964.

Entretanto, após o Golpe Militar de 1964, muitos quadros da UDN migraram para a Aliança
Renovadora Nacional.

Plano Cohen foi um documento escrito pelo capitão integralista Olímpio Mourão Filho - na época
membro do Serviço Secreto -, a pedido de João salgado filho[carece de fontes?], líder da Ação
Integralista Brasileira, de ideologia nacionalista, com a intenção de simular, supostamente para
efeitos de estudo, uma revolução comunista no Brasil. O plano foi utilizado pelo governo federal
com o objetivo de aterrorizar a população e justificar um golpe de Estado que permitiria a Getúlio
Vargas perpetuar-se na Presidência do país [carece de fontes?].

Ele foi descoberto pelo governo no dia 30 de setembro de 1937. O objetivo desse plano, era tomar
o poder. Havia dois candidatos para as eleições presidenciais marcadas para 1938: José Américo de
Almeida e Armando de Sales Oliveira. O plano era para que o presidente Getúlio Vargas fosse
'acusado' de tentar tomar o poder de um desses candidatos, mas depois se descobriu que fora
forjado por um adepto do integralismo, o capitão Olímpio Mourão Filho, que daria início ao golpe
de 1964. Há várias versões e dúvidas sobre o Plano Cohen: Os integralistas negam ainda hoje
participação deles no golpe de estado do Estado Novo, atribuindo ao general Góis Monteiro a
transformação de um relatório feito pelo Capitão Mourão em um documento oficial: O dito Plano
Cohen

Operação Brother Sam


A Operação Brother Sam foi desencadeada pelo governo dos Estados Unidos, sob a ordem
de apoiar o golpe de 1964 caso houvesse algum imprevisto ou reação por parte dos militares
que apoiavam Jango, consistindo de toda a força militar da Frota do Caribe, liderada por um
porta-aviões da classe Forrestal da Marinha dos Estados Unidos e outro de menor porte, além
de todas as belonaves de apoio requeridas a uma invasão rápida do Brasil pelas forças
armadas americanas.

[editar] O desencadeamento

A Operação Brother Sam foi iniciada quando João Goulart chegou em Porto Alegre em 2 de
Abril de 1964, e foi informado de que o governo dos Estados Unidos já havia reconhecido o
novo governo brasileiro. Jango, em Porto Alegre, foi aconselhado pelo general Argemiro de
Assis Brasil para se exilar no Uruguai.

[editar] Lincoln Gordon

O então embaixador Lincoln Gordon havia pedido a Washington apoio logístico aos militares
brasileiros. Os Estados Unidos da América tinham forte influência em toda a América (com
exceção de Cuba).

A Operação Popeye (Movimentação das tropas em Minas Gerais) estava sendo apoiada pela
frota americana. A influência sobre Brasil era muito grande, as empresas de capital
multinacional que aqui estavam tinham o domínio de grande parte da infraestrutura que
sustentava o país; a geração elétrica, o fornecimento de água, de gás, de combustíveis, a
indústria de alimentos, de roupas e toda a base da produção nacional.

[editar] A Mobilização e o arquivamento

Em 31 de Março de 1964 foi deflagrada a Operação Brother Sam, que, segundo a imprensa e
documentos já em domínio público liberados pelo governo americano, consistia no envio de
100 toneladas de armas leves e munições, navios petroleiros com capacidade para 130 mil
barris de combustível, uma esquadrilha de aviões de caça, um navio de transporte de
helicópteros com a carga de 50 helicópteros com tripulação e armamento completo, um porta-
aviões classe Forrestal, seis destróieres, um encouraçado, além de um navio de transporte de
tropas, e 25 aviões C-135 para transporte de material bélico.

Gordon queria a intervenção rapidamente, se o golpe não tivesse vingado, o Brasil seria
invadido, a poderosa Frota do Caribe estava entre 50 e 12 milhas náuticas ao sul do Espírito
Santo.

Documento do Congresso estadunidense comprova a ação intervencionista, sem meias


palavras: ...(sic) The role of the United States in these events was complex and at times
contradictory. An anti-Goulart press campaign was conducted throughout 1963, and in 1964
the Johnson administration gave moral support to the campaign. Ambassador Lincoln Gordon
later admitted that the embassy had given money to anti-Goulart candidates in the 1962
municipal elections and had encouraged the plotters; that many extra United States military
and intelligence personnel were operating in Brazil; and that four United States Navy oil
tankers and the carrier Forrestal , in an operation code-named Brother Sam, had stood off the
coast in case of need during the 1964 coup. Washington immediately recognized the new
government in 1964 and joined the chorus chanting that the coup d'état of the "democratic
forces" had staved off the hand of international communism. In retrospect, it appears that the
only foreign hand involved was Washington's, although the United States was not the
principal actor in these events. Indeed, the hard-liners in the Brazilian military pressured
Costa e Silva into promulgating the Fifth Institutional Act on December 13, 1968. This act
gave the president dictatorial powers, dissolved Congress and state legislatures, suspended the
constitution, and imposed censorship.[1]

Ou traduzido: O papel dos Estados Unidos nestes eventos era complexo e às vezes
contraditório. Uma campanha de imprensa anti-Goulart foi administrada ao longo de 1963, e
em 1964 apoiada por Johnson . O embaixador Lincoln Gordon admitiu mais tarde que a
embaixada tinha dado dinheiro a candidatos anti-Goulart nas eleições municipais de 1962 e
encorajado os conspiradores; muitos agentes do exército dos Estados Unidos e pessoal extra
da Agência de inteligência estavam operando no Brasil; havia quatro navios tanques e o
porta-aviões Forrestal da Marinha dos Estados Unidos; a operação foi chamada Brother
Sam. As forças estavam ao largo da costa e, em caso de necessidade durante o golpe 1964,
agiriam rapidamente. Washington reconheceu o novo governo imediatamente ao golpe 1964
e uniu-se ao coro que cantava que o golpe de estado das "forças democráticas" barrou o
comunismo internacional. Em retrospecto, parece que a única mão estrangeira envolvida era
Washington, embora os Estados Unidos não fossem o ator principal nestes eventos. Na
verdade, a linha dura do exército brasileiro, pressionou Costa e Silva em promulgar o Quinto
Ato Institucional no dia 13 de dezembro de 1968. Este ato deu para o presidente poderes
ditatoriais, o Congresso e assembleias legislativas foram dissolvidos, foi suspensa a
constituição, e imposta a censura .

 A História do Brasil e de todos os países do mundo está arquivada em detalhes e


constantemente reescrita pelos funcionários do setor de documentação histórica do
Congresso estadunidense.

[editar] O exílio de Jango

Como Jango foi avisado por Kruel que se resistisse haveria a invasão pela Frota do Caribe,
resolveu acatar aos acontecimentos e exilou-se no Uruguai, os estadunidenses tiveram que
explicar ao Congresso o porquê de tantas despesas.

Hoje, os documentos originais da operação estão arquivados na biblioteca Lyndon Johnson,


no Texas.

[editar] Os motivos da operação

Devido à Guerra Fria, qualquer linha de pensamento que não se alinhasse com a dos Estados
Unidos era má vista, por isso os Estados Unidos não viam o governo de João Goulart, mais
progressista, com bons olhos; havia três anos estavam preparando e incentivando civis e
militares brasileiros estrategicamente para um golpe de Estado, para eliminar a influência das
esquerdas no País. O general Golbery já estava 'armando' para que fosse uma transição pouco
traumática para o país.
[editar] O alinhamento do Brasil em 1946

Quando em 1946 os presidentes Dutra e Truman se reuniram, Dutra promoveu, por ideia do
presidente americano, a fundação da Escola Superior de Guerra, criada em 1949. A ESG foi
inspirada nos "War Colleges" americanos, onde estudavam militares brasileiros.

A Escola Superior de Guerra apesar do nome, não se trata de uma escola voltada aos assuntos
clássicos da Estratégia e da Tática. Seus estudos são voltados para a política, sendo que seu
principal curso, o Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia, tem em seu corpo discente
desde a sua fundação mais da metade de alunos civis.

Devido ao alinhamento à direita, é claro que o país deveria seguir uma escola de guerra. O
presidente Castello Branco optou pela escola americana: conheceu a francesa, que durante a
Segunda Grande Guerra fora derrotada pelos alemães por utilizar estratégias consideradas
obsoletas e atrasadas.

Os americanos aprenderam com os alemães que a guerra deve ser rápida. A Blitzkrieg é o
exemplo clássico de guerra moderna, onde a supremacia da mobilidade terrestre e aérea
ultrapassa o peso da defesa tradicional. A escola de guerra francesa perdeu por ser lenta e
burocrática na tomada de decisões.

[editar] O desalinhamento em 1955

Em 1955, Juscelino Kubitschek de Oliveira começou a incentivar a independência ideológica


do Brasil em relação à política externa; os estado-unidenses começaram a se sentir
ameaçados, pois denotou um desalinhamento da política brasileira em relação à dos EUA.

Com a construção do Muro de Berlim e a Revolução Cubana, Jânio Quadros homenageou


Che Guevara e Fidel Castro. Isto chamou a atenção dos Estados Unidos para o Brasil, que, até
então, estavam interessados com a Guerra Fria na Europa.

Os americanos ficarem atentos ao teatro de guerra nas Américas: jamais aceitariam um país
de dimensões gigantescas como o Brasil ser comunista.

[editar] O perigo das esquerdas

Com a posse de Jango, e o Brasil liderando a América Latina, poderia haver alinhamento do
grupo ao bloco comunista. Naturalmente, por uma questão estratégica, e com a guerra fria em
pleno andamento, os Estados Unidos não poderiam aceitar um país de dimensões continentais
como o Brasil, aliado aos Soviéticos, Chineses e demais países considerados inimigos.

Conforme noticiado na imprensa na época, os americanos em 1962 sugeriram que o Brasil


adotasse sanções contra Cuba. A negativa foi veemente.
[editar] Brizola e a estatização da ITT

Em fevereiro de 1962, Leonel Brizola estatizou a ITT, empresa de telefonia norte-americana


no Rio Grande do Sul, transformando-a na Cia. Rio-grandense de Telecomunicações (CRT).

Empresas americanas possuíam 31 das 55 maiores empresas do Brasil. Brizola foi avisado
para não realizar as estatizações. Muitos militares que apoiavam Brizola julgaram sua atitude
temerária.

[editar] A Lei de Remessa de Lucros

Em Setembro de 1962 o Congresso Nacional aprovou a Lei de Remessa de Lucros, que


ocasionou bilhões de dólares de prejuízos; essa foi outra provocação considerada pelos
Estados Unidos como inadmissível, que desencadeou uma remessa de dinheiro para financiar
os preparativos para o golpe. Gordon, em comunicado ao presidente americano, demonstrou
muita preocupação.

[editar] Lincoln Gordon, Vernon Walters, Castello Branco

Lincoln Gordon, que foi enviado ao Brasil em setembro de 1961, era do Partido Democrata e
ligado à CIA.

O coronel Vernon Walters era amigo de Castello Branco, haviam trabalhado lado a lado na
Itália e era adido militar da embaixada americana no Brasil.

Segundo historiadores, Walters convocou Dan Mitrione a pedido de Magalhães Pinto para
treinar 10.000 homens da Polícia Militar de Minas Gerais. Magalhães, dono do Banco
Nacional, financiou do próprio bolso o treinamento. A lei de remessas de lucros foi a
proibição de empresas multinacionais de mandarem todos os lucros para suas sedes no
exterior.

[editar] John Kennedy e João Goulart

John Kennedy, amigo pessoal de João Goulart, ordenou que Lincoln Gordon agisse com
cautela para evitar uma revolução no Brasil. Gordon não aceitou ao conselho, descumprindo
seriamente uma ordem.

[editar] Lyndon Johnson

Com a morte de Kennedy , a posse em Novembro de 1963 de Lyndon Johnson e, em Janeiro


de 1964, Jango sancionando a Lei de Remessa de Lucros, as relações entre Brasil e Estados
Unidos ficaram complicadas. As empresas americanas ameaçaram fechar suas filiais no
Brasil; se isso acontecesse, o País se transformaria num caos socioeconômico, haveria
provavelmente uma revolução devido ao descontentamento da população.
[editar] The New York Times

Em 3 de Março de 1964, o jornal The New York Times deu a seguinte notícia: Os Estados
Unidos não mais punirão as juntas militares por derrubarem governos democráticos na
América Latina. Esta notícia fez eclodir em série de conflitos em toda a região.

[editar] Lincoln Gordon e os rumos da revolução

Em entrevista na rede ABC, em junho de 1979, Gordon confessou sentir-se chocado com os
rumos da revolução brasileira, ele não esperava que todo o capital injetado na região fosse
literalmente para o ralo, e o Brasil estava mergulhando numa grande recessão, pois a política
econômica se mostrou desastrosa, apesar da modernização do parque industrial.

[editar] Jimmy Carter e Leonel Brizola

Jimmy Carter, em 1979, concedeu asilo político a Leonel Brizola, que sempre lhe foi grato e
futuramente o homenagearia por diversas vezes. A operação Brother Sam não falhou, ela nem
se iniciou.

[editar] Ligações externas

 Brazil Generals' Coup (1964)


 Segurança Global, Órgão dedicado a arquivar e estudar as Forças armadas mundiais
 Mapeamento da Forças Armadas Brasileiras feito pelos Estados Unidos
 Localização atualizada das bases aéreas brasileiras
 Arquivos traduzidos
 especial (em inglês)

[editar] Bibliografia

 Dicionário Histórico e Biográfico Brasileiro ( título Revolução de 1964)


 Anos de Chumbo, Celso de Castro (Relume-Dumará), Download.
 As Forças Armadas : Política e Ideologia no Brasil, Eliézer de Oliveira (Editora
Vozes, 1976)
 O Colapso do Populismo do Brasil, Octávio Ianni (Editora Civilização Brasileira)
 Os Motivos da Revolução, C. Muricy, (Imprensa Oficial, Pernambuco)
 O Papel dos Estados Unidos da América no Golpe de Estado de 31 de Março, Phyllis
Parker (Editora Civilização Brasileira, 1977).
 1964, visto e Comentado pela Casa Branca, Marcos Sá Corrêa ( L&PM )

Operação Popeye – História virtual


A Operação Popeye foi o movimento das tropas (Destacamento Tiradentes) comandadas pelo
general Olímpio Mourão Filho em direção ao Rio de Janeiro, integrado a outra movimentação
simultânea em direção a Brasília, esta composta pelo 12º Regimento de Infantaria comandado pelo
coronel Dióscoro Valee apoiado por três batalhões da Polícia Militar.
Índice
[esconder]

 1 A supremacia dos adversários de Goulart


 2 Nomenclatura e movimentação
 3 Porto de Vitória
 4 Arquivos históricos
 5 Conclusão da Operação
 6 Ver também

[editar] A supremacia dos adversários de Goulart

A situação político ideológica pendia contra Jango, não só os militares estavam contra si, havia
muitos ex-colaboradores. Nos bastidores militares também havia uma batalha silenciosa, e seus
adversários a estavam vencendo.

O Exército Brasileiro não aceitaria um confronto entre as chamadas tropas rebeldes contra as tropas
legalistas, e mesmo que este ocorresse, com certeza os rebeldes venceriam, pois teriam um apoio
poderoso a seu favor. O presidente João Goulart perdera o poder de comando sobre os civis e
militares, o Golpe estava se armando, e após o desencadeamento das operações militares em
aproximadamente 24 horas não mais seria o presidente. Muitos dizem que o desenlace dos
acontecimentos e a análise das conseqüências levaram Jango a impedir qualquer reação.

[editar] Nomenclatura e movimentação

A nomenclatura da operação Popeye era a alusão, segundo alguns, ao hábito do fumo de cachimbo
por Mourão Filho, segundo outros, o motivo da nomenclatura era o estacionamento da Frota norte-
americana do Caribe fundeada a doze milhas marítimas de Vitória (Operação Brother Sam). Uma
terceira corrente defende que o mesmo seja uma menção ao famoso marinho Popeye, cujos
desenhos e quadrinhos faziam grande sucesso na época.

Na Operação Popeye as tropas do general Mourão deveriam barrar o avanço das forças legalistas
vindas do Rio de Janeiro ou São Paulo em direção a Minas Gerais ou Espírito Santo.

[editar] Porto de Vitória

O porto de Vitória estava designado estrategicamente para abastecer de suprimentos, combustível e


tropas, se necessário, aos conspiradores.

O reforço viria por mar, pois, a região estava protegida pela Operação Brother Sam, composta por
todo o poderio bélico da Frota do Caribe norte-americana. Esta era capitaneada pelo porta-aviões
nuclear Forrestal, e pelas demais belonaves que o acompanhavam. Embarcados haviam cerca de
cinco mil marines que aguardavam ordens. A Esquadra norte-americana estava fundeada naquele
momento a doze milhas náuticas ao sul do porto de Vitória.

[editar] Arquivos históricos

Segundo a Fundação Getúlio Vargas :

"(sic) Os golpistas somavam, por outro lado, a influência política do governador Carlos Lacerda e a
importância militar de dois "estados-maiores revolucionários", que distinguiam com bastante nitidez os
grupos "modernizadores" (o estado-maior de Castelo Branco, integrado por oficiais como Golberi do
Couto e Silva, Ademar de Queirós e Ernesto Geisel) e "tradicionalistas" (o estado-maior chefiado por
Costa e Silva, onde colaboravam os generais Siseno Sarmento e Muniz de Aragão, entre outros)...."
E, a "...operação Popeye (deslocamento de tropas em direção ao Rio de Janeiro e Brasília) ocorrera
em perfeita sincronia com a "operação silêncio" (que implicava o controle dos serviços de
comunicação, das emissoras de rádio e televisão, para dissimular as etapas seguintes), e pela
operação gaiola, que consistia na prisão dos principais líderes políticos e sindicais que pudessem
provocar uma reação dentro do estado de Minas".

[editar] Conclusão da Operação

A operação Popeye foi concluída com sucesso às cinco horas da tarde do dia 31 de março de 1964,
quando o general Mourão Filho proclamou o movimento contra o governo e anunciou o golpe militar.
Isto só aconteceu depois que o Destacamento Tiradentes composto por três mil homens passou a
controlar totalmente o tráfego através da ponte do rio Paraibuna. Esta ficava na divisa do estado de
Minas Gerais com o estado do Rio de Janeiro.

[editar] Ver também

 Anos de chumbo
 Golpe de 1964
 Operações militares no golpe de 1964

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Popeye"

Categoria: Anos de chumbo

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