Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Daniel
FLORES
Doutor
em
Metodologías
y
Líneas
de
Investigación
en
Biblioteconomía
y
Documentación
Professor
do
Departamento
de
Documentação
e
do
Mestrado
Profissional
em
Patrimônio
Cultural
Universidade
Federal
de
Santa
Maria
–
UFSM
dfloresbr@gmail.com
Resumo
Este
artigo
tem
como
objetivo
investigar
as
repercussões
da
aplicação
da
digitalização
de
documentos
arquivísticos
no
contexto
brasileiro.
Por
meio
da
consulta
a
dispositivos
legais
(leis
e
projetos
de
leis)
e
normativas
voltadas
à
gestão
de
documentos,
buscou-‐se
compreender
as
iniciativas
de
tornar
os
representantes
digitais
(objetos
digitais
resultantes
do
processo
de
digitalização)
como
elementos
capazes
de
produzir
efeitos
legais,
da
mesma
forma
que
os
originais
em
meio
físico.
No
desenvolvimento
do
estudo
discorreu-‐se
sobre
a
evolução
das
propostas
legislativas
voltadas
à
digitalização,
até
a
aprovação
da
Lei
12.682,
de
09
de
julho
de
2012,
que
dispôs
sobre
a
elaboração
e
o
arquivamento
de
documentos
em
meios
magnéticos,
normalizando
o
uso
da
digitalização
de
documentos
no
Brasil.
Em
seguimento,
descreveram-‐se
projetos
que
utilizam
os
representantes
digitais
como
documentos
investidos
com
presunção
de
autenticidade,
citando-‐se
como
exemplos,
o
prontuário
médico
do
paciente
e
os
processos
do
poder
judiciário.
Após
analisar
a
evolução
desse
contexto,
o
estudo
traz
conclusões
que
demonstram
um
cenário
onde
a
digitalização
ganha
cada
vez
mais
importância,
e
mesmo
com
a
regulamentação
de
uma
lei
para
esta
matéria,
ainda
gera
intensas
discussões
sobre
novas
possibilidades
de
uso
dos
representantes
digitais.
Palavras-‐chave:
Digitalização.
Representantes
digitais.
Contexto
brasileiro.
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
becoming
increasingly
important,
and
even
with
the
regulations
of
a
law
to
this
matter,
still
generates
discussions
about
new
possibilities
of
the
digital
surrogate.
Keywords:
Scanning.
Digital
surrogate.
Brazilian
context.
1 INTRODUÇÃO
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
Atualmente,
de
acordo
com
a
legislação
vigente,
os
objetos
digitais
resultantes
de
procedimento
de
captura
digital
não
são
válidos
para
produção
de
efeitos
legais,
do
mesmo
modo
que
os
originais
que
lhe
deram
origem.
Dessa
forma,
os
objetos
digitalizados
são
considerados
cópias
dos
seus
originais
em
meio
físico,
ou
como
esclarece
o
CONARQ
através
das
Recomendações
para
Digitalização
de
Documentos
Arquivísticos
Permanentes,
devem
ser
denominados
representantes
digitais.
Entretanto,
o
Poder
Legislativo
brasileiro,
justificado
pela
inovação
tecnológica
que
se
impõe
atualmente,
voltou-‐se
para
a
proposição
de
dispositivos
legais
que
pretendiam
considerar
as
imagens
oriundas
da
digitalização
como
elementos
autênticos,
capazes
de
produzir
efeitos
de
prova
e
garantia
de
direitos.
Neste
sentido,
já
há
iniciativas
que
constituem
tal
cenário,
como
exemplos
do
Poder
Judiciário
brasileiro
e
do
Conselho
Federal
de
Medicina,
ambos
considerando
legalmente
válidos
os
documentos
digitalizados
nas
suas
respectivas
áreas
de
competência.
Assim
sendo,
a
digitalização
ganha
cada
vez
mais
relevância,
e
não
apenas
como
meio
de
consulta
à
informação,
mas,
em
casos
específicos,
como
meio
legal
e
autêntico,
discorre-‐se
sobre
a
evolução
do
uso
da
digitalização
no
contexto
brasileiro,
principalmente,
no
que
se
refere
à
produção
de
efeitos
legais.
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
autenticidade,
a
nitidez,
a
indelebilidade
e
a
confidencialidade,
protegendo-‐os
contra
todo
acesso,
uso,
alteração,
reprodução
e
destruição
não
autorizados).
A
proposição
do
Projeto
de
Lei
N°
1.532,
justificou-‐se,
entre
outros
motivos,
pela
acelerada
e
inevitável
evolução
das
tecnologias
da
informação,
atenuando
o
descompasso
entre
direito
e
realidade,
simplificando
procedimentos
e
a
redução
de
custos
face
à
necessidade
de
manter,
exibir
e
conservar
documentos
em
papel.
Nos
anos
seguintes,
o
referido
projeto
tramitou
por
diversas
instâncias
do
Legislativo
Brasileiro,
sendo,
inclusive,
arquivado
por
duas
vezes.
No
ano
de
2007
(dois
mil
e
sete)
o
projeto
retornou
às
vistas
do
Legislativo
com
maior
intensidade,
proposto
como
Projeto
de
Lei
da
Câmara
N°
11,
de
2007
(PLC
11/2007),
dispondo
sobre
a
elaboração
e
o
arquivamento
de
documentos
em
meios
eletromagnéticos,
corroborando
com
o
projeto
inicial
de
1999.
O
PLC
11/2007
trouxe
argumentos
não
abrangidos
no
projeto
inicial,
principalmente,
no
que
se
refere
à
digitalização.
O
projeto
propôs
no
§1°
do
Art. 2°, que “após
a
digitalização,
constatada
a
integridade
do
documento
digital,
o
original
poderá
ser
destruído,
ressalvados
os
documentos
de
valor
histórico,
cuja
preservação
deverá
observar
a
legislação
pertinente”
(PLC
N°11,
2007,
p.1).
Pelo
dispositivo
citado,
a
reprodução
digital
dos
documentos
teria
o
mesmo
valor
probatório
do
documento
original
para
todos
os
fins
e
direitos.
Demais
proposições
de
destaque
no
PLC
11/2007
referiam-‐se
ao
Art.
3°
onde,
Art.
3°
O
processo
de
digitalização
deverá
ser
realizado
de
forma
a
manter
a
integridade,
a
autenticidade
e,
se
necessário,
a
confidencialidade
do
documento
digital,
com
o
emprego
de
certificado
digital
emitido
no
âmbito
da
Infraestrutura
de
Chaves
Públicas
Brasileiras
–
ICP
–
Brasil.
(PLC
N°11,
2007,
p.2).
E
no
Art.
7°
se
propôs
que
“os
documentos
digitalizados
nos
termos
desta
Lei
terão
o
mesmo
efeito
jurídico
conferido
aos
documentos
microfilmados,
consoante
a
Lei
N°
5.433,
de
08
de
maio
de
1968,
e
regulamentação
posterior”
(PLC
N°11,
2007,
p.2).
No
que
concerne
à
Infraestrutura
de
Chaves
Públicas
Brasileiras
–
ICP
–
Brasil,
a
Medida
Provisória
N.°
2.200-‐2,
de
24
de
agosto
de
2001,
que
Institui
a
Infraestrutura
de
Chaves
Públicas
Brasileiras
–
ICP
–
Brasil,
transforma
o
Instituto
Nacional
de
Tecnologia
da
Informação
em
autarquia,
e
dá
outras
providências,
apresenta
assim
o
seu
Art.
1°:
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
Art
1°
-‐
Fica
instituída
a
Infraestrutura
de
Chaves
Públicas
Brasileira
–
ICP
–
Brasil,
para
garantir
a
autenticidade,
a
integridade
e
a
validade
jurídica
de
documentos
em
forma
eletrônica,
das
aplicações
de
suporte
e
das
aplicações
habilitadas
que
utilizem
certificados
digitais,
bem
como
a
realização
de
transações
eletrônicas
seguras.
(MEDIDA
PROVISÓRIA
N°
2.200-‐2/20012,
s.p).
No
mesmo
ano
que
se
propôs
o
PLC
11/2007
iniciou-‐se
a
proposição
do
Projeto
de
Lei
do
Senado
N°
146,
de
2007
(PLS
146/2007),
que
dispõe
sobre
a
digitalização
e
arquivamento
de
documentos
em
mídia
ótica
ou
eletrônica,
e
dá
outras
providências.
Como
ambos
os
projetos
tratavam
do
mesmo
tema
acabaram
tramitando
em
conjunto.
O
PLS
146/2007
trouxe
conceituações
atuais
frente
à
digitalização
e
seu
arquivamento,
mas
com
o
mesmo
propósito
de
regulamentar
a
utilização
das
imagens
digitalizadas
como
elementos
de
prova
e
direitos
equivalentes
aos
seus
originais.
Do
projeto
destaca-‐se
o
Artigo
1°,
que
define
a
digitalização,
o
armazenamento
em
meio
eletrônico,
óptico
ou
digital,
e
a
reprodução
dos
documentos
particulares
e
públicos
arquivados;
estes
últimos
de
órgãos
públicos
federais,
estaduais
e
municipais,
e
de
entidades
integrantes
da
administração
pública.
Demais
proposições
que
se
destacam
no
PLS
146/2007
são
os
elementos
do
Art.
3°
“os
documentos
digitalizados
e
armazenados
em
mídia
ótica
ou
digital
autenticada,
bem
como
as
suas
reproduções,
na
forma
desta
lei,
terão
o
mesmo
valor
jurídico
do
documento
original
para
todos
os
fins
de
direito”
(PLS
N°146,
2007,
p.2).
Relacionado
à
autenticação
dos
documentos
digitalizados
previu-‐se
no
Art.
4°
que:
“a
digitalização
de
documentos
e
o
armazenamento
em
mídia
óptica
ou
digital
autenticada
serão
realizados
por
empresas
e
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
cartórios
devidamente
credenciados
junto
ao
Ministério
de
Estado
da
Justiça”(PLS
N°146,
2007,
p.2).
Quanto
aos
documentos
particulares,
a
autenticação
seria
realizada
pelo
serviço
de
títulos
e
documentos
no
domicílio
do
proprietário
da
mídia
óptica
ou
digital.
Dessa
forma,
as
proposições
corroboravam
com
o
dispositivo
expresso
no
Decreto
N°
1.799/1996,
que
regulamenta
a
Lei
N°
5.443,
de
8
de
maio
de
1968,
que
regula
a
microfilmagem
de
documentos
oficiais,
onde
no
Art.
15
dispõe-‐se
que
“a
microfilmagem
de
documentos
poderá
ser
feita
por
empresas
e
cartórios
habilitados
nos
termos
deste
Decreto”
(DECRETO
N°1.799,
1996,
s.p).
Complementa-‐se
que
para
o
exercício
da
atividade
de
microfilmagem
de
documentos,
as
empresas
e
cartórios
a
que
se
refere
este
artigo
deverão
requerer
registro
no
Ministério
da
Justiça
e
sujeitar-‐se
à
fiscalização
que
por
este
será
exercida
quanto
ao
cumprimento
do
dispositivo
no
referido
Decreto.
Em
suma,
a
regulamentação
proposta
apresentou
similaridade
entre
a
microfilmagem
e
digitalização.
O
PLS
146/2007
apresentou
justificativas
ainda
mais
relevantes
considerando-‐se
seus
projetos
antecessores,
frente
ao
uso
das
imagens
digitalizadas
de
acordo
com
o
ordenamento
jurídico
brasileiro.
Embora
não
se
efetive
uma
análise
aprofundada
frente
à
sua
aplicação,
conhecê-‐las
permite
levantar
os
entraves
que
a
digitalização
suscita
até
os
dias
atuais.
Justificou-‐se
que
o
descarte
do
documento
em
suporte
analógico
só
se
efetivaria
com
relação
aos
documentos
já
arquivados
que
cumpriram
o
ciclo
de
sua
eficácia.
Quanto
aos
documentos
em
trânsito
permitir-‐se-‐ia
a
digitalização,
mantendo-‐se,
contudo,
o
original
se
em
suporte
analógico
até
a
fase
de
seu
arquivamento.
Quanto
aos
documentos
de
valor
histórico,
manter-‐se-‐ia
a
impossibilidade
de
descarte
do
original
em
meio
físico,
mesmo
após
a
digitalização.
Como
argumento
para
a
garantia
de
autenticidade
dos
documentos
digitalizados
e
armazenados
em
mídia
óptica
ou
digital,
o
PLS
146/2007
referenciou
os
dispositivos
legais
em
vigor
para
os
microfilmes
(documentos
microfilmados).
Para
produzirem
efeitos
legais
em
juízo
ou
fora
dele,
deverão
estar
autenticados
pela
autoridade
competente
detentora
do
filme
original,
e
em
se
tratando
de
cópia
em
filme
extraída
de
microfilmes
de
documentos
privados
deverá
ser
emitido
termo
próprio,
no
qual
constará
que
o
filme
que
o
acompanha
é
cópia
fiel
do
filme
original,
cuja
autenticação
será
feita
nos
cartórios
que
satisfizerem
os
requisitos
especificados
pelo
presente
Decreto.
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
A
extensão
dos
conceitos
aplicados
à
microfilmagem
para
a
digitalização,
segundo
o
PLS
146/2007,
permitiria
ao
governo
controlar
e
fiscalizar
a
atividade
de
digitalização
a
ser
desempenhada
pelas
empresas
e
cartórios.
Propôs-‐se,
portanto,
o
controle
da
atividade
a
cargo
do
Ministério
de
Estado
da
Justiça,
credenciando
as
empresas
e
cartórios
que
realizariam
a
digitalização
dos
documentos,
sendo
que
a
autenticação,
a
guarda
e
a
conservação
da
mídia
óptica
ou
digital,
ficariam
a
cargo
do
registro
de
títulos
e
documentos.
O
apresentante
do
título
para
registro
também
poderia
deixá-‐lo
arquivado
em
cartório,
ou
a
sua
fotocópia
autenticada
pelo
oficial,
circunstâncias
que
seriam
declaradas
no
registro
e
nas
certidões.
A
tramitação
do
PLC
11/2007
e
PLS
146/2007
seguiria
para
a
Comissão
de
Ciência,
Tecnologia,
Inovação,
Comunicação
e
Informática
(CCT),
e
de
Constituição,
Justiça
e
Cidadania
(CCJ)
do
Congresso
Nacional.
A
exposição
das
análises
proferidas
pelas
respectivas
comissões
possibilita
avaliar
a
evolução
do
tema
frente
ao
Legislativo
Brasileiro.
O
Parecer
Nº
56.087,
de
2009
da
Comissão
de
Ciência,
Tecnologia,
Inovação,
Comunicação
e
Informática,
sobre
o
PLC
N.º11,
de
2007
(N°
1.532,
de
1999,
na
origem),
que
dispõe
sobre
a
elaboração
e
o
arquivamento
de
documentos
em
meios
eletromagnéticos,
e
o
PLS
Nº
146,
de
2007,
a
ele
apensado,
trouxeram
argumentos
passiveis
de
reflexão
sobre
o
tema
da
digitalização
e
a
sua
instituição
como
elemento
com
força
legal.
A
CCT
argumentou
que
a
microfilmagem,
embora
seja
regulamentada,
“ainda
gera
uma
quantidade
enorme
de
documentos,
e
não
atende
mais
à
demanda
por
agilidade”
(PARECER
N°
56.087,
2009,
p.7).
Acrescentou-‐se
sobre
a
necessidade
de
“assegurar
que
os
documentos
digitalizados
sejam
corretamente
preservados
e
que
sua
autenticidade
seja
garantida,
obedecidos
fielmente
os
ditames
da
Lei
Nº
8.159,
de
08
de
janeiro
de
1991,
que
dispõe
sobre
a
política
nacional
de
arquivos
públicos
e
privados”
(PARECER
N°
56.087,
2009,
p.7).
O
Decreto
N°
4.073,
de
03
de
janeiro
de
2002
regulamenta
a
Lei
N°
8.159,
de
08
de
janeiro
de
1991,
que
dispõe
sobre
a
política
nacional
de
arquivos
públicos
e
privados,
estabelece
no
seu
“Art.
29.
Este
Decreto
aplica-‐se
também
aos
documentos
eletrônicos,
nos
termos
da
lei”,
ou
seja,
todas
as
disposições
propostas
à
digitalização
de
documentos
devem
estar
em
consonância
com
a
Política
Nacional
de
Arquivos.
A
análise
da
CCT
mencionou
a
edição
da
Carta
para
a
Preservação
do
Patrimônio
Arquivístico
Digital,
expedida
pelo
CONARQ
no
ano
de
2004,
onde
se
relata
a
importância
de
tornar
esse
acervo
imune
à
fragilidade
e
rápida
obsolescência
de
software,
hardware
e
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
formatos,
para
garantir
a
autenticidade,
a
integridade,
o
acesso
contínuo
e
o
uso
pleno
da
informação
a
todos
os
segmentos
da
sociedade
brasileira,
bem
como
a
segurança
da
informação
digital.
A
CCT
ressaltou
que
o
PLC
11/2007
visa
conferir
à
prática
da
digitalização
de
documentos
equivalência
à
prática
da
microfilmagem.
Em
linhas
gerais,
adapta
a
redação
da
Lei
Nº
5.433,
de
1968,
para
dispor
sobre
o
processo
de
digitalização
de
documentos.
Enquanto
isso,
a
abordagem
do
PLS
146/2007
possui
maior
profundidade
e
abrangência,
o
que
torna
mais
recomendável
que
o
primeiro,
sendo
necessário,
entretanto,
apresente
alterações
normativas.
Da
forma
como
o
PLS
146/2007
encontrava-‐se
redigido,
propunha
a
criação
de
um
sistema
de
cartórios
digitais,
cabendo
com
exclusividade,
toda
e
qualquer
digitalização
e
armazenamento
em
mídia
óptica
ou
digital
autenticada.
Apontou-‐se
pela
CCT
“a
inviabilidade
de
um
sistema
nesses
moldes,
uma
vez
que
o
número
de
operações
seria
muito
grande”(PARECER
N°
56.087,
2009,
p.8).
O
entendimento
da
CCT
justificou-‐se
por
já
estar
prevista
a
autenticação
de
elementos
eletrônicos
na
Medida
Provisória
N°
2.200-‐2,
de
24
de
agosto
de
2001,
que
instituiu
a
Infraestrutura
de
Chaves
Públicas
Brasileira
(ICP
–
Brasil),
garantindo
a
autenticidade,
a
integridade
e
a
validade
jurídica
dos
documentos
em
forma
eletrônica.
Além
disso,
consta
no
art.
10,
§
2°
da
referida
Medida
Provisória,
a
aceitação
de
outros
meios
que
não
estritamente
os
certificados
eletrônicos
emitidos
pela
ICP-‐Brasil.
Ou
seja,
o
PLS
146/2007
não
admitindo
outro
tipo
de
certificação,
incorreria
em
um
equívoco.
No
Parecer
Nº
56.087,
de
2009,
a
CCT
destacou
que
“não
podemos
perder
de
vista
que
a
razão
de
ser
do
PLS
Nº
146,
de
2007,
é
a
construção
de
um
modelo
que
atenda
à
necessidade
de
maior
agilização
da
sociedade
moderna.”
O
voto
final
da
CCT,
por
intermédio
do
Parecer
56.087,
de
2009,
concluiu
pela
rejeição
do
Projeto
de
Lei
da
Câmara
N°
11,
de
2007,
e
pela
aprovação
do
Projeto
de
Lei
do
Senado
N°
146,
de
2007,
incluindo-‐se
novas
emendas.
No
ano
de
2010
a
CCT,
através
do
Parecer
N°
73.947,
de
2010,
retornou
à
análise
da
digitalização
e
arquivamento
de
documentos
em
mídia
óptica
ou
eletrônica,
e
demais
providências.
Considerando
a
tramitação
conjunta
do
PLC
11/2007
e
do
PLS
146/2007,
a
CCT
optou
pelo
prosseguimento
de
uma
das
matérias,
rejeitando
as
demais.
Neste
caso
teve
preferência
o
PLC
11/2007
que
fora
aprovado
pela
Câmara
Federal.
Segundo
consta
no
Parecer
n°
73.947,
de
2010,
as
novas
discussões
sobre
o
PLC
11/2007
pautaram-‐se
em
reuniões
de
trabalho
com
especialistas
da
área,
tanto
do
setor
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
público
quanto
do
privado,
com
a
participação
da
Associação
dos
Notários
e
Registradores
do
Brasil
(ANOREG),
da
Federação
Brasileira
de
Bancos
(FEBRABAN),
da
Caixa
Econômica
Federal
(CEF),
do
Banco
do
Brasil
(BB),
do
Ministério
da
Defesa
(MD),
do
Ministério
da
Justiça
(MJ),
do
Conselho
Federal
de
Medicina
(CFM),
do
Instituto
Nacional
de
Tecnologia
da
Informação
(ITI),
este
último
ligado
à
Casa
Civil
da
Presidência
da
República,
e
também
pelo
Conselho
Nacional
de
Justiça
(CNJ).
As
discussões
seguiram
diretrizes
básicas
para
a
relatoria,
destacando-‐se:
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
§
1.º
Após
a
digitalização
e
armazenamento,
verificada
a
integridade
do
documento
digital
e
a
fidelidade
entre
este
e
aquele
que
lhe
deu
origem,
o
original
poderá
ser
destruído,
no
tempo
e
na
forma
da
legislação
vigente
e
dos
regulamentos
setoriais
específicos
a
serem
expedidos
pela
administração
pública
direta
e
indireta.
(PARECER
N°
73.947,
2010,
p.9).
• No
§3.º
do
Art.
4°,
“o
documento
digitalizado
e
sua
reprodução,
procedida
de
acordo
com
o
disposto
desta
lei
e
em
regulamento,
terão
o
mesmo
valor
jurídico
do
documento
original,
para
todos
os
fins
de
direito”
(PARECER
N°
73.947,
2010,
p.9).
De
acordo
com
este
último
dispositivo,
a
Emenda
Substitutiva
N°
1
-‐
CCT
previa
a
atribuição
de
valor
legal
aos
documentos
digitalizados,
mesmo
afirmando
a
necessidade
de
análise
e
discussões
mais
aprofundadas
frente
ao
tema.
No
transcorrer
do
documento,
o
Art.
4°
expõe
sobre
a
responsabilidade
do
ônus
de
prova
de
autenticidade
dos
documentos
digitalizados.
No
Parecer
N°
75.326,
de
2010,
da
CCT,
aprovou-‐se
o
parecer
favorável
da
Emenda
N°1
–
CCT
(substitutivo)
ao
PLC
N°
11,
de
2007,
e
pela
rejeição
o
PLS
N°
146,
de
2007,
que
tramitava
em
conjunto.
Ainda
no
ano
de
2010
a
Comissão
de
Constituição,
Justiça
e
Cidadania
(CCJ),
através
do
Parecer
N°
76.387,
de
2010,
efetivou
a
análise
do
PLC
N°11,
de
2007.
Dentre
os
principais
aspectos
suscitados
pela
análise
da
CCJ
foi
propósito
do
PLC
11/2007
equiparar
a
digitalização
à
microfilmagem.
Segundo
relatoria
da
CCJ,
“parece-‐nos
que
a
maneira
mais
simples
de
fazê-‐lo
é
incorporar
novos
dispositivos
à
própria
Lei
N°
5.433,
de
1968,
de
modo
a
estender
o
seu
âmbito
de
aplicação
para
abranger
a
digitalização.”
Frente
à
aprovação
do
PLC
11/2007,
a
relatoria
da
CCJ
justificou
que
“se
tornou
inviável
o
armazenamento
de
todo
documento
sob
a
forma
de
papel
ou
de
outro
suporte
analógico
diverso
dos
sistemas
informatizados”
(PARECER
N°
76.387,
2010,
p.8).
Tal
afirmação
pauta-‐se
no
espaço
físico
demandado
e
os
cuidados
requeridos
para
a
conservação
do
meio
material,
além
da
necessidade
de
rápida
recuperação
dos
documentos,
justificando
a
necessidade
de
transpor
os
documentos
físicos
para
o
meio
digital.
Estes
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
argumentos,
segundo
a
CCT,
representam
a
economia
e
a
eficiência
proporcionadas
pela
digitalização
de
documentos
públicos
ou
privados,
tornando-‐se
imprescindível
a
aprovação
de
norma
que
discipline
a
matéria.
Com
relação
ao
posicionamento
da
ANOREG,
esta
entendeu
não
caber
a
equivalência
entre
documento
original
e
digitalizado,
pois
não
há
aspectos
de
fé
pública
envolvidos
nessa
autenticação
automática,
opondo-‐se
ao
sentido
da
proposta
de
lei.
Em
contrapartida,
a
CCJ
expressou
que
nos
estudos
sobre
o
processo
de
digitalização
e
armazenamento
de
documentos
originais
públicos
e
privados,
a
confiabilidade
se
faz
presente,
pois
se
refere
ao
mundo
prático,
o
mundo
da
inovação
tecnológica.
Argumentou-‐se
que
“uma
vez
estabelecido
o
procedimento
de
conversão
de
documentos
para
o
formato
digital,
teremos
condições
de
instaurar
o
diálogo
entre
os
sistemas
eletrônicos
de
digitalização
e
armazenamento
e
a
fé
pública”
(PARECER
N°
76.387,
2010,
p.9).
Para
ponderar
a
alegação
da
ANOREG
de
que
“possibilitar
ao
particular
digitalizar
documentos,
com
pressuposto
de
equivalência
jurídica
com
o
original,
significa
abrir
a
porta
para
a
fraude”,
a
CCJ
tomou
por
referência
o
§3°
do
art.
4°,
do
Substitutivo
ao
PLC
11/2007,
segundo
consta
do
“§3.°
O
documento
digitalizado
e
sua
reprodução,
procedida
de
acordo
com
o
disposto
nesta
lei
e
em
regulamento,
terão
o
mesmo
valor
jurídico
do
documento
original,
para
todos
os
fins
de
direito”.
Da
forma
como
está
redigido,
segundo
a
CCJ,
o
dispositivo
cerca
os
documentos
digitalizados
com
eficácia
perante
os
signatários
e
os
terceiros
de
boa-‐fé.
Na
questão
da
equivalência
jurídica
das
imagens
digitalizadas,
a
análise
da
CCJ
se
estendeu
à
Medida
Provisória
N°
2.200,
de
24
de
agosto
de
2001,
que
institui
a
Infraestrutura
de
Chaves
Públicas
Brasileira
(ICP-‐Brasil),
permitindo
que
documentos
digitalizados,
armazenados
em
meio
eletrônico
e
reproduzidos,
tenham
o
mesmo
valor
jurídico
do
documento
original
para
todos
os
fins
de
direito,
inclusive,
perante
terceiros
de
boa-‐fé,
desde
que
obedecido
o
procedimento
de
certificação
disponibilizado
pela
ICP-‐Brasil.
Argumentou-‐se
pela
relatoria
que
“se
o
documento
digitalizado
contrasta
com
o
documento
original,
isto
é,
está
em
desconformidade
com
ele,
então,
a
Infraestrutura
de
Chaves
Públicas
Brasileira
(ICP-‐Brasil)
não
lhe
conferirá
a
validade
necessária
para
a
produção
de
efeitos
jurídicos”.
Acrescentou-‐se
que
nos
termos
do
§
4°
do
Substitutivo
ao
PLC
11/2007,
o
ônus
da
prova
de
autenticidade
de
documento
original
incumbirá
àquele
que
digitalizou
o
documento
ainda
que
o
tenha
destruído
no
passado
recente
ou
remoto.
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
Ademais,
justificou-‐se
que
as
inovações
trazidas
pelo
PLC
11/2007
não
apresentam
novidades
às
atribuições
dos
tabeliães
e
registradores
-‐
disposto
no
art.
41
da
Lei
N°
8.935,
de
18
de
novembro
de
1994
(Lei
dos
Cartórios)
-‐,
o
qual
regulamenta
o
art.
236
da
Constituição
Federal,
dispondo
sobre
serviços
notariais
e
de
registro.
Segundo
consta
na
justificativa
da
CCJ
“incumbe
aos
notários
e
aos
oficiais
de
registro
praticar,
independentemente
de
autorização,
todos
os
atos
previstos
em
lei
necessários
à
organização
e
execução
dos
serviços,
podendo,
ainda,
adotar
sistemas
de
computação,
microfilmagem,
disco
ótico
e
outros
meios
de
reprodução”(PARECER
N°
76.387,
2010,
p.10).
O
argumento
final
no
Parecer
N°
76.387,
de
2010,
afirma
a
afinidade
do
Substitutivo
(Emenda
substitutiva
N°1)
ao
PLC
N°
11,
de
2007,
para
com
demais
legislações,
a
saber:
• Medida
Provisória
N°
2.200-‐2,
de
2001,
que
institui
a
Infraestrutura
de
Chaves
Públicas
Brasileira
(ICP-‐Brasil);
• Lei
N°
8.935,
de
18
de
novembro
de
1994,
que
“regulamenta
o
art.
236
da
Constituição
Federal,
dispondo
sobre
serviços
notariais
e
de
registro”,
e
o
Decreto
N°
1.800,
de
30
de
janeiro
de
1996,
que
“regulamenta
a
Lei
N°
8.934,
de
18
de
novembro
de
1994,
que
dispõe
sobre
o
Registro
Público
de
Empresas
Mercantis
e
Atividades
Afins
e
dá
outras
providências”
(PARECER
N°
76.387,
2010,
p.11).
• Lei
N°
8.159,
de
08
de
janeiro
de
1991,
que
dispõe
sobre
a
política
nacional
de
arquivos
públicos
e
privados.
Diante
disso,
o
voto
final
da
CCJ
afirmou
“pela
aprovação
do
projeto
de
Lei
da
Câmara
N°
11,
de
2007,
na
forma
de
emenda
substitutiva
aprovada
na
Comissão
de
Ciência,
Tecnologia,
Inovação,
Comunicação
e
Informática
(CCT).”
(PARECER
N°
76.387,
2010,
p.12).
O
andamento
do
projeto
transcorreu
para
a
relatoria
de
membros
do
Poder
Legislativo,
sendo
enviado,
posteriormente,
para
sanção
presidencial
em
meados
do
ano
de
2012
(dois
mil
e
doze).
O
projeto
foi
sancionado
através
da
Lei
N°
12.682,
de
09
de
julho
de
2012,
que
dispõe
sobre
a
elaboração
e
o
arquivamento
de
documentos
em
meios
eletromagnéticos,
mas
sofrendo
vetos,
de
acordo
com
a
Mensagem
de
veto
presidencial
N°
313,
aos
artigos
que
denotavam
equivalência
de
efeitos
legais
aos
representantes
digitais.
Os
dispositivos
vetados
constituíam-‐se
no
Art.
2°
e
respectivos
incisos,
que
autorizavam
o
armazenamento
em
meio
eletrônico,
óptico
ou
equivalente,
dos
documentos
públicos
e
privados.
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
§1°
Após
a
digitalização,
constatada
a
integridade
do
documento
digital,
o
original
poderá
ser
destruído,
ressalvados
os
documentos
de
valor
histórico,
cuja
preservação
deverá
observar
a
legislação
pertinente.
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
autenticidade
e,
se
necessário,
a
confidencialidade
do
documento
digital,
com
o
emprego
de
certificado
digital
emitido
no
âmbito
da
Infraestrutura
de
Chaves
Públicas
Brasileira
–
ICP
–
Brasil.”(LEI
N°
12.682,
2012,
s.p).
Acrescenta-‐se
que
os
meios
de
armazenamento
dos
documentos
digitais
deverão
protegê-‐los
de
acesso,
uso,
alteração,
reprodução
e
destruição
não
autorizadas.
Um
segundo
dispositivo
que
se
destaca
refere-‐se
ao
art.
4°,
Quanto
ao
art.
6°
ratifica-‐se
o
entendimento
de
que
os
documentos
em
suporte
físico
mantêm-‐se
como
fonte
primária
de
prova
e
direitos,
conforme
consta
-‐
“os
registros
públicos
originais,
ainda
que
digitalizados,
deverão
ser
preservados
de
acordo
com
o
dispositivo
da
legislação
pertinente”.
Muito
embora
a
Lei
N°
12.682
normalize
a
questão
da
digitalização,
ao
longo
do
tempo
seu
conteúdo
poderá
ser
revisto
e
novas
proposições
deverão
entrar
em
vigor,
uma
vez
que
o
desenvolvimento
de
tecnologias
e
respectivas
aplicações
ocorrem
em
ritmo
contínuo
e,
consequentemente,
poderão
afetar
o
uso
dos
objetos
digitais.
Além
disso,
outra
premissa
para
tal
apontamento
são
projetos
específicos
envolvendo
a
digitalização
de
documentos
já
conferindo
efeitos
legais
aos
objetos
digitalizados,
citando-‐se,
como
exemplo,
os
processos
judiciais
e
os
prontuários
médicos,
analisados
com
maiores
detalhes
nos
tópicos
seguintes.
2.2
RESOLUÇÃO
N°
1.821,
DE
11
DE
JULHO
DE
2007
-‐
CONSELHO
FEDERAL
DE
MEDICINA
(CFM)
A
Resolução
do
CFM
N°
1.821,
de
11
de
julho
de
2007,
aprovou
as
normas
técnicas
concernentes
à
digitalização
e
uso
dos
sistemas
informatizados
para
a
guarda
e
manuseio
dos
documentos
dos
prontuários
dos
pacientes,
autorizando
a
eliminação
do
papel
e
a
troca
de
informação
identificada
em
saúde.
Esta
resolução
foi
proposta
considerando
os
seguintes
argumentos
(dentre
outros):
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
• O
CFM
é
a
autoridade
certificadora
dos
médicos
do
Brasil
(AC)
e
distribuirá
o
CRM
–
Digital
aos
médicos
interessados,
que
será
um
certificado
padrão
ICP-‐Brasil;
• O
crescente
volume
de
documentos
armazenados
pelos
vários
tipos
de
estabelecimentos
de
saúde,
conforme
definição
de
tipos
de
unidades
do
cadastro
Nacional
de
Estabelecimentos
de
Saúde,
do
Ministério
da
Saúde;
• Os
avanços
da
tecnologia
da
informação
e
de
telecomunicações,
que
oferecem
novos
métodos
de
armazenamento
e
transmissão
de
dados;
• O
teor
do
Parecer
CFM
N°
30/02,
aprovado
na
sessão
plenária
de
10
de
julho
de
2002,
que
trata
de
prontuário
elaborado
em
meio
eletrônico;
• O
prontuário
do
paciente,
em
qualquer
meio
de
armazenamento,
é
propriedade
física
da
instituição
onde
o
mesmo
é
assistido
–
independente
de
ser
unidade
de
saúde
ou
consultório
-‐,
a
quem
cabe
o
dever
da
guarda
do
documento;
• O
prontuário
e
seus
respectivos
dados
pertencem
ao
paciente
e
devem
estar
permanentemente
disponíveis,
de
modo
que
quando
solicitado
por
ele
ou
seu
representante
legal
permita
o
fornecimento
de
cópias
autênticas
das
informações
pertinentes;
• A
autorização
legal
para
eliminar
o
papel
depende
de
que
os
sistemas
informatizados
para
a
guarda
e
manuseio
de
prontuários
de
pacientes
atendam
integralmente
aos
requisitos
do
“Nível
de
garantia
de
segurança
2
(NGS2)”,
estabelecidos
no
Manual
de
Certificação
para
Sistemas
de
Registro
Eletrônico
de
Saúde,
elaborado
conforme
convênio
pelo
CFM
e
Sociedade
Brasileira
de
Informática
em
Saúde.
Embora
a
Resolução
N°
1.821
ofereça
diversas
justificativas
para
a
adoção
da
digitalização
e
sistemas
informatizados
na
guarda
e
manuseio
dos
documentos
que
compõem
os
prontuários
médicos,
a
proposição
de
tal
iniciativa
foi
inicialmente
levantada
no
ano
de
1989,
momento
em
que
o
CFM
relatou
o
Parecer
N°
23/89
e
expediu
a
Resolução
N°
1.331/89,
que
determinou
a
manutenção
dos
prontuários
médicos
pelo
prazo
mínimo
de
dez
anos.
O
Parecer
N°23/89
do
CFM
teve
como
interessado
o
Conselho
Regional
de
Medicina
do
Distrito
Federal,
ao
questionar
o
CFM
sobre
o
prazo
de
manutenção
do
prontuário
do
paciente,
tendo
em
vista
o
grande
volume
de
documentos
existentes
em
seus
arquivos.
Considerando
que
tal
matéria
ainda
não
era
regulamentada,
além
da
falta
de
embasamento
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
legal,
a
relatoria
solicitou
a
todos
os
Conselhos
Regionais
de
Medicina,
bem
como
a
vários
hospitais
de
grande
e
médio
porte,
informações
sobre
conhecimento
de
legislação
específica,
e
qual
o
procedimento
adotado
pela
entidade
hospitalar
consultada
frente
ao
arquivamento
e
guarda
de
seus
prontuários.
Os
resultados
apontaram
para
a
inexistência
de
legislação
específica
regulamentando
o
assunto,
bem
como
a
adoção
de
soluções
variadas
para
o
gerenciamento
dos
prontuários,
desde
a
informatização
dos
prontuários,
passando
pela
microfilmagem,
arquivos
passíveis
após
um
prazo
variável,
entre
outros
procedimentos.
Após
análise
dos
dados
coletados
frente
ao
cenário
geral
para
o
arquivamento
dos
prontuários,
formulou-‐se
o
Parecer
N°
23/89,
propondo
que:
• O
prontuário
do
paciente
é
documento
de
manutenção
permanente
pelos
estabelecimentos
de
saúde;
• A
manutenção
do
prontuário
original
deve
ser
por
tempo
não
inferior
a
dez
anos,
a
fluir
da
data
do
último
registro
de
atendimento
do
paciente;
• A
partir
do
prazo
retroestabelecido,
o
prontuário
original
pode
ser
substituído
por
microfilmagem,
arquivos
informatizados,
ou
outros
métodos
de
registro
capazes
de
assegurar
a
restauração
plena
das
informações
nele
contidas.
A
regulamentação
sobre
a
manutenção
dos
prontuários
médicos
em
meios
distintos
dos
suportes
em
meio
físico
foram
reiterados
pelo
CFM
no
Parecer
N°
30/02,
aprovado
na
sessão
plenária
de
10
de
julho
de
2002,
que
tratou
de
prontuário
elaborado
em
meio
eletrônico.
Segundo
argumentos
do
referido
Parecer,
dentre
os
princípios
que
devem
subsidiar
a
normalização
dos
sistemas
para
prontuários
eletrônicos,
destacam-‐se:
• O
prontuário
médico
pode
ser
arquivado
eletronicamente
em
meio
óptico
ou
magnético,
desde
que
obedeça
aos
requisitos
estabelecidos
em
resolução
do
CFM;
• Para
garantir
a
autenticidade
e
a
confidencialidade
de
transmissão
dos
dados,
os
sistemas
de
prontuário
informatizado
deverão
estar
de
acordo
com
as
normas
da
ICP
–
Brasil;
• Os
sistemas
de
informação
deverão
estar
aptos
a
realizar,
periodicamente,
cópias
de
segurança
de
registros;
Argumentou-‐se,
nas
conclusões
do
Parecer,
sobre
a
necessidade
de
adequar
a
legislação
brasileira
à
nova
realidade
digital
para
a
validação
plena
dos
documentos
médicos
eletrônicos,
e
compete
ao
CFM,
através
de
sua
ação
normativa,
aprovar
resolução
específica
para
responder
às
demandas
oriundas
de
todas
as
regiões
do
país.
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
O
entendimento
do
CFM
sobre
o
dispositivo
legal
referente
ao
armazenamento
definitivo
dos
documentos
considerados
de
valor
histórico/probatório
(permanentes)
é
descrito
na
seguinte
citação.
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
específicas,
após
análise
obrigatória
da
Comissão
de
Revisão
de
Prontuários
e
as
normas
da
Comissão
Permanente
de
Avaliação
de
Documentos
da
unidade
médico-‐hospitalar
geradora
do
arquivo.
As
normas
específicas
referenciadas
no
art.
2°
desta
resolução
dizem
respeito
a
métodos
de
digitalização
que
reproduzam
todas
as
informações
dos
documentos
originais;
bem
como
os
arquivos
digitais
oriundos
da
digitalização
devem
ser
controlados
por
sistema
especializado
(Gerenciamento
eletrônico
de
documentos
–
GED)
que
possuam
as
seguintes
características:
a)
capacidade
de
base
de
dados
adequada
ao
armazenamento
dos
arquivos
digitalizados;
b)
método
de
indexação
que
possibilite
a
organização
e
pesquisa
de
maneira
simples
e
eficiente;
e,
c)
obediência
aos
requisitos
do
“Nível
de
Garantia
de
segurança
2
(NGS2)”,
estabelecidos
no
Manual
de
Certificação
para
Sistemas
de
Registro
Eletrônico
em
Saúde;
O
Art.
3°
autoriza
o
uso
de
sistemas
informatizados
para
a
guarda
e
manuseio
de
prontuários
de
pacientes,
e
para
a
troca
de
informação
identificada
em
saúde,
eliminando
a
obrigatoriedade
do
registro
em
papel,
desde
que
esses
sistemas
atendam
integralmente
aos
requisitos
do
“Nível
de
garantia
de
segurança
02
(NGS2)”,
estabelecidos
no
Manual
de
Certificação
para
Sistemas
de
Registro
Eletrônico
em
Saúde.
No
que
se
refere
ao
Manual
de
Certificação
para
Sistemas
de
Registro
Eletrônico
em
Saúde
do
CFM,
este
estabelece
dois
níveis
de
garantia
de
segurança
(NGS).
• NGS1:
categoria
constituída
por
Sistemas
de
Registro
Eletrônico
de
Saúde
(S-‐RES)
que
não
contemplam
o
uso
de
certificados
digitais
ICP-‐Brasil
para
assinatura
digital
das
informações
clínicas,
consequentemente,
sem
envolver
a
eliminação
do
papel,
com
necessidade
de
impressão
e
aposição
manuscrita
da
assinatura;
• NGS2:
categoria
constituída
por
S-‐RES,
que
viabilizam
a
eliminação
do
papel
nos
processos
de
registros
de
saúde.
Para
isso,
específica
a
utilização
de
certificados
digitais
ICP-‐Brasil
para
os
processos
de
assinatura
e
autenticação.
Para
atingir
o
NGS2
é
necessário
que
o
S-‐RES
atenda
aos
requisitos
já
descritos
para
o
NGS1,
e
apresente
total
conformidade
com
os
requisitos
especificados
para
o
nível
02.
Sem
se
deter
especificamente
nos
requisitos
constantes
dos
níveis
NGS1
e
NGS2,
o
Art.4°
e
o
Art.5°
da
Resolução
CFM
N°
1.821/2007
se
definem
pela
não
autorização
da
eliminação
do
papel
quando
da
utilização
somente
do
“Nível
de
garantia
de
segurança
01
(NGS1)”,
por
falta
de
amparo
legal,
enquanto
com
o
“Nível
de
garantia
de
segurança
02
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
(NGS2)”,
exigindo
o
uso
de
assinatura
digital
(conforme
ICP-‐Brasil),
elimina
a
obrigatoriedade
do
registro
em
papel.
A
Resolução
do
CFM
abrange
o
uso
da
microfilmagem,
sendo
que
os
prontuários
microfilmados
poderão
ser
eliminados
de
acordo
com
a
legislação
específica
que
regulamenta
essa
área,
e
após
análise
obrigatória
da
Comissão
de
Revisão
de
Prontuários
da
unidade
médico-‐hospitalar
geradora
do
arquivo.
No
Art.
7°
estabelece
a
guarda
permanente,
considerando
a
evolução
tecnológica,
para
os
prontuários
dos
pacientes
arquivados
eletronicamente
em
meio
óptico,
microfilmado
ou
digitalizado.
Além
disso,
o
Art.
8°
estabelece
o
prazo
mínimo
de
20
(vinte)
anos,
a
partir
do
último
registro,
para
a
preservação
dos
prontuários
dos
pacientes
em
suporte
papel
que
não
forem
arquivados
eletronicamente
em
meio
óptico,
microfilmado
ou
digitalizado.
A
exposição
da
Resolução
do
CFM
N°
1.821/2007
representa
um
contexto
onde
a
digitalização
e
os
sistemas
eletrônicos
são
utilizados
como
meios
para
o
gerenciamento
e
armazenamento
de
documentos.
Todavia,
a
aplicação
da
digitalização
e
demais
meios
eletrônicos
aos
prontuários
médicos
pautou-‐se
de
uma
análise
especifica
do
contexto
da
área
das
informações
em
saúde,
como
forma
de
garantir
requisitos
mínimos
na
salvaguarda
dessas
informações
que
servem
como
elementos
autênticos
de
prova
e
direito.
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
Ressalta-‐se
que
o
Poder
Judiciário
não
estipulou
a
adesão
de
certificados
digitais
em
conformidade
com
a
Infraestrutura
de
Chaves
Públicas
–
ICP
–
Brasil.
O
Art.
8°
da
Lei
N°
11.419/2006
permite
que
“os
órgãos
do
Poder
Judiciário
poderão
desenvolver
sistemas
eletrônicos
de
processamento
de
ações
judiciais
por
meio
de
autos
total
ou
parcialmente
digitais,
sendo
que
todos
os
atos
processuais
do
processo
eletrônico
serão
assinados
eletronicamente
na
forma
estabelecida
nesta
Lei”
(LEI
N°
11.419,
2006,
s.p).
No
artigo
seguinte,
consta
que
“todas
as
citações,
intimações
e
notificações,
inclusive
na
Fazenda
Pública,
serão
feitas
por
meio
eletrônico,
na
forma
desta
Lei”
(LEI
N°
11.419,
2006,
s.p).
No
caso
de
circunstância
técnica,
quando
for
inviável
o
uso
do
meio
eletrônico
para
a
realização
de
citação,
intimação
ou
notificação,
dever-‐se-‐á
digitalizar
o
documento
físico,
que
posteriormente
deverá
ser
destruído.
Quanto
ao
uso
de
documentos
produzidos
originalmente
em
meio
eletrônico
foi
regulamentado
no
Art.
11
que
“os
documentos
produzidos
eletronicamente
e
juntados
aos
processos
eletrônicos
com
garantia
de
origem
de
seu
signatário,
na
forma
estabelecida
nesta
Lei,
serão
considerados
originais
para
todos
os
efeitos
legais”
(LEI
N°
11.419,
s.p).
Desdobra-‐
se
deste
artigo
que
os
documentos
digitalizados
e
juntados
aos
autos
pelos
órgãos
da
Justiça
e
seus
auxiliares,
pelo
Ministério
Público
e
seus
auxiliares,
pelas
procuradorias,
pelas
autoridades
policiais,
pelas
repartições
públicas
em
geral,
e
por
advogados
públicos
e
privados,
têm
o
mesmo
valor
probante
dos
originais,
ressalvada
a
alegação
motivada
e
fundamentada
de
adulteração
antes
ou
durante
o
processo
de
digitalização.
Nos
casos
em
que
se
questiona
a
autenticidade
do
documento
digitalizado,
deverão
ser
preservados
os
originais
pelo
seu
detentor
até
o
trânsito
em
julgado
da
referida
sentença.
A
lei
que
versa
sobre
a
informatização
dos
processos
judiciais
prevê
os
casos
em
que
não
se
disponha
de
sistema
eletrônico
compatível
com
o
utilizado
pelo
Poder
Judiciário.
Segundo
consta
no
§
2º
e
§
4°
do
Art.
12,
os
autos
de
processos
eletrônicos
que
tiverem
de
ser
remetidos
a
outro
juízo
ou
instância
superior
que
não
disponham
de
sistema
compatível
deverão
ser
impressos
em
papel,
e
seguir
a
tramitação
legalmente
estabelecida
para
os
processos
físicos.
Quanto
à
digitalização
dos
documentos
em
tramitação
e
já
arquivados,
ou
seja,
que
foram
criados
e
autenticados
em
meio
físico,
consta
no
§
5°
do
Art.12,
que
a
digitalização
de
autos
em
mídia
não
digital,
em
tramitação
ou
já
arquivados,
será
precedida
de
publicação
de
editais
de
intimações
ou
intimação
pessoal
das
partes
e
de
seus
procuradores,
de
modo
que,
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
no
prazo
de
30
(trinta)
dias,
se
manifestem
sobre
o
desejo
de
guarda
de
algum
dos
documentos
originais.
Nas
disposições
finais
da
referida
Lei,
especificamente,
no
Art.
16,
consta
que
“os
livros
cartorários
e
demais
repositórios
dos
órgãos
do
Poder
Judiciário
poderão
ser
gerados
e
armazenados
em
meio
totalmente
eletrônico”
(LEI
N°
11.419,
2006,
s.p).
Isso
corrobora
o
§
2°
do
Art.
365
da
Lei
N°
5.869,
de
11
de
janeiro
de
1973
–
Código
de
Processo
Civil,
segundo
o
qual
as
repartições
públicas
poderão
fornecer
todos
os
documentos
em
meio
eletrônico,
certificando
pelo
mesmo
meio,
que
se
trata
de
extrato
fiel
do
que
consta
em
seu
banco
de
dados,
ou
do
documento
digitalizado.
Do
mesmo
modo
que
o
CFM,
o
Poder
Judiciário
brasileiro
propõe-‐se
a
utilizar
meios
digitais,
incluindo-‐se
a
digitalização,
na
consecução
de
suas
atividades.
Consequentemente
criam-‐se
prerrogativas
que
consideram
as
imagens
resultantes
da
digitalização
elementos
investidos
de
autenticidade
para
as
atividades
a
que
se
referem.
2.4
ASSENTAMENTO
FUNCIONAL
DIGITAL
(AFD)
DO
SISTEMA
DE
PESSOAL
CIVIL
DA
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
FEDERAL
–
SIPEC
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
informações
sirvam
na
resolução
de
atividades
administrativas,
conforme
se
verifica
no
Art.
1°:
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
Considerando
que
a
iniciativa
de
digitalizar
os
assentamentos
funcionais
pauta-‐se
na
terceirização
desse
serviço,
cita-‐se
o
Art.
3°
da
Resolução
Nº
6,
de
15
de
maio
de
1997,
do
CONARQ,
que
dispõe
sobre
diretrizes
quanto
à
terceirização
de
serviços
arquivísticos
públicos,
onde
consta
que
“poderão
ser
contratados
serviços
para
a
execução
de
atividades
técnicas
auxiliares,
desde
que
planejados,
supervisionados
e
controlados
por
agentes
públicos
pertencentes
aos
órgãos
e
entidades
produtores
e
acumuladores
dos
documentos.”
Dessa
forma,
o
projeto
em
questão
atende
aos
dispositivos
legais
indispensáveis
ao
procedimento
envolvendo
documentos
públicos.
No
§
5°
do
Art.
8°
da
Portaria
Normativa
N°3,
ressalta
que
“a
fiscalização
consiste
em
garantir
a
qualidade
dos
serviços
prestados,
a
segurança
da
informação
e
o
perfeito
cumprimento
do
Contrato”(PORTARIA
NORMATIVA
N°3,
DE
2011,
p.2).
A
Resolução
N°
6,
de
15
de
maio
de
2007,
do
CONARQ,
é
fundamentada
no
Parágrafo
2°,
através
do
art.
216
da
Constituição
Federal,
considerando
que
cabe
à
Administração
Pública
a
gestão
da
documentação
governamental
e
as
providências
para
franquear
sua
consulta
e
quantos
dela
necessitem,
e
no
Artigo
1°,
através
da
Lei
N°
8.159,
de
08
de
janeiro
de
1991,
considerando
que
é
dever
do
Poder
Público
a
gestão
documental
e
a
proteção
especial
a
documentos
de
arquivos,
como
instrumento
de
apoio
à
administração,
à
cultura,
ao
desenvolvimento
científico
e
como
elementos
de
prova
e
informação.
Sobre
a
manutenção
dos
arquivos
do
AFD
após
a
digitalização
pela
empresa
contratada,
competirá
às
unidades
de
recursos
humanos
manterem
atualizado
o
AFD
com
inserção
de
novos
documentos
em
formato
digital,
assinados
eletronicamente,
e
por
intermédio
de
inclusão
de
dados
em
sistema
informatizado
disponibilizado
para
tal
fim.
As
disposições
finais
da
Portaria
Normativa
N°
3
ainda
incluem
que
as
unidades
de
recursos
humanos
que
já
tenham
feito
a
digitalização
dos
documentos
dos
assentamentos
funcionais,
deverão
disponibilizar
os
arquivos
digitais
produzidos
à
Contratada
para
análise
das
imagens,
registro
de
metadados
e
verificação
se
atendem
aos
requisitos
mínimos
necessários.
A
digitalização
dos
assentamentos
funcionais
apresenta-‐se
como
uma
iniciativa
que
promove
a
inserção
da
captura
digital
nas
atividades
cotidianas
das
Instituições
Públicas
Federais,
facilitando
a
recuperação
de
informações
referentes
à
vida
funcional
dos
servidores
que
atuam
em
tais
unidades.
Soma-‐se
a
isso,
o
atendimento
de
regulamentações
expedidas
pelo
CONARQ
(abrangendo
a
classificação,
temporalidade
e
digitalização
dos
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
documentos),
denotando
ao
projeto
características
de
gestão
arquivística
de
documentos
indispensáveis
para
a
salvaguarda
dos
documentos
públicos.
A
microfilmagem
híbrida
agrega
os
elementos
da
microfilmagem
e
da
imagem
digital,
portanto,
pode
ser
citada
como
uma
iniciativa
relacionada
à
digitalização
de
documentos.
Sua
aplicação
gerou
controvérsias
quanto
à
autenticidade
das
imagens
resultantes
do
processo,
tanto
que
no
ano
de
2006,
o
Ministério
da
Justiça,
através
do
Departamento
de
Justiça,
Classificação,
Títulos
e
Qualificação
emitiu
o
Parecer
N°
736/2006
que
trata
dos
autos
sob
N°
08015.002497/2005-‐66
de
impugnação
ao
Parecer
N°
01/2005,
datada
de
11/07/2005,
de
autoria
da
Direção
da
Anoreg-‐Brasil;
Anoreg-‐São
Paulo;
Instituto
de
Registro
de
Títulos
e
Documentos
do
Brasil
e
Instituto
de
Títulos
e
Documentos
de
São
Paulo.
Em
suma,
o
Parecer
N°
736/2006
aborda
a
legalidade
da
microfilmagem
híbrida
de
acordo
com
os
preceitos
de
autenticidade,
fundamentais
para
que
os
documentos
sejam
considerados
instrumentos
jurídicos
válidos.
Os
argumentos
defendidos
pela
Direção
da
Anoreg-‐Brasil,
Anoreg-‐São
Paulo,
Instituto
de
Registro
de
Títulos
e
Documentos
do
Brasil
e
Instituto
de
Títulos
e
Documentos
de
São
Paulo,
sucintamente,
foram
os
seguintes:
• Os
microfilmes
híbridos
são
equivalentes
a
fotocópias
não
autenticadas,
haja
vista
a
inexistência
de
garantia
de
conferência
do
microfilme
com
o
documento
original,
ou
seja,
que
não
há
controle
sobre
a
origem,
integridade,
validade
ou
autenticidade
dos
documentos;
• A
digitalização
de
documentos
com
plena
validade
jurídica
consiste
no
registro
de
documentos
em
papel
em
um
cartório
de
Registro
de
Títulos
e
Documentos,
mediante
digitalização
e
registro
de
tal
documento,
efetuada
no
âmbito
do
próprio
cartório,
e
aposição
a
tal
documento
da
assinatura
digital
do
registrador
emitida
no
âmbito
da
ICP-‐Brasil,
garantindo-‐se
assim
a
integridade
de
tal
cópia
digitalizada
e,
consequentemente,
a
possibilidade
de
emissão
de
certidões
inalteráveis
de
tal
documento,
sejam
certidões
em
papel
ou
em
formato
eletrônico;
• A
digitalização
permite
a
edição
ou
adulteração
do
documento;
• A
microfilmagem
híbrida
permite
a
impressão
de
qualquer
tipo
de
documento,
mesmo
aqueles
que
nunca
foram
passados
para
o
papel;
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
• Não
existe
controle,
fiscalização
ou
regulamentação
sobre
as
empresas
prestadoras
de
serviços
de
microfilmagem
no
que
tange
à
digitalização
de
documentos;
• Inexiste
regulamentação
sobre
requisitos
técnicos,
procedimentais
e
jurídicos
para
obtenção,
com
validade
jurídica,
de
imagens
digitalizadas
no
âmbito
de
empresas
de
microfilmagem;
• Não
se
confere
fé
pública
às
operações
não
jurídicas,
isto
é,
a
documentos
digitais
de
particulares,
sendo
atribuição
legal
referente
à
fé
pública
aos
Oficiais
de
Registros
Públicos.
Os
argumentos
expostos
foram
questionados
pela
empresa
Kodak,
responsável
pela
comercialização
de
equipamentos
destinados
à
microfilmagem
híbrida
e
defensora
deste
procedimento.
A
referida
empresa
apresentou
as
seguintes
ponderações
como
contra-‐
argumento:
• A
proposição
de
que
a
única
forma
de
garantir
a
autenticidade
de
documentos
eletrônicos
é
por
meio
da
ICP-‐Brasil
é
errônea,
pois
esta
infraestrutura
refere-‐se
a
documentos
cuja
origem
é
eletrônica;
• Quanto
à
falta
de
segurança
da
microfilmagem
híbrida,
alega
a
Kodak,
que
a
microfilmadora
eletrônica
pode
digitalizar
e
fazer
diretamente
a
gravação
do
filme
sem
a
visualização
e
interferência
humana,
sem
possibilidade
de
adulteração.
Soma-‐se
a
isso,
a
responsabilidade
civil
e
criminal
do
órgão
ou
empresa
que
estará
realizando
a
microfilmagem;
• As
microfilmadoras
eletrônicas
representam
evolução
tecnológica
do
ramo,
ao
passo
que
outras
empresas
também
fabricam
microfilmadoras
híbridas
(citando-‐
se
Zeutschel,
Microbox
e
Fuji);
• Na
microfilmagem
tradicional
também
há
possibilidade
de
fraude;
• O
Decreto
N°
1.799/76
prevê,
em
seus
arts.
7°,
8°,
15,
16,
registro
e
fiscalização
dos
entes
responsáveis
por
microfilmagem
no
Ministério
da
Justiça.
Os
entes
microfilmadores
são
obrigados
a
fornecer
documento
de
garantia
da
microfilmagem,
e
são
previstas
sanções
aos
microfilmadores.
A
pessoa
responsável
pela
microfilmagem
obriga-‐se
à
identificação
no
final
da
microfilmagem
de
cada
série;
• A
microfilmagem
garante
a
integridade
e
qualidade
arquivística
do
documento;
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
• O
Decreto
N°
1.799/96
prevê,
em
seus
arts.
3°
e
4°,
a
microfilmagem
eletrônica.
As
argumentações
contra
e
a
favor
da
microfilmagem
híbrida
servem
de
parâmetro
para
se
compreender
os
diversos
dispositivos
legislativos
que
estão
envolvidos
na
definição
sobre
a
sua
validade
jurídica.
No
transcorrer
do
Parecer
N°
736/2006
ressalta-‐se
a
opinião
da
Associação
Brasileira
do
Gerenciamento
da
Imagem
e
Informação
(ABGI),
compreendendo
que
para
a
microfilmagem
híbrida
adquirir
validade
jurídica
é
necessário
estar
registrada
eletronicamente
junto
a
um
Oficial
de
Registro
de
Títulos
e
Documentos
que
responda
e
se
responsabilize,
nos
termos
da
lei,
pela
transladação
de
tais
documentos
para
o
meio
digital
e
pela
guarda
destes
em
caráter
permanente
com
plena
fé
pública.
Para
tanto,
torna-‐se
necessário
que
a
captação
de
documentos
em
meio
digital
seja
acompanhada
por
Oficial
de
Registro
de
Título
e
Documentos,
que
registrará
os
documentos
eletrônicos
contidos
nas
mídias
digitais
e
arquivará
o
respectivo
microfilme.
A
opinião
da
ABGI
frente
à
microfilmagem
híbrida
ser
realizada
por
entidades
jurídicas
estatais
foi
que
estas
entidades
ficariam
dispensadas
de
registro
junto
a
um
Oficial
de
Registro
de
Títulos
e
Documentos.
Embora
a
discussão
e
análise
dos
argumentos,
de
ambas
as
partes,
sejam
exaustivamente
retomados
no
Parecer
N°
736/2006,
merece
destaque
a
análise
proferida
pelo
Departamento
de
Justiça,
Classificação,
Títulos
e
Qualificação
do
Ministério
da
Justiça
frente
aos
argumentos
interpostos
sobre
a
microfilmagem
híbrida.
Segundo
análise,
a
alegação
da
ANOREG
de
que
a
fé
pública
restringe-‐se
aos
documentos
transladados
por
meio
de
Oficiais
de
Registros
Públicos,
infere-‐se
que
a
fé
pública
tão
somente
pode
ser
aferida
por
meio
de
delegação
do
Poder
Público.
Neste
sentido,
ao
regulamentar
a
Lei
N°
5.433
de
1968,
o
Decreto
N°
1.799
de
1996,
em
seu
art.
15,
dispõe
que
às
empresas
que
preencham
os
requisitos
legais
também
é
facultada
a
prestação
de
serviços
de
microfilmagem,
estendendo
assim
a
possibilidade
de
essas
empresas
produzirem
microfilmes
que,
por
sua
vez,
podem
produzir
efeitos
jurídicos.
Frente
aos
requisitos
legais
e
responsabilidades
quanto
a
uma
microfilmagem
segura
e
autêntica,
o
art.
7°
do
Decreto
N°
1.799/96
define
que
cada
série
será
precedida
de
imagem
de
abertura
com
a
seguinte
identificação:
“nome
por
extenso,
qualificação
funcional
e
assinatura
do
responsável
pela
unidade,
cartório
ou
empresa
executora
da
microfilmagem”
(DECRETO
N°
1.799,
1996,
s.p).
No
art.
8°,
referente
ao
final
da
microfilmagem
de
cada
série,
destaca
a
necessidade
de
reproduzir
a
imagem
de
encerramento,
imediatamente
após
o
último
documento,
com
elementos
identificadores
do
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
detentor
dos
documentos
microfilmados.
Dessa
forma,
estende-‐se
a
aplicabilidade
de
tais
dispositivos
à
microfilmagem
híbrida.
Quanto
à
responsabilidade
pela
microfilmagem,
a
análise
do
Departamento
de
Justiça,
Classificação,
Títulos
e
Qualificação
pauta-‐se
na
proposição
de
que
“a
responsabilidade
dos
detentores
de
documentos
a
serem
microfilmados
e
dos
microfilmadores,
sejam
estes
Oficiais
de
Registros
Públicos,
sejam
empresas,
para
microfilmagem
fotográfica
ou
de
forma
híbrida,
são
as
mesmas,
previstas
na
legislação
pertinente.”(PARECER
736,
2006,
p.17).
Agrega-‐se
a
isso
a
característica
de
a
microfilmagem
envolver
direitos
de
pessoas
diversas,
pois
normalmente
refere-‐se
à
totalidade
da
documentação
de
uma
instituição.
Desse
modo,
a
obrigação
de
reparação
do
dano
dá-‐se
independentemente
de
culpa
nos
termos
do
art.
927
do
Código
Civil.
O
dispositivo
final
do
Parecer
N°
736/2006,
haja
vista
o
Decreto
N°
1.799/96
prever
a
microfilmagem
híbrida,
estabelece
regras
que
garantam
a
fiel
reprodução
das
informações
contidas
no
documento
físico
original,
além
de
se
pautar
pela
aplicabilidade
dos
princípios
da
eficiência
e
da
publicidade
da
Administração
Pública,
e
opina:
3 CONCLUSÃO
Conclui-‐se
com
este
estudo
que,
embora
a
digitalização
de
documentos
se
apresente
como
uma
tecnologia
primordial
para
execução
de
diversas
atividades,
sejam
estas
administrativas,
culturais,
de
comunicação,
entre
outras,
os
representantes
digitais
não
são
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
considerados
(salvo
exceções)
elementos
agregados
com
presunção
de
autenticidade.
A
razão
central
para
este
cenário
é
a
necessidade
de
o
documento
arquivístico
constituir-‐se
como
elemento
detentor
de
informações
autênticas
e
verídicas,
condição
que
não
pode
ser
efetivamente
garantida
quando
da
realização
da
captura
digital.
Embora
os
projetos
analisados
-‐
citando
como
exemplos
pontuais,
os
prontuários
médicos
e
os
processos
judiciais
–
se
apresentem
como
iniciativas
pautadas
na
utilização
dos
representantes
digitais
com
força
legal,
a
sanção
da
Lei
12.682,
de
9
de
julho
de
2012,
que
dispôs
sobre
a
elaboração
e
o
arquivamento
de
documentos
em
meios
eletromagnéticos,
regulamentou,
pela
impossibilidade
de
substituição
dos
documentos
originais
por
seus
representantes
digitais,
motivada
pela
instabilidade
que
a
tecnologia
ainda
inspira,
ausência
de
procedimentos
consistentes
para
a
captura
digital,
além
de
a
maioria
dos
projetos
de
digitalização
não
levarem
em
consideração
os
preceitos
e
a
legislação
arquivística.
Por
falta
de
compreensão
sobre
a
importância
da
gestão
de
documentos
e
informações,
muitas
instituições
apostam
unicamente
na
digitalização
(ou
em
outra
forma
de
tecnologia)
como
a
solução
para
a
organização
e
recuperação
de
seus
ativos
informacionais.
Como
a
tecnologia,
por
si
só,
não
é
capaz
de
propor
soluções
consistentes
e
de
longo
prazo
para
a
gestão
informacional,
tais
projetos
acabam
por
resultarem
em
soluções
ineficazes,
ou
mesmo,
aquém
das
possibilidades
que
a
gestão
e
tecnologia,
quando
aplicadas
conjuntamente,
podem
oferecer.
A
análise
do
contexto
da
digitalização
no
Brasil
permite
identificar
diversos
argumentos,
tanto
pró
(economia
de
recursos,
menor
espaço
físico
para
guarda
de
documentos,
agilidade
na
recuperação
e
compartilhamento
de
informações
etc.)
quanto
contra
(falta
de
presunção
de
autenticidade
para
os
representantes
digitais,
obsolescência
tecnológica,
adulterações
indevidas
e
imperceptíveis
em
imagens
digitais
etc.)
a
forma
de
utilização
da
digitalização.
Tais
argumentos
demonstram
que
embora
a
legislação
estabeleça,
justificadamente,
limites
quanto
à
utilização
dos
representantes
digitais,
há
entendimentos
opostos
ao
que
se
estabeleceu
em
lei,
e
isso
ocorre
em
face
do
alcance
que
os
representantes
digitais
com
equivalência
nos
efeitos
de
prova
e
direitos
aos
respectivos
originais
possibilitariam
nas
atividades
desenvolvidas
em
cada
instituição.
Neste
contexto,
o
arquivista
enquanto
profissional
que
atua
diretamente
com
documentos
que
pressupõem
autenticidade
e
veracidade
das
informações
necessita
estar
a
par
das
discussões
que
envolvem
a
digitalização
e,
além
disso,
contribuir
tanto
quanto
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
possível
para
o
aperfeiçoamento
dessa
tecnologia,
utilizando
como
referência
preceitos
da
gestão
documental.
Isso
possibilita
a
gestão
eficaz
de
todo
ciclo
de
vida
dos
documentos,
tanto
em
meio
físico
quanto
digital,
repercutindo
em
projetos
de
digitalização
consistentes
que
garantam
o
uso,
a
recuperação,
e,
posteriormente,
a
preservação
dos
documentos
e
informações.
REFERÊNCIAS
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Decreto
n°
1.799,
de
30
de
janeiro
de
1996.
Regulamenta
a
Lei
n°
5.433,
de
8
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1968,
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regula
a
microfilmagem
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documentos
oficiais,
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Dispõe
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elaboração
e
o
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de
documentos
em
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Institui
a
Infra-‐Estrutura
de
Chaves
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Brasileira
ICP-‐Brasil,
transforma
o
Instituto
Nacional
de
Tecnologia
da
Informação
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autarquia,
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providências.
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da
Comissão
de
Ciência,
Tecnologia,
Inovação,
Comunicação
e
Informática.
Dispõe
sobre
o
PLC
n°
11,
de
2007
(n°
1.532,
de
1999,
na
origem),
que
dispõe
sobre
a
elaboração
e
o
arquivamento
de
documentos
em
meios
eletromagnéticos,
e
o
PLS
n°
146,
de
2007,
a
ele
apensado.
Disponível
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de
2010
da
Comissão
de
Ciência,
Tecnologia,
Inovação,
Comunicação
e
Informática.
Dispõe
sobre
o
PLC
n°11,
de
2007
sobre
a
elaboração
e
o
arquivamento
de
documentos
em
meios
eletromagnéticos,
e
o
PLS
n°146,
de
2007,
que
dispõe
sobre
a
digitalização
e
arquivamento
de
documentos
em
mídia
ótica
ou
eletrônica,
e
dá
outras
providências,
em
tramitação
conjunta.
Disponível
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Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
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75.326,
de
2010
da
Comissão
de
Ciência,
Tecnologia,
Inovação,
Comunicação
e
Informática.
Dispõe
sobre
o
PLC
n°11,
de
2007
sobre
a
elaboração
e
o
arquivamento
de
documentos
em
meios
eletromagnéticos,
e
o
PLS
n°146,
de
2007,
que
dispõe
sobre
a
digitalização
e
arquivamento
de
documentos
em
mídia
ótica
ou
eletrônica,
e
dá
outras
providências,
em
tramitação
conjunta.
Disponível
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n°
76.387,
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2010
da
Comissão
de
Constituição,
Justiça
e
Cidadania.
Dispõe
sobre
o
PLC
n°11,
de
2007
sobre
a
elaboração
e
o
arquivamento
de
documentos
em
meios
eletromagnéticos,
e
o
PLS
n°146,
de
2007,
que
dispõe
sobre
a
digitalização
e
arquivamento
de
documentos
em
mídia
ótica
ou
eletrônica,
e
dá
outras
providências.
Disponível
em:
<http://legis.senado.leg.br/mateweb/arquivos/mate-‐pdf/76387.pdf
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digitalização
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Disponível
em:
<http://www.simesc.org.br/admin/uploads/PARECER%20PRONTU%C3%81RIO.pdf>.
Acesso
em:
15
jul.
2013.
_____.
Parecer
n°
30/2002:
prontuário
Eletrônico.
Disponível
em:
<http://www.portalmedico.org.br/pareceres/cfm/2002/30_2002.htm
>.
Acesso
em:
12
abr.
2013.
_____.
Resolução
CFM
n°
1.821,
de
11
de
julho
de
2007.
Aprova
as
normas
técnicas
concernentes
à
digitalização
e
uso
dos
sistemas
informatizados
para
a
guarda
e
manuseio
dos
documentos
dos
prontuários
dos
pacientes,
autorizando
a
eliminação
do
papel
e
a
troca
de
informação
identificada
em
saúde.
Disponível
em:
Tendências
da
Pesquisa
Brasileira
em
Ciência
da
Informação,
v.
6,
n.
2,
jul./dez.
2013.
<http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cfm/2007/1821_2007.htm>.
Acesso
em:
12
abr.
2013.
CONSELHO
NACIONAL
DE
ARQUIVOS
(CONARQ).
Diretrizes
para
a
presunção
de
autenticidade
de
documentos
digitais.
[S.l.]
Câmara
Técnica
de
Documentos
Eletrônicos
–
CTDE,
2012.
Disponível
em:
<http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/media/diretrizes_presuncao_autenticidade_pu
blicada.pdf>.
Acesso
em:
14
jun.
2013.
_____.
Recomendações
para
digitalização
de
documentos
arquivísticos
permanentes.
[S.l.]
2010.
Disponível
em:
<http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/media/publicacoes/recomenda/recomendaes_
para_digitalizao.pdf>.
Acesso
em:
17
jul.
2013.
_____.
Resolução
n°6,
de
15
de
maio
de
1997.
Dispõe
sobre
diretrizes
quanto
à
terceirização
de
serviços
arquivísticos
públicos,
1997.
Disponível
em:
<http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=57&sid=46
>.
Acesso
em:
20
maio
2013.
MINISTÉRIO
DA
JUSTIÇA.
Parecer
n°
736/2006.
Microfilmagem
híbrida.
[S.l.]
Departamento
de
Justiça,
Classificação,
Títulos
e
Qualificação,
2006.
Disponível
em:
<http://tinyurl.com/pty5d5e>.
Acesso
em:
5
jun.
2013.
MINISTÉRIO
DO
PLANEJAMENTO,
ORÇAMENTO
E
GESTÃO
(MPOG).
Portaria
Normativa
n°3,
de
18
de
novembro
de
2011.
Cria
o
Assentamento
Funcional
Digital
–
AFD
e
estabelece
orientação
aos
órgãos
e
entidades
integrantes
do
Sistema
de
Pessoal
Civil
da
Administração
Pública
Federal
–
SIPEC,
quanto
aos
procedimentos
relativos
à
organização,
digitalização
e
armazenamento
dos
assentamentos
funcionais.
Brasília,
2011.
Disponível
em:
<http://www.icmbio.gov.br/intranet/download/arquivos/cdoc/biblioteca/resenha/2011/no
vembro/Res2011-‐11-‐22DOUICMBio.pdf>.
Acesso
em:
22
fev.
2013.
Tendências da Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação, v. 6, n. 2, jul./dez. 2013.