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1. A centralidade do evento pascal na revelação trinitária de Deus.

O falar sobre Deus deve partir do evento Cristo e, precisamente, a partir da Páscoa: “o
ponto de partida da fé e da reflexão cristã é a ressurreição do Crucificado.
Mistério pascal é o lugar privilegiado da manifestação do Deus uno e trino, é a
manifestação máxima da kenose do Filho. Momento fundamental da revelação do
mistério de Deus Amor.
A morte e ressurreição é um drama onde Deus se revela na sua plenitude. A crucifixão é
o momento onde se revela a relação una e diversa entre a relação Pai e Filho. A cruz é,
como tal, vista como o evento entre Deus e Cristo, ou melhor entre Deus e Deus, inclui o
Pai o Filho e o Espírito Santo, torna-se reflexo da dimensão trinitária.
A cruz destrói o conceito de impassibilidade de Deus com o sofrimento e com a morte, é
aqui que entra a revelação da Trindade como revelação do Amor – o Filho dá-se
plenamente ao Pai por obediência e o Pai dá-se ao Filho através do Espírito.
Segundo Boltmann, o Espírito é este arriscar de um no Outro permitindo a diferença e
também a comunhão.
Na separação do Pai e do Filho, o Espírito é o vínculo, isto é, o Pai é o amante, o Filho o
amado e o espírito santo é o vinculum caritiatis. O espírito tem esta função de introduzir
o homem nessa relação. Na doação do Filho mostra-se a figura da Trindade.
1 Jo 4, 16 – Deus é amor! Porque Deus é amor, sai de si mesmo, vai ao não-Deus (morte)
para resgatar todos, o Amor é união.
A partir da categoria do amor podemos falar de um só Deus, não se pode afirmar que
Deus se converte em amor no instante da cruz, mas afirma-se a manifestação desse amor.
No acontecimento do Amor, Deus pai separando-se do Filho, não só se ama a si mesmo
mas inclui totalmente diferente dele, isto é, o mundo e o homem, por obra do espirito
Santo.
A partir da Páscoa, os “olhos abrem-se” e é possível reler toda a vida de Jesus e
compreender as Escrituras. Toda a vida histórica do Nazareno e, também, a tradição
bíblica são reinterpretadas a partir da ressurreição. Com ela, é possível reler a história de
trás para frente.
O evento pascal é sinal de alteridade, a Trindade diz esta alteridade, é um diante do outro
na unidade. A unidade do evento pascal passa pela definição do filho como filho. É
também o ponto concreto da revelação de Deus e abre o caminho à percepção trinitária.
A máxima alteridade e a máxima unidade dizem-nos que Deus é Amor.
A Ressurreição de Jesus é a chave de compreensão da Trindade imanente; tem iniciativa
no Pai e nele intervém o Espírito. A trindade é, pois, expressão da comunhão de relações
subsistentes. A ressurreição é ação do Pai, pelo Espírito Santo, confirmando a fidelidade
de Jesus ao Pai e, assim, toda a sua vida, realizada na condição de Filho; é a confirmação
daquilo que Jesus dizia de Deus e do Reino é a confirmação do relacionamento filial de
Deus, mostrando que Ele é o Filho.
A experiência salvífica de Cristo vai implicar um amadurecimento no pensamento
trinitário. É a partir da vida de Jesus, clarificada pelo mistério pascal, que é possível
considerar uma trindade e unidade em Deus. À luz da ressurreição, os discípulos têm a
clareza do significado da vida de Jesus, isto é revelado nos relatos das primeiras
comunidades. O ponto de partida da fé e da reflexão cristã é a ressurreição do
Crucificado. A ‘história cristã’ nasce da Páscoa.

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