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35-50, 2002
RESUMO:
E s te a rtig o p ro c u r a re s s a lta r a im p o rtâ n c ia do e s tu d o d as te r rito r ia lid a d e s u rb a n a s com o fo n te de
in fo r m a ç õ e s s ig n ific a tiv a s p a ra o e n te n d im e n to das d in â m ic a s s ó c io - e s p a c ia is d as c id a d e s co n te m
p o râ n e a s , in c lu s iv e p o s s ib ilita n d o d ia g n ó s tic o s a lte rn a tiv o s a re s p e ito de in te r v e n ç õ e s u rb a n ís tic a s . Parte-
se do s u p o s to q u e a in v e s tig a ç ã o a c e r c a d as r e p r e s e n ta ç õ e s d e s sa s te rrito ria lid a d e s p e lo s d iv e rs o s g ru p o s
s o c ia is re v e la as p rin c ip a is m a triz e s d as c o n tín u a s re e la b o ra ç õ e s d o s te rritó rio s . C o n s id e ra n d o as d i
m e n s õ e s te m p o e e s p a ç o , e s s a a s s e rtiv a a s s u m e m a io r c o n s is tê n c ia q u a n d o da a n á lis e d as á re a s c e n tra is
de c id a d e s co m d e n s id a d e h istó rico - cu ltu ra l. A lg u n s a p o rte s te ó ric o s q u e c o m p õ e m a p rim e ira p arte d e s te
artigo fo ra m , no p la n o e m p íric o , r e a b a s te c id o s p or re fle x õ e s q u e se m a te ria liz a ra m em p e s q u is a s o b re a
c id a d e do R e c ife e s u a á re a c e n tra l.
PA LA V R A S-C H A V E:
T e rrito ria lid a d e s u rb a n a s , r e p r e s e n ta ç õ e s s o c ia is , á re a c e n tra l, c o n s u m o , r e v ita liz a ç ã o .
A B ST R A C T :
T h is p a p e r try to fo c u s the im p o rta n c e o f u rb an te rrito ria litie s as s ig n ific a n t s o u rc e s o f in fo rm a tio n a b o u t
s o cia l and s p a tia l d y n a m ic s in c o n te m p o ra ry B ra z ilia n c itie s , as w ell as a lte rn a tiv e in d ic a tio n to m a n y so rts
of d ia g n o sis a b o u t u rb an in te rv e n tio n . In p a rtic u la r, w e u n d e rsta n d th at re s e a rc h a b o u t s o c ia l g ro u p s
re p ré s e n ta tio n s c a n re v e a l th e m ain s o u rc e a b o u t the c o n tin u o u s re -elab o ratio n o f th e s e te rrito rie s in th e ir
day to d ay p ra c tic e s . T h is h y p o th e s is b e c o m e s m o re c o n s is te n t if w e c o n s id e r th e h is to rie and c u ltu ra l
r e le v a n c e o f c e n tra l a re a s , in d iffé re n t s p a tia l and tim e d im e n s io n s . T h e o re tic a l a p p o in tm e n ts in th e first
part o f th is a rtic le find go o d e x a m p le s in s o m e a s p e c ts o f R e c ife 's c e n tra l a re a (P E ).
REY WORDS:
U rban te rrito ria litie s , s o c ia l re p ré s e n ta tio n s , c e n tra l a re a , c o n s u m p tio n , re v ita lis a tio n .
tos. O p ro ced im e n to não -co n ven cio nal de B e n ja cursos se ja do p la n e ja m en to , se ja dos d iverso s
min visa va ex p o r o p e n sa m e n to das p esso as tipos de atores so ciais que atuam na p ro d u ção
sobre suas pró prias a tiv id a d e s em term o s de de seus territórios.
"figuras u rban as típicas-id eais", em um a te n ta No co m plex o e so fistica d o co tid ia n o ur
tiva de re v e la r c o n te ú d o s h istó rico s, filo só fico s, bano, no qual coexistem m últip lo s tipos de terri
sócio-políticos, para além das a p a rê n c ia s p re via tórios, estes ap a re ce m tanto co m o form a de ex
m ente d eterm in a d a s. A vid a co tid ia n a não se pressão de do m ínio e poder, co m o tam b ém na
form a de re sistê n cia às tra n sfo rm a çõ e s im p o s
contrapõe à "h ip e r- re a lid a d e ", m as c o m p le m e n
tas por grupos d o m in an tes, às d e sig u ald ad es e
tam-se, justificam -se. O p e n sa m e n to de B e n ja
co n flito s só cio-econ ôm icos e cu ltu rais. No dia-a-
min inspira um o lh a r m ais aten to a certas parti
dia da cid ad e, recu rso s de a p ro p ria çã o de e s p a
cularidad es dos fe n ô m e n o s u rb an o s em d im e n
ços re co n h e c ív e is , m esm o em s o c ie d a d e s prim i
sões até então p o u co valo rizad as.
tivas, assum em c a ra c te rístic a s m uito m ais d ife
C o n sid e ra n d o m e rc a d o ria co m o o pró
re n ciad a s e co m p lex as, alternando-se com m u i
prio esp aço u rb an o - ou suas fra çõ e s e toda
to m ais rapidez no espaço-tem po. É o caso do
carga de tra d iç õ e s a ele p e rte n ce n te s, enfim , c o m é rcio de rua, sejam a m b u la n te s ou c a m e
qualquer e le m e n to ou a sp e cto da re a lid a d e ur lôs, por exem plo, que a d esp eito de a s s e m e lh a
bana capaz de g erar te rrito ria lid a d e s por m eio rem-se, num prim eiro m o m en to às form as de
de suas form as, c o n te ú d o s e s ig n ifica d o s a ele territo rialização dos antigos m ascates, a p re s e n
vin cu lados, reais ou p o te n c ia is -, os va lo re s a tam form as de a rtic u la çã o e p a rtic ip a çã o na ló
ele a s s o c ia d o s flu tu a m e n tre as d ife r e n te s gica de o rg anização do e sp a ço u rb an o m uito
formas de in te rp re ta ç ã o da s o c ie d a d e , alguns m ais co m p lex as e d in â m ica s que no p assado.
dos quais ex p o sto s na grade de B e n ja m in , e O utro ex em p lo é o caso das te rrito ria lid a d e s do
que atu alm en te encontram -se p re se n te s em d is sexo e de grupos re lig io s o s 17.
4-2 — G EO U SP - Espaço e Tempo, São Paulo, n° 11, 2002 Cam pos, li.Á.
Na ex p e riê n cia de R ecife, a exem p lo de cidad e. G ran d e parte das terras ao lado oriental
tantas cid ad es p ortuárias brasileiras, os territó do Bairro do Recife, co nsiderada im produtiva,
rios assum em form as variad as, de aco rd o com era lo tead a em sesm arias e d oada a p opu la
o espírito do tem p o corren te. No item a seguir, re s 19 E sse s lotes estreitos em terren o alagadi-
serão ap re se n ta d o s alguns dos asp e cto s que ços não perm itiam grandes co n stru çõ e s, mas
m ais têm in flu e n cia d o a idéia de cid ad e recifen- serviam para co n stru ção de so b rad o s (ch a m a
se, desde de sua fo rm ação . dos "m ag ro s") nos quais fu n cio n avam pensões,
e sta b e le cim e n to s co m e rcia is ou pro stíb ulos pa
ra trab alh ad o res do porto, co m e rcia n te s e via
2 . A d im e n s ã o a m b ie n ta l: o dom ínio d a s ja n te s . A ssim , o Bairro do R ecife, j á ap resen ta
á g u a s e a c o n q u i s t a d a t e r r a firme na va esse caráte r m últiplo de usos e ativid ad es
h is tó ria do Recife que rep ercutiam , com o até hoje, em d ife re n cia
das territo rialidad es.
"C o ch im p a re c e um R e cife com rios A travessand o o rio C apibaribe, o Bairro
m ais largos, porém a m esm a topogra de Santo Antônio caracteriza-se com o espaço de
fia : um rio m a io r que desce p a ra re transição entre a ilha do Bairro do Recife e o
ceb er (...) da fo z seu ú ltim o afluen te, continente, concentrando basicam ente atividades
dão v o lta s em torn o de um a ilha e em presariais e com erciais. O bairro encontrava-
uma p e n ín su la diante do continente e se no início de sua form ação, em grande parte
ju n to s se lançam ao m ar entre p ra ia s coberto pelos m angues, transform ados por fre
de coqueiros ao longe dos dois lados."16 q ü en te s ate rro s em d iv e rs o s m o m e n to s his
tóricos, potencialm ente viáveis às atividades co
A d e scriçã o a cim a se refere à se m e lh a n m erciais, dando a co nform ação da cidad e hoje
ça entre o R ecife e a cid ad e ind iana de coloniza existente. Outro fator que m uito contribu iu para
ção portuguesa visitada por CHACON (1995), na a fixação do sítio de localização da cidade na
qual a p resen ça e a im p o rtân cia dos rios d esta Ilha de Antônio Vaz foi a presença, em seu sub
cam-se com o e le m e n to s referen ciais. Com e fe i solo, de água para o seu abastecim ento. No en
to, a cidad e do R e cife sem pre e steve, se m e lh a n tanto, dos 94 mil m 2 de área construída, aproxi
te a C ochim , a ss o c ia d a à im agem dos rios e m adam ente 3 0 % estão o cio so s20.
pontes, daí as fre q ü e n te s c o m p a ra çõ e s com J á o Bairro de São Jo s é , ju n ta m e n te com
Veneza, A m sterd ã, A n tu érp ia. A d istin çã o no os b a irro s de Jo a n a B e z e rra e C a b a n g a , é
papel do rio por vezes segregador, outras vezes contornado pelos braços do Rio C apibaribe ao
agregador, vai estar re la cio n a d a à própria e v o lu Norte e a O este; esses bairros são lim itados ao
ção histórica da cid a d e e às v a ria çõ e s na gestão Sul e a Leste pela Bacia do Pina. A sua o cupação
e dom ínio de territórios. As difíceis co nd içõ es fí foi feita a partir de seguidos aterros iniciados no
sicas de ocu p ação territorial sem pre fizeram do século X V II, para expansão da cidade na Ilha de
p la n e ja m e n to um in s tru m e n to n e c e s s á rio e A ntônio Vaz, por meio de ações plan ejad as ou
con stan tem en te presente na história dos bairros. pela o cu p ação espontânea de casario - em áreas
O B airro do R e cife distingue-se dos d e firm es - e m ocam b os - em áreas su je ita s a
m ais bairros da área central por diverso s a sp e c alagam entos. O bairro hoje co n cen tra grande
tos (m o rfo ló g ic o s , fu n c io n a is , en tre o u tro s), núm ero de estabelecim entos com erciais voltados
m as, so b retu d o , porque foi um dos po uco s que para classes sociais de baixo e m édio poder
não surgiu em c o n s e q ü ê n c ia da fu n d ação de um aquisitivo. FR E Y R E (1961), referindo-se as suas
engenho, m as da p ro d u ção de açúcar, que deu ruas estreitas e ao seu m ovim entad o co m ercial
origem à grande parte dos princip ais bairros da de rua, já assinalava:
Refletindo sobre o papel das representações nas territorialidades urbanas: o
exem plo da área central do Recife, pp.35-50 43
" J á p a r a o s la d o s de S ã o Jo s é , o R e G u ia , ch e g o u a c la s s e m éd ia p a r a se e n c a n t a r
c ife c o m o q u e se o r ie n ta liz a ; (...) É o com um c h a rm e q u e j á fo i le g ítim o e h o je é
b a irro do c o m é rc io m a is b a ra to . D as m ulticolorido"25.
lo ja s e a rm a rin h o s com n o m e s s e n ti
b) O s m a n g u e s (t r a n s iç ã o e n tre s e c o e
m e n ta is (...). "2l
m olhado)
Muitas dessas práticas e ca racterísticas
Por m angue, Jo s u é de C astro referia-se
sócio-espaciais a in d a podem ser en co n trad as no
a um tipo e sp ecial de veg eta çã o a n fíb ia , "q ue
bairro. Um a das ca ra cte rística s de áreas centrais
p r o life r a n o s s o lo s fro u x o s e m o v e d iç o s d os
diz respeito às d ife re n cia d a s form as de interp re
e stu á rio s , dos deltas, das la g u n a s lito r â n e a s " 24,
tar a d im en são am b ie n ta l, m uitas vezes aliada,
so bre o qual havia o reco rren te ponto de vista
m uitas vezes co n trária às n e ce ssid a d e s - e p o ssi
higienista, que c o n d e n a v a a sua p rese n ça , por
bilidades - de a p ro p ria çã o do esp aço urbano.
confundi-lo com am b ie n tes de c o n d iç õ e s in s a lu
Destaca-se no R ecife a p re se n ça dos rios, m an bres. G O M E S (1 9 9 7) d estaca que as id é ia s so
gues e arrecifes.
bre a veg etação an fíb ia e a c o n d içã o in te rm e
lo ca is, en co n tra m por parte da p o p u la çã o da lim ites m uito estreitos entre as territo-
c id a d e um a re v e rê n cia - para alguns, sa u d o sis rialid ad es - rep resen tativo s talvez da
m o, para outros, fan tasias e m itifica çã o , m as n e ce ssid a d e histórica de c o n v iv ê n c ia
qu ase sem p re com resp eito e orgulho dos e sp a entre grupos ou in d ivíd u o s que p reci
ço s c e n tra is , co m o no c a so dos b airro s do sam co m p a rtilh ar esp aço e tem po e
R e cife, San to A ntônio e Sã o Jo s é . O b se rva n d o que, m uitas vezes, são in co m p re e n sí
m ais de perto, percebe-se que cada um desses veis para os visitan tes -, m esm o a q u e
b a irro s p assa a se r a lv o de re p re s e n ta ç õ e s les da própria cidad e. Há, no entanto,
e sp e c ífic a s - da so cie d a d e e do p la n e ja m e n to um lento e gradual en fraq u ecim en to
urbano. Destacam -se algum as d ife re n ça s m ais d e ssas fo rças te rrito ria is do bairro,
extrem as, com o: ten d en d o a um a degradação cada vez
- O Bairro do R ecife, por exem plo, a p a m aio r dessas áreas.
rece co n sta n te m e n te em tran sfo rm a
ção, segundo interesses de distintos
4 . C o n c lu s ã o
m om entos da e vo lu çã o urbana: na sua
estru tu ra fís ic a ; nas p rá tica s sócio-
A a b o rd a g e m te ó ric a in ic ia l p erm itiu
esp aciais, rep resentand o a "v itrin e " de
e s ta b e le c e r alguns m arcos co n ce itu ais de refe
um a Recife em diálogo com as ten d ên rência, bem com o ap ro x im açõ es com algum as
cias co n tem p o rân eas. Essa co nstan te categorias que re a b a ste ceram con tín u a e dialo-
m oldagem de sua organização e sp a gicam en te o estud o teó rico e em p írico das práti
cial assum e ca ra cte rística s do espírito cas sócio-espaciais e territo rialid ad es nos bair
do tem po da s o cie d a d e no m om ento e ros centrais. Evidencia-se assim , a im p ortân cia
das ideo lo gias d o m in an tes (lo cais e da p esq u isa a c e rc a de território, te rrito rialid a
internacio nais): m odism os, cam panhas des e rep re se n taçõ e s, entre outros c o n ce ito s e
p o lític a s , e d iv u lg a ç õ e s c o n s ta n te s categorias, para c o m p reen são desse processo
pela m ídia, que reconstroem as "p o ssí de refu n cio n alização , revitaliz ação , recu p eraçã o
veis h istó rias" da cid ad e, segundo ten e todo o co njunto de in terven çõ es efetu ad as nos
d ên cias correntes. bairros cen trais das grandes cid ad es. A assim i
- O Bairro de São Jo s é , ao contrário, é lação dessas im agens e in flu ê n cia s pelos d ive r
um m arco de resistên cias territoriais e sos agentes so cia is m anifesta-se por m eio das
de p a rtic u la rid a d e s só cio - e sp a cia is, d iferen tes form as de ap ro p riação do discurso,
p reservan d o suas ca ra cte rística s mais se ja no sentid o de resistir às m u d an ças im p o s
p rim itivas, a sso cia d a s a um a p o p u la tas, se ja pela in co rp o ra ção dos novos sig n ifica
ção caren te, com forte re lação com o dos co rren tes, a p re se n tan d o um co n te ú d o sim
interio r do estado e códigos de co n d u b ólico m utável. Os e sfo rço s de in terp retação,
ta m uito claros: quem m ora, co nso m e utilizando o caso do R ecife com o exem plo, pro
ou trab alh a no bairro, tem seus pró curaram re a lça r esses elem en to s, recorren tes
prios ritm os, sem p re de form a a c o n em suas re e d içõ e s, e v o ca n d o novas h ip óteses e
v iv e r com a d ive rsid ad e do lo cal; há aguçam novos q u estio nam ento s.
Refletindo sobre o papel das representações nas territorialidades urbanas: o
exem plo da área central do Recife, pp.35-50 47
N otas
1 A te s e , d e fe n d id a em 1999, intitula-se: Pe rm a 1 2 M O S C O V IC I, S. T h e p h e n o m e n o n o f s o c ia l r e p
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M o sco u , B e rlim e B o lo n h a . Ver: BU CK-M O RSS,
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5 B E L L , D.; V A L E N T IN E , Q. M apping desire, 1995.
1 6 B O L L E , W illi. As siglas em co re s no tra b a lh o das
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10Ver: SO ARES, S .S .P (1 9 9 3 ); SO U ZA , M. L o p e s
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de. As d ro g as e a "q u e s tã o u rb a n a " no B rasil.
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p ú b lico s abertos, 1995. do Recife: uma abordagem g e o g ráfica , 1997
48 — G EO U SP - Espaço e Tempo, São Paulo, N ° 11, 2002 C am pos, H.Á.
26Destacou-se, por exemplo, nos anos 1990 a Francesa e a Insurreição de 1817 In: ANDRADE,
figura do grupo liderado por Chico Science. M.C. de; FERNANDES, E.M. (orgs.). O Hordeste
27 FRANCA, Rubem. A rab ism o s: uma mini-enciclo- b rasileiro e a R evo lu ção Fran cesa, 1992, p.93.
pédia do mundo árabe, 1994, p.72 e 154. 33GAMA descreve o gamenho como "(.■■) p a sse a
2 8 MELLO, Evaldo C. de. Rubro Veio: o im ag in ário dor incessante e quase inquilino das esquinas e
da restau ração pernam b ucana, 1997. pp.35-4. botequins, levando m anhãs e tardes j á numa
29FRANCA, Rubem. M onum entos do Recife, 1977 botica, j á numa loja, porque defronte moram
p .80. um as m eninas je ito s a s e caro á veis de namoro,
30M ELLO, Evaldo C. de. Op. cit., 1997. p.35. Ver a í tendes um gam enh o às d ire ita s" GAMA,
tam bém FREYRE, Gilberto. A sso m b raçõ es do Lopes. O que é ser gamenho. In: GAMA Lopes
Recife Velho, 1970. (org: MELLO, E.C. de). O Carapuceiro, 1996,
31REZEMDE, Antônio P. O Recife: os espelhos do pp.55-6.
passado e os labirintos do presente, ou as 34Tipo m asculino de comportamento e costumes
tentações da memória e as inscrições do de grosseiros e de mau gosto em bora sem pre
sejo. In: Projeto H istó ria: revista do Program a inspirados na moda da época, o qual igual
de Estu d o s Pós-Graduados em H istó ria e do mente ao gamenho, encontrava-se associado às
D epartam ento de H istó ria da Po n tifícia U n iver ativid ad es urbanas, com o teatros, passeios
sidade Católica de São Paulo, 1999, pp. 155-66. públicos, bares, lojas, entre outros. Ver: GAMA,
32É preciso m encionar a influência política da Lopes. O que é ser p elintra. In: op. cit., 1996,
Revolução Francesa no Ocidente, colonizado ou pp. 377-83.
não, no século X V II1. Em Pernambuco, MELO 35MELLO, E. Introdução. In: GAMA Lopes/organi-
(1992) aponta o então estudante de Medicina e zação: MELLO, Evaldo C. de. Op. Cit, 1996.
discípulo de Lavoisier, Manoel Arruda Câmara 36Ver: TOLLENARE, Louis-François. Notas Domi
como o apregoador dos ideais burgueses e da nicais. In: KOSTER, Henry; TOLLENARE, Louis-
"Grande Revolução" Ver: MELO, C. A Revolução François. A E s c ra v id ã o no B ra sil, p.29.
Bibliografia
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