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Anais das XXXII Jornadas Sulamericanas de Engenharia

Estrutural
Maio / 2006 ISBN 85-99956-01-9
Normalização
Trabalho JOR0619 - p. 1401-1410

DIMENSIONAMENTO DE PILARES TUBULARES DE AÇO


PREENCHIDOS COM CONCRETO EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO

A. O. Rigazzo (1), A. L. Moreno Jr. (2), J. A. V. Requena (3), A. E. P. G.


A. Jacintho (4)
(1)
UNICAMP - Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo
Depto de Estruturas, Cx. Postal 6021
CEP 13083-970 - Campinas-SP - Brasil - rigazzo@fec.unicamp.br
(2)
UNICAMP - Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo
Depto de Estruturas, Cx. Postal 6021
CEP 13083-970 - Campinas-SP - Brasil – almoreno@fec.unicamp.br
(3)
UNICAMP - Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo
Depto de Estruturas, Cx. Postal 6021
CEP 13083-970 - Campinas-SP - Brasil – requena@fec.unicamp.br
(4)
UNICAMP - Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo
Depto de Estruturas, Cx. Postal 6021
CEP 13083-970 - Campinas-SP - Brasil – paganell@fec.unicamp.br

RESUMO

A NBR 14323[1] apresenta dois métodos de dimensionamento de pilares mistos em


situação de incêndio: o tabular e o analítico. Nesse artigo, é feita uma discussão desses
métodos, visando-se o esclarecimento de questões não tratadas na referida norma. A
principal dessas questões é a obtenção das temperaturas em pontos diferentes da seção
transversal mista, de modo que se possa calcular as propriedades do aço e do concreto
para essas temperaturas e, assim, proceder ao dimensionamento do pilar.
Além disso, pretende-se, neste trabalho, realizar uma breve discussão sobre os tempos
requeridos de resistência ao fogo – TRRF – que são mencionados na norma supracitada,
pressupondo-se conhecimentos prévios por parte dos profissionais de engenharia quanto
a aplicação dos mesmos.

Palavras-chave: Pilares Mistos, Situação de Incêndio, Dimensionamento, Aço,


Concreto.

Anais das XXXII Jornadas Sulamericanas de Engenharia Estrutural. 1401


1 INTRODUÇÃO

O concreto associado ao aço surgiu como uma alternativa simples e pouco


onerosa de proteção contra o fogo e a corrosão e, portanto, sem função estrutural. Essa
idéia de proteção dos pilares metálicos impulsionou o surgimento dos primeiros pilares
mistos aço-concreto e, desde então, a técnica passou por grande evolução, apresentado
hoje variações no arranjo e composição desses materiais.
Os pilares mistos podem ser classificados em revestidos e preenchidos. Nos do
primeiro tipo o concreto envolve o perfil de aço, enquanto nos do segundo, os perfis de
aço são preenchidos com concreto de qualidade estrutural.
Especificamente em relação aos pilares preenchidos, podem ser destacadas
algumas vantagens econômicas, estruturais e construtivas, tais como: redução das
dimensões dos elementos estruturais, com conseqüente economia de materiais e mão-
de-obra e maior área livre por pavimento; resistência e rigidez elevadas, especialmente
com o advento dos aços e concretos de alta resistência; ausência de fôrmas e
possibilidade de eliminar ou reduzir armaduras, propiciando economia de materiais e
mão-de-obra, redução do desperdício de materiais e rapidez de execução.
Além das vantagens citadas anteriormente, alguns trabalhos experimentais
apontam para um melhor comportamento estrutural em situação de incêndio dos pilares
mistos preenchidos quando comparados aos pilares tubulares metálicos. Nos pilares
mistos, o núcleo de concreto funciona como um dissipador de calor, aumentando a
resistência a elevadas temperaturas.
De fato, alguns trabalhos de pesquisas sobre pilares mistos preenchidos em
situação de incêndio mostram que, embora o material concreto não esteja envolvendo o
perfil metálico, esse tipo de elemento misto oferece melhorias frente à ação do fogo,
quando comparado a pilares metálicos.
Nesse sentido, BAILEY e NEWMAN[2] afirmam que os pilares mistos
preenchidos podem resistir a até 3 horas de ação do fogo, conforme ensaio padronizado
ISO 834. Segundo esses pesquisadores, com a elevação da temperatura parte da carga
resistida pelo perfil metálico é transferida para o núcleo de concreto, que, por sua vez,
perde resistência e rigidez mais lentamente que o perfil tubular, aumentando o tempo de
resistência ao fogo.
HAN et al [3] analisaram a relação entre o nível de carga dos pilares
submetidos a elevadas temperaturas e algumas variáveis de projeto, a saber: perímetro
da seção transversal, esbeltez, resistência do aço do tubo metálico e resistência do
concreto.
O nível de carga é a razão entre o carregamento imposto ao pilar na situação de
incêndio e a resistência última do mesmo em temperatura ambiente e tem como função
permitir a avaliação da resistência ao fogo dos elementos sob um carregamento em
serviço.
Os pesquisadores construíram curvas do tempo de resistência ao fogo pelo
nível de carregamento e os resultados mostraram que o perímetro da seção (diretamente
ligado ao volume de concreto no interior do tubo) e a esbeltez dos pilares exercem
maior influência na resistência ao fogo do que a tensão de escoamento do aço e o fck do
concreto.
Essa conclusão é importante, pois permite o entendimento que, em termos de
resistência ao fogo, é mais interessante aumentar a seção transversal dos pilares do que
a resistência do concreto do preenchimento e do aço do tubo metálico.

Anais das XXXII Jornadas Sulamericanas de Engenharia Estrutural. 1402


2 DIMENSIONAMENTO DE PILARES MISTOS EM SITUAÇÃO DE
INCÊNDIO

A NBR 14323[1] apresenta em seu anexo B dois métodos simplificados para


dimensionamento de pilares mistos em situação de incêndio: o tabular e o analítico.

Método Tabular:
O método tabular, como sugere o nome, utiliza-se de tabelas para a realização
do dimensionamento. Essas tabelas são válidas para cargas axiais e excêntricas,
entretanto, deve-se respeitar algumas condições para a validade das mesmas.
A estrutura deve ser contraventada e o incêndio deve ser limitado a apenas um
andar e, neste andar, o pilar a ser dimensionado deve estar sujeito a temperatura
uniforme em todo seu comprimento. Além disso, as tabelas para dimensionamento são
válidas para pilares com comprimento máximo de 30 vezes a menor dimensão externa
da seção transversal.
No caso de pilares mistos preenchidos com concreto, a tabela da norma a ser
utilizada é a tabela B.4. Para a utilização da mesma é necessário determinar o nível de
carga do pilar, dado pela seguinte expressão:

N fi , Sd
n fi = (1)
N Rd

Onde, Nfi,Sd é a força normal de compressão solicitante de cálculo no pilar em


situação de incêndio e NRd é a força normal de compressão resistente à temperatura
ambiente. Para cálculo da NRd deve-se tomar o comprimento de flambagem do pilar
igual a duas vezes o comprimento do pilar em situação de incêndio. Além disso, no caso
de forças excêntricas, NRd deve ser igual à máxima força normal que pode atuar no
pilar, levando-se em conta os momentos fletores, de acordo com o anexo R da NBR
8800[4].
No caso específico dos pilares mistos preenchidos, a NBR 14323[1] impõe
algumas outras condições para a utilização do método tabular, a saber:
Independentemente das características do aço do perfil tubular, deve ser
considerado para a resistência ao escoamento o valor máximo de 250 MPa.
A espessura da parede do tubo de aço não pode exceder 1/25 do menor lado da
seção retangular ou 1/25 do diâmetro para tubos circulares.
Não devem ser consideradas taxas de armadura maiores que 3% e o aço das
armaduras deve ser CA-50 ou equivalente.
Definidos os parâmetros do método tabular, a figura 1 mostra a tabela B.4 da
NBR 14323 [1] para dimensionamento de pilares mistos preenchidos em situação de
incêndio.

Anais das XXXII Jornadas Sulamericanas de Engenharia Estrutural. 1403


Figura 1 – Tabela B.4 da NBR 14323[1] para pilares mistos preenchidos

Método Analítico:
Com relação ao método analítico da NBR 14323[1], a resistência de pilares
mistos em situação de incêndio submetidos à compressão axial é dada pela seguinte
equação:

N fi , Rd = χ fi N fi , pl , Rd (2)

Nessa equação χfi é um fator de redução associado à curva de resistência à


compressão “c” da NBR 8800[4], obtido a partir do índice de esbeltez reduzido. Nfi,pl,Rd
é a força normal de plastificação em situação de incêndio calculada pela equação 3.

N fi , pl , Rd = ∑ ( Aa ,θ f a −máx ,θ ) + ∑ ( As ,θ f s − máx ,θ ) + ∑ ( Ac ,θ f ckn,θ ) (3)


j k m

Onde:
∑ (Aa,θ f a−máx,θ ) é o somatório dos produtos da área dos elementos
j

componentes do perfil de aço pelo limite de escoamento do aço do mesmo.

Anais das XXXII Jornadas Sulamericanas de Engenharia Estrutural. 1404


∑ (A θ f
k
s, s − máx ,θ ) é o somatório dos produtos da área das barras da armadura

(quando houver) pelo limite de escoamento do aço das mesmas.


∑ (Ac,θ f ckn,θ ) é o somatório dos produtos dos elementos de área do concreto
m
pela resistência característica à compressão desse material.
O índice de esbeltez reduzido em situação de incêndio é definido na norma no
item B.3.1.4 da NBR 14323[1] como sendo:

N fi , pl , Rd
λ0,θ = (4)
N fi ,cr

Onde, Nfi,cr é a força normal de flambagem elástica em situação de incêndio


definida como:

π 2 ( EI ) fi ,eff
N fi ,cr = (5)
l 2fl ,θ

Onde, l fl ,θ é o comprimento de flambagem do pilar em situação de incêndio e


(EI)fi,eff é a rigidez à flexão efetiva para a seção mista, dada por:

( EI ) fi ,eff = ∑ (ϕ a ,θ Ea ,θ I a ) + ∑ (ϕ s ,θ Es ,θ I s ) + ∑ (ϕ c ,θ Ecun ,θ I c ) (6)


j k m

Onde, Ia, Is e Ic são os momentos de inércia da seção transversal para o tubo de


aço, para a armadura e para o concreto, respectivamente. Enquanto que Ea,θ, Es,θ e Ecun,θ
são os módulos de elasticidade em situação de incêndio do aço do tubo, do aço da
armadura e do concreto respectivamente. Os coeficientes ϕi são dependentes das
tensões térmicas e tabelados na NBR 14323[1] (Tabela B.5 da norma), em função do
tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF).
O módulo de elasticidade secante do concreto à temperatura em que o mesmo
se encontra é definido no item B3.1.7 da NBR 14323[1] como:

f ckn,θ
Ecun ,θ = (7)
ε cun ,θ

Onde f ckn,θ e ε cun,θ são obtidos através de fatores de redução tabelados, em


função da temperatura, no item 5.2.1 da referida norma.

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3 CONCEITOS IMPORTANTES PARA REALIZAÇÃO DO
DIMENSIONAMENTO

Uma vez apresentados os dois métodos de cálculo da NBR 14323[1], torna-se


necessária a discussão de algumas questões. No caso do método analítico, o
dimensionamento é realizado utilizando-se as propriedades do aço e do concreto na
temperatura em que esses materiais se encontram na situação de incêndio. Entretanto, a
NBR 14323[1] não apresenta um modelo de cálculo para a determinação dessas
temperaturas, a partir da temperatura do ambiente em chamas. Além disso, tanto no
método tabular, quanto no analítico é necessário compreender o conceito representado
pelos tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF), que são utilizados no
dimensionamento. Deste modo, faz-se necessária uma discussão um pouco mais
detalhada sobre os princípios que regem o dimensionamento de elementos estruturais
mistos em situação de incêndio.
Em um ambiente em chamas, a diferença de temperatura entre os gases quentes
desse ambiente e a estrutura, gera uma ação térmica sobre os elementos estruturais. Essa
ação térmica é proveniente de um fluxo de calor por radiação e convecção. Esse fluxo
de calor, por sua vez, provoca um aumento de temperatura nos componentes da
estrutura e, esse aumento elevado de temperatura causa redução de resistência e rigidez
e, em estruturas hiperestáticas, produz esforços solicitantes adicionais.
Portanto, para se dimensionar um elemento estrutural em situação de incêndio
é necessário que se considere essa redução de resistência e rigidez dos materiais que
compõem esse elemento e os prováveis esforços solicitantes adicionais, provenientes da
ação térmica.
Segundo SILVA [5], uma situação de incêndio real pode ser dividida em três
fases. Uma fase inicial de ignição, com baixas temperaturas, na qual se o incêndio for
controlado e extinto não é necessário que o mesmo seja levado em conta no
dimensionamento estrutural. Uma segunda fase de aquecimento rápido, chamada de
“flashover”, na qual ocorre uma inflamação generalizada. E, por fim, uma fase de
resfriamento após o esgotamento de todo material combustível do ambiente.
Um incêndio real pode ser modelado de modo a se obter uma curva
temperatura pelo tempo aproximada, através de um método chamado de modelo do
incêndio natural. Para isso, é necessário saber a quantidade de material combustível do
ambiente, chamada de carga de incêndio, o grau de ventilação do compartimento em
chamas e as características térmicas dos materiais de vedação.
Como na prática a aplicação do modelo do incêndio natural é bastante
trabalhosa e requer um estudo de cada caso, é comum, por simplificação, adotar-se
curvas temperatura-tempo padronizadas, que não representam um incêndio real. Essas
curvas são associadas a tempos padronizados de resistência ao fogo, e esses tempos, por
sua vez, são resultado de consenso entre o meio técnico.
Dentre essas curvas temperatura-tempo padronizadas a mais utilizada no Brasil
é a curva ISO 834. A figura 1 apresenta a curva ISO comparada a uma curva típica de
um incêndio real (curva pontilhada).

Anais das XXXII Jornadas Sulamericanas de Engenharia Estrutural. 1406


Figura 2 – Curvas temperatura x tempo – ISO 834 x incêndio real (SILVA [5])

Os tempos padronizados de resistência ao fogo, chamados TRRF (tempo


requerido de resistência ao fogo), são definidos no Brasil através da NBR 14432[6] em
função do uso/ocupação e da altura da edificação. Esses tempos não podem ser
confundidos com a duração de um incêndio real, uma vez que são tempos fictícios
associados à curva padrão, e que, por consenso do meio técnico, permitiriam uma
desocupação segura da edificação.
Através desses tempos padronizados pode-se obter na curva de incêndio padrão
a temperatura fictícia dos gases do ambiente e, através dessa temperatura, uma
temperatura no elemento estrutural, que será usada no dimensionamento do mesmo.
Tomando-se, por exemplo, um pilar de aço sem proteção térmica, pode-se
através da temperatura obtida na curva padrão calcular a temperatura no pilar através
das seguintes equações:
F
∆θ a = h∆t (8)
ca ρ a
Onde:
∆θa = Variação de temperatura no aço
F = Fator de massividade (perímetro/área)
ca = Calor específico do aço
ρa = massa específica do aço
h = fluxo de calor por unidade de área
Sendo que o fluxo de calor é a soma do fluxo de calor por radiação mais o
fluxo de calor por convecção, dados pelas equações 9 e 10.

(
hr (t ) = 5,7 x10−8 ⋅ 0,5 (θ g (t ) + 273) − (θ a (t − ∆t ) + 273)
4 4
) (9)

hc (t ) = 25(θ g (t ) − θ a (t − ∆t ) ) (10)

Onde, θg é a temperatura dos gases e θa a temperatura no aço.


No caso de pilares mistos preenchidos a determinação da temperatura é muito
mais complexa, pois além do fluxo de calor por radiação e convecção dos gases quentes
para o aço, temos troca de calor entre o tubo de aço e o núcleo de concreto, que estão
em temperaturas diferentes.

Anais das XXXII Jornadas Sulamericanas de Engenharia Estrutural. 1407


No caso dos pilares mistos, tem-se, portanto, temperaturas diferentes em vários
pontos da seção transversal. LIE e WHITE [7] apresentaram um método para a
determinação da temperatura ao longo da seção transversal de pilares mistos. Esse
método consiste na divisão da seção em diversas camadas que compreendem todas as
regiões que a compõe, ou seja, a região da interface entre o tubo de aço e os gases
quentes do ambiente, a região do interior do tubo de aço, a região da interface entre o
tubo e o núcleo de concreto e, por fim, a região do interior do concreto. Uma vez feita a
divisão da seção transversal, as temperaturas são determinadas em pontos contidos
nessas regiões, através de equações bastante complexas, que não serão transcritas para
este artigo, mas que podem ser consultadas na referência citada. A figura 3 apresenta
um exemplo de divisão da seção transversal de um pilar misto pelo método de LIE e
WHITE [7].

Figura 3 – Divisão da seção transversal em camadas

Vale ressaltar também, que os autores também propõem em seu trabalho uma
solução numérica para obtenção das temperaturas na seção mista, através da utilização
do método dos elementos finitos.
De qualquer forma, uma vez determinadas as temperaturas no aço e no
concreto, pode-se obter as propriedades desses materiais para essas temperaturas e
proceder ao dimensionamento do pilar misto preenchido através do método analítico da
NBR 14323[1]. Deste modo, para realização do dimensionamento através do método
analítico temos a seqüência esquemática representada pela figura 4.

Anais das XXXII Jornadas Sulamericanas de Engenharia Estrutural. 1408


TRRF
(TEMPO REQUERIDO DE RESISTÊNCIA AO FOGO)

TEMPERATURA CORRESPONDENTE NA CURVA


PADRÃO

TEMPERATURA NO ELEMENTO ESTRUTURAL


(CORRESPONDENTE À TEMPERATURA DA CURVA PADRÃO)

DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS


(PARA A TEMPERATURA EM QUESTÃO)

DIMENSIONAMENTO
(MÉTODO ANALÍTICO)

Figura 4 – Dimensionamento utilizando curva padrão e método analítico.

No caso do método tabular, apenas define-se o tempo requerido de resistência


ao fogo e o nível de carga do pilar (equação 1) e, de posse desses parâmetros, procede-
se ao dimensionamento através da tabela B.4 da NBR 14323[1] (figura 1).

4 CONCLUSÕES

Nesse artigo foi feita uma discussão dos dois métodos de cálculo de pilares
mistos preenchidos apresentados na NBR 14323[1], buscando-se discutir algumas
questões pouco esclarecidas na referida norma.
Deste modo, foram abordados aspectos importantes que norteiam o
dimensionamento desses elementos estruturais, como por exemplo, os tempos
requeridos de resistência ao fogo e sua relação com a curva tempo-temperatura
padronizada.
Também foi discutida a necessidade de se conhecer métodos analíticos ou
numéricos para obtenção, a partir da temperatura associada à curva padrão, da
temperatura no aço e no concreto para que se possa proceder ao dimensionamento.
Assim sendo, foi citado nesse trabalho o método desenvolvido por LIE e WHITE [7],
que permite a obtenção dessas temperaturas.

5 AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem a V&M do Brasil pelo financiamento deste trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de Revisão da NBR


14323:1999. “Dimensionamento de Estruturas de Aço e de Estruturas Mistas Aço-Concreto de
Edifícios em Situação de Incêndio”. NBR 14323-03, 2003.
[2] BAILEY C. G.; NEWMAN G. M. “The Design of steel framed buildings without applied fire
protection”. The Structural Engineer, V.76, N 3, p. 77-81, March 1998.

Anais das XXXII Jornadas Sulamericanas de Engenharia Estrutural. 1409


[3] HAN, L. H.; YANG, Y. F.; XU, L. “An experimental study and calculation on the fire resistance of
concrete-filled SHS and RHS columns”. Journal of Constructional Steel Research, V.59, N.4, p.
427-452, 2003.
[4] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de Revisão da NBR 8800:1986.
“Projeto e Execução de Estruturas de Aço e de Estruturas Mistas Aço-Concreto de Edifícios”. NBR
8800-03, 2003.
[5] SILVA, V. P. “Estruturas de aço em situação de incêndio”. 256p. ISBN 85-85570-04-0. Zigurate
Editora. São Paulo. 2001. Re-edição. 2004.
[6] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. “Exigências de resistência ao fogo de
elementos construtivos de edificações - Procedimento”. NBR 14432, 2000.
[7] LIE, T. T.; WHITE, R. H. “Structural Fire Protection”. ASCE Manuals and Reports on Engineering
Practice, N. 78.

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