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UM SONHO 100 LIMITES

DISTRITO FEDERAL

INTRODUÇÃO

T udo começou em 1998, na Região Administrativa do Riacho


Fundo II, Distrito Federal, região Centro-Oeste. Moradores dos “Bolsões
de Pobreza”, vivendo na miséria, despertaram para a realidade, tentando
descobrir uma fórmula de resgate da auto-estima e da cidadania.
Estavam totalmente excluídos do mercado de trabalho e despreparados
para enfrentá-lo. Foi quando surgiram as reuniões nas casas de
moradores da comunidade, com o objetivo de encontrar uma solução
para o problema daquelas famílias. A resposta a tanta ansiedade apareceu
como uma luz no fim do túnel: o lixo seco. Sem capital inicial, era a
única alternativa aparente para o caminho da auto-sustentação.
Assim, surgiu a “100 Dimensão”, sem capital, sem limites. Era o
início de um sonho. O sonho da dona-de-casa Sônia que, após criar
seus filhos, sentiu a necessidade de construir algo para sua vida, seus
vizinhos e para sua comunidade.

“Não sonhávamos, não tínhamos compromisso com o amanhã,


achávamos que tudo tinha de ser obrigação do Governo. Sabíamos
que dificilmente nossos filhos chegariam a uma faculdade pública
e aceitávamos tudo passivamente. Foi quando despertamos.”

Surgiu o sonho da cooperativa e, com ele, a necessidade de


procurar orientação e capacitação. Com a ajuda do Sebrae, puderam
dar início a um caminho árduo, mas perfeitamente possível, pois o
grupo tinha necessidade, urgência, união e poder de decisão.

Christiane Gnone, Técnica do Sebrae Distrito Federal, elaborou o estudo de caso sob a
orientação de José Carlos de Assis Dornelas, baseado no curso Desenvolvendo Casos de
Sucesso, realizado pelo Sebrae, Ibmec-RJ e PUC-Rio, integrando as atividades da Prioridade
Potencializar e Difundir as Experiências de Sucesso no Sistema Sebrae.
COOPERADOS TRANSFORMANDO LIXO EM ARTE

CATADOR RECOLHENDO LIXO


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HISTÓRIA DE UNIÃO

N o Planalto Central, em meio à poeira e barro, surge, em 1997, na


localidade denominada Riacho Fundo II, Distrito Federal, uma comu-
nidade fruto de um assentamento de terra cedido pelo governo. Eles não
tinham nada além de um pedaço de chão em um descampado. Aos
poucos, foram surgindo alguns barracos feitos de placas de madeira.
Eram 27 pessoas vivendo sem água, sem luz, sem saneamento
básico, sem, portanto, a infra-estrutura necessária que lhes conferisse
uma vida digna, direito de todo cidadão. Ficavam ali durante todo
o dia ociosos. Não podiam ir longe, pois não podiam deixar suas casas
e filhos.
Sônia Maria da Silva era uma auxiliar de enfermagem que pediu
demissão do seu emprego na Fundação Hospitalar do Distrito Federal
para cuidar do filho, portador de Síndrome de Down. Em busca de
algo produtivo, que lhe garantisse uma fonte de renda, Sônia buscou
apoio dos vizinhos. O grupo se reunia constantemente para discutir
possíveis soluções.
“Queríamos ter uma renda própria, sem depender de assistencialismo.”
Certo dia, assistindo a um programa na televisão, Sônia ouviu a
frase: “O lixo é a solução do mundo”. Ela confessa que desligou a TV,
achando aquele programa “chato”, mas ficou com aquilo na cabeça e,
a partir dali, passou a ver na reciclagem do lixo uma boa possibilidade
de encontrar uma nova oportunidade de vida.
O caminho era vender lixo, mas não sabiam sequer como iniciar.
“Procuramos o Sebrae, porque queríamos formar uma empresa
bem profissional, que nos ajudaria a crescer aos poucos.”
Lá, foram encaminhados à área de tecnologia onde receberam orien-
tações sobre o que poderia ser feito com o lixo. Ficaram surpresos ao
saber que a tecnologia estava muito mais próxima da sua realidade do que
imaginavam e que era possível, mesmo sem computadores ou equipa-
mentos de ponta, levar conhecimento a qualquer lugar, contando com
parceiros e criatividade. E foi assim que técnicos da área começaram a

Coordenação Técnica do Projeto: Antonieta Grasia Contini Martineli Pereira, Beatriz


Terezinha Gomes, Eron Marchiori, Maria do Socorro Leal Santos, Maria Inês Cardoso dos
Santos, Sônia Maria da Silva.
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trabalhar juntamente com o grupo para implantarem um projeto de coleta


e reciclagem de lixo.
Após negociações com a diretoria e técnicos do Sebrae no Distrito
Federal, em 1999, foi viabilizada a primeira consultoria, para diagnóstico
e planejamento do trabalho a ser desenvolvido. Além da consultoria,
eles aprenderam a coletar e a separar o lixo adequadamente. Chegaram
à conclusão de que o lixo seco se transformaria em moeda, desde que
fosse recolhido, separado e prensado, e que conseguiriam algo mais
com o que não era aproveitado. Optaram pelo artesanato com matéria-
prima aproveitada do próprio lixo. Paralelamente ao trabalho desenvolvido
pelos técnicos, foram iniciadas oficinas de artesanato onde os grupos
eram capacitados para transformar o lixo em arte, de acordo com a
habilidade de cada um.
“Com o tempo, descobrimos que do lixo podem sair muito mais
coisas do que nós próprios imaginávamos”, afirma Sônia.
Assim, iniciou-se a formação dos grupos de produção. Foram seis
meses de orientação e capacitação, com consultores do Sebrae no
Distrito Federal que orientavam como proceder desde a coleta de lixo
até a busca de parcerias.

BOTANDO A MÃO NO LIXO

E m 18 de julho de 2000, constituiu-se a “100 Dimensão”, Cooperativa


de Coleta Seletiva e Reciclagem de Resíduos Sólidos com Formação e
Educação Ambiental, com 27 integrantes, abrangendo as regiões do
Riacho Fundo II e Recanto das Emas. A opção por formar uma cooperativa
deu-se em função da própria doutrina de uma cooperativa comunitária
que visava buscar a solução de problemas sociais por meio da criação
de comunidades de cooperação.
Para ser um cooperado da “100 Dimensão”, era necessário fazer os
cursos de cooperativismo e de gestão ambiental, além de apresentar
atestado médico, capacitando-o para os trabalhos a serem desenvolvidos.
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Na época, Sônia foi orientada a freqüentar o Fórum das Lideranças


do Riacho Fundo, para conhecer as dez prioridades da região. Por ocasião
do trabalho desenvolvido pelo Programa de Desenvolvimento Local
Integrado e Sustentável – DLIS e pela Comunidade Solidária, foi indicado
o projeto da Cooperativa de Reciclagem como uma das prioridades da
Comunidade do Riacho Fundo. Os dez principais projetos receberam
apoio técnico da Comunidade Solidária para sua implantação.
A área de abrangência do projeto iniciou-se nas Regiões Adminis-
trativas do Riacho Fundo II e Recanto das Emas que, no ano de 2002,
geravam 25 toneladas de lixo por dia. De uma população de aproxi-
madamente 160.000 habitantes, dos quais 100.000 no Recanto das
Emas e 60.000 no Riacho Fundo, 1.200 eram atendidas pela cooperativa.
Os parceiros foram fundamentais para viabilizar o projeto, uma
vez que não havia verba para iniciá-lo. As Administrações Regionais do
Riacho Fundo e a Associação do Micro e Pequeno Empresário disponibili-
zaram um terreno de 2.000 m2 por meio de uma concessão de uso, onde
foi construído um galpão de 200 m2 para o processo de reciclagem.
A Organização das Cooperativas do Distrito Federal – OCDF e o
Serviço Social do Cooperativismo do Distrito Federal – SESCOOP colabo-
raram na elaboração do Estatuto Social e na constituição da Coope-
rativa, bem como no treinamento que lhes deu uma base para o coopera-
tivismo e o associativismo, além do incentivo às cooperativas da região
do Distrito Federal para patrocinar a fabricação de carrinhos utilizados
no recolhimento de lixo.
Outros parceiros de suma importância foram a Cooperativa de
Caminhões – COOPERCAM, que cedeu dois caminhões para a coleta
de lixo e o Banco Regional de Brasília – BRB, que doou R$ 16.000,00
para a compra da prensa e da esteira, equipamentos imprescindíveis à
triagem do lixo.
Com toda essa conquista de parcerias e capacitações, era hora de
mostrar trabalho “botando a mão no lixo”.
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A ARTE QUE VEIO DO LIXO

A sensibilização das comunidades do Riacho Fundo II e do


Recanto das Emas para a separação do lixo seco e a conscientização
da importância da reciclagem para o meio ambiente tiveram início
na Igreja da região, pois era um local de grande concentração de
moradores.
“Batemos de residência em residência, ensinando o que é reciclar
e porque era necessário reciclar”, declarou Andréa Alessandra,
cooperada da “100 Dimensão”.
Verificou-se a necessidade de treinamentos dos cooperados como
gestores ambientais voltados para uma melhor abordagem nas residências,
em relação à correta maneira de separação do lixo.
Enquanto alguns cooperados transformavam parte do lixo em objetos
de artesanato, do lado de fora do barracão, outro grupo separava o que
era arrecadado na coleta. Em 2000, eram 200 m2 de galpão em um
terreno de 2 mil m2; em 2002, já estava em negociação a concessão de
um terreno de 7 mil m2 por meio do programa Pró-DF do Governo do
Distrito Federal, além da construção de três galpões com 600 m2 cada.
Por mês, em 2002, já eram manipuladas 80 toneladas de lixo seco
selecionado em esteira, montante muito superior ao do ano de início,
quando eram apenas 10 toneladas. O material separado era então
prensado em máquina e revendido para intermediários que pagavam
por quilo. O objetivo passou a ser o de vender diretamente para as
indústrias e conseguir um melhor preço.
Nessa triagem, percebeu-se que o lixo da comunidade era muito
“pobre”. A Cooperativa precisava coletar lixo com maior qualidade e
quantidade. Para isso, precisaram de parcerias com a Administrações
de Brasília para coleta de um lixo mais rentável. O contato com o
Conselho Comunitário da Asa Norte possibilitou a coleta daquela
região. Paralelamente, foram enviadas cartas a diversos órgãos públicos
na tentativa de novos parceiros. A partir daí, a “100 Dimensão” foi
conquistando territórios nobres como a Asa Norte, Condomínios do
Lago Sul, Sebrae, Nacional, Supremo Tribunal Federal e o ilustre lixo
da Presidência da República. Essa conquista foi importante, pois
rendeu-lhes um volume muito maior de matéria-prima. A parceria com
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a COOPERCAM foi fundamental para o transporte desse lixo inorgânico


até a “100 Dimensão”. Em 2002, eles já puderam alugar seu próprio
caminhão. No galpão, o lixo era separado e pedaços de ferro transformados
em luminárias, lacres de latinhas em roupas e pedaços de madeira em
miniaturas. Era a transformação do lixo em arte.
Oficinas de artesanato foram organizadas pelo Sebrae, que
disponibilizou instrutores para o treinamento dos cooperados. Um
deles foi o designer Odney Fraga, que lhes ensinou a fazer peças
decorativas com materiais reciclados, como o ferro. Sua missão era
ministrar um curso técnico de duas semanas.
“Gostei tanto da turma que continuo com eles”. Sua vinculação ao
grupo ficou tão forte que ele mudou seu ateliê, que era próximo à
sua casa, para o Riacho Fundo, distante 43 quilômetros. “Apaixonei-me
pela causa. As pessoas me dão uma lição de vida a todo momento.”
Pessoas da comunidade também passaram a contribuir, ensinando
o que sabiam fazer e multiplicando conhecimentos. Em outubro de 2002,
a cooperativa possuía 130 membros, sendo que 67 eram catadores e 63
trabalhavam nos grupos de artesanato.
Ao todo, eram nove grupos de produção: reciclagem de ferro e
papel, crochê em lacre, biscuit (miniaturas feitas de uma mistura de
amido de milho com cola), oficina de jornal, patchwork (trabalho
desenvolvido com retalhos de tecidos), reciclagem de garrafa plástica
e papel machê, oficinas de aproveitamento de madeira e isopor. No
começo, a produção artística era um subproduto da coleta de metal,
posteriormente o artesanato passou a ser uma ótima fonte de receita.
“Ao vender o ferro em forma de luminária ou escultura, é possível
obter pelo menos dez vezes mais do que com a venda do metal na
forma bruta”, afirmou Odney Fraga.
Todo o ferro recolhido pela cooperativa era aproveitado pelo setor
de artesanato. Cada grupo de produção administrava sua própria renda
com liberdade para pagar os custos e repartir os lucros entre seus
membros. Em média, cada membro do grupo de produção arrecadava,
em outubro de 2002, R$ 300,00. No início, eram apenas R$ 60,00.
Uma pequena parte dos recursos destinava-se à cooperativa. Outra
boa parte da receita vinha das exposições, que ocorriam em vários
pontos de Brasília, como Ministérios e shopping centers, além de outros
Estados. O Sebrae no Distrito Federal fora um parceiro muito atuante
e constante, dando oportunidades à cooperativa de participar e expor
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os trabalhos provenientes da reciclagem do lixo seco.


O sucesso que esses trabalhos fizeram na UD, maior feira de
utilidades domésticas do país, no primeiro semestre de 2002, foi incon-
testável. O interesse pelas peças era despertado principalmente por
saber que as obras de arte ali expostas eram oriundas da transformação
de garrafas plásticas, retalhos, metais e pedaços de madeira.
Esse sucesso tem ocorrido em todas as feiras em que a “100 Dimensão”
participa. Na Feira do Empreendedor em Cuiabá, em setembro de
2002, foi apresentada como Caso de Sucesso. Na Casa Cor em Brasília,
em setembro de 2002, os cooperados, também, puderam comercializar
os produtos, além de divulgá-los.

A REALIZAÇÃO DE UM SONHO

A preocupação com o desenvolvimento da comunidade é inerente.


Existe um cuidado constante com o aperfeiçoamento e a aprendizagem,
desde a qualidade da produção dos grupos de artesanato até a preocupação
com o manuseio e higiene na coleta, seleção e reciclagem do lixo. E foi
com esse pensamento que se criou, em fevereiro de 2001, a “sala de
dever de casa”, onde os filhos de cooperados estudavam perto dos
pais, que antes não podiam dar o apoio desejado aos filhos, pois
ficavam muito tempo fora. Outra conquista nesse sentido foi o apoio
do Rotary Clube em novembro de 2002, que deu a concessão de uso
de seis computadores, além do apoio de um técnico, capacitando os
filhos de cooperados e a comunidade.
A peça teatral “Anjos das Sobras”, que estreou em junho 2002, surgiu,
também, da parceria com o Sebrae no Distrito Federal, formando um
novo grupo de produção do qual os filhos dos cooperados e adoles-
centes da comunidade pudessem participar. Além de retratar todo o
trabalho de conscientização sobre coleta seletiva e meio ambiente, a
peça mostrava com muito profissionalismo e competência assuntos que
sensibilizavam a sociedade para o problema, além de abordar temas como
o cooperativismo.
O musical atuou como instrumento de divulgação e sedimentação
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do projeto da cooperativa. O grupo já participou de apresentações no


Estado de Goiás e, também, em diversos locais do Distrito Federal,
inclusive na Presidência da República, que reconheceu o projeto da
cooperativa como a ação de maior qualidade no Distrito Federal.
Para o futuro, planejavam levar o musical a outras localidades, bem
como peças baseadas em teatro comunitário participativo, desenvol-
vidas, produzidas e apresentadas nas comunidades, abordando temas
educativos e sociais que fizessem parte das suas realidades.
Outra iniciativa da cooperativa, que retratava a preocupação com
a comunidade, era a visita semanal de uma assistente social e de uma
psicóloga para fazer a integração entre os grupos de produção, os
cooperados e a comunidade. Um clínico geral também realizava visitas
mensais com o objetivo de certificar-se de que os cooperados estavam
aptos para desenvolver suas atividades e, caso necessário, eles eram
encaminhados para o tratamento adequado.
Essas iniciativas contribuíram ainda mais para a conquista de
novos parceiros, que, em novembro de 2002, já eram 24 (Ver Anexo).
Eram atitudes como essas que incentivavam a cada dia os cooperados.
Eles se orgulhavam do que faziam. Eram pessoas sem perspectivas, homens
desempregados que abraçaram a causa e conseguiram uma fonte de renda.
“Hoje sou outra. Consigo fazer as coisas acontecerem”, ressaltou a
costureira Ednair de 47 anos e que era um exemplo de superação.
A ex-dona de casa passava os dias reclamando das tarefas domésticas,
dos filhos, do marido. Começou a tomar tranqüilizantes para contornar
a situação. Com o resgate da auto-estima, ela largou os remédios e foi
respeitada pela família.
Como o da Sra. Ednair, existiam diversos casos que exempli-
ficavam a importância do trabalho na comunidade. Eram histórias de
vida que mudavam com a união e a persistência na busca de um sonho
que podia tornar-se realidade.
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CONCLUSÃO

O papel de resgate da auto-estima e cidadania que a cooperativa


passou a exercer na comunidade foi muito importante para o andamento
e desenvolvimento do empreendedorismo dessas pessoas.
A Presidente da Cooperativa, Sônia Maria é uma líder nata com o
espírito empreendedor, e cooperados liderados por ela despertaram para
o empreendedorismo que foi fundamental para o sucesso da cooperativa.
O processo de maturidade se desenvolveu gradativa e ordena-
damente. No início, elas não tinham organização nenhuma, mas tinham
consciência dessa deficiência, o que facilitou no processo de capacitação.
Havia uma ânsia muito grande para absorver todas as informações
que contribuíssem para o projeto. Esse crescimento e maturidade foi
percebido nas próprias ações da cooperativa que, no início, se limitava
a coleta de latinhas, passando à coleta e seleção do lixo orgânico e,
posteriormente, agregando valores ao lixo, transformando-o em arte
para comercialização. E não parou por aí: um novo projeto passou a
ser desenvolvido pelo Sebrae no Distrito Federal com vistas ao
beneficiamento do lixo dito como molhado, transformando o lixo
inorgânico em compostagem e húmus. O crescimento fora gradativo,
constante, refletindo não só na cooperativa mas na comunidade. Eram
diversas atividades desenvolvidas paralelamente ao trabalho de coleta.
Atividades essas que eram extremamente importantes e tiveram efeito
multiplicador, disseminando capacitação, conscientização e experiências.
“Uma comunidade quando se organiza, quando busca um caminho
e tem confiança e esperança, com muito trabalho, ela pode atingir níveis
muito bons. Níveis que nem se imagina que podem ser alcançados”,
declarou Newton de Castro, superintendente do Sebrae no Distrito
Federal.“Foi feita uma fábrica de sonhos”, acrescentou.
Existia toda uma mudança de mentalidade que era fundamental para
a sociedade, mostrando ser possível com muito trabalho, perseverança e união
realizar um sonho e dar esperança para pessoas que não tinham nada e
que depois não quiseram parar. De cada ação, nascia outra e as idéias iam
surgindo. Algumas sem sucesso, outras com muito, mas todas servindo
como experiência e exemplo. Exemplo de empreendedorismo, exemplo
de cooperação e, principalmente, exemplo de vida.
Eram 130 desempregados que se tornaram 130 empreendedores.
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PONTOS PARA DISCUSSÃO

• Como se identificaria o problema e se descobriria o potencial de


cada comunidade?

• Que pontos seriam considerados relevantes para que um projeto


como esse viesse a ser viável?

• As parcerias foram fundamentais no caso da “100 Dimensão”. Caso


não existissem, seria viável o projeto? De que maneira?

• De que maneira esse projeto poderia ser aplicado em outras regiões?

Diretoria Executiva do Sebrae Distrito Federal (2002): Ana Cristina Dusi, Maria Eulália e
Newton de Castro.

Agradecimentos:
Agradeço a todos os parceiros e, em especial, a equipe do Sebrae no Distrito Federal, que
contribuíram para tornar esse sonho realidade.
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ANEXOS

RESULTADOS ALCANÇADOS

2000 2002

Volume de lixo 10 toneladas 80 toneladas


recolhido por mês

Número de 27 130
Cooperados

Faturamento médio dos R$ 60,00 R$ 300,00


cooperados por mês

Faturamento médio 100 __________ R$ 40.000,00


Dimensão

Patrimônio 100 __________ R$ 60.000,00 em


Dimensão equipamentos doados
por meio de parcerias

População atendida com 1.200 25.000


o recolhimento do lixo

Áreas de abrangência Riacho Fundo II, Riacho Fundo II, Recanto


Recanto das Emas das Emas, Asa Norte,
Condomínios Lago Sul,
Sebrae Nacional,
Superior Tribunal
Federal, Presidência da
República

Terreno 2.000 m2 7.000 m2 (em


negociação)

Galpão 200 m2 400 m2 e mais 3


galpões em construção
de 600 m2

Fonte: Dados cedidos pela “100 Dimensão”.


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PARCEIROS E SUAS CONTRIBUIÇÕES

SEBRAE no Distrito Federal – Apoio com capacitação para o empreendedorismo e auto-


sustentação da cooperativa por meio do Programa DLIS.
SESCOOP – Serviço Social do Cooperativismo do DF – Análise e monitoramento das ações que
envolvem cooperativismo.
COOPERCAM – Cooperativa dos Caminhoneiros Autônomos de Carga em Geral – Viabilizou o
transporte do lixo seco dos pontos de recolhimento ao ponto de separação.
Administração Regional do Recanto das Emas – Sensibilização da comunidade local para o
descarte seletivo e a concessão de uso de terreno.
Administração Regional do Riacho Fundo – Sensibilização da comunidade local para o descarte
seletivo e a concessão de uso de terreno.
Administração Regional de Brasília – Sensibilização da comunidade local para o descarte
seletivo e a permissão da coleta do lixo na região.
Conselho Comunitário da Asa Norte – Sensibilização da comunidade local para o descarte
seletivo e a permissão da coleta do lixo na região.
Conselho Comunitário das Octogonais Sul – Sensibilização da comunidade local para o
descarte seletivo e a permissão da coleta do lixo na região.
SEMARH – Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Apoio no desenvolvimento de
tecnologia e manuseio de resíduos sólidos.
SEAS – Secretaria de Estado e Ação Social – Apoio na interlocução com o Governo do Distrito
Federal e famílias dos cooperados com programas institucionais desenvolvidos pela secretaria.
Secretaria de Infra-Estrutura e Obras – Apoio e interlocução aos órgãos vinculados (Novacap,
CEB, Belacap).
BELACAP – Apoio técnico e operacional acerca da coleta seletiva do lixo orgânico, triagem,
classificação e separação dos resíduos sólidos.
Comunidade Ativa – Apoio financeiro para a compra de lixeiras e interlocutor nos órgãos
públicos federais.
Associação de Deficientes de Brasília – Capacitação de artesãos.
ACARE – Associação de Costureiras e Artesãos do Recanto das Emas – Capacitação de artesãos.
Comitê SOS Cidadania – Compra de matéria-prima para iniciar a capacitação e ajuda na
construção dos novos galpões.
BRB – Banco Regional de Brasília – Viabilização de recursos para a aquisição de uma esteira
e uma prensa.
Vincere Comunicações – Assessoria na área de comunicação.
Shopping Pátio Brasil – Cedeu o espaço para a coleta de latinhas na praça de alimentação do
shopping.
Comitê Moradia e Cidadania da Caixa Econômica Federal – Viabilizou a compra das lixeiras
para coleta de latinhas.
Comitê da Ação e Cidadania dos Servidores da Câmara dos Deputados – Viabilização de
recursos para compra de equipamentos.
Desafio Eventos – Divulgação por meio de reportagens e espaço para expor os produtos.
Condomínio De Ville Montanhe – Sensibilização da comunidade local para o descarte seletivo
e a permissão da coleta do lixo na região.
Rotary Clube – Concessão do uso de seis computadores e assessoria de um técnico para
cooperados e comunidade.

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