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CONSTRUGUES DE CUNGRETO F.Leonhardt ¢ E.M&nnig CASOS ESPECIAIS DE DIMENSIONAMENTO. DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO ‘Vol. RITZ LEONHARDT Doutor Engenheiro Doutor Honoris Causa Professor do Instituto da Construgo da Universidade de Stuttgart EDUARD MONNIG Engenheiro Civil Professor do Instituto da Construgio da Universidade de Stuttgart TRADUGAO JOAO Luis ESCOSTEGUY MERINO Engenheiro Civil, UFRGS EDITORA INTERCIENCIA LTDA. Copyright © by Springer-Verlag Berlin/Heidelberg 1973 Published in Germany under the title "Vorlesungen ber Massivbau — Zweiter Teil Sonderfalle der Bemessung im Stahibetonbau” — Zweite Auflage Direitos Reservados em 1977 por Editora Interciéncia Ltda. Rio de Janeiro — Brasil Impresso no Brasil Programago Visual Interciéneia Arte Capa AG Comunicago Visual Composicao do Texto Interciéneia 12 EDIGAO/1978 — 18 REIMPRESSAO/1979 (Preparada pelo Centro de Catalogaco-na-fonte do SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, Ri) Leonhardt, Fritz. L61e ——_Construgdes de concreto, volume 2: casos especiais de dimensionamento de estruturas de concreto armado | por | Fritz Leonhardt le | Eduard Ménnig; tradugio | de | Jofo Luis. Escosteguy Merino. Rio de Janeiro, Interciéncia, 1978. 174. 156 ilust. inal em alemSo: Vorlesungen iiber Massivbau Zweiter Teil-Zweite Auflage Bibliografia 1, Conereto armado — 2. Construgées de concreto ‘armado |, Ménnig, Eduard Il, Titulo Il. Titulo: Casos cde dimensionamento de estruturas de concrete armado coo — 620.137 624.1834 693.54 CDU — 624.012.45:624,043, 77-0586 693.55 € proibida reprodueio total ou parcial por qusisquer meios som autorizacSo por excrito da ecitora, EDITORA INTERCIENCIA LTDA. Fue Verna Magathdes, 65 — Tel, 281-7495 — 269-5809 EP 20710 — Rode Janeiro — Breit PLCHAG No primeiro volume das Construgdes de Concreto, tratou-se dos principios bésicos do dimensionamento de estruturas de concreto armado, apresentando-se uma visio geral sobre os mate- riais, 0 comportamento resistente e 0 dimensionamento das estruturas lineares 8 flexdo, 8 forca cortan- te @ 4 toreo — com e sem forea normal — bem como o dimensionamento de pecas comprimidas com a verificagSo da seguranca & flambagem. Neste segundo volume, so apresentados os casos especiais de dimensionamento. Na realida- de, tais caso s8o correntes na prética, mas, em sua maioria, ainda no foram inteiramente resolvides, j8 que os métodos de dimensionamento utilizéveis até esta data foram desenvolvidos somente nos Lltimos dez anos e, consegiientemente, nos livros-textos usuais so apresentados de maneira obsoleta ‘ou simplesmente inexistem, Os métodos modernas de dimensionamento encontram-se espalhados quase que exclusivamente em publicagées periddicas especializades e, portanto, sfio pouco conhecidos Neste segundo volume, procurou-se apresentar, através da interpretaeo da bibliografia exis- tente, os mais recentes resultados das pesquisas efetuadas, assim coma alguns resultados de. ensaios sobre 0 estado atual de nossos conhecimentos, de forma adequada as aplicagdes praticas. 0 Ultimo capitulo & dedicado aa concreto leve, dando-se uma ligeira idéia dos tipos existen- tes, para depois tratar em detalhe do concreto leve estrutural, que ser, com certeza, cada vez mais utilizado. As propriedades do concreto ieve exigem um dimensioriamento diferente do estabelecido para o concreto normal. Tal fato é apresentado nesta obra segunds as normas alemas. Neste volume, as indicac3es sobre a bibliogratia so particularmente importantes. Procu- rou-se mencionar apenas a bibliografia indispensével — a relativa aos tltimos desenvolyimentos alcan- cados e a necessaria a um posterior aprofundamento dos problemas tratados ~ 0 que é de importén- cia para a atividade profissional do engenheiro. Agradecemos as Sr |, Paechter, V. Zander @ aos Engenheiros estagiérios H. Lenzi e A. Hoch, pelo cuidado e trabalho na redacdo e na revistio do texto, bem como na etaboracdo de varios desenhos. Agradecemos mais uma vez, em especial, a0 Editor pelo seu esforco em manter prego razodvel e acessivel aos estudantes, sem com isto prejudicar a qualidade do livro, Stuttgart, outono de 1974 F. Leonhardt e E. Ménnig Preticio da 23 Edigo Na 22 edigdo foram feitas algumas correges e acréscimos. Os problemas tratados, entretan- to, permaneceram inalterados, Stuttgart, maio de 1975 F. Leonhardt e E. Ménnig LQAMO da CLLDA VOLUME 1: PRINCIPIOS BASICOS DO DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO 1 Imredueao 2 . Conereto 3. Acos para concreto 4 0 material de construgdo concrete armado 5 . Comportamento das estruturas de concreto armado 6 Principios basicos da verificacdo de seguranca 7 | Dimensionamento a tlexio composta 8 - Dimensionamento &forea cortante 9. Dimensionamento & torso 10. Dimensionamento de peas comprimidas de conereto armado VOLUME 2: CASOS ESPECIAIS DE DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO ‘Armadura obliqua a dirego da solicitagg0 Vigas-parede, eonsolos e chapas Introdueio de cargas ou forcas concentradas Articulagées de concreto Pungo em lajes Dimensionamento para cargas oscilamtes ou muito freqentemente repetides - Conereto leve para estruturas VOLUME 3: PRINCIPIOS BASICOS SOBRE A ARMAGAO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO. 1. Generalidades sobre o projeto ea execucdo 2 . Estorcos sotcitantes 3 . Generalidades sobre armaduras 4. Ancoragem das barras da armadura 5 . Emendas das barras da armadura 6 7 8 9 - Forcas devidas & roudangas de diego de pecas comprimidas etracionadas ‘Armadura de pecas fletidas Lajes Vigas-e vigas T 10. Lajes nervuradas em uma e duas direrdes, ajes 6cas 11, N6s de pérticos cchapas 14, Pecas comprimidas 15, Regiées de introducao de esforgos 16, Fundagdes VOLUME /ERIFICAGAO DA CAPACIDADE DE UTILIZAGAO Limitapdo da Fissuragdo, Deformagses, Redistibuigio de Momentos ¢ Teoria das Linhas de Ruptura em Extruturas de Conereto Armado Verificagdo da capacidade de utilizagdo LLimitaedo da fissuraedo, limites das aberturas das fissuras Deformagdes das estruturas de concreto — Generalidades Deformacées devidas 8 forca normal, rigidez & deformacdo longitudinal Deformacdes devidas flexdo, rigider a flexdo Deformagdes devidas & forca cortante, rigider 8 deformagio transversal Deformagses devidas & toredo, rigide2 & toreo Deformacdes no dominio plistico (Estédio 1!) “Teoria das linhas de ruptura para estruturas laminares, em especial para lajes VOLUME 5: CONCRETO PROTENDIDO ‘VOLUME 6: PRINCIPIOS BASICOS DA CONSTRUCAO DE PONTES vin GOoomceDo PREFACIO eerie - PLANO DEOBRA...... : cee vil 1, ARMADURA OBLIQUA A, piREGho DaSOUCITAGAO . 1 3.1 INTRODUGAO . ' 1.2. CHAPAS COM ARMADURA EM MALHA ORTOGONAL 2 1.2.1. Esforos e Equilibrio em um Elemento de Chaps... . 2 1.2.2 Inclinacdo das Fissuras no Caso de Solicitaco da Armadura no Regime Eldstico (0 Bg/E,) : 10 1.3 CHAPAS COM UMA UNICA DISPOSICAQ DE ARMADURAS. 10 1.4 LAJES COM ARMADURA EM MALHA ORTOGONAL. : " 1.8 CRITERIOS DE DIMENSIONAMENTO. : 2 1.5.1 Generalidades.... 1.5.2 Dimensionamento de Estruturas de Chapas com Armadura Obliqua em Relacio as Tensées, Principais. : 13 1.83 Dimensionamento de Lajes Solicitadas 8 Flexio, com Armadura Oblique em Relaglo & Direc dos Momentos Principais 16 2. VIGAS-PAREDE, CONSOLOS E CHAPAS : ee 19 2.1. DEFINIGOES, 19 2.2 METODOS PARA A DETERMINACAO DAS TENSOES NO ESTADIO! 19 23 ESFORGOS SOLICITANTES E TENSOES EM VIGAS-PAREDE, 7 20 23.1 Generalidades. 20 23.2. Tensdes em Vigas-Parede de Um S6 Vio : 2 2.3.2.1 Carga Uniformemente Distribuide a 2.3.2.2. Cargas Concentradas 24 23.23 influéncis do Enrijecimento dos Apoiox, 26 2.3.3 Tenses em Vigas-Parede Continuas . 30 2.3.3.1 Carga Uniformemente Distribuida . . 30 2.3.3.2 Cargas Concentradas : : ad 2.3.33 Influéncia do Enrijecimento dos Apoios. ... .- : 32 2.3.3.4. Determinagéo dos Esforcos Solicitantes em Vigas Parede Continues 33 2.3.4 Oeterminagdo das TensBes de Acordo com W. Schleeh . 36 2.4 VIGAS-PAREDE NO ESTADIO I! DO PONTO DE VISTA DO DIMENSIONAMENTO 39 2.4.1 Vigas-Paredo Diretamente Apoiadas 39 24.2 Vigas-Parede Apoiadas ou Carregadas Indiretamente, : 42 2.8 CRITERIOS DE DIMENSIONAMENTO DE VIGAS-PAREDE. ...... f 46 2.8.1 Determinago dos Esforgos no Banzo Tracionado . 45 2.5.2 Limitagdo das Tensdes Principais de Compressio. 48 26 27 28.3 Armadura de SuspensSo para Cargas Atuantes na Par 2.5.4 Armadura em Matha na Parede, a 255. Concepcdo do Modelo Resstente e Dimensionamento de Acordo com Nylander TENSOES EM CONSOLOS E CHAPAS EM BALANGO CRITERIOS PARA 0 DIMENSIONAMENTO DE CONSOLOS E DE CHAPAS EM BALANCO. Inferior 3. INTRODUGAO DE CARGAS OU FORGAS CONCENTRADAS . 34 32 33 34 35 36 DESCRIGAO DO DESENVOLVIMENTO DAS TENSOES . METODOS PARA A DETERMINAGAO DAS TENSOES 32.1 Resolugdo Teérica 3.2.2 Resolucdo Através de Elementos Finitos 3.2.3. Determinagio das Tensdes Através da Fotoelasticidade 3.2.4 Determinagio das Tensdes Através da Medicio das Deformagdes em Modelos 32.5 Medicies Feitas em Peces de Concreto. 3.2.6 Solucdes Aproximadas Simples DIMENSIONAMENTO AO ESFORGO DE FENDILHAMENTO NO CASO DA INTRODUGAO DE CARGAS OU FORGAS CONCENTRADAS EM UM SISTEMA BIDIMENSIONAL 23.1 Carga Concentrada Axial 3.3.1.1 Esforgo de Fendilamento no Caso de um Carregamento Uniformemente Distrituido p. 3.3.1.2 Influéneis de um Carregamento Ndo Uniformemente Distribuido p. 3.3.1.3. Tenses nas Zonas de Bardo (RegiSes de Canto) 3.3.2 Carga Concentrada Excéntrica ns Diregdo x 3.3.3. Carga Concentrada Excéntrica Inclinada em Relacio ac Eixo dos x 3.3.4 Vérias Cargas ou Forcas Concentradas. 3.3.5 Aco Conjunta da Forca de Protensio e da Reacio de Apoio nas Ex\remidades de Vigas de Concrete Protendido 3.3.6 Aco Conjunta da Introducdo de um Esforco © da Fle Vigas Continuas 3.3.7 Carga Concentrada Atuante no Interior da Chapa : 3.3.8 Esforcos Introduzidos pela Aderéncia das Barras da Armadura 3.3.9 Introdugo de Uma Carga Concentrada em Uma Viga T ‘em Apoios Inte VALORES DE CALCULO DO ESFORGO DE FENDILHAMENTO, NO CASO DA INTRODUGAO DE CARGAS OU FORGAS CONCENTRADAS EM UM SISTEMA TRIDIMENSIONAL 3.4.1 Carga Concentrada Axial, 3.4.1.1. TensGes de Fendilhamento e Esforco de Fendilhamento 3.4.1.2. Esforcos de Tracio nos Bordos. 342 Carga Concentrad Excéntica : LIMITAGKO DAS PRESSOES NA AREA CARREGADA INTRODUGAO DE ESFORGOS PARALELAMENTE A FACE DE UMA PECA DE CONCRETO 3.6.1 Introduedo de Esforeos por Meio de Pinos 3.6.2. Transmisséo de Esforcos por Meio de Pressfo de Contato (Protensfo) 4, ARTICULAGOES DE CONCRETO 4a 42 DESCRIGAO, CRITERIOS DE DIMENSIONAMENTO DE ACORDO COM MONNIG_NETZEL edidrios de 2888 55 88 92 4 94 7 7 101 103 103 105 4.2.1. Apoio em Linha com Movimento de Rotacio em Torno de Um Eiko... 02.22.02 105 4.2.2 Apoio Pontual com Movimento de Rotago em Qualquer Direcfo........ 0. -02.2.e0e. 1M 5. PUNGAO EM LAJES. ..... : eae cit 5.1 OBSERVAGAO INICIAL. . . 7 7 ee esoeaia 5.2 ESTADO ATUAL DOS CONHECIMENTOS. ....... 118 5.3 MODELOS DO PROCESSO DE PUNCAO SEM ARMADURA DE CISALHAMENTO, NO CASO DE PILARES INTERNOS CARREGADOS AXIALMENTE eee 13 5.3.1 Generalidades 11a 5.3.2 Carga de Puncéo de Acordo com Kinnunen Nylander (Sem Armadura de Csalhamento} ue 5.4 PUNGAG NO CASO DE PILARES DE BORO E DE CANTO ng. 5.5. CRITERIOS DE DIMENSIONAMENTO DA DIN 1045 : faa t20, 5.5.1 Caso Normal de Pilares Interns 120 55.2. Sobre a Armadura de Cisalhamento. 123, 5.5.3. Pilares de Bordo e de Canto : : 123 5.5.4 Aberturas em Lajes e Rebaixos para Instelades 7 123 5.5.5 Reforco do Topo de Pilares, Lajes-Cogumelo, Quadros Metélicos 124 6, DIMENSIONAMENTO PARA CARGAS OSCILANTES OU MUITO FREQUENTEMENTE REPETIDAS 129 6.1 CRITERIOS BASICOS. 129 6.2 CRITERIOS DE DIMENSIONAMENTO, 130, 63 DETERMINAGAO DE TENSOES NO ESTADO DE UTILIZACAO 131 6.4 VERIFICAGOES PARA CARREGAMENTOS OSCILANTES DE ACORDO COM A DIN 1045 133, 7. CONCRETO LEVE PARA ESTRUTURAS 137 7.1 OBSERVACAO PRELIMINAR ~ TIPOS DE CONCRETO LEVE 137 7.2 AGREGADOS £ PROPORCIONAMENTO DOS CONCRETOS LEVES PARA ESTRUTURAS 138 7.2.1 Agregados Porosos: ‘ 138 7.2.2 ComposicSo Granulométrica e Fabricando de Coneretos Leves ..... 140 7.3 FLUXO DE ESFORGOS NO CONCRETO LEVE ro 7.4 CLASSES DE CONCRETO LEVE 102 7.8 PRINCIPAIS DIFERENGAS ENTRE AS PROPRIEDADES DO CONCRETO LEVE E DO CONCRETO NORMAL 144 2.5.1 Resisténcia 3 Tracio, : ie 7.5.2 Resistencia a Carregamento em Area Parcial . . 144 7.5.3. Resistencia de Aderéncia 144 7.8.4 Detormagbes, Diagramas 0 ¢ ¢ Modula de Elasticidade para Carges de Curte DuracSo 145 7.8.5 Expansio, Retracdo e Deformacio Lenta 148 7.5.6 Comportamento Térmico do Concreto Leve 149, 75.7 Provectods Armadura Contra @ Corrosio. 150 7.6 CONCLUSOES SOBRE © DIMENSIONAMENTO DE CONCRETO LEVE ARMADO E DE CONCRETO LEVE PROTENDIDO Hl 151 7.7 SOBRE A ECONOMIA DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO LEVE ae - 183 7.8 UTILIZAGAO Se 3 7 154 BIBLIOGRAFIA ae . Se eeeeeaaa | 1. Armadura obliqua a diregao da solicitagao | 1.1 INTRODUGAO No Vol.1, Cap. 5 [1], mastrou-se que a melhor colocar3o da armadura é aquela em que as barras so dispostas segundo a trajet6ria das tensGes principais de tragio ou a dos momentos principais. Dessa maneira elas interceptam as fissuras perpendicularmente e podem, assim, absorver diretamente os esforgos de trago no concreto. Em quase todas as estruturas, porém, existem trechos nos quais esta disposi¢go ideal da armadura no pode ser adotada. Quanto 20 dimensionamento da armadura da alma de vigas, cuja dirego no coincide com a das tensdes principais de trapdo nos casos de forga cortante e toro, o assunto jé havia sido tratado nas Caps. 8 e 9 do Vol.1. Neste capitula, sero indicados, no caso de estruturas laminares (chapas, lajes, cascas), 08 critérios de dimensionamento adequados a armaduras dispostas obliquamente 2 diregdo da solicitaro. Nos primeiros trabalhos sobre este assunto, feitos por E, Suenson{ 2 ] e, particularmente, por H. Leitz [ 3,4] , foi admitido que as fissuras eram perpendiculares 4 armadura, tendo-se conside- rado apenas as condi¢ées de equilibrio. Explicagées complementares forarn dadas por W. Fligge [5]e G. Scholz [6], entre outros, Através destes resultados verificou-se que, com a suposiggo de que a forca de compresséo no concreto se localiza na bissetriz do Angulo entre as duas faixas da arma- dura, chega-se a uma contradieao, isto é, que apés a fissuracdo, em certos c3sas, a forga de compress no conereto deve atuar através das fissuras. J. Peter {7 Je F.Ebner [ 8,9] indicaram por isso, de maneira correta, que para chapas € lajes as primeiras fissuras s§0 independentes da dire¢do da armadura mas s80 quase perpendiculares & dirego das tensdes principais de trago (fig. 1.1). Das condigdes de compatibilidade, obtiveram as forgas cortantes ao longo das fissuras, as quais so transmitidas pelo engrenamento dos agregados ira 1.1 Desenvolvimento de tissuras em uma chapa solicitada por um esfargo de tragdo em uma Gnica diregSo ‘¢ com armadura obliqua a direeo da traeéo principal, segundo J. Peter | 6 ] gratidos e pelo efeito de encavilhamento da armadura — nas chapas — e através da zona comprimida 1a tlexo acima das fissuras, nas lajes, Estas foreas cortantes nas fissuras implicam em tensbes de trago secundérias no concreto e em fissuras posteriores, que possuem uma inclinago contréria & das primei- Ts eae reqbnvomentesugem ents fue nil, R, Lenschow e M. Sozen [ 10 Je, mais tarde, G, Wastiund e L. Hallbjdrn [11] trataram em seus trabalhos apenas do estado de ruptura, para o que estabeleceram as condicdes de equil/brio e ‘Obtiveram a direodo das fissuras na ruptura, por meio do principio do trabalho minimo de deformacao. Somente Th. Baumann [ 12, 13] conseguiu, em 1972, chegar a uma solugo satisfat6ria, adotando tanto as condi¢des de equil brio e de compatibilidade, como também o teorema do trabalho minimo de deformacdo, tendo distinguido v estado em que as tenses no aco permanecem no domi- nio eléstico (0, < fg ) @ 0 estado de ruptura com 0, > fig (0 limite de escoamento da armadura é ultrapassado), € obteve para estes dois estados diferentes inclinacées de fissuras. As explicacdes dadas a seguir so baseadas no trabalho de Th. Baumann. Em geral, a armadura pode ser disposta em uma, duas ou trés diregdes, para dbsorver os esforgos oblquos; nos casos de duas ou trés direr3es, o angulo entre elas pode ser qualquer. Nos pardgrafos seguintes, tratar-se-é primeiramente do caso de armaduras em duas ditecSes ortogonais. Para 0 caso de trés diregdes oblquas uma em relacdo a outra, indica-se 0 trabalho de Th. Baumann (12, 13] 1.2 CHAPAS COM ARMADURA EM MALHA ORTOGONAL 1.2.1. Esforgos e Equilibrio em um Elemento de Chapa Considere-se um elemento de chapa com uma armadura em malha ortogonal localizada em seu plano médio (fig. 1.2). As arestas do elemento so paralelas as direc&es das tensbes principais oy © O41 =k oy , enquanto que a armadura é disposta obliquamente 2quelas direcdes. Para caracterizar © ngulo, introduzem-se dois sistemas ortogonais de coordenadas: (2) 0 primeiro com os eixos (1) ¢ (2) segundo as diregdes das tensdes principals 0) € oy (trago positiva e compressdo negativa): (b) 0 segundo com os eixos x © y segundo as diregdes das armaduras fy © fay: 1 aqui é sempre uma tenséo de trapo e maior do que a4 . de modo que k <1. © Angulo entre 0 eixo (1) e 0 eixo x € designado por a ficando subentendido que o sistema de coordenadas x , y esté localizado de tal modo que a< 45°. 4s chapa apresenta entdo fissuras paralelas, mais ou menos retilineas, espacadas entre si de qq Cuja diregdo faz um angulo y desconhecido com a dire¢3o y da armadura. Os esforcos que atuam em um comprimento unitaria 1 so: oa © Nyt aya Lek: Ny (ay 1. Armadura Obliqua & Direcdo da Solicitagio RS bid HY f Figura 1.2 Goometria e esforcos em um elemento de chapa, com armadura em malha ortogonal Nas faixas de concreto entre as fissuras, admitem-se tensGes de compressio 4 uniforme- mente distribu (das, que correspondem a uma forga de compress centrada Dy, tal que (1.2) Quando as fissuras e uma direcdo da armadura no forem perpendiculares & diregdo (1) das tensdes oy ou seja, quando a e@ y no forem iguais a zero, podem surgir nas fissuras, sob certas condigites, forgas cortantes.H . Se a abertura das fissuras for pequena, estas forgas cortantes podem ser absorvidas pelo efeito de engrenamento dos gros dos agregados e, além disso, pelo efeito de encavilhamento das barras da armadura que atravessam a fissura (fig. 1.3). As forgas cortantes H1 significam que as foreas, de compresso Dy, entre duas faixas vizinhas de concreto so muito diferentes ou que Dy, ¢ ligeita- mente inclinada em relagao a fissura e, com isso, surge uma tenséo de taro transversal no concreto (fig.1.4). O efeito de engrenamento e os esforcos devidos ao encavilhamento causam tensées de traco no concreto que ndo devem ser levadas em conta na capacidade resistente. As forgas cortantes H diminuem com a abertura das fissuras e com a destrui¢3o local do concreto na regido de encavithamen- to, @ podem desaparecer, com exos7d0 dos esforcos de encavilhamento, Por isso, nas deduces que sequem, farse-4 H =O para um dimensionamento a favor da seguranea, Figura 1.3. A forga cortante na fissura 6 absorvida Figura 14 Os elementos de chape situados juntos pelo vfeito de engrenamento das bordas 8 fissura sf solicitados por uma fora de a fissura e polo efeito de encavithamento compressfo Dy, obliqua © por uma das barras da armadura correspondents fora de tragdo transver- sal Z, devidas a0 deslocamento A Designando-se por fog © fey 28 569548 transversais das armaduras por unidade de comprimen- to, os esforcos de tra¢ao que nelas atuam séo: ex’ fox * Sex’ eo 4 teed ey Fey” Sey’ Hy Se a5 tenses principals. «1 @ oy (UN, @N>), assim como as armadurastgy © fyy , fore conhecidas, restam quatro grandezas desconhecidas: Ogx, Spy, Oy (OU Zx, Zy, Dy) € 0 angulo y da dire¢do das fissuras. Com as condicdes de equil brio, podem-se calcular trés grandezas. Como valor desconhecido, escolhe-se 0 4ngulo y, que pode ser determinado através das condigées de com- patibilidade, Admitindo-se 0 &ngulo y como inicialmente conhecido, considerem-se as condigies de equi- Ifbrio em um corte paralelo a uma fissura, O poligono de forgas da fig. 1.5 permite estabelecer as sequintes equardes: Ny by = 2b, 08 a= 2b, sen a = 0 Ng by - Zyby con at Zb, sen a 1, Armadura Obliqua & Diregio da Solicitaeso As larguras .b, @ by sobre as quais atuam as forgas Ny @Ny podem ser igualimente expressas em funglo de y © a (ver fig. 1.5). Obtém-se entdo dessas equarbes 0s esforcos Z, © Zy ZN, cosa + tee tg o +N, wn elt -cotge tg g) | : i 2, = Ny sen” o(1 +eotge cote) + No cos7a(1 - tg ceatge) Considere-se agora uma sepfo de comprimento unitério, perpendicular & fissura, como mostrada na fig. 1,6; obtém-se assim um poligono de forgas que contém a forga de compresséo Dy no concrete, Como agora Zx © Zy j4 so conhecidos pelas Eqs. 1.3, pode-se entdo calcular Dy Dy =~ Nyby sen (= a) - Ny by 60s (gp - a)+Zy by sen H+ Zy by CO8 | = cos (P-0C) © sn (p= cc) a * 5 * Figura 1.5 Equilibrio de forgas em um comprimento unitério de fissura e respectivo poligono de forgas (a forga cor- tante H na fissure é admitida igual a zero) by = mn (Pec) bz = eo (P-o) by = ne Figura 1.6 Equilibrio de forcas, em uma largura wnitéria, de uma diagonal comprimida situada entre duas fissures, «# poligono de forgas correspondente (a forga cortante na fissura 6 admitida igual a zero) Levando os valores de 2, © Zy @ aslarguras by @ b, definidas na fig. 1.6 nas Eqs. 1.3, obtém-se, apés algumas transformacdes trigonométricas: sen 2a. D,* Oy = Ny) sep ze (1.4) Efetuando a soma das forcas internas dadas pelas Eqs. 1.3 e 1.4, obtém-se uma nova equacao que permite um fécil controle dos cétculos: a (18) 1.2.2 Inclinagdo yp das Fissuras no Caso de Solicitagdo da Armadura no Regime Eléstico (0, fa + e,eoe o}? = [U1 - 6) c0s7e)? Resolvendo esta equacdo em relagdo a ey/e, , obtém-se apés algumas transformacdes e desprezando os termos de segundo grau » 2 + eos 2a -cotg’s)] Substituindo as deformardes pelas tenses correspondentes, com ey/eq = Ogy/0qx OU exley = Z,/vDy_, obtém-se, como anteriormente Ye wg tyliry (tg) Os procedimentos de célculo sequidos nos parégrafos 1.2.2.1 1.2.2.2 conduzem a resul- tados iguais, isto ¢, 0 Angulo de inclinagae das fissuras, y,, obtido através do trabalho minimo de deformacao pela Eq. 1.11, satistaz também as condicées de compatibilidade. Em geral, temse ¥) #4, isto 6, as fissuras nBo so perpendiculares & dirego da maior tensio principal. Assim, provavelmente formam-se as primeiras fissuras, mas quando as solicitagdes crescem, as novas fissuras inclinam-se de y, . Este resultado é confirmado por ensaios. 1.2.3 Inclinagéo y das Fissuras ao se Atingir o Limite de Escoamento (¢, > fg/E, ‘Ao se iniciar 0 escoamento da armadura em uma diregao, as deformagées se modificam, de tal modo que as novas fissuras devem-se originar com uma inclina¢do y diferente de y, para sa- tisfazer 8s condigées de compatibilidade. Conforme o caso, pode acontecer que, de acordo com a deformagao plastica do aro, ambas as direcBes da armadura sejam solicitadas com o, = By Para o dimensionamento, no se deve ultrapassar 0 estado correspondente a &e > Bs/Ee de modo que @ nova inclinago das fissuras, ) » que, segundo Baumann, é em muitos casos bastante diferente dey, , ndo interessa aqui. 1.3. CHAPAS COM UMA UNICA DISPOSIGAO DE ARMADURAS Quando a menor tensio principal oj, for uma tensdo de compressio suficientemente elevada, pode-se dispensar a segunda camada da armadura. Este caso é mostrado na fig. 1.8, onde 08 esforcos esto aplicados em um comprimento unitério ao longo de uma fissura, sendo a direedo considerada em relaco ao eixo (1). Yoy Do pol{gono de forgas da figura, obtém-se, devido as condigées de equil ‘brio: “Pek we, a= we. by + em (Yay =) by = mn (Py) by = 008 Soy : ee Ny Dy Figura 138 Esforgos no caso de armadura em uma diresfo (oy) © No = compressSo) @ determinarso de inclinago Poy 32 fissure 10 | | | 1, Armadura Obliqua a Diredo da Soli Desta relacdo obtém-se, apés algumas transformagées, a inclinago da fissura: _ Wet keotge ee My aera aria (1.12) Com este valor @ com as Eqs. 1.3 1.4, podem-se calcular as grandezas Z, © Dy. 1.4 LAJES COM ARMADURA EM MALHA ORTOGONAL No caso geral, um elemento de laje é solicitado por momentos principais m; € my = km, referidos 8 unidade de comprimento. No que segue, considerar-se-é sempre m, © maior dos dois momentos principais em valor absolut, Se m2 no produzir, no mesmo lado da laje, trages e compresses como m , entéo ele serd considerado negativo (k <0). Um tal momento m4 origina, nas zonas comprimidas por m , tenses de ‘tragdo e nas zonas tracionadas por mj, tensdes de compressao. A zona tracionada na flexao situa-se, pois, onde my produz trago e a zona comprimida (na flexdo), onde m origina compressio, A zona tracionada na flexo pode ser tratada como chapa, como nos parégrafos 1.2 € 1.3, desde que os esforgos normais sejam calculados a partir dos momentos cansiderando um brago de ala- vanea médio (ver fig. 1.9): Pora 2, , Pode-se considerar o sequinte valor aproximado noth, ieee Figura 1.9 SolicitagSes em uma le submetida a momentos fletores my @ mp; fissurapfo na zona tracionada na flex 12 Estas hip6teses permitem escrever, em analogia com as Eqs. 1.3 ¢ 1.4: 2 2 m, cosa (1+ tg a te) +m, sen (1-cotga 8 ¢) m, sen”a (1 +eotgacotge) + m, cosa (1- tg acotge) (1.13) : sen 20 Pym © 1 = ™2) Sen 29 Para a ey vale a convengao estabelecida no pardgrafo 1.2. Sek for negativo (k <0}, ento na zona comprimida, além. da forca de compresséo Nop = ~my/z,_, . atua também uma forga de tra¢dO Nip = mg/2m , que exige uma armadura de tracéio nesta zona comprimida. As Eqs. 13. 1.4 podem entéo ser empregadas, desde que se considere agora a forca N2 como de trago (em vez de Ny), € que se faga, nos célculos posteriores, kp = 1k. A verificagao da compatibilidade das deformagdes pode ser feita analogamente como nos pardgrafos 1.2 1.3, devendo porém levar-se em consideracao os diferentes bragos de alavanca e espes- suras das zonas comprimidas, Para isso faé-se ft far aar oe Poor ey "y fey’ by € admitindo-se de maneira aproximada para a espessura da zona comprimida ~z,,/3 COM tm, ~ 0,9 hy, tem-se E, ve R3u ge Sau B, Para o emprego das relagdes entre estorcos e angulos, estabelecidas para chapas, estabele- ce-se, no caso de lajes, como Id indicado, que no seré considerada @ transferéncia de_forca cortante ras fissuras, nem na zona comprimida nem na zona tracionada, isto é, para o dimensionamento de lajes de acordo com este processo néo sero consideradas no célculo tensdes secundérias de tra¢o no con- creto. Fica-se assim a favor da seguranca. 1.5 CRITERIOS DE DIMENSIONAMENTO 1.5.1 Generalidades dimensionamento seré limitado ao regime eléstico das tenses no aco (0, 0.2 fgg. Neste caso, terse Oy Op so) 4g 2 10 1 20 Boa ar us 4 oy LL I z o Fis" 26" 25" 30" a8 ag ae OS® OF -TS™ 20" Psy Sor 35° GOF abe a ao regi fe teneaiea : eee Vaoraatar | MT Sytem 7 Zale Np Oped tem " . Me <4 7 Mego Sy HZ aa =m Kemer <1 TARAS asm a am 7 Diregio da Te srmedure bd Figura 1.11 Abacos para 0 célculo dat armaduras {gy fem malha ortogonal ([ 12 13 ]) do esfareo de compressfo Dy, no cato de armadura 1, Armadura Obliqua a Direcfo da Solicitacio, A verificag8o de que a solicitagao de compressdo admissivel ndo é ultrapassada, pelos processos usuais de dimensionamento, s6 € possivel com dificuldade, devido & limitagZo a 80% do valor de céiculo da resisténcia Bp (ver paragrafo 1.5.1, Eq. 1. 16). Por esta raz3o Th. Baumann anexou aos seus dbacos de dimensionamento uma tabela com os valores ik, (ver Vol. 1, pardgrato 7.2.2.4). Na tabela.1.1 s80 dados os vatores-limite Ky, que nfo devern ser ultrapassados. Os valores s80 dados em fungo das relacdes 2,2 /h, = 0,8 0U 0,9, para duas categorias de acos (BSt III © BSt IV, com Oy gam = 2.400 e 2.800 kp/cm?}e para as classes de concreto Bn 260 a Bri 550 (ef. { 12 }) Deve-se observar que, para momentos de mesma direcdo, ou seja, para k = ma/m, >0 (positive), deve-se considerar 0 coeficiente kp ot = Hyg). Em contraposicso, para momen- tos de sentidos contrérins, ou seja, para k = m/m, <0 (negativo) deve-se entrar com o valor h ‘eet es bax | 75 iy pare Ay [hy = ty [by = 2m/hm Psi lioren® ] [erase Pankea | onete [ass veo} a7 | 80] a8 | ae Parak= mz /m; =O = 0,8 _ kp = hin Vimy * eee cop | 2 | [a [ s ] ee an ae 2800 a) wy 65 62 — nm ea | se | ae | ee mim 2 (no caso de vigas de um s6 vdole para /d > 3 (no caso de vos intermedidrios de vigas continuas); desse modo, as tensdes oy podem ser calculadas com as hipdteses da Resisténcia dos Materiais (Bernoulli-Navier). De acordo com a DIN 1045, paré- Grafos 17.1.2 23,3, indica-se na fig. 2.1 0 dominio de esbeltezas convencionado para vigas-parede, Consolos (corbels, brackets) so vigas curtas em balango (cantilevers) com &/d < 1. Em, grandes estruturas (paredes estruturais de varios andares), surgem esbeltezas &/4 < 0,5 — diz-se, nesses casos, que sé trata de “paredes estruturais tipo consolo". Figura 2.1. Esbeltezasimite de vigas-parede 2.2 METODOS PARA A DETERMINACAO DAS TENSOES NO ESTADIO | A Resisténcia dos Materiais, com o, = M/W etc., ndo mais se aplica no caso de vigas-parede € consoles, porque, sob a ayo das cargas, as sees ndo permanecem planas (hipétese de Bernoulli, diagrama linear para as deformagdes e) e, por isso, mesmo para um material perfeitamente eldstico, as tenses 0, no variam linearmente, Por outro lado , as componentes @, a5 tensdes tangenciais Tay devices 80s esforcos externas no so mais despreziveis, Por conseguinte, as tensBes em chapas @ vigas-parede devem ser determinadas levando-se em consideracdio as condicdes de equilibrio e de compatibilidade dos esforcos internos, Dispbe-se, para isso, dos seguintes métodos 1, Teoria das Chapas, com as funcdes de Airy, descrita em [ 14, 15, 16 |; 2, Método dos Elementos Finitos, de preferéncia com elementos de chapa triangulares (17, 18}; 3. Andlise através de modelos! 19 ] 3.1 Determinacdo de tensbes através da fotoelasticidade, particularmente indicada para os problemas relativos a chapas; 3.2. Modelos de araldite com extensémetros em roseta; 3,3. Modelos em microconcreto; 4, Para vigas-parede, W. Schleeh verificou que as tensdes podem ser obtidas através da superposicéio das tensdes puras de chapa — devidas as cargas - com as tensdes de fle- xo e de cisalhamento, calculadas pela Resisténcia dos Materiais ~ devidas aos esforcos solicitantesM eQ | 20, 21, 22, 23} Todos estes métodos pressupdem, via de regra, um material homogéneo, is6tropo e pertei- tamente eléstico. Com elementos. finitos podem-se adotar diagramas ndo-lineares para 0 e € © pode-se, em prine{pio, levar em conta a fissuragdo. Ne prética, para 0 dimensionamento de chapas de concrete armado, é suficiente conhecer aproximadamente as tensdes no Estadio | e, em especial, a diregdo e 0 valor das tensdes principais. Para o dimensionamento da armadura bastam, na realidade, formulas emplricas @ certos critérios relativos a distribuico da armadura, ¢ que foram obtides a partir de numerosos ensaios em corpos de prova levados até a ruptura [ 24 |. 2.3 ESFORGOS SOLICITANTES E TENSOES EM VIGAS-PAREDE 2.3.1 Generalidades Os esforgos solicitantes em vigas-parede so calculados da mesma maneira que os de outros elementos estruturais, Em vigas hiperestéticas, deve-se observar que pequenas deformacées verticais (mesmo eldsticas!) dos apoios alteram profundamente as reages de apoio por causa da grande rigidez estas pecas; por isso, no dimensionamento, recomenda-se adotar um acréscimo nos esforcos soli citantes calculados. Também se deve observar que os momentos no vo so maiores (e menores nos apoias} do que no caso de vigas esbeltas com rigidez a flexdo constante. 0 ponto de aplicagao da carga @ o tipo de apoio tém uma grande influéncia sobre as tensbes; assim, por exemplo, para o dimensionamento e para a disposig&o da armadura, devem ser distinguidos: carregamento na parte superior ou na parte inferior, apoio direto ou indireto etc. 2. Vigas-Parede, Consolos e Chapas Tem-se melhor idéia do desenvolvimento das tenses, dos esforcos internos e da capacidade resistente de vigas-parede através da apresentagdo de exemplos, através dos quais sero estudadas as Componentes dy, Oy @ xy das tensdes, bem como as trajetdrias das tensbes principais a, e oy, com 08 respectivos esforgos de traggo resultantes, 2.3.2 Tensdes em Vigas-Parede de Um Sé Vio 2.3.2.1 Carga Uniformemente Distribuida A fig, 2.2 mostra a dependéncia entre acomponente o, eaesbeltez g/d para uma viga- Tp parede sobre apoios diretos. As resultantes, na di- rego x, dos esforgos de tragdo e de compresso Z, @ Dy, designadas abreviadamente por Ze D s8o caracterizadas por seu valor e por sua localiza- $0; a variaglo de Z e D em relacdo & Od esté re- presentada na fig. 2.3. Para fins de comparago, mostram-se também os valores obtidos pela Resis- ‘téncia dos Materiais (Navier) em linha fina. As di- ferengas entre os valores do braco de alavanca z tommam-se perceptiveis a partir de %/4 = 2. Para 4 < 1, apesar_ do brago de alavanca diminuir ainda mais, 0s valores de Z variam pouco; isto significa que apenas a parte inferior de parede, com uma altura ~ £,colabora na resisténcia e que a parte superior atua como uma carga uniformemente distribusda. tare lose tide2 Gy +30 ph Dever! Para vigas-parede com 4 = 1,afig 2.4 mostra a influéncia de diferentes modos de ir ‘trodug3o da carga sobre as tensGes e suas trajetorias. As tensies 0, © Tyy S80 iguais para ambos os Pos de carregamento, e apenas as tensdes oy ‘sS0 1 diferentes; estas alteram 0 desenvolvimento das tensbes principais oy @ oxy, 9 que modifica radi: g : calmente 9 comportamento resistente. sum El E ak Figura 22 Tenses 04, valor © posiclo dos esforgos 7 3 beste) sultantes no meio do vio, em vigas de um 36 ‘vo, com carregamento uniforme na parte su- caer C ‘a ' perior (Estédio 1) para diversos valores e para e/ = 0,1 (c= largura da apoio)

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