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Como cultivar Cogumelos

gastando pouco
By Emprega Brasil | setembro 19, 2016

Como cultivar cogumelos gastando pouco e sem cometer erros. Aprenda


tudo: investimento, localização, equipamentos, fornecedores, mercado,
concorrência, riscos, legislação, mão de obra especializada, captação de cliente,
financiamento, atendimento e muito mais…

CULTIVO DE COGUMELOS
APRESENTAÇÃO
Esculturas delicadas e delirantes, cogumelos são espetáculos de difícil definição
do plano arquitetônico a que pertencem. Estima-se que existam 1,5 milhão de
espécies identificadas, número que representa apenas 30% dos fungos
existentes. A Micologia, ciência que os estuda não dá conta de identificar tanta
variedade. Há fungos que nascem e morrem em poucas horas. Uns são
deliciosas iguarias, outros são venenos fatais e existem ainda aqueles que
funcionam como poderosos alucinógenos, também há aqueles que impulsionam
inovações na medicina.

Alimentam-se das substâncias que degradam, devolvendo-as ao solo


processadas na forma de humus, que fertiliza o solo, promovendo assim
reciclagem e regeneração do ambiente.

Nem vegetal, nem animal, fungos são considerados um caso à parte na natureza;
pertencem, digamos assim, ao “reino dos fungos”. Sua composição é 70 a 90%
água e fora isso são filamentos cujas membranas contêm quitina (componente
da pele humana e de insetos). Os cogumelos são enfim, fungos que se
transformaram em frutos.

A matriz do cogumelo desenvolve-se num “composto” proveniente daquela


matéria que ajudam a decompor. Uma linha de produção inicia-se com o
preparo do “composto”, segue até a colheita chegando ao beneficiamento.

MERCADO
Atualmente, as cidades paulistas de Mogi das Cruzes, Suzano e Atibaia
constituem um pólo produtor. A estimativa de consumo mensal brasileira é 30
mil quilos do cogumelo “champignons de Paris”.

A variedade “shiitake”, muito utilizada na culinária japonesa, por ter


conquistado o paladar do consumidor brasileiro, pode hoje ser encontrada tanto
em lojas especializadas quanto em feiras livres (comercializados, em sua grande
maioria, frescos).

A tendência é de crescimento da demanda, alimentada pela continuidade no


fornecimento-mola mestra do estabelecimento de um hábito de consumo.
COMERCIALIZAÇÃO
Por se tratar de um produto perecível, sua produção deverá estar pré-vendida,
ou como opção, ser desidratado ou mantido em conserva. É necessário descobrir
o ponto de equilíbrio entre demanda e produção. À identificação e à conquista
do nicho de mercado deverá ser dada muita atenção, pois ao apelar para
atravessadores poderão estar sendo perdidos até 70% do lucro.

INVESTIMENTO INICIAL
É estimado em R$ 900mil, desconsiderando-se a construção do galpão de
fermentação e a compra da estufa de pasteurização.

INSTALAÇÕES
De modo geral, as instalações podem ser simples, mas devem oferecer condições
indispensáveis como proteção ao sol, chuvas e ventos, além de temperatura e
umidade adequadas.

Um barracão de frutificação; um espaço para o período de incubação (que pode


ser outro barracão simples, de bambu, ou um lugar sombreado) e um tanque
para choque térmico são, basicamente, as instalações necessárias à produção.

EQUIPAMENTOS
Garfos e pás para a formação de pilhas, mangueira para umedecimento,
termômetro para acompanhar a compostagem, barracões para cultivo, estufa e
desidratadora. Exige ainda veículo utilitário e área de 5.000 m².

PRODUÇÃO
O segredo da produção está na escolha das toras de eucalipto: com pouca resina
e serradas de acordo com normas técnicas (poderão também ser usadas, além
do eucalipto, árvores frutíferas como a mangueira, abacateiro e noz pecã).

O cultivo do “shiitake” em serragem também é rentável, mas exige mais


tecnologia. Não é necessária uma grande área, mas são obrigatórios cuidados
especiais como: controle da umidade, da temperatura e da qualidade da água.

ETAPAS
 Obtenção ou preparação da matriz
 Preparação do composto e compostagem
 Compostagem livre
 Pasteurização
 Preparo da terra de cobertura
 Semeadura
 Incubação
 Colocação da terra de cobertura
 Produção e colheita
 Limpeza.
DEFINIÇÃO DAS ESTRUTURAS FÍSICAS
. Galpão de compostagem: barracão coberto, com ou sem paredes laterais
piso de concreto (resistência ao peso), levemente inclinado para haver acúmulo
de água, com um canal lateral de coleta de água (que a recolhe em um tanque e a
bombeia, fazendo com que retorne ao composto, eliminando o desperdício de
nutrientes).
Na produção em pequena escala, pode-se improvisar um barracão de
compostagem com uma lona plástica estendida no chão e uma cobertura rústica
(base de sapé ou mesmo lona plástica) com dimensões para 12 toneladas de
composto inicial, ou seja, 20 m x 6 m e 4 m de altura.

. Câmara de pasteurização: túnel de pasteurização feito em alvenaria, com


paredes e teto isolados termicamente (blocos de cimento celular ou paredes
duplas, com uma camada intermediária de ar, isopor ou lã de vidro). Suas
dimensões são: 2,5 a 3,0 m de altura. 2 m3 para cada tonelada de composto.
Piso do túnel: duplo (base de alvenaria e, 30 ou 50 cm acima, um tablado
(caibros de 5 cm de espessura, com 1 a 2 cm de espaçamento) onde será
colocado o composto. O tablado com espaçamento permite a passagem do vapor
de água.

Uma casa de cultivo, nas condições ideais, necessita de investimento inicial


muito elevado. Por isso, alguns produtores utilizam galpões mais simples. A
estrutura mais comum é de barracões de madeira forrados com papel
aluminizado que reflete o calor e impede que a elevação excessiva da
temperatura interna.

. Incubadora (opcional). Pode ser o próprio galpão de cultivo. Local fechado,


com temperatura e umidade controladas, para colocação dos sacos depois de
semeados e antes de receber a terra de cobertura.
. Galpão de cultivo: Deve oferecer condições ambientais controladas,
principalmente quanto à temperatura, fator que oferece maior dificuldade de
manutenção – entre 16-18º C. Em construções de alvenaria, protege-se paredes
e teto com tinta impermeável, para que não deteriorem com o passar do tempo e
mantenham seu poder isolante. Em galpões mais rústicos, feitos de madeira e
papel aluminizado, esta proteção é reforçada com plástico.
. Sala de limpeza: Onde são tratados os cogumelos após a colheita – momento
em que precisam ser imediatamente cuidados. Sua localização deve ser ao
mesmo tempo próxima da saída da propriedade e dos galpões de cultivo,
conservando ainda a facilidade para acesso. No local deverão estar disponíveis
todos os meios e utensílios para limpeza dos cogumelos.
. Sala de processamento: Onde é feito o cozimento, o envase e a rotulagem
dos cogumelos. A tendência é, cada vez mais, terceirizar esta etapa.
DICAS PARA MANEJO
. Toras: O eucalipto deve ser cortado em toras de 0,8m a 1m, com diâmetro
entre 10cm e 15cm, para facilitar o manejo. Os furos, com profundidade de 2cm,
são feitos em zigue-zague nas toras.
Uma tora de 15cm deverá ter entre 45 e 60 furos. Após a inoculação, os furos são
cobertos com parafina e breu (para evitar a contaminação das sementes ou o
ataque de formigas) derretidos a 120º C e empilhados em camadas de cinco, até
uma altura de 1,5 m e mantidas em temperatura de 25ºC umidade relativa do ar
entre 80% e 100% (ambas alcançadas através de irrigação com água sem cloro).
É fundamental que as pilhas não estejam em contato direto com o solo, para
evitar a contaminação. Três meses depois, as pilhas são refeitas e as toras,
invertidas, possibilitando desenvolvimento uniforme dos cogumelos.

. Sementes: O “shiitake” – Sua inoculação deve ocorrer de três a sete dias


depois do corte, período em que ocorrerá o escorrimento da seiva, com as toras
inclinadas.
Após seis meses, está na hora do choque térmico, com a imersão (variando de 8
a 24 horas) das toras em tanques de água a uma temperatura 5º C inferior à do
ambiente.

. Incubação: Depois do choque, as toras são levadas ao barracão de


frutificação, onde serão mantidas inclinadas, amparadas em cavaletes, sem
irrigação.
. Colheita: Começa três dias após o choque térmico, estendendo-se por até dez
dias, quando as toras recebem novo choque. Uma tora rende entre seis e oito
colheitas.
Para cultivar comercialmente cogumelo, o produtor não deve se preocupar em
produzir suas próprias matrizes, que é uma área específica e especializada,
porque existem laboratórios especializados no fornecimento de matrizes de boa
qualidade. Outra opção é adquirir o composto já semeado, junto a outro
produtor, restando apenas o trabalho de cultivar os cogumelos. Neste sistema, o
produtor pode também vender total ou parcialmente sua produção in natura,
terceirizando as etapas comerciais e industriais do processo.

AMEAÇAS
. Fungos parasitas. Os mais freqüentes são os mais prejudiciais, o
“Verticillium fungícola”, produz uma doença conhecida como “bolha seca”. E a
“Mycogone perniciosa” – “a bolha úmida” – ou “mela”. A contaminação provém
do solo de cobertura, de correntes de ar, ácaros, insetos.
. Bactérias. Ocorrem normalmente em todas as fases do cultivo de cogumelos
comestíveis e nem sempre ocasionam problemas. Para evitar bactérias
patogênicas, basta seguir corretamente o processo de pasteurização e a assepsia
dos locais de cultivo. A limpeza das camas, paredes e chão deve ser efetuada
com pulverização de água clorada ou de água com formol.
. Ácaros. Atraídos pelo cheiro do composto, transportados por insetos ou
provenientes do composto mal pasteurizado, reproduzem-se em alta velocidade
e são resistentes às mudanças de temperatura. A única forma de combatê-los
são os inseticidas, ferramenta que tem seus riscos. Para evitar os ácaros, dentre
outros procedimentos, o solo deve ser tratado com vapor d’água a 90º C, por
três horas seguidas.
. Insetos. Os que causam maiores estragos são pequenas moscas – moscas do
esterco -, pois perfuram o cogumelo e suas larvas se deslocam através de
galerias,causando danos irreversíveis. A prevenção consiste em evitar frestas
nos barracões de cultivo e uma vez verificada a presença de algum inseto deve-
se tomar medidas imediatas de controle.
Referências:
Sebrae, IBGE, DIEESE, IPT, Instituto Datafolha, Instituto
IBOPE, Wikipédia, Jornal Estadão, Jornal Folha de S.Paulo, Jornal O
Globo, Revista Exame, Revista
Veja, MAPA, MCTI, MDA, MDIC, MMA, MME, MTE.

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