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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO
ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRÁTICA
REGISTRADO(A) SOB N°
181
ACÓRDÃO i MUI uni mu um um mu um um mi nu
*02639985*

Vistos, relatados e discutidos estes autos de


Agravo de Execução Penal n° 990.09.167930-5, da
Comarca de Avaré, em que é agravante MINISTÉRIO
PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO sendo agravado
AGOSTINHO JACINTO.

ACORDAM, em 16a Câmara de Direito Criminal do


Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte
decisão: "NEGARAM PROVIMENTO. V.U.", de conformidade
com o voto do Relator, que integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos


Desembargadores DÉCIO BARRETTI (Presidente sem voto),
PEDRO MENIN E EDISON BRANDÃO.

São Paulo, 06 de outubro de 2009.

NEWTON NEVES
RELATOR
VOTO N° 7624
AGRV. N° 990.09.167930-5
COMARCA AVARE
AGTE... MINISTÉRIO PUBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGDO... AGOSTINHO JACINTO

*Agravo em Execução -
Progressão ao regime aberto - Cumprimento
pelo sentenciado dos requisitos legais p a r a
o deferimento da benesse - Existência nos
a u t o s de d o c u m e n t o s a t e s t a n d o o bom
c o m p o r t a m e n t o carcerário e o boletim
informativo do agravado, o qual dá conta do
c u m p r i m e n t o do lapso temporal de p e n a
exigido por lei - Inocorrência de óbice p a r a
a progressão - Decisão m a n t i d a - Agravo
improvido - (voto 7624)*.

Cuida-se de agravo em execução


tirado contra r. decisão que vem trasladada a
fls. 2 6/29, que concedeu o pedido de progressão
para o regime aberto, em favor do sentenciado.
Sustenta o agravante, em síntese,
que a r. decisão deve ser reformada, tendo em
vista que o agravado não demonstrou que tem
proposta de emprego lícito, razão pela qual não
preenche os requisitos legais para a concessão
do benefício de progressão ao regime aberto.
Contra-razões a fls. 43/46.
Decisão de manutenção a fls. 4'
A Douta Procuradoria Geral da
Justiça é pelo improvimento do agravo (fls.
51/53) .
É o relatório.
O recurso não comporta provimento.
A r. decisão atacada apreciou, de
forma clara e objetiva, o tema submetido a
julgamento, razão pela qual subsiste por seus
próprios e jurídicos fundamentos.
O agravado iniciou o cumprimento
da pena que lhe foi imposta (08 anos e 02 meses
de reclusão) por infração ao artigo 214, do
Código Penal, em data de 05/07/2004. Permaneceu
no regime fechado até 05/06/2006, quando
transferido para o regime semi-aberto (fls. 04
verso). Agora requereu, e teve deferido, sua
progressão ao regime aberto. E, ao meu ver,
correta a decisão.
Com efeito, observa-se que o MM.
Juiz prolator da decisão impugnada, explicitou
no r. decisório os fundamentos nos quais
embasou sua convicção para o deferimento da
progressão, esclarecendo que o agravado
preencheu os requisitos objetivo e subjetivo,
já que cumpriu lapso temporal superior a 1/6 da
pena no regime intermediário (fls. 04 verso),
contando com "bom" comportamento carcerár"
(fls. 04), corroborado pelo exame criminológico
(fls. 19/22) .
E o douto representante do
Ministério Público não se insurgiu contra essa
decisão. 0 recurso volta-se, exclusivamente,
contra a progressão pelo fato do sentenciado
não ter comprovado possuir proposta de
trabalho.

Com efeito, ainda que no artigo


114, inciso I, da Lei de Execução Penal, exista
a previsão de que, para ser beneficiado com o
regime aberto, o condenado deve estar
trabalhando ou comprovar a possibilidade de
fazê-lo imediatamente, sua interpretação mais
condizente com a realidade social é no sentido
de dispensar a apresentação imediata de
proposta de emprego, para não impedir a
concessão do beneficio, e possibilitar ao
reeducando que, em liberdade, satisfaça o
requisito.

Não se pode exigir com tanto rigor


este requisito objetivo da apresentação de
proposta de trabalho para se obter progressão
ao regime aberto, tornando-a condição
insuperável, caso contrário, corre-se o risco
de tornar impossível a sua concessão ante a
difícil realidade da busca por emprego no pais
4

Nesse sentido: "É admissível a


concessão da progressão de regime prisional ao
sentenciado que obtém pareceres favoráveis, mas
que não apresenta proposta de emprego, pois,
estando preso, difícil o atendimento a esse
requisito legal, de modo que uma interpretação
da lei mais próxima ã nossa realidade social
recomenda se permita ao condenado, em
liberdade, satisfazer a exigência normativa
para não inibir o benefício' (AE n° 1265371/8 -
14 a Câmara - v.u. - Rei. Dês. França Carvalho).

Ademais, o reeducando se encontra


neste regime desde 01.04.2009 (fls. 29), e,
pelo que noticiam os autos, até o presente
momento não ocasionou qualquer problema.

Importante salientar que o fato de


se deferir a progressão do agravado ao regime
aberto, estando presentes os requisitos
objetivos e subjetivos para tal concessão, não
impede seu retorno ao status quo anterior, caso
demonstre não estar efetivamente preparado para
o convívio social ou venha a transgredir
novamente a lei.

Outrossim, há de se ponderar que,


sob pena de revogação do benefício concedido, o
d. magistrado determinou a apresentação de

/ ,
í
5

comprovante de ocupação lícita no prazo de 3 0


dias.
Dessa maneira, não vislumbra-se
motivos para que o benefício seja revogado.
Ante /b) exposto, nega-se
provimento.

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