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AULA 6 – COMANDOS ELÉTRICOS

6º CAPÍTULO – DESENVOLVIMENTO DE CIRCUITOS DE COMANDOS

CADE SIMU

O software CADE SIMU, é um software free disponível em nosso site


leiautdicas.com, onde a partir dele será possível o desenvolvimento de
circuitos e protótipos de diagramas de comandos e de força para trabalhar
com os comandos elétricos.

1ºPasso: Realize o download do software CADE SIMU no site do


leiautdicas.com

Acesse a categoria – Comandos Elétricos, em seguida, selecione a postagem


– Download – CADE SIMU.

2ºPasso: Após extrair o seu arquivo, dê um duplo clique para acessar o seu
software e insira a chave de acesso no momento de sua abertura. CHAVE
DE ACESSO – 4962 e clique em Ok.
CONFIGURAÇÃO

1ºPasso: Selecione o menu Arquivo, em seguida, clique na opção –


Configuração.

2ºPasso: Após ser aberto o menu de configuração, poderemos editar as


opções de Formato de papel.

Aqui nós temos alguns modelos padrões de formato de folha de papel e


também a opção de Pesonalizar, caso você tenha interesse em editar algum
arquivo em específico.

Recomendamos que você deixe selecionada a opção A4 Horizontal.


3ºPasso: Temos aqui o menu – Opção de Formatação, através dele
poderemos editar nossa folha de papel. Desativando a opção de Controno e
Referências. A opção Box abaixo, faz menção ao carimbo que está inserida
em nossa prancha.

4ºPasso: Desative a opção Box 2 e clique na opção de Nenhum. Em seguida


dê um Ok.
Observe que instantaneamente o carimbo que estava presente em sua
folha foi retirado e a sua folha se encontra com mais espaço para a
elaboração do seu projeto.

5ºPasso: Retorne ao menu de Configuração e visualize a opção –


Velocidade de Visualização, a partir do ajuste dessa velocidade o Software
realizará suas simulações de maneira mais rápida ou devagar. Sugerimos
deixar esse ajuste, nesse parâmetro mediano.

6ºPasso: No menu – Opção de Visualização será muito importante que você


ative a opção – Visualizar símbolo de conexão. A partir dessa ferramenta
será possível visualizar as conexões entre os fios que serão utilizados no
diagrama de força e comandos. Por isso, deixe a opção ativada.
7ºPasso: A última opção do menu – Opção de Impressão, aqui estão alguns
ajustes de escalas em relação ao papel de impressão que teremos que
realizar para finalizar a impressão com perfeição de nossa prancha.

PARTIDA DIRETA – DIAGRAMA DE FORÇA

ALIMENTAÇÃO

Para que possamos desenvolver um diagrama de partida direta será


necessário montar o diagrama de comandos e o diagrama de força. Para
isso, será fundamental conhecermos a localização dos componentes de
comandos e forças dentro do nosso software.

1ºPasso: Selecione a opção, alimentação. Em seguida, observe todas as


opções de alimentação sugeridas pelo CADESIMU.

2ºPasso: Clique na opção Alimentação – LLLNPE (3Fases, Neutro e Terra


(PE)). Em seguida, Clique na folha de trabalho para fixar os seus condutores
de alimentação e clique com o botão direito para finalizar a sua inserção.
3ºPasso: Dê um duplo clique em seus condutores com o botão esquerdo do
mouse e defina o nome dele como: Condutores e na função: Alimentação.
Para finalizar, clique em Ok.

4ºPasso: Para que você possa visualizar o seu projeto com maiores
detalhes, amplie o zoom, clicando no seguinte comando (Zoom +).

5ºPasso: Selecione o menu (Disjuntor), em seguida, clique na opção de


disjuntor trifásico.
6ºPasso: Posicione agora o seu disjuntor trifásico, imediatamente abaixo dos
condutores de alimentação (L1,L2 e L3).

CONDUTORES

1ºPasso: Para que possamos ligar a alimentação ao nosso disjuntor trifásico


será simples, precisaremos recorrer aos condutores. Por isso, clique na
seguinte opção de condutores, em seguida, observe abaixo os diversos
condutores que poderão ser utilizados. Desde circuitos monofásicos até
trifásicos.

2ºPasso: Selecione a opção de condutores trifásicos e interligue os


condutores de alimentação ao disjuntor trifásico.
CONTATORA

1ºPasso: Após o disjuntor de proteção, chega o momento da inserção de


nossa contatora de força. Para isso, selecione a opção do menu – Contatora
e selecione a opção Contator 3.

2ºPasso: Definida a contatora que será utilizada, posicione-a abaixo do


disjuntor de força com o botão esquerdo do mouse e para finalizar a sua
seleção com o botão direito. Em seguida, ligue os condutores trifásicos para
alimentar sua contatora.
3ºPasso: Após inserir o disjuntor de força e a nossa contatora, será
imprescindível, renomear as mesmas para deixar o nosso diagrama elétrico
de força mais organizado.

Para isso, dê um duplo clique com o botão esquerdo do mouse sobre os


elementos e edite os nomes dos mesmos, como no exemplo abaixo.

4ºPasso: Para finalizar a proteção de nosso circuito, selecione a opção


(Automático, Disjuntor,…) e em seguida, clique na opção Relé Térmico. Em
seguida, renomeie o seu componente com o nome (F0, TÉRMICO).

A nomenclatura F, será sempre empregada no uso de relé térmico. E o


número 0 está sendo empregado para identificar o primeiro relé do circuito.
5ºPasso: Selecione a opção Motor Trifásico e em seguida, posicione o
mesmo após o seu relé térmico e faça a sua ligação através dos condutores
trifásicos.

6ºPasso: Para finalizar, insira um condutor de terra (PE) para finalizar a


proteção do seu motor.

7ºPasso: Selecione a opç ão conexão e clique no seguinte ponto para


finalizar a ligação do seu aterramento PE.
Pronto, finalizamos nosso diagrama de força da partida direta de um motor
trifásico.

Poderemos agora com o CADE SIMU, construir uma simulação de trabalho,


para observar o nosso motor em funcionamento.

SIMULAÇÃO DE ATUAÇÃO

1ºPasso: Após definirmos nosso circuito, poderemos agora, clicar na opção


de simulação, para visualizar o seu funcionamento.

2ºPasso: Instantaneamente a cor do seu circuito será modificada e a partir


do clique com o botão esquerdo do seu mouse, você poderá ligar ou desligar
os componentes do seu circuito.Para isso, clique na opção – Simulação, no
menu superior.
Clique com o botão esquerdo sobre o disjuntor de manobra.

Observe que instantaneamente os seus contatos serão fechados e ele ficará


vermelho, indicando que o circuito está fechado.

3ºPasso: Um detalhe muito importante que você precisa observar, será que
o seu circuito continua desenergizado, ou seja, o seu motor não está
trabalhando. Por um simples motivo, a sua contatora está aberta.

Para que sua contatora seja ativada será necessário o nosso circuito de
comando. Por isso, desenvolveremos o mesmo agora.

4ºPasso: Para começar a desenvolver nosso diagrama de comandos será


necessário, clicar na opção de Stop para desativar o circuito teste. E poder
voltar a manipular as ferramentas do software.

PARTIDA DIRETA – DIAGRAMA DE COMANDOS

ALIMENTAÇÃO

O diagrama de comandos possui uma peculiariedade, ele irá trabalhar


através de uma rede monofásica (Fase e Neutro) ou de uma rede bifásica
(Fase e Fase). Como estamos trabalhando em Recife, poderemos trabalhar
com Fase e Neutro.

1ºPasso: Poderemos agora selecionar a opção de condutores e puxá-los


diretamente do fornecimento de alimentação (L1 e Neutro).

PROTEÇÃO (FUSÍVEL + RELÉ TÉRMICO)

Como estamos trabalhando com um circuito monofásico, precisaremos da


proteção diretamente no condutor Fase, e o Neutro não precisará possuir
nenhum dispositivo de proteção.

1ºPasso: Selecione a opção Fusível, em seguida, posicione o mesmo no


condutor fase para proteção do mesmo.

2ºPasso: Após o fusível de proteção do comandos, precisaremos inserir o


contato auxiliar do nosso relé térmico NF (normalmente fechado).
3ºPasso: Posicione o mesmo em série com o seu fusível e renomeie o
mesmo com a mesma nomenclatura do relé térmico que se encontra em série
com a contatora.

A importância do contato normalmente fechado de nosso relé térmico, em


série com o nosso circuito, será desempenhar a proteção de nosso circuito,
através do relé térmico que será responsável por proteger o circuito de
aumento de corrente.

4ºPasso: Após os nossos dispositivos de proteção (Fusível e Relé térmico)


será necessário, inserir o Botão de Emergência, normalmente fechado, que
será responsável por desenergizar o nosso circuito, em situações de
emergência.

5ºPasso: Selecionada a nossa botoeira normalmente fechada de


emergência, posicione em série com o nosso contato auxiliar do relé térmico,
modifique o seu nome para S0 e interligue-os através do condutor Fase.
6ºPasso: Após a botoeira de emergência, precisaremos de uma botoeira de
impulso para acionamento de nossa contatora. Por isso, ligue em série com
o nosso botão de emergência, o botão de acionamento, normalmente aberto.

Através desse botão de acionamento S1, será possível acionar os contatos


da bobina de nossa contatora (A1 e A2).

Lembre-se, o diagrama de comandos tem como função precípua, alimentar


os contatos da bobina de nossa contatora, para poder acionar a nossa
contatora em nosso diagrama de força.

7ºPasso: Em seguida, selecione a opção – Bobinas de contator e selecione


a primeira opção que se refere a bobina de nossa contatora.

8ºPasso: Insira agora a bobina de sua contatora abaixo do botão de


acionamento e modifique o nome da mesma, para que fique idêntico ao nome
de sua contatora de força. (Caso você não deixe o mesmo nome, o software
não conseguirá identificar que a bobina pertence ao contato auxiliar de força
e não permitirá o seu acionamento).

9ºPasso: Em seguida, ligue a bobina de sua contatora K0, com Fase e


Neutro. E clique no comando de ativar a sua simulação.

Ative o seu disjuntor de manobra, para ligar o circuito de força.

Em seguida, ative o botão S1 para acionar a bobina de sua contatora.


10ºPasso: Você perceberá que o seu motor apenas estará sendo ativado,
enquanto você estiver pressionando o botão de acionamento (S1).

Como o botão S1, é normalmente aberto. No momento que você retirar a


pressão sobre o mesmo ele irá abrir o circuito e retornará ao seu estado
inicial, cortando a alimentação e desenergizando a bobina de sua contatora,
logo, irá desativar os contatos de força que por sequência irão desligar o
motor.

Para que a nossa contatora fique ligada, será necessário, ligar o famoso –
CONTATO SELO.

CONTATO SELO

O contato selo será imprescindível para manter ligada a nossa contatora de


força, a partir dela, será possível a manutenção da energização dos contatos
da bobina da contatora (A1 e A2).

Para que o contato de selo seja definido, trabalharemos com os contatos


auxiliares da própria contatora.
1ºPasso: O contato de selo possui uma particulariedade, ele trabalhará em
paralelo com o botão de acionamento (S1), permitindo a passagem de
corrente elétrica de maneira constante para sua contatora.

Por isso, insira o mesmo em paralelo com o botão de acionamento (S1) e


interligue-o a sua contatora K0.

Pelo que já estudamos na teoria do contato selo, a partir do acionamento da


chave (S1) a bobina da contatora K0 será energizada, fechando,
simultaneamente o contato de selo K0 e mantendo a contatora energizada
através do mesmo.

2ºPasso: Tudo pronto, faça a simulação do seu circuito e observe tudo


funcionando perfeitamente.

Viu como comandos é simples? É apenas uma questão de conhecimento de


normas e utilização de circuitos em série e paralelo.
INTERTRAVAMENTO

Através do esquema de intertravamento, poderemos acionar duas contatoras


em um mesmo diagrama elétrico. A finalidade desse circuito será, realizar o
acionamento do motor no sentido horário e anti-horário.

Quando montamos o circuito anterior, partida direta, apenas o nosso motor


estava sendo rotacionado no sentido horário. A partir desse novo diagrama
que iremos realizar, será possível modificar o seu sentido de rotação.

CIRCUITO DE FORÇA – CONTATORAS

1ºPasso: Para iniciar o nosso circuito de intertravamento, ligaremos a nossa


segunda contatora em paralelo com a contatora K0 presente no circuito.

Após inserir sua nova contatora, renomeie a mesma para K1(FORÇA).


2ºPasso: Em seguida, para fazer com que o motor trabalhe no sentido anti
horário, será necessário apenas inverter o sentido da Fase 1 e 5 de nosso
circuito.

A Fase (1) que está presente no contato (1) da contatora K0, será ligada no
contato (5) da contatora K1, e a saída do contato (6) permanece igual em
ambas.

A Fase (3) que está presente no contato (5) da contatora K0, será ligada no
contato (1) da contatora K1, e a saída do contato (2) permanecerá igual em
ambas.

Os contatos (3 e 4), da Fase (2), não serão alterados.

Dessa forma, quando a contatora K1 for ativada, ela interverá as fases que
alimentaram o seu motor, fazendo com que o mesmo gire no sentido anti
horário.

CIRCUITO DE COMANDOS – CONTATOS AUXILIARES


Para que seja inserido os circuito de comandos para acionamento da
segunda contatora (K1), será necessário, ligar em paralelo ao circuito de
acionamento da contatora (K0), todo o sistema de alimentação da bobina da
nova contatora.

Logo, será necessário o botão de acionamento, contato auxiliar para


contatora (K1).

Além disso, será necessário um segundo contato auxiliar em série com as


bobinas da contatora, onde desligará as bobinas que não devem ser ligadas,
dessa forma será definido o intertravamento, com o acionamento das bobinas
paralelamente.

1ºPasso: Observe como deverá ficar o seu circuito de intertravamento.


7ºEXERCÍCIO TEÓRICO

1.Qual a diferença de uma partida direta para um intertravamento?

2.Qual a função do contato selo?

3.Por quê é necessário dois contatores para realizar um intertravamento?

DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS

Os disjuntores são dispositivos termo magnéticos para proteção de


instalações e equipamentos elétricos contra sobrecarga e curto-circuito. Eles
são equipados com um disparador térmico (bimetal) que atua nas situações
de sobrecarga, e com um disparador eletromagnético que atua nos casos de
curto-circuito.

Precisaremos agora conhecer um pouco mais sobre a simbologias que serão


aplicadas para os disjuntores nos diagramas de comandos, segue abaixo três
tipos de disjuntores: monofásico (D1), bifásico (D2), trifásico (D3).
Quando você estiver trabalhando no CADeSIMU, você poderá selecionar a
opção referente aos disjuntores e observar todas as opções fornecidas por
ele.

DISJUNTORES X FUSÍVEL

É inevitável comparar o disjuntor ao fusível. Quando falamos em circuitos


residenciais, não faz sentido trabalharmos com fusíveis, visto a sua
necessidade iminente de troca em caso de curto circuito, o que torna o
disjuntor uma peça mais utilizada para instalações residenciais.

Quando trabalhamos no CADeSIMU, teremos uma ferramenta para instalar


em nossos circuitos os fusíveis.

Embora o disjuntor, possua mais vantagens, os fusíveis como vimos no


capitulo específico dos fusíveis, possuem características próprias e que
fazem com que sejam utilizados exclusivamente na proteção do circuito de
comandos.

DIMENSIONAMENTO DE DISJUNTORES

Após recapitularmos a teoria que existe por trás dos disjuntores, faremos uma
breve análise do dimensionamento de disjuntores.

Tomemos como exemplo um chuveiro elétrico (circuito resistivo) que possui


uma potência de 6600W e está submetida a uma tensão de 220V.

1.Considerando a fórmula da potência elétrica, teremos que:

I(ampères) = P(watts)/V(volts)

2.Agora, basta aplicar a nossa fórmula matemática:

I = 6600 / 220 = 30Ampéres

3.Já conseguimos calcular a corrente de nosso circuito (30Ampéres), agora


precisaremos inserir uma tolerância para o dimensionamento do nosso
disjuntor que poderá variar entre (30 e 50%).

Logo: 30Ampéres x 1,3 (30%) = 39Ampéres.

4.Como não temos disjuntores de 39Ampéres no mercado, trabalharemos


com um disjuntor de 40Ampéres.

CLASSES DE DISJUNTORES

Resumidamente: temos três classes.

B,C, E D.

B – AQUECEDORES ELÉTRICOS, FORNOS ELÉTRICOS, LÂMPADAS


INCANDESCENTES;

C – MOTORES, LÂMPADAS FLUORESCENTES, MÁQUINAS DE LAVAR


ROUPA;

D – TRANSFORMADORES BT (BAIXA TENSÃO).


CLASSE B

A curva de ruptura B para um disjuntor estipula, que sua corrente de ruptura


esta compreendido entre 3 e 5 vezes a corrente nominal, um disjuntor de 10A
nesta curva deve operar quando sua corrente atingir entre 30A a 50A.

Os disjuntores curva B são usados onde se espera um curto circuito com


baixa intensidade, normalmente cargas resistivas, em residências nas
tomadas de uso comum, onde a demanda de corrente de partida do
equipamento é baixa.

CURVA C

A curva de ruptura C para um disjuntor estipula, que sua corrente de ruptura


esta compreendido entre 5 e 10 vezes a corrente nominal, um disjuntor de
10A nesta curva deve operar quando sua corrente atingir entre 50A a 100A.

Os disjuntores de curva C são usado onde se espera uma curto circuito de


intensidade média e onde a demanda de corrente para partida de
equipamentos é mediana, normalmente cargas indutivas, como motores,
sistemas de comando e controle, circuitos de iluminação em geral e ligação
de bobinas.

CURVA D

A curva de ruptura D para um disjuntor, estipula que sua corrente de ruptura


esta compreendido entre 10 e 20 vezes a corrente nominal, um disjuntor de
10A nesta curva deve operar quando sua corrente atingir entre 100A a 200A.
Os disjuntores de curva D são usados onde se espera uma curto circuito de
intensidade alta e onde a corrente de partida é muito acentuada, sendo muito
utilizados em grande motores e grandes transformadores.

Não existe contudo disjuntores de curva A, o motivo é para que o A da curva


não seja confundido com o A de ampere, unidade de corrente elétrica.

DISJUNTOR MOTOR

Existem ainda disjuntores cuja a faixa ruptura da corrente pode ser


selecionada dentro de uma faixa, por exemplo os disjuntores motores que
possuem faixa se seletividade, como por exemplo 6 a 10 vezes a corrente
nominal neste caso a faixa é selecionada de acordo com a necessidade o
que possibilita uma flexibilidade na proteção de equipamentos, neste caso
normalmente motores.

É importante que se conheça as curvas de rupturas para proporcionar a maior


proteção possível tanto para os usuários de uma instalação quanto para os
equipamentos instalados. Na dúvida sempre consulte os catálogos dos
fabricantes para características próprias das marcas.
8º EXERCÍCIO TEÓRICO

1.Qual a função do disjuntor?

2.Informe os três tipos de disjuntores disponíveis no mercado.

3.Qual a diferença entre a atuação do disjuntor e do fusível?

4.Qual a fórmula utilizada para dimensionamento do disjuntor?

5.Descreva a atuação das três classes de disjuntores disponíveis no


mercado.

6.Qual a principal diferença entre o disjuntor motor e o disjuntor tradicional?

AULA 7 – COMANDOS ELÉTRICOS

7º CAPÍTULO – CONTATORAS

CONTATORES

Quando falamos sobre os botões de comando, ficou evidente que aquele


pequeno botão era o responsável direto pela alimentação e manobra de uma
máquina independente do seu tipo e porte. Ou seja, é através de um botão
que o operador dá os comandos para que a máquina execute alguma ação.
Porém, quando falamos que a função principal de um botão era enviar sinais
elétricos ao comando elétrico da máquina, não ficou muito claro “quem” é
esse “comando elétrico”.

Na verdade esse comando é composto por uma associação de elementos,


dentre eles temos o contator. O contator é o elemento responsável pela lógica
do comando e o acionamento dos motores, enviando a tensão necessária
aos terminais do motor elétrico.
O trabalho que um operador tem que executar para ligar um motor por meio
de uma chave seccionadora pode ser substituído por um contator e um botão
de comando, desta forma, é possível acionar o motor elétrico a longas
distâncias acionando apenas um botão que liga um contator localizado em
um painel elétrico.

Como você já deve ter percebido, este será um empolgante capítulo que
fornecerá informações extremamente importantes para o seu
desenvolvimento técnico em comandos elétricos.

Contator é um dispositivo eletromecânico com a finalidade de abrir ou fechar


circuitos (manobra elétrica). O acionamento deste dispositivo é feito
eletromagneticamente. Esse equipamento é projetado para uma elevada
frequência de operação.

O contator tem duas funções básicas em comandos elétricos; lógica de


contatos e acionamento de motores. Para o acionamento de motores, os
contatos são abertos ou fechados simultaneamente, energizando ou
desernegizando o motor.

FUNCIONAMENTO

O contator possui uma bobina responsável pela movimentação do núcleo. Ao


ser alimentada, a bobina cria um campo magnético que atrai o núcleo de
ferro. Está acoplado ao núcleo os contatos móveis responsáveis pelo
fechamento do circuito. Ao ser movimentado, o contato móvel se encontra
com os contatos fixos permitindo uma circulação de corrente elétrica.
Ao ser desernegizado, cessa o campo magnético na bobina e ela deixa de
atrair o núcleo. Desta forma, molas colocadas sob o núcleo fazem com que
ele retorne a posição de repouso, abrindo assim o contato.

As figuras a seguir apresentam esse funcionamento.

UTILIZAÇÃO DO CONTATOR

A utilização de contatores em sistemas industriais apresenta várias


vantagens:

 Comando a distância;
 Alto número de manobras;
 Ocupa pouco espaço;
 Maior segurança ao sistema e operador.

Para a instalação do contator é necessário que sejam observados alguns


detalhes. Os contatores devem ser instalados de preferência na posição
vertical em locais não sujeitos a trepidações.

Outro dado importante do contator é a categoria de emprego. A categoria de


emprego é um código normalizado que define o tipo de carga que o contator
vai acionar. Esse dado é importante no momento da especificação do
contator, sendo obtido no catálogo do fabricante.

A tabela a seguir apresenta algumas categorias de emprego.


TIPOS DE CONTATORES

Existem basicamente dois tipos de contatores; auxiliares e contatores de


potência. O fator principal que diferencia os dois tipos de contatores é a
capacidade de corrente elétrica nos contatos.

O contator de potência é utilizado para alimentar a carga que pode ser um


motor elétrico por exemplo, logo seus contatos devem ter uma alta
capacidade de corrente elétrica, pois nesses contatos vai passar a corrente
que causa o movimento do motor.

Existem vários modelos deste modelos deste contator, conforme o fabricante.


A seguir a foto de um modelo.

Esse tipo de contator possui os contatos principais, que vão alimentar o motor
e contatos auxiliares, normalmente 2NA e 2NF, para algum tipo de ligação
de comando ou sinalização. Ao especificar o contator, deve-se ter um
catálogo de fabricante em mãos para se observar esse dado.

Para especificar um contator, alguns dados são imprescindíveis: tensão


nominal da bobina, número de contatos principais e auxiliares e os dado s de
trabalho da carga; tensão nominal, freqüência nominal e corrente nominal.

Poderemos agora analisar um exemplo prático. Por exemplo, o contator de


potência 3TF40 da Siemens tem as seguintes especificação de catálogo.

CONTATO AUXILIAR

O contator auxiliar é utilizado para montar a lógica de acionamento do


comando e também para aumentar o número dos contatos auxiliares dos
contatores de potência, quando ligados em paralelo, ou sendo alimentado
por um contato aberto do contator de potência. Seus contatos tem baixa
capacidade de corrente elétrica, pois nesses contatos vai passar a corrente
das bobinas dos contatores que serão acionados.
Para especificar um contator auxiliar é necessário que se tenha um catálogo
de fabricante para obter os dados de quantidade de contatos, fusível de
proteção e dimensões, conforme o modelo.

DIAGRAMA DE COMANDOS

Tente imaginar uma cidade sem código de sinalização de trânsito. Ou seja,


com placas textuais, “Proibido a ultrapassagem”, “Limite de velocidade 80
Km/h”, “Curva acentuada a esquerda”, “Proibido estacionar”.

Seria uma verdadeira loucura, dirigir tentando ler os textos das placas. Para
facilitar a vida dos motoristas, melhorar o fluxo dos carros e evitar até mesmo
acidentes, foram criados os códigos que substituem os textos.

Em eletricidade não é diferente, seria impossível desenhar um sistema de


comandos elétricos com os desenhos dos equipamentos e das fiações. Por
isso existem os esquemas elétricos.

Existem vários tipos de esquemas elétricos ou formas de representações de


sistemas elétricos industriais. Nesse capítulo você vai conhecer os esquemas
elétricos e simbologias mais utilizados em comandos elétricos.
Diagramas de comando são esquemas elétricos com a finalidade de ilustrar
um sistema elétrico industrial de forma padronizada e de fácil interpretação
de qualquer usuário, na instalação e manutenção desse sistema.

Os diagramas de comando permite a interpretação de um sistema industrial,


pois:

 Demonstra a sequência de funcionamento do circuito;


 Representa os componentes e funções;
 Permite uma rápida localização dos componentes.

O diagrama de comando mais utilizado é o diagrama funcional, pois esse


diagrama representa os sistemas elétricos industriais de forma prática com
fácil compreensão. Nesse tipo de diagrama, o comando lógico é separado da
parte de acionamento e são chamados de “Diagrama de Comando” e
“Diagrama Principal”.

A seguir é apresentado um exemplo de diagrama de comando funcional.

O diagrama principal pode ser representado também de forma unifilar. O


esquema a seguir ilustra os dois casos; diagrama multifilar e unifilar do
mesmo circuito principal.
O diagrama multifilar será o modelo de diagrama mais utilizado em nossas
instalações de comandos.

SIMBOLOGIA

A seguir serão apresentados os principais símbolos gráficos utilizados nos


diagramas de comandos elétricos.
ATIVIDADE LÓGICA DE COMANDOS ELÉTRICOS

Começaremos agora a desenvolver o estudo dos comandos elétricos,


aprenderemos a trabalhar com a lógica do circuito e trabalharemos com
várias situações que aguçaram nossa criatividade.

Antes de começarmos a trabalhar diretamente com os tipos de partidas de


motores, a compreensão da lógica dos circuitos de comandos e as suas
formas de acionamento, permitiram que você desenvolva qualquer circuito
elétrico.

1ºCIRCUITO – SINALEIRA VERDE E VERMELHA

Começaremos agora com um pequeno circuito, onde no momento do seu


funcionamento correto, teremos uma sinaleira verde acesa e no momento de
sua falha, teremos uma sinaleira vermelha, para sua indicação.

1ºPasso: Começaremos nosso circuito de comandos através da alimentação


(Fase e Neutro) e o seu respectivo circuito de proteção, com um fusível e um
contato auxiliar do relé térmico COMUM.

2ºPasso: Após inserirmos o contato comum, será possível trabalharmos com


duas situações distintas. O funcionamento normal, por onde a energia irá
percorrer do contato 95 para o 96 (normalmente fechado) e a situação
anormal, onde a energia irá percorrer do 95 para o 98 (normalmente aberto).
Sabendo isso, poderemos começar nosso circuito.

3ºPasso: Desenvolva agora o circuito padrão para acionamento da bobina


da contatora K1, inserindo botão de emergência (S0), botão de acionamento
(S1) e contato selo (K1,13 e 14).

Observe que o contato 98 do seu relé térmico, está disponível para ligação
do circuito, quando a energia não estiver presente no contato 96.

Porém, vamos com calma, pois, iremos agora inserir as sinaleiras de nosso
circuito.

4ºPasso: Para inserir uma sinaleira que irá atuar, considerando que o circuito
está funcionamento normal, basta realizar uma ligação série com o contato
96 do seu relé térmico, observe o esquema abaixo.
Após o contato 96, ligaremos em série a nossa sinaleira um contato auxiliar
NO de nossa contatora K1, para no momento do seu acionamento, o contato
seja fechado e a sinaleira S1 seja ativada.
5ºPasso: Para inserirmos agora nossa sinaleira que indicará que o circuito
não está funcionando é simples, basta ligar a mesma em série com o contato
98 do relé térmico.

Ligada a sua sinaleira, finalizaremos agora com a ligação do Neutro em todo


o circuito.

OBS: Um grande detalhe do circuito que montamos está no conhecimento da


utilização dos contatos auxiliares da contatora (K1), é comum as contatos
possuírem 4 contatos auxiliares (2NA e 2NF). Dessa forma, será possível
trabalhar com situações distintas no momento de seu acionamento e de sua
desenergização.

Em relação a nomenclatura dos contatos auxiliares, seguimos o padrão:

13 e 14 – Está relacionado com o primeiro contato auxiliar da contatora (1) e


o (3, 4) está relacionado com o fato de ele ser um contato normalmente
aberto.

43 e 44 – Está relacionado com o quarto contato auxiliar da contatora (4) e o


(3,4) está relacionado com o fato de ele ser um contato normalmente aberto.

EXERCÍCIO – SINALEIRA DE STANDBY

Agora é com você, altere o seu circuito para inserir uma sinaleira de standby.
Ela deverá estar acionada no momento que o circuito está energizado, porém
a contatora se encontra desligada.

DICA: Para inserir essa sinaleira será necessário utilizar um contato auxiliar
de sua contatora.

CIRCUITO STANDBY – RESPOSTA

Se você conseguiu desenvolver o circuito standby, parabéns! Caso contrário,


observe abaixo a lógica do comando.

Precisamos recorrer a um contato NF da contatora K1, para manter


energizado a sinaleira S2 e que será desligada no momento do acionamento
de K1, dando espaço para a nova sinaleira S1 ser acionada, indicando que o
circuito está trabalhando.

Eaí? Viu como foi fácil?


Precisamos compreender bem a lógica de ação das contatoras e de seu
contato auxiliar, para que possamos trabalhar com nossos circuitos lógicos
de comandos!

2ºCIRCUITO – CIRCUITO FLIP FLOP – TEMPORIZADOR

Começaremos agora à desenvolver um novo circuito, onde através de um


relé temporizador, poderemos alternar o acionamento de diferentes
contatoras.

1ºPasso: Começaremos nosso circuito de comandos através da alimentação


(Fase e Neutro) e o seu respectivo circuito de proteção, com um fusível e um
contato auxiliar do relé térmico de proteção, botão de emergência e contato
selo.

Após definirmos os circuitos de proteção, estaremos prontos para o


acionamento do nosso temporizador.

O temporizador será o responsável pelo acionamento dos contatos de


maneira alternada.
2ºPasso: Para inserirmos o nosso temporizador será necessário, selecionar
a opção de bobinas e em seguida, selecionar o temporizador (com retardo
de energização).

3ºPasso: Em seguida, insira a sua temporizadora em série com o contato de


selo.
4ºPasso: Para que o seu circuito seja acionado através do temporizador
precisaremos recorrer aos seus contatos auxiliares. Por isso, selecione a
opção – Contato temporizado comum.

.5ºPasso: Insira o seu contato comum do temporizador, em série com o


nosso botão de emergência (S1).

Observe que estaremos utilizando um contato auxiliar de nosso temporizador


do tipo comum para acionar as demais contatoras que serão inseridas em
nosso projeto

6ºPasso: Insira as contatoras K3 e K4 em nosso circuito e insira em série


com as mesmas os contatos auxiliares das contatoras opostas.
Através da alternância entre contatos auxiliares das contatoras, será
impossível que as duas estejam trabalhadas simultaneamente. Dessa forma,
teremos o nosso circuito protegido.

7ºPasso: Para finalizarmos o nosso circuito de comandos, realize a ligação


do condutor NEUTRO.

Observe o seu circuito pronto, através desse comando o temporizador será


o responsável pela ligação alternada dos contatores (K3 e K4). Para que as
duas contatoras não sejam acionadas simultaneamente será inserido em
série com as mesmas os contatos auxiliares das contatoras opostas, essa
técnica é denominada INTERTRAVAMENTO.

3ºEXERCÍCIO – PORTÃO ELÉTRICO


Agora é com você, precisaremos desenvolver um circuito para acionamento
de um portão elétrico de garagem. Teremos duas contatoras, onde uma
acionará a abertura do portão e outra o fechamento do portão. Além disso,
no momento da abertura do portão será ligada uma sinaleira verde e no
momento do fechamento do portão deverá ser ligada uma sinaleira amarela.

Um detalhe que deverá ser inserido a mais nesse circuito será a chave fim
de curso que deverá estar em série com a bobina da contatora para limitar a
abertura do seu portão.

CIRCUITO PORTÃO ELÉTRICO – RESPOSTA

Se você conseguiu desenvolver o circuito portão elétrico, parabéns! Caso


contrário, observe abaixo a lógica do comando.
Através do botão S2 e S4 teremos o acionamento das contatoras em conjunto
com os seus respectivos contatos selos (K1 e K2).

Após o circuito de acionamento, teremos a chave fim de curso (S3 e S5) as


quais serão responsáveis por limitar a atuação do motor, impedindo que o
mesmo desempenhe uma abertura maior do que a possível.

Para finalizar, teremos o nosso intertravamento, o qual protegerá o nosso


circuito, evitando que as duas contatoras funcionem simultaneamente
4ºEXERCÍCIO – CHAVE BOIA

Desenvolveremos agora um circuito com acionamento através da chave boia


para ligar a bobina da contatora que será responsável pelo acionamento das
bombas d’água.

Através da chave boia, teremos a utilização de duas lâmpadas amarelo para


o nível baixo e verde para o nível alto.

Será necessário implementar em nosso circuito uma chave de três seções


(COMUM), onde poderemos trabalhar de maneira automática ou manual,
caso a boia pare de funcionar.

CIRCUITO CHAVE BOIA – RESPOSTA

Observe o nosso circuito chave boia já pronto.


O botão S2 é uma chave (COMUM) de duas opções, onde teremos uma
opção automática que poderá acionar a contatora (K1 e K2).

O acionamento da contatora (K2) dependerá diretamente da chave boia.


Observe o contato (12) da chave (S2) a partir dela, todo o circuito funcionará
de maneira automática.

Através da chave de duas posições, poderemos acionar a contatora K1, caso


o funcionamento direto a partir da chave boia não funcione.

Em nosso circuito temos duas contatoras para acionamento distinto de nossa


bomba d’água a contatora K2 que trabalha no circuito automático com a
chave boia e a K1 que entrará no caso de manutenções e eventualidade.
5ºEXERCÍCIO – TEORIA SOBRE ACIONAMENTOS

Responderemos agora algumas questões elementares sobre a lógica de


comandos e seus acionamentos, por isso, observe o circuito abaixo.
1.Qual a finalidade do botão S0?

2.Quantas contatoras estão presentes em nosso circuito?

3.Qual componente representa o dispositivo K6?

4.Informe a finalidade do K6 no circuito acima.

5.Para que a contatora K1 seja acionada, qual procedimento deverá ser


executado?

6.Para que a contatora K3 seja acionada, como deverão ser comportar as


demais contaroras?

6ºEXERCÍCIO – TEORIA SOBRE ACIONAMENTOS


Responderemos agora algumas questões elementares sobre a lógica de
comandos e seus acionamentos, por isso, observe o circuito abaixo de
comandos e de força.

1.Quantas contatoras temos em nosso circuito?

2.Quantas fases entram em nosso motor?

3.Qual a função do relé temporizador em nosso circuito de comandos?


4.Para que as contatoras (C2 e C3) não sejam acionadas simultaneamente,
recorremos a qual tipo de circuito, com os seus contatos auxiliares?

5.Observando o seu circuito, qual das três contatoras permanece sempre


ativada?

6.Qual dispositivo é responsável pelo acionamento das contatoras (C2 e C3)?

7.Por quê as contatoras (C2 e C3) não precisam de contato selo?

MOTORES ELÉTRICOS

Todos nós temos conhecimentos do que é um motor elétrico e da sua


aplicação no meio da indústria e no dia a dia, porém, muitos tem dificuldade
em interpretar a sua placa identificadora colocada pelo fabricante, por isso,
começaremos um estudo sistemático para compreender essas informações
que foram reguladas pela NBR 7094.

1ºPasso: POTÊNCIA NOMINAL

Aqui temos a informação sobre a potência nominal do motor.

Um motor de 3,7 KW e dentro do parênteses 5 CV.

Definição: Cada cavalo tem 736 watts, portanto 5 CV x 736 w = 3.700 watts
.
2ºPasso: RPM

RPM ( rotações por minuto ), trata-se de um motor de 2 polos, um motor de


alta rotação assíncrona .

Velocidade assíncrona é a rotação medida no eixo do motor. Em síntese, é a


verdadeira rotação do motor, descontando-se as perdas; daí o nome de
motor assíncrono (em português assíncrono significa fora de sincronismo, no
caso entre a velocidade do campo magnético e a do eixo do motor). O valor
lido na placa dos motores, portanto valor nominal, é o valor da velocidade
assíncrona.

3ºPasso:
Fator de serviço é um multiplicador que, quando aplicado à potência
nominal do motor elétrico, indica a carga que pode ser acionada
continuamente sob tensão e freqüência nominais e com limite de elevação
de temperatura do enrolamento. A utilização do fator de serviço implica uma
vida útil inferior àquela do motor com carga nominal. O fator de serviço não
deve ser confundido com a capacidade de sobrecarga momentânea que o
motor pode suportar. Para este caso, o valor é geralmente de até 60% da
carga nominal durante 15 segundos.

Exemplo: motor de 8,7 A e FS 1,15 Corrente máxima admissível = 8,7 A x


1,15 = 10,005 A

4ºPasso: TEMPERATURA DE TRABALHO


É a determinação da temperatura máxima de trabalho, que o motor pode
suportar continuamente sem ter prejuízos em sua vida útil.
A classe de cada motor, é em função de suas características construtivas. As
classes de isolamento padronizadas para máquinas elétricas são:
CLASSE A – 105°C; CLASSE E – 120°C; CLASSE B – 130°C; CLASSE F
– 155°C; CLASSE H-180°C.

5ºPasso: IP/IN – CORRENTE DE PARTIDA E MANUAL


Os motores elétricos solicitam da rede de alimentação, durante a partida,
uma corrente de valor elevado, da ordem de 6 a 10 vezes a corrente nominal.
Este valor depende das características construtivas do motor e não da carga
acionada. A carga influencia apenas no tempo durante o qual a corrente de
acionamento circula no motor e na rede de alimentação (tempo de aceleração
do motor).

A corrente é representada na placa de identificação pela sigla Ip/In (corrente


de partida / corrente nominal).

Atenção: Não se deve confundir com a sigla IP, que significa grau de
proteção.

6ºPasso: CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

É a indicação das características física dos equipamentos elétricos,


referenciando-se a permissão da entrada de corpos estranhos para seu
interior. É definido pelas letras IP seguidas por dois algarismos que
representam:

1º algarismo: indica o grau de proteção contra a penetração de corpos sólidos


estranhos e contato acidental
0 – sem proteção
1 – corpos estranhos de dimensões acima de 50 mm
2 – corpos estranhos de dimensões acima de 12 mm
4 – corpos estranhos de dimensões acima de 1 mm
5 – proteção contra acúmulo de poeiras prejudicial ao equipamento
6 – proteção total contra a poeira

2º algarismo: indica o grau de proteção contra a penetração de água no


interior do equipamento:
0 – sem proteção
1 – pingos de água na vertical
2 – pingos de água até a inclinação de 15º com a vertical
3 – água de chuva até a inclinação de 60º com a vertical
4 – respingos de todas as direções
5 – jatos de água de todas as direções
6 – água de vagalhões
7 – imersão temporária
8 – imersão permanente

Exemplo: grau de proteção IP55: proteção completa contra toques, acúmulo


de poeiras nocivas e jatos de água de todas as direções .

7ºPasso: TENSÃO DE FUNCIONAMENTO


A tensão de funcionamento na grande maioria dos motores elétricos são
fornecidos com os terminais religáveis, de modo que possam funcionar ao
menos em dois tipos de tensões. No caso da nossa placa 220 volts e 380
volts.

8ºPasso: CORRENTE NOMINAL

A corrente nominal é lida na placa de identificação do motor, ou seja, aquela


que o motor absorve da rede quando funcionando à potência nominal, sob
tensão e frequência nominais.
Quando houver mais de um valor na placa de identificação, cada um refere -
se a tensão ou a velocidade diferente.
O motor trifásico é um consumidor de carga elétrica equilibrada. Isto significa
que todas as suas bobinas são iguais, ou seja, têm a mesma potência, são
para mesma tensão e consequentemente, consomem a mesma corrente.
Logo, as correntes medidas nas três fases sempre terão o mesmo valor.

9ºPasso: REGIME DE SERVIÇO

Cada tipo de máquina exige uma condição de carga diferente do motor.


Um ventilador ou uma bomba centrífuga, por exemplo, solicita carga
contínua, enquanto uma prensa puncionadora, um guindaste ou uma ponte
rolante solicita carga alternada (intermitente).

O regime de serviço define a regularidade da carga a que o motor é


submetido. A escolha do tipo do motor deve ser feita pelo fabricante da
máquina a ser acionada, comprando o motor mais adequado a seu caso.
Quando os regimes padrões não se enquadram exatamente com o perfil da
máquina, deve escolher um motor para condições no mínimo mais exigentes
que a necessária.
Os regimes padronizados estão definidos a seguir:
*reg. contínuo (S1);
*reg. de tempo limitado (S2);
*reg. intermitente periódico (S3);
*reg. intermitente periódico com partidas (S4);
*reg. intermitente periódico com frenagem elétrica (S5);
*reg. contínuo com carga intermitente (S6);
*reg. contínuo com frenagem elétrica (S7);
*reg. contínuo com mudança periódica na relação carga/velocidade de
rotação (S8);
*reg. especiais.
Nas placas dos motores consta seu tipo de regime (Sx). Alguns regimes
são acompanhados de dados suplementares (Exemplo: S2 60 minutos).

9ºPasso: CONJUGADO DO MOTOR

Um motor elétrico não apresenta o mesmo conjugado para diferentes


rotações. A medida que vai acelerando, o valor do conjugado altera,
adquirindo valores que vão depender das características de construção do
motor (normalmente do formato do rotor). A variação do conjugado não é
linear e não existe relação de proporcionalidade com a rotação.
Existem três categorias de conjugados definidos por norma que determinam
a relação do conjugado com a velocidade e a corrente de partida dos
motores trifásicos, sendo cada uma adequada a um tipo de carga.

Categoria N – conjugado de partida normal, corrente de partida normal,


baixo escorregamento. A maior parte dos motores encontrados no mercado
pertencem a esta categoria, e são indicados para o acionamento de cargas
normais como bombas e máquinas operatrizes.

Categoria H – conjugado de partida alto, corrente de partida normal,


baixo escorregamento.
Empregado em máquinas que exigem maior conjugado na partida como
peneiras, transportadores carregadores, cargas de alta inércia e outros.

Categoria D – conjugado de partida alto, corrente de partida normal,


alto escorregamento (superior a 5%). Usado em prensas concêntricas e
máquinas semelhantes, onde a carga apresenta picos periódicos, em
elevadores e cargas que necessitem de conjugados de partida muito altos e
corrente de partida limitada.

10ºPasso: CONJUGADO DO MOTOR

A energia elétrica absorvida da rede por um motor elétrico é transformada


em energia mecânica disponível no eixo. A potência ativa fornecida pela rede
não será cedida na totalidade como sendo potência mecânica no eixo do
motor.

A potência cedida sofre uma diminuição relativa as perdas que ocorrem no


motor. O rendimento define a eficiência desta transformação sendo expresso
por um número (<1) ou em percentagem.
Exemplo: Qual é a potência fornecida por um motor trifásico, com
rendimento de
90%, que recebe uma potência de 15,5 kW?
P = 15,5 kW x 0,90
P = 13,95 Kw

MOTOR ELÉTRICO

Sintetizamos todas as informações da placa do motor em uma sequência,


observe abaixo:

PLACA DO MOTOR

1. MODELO – DO FABRICANTE
2. POTÊNCIA – CV – 736W
3. FREQUENCIA – HZ
4. RPM – VALOR CONVERGENTE DE ACORDO COM A FREQUENCIA
5. VOLTAGEM
6. AMPERAGEM
7. TEMPERATURA DE ISOLAÇÃO – F
8. Ip/IN – CORRENTE DE PICO E NOMINAL

IP = IN X 6,3 = 1,5 X 6,3 = 9,45ª

9. CATEGORIA – ENTRE N À D
10. FS – FATOR DE SERVIÇO – 1,1 (PODE COLOCAR ATÉ 10% A MAIS
DE CORRENTE DO QUE O NOMINAL). Logo = IN X 1,1 =
FUNCIONAMENTO NORMAL.
11. IP – Grau de proteção – 55 = 5 acumulo de poeira e o outro 5 jatos de
água em todas as direções (aguenta chuva).

9ºEXERCÍCIO TEÓRICO

1.Qual será o fator de conversão da potência em CV para watts?

2.O que significa velocidade assíncrona?

3.O que é o fator de serviço do motor?

4.Informe as classes de temperatura de trabalho do motor.

5.O que significa os fatores IP/IN?

6.O que o parâmetro regime de serviço define?

7.Considerando um motor de Pot = 13,5 kW e fator de rendimento de 85%.


Qual será a sua verdadeira potência?

CADeSIMU

Dentro do nosso software de simulação será possível visualizar alguns tipos


de motores que poderão ser utilizados em nosso circuito de força.

Selecione a opção de motores no software e observe o subitem com diversas


opções de motores. Teremos motores monofásicos, trifásicos, motores com
capacitor, motores de duas velocidades e por aí vai.

1ºPasso: Em seguida, insira alguns desses motores na plataforma do


CADeSIMU para fazermos algumas comparações.
2ºPasso: Observe que cada um dos seus motores, apresenta situações de
trabalho distintas:

M1 – Motor número um, será um motor do tipo trifásico.

M2 – Motor número dois, será do tipo trifásico, com duas entradas para
ligação em estrela e triângulo (6 PONTAS).

M3 – Motor número 3, será um motor do tipo monofásico.

M4 – Motor número 4, será um motor monofásico com a ligação de um


capacitor.

M5 – Motor número 5, será um motor que poderá trabalhar como monofásico


ou trifásico.

10 PARTIDAS DE MOTORES QUE VOCÊ PRECISA CONHECER

Caracteriza-se como partida de motor elétrico trifásico a forma pela qual é


concebida a alimentação elétrica ao motor de forma direta ou indireta para
que este venha a iniciar seu funcionamento.

Todo sistema de partida de motores será representada a partir de um


diagrama elétrico multifilar e um diagrama elétrico funcional. Sendo que o
diagrama elétrico funcional recebe o nome de diagrama de comando e é
responsável pela lógica de acionamento dos e o diagrama multifilar também
é conhecido como diagrama de potência ou diagrama de força, este receberá
as cargas que serão acionadas pelo sistema trifásico, por exemplo, os
motores elétricos trifásicos.
PARTIDA DIRETA

A tradicional partida direta de motores elétricos trifásicos pode ser


considerada como recurso ideal quando deseja-se usufruir do desempenho
máximo nominais de um motor elétrico trifásico, como por exemplo o torque
de partida (uma das principais características do motor elétrico). No entanto,
este sistema de partida é recomendado para motores que possuam no
máximo 7,5/10cv de potência.

A partida direta implica diretamente no desempenho do motor e


principalmente na infraestrutura da rede de alimentação onde esta máquina
elétrica é instalada, dependendo da aplicação é mais viável utilizarmos uma
partida indireta, veremos isso no próximo tópico.

Dentre os pontos negativos da partida direta, poderemos elencar os


seguintes pontos:

 Corrente de partida pode chegar a 8 vezes a corrente nominal;


 Dispositivos de acionamentos mais robustos;
 Custo elevado de manutenção.

PARTIDA INDIRETA

Um dos grandes malefícios da partida direta é o alto valor da corrente elétrica


no ato da partida (ignição) do motor elétrico que gera, entre outras coisas,
uma necessidade de componentes e cabos robustos na instalação, gerando
assim um alto custo de implantação bem como o custo excessivo no consumo
de energia elétrica no dia a dia. Então para que se possa reduzir este custo
é necessário diminuir o nível desta corrente.

Existem várias formas de realizar uma partida indireta e com isto conquistar
a redução da corrente de partida de um motor elétrico trifásico, vejamos
abaixo as principais:

 Estrela Triângulo;
 Partida Compensadora (Auto-Trafo);
 Aceleração Rotórica (Motor com rotor bobinado);
 Partidas Eletrônicas.

Começaremos agora o desenvolvimento das partidas dos motores, esse


estudo deverá ser desenvolvido no CADeSIMU, por isso, fique atento!

1ºEXERCÍCIO – PARTIDA DIRETA DO MOTOR ELÉTRICO TRIFÁSICO

Na partida direta de motor elétrico trifásico podemos identificar que o motor


irá receber a alimentação diretamente da fonte geradora trifásica e sofre
interferência somente dos dispositivos de seccionamento (contatores,
disjuntores, relé térmico). Diagrama de Potência e Diagrama de Comando –
Partida Direta.

Esse circuito já foi montado, por isso, desenvolva os próximos.

2ºEXERCÍCIO – PARTIDA DIRETA DO MOTOR ELÉTRICO TRIFÁSICO


Quando existe a necessidade de realizarmos a inversão de rotação de um
motor elétrico trifásico devemos interagir diretamente em seu campo
magnético girante e sabemos também que este campo magnético só existe
em função da defasagem de 120° entre as fases. Sendo assim deveremos
realizar a inverter duas das três fases de alimentação deste motor.

Observe que no diagrama de potência abaixo possuímos a alimentação do


motor elétrico a partir da alimentação fornecida por L1, L2 e L3 e sendo
disponibilizadas através dos contatores K1 e K2, obviamente, os dois
dispositivos nunca poderão estar ligados simultaneamente, caso isto ocorra
teremos um curto circuito gerado na saída dos contatores K1 e K2.

PARTIDAS INDIRETAS
Sabemos da preocupação em relação a corrente elétrica no momento da
partida de motores elétricos trifásicos, dependendo do motor podemos
possuir uma variação de 6 a 8 vezes o valor de corrente nominal no instante
da partida, desta maneira, se torna viável realisar a partida dos motores
através de manobras que tenha como objetivo reduzir a corrente de partida,
estamos falando então das Partidas Indiretas de Motor Elétrico Trifásico.

Podemos considerar como principais sistemas de partidas indiretas as


seguintes:

1. Partida Estrela Triângulo;


2. Partida por Autotransformador;
3. Partida por Aceleração Rotórica;
4. Partida Eletrônica (Soft Starter).

Lembre-se que no sistema de partida indireta ao objetivo é sempre reduzir a


corrente de partida e para isto, na maioria das vezes, consideramos a
redução da tensão elétrica no motor elétrico trifásico.

Iniciaremos com a Partida Estrela Triângulo.

3ºEXERCÍCIO – PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO

A grande vantagem na utilização deste sistema de partida é que neste caso


o circuito empregado irá permitir a redução da corrente de partida do motor
elétrico trifásico fazendo uso da redução da tensão de fase (A tensão em
cada uma das bobinas que compõe o motor).

Para realizar este feito contamos com no mínimo um motor de seis terminais
e manipulamos o fechamento de suas bobinas de maneira que exista a
redução de sua tensão de fase.

Desta maneira teremos como resultado a redução da corrente de partida do


motor elétrico trifásico.
Vale lembrar que este sistema de partida será utilizado somente para iniciar
o acionamento do motor e após o tempo definido pelo temporizador teremos
o motor sendo alimentado normalmente com o sistema realizando seu
fechamento em triângulo.

3.PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO – DIAGRAMA DE POTÊNCIA

3.PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO – DIAGRAMA DE COMANDO


4ºEXERCÍCIO – PARTIDA ESTRELA TRIANGULO COM REVERSÃO

Mantém-se o conceito de inversão de fase para que seja possível a inversão


da rotação do motor elétrico trifásico quando utilizado a partida estrela
triângulo, observe que os contatores K1 e K2 serão os responsáveis por tal
feito.
Dica: Sempre coloque em mente que os contatores na partida estrela
triângulo (ou estrela triângulo com reversão) serão responsáveis por realizar
o fechamento do motor elétrico trifásico, por isto verifique sempre se o
fechamento está ocorrendo corretamente, principalmente os contatores que
realizam a interligação do fechamento em triângulo.
5ºEXERCÍCIO – PARTIDA POR AUTOTRANSFORMADOR “CHAVE COMPENSADORA”

Em mais uma tentativa de reduzir a corrente de partida do motor elétrico


trifásico teremos a partida por autotransformador que também realizará a
redução da tensão de alimentação do motor elétrico no instante da
alimentação, este nível de tensão poderá ser de, normalmente, 65 ou 80%
da tensão nominal. Respectivamente teremos a redução da corrente de
partida para 42% e 64% da nominal.
Vale lembrar que a partida por autotransformador será aplicada a um motor
elétrico trifásico quando não for possível a utilização da partida estrela
triângulo.

6ºEXERCÍCIO – PARTIDA POR AUTOTRANSFORMADOR COM REVERSÃO

Neste exemplo possuímos dois contatores (K4 e K5) responsáveis pela


inversão de duas fases de alimentação do circuito, permitindo assim a
reversão de rotação do motor elétrico comutado a partir deste sistema de
partida.
7ºEXERCÍCIO – PARTIDA POR AUTOTRANSFORMADOR COM REVERSÃO

Este tipo de motor fornece ao sistema a qual ele é empregado uma das
principais características exigidas do motor no instante da partida, um torque
elevado. Através da adição de reostatos de partida podemos reduzir a
corrente de partida e até mesmo trabalhar a variação de velocidade deste
motor.
8ºEXERCÍCIO – MOTOR TRIFÁSICO COM REVERSÃO E FREIO ELETROMAGNÉTICO C
POR BOTÕES
Abaixo o diagrama de potência e respectivamente o diagrama de comando
da frenagem eletromagnética de um motor.
9ºEXERCÍCIO – PARTIDA DE MOTOR DAHLANDER

Um motor capaz de disponibilizar em uma mesma carcaça a possibilidade de


utilizar duas velocidades distintas, sendo que a velocidade mais alta será
sempre o dobro da velocidade menor. Isto se dá em função de, no
fechamento do motor alteramos a quantidade de polos magnéticos gerados
internamente no estator.
10ºEXERCÍCIO – PARTIDA CONSECUTIVA DE MOTORES
Nesta partida consecutiva de motores esboço de maneira clara e objetiva a
partida de um sistema de 3 motores que possuem intervalo de funcionamento
temporizado.
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