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ID=13
Teste de Friedman
Introdução
O teste de Friedman serve para testar a hipótese de que vários grupos relacionados, têm todos, a mesma distribuição (Vieira
2003).
Da mesma forma que o teste de Kruskal-Wallis, este teste é um substitutivo ao teste F para análise de variância paramétrica,
sendo utilizado quando as amostras, cujas observações podem verificar valores com acentuada variação e em cada
tratamento são constituídos blocos com a intenção de que isto resulte em um pareamento considerável entres os diversos
tratamentos (Rodrigues, 2010).
O teste de Friedman pressupões que a variável em análise seja medida em escala ordinal ou numérica. (Vieira 2003).
De forma análoga aos demais testes, formula-se a H0 e a H1. Para testar a H0, utiliza-se tabela de χ², com grau de liberdade
k-1.(Rodrigues, 2010)
Equação
Onde: n = número de blocos; k = o número de tratamentos; Ri = a soma das ordens atri-buídas aos dados do tratamento i,
nos blocos n.
Para os casos de empate entre observações de mesmo bloco, calcula-se a média aritmética das ordens. A ordenação dos
valores se dá dentro dos blocos.
Exemplo
Exemplo: Foram coletadas cinco amostras em quatro profundidades (tratamentos) em cinco áreas diferentes, delimitados
pelas características edáficas do solo (blocos). Este solo foi exposto há poluentes de uma determinada fábrica. Assim sendo,
quer saber se o poluente está distribuído de forma igual entre as profundidades avaliadas, ou seja, as concentrações do
poluente são iguais em todas as profundidades (Hipótese Nula ou H0). Os resultados da análise foram as seguintes:
Profundidade (cm)
Blocos
0-10 11-20 21-30 31-50
Área A 12 13 16 7
Área B 8 9 12 5
Área C 14 20 22 6
Área D 17 16 21 11
Área E 12 15 16 10
Profundidade (cm)
Blocos
0-10 11-20 21-30 31-50
Área A 12 (2) 13 (3) 16 (4) 7 (1)
Área B 8 (2) 9 (3) 12 (4) 5 (1)
Área C 14 (2) 20 (3) 22 (4) 6 (1)
Área D 17 (3) 16 (2) 21 (4) 11 (1)
Área E 12 (2) 15 (3) 16 (4) 10 (1)
Total R1= 11 R2= 14 R3= 20 R4= 5
*Os valores entre parênteses e em negrito correspondem à ordenação dos tratamentos dentro dos blocos (linhas). Sendo o valor Ri as somas dos valores
de ordenação nos tratamentos (colunas).
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Resolução
Como valor de graus de liberdade é igual a k-1 graus de liberdade e sendo k=4 (tratamentos), têm-se 3 graus de liberdade. A
partir da tabela χ² (Tabela qui-quadrado). Os valores para 5 e 1% de probabilidade são 7,82 e 11,32, respectivamente.
Sendo o valor de χr² calculado maior que os valores da tabela de χ², rejeita-se a hipótese nula (H0) e aceita a hipótese
alternativa (H1). Ou seja, a profundidade de 21-30 cm tem uma maior concentração do poluente que as demais
profundidades avaliadas, nas áreas onde foram coletadas amostras.
O arquivo de dados do exemplo pode ser baixado aqui, assim como o script pronto, que pode ser baixado aqui
Script
Resultado
data: dados
Friedman chi-squared = 14.04, df = 3, p-value = 0.002851
>
> #Cria e exibe os gráficos boxplot e barra
> boxplot(dados, names=c("0-10","11-20","21-30", "31-50"), ylab="Profundidade",col=4)
> barplot(dados,xlab="Profundidade",ylab="Imaginol-Poluentis (mg.mm³)", beside=T,
names=c("0-10","11-20","21-30", "31-50"))
>
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Referências
Rodrigues, W.C., 2010, Estatística Aplicada: 8ª Edição Revisada e Ampliada Com listas de Exercícios. Edição do autor, 62
p.
Vieira, S.,2003. Bioestatística: tópicos avançados. 2ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier. 216 p.
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