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A HABILIDADE DO BRINCAR NA APRENDIZAGEM DO

ALUNO

Giovana Ribeiro Machado


Maria Alice Pacheco Dias
Marinês da Silveira Ribeiro Centeno

Curso: 1310
31/08/2015
Centro de Educação e Aperfeiçoamento Profissional - CEDUCA

RESUMO

O presente trabalho pretende trazer uma reflexão em torno da habilidade do


brincar no processo de aprendizagem, na Educação Infantil e Anos Iniciais.
Este estudo buscou verificar que o uso do lúdico como recurso pedagógico,
transforma o momento de aprender em um exercício de descobertas, de
diálogos, de interação e de busca de soluções. O planejamento lúdico pode
ser uma brincadeira, um jogo ou qualquer outra atividade que permita tentar
uma situação de interação, porém, mais importante do que o tipo de atividade
lúdica é a forma como é dirigida e como é vivenciada, e o porquê de estar
sendo realizada. Toda criança que participa de atividades lúdicas, adquire
novos conhecimentos e desenvolve habilidades de forma natural e agradável,
que gera um forte interesse em aprender e garante o prazer. Conclui-se que,
os jogos e brincadeiras devem servir de subsídios eficazes na construção do
conhecimento infantil, através de estimulações necessárias na produção de
sua aprendizagem. A ludicidade é um grande laboratório para o
desenvolvimento integral da criança, que merece atenção dos seus
EDUCADORES, pois é através das brincadeiras que a criança descobre a si
mesmo e o outro, além de ser um elemento significativo e indispensável para
que ela possa aprender com alegria, funcionando como exercícios úteis e
necessários à vida.
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Palavras-chave: Lúdico, Infância, Aprendizagem.

1 INTRODUÇÃO

É característica da infância a necessidade de brincar e, a maneira como


será dirigida e vivenciada e com qual intenção será realizada, é que será capaz
de transformar o momento de aprender. As atividades lúdicas são
imprescindíveis para crianças na Educação Infantil e Anos Iniciais, para o seu
pleno desenvolvimento cognitivo, social e afetivo. Brincando ela se desenvolve
integralmente, o que possibilita aprender a conviver com conflitos que surgem
durante essas atividades, estimulando assim, o seu raciocínio. A afinidade da
brincadeira infantil com a natureza da própria criança tem reconhecimento
histórico, por isso, é interessante destacar que em todas as concepções
teóricas sobre o desenvolvimento e educação da criança na Educação Infantil e
Anos Iniciais, a brincadeira aparece como um importante recurso na construção
de conhecimentos e desenvolvimento integral.
Nessa perspectiva, é importante ressaltar, que o papel de quem facilita e
possibilita as vivências das atividades lúdicas para as crianças é de
fundamental importância. Um trabalho conduzido equivocadamente pelos
profissionais ligados a área da infância, onde o processo pedagógico é
apresentado sem planejamento e consciência de sua importância,
desconsiderando as características dos alunos e o valor educativo das
atividades lúdicas, pode desvalorizar as contribuições significativas que os
brinquedos, jogos e brincadeiras podem proporcionar para a aprendizagem
concreta e, desenvolvimento integral do aluno.
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2 BRINCADEIRAS COMO RECURSOS PEDAGÓGICOS

As brincadeiras são um excelente recurso para observação dos interesses


e ações das crianças. Na dimensão lúdica, a aprendizagem ocorre por meio da
prática de jogos, brinquedos e brincadeiras. Pode-se dizer que a brincadeira
não é apenas uma dinâmica interna da criança, mas uma atividade dotada de
um significado social que necessita de aprendizagem. Desse modo, deve-se
evidenciar a brincadeira como sendo de grande importância, principalmente na
Educação Infantil e nos Anos Iniciais, pois contribui para o desenvolvimento
integral da criança.
Sendo também as situações que proporcionam liberdade criadora,
oportunidades de socialização entre as crianças, afetividade e um encontro
com o seu próprio mundo, descobrindo-se de maneira agradável e prazerosa.
A maioria dos pensadores e educadores que trabalham com este tema ressalta
a sua importância no processo de aprendizagem e socialização. Ao contrário
do que muitos pais e professores pensam, tanto os jogos quanto as
brincadeiras são atividades sérias, pois por meio deles são oportunizadas
situações em que, além do vínculo com os diferentes tipos de objetos, podem
ser trabalhados aspectos cognitivos e conflitos emocionais.
Para Vygotsky (1991) “ao brincar, a criança age além do seu
comportamento do cotidiano habitual. A brincadeira também propicia à criança
a capacidade de lidar com os limites, a atenção, a concentração e a
cooperação e interação com outras crianças. Embora a brincadeira não seja
único aspecto predominante na infância, é ela que proporciona o maior avanço
na capacidade cognitiva da criança. É por meio da brincadeira que a criança
se apropria do mundo real, domina conhecimentos, se relaciona e se integra
culturalmente”.
Vygotsky acrescenta que (1991, p. 110) “a criança, enquanto manipula um
objeto, em situação imaginária de brincar age independentemente daquilo que
vê”. Na brincadeira, o pensamento imaginativo está separado do significado
real dos objetos e a ação surge das idéias e não das coisas, por exemplo: a
criança usa um pedaço de vassoura, como cavalinho de pau na situação de
brincadeira. É importante salientar que as brincadeiras, como instrumento de
aprendizagem, são vistas como recursos pedagógicos fundamentais para a
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aprendizagem e desenvolvimento infantil. Portanto, todo profissional que


trabalha diariamente com crianças,especialmente o professor, deve buscar
ampliar seus conhecimentos,a fim de adequar o lúdico, a sua prática diária.

3 A HABILIDADE DO BRINCAR NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Cabe ao professor se tornar responsável pela aprendizagem da criança e


ter a consciência de que deve trabalhar o aluno na sua formação múltipla e
integral.

A habilidade de brincar é a própria essência da infância. Partindo desse


princípio, este paper apresenta uma reflexão sobre a prática do professor
voltada à ludicidade, reconhecendo o valor atribuído ao ato de brincar e o
espaço que o mesmo deve ter no processo de aprendizagem.

A habilidade do brincar faz parte da vivência da criança. Brincar é


raciocinar, descobrir, persistir e perseverar, aprender a perder percebendo
que haverá novas oportunidades para ganhar, esforçar-se, ter paciência, não
desistir facilmente. Brincar é viver criativamente o mundo. Ter prazer em
brincar é ter prazer de viver. Brincar com espontaneidade, sem regras rígidas e
sem precisar seguir corretamente as instruções dos brinquedos, é explorar o
mundo por intermédio dos objetos. Juntamente com o ato de brincar se
desenvolve a ludicidade. A brincadeira é uma linguagem natural da criança e é
importante que esteja presente na escola desde a educação infantil para que o
aluno possa se colocar e se expressar através de atividades lúdicas.

A criança quando brinca cria situações imaginárias em que se comporta


como se estivesse agindo no mundo do adulto. Enquanto brinca, seu
conhecimento sobre o mundo se amplia, uma vez que ela pode fazer de conta
e colocar-se no lugar do adulto, de um animal e de um super-herói de sua
fantasia e imaginação.

Nenhuma criança brinca espontaneamente só para passar o tempo. Sua


escolha é motivada por processos íntimos, desejos, problemas, ansiedade. O
que está acontecendo com a mente da criança determina suas atividades
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lúdicas; brincar é a sua linguagem secreta, que devemos respeitar mesmo se


não a entendemos como adultos, mas para a criança tem muito significado e
trás inúmeras construções para este ser. As crianças que participam dos
momentos lúdicos desenvolvem-se de maneira mais espontânea e ativa
perante a sociedade na qual estão inseridas.

Na visão de Vygotsky (1991), “os brinquedos didáticos e os jogos de faz-


de-conta auxiliam no desenvolvimento dos movimentos finos e amplos do
corpo, bem como levam a criança a vivenciar diversas funções intelectuais
(velocidade, equilíbrio, cálculo), além do trabalho em grupo, cooperativo”.
É brincando que a criança compreende o mundo e desenvolve seu
conhecimento, é importante então, colocá-la no dia a dia da Educação Infantil
e Anos Iniciais para que a aprendizagem seja mais prazerosa, tanto para o
aluno quanto para o professor. O lúdico é uma ferramenta poderosa, que
facilita o trabalho no processo de desenvolvimento do conhecimento.

O desenvolvimento das habilidades lúdicas facilita a aprendizagem, o


desenvolvimento pessoal, social e cultural da criança. Brincar
proporciona a aquisição de novos conhecimentos, desenvolve
habilidade de forma natural e agradável. Ele é uma das necessidades
básicas da criança, é essencial para um bom desenvolvimento motor,
social, emocional e cognitivo. (Maluf: 2003, p.9).

Para que o uso do lúdico seja, de fato, uma estratégia didática que auxilie
na construção do conhecimento e no desenvolvimento global da criança, é
preciso planejar as situações, visando a uma aprendizagem, a um
conhecimento, a uma atitude. Estas situações devem ter uma intencionalidade
educativa; portanto, devem ser planejadas pelo professor a fim de alcançar
objetivos predeterminados. Segundo Piaget (1989),” a maneira de a criança
assimilar, transformar o meio para que esta se adapte as suas necessidades e
de acomodar (mudar a si mesmo para adaptar-se ao meio) deverá ser sempre
através do lúdico. Ao brincar a criança se relaciona com outras crianças, sendo
capaz de perceber-se com um “ser” no mundo numa relação entre o que é
pessoal e o que permite o ingresso no mundo das regras. Brincando as
crianças constroem seu próprio mundo; o mundo que querem e gostam; e os
brinquedos são ferramentas que contribuem para esta construção, pois
proporcionam à criança demonstrar e criar fantasias de suas vivências e
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experiências”. A escola tem de se preocupar com a aprendizagem, mas o


prazer tem de ser maior, cabendo ao professora imensa responsabilidade de
aliar as duas coisas.

4 O BRINCAR NA INFÂNCIA

Brincando a criança vai construindo os alicerces da compreensão e


utilização de sistemas simbólicos como a escrita, assim como a capacidade e
habilidade em perceber, criar, manter, e desenvolver laços de afeto e confiança
no outro. Esse processo tem inicio desde o nascimento, com o bebê
aprendendo a brincar com a própria mãozinha, mais adiante com a mãe.
Assim, aos poucos vai coordenando, agilizando e dotando seus gestos de
intenção e precisão progressivas, vai aprendendo a interagir com os outros
inclusive com seus pares, crescendo em autonomia e socialização (Oliveira,
2002).

Vygotsky (1994) discute o papel do brinquedo na vida da criança, porque,


por meio do ato de brincar cria-se uma situação de transição entre a ação da
criança com objetos concretos e suas ações com o significado de brincar, isso
faz parte do aprendizado. Nesse sentido, a aprendizagem desperta vários
processos internos de desenvolvimento. Deste ponto de vista, aprendizagem
não é desenvolvimento, entretanto o aprendizado adequadamente resulta em
desenvolvimento e põe em movimento vários processos que de outra forma
seriam impossíveis de acontecer. Por meio dele criam-se e confirmam-se
comportamentos culturais e sociais.

De acordo com Kishimoto (2002) “o jogo é considerado uma atividade


lúdica que tem valor educacional, a utilização do mesmo no ambiente escolar
traz muitas vantagens para o processo de ensino aprendizagem, o jogo é um
impulso natural da criança funcionando, como um grande motivador, é através
do jogo obtém prazer e realiza um esforço espontâneo e voluntário para atingir
o objetivo, o jogo mobiliza esquemas mentais, e estimula o pensamento, a
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ordenação de tempo e espaço, integra várias dimensões da personalidade,


afetiva, social, motora e cognitiva”.

O jogo permite a expressão ludocriativa, podendo abrir novas perspectivas


do uso dos códigos simbólicos. Mas, para que estas ideias se consolidem é
importantíssimo compreender o mundo infantil e estabelecer uma didática
produtiva e real, e adequar brinquedos e explorar novas inteligências.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A infância é uma das fases na qual a criança está começando a


desenvolver suas habilidades e potencialidades. Portanto, torna-se importante
proporcionar-lhes momentos prazerosos e educativos, envolvendo
brincadeiras, jogos, brinquedos, contação de histórias, faz-de-conta, fazendo
com que ela sinta-se livre para que possa usar a imaginação.
Mediante a fundamentação teórica aqui apresentada, baseada em
estudiosos do universo infantil, pode-se constatar e compreender a
importância da habilidade do brincar na vida da criança e suas contribuições
para o aprendizado e desenvolvimento do seu processo educativo. Essa
ligação entre o brincar e o aprender é multifacetado e parte do princípio de que
toda criança tem direito ao brincar, sendo o mesmo a atividade peculiar à
infância, cheia de sentido para ela, através da qual consegue desenvolver suas
capacidades de adaptação e de interação, conquistando assim sua autonomia.
Sendo assim, trabalhar com o lúdico é importante na construção do
conhecimento na Educação Infantil e Anos Iniciais, uma vez que auxilia no
desenvolvimento da imaginação, do raciocínio e da criatividade. Da mesma
forma, na construção do sistema de representação, envolvendo a aquisição da
leitura e escrita, visando à formação dos aspectos motor, cognitivo, físico e
psicológicos das crianças.
Esse trabalho abordou a habilidade do brincar para o desenvolvimento da
aprendizagem, procurando incentivar a reflexão dos educadores junto à
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Educação Infantil e Anos Iniciais, esperando contribuir, de forma positiva, com


as práticas docentes.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

KISHIMOTO, TizucoMorchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação.


São Paulo: Cortez, 2002.

MALUF, Cristina Munhoz. Brincar prazer e aprendizado. Petrópolis: Vozes,


2003.

OLIVEIRA, Vera Barros de (org.). O Brincar e a Criança do Nascimento aos


Seis Anos. 4 ed. Petrópolis: Vozes, 2002.

PIAGET, Jean. A psicologia da criança. 17ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,


1989.

VYGOTSKY, Lev S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,


1991.

VYGOTSKY, Liev S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos


processos psicológicos superiores. 5 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

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