Eu não estou falando de mulher,

homem também sofre, homem também sofre.

[Repórter] Espera só um pouquinho, só pra eu me organizar.

[Repórter] Valendo!

Nada impede que um homem vítima

de violência doméstica

se dirija a autoridade competente,

uma delegacia de polícia qualquer.

Até por quê, nós mulheres,

só temos 9 D.D.M na capital

do Estado de São Paulo

e os homens tem mais de 100 delegacias para comparecer.

Pedir um boletim de ocorrência

de que está sofrendo violência,

lesão corporal dolosa, lesão corporal

mínima, máxima, o delegado vai ver,

e ele pode também,

por analogia, pedir uma medida restritiva.

Por isso é o direito é bonito,

não é porque a Lei Maria da Penha

é voltada às mulheres e seus filhos

e relações homo afetivas,

que um homem, hetero,

não possa ir a uma delegacia

e ir ao judiciário pedir uma proteção.

É uma violência de relacionamentos íntimos,

que é filho vendo mãe apanhar,

filho vendo mãe sendo subjugada,

às vezes, filho vendo Pai sendo humilhado

pela mulher, o cara perde o emprego,

ela humilha ele dentro de casa na frente dos filhos.

Estatisticamente o Brasil é

o quinto maior violador de mulheres

no item violência doméstica.

Não é de homens, é de mulheres, né.

Era um domingo, por volta de uma meia-noite,

e o, acho que ela estava dirigindo

e bateu o carro ralou e o marido

ficou muito nervoso, a gente ouvia

da minha casa ouvir ele :

Você bateu meu carro, você é uma vadia!

Ele estava batendo a cabeça dela

na direção do carro, xingando ela,

puxando ela para fora do carro

e ela chorando, as crianças com a babá chorando

e, e ele tentando tirar ela do carro.

O que mais me chocou eram as crianças chorando.

Juristas falam na minha cara

que violência contra mulher

não é violência contra Criança.

O juiz fala na minha cara: Minha senhora,

ele pode ser uma peste com você

e ser um amor com as crianças.

A psicólogas do fórum falam isso.

A não, violência contra mulher

não é violência contra criança.

mas na hora de um juiz admitir

um filho tendo que testemunhar

dizendo que não, não viu nada,

porquê o pai falou para ele,

se você não falar mentir, eu vou para cadeia.

Então se isso não é violência contra criança,

o quê uma criança de 7 anos de idade

vai fazer, com 10 anos de idade vai fazer?

Essa é uma falha da Lei Maria da Penha

porque nós sabemos que a maioria das mulheres

que têm filhos e são vítimas de violência

não fazem a denúncia e nem querem sair

de casa por que com quem vão ficar os filhos?

não há previsão legal para este acolhimento.

Então esta é a primeira grande falha

da Lei Maria da Penha.

Vamos lá, porquê para fazer cena

tem que ser real senão não dá.

As crianças foram para dentro de casa

se acalmaram, para não ver o pai e a mãe brigando

e eu tomei as rédeas da situação.

Eu mandei ele sentar na calçada

no canto, ele tinha mais ou menos

um metro e noventa forte,

e aí eu aumentei o tom de voz

mandei ela para o canto

e ele me obedeceu.

Foi uma coisa meio inesperada,

acho que ninguém imaginava.

Não sei se ele achou que eu estava armado.

Eu chamei um táxi, pus ela com os filhos no táxi

e ele falei agora você se vira aí

do jeito você quiser embora problema é seu.

O terrível é quando volta,

porque é quando a pessoa começa a pedir desculpa

chora, se faz de vítima e você sente culpado

por que apanhou porque você fez isso,

isso é o que é o mais louco.

Não é que eu levei um tapa

e o cara falou: ga-ga-ga...

levou um tapa, vai levar outro.

Não! Depois do tapa vem beijinho,

Você não está entendendo. ( até aqui: Miriam)

Dava pra sentir que aquilo não era, não foi foi uma coisa momentânea que já vinha
ocorrendo mas eu acho que ela não tinha ela não tentou se justificar não tentou xingar
ele falar mal dele, ela estava sem saber saber o que fazer no momento.

eu ela e mais uns três ele dava conta da gente ele era muito grande muito forte e muito
agressivo Então ela acha que ela não tinha a menor chance ali.

quero umas 8 horas da manhã eu estava saindo da casa eu escutei um barulho lá no

portão é de metal escutei um barulho e eu e uma a voz do meu filho aí eu abri a porta e
falei que tá fazendo aqui filho falei para o meu filho se o cabo do vídeo game e eu vim
pegar aí eu achei o cabo a gente pegou o Cabo Frio vai embora que agora eu não sei
onde eu pus a minha chave quando eu achei a chave depois 3 minutos sei lá eu fui sair
para pegar o carro para ir trabalhar eu escutei umas batidas no portão de metal aí uma
gritaria quero meu ex-marido em cima do meu filhote que eu abrir a porta o meu filho
estava encostado na parede ele em cima espancando espancando agredindo meu filho e
eu entrei no meio dos dois e quando eu entrei no meio ele começou a gritar entrar no
carro entra no carro e eu com medo que ele eu meu filho sentou no carro com a porta
aberta e eu abraçada com ele de medo que ele Tatiana foi quando ele pegou a porta do
carro e começou esmagar a gente os dois com a porta do carro esmagando E aí passou
uma mulher na rua gritar com ele só que tem quase dois metros de altura nem percebi
bolsa para para ele eu e meu filho na porta.

quando ele viu que ele não conseguiu esmagar a gente e pegou o meu braço deu uma
chave de braço me levantou na hora que ele fez isso deslocou meu ombro aí passou
Acho que uns 40 minutos essa mulher começou a bater a campainha ela falou olha eu
vou denunciar aí eu sentei falei com ela e não adianta outras mulheres já me viram
apanhar na rua deram até o cartãozinho chegou na hora você vai denunciar ele e ela não
aparece ela falou não eu prometo nem que eu tiver na China eu venho e vou com você
briga de marido e mulher tem que meter a colher a salvação da violência doméstica é
quem mete a colher

foi o ditado é mais para brigas de casais cotidianas e não para agressões que configura
um crime.

por um crime essas pessoas são os verdadeiros heróis

Eu não me considero Herói, acho que eu só fiz um papel que todo mundo deveria
cumprir.

porque a única maneira do Resgate a única.

bom eu tinha 17 anos e ele tinha 31 meus pais conhecia toda a família dele menos ele
que ele morava em outro estado

ele foi visitar a família e lá nós começamos um relacionamento e aí naquela época não
era muito assim tudo muito simples a gente casava mais tava mais com quem os pais da
gente queria eu gostava né a mulher historicamente e milenarmente ela vem sendo
educada para se achar menos para se achar inferior para se achar uma coisa e aí ensinam
a ela culturalmente que ela se não tiver um homem ela é menos ela não é nada tanto que
a gente brinca quando o menino se forma o pai da um carro a menina se forma a
pergunta aí vai casar quando era uma cultura atrasada de que a gente tinha que viver

que viver até o fim então hierarquicamente ela vem educada para achar que ela só ser
alguém na dependência de um homem normalmente essa menina tem um exemplo de
violência em casa então para ela a vida é aquilo é ser submissa é obedecer e aguentar
pancada assim então A lei foi feita para proteger essas mulheres que são vulneráveis
numa relação afetiva seja com pai com avó com tio com irmão ou com um companheiro
com 19 anos e já tenho dois filhos

aí eu vim para São Paulo mas assim vezes da Bahia que eu já sofria violência não física
violência Como que eu posso falar as violências verbais que machuca muito sentimento
nessa psicológico

agência psicológica aquela que fala assim você tá feio hein como você é ridícula então
quando atinge diretamente aquela mulher é a violência psicológica ele pune a violência
moral e aquela que é dirigida para aquela mulher mas ele finge que tá falando de todas
ai como as mulheres são burras não está a violência moral ele pune a violência
financeira que são aqueles homens que se apoderam do cartão de crédito da mulher
tirando o dela a independência Econômica então a lei preview todas as formas de
violência doméstica

eu me sentir um lixo eu não me sentia mulher entendeu você como mulher você tem que
deitar com uma pessoa que entra dentro de casa todos os dias te falando coisas
desagradáveis que você é imprestável que você não serve para nada que você e você
saber que você trabalha fora cuida de casa cuida de filho vai em reunião e uma pessoa
dizer tudo isso para você eu me sentia muito mal muito mal.

o que acontece que muitas vezes a mulher se quer se reconhece como vítima de
violência é muitas vezes no discurso dela ela vem falar mais ele nunca tinha batido né
Ele só me xingava né e xingamento é uma violência doméstica.

Maria da Penha Maia Fernandes farmacêutica bioquímica e uma sobrevivente da

violência doméstica violência psicológica é uma violência que maltrata demais a mulher
porque ela vive sempre naquela naquele suspense de não saber como ele vai chegar do
trabalho se de bom humor mau humor do mesmo jeito que ninguém sabe de que
maneira ele vai acordar se de bom humor ou de mal humor a Lei Maria da Penha ela
deixa muito claro cinco formas de violência que podem ser identificadas como violência
doméstica que é violência física violência sexual a violência psicológica patrimonial e
moral né então todas essas são formas de violência mas que se quer a mulher se
reconhece como vítima.

eu grávida em 81 ele chegou em casa um dia bêbado e saiu para beber novamente puxou
a porta na porta de um trinco por fora que era pra eu por o cadeado, aí trincou seu
cadeado o cadeado e ele voltou nervoso queria que eu abrisse a porta quando ele bateu o
pé na porta e aí cai desmaiada abriu o meu cílio e eu cai desmaiado aí foi levada para o
hospital.

eu vou ter com um curativo enorme e ele falava não se não eu vou trabalhar com ele
porque eu vou falar para as pessoas no meu serviço que aconteceu aí eu comecei falar
que vocês me ajude falei com advogada ela me fez uma carta chamando ele para ir até
lá para a gente conversar e ele pegou a carta Ele ficou todo jogando lixo um ano depois
que a gente morava na casa aqui aí ele me agrediu fisicamente o quarto dos meninos na
sala de uma beliche e ele tava deitado e eu tava lavando a louça para sair aí ele falou
que eu não ia sair que eu não ia para reunião que eu ia era para outro canto aí tinha uma
faca do meu lado eu já imediatamente ficar até a faca ali escondido escondido mesmo
assim ele levantou e começou a socar socar socar aí eu fui andando para o quarto ele
batendo e eu indo para o quarto quando chegou no quarto dele ele caiu quando ele
levantou ele veio mais bravo ainda aí eu não vi mais nada porque os golpes que ele me
deu de novo fez com que eu desmaiasse.

quando eu acordei aí eu vi muitas mulheres com pedaço de bloco Vamos pegar vamos
pegar aí ele se trancou E aí outro me levou para o hospital com as mulheres de lá nós
fomos para a delegacia e da delegacia eu fui fazer o exame de corpo delito E aí a polícia
veio e tirou ele de casa, eu pedi pra tirar.

pegar o número de feminicídio de mulheres negras é muito grande né nos últimos 10

anos segundo o mapa da violência de 2015 e diminuir em quase 10% o assassinato de
mulheres brancas e aumentou em quase 55% de mulheres negras .

muito medo de morrer

essa agressão foi seu filho ?

do mais novo

minha maior preocupação é deixar meus filhos com aquela pessoa mas passou.

quando eu fui ver se o meu agressor eu conheci quando eu estava em São Paulo fazendo
meu mestrado na faculdade de ciências farmacêuticas da USP e ele era uma pessoa
muito bem quista muito prestativa muito simpática como nós sabemos que a maioria
dos agressores são assim após o nascimento da nossas filhas então ele teve a
oportunidade de se naturalizar brasileiro e foi nesse momento então que ele já
naturalizado então mostrou a sua verdadeira face mas não existia nada que favorecesse a
mulher para oficialmente sair de uma situação de violência doméstica.

no ano de 1983 exatamente no dia 29 de Maio é eu estava dormindo já era por volta
ainda era por volta de 6 horas da manhã quando eu escutei um papoco dentro do quarto
e quis me levantar não consegui me mexer não consegui então eu pensei puxa o Marco
me matou eu deixei de caminhar né sofri número de cirurgias né e o meu agressor não
teve nenhuma punição durante quase 20 anos eu lutei por 19 anos e 6 meses por Justiça.

ficou preso por 47 domingo segunda terça quarta-feira de cinzas 6 horas da manhã ele
chegou as coisas dele tava Pronta para sair e aí meus filhos já estava os três comigo já
tinha conversado com eles e já ele já sabia o que ele ia sair de casa depois de passado
uns dias o meu mais novo que tinha 6 aninhos falou mãe ele apareceu aquele chorando
para voltar dizendo que tava doente aí o meu filho chorando muito pequeno né comigo
não então pega um travesseiro aqui uma conversa e manda ele deitar lá do lado de fora
na calçada se ele tiver mal mesmo ele vai deitar lá socorrer não deixa entrar o Brasil já
havia assinado tratados internacionais se comprometendo a diminuir a impunidade dos
agressores de mulheres e nada tinha sido feito então ela perguntou Eles perguntaram se
eu queria denunciar o Brasil não é a na hora eu aceitei e naquele momento eu tinha
certeza de que algo diferente iria acontecer e realmente o meu caso chegou na hora
durante 4 anos ao enviou Ofício ao Brasil solicitando uma solicitando uma posição
sobre o meu caso e nenhum momento o Brasil respondeu ao e a partir daí então foi
trabalhada a criação da Lei Maria da Penha é que foi que foi sancionada pelo presidente
Lula no ano de 2006 no dia 7 de agosto de 2006 se você ler a lei Você pode até chorar
de tão bonita que é na preocupação do trato com a mulher vítima de violência mulher
que sequer consegue acessar a lei é essa mulher que vai morrer na independente das
periferias as mulheres não procuram delegacia porque a polícia tá matando os filhos
dela várias outras e você como é que a gente pensa realidade dessas mulheres sem olhar
só para olhar legalista nós não conseguimos inserir as mulheres na área de segurança
pública porque ela consegue uma medida protetiva mas não tem Quem fiscaliza
ninguém vai ficar na porta uma viatura não vai ficar na porta da casa dela para impedir
que aquele homem volte.

você não consegue Assistência Social ali à disposição daquela mulher para fazer o
estudo para orientar para ajudar você não consegue assistência psicológica que ela tanto
necessita para romper o ciclo da violência você não consegue educar e você não
consegue inserir o no trabalho e normalmente ela não tem moradia.

porque ela vai preparar para morar embaixo da ponte se você procurar no bairro mais
periférico hoje uma casa de dois cômodos para alugar até r$ 500 se você vir ganha
salário mínimo você vai ficar com 300 e poucos reais para comer bebê e vestir você
percebe

você percebe que ela é linda ela pensou em tudo por uma mulher vítima de violência
mas você não consegue dar tudo isso

é o maior exemplo é ddm de São Paulo fechada das 18 horas às 8 horas da manhã que é
à noite que a maioria das violências acontecem à final de semana também fechada

grupo que existe na cidade de São Paulo é um grupo funcional para homens que foram
autuados pela lei Maria da Penha São encaminhadas via justiça e nós fazemos um grupo
reflexivo com eles para que para pensar refletir e discutir sobre temas e acolher esse
homem que está totalmente perdido vende Essa violência que aconteceu.

não somos somente agressores ou autores de violência e autuado estou respondendo

processo a juíza explica de maneira bem clara para eles que a participação dele no grupo
não vai mudar né sinceramente e muita coisa não vai aliviar eles não vão deixar de ser
penalizados porém caso se eles vierem a ser condenados a participação no grupo pode
vir a ser um atenuante da Pena

nomes com v aqui vem em sua maioria só Total maioria muito revoltados muito bravos
espumando né eles acham totalmente injusto eles estarem participando que nosso grupo
Os acham estão inconformados com o fato de estar em carregando o biel nas costas final
de contas eles acham que o que eles fizeram não foi nada demais

qual é o conselho que o senho dá pra suas filhas pra que elas não corram risco de
apanhar ou sofrer algum tipo de agressão, o que voce fala.
Com certeza se pode deixar ele consegue se livrar de uma angústia tanto que muitos
homens após passarem produzido 16 encontros que eles querem e permanecem muitas
vezes aqui

primeiro encontro é quebra de resistências é que eles acham que estão estão sendo
Discriminados que eles não são bandidos na Então vem sempre essa visão de que tem
tanto o bandido aí na rua sem tanto ladrão aí tão chamando a ele para que que tá
atrapalhando a vida dele então é bem complicado a primeira primeiro encontro com eles
né

o grupo ele tem um papel no sentido de papel reflexivo reflexivo e educativo né que a
gente chama que é um processo de desconstrução e reconstrução cognitiva no processo
de mudança de atitude buscando a mudar as relações e trazer um trator mais igualdade
nas relações de gênero.

virgem do problema Qual é a educação machista educação esta que começa dentro do
Lar reafirmada na escola confirmada pela mídia principalmente a televisiva de uma
criança nasce machista ensinado o tempo todo os homens

problema Qual é a educação machista educação esta que começa dentro do Lar
reafirmada na escola confirmada pela mídia principalmente a televisiva

nenhuma criança nasce machista né mas ela disse nada o tempo todo a ser machista e os
homens alguns que a maioria acaba se colocada numa situação superior que acha que
uma briga de raiva pode tomar uma atitude extrema agressão eu acho que ele tem nesse
sentido é isso

você se considera machista eu acho que sim eu acho que tudo se eu falar que não sou eu
seria hipócrita sim eu tento todo dia combater uma chance uma chance que você tem de
mim mas eu acho que é muito difícil até porque tem 22 anos sendo ensinado se assim e
agora tem que quebrar isso é difícil menino

menino com 5 anos de idade vai jogar futebol aprendendo disciplina Rigor regra
competição ambição disputa briga e solidariedade a menina aprende isso quando ela
tiver 18 anos para o mercado trabalho ela só vai com atraso mas importantes que o
esforço de desconstruir isso aí eu tenho o tempo que eu tenho conseguido sim o
ambiente aqui da faculdade é bom para isso me diga reflexão mesmo de luta os contatos
que a gente tem conhecendo pessoas diversidade eu acho que ajuda bastante mas
amigos

eu tenho conseguido sim o ambiente aqui da faculdade é bom para isso me diga reflexão
mesmo hein de luta os contatos que a gente tem conhecendo pessoas diversidade eu
acho que ajuda bastante

universidades particulares de conta que não tem o mesmo contato né a mesma

oportunidade eu acho que também vai do indivíduo que quer se construir porque aqui a
gente tem vários perfis de alunos várias pessoas pessoas depende do interesse também
eu tenho muitas amigas que achavam que o feminismo a terra ódio aos homens do mês
passado e entra na faculdade de ver que não é isso então
esse menino este homem que sofre essa locação também milenarmente a gente até fala
que ele não é uma graça ele é uma vítima desta educação machista eu acho que eu tenho
a cabeça muito fechada muito fechado por algumas coisas feminino irmã dela então é o
cuidado com os termos as palavras xingamentos Até que a gente tem que cortar atitudes
mesmo eu acho que tudo isso a gente vai mudando conforme a nossa cabeça e quando

mudando conforme nós conversamos e quando ele descobre que ele não é o cara ele
passa a ser uma vítima dessa educação e ele é o provável agressor

a gente percebe claramente que não tem oportunidade de conversar no seu dia-a-dia bar
é tradicionalmente o lugar mais o meio que o homem mais socialismo no futebol
quando existe espaço para ele falar sobre ele mesmo para falar sobre suas angústias ele
costuma receber conselhos muito produtivos né que incentivam o machismo e a
violência nós precisamos ter uma cultura de gêneros não adianta nós tentarmos aplicar a
Lei Maria da Penha Congresso Nacional finalizar a discussão de gênero se a gente não
pode discutir gênero para tentar equalizar os direitos entre homens e mulheres como que
a gente vai aplicar uma lei que pune um crime cometido com base na violência de
gênero

eu saio de casa eu tenho que pensar o trajeto que eu vou fazer para ver se eu posso por
um vestido ou foi uma calça como se você determinasse alguma coisa assim a meu
respeito e Mas é uma insegurança eu pelo menos me sinto insegura de andar na rua e
sofrer algum tipo de abordagem desde o cara passando de carro e assobiando para mim
até um cara passando a mão em mim porque na Europa não existe lei Maria da Penha o
respeito existe também tem violência também tem desigualdade social mas a menina
não é criada para ser enclausurada para ser um objeto sexual A menina é criada para ir
atrás da vida dela na Dinamarca Você vai no parque a menina está nua tomando sol
ninguém olha aqui no Brasil uma canela descoberta Então essa cultura de sexualização
de nossas enigmas de aprisionamento nesta coisa de princesa e nossos meninos no seu
super heróis nunca vão acabar com a desigualdade

muito bom progresso mas já é um progresso muito seletivo com recorte de classe muito
específico assim antes de conferir aqui nas costas mais ou menos as mulheres são
menos importadas tem menos acesso ao conhecimento é uma situação que para mim Eu
me recordo social na situação que a gente fala movimento feminista dá porque muita
gente fala mas aí não é um assunto muito tabu é um recorte muito seletivo de quem fala
que tem acesso a deformação real

a gente entende que a questão principal empoderar mulheres para que elas tomem
atitudes não é do Carone que a educação é uma coisa que plural e da sociedade e que
não vai depender de corretivos minúsculos como a gente entende a mente da mulher
nesse momento é bem mais importante do que educação do homem você não tem como
criar uma lei que falei assim a partir de amanhã todo mundo vai ser educado sem o
machismo né então você não pode através de uma lei mudar o comportamento só pode
punir o mau comportamento

cada quem acaba sendo preso geralmente na grande maioria dos casos são só os homens
que são negros em sua maioria e os homens de periféricos quando você ver um
milionário por exemplo dificilmente ele é punido pela lei Maria da Penha a porta de
cadeia
elas falam tem que vir que meu marido se ele vai me matar eu tenho que vir aqui que se
não eu não ia matar acha que eu estou traindo é uma situação muito delicada é bem
complicado

muitas vezes ela ela mesas para essa situação a gente ver muita mulher que sofre
violência e se considera culpada ou não gostaria que o marido marido fosse denunciado
ela compra o discurso de que ela tenha merecido isso mesmo que ela ultrapasse o medo
ela vai na delegacia reclamar vamos oferecer abrigo para ela ficar longe da violência e
meus filhos

precisa criar centros de referências , mais abrigosreferência mais amigos estruturas mais
baratos que não seja sol viagens legalista para que essa mulher tenha bons sonhos de
sair daquela realidadeE aí só vi as melhores ataques de uma mulher branca ficar se
mede o que a mulher que tem condições de pagar um advogado sair de casa ou então ela
vai à Delegacia faz a denúncia e não a medida restritiva não é nada ela volta para casa e
vai falar pro meu alívio na delegacia e reclamei de você ela vai apanhar mais ainda mas
isso não quer dizer que ela é importante

letras questiona a Lei Maria da Penha

bem que essa lei teria feito a mim Será porque nós temos coragem de reagir denunciar
que tem isso isso acontece hoje quantas vítimas de violência estão aí que não ousam
denunciar é uma necessidade que a sociedade ainda não se rende quanto da profundeza
desse abandono

às vezes essa menina tá com o olho roxo tá com ferimento e não adianta eu perguntar de
onde que veio aquele que ela não vai falar ela vai sair de perto de mim ela vai fugir
daquilo que remédio tudo que possa repetir a origem daquele ferimento a lei da Maria
da Penha é uma importância muito grande para o nosso país porque é final da nossa
evolução da 30 anos atrás onde a mulher estava eu nem falo a mulher é travesti e a
mulher transexual porque ela não existia a 30 anos atrás quer dizer ali existia né mais as
leis não existiam para elas Então ela que não existiu

próximo existir mais uma evolução do pensamento todos nós homens e mulheres não
percebermos que é esta educação errada que vem vindo de todos os lados não só no lá
no trabalho é desigualdade salarial em todos os lugares você tem essas questões de
desigualdade adianta ter Maria da Penha Selma da Silva adianta porque nós não estamos
educando e eu acho que só da gente tem mais essas discussões na mídia na indústria
cultural por exemplo o que a gente faz aqui o coletivo e isso já faz com que as mulheres
tenham mais consciência os homens também e eventualmente no futuro os casos de
violência podem diminuir o brasileiro precisa aprimorar as relações humanas respeito é
uma coisa fundamental mas tem que sair dos livros cadernos ele tem que ser atuado ele
tem que ser praticado não adianta fazer discurso de respeito e não te respeitar Nossa
estrutura

quando ela começa a favorecer a mulher transexual e travesti ela é muito importante
mas é preciso trabalhar as pessoas que são a lei né Para que elas precisam abraçar essas
pessoas sem molhar moralista

delivery Você tem liberdade de falar eu não quero mais e acabou e eu não sou ocupado
e apartir do momento em que você tem mulheres empoderadas elas não vão deixar os
homens agredire

coisa mais pura do que eu tá falando aqui agora e não tem ninguém para dizer para mim
assim Haha você falou que falei que eu gostaria de falar o que eu posso falar e o que eu
devo falar principalmente o que eu devo falar

perder a guarda dos meus filhos porque eu denunciei meu ex-marido para lei da Maria
da Penha

nós temos estatísticas que só 3% dos brasileiros não sabem o que é lei Maria da Penha
Não tem muita vítima agressor porque quando o brasileiro conhece uma Leia por que
essa lei interessa a ele

Dois Vizinhos casados vieram falar para mim assim você você não dá uma chance não
faça isso eu digo não se você estiver achando ruim leve para sua casa