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SAÚDE
PATOLOGIA VETERINÁRIA ESPECIAL DE
CÃES E GATOS
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219p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-8241-149-0
CDD 636.089607
SUMÁRIO
1.3.3 Classificação............................................................................................................................16
2.3 OSTEODISTROFIAS.................................................................................................................20
4.3.3 Neoplasias................................................................................................................................42
4.3.7 Neoplasias................................................................................................................................47
5 INTESTINOS .............................................................................................................................48
5.1.10 Pâncreas...................................................................................................................................61
5.1.14 Neoplasias................................................................................................................................64
5.2.2 Neoplasias................................................................................................................................67
5.3.2 Cistos........................................................................................................................................69
8 BAÇO ........................................................................................................................................85
9.1.9 Fator imunológico – doenças auto-imunes também causam alterações cutâneas ..........105
6
10 GLÂNDULA HIPÓFISE, PITUITÁRIA ......................................................................................106
12.1.6 Neoplasias...............................................................................................................................140
14 PERICÁRDIO ...........................................................................................................................147
16 ENDOCÁRDIO .........................................................................................................................157
17.5 TELEANGECTASIA..................................................................................................................165
18.1.7 Enfisema..................................................................................................................................179
18.1.8 Atelectasia...............................................................................................................................179
19.2.10Uremia ....................................................................................................................................208
19.2.11Neoplasias .............................................................................................................................210
19.2.14Urolitíase................................................................................................................................213
10
20 FLUTD (FELINE LOWER URINARY TRACT DISEASE) OU DTUIF (DOENÇA DO
TRATO URINÁRIO INFERIOR DOS FELINOS) ......................................................................213
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................216
1 COLETA E REMESSA DE MATERIAL PARA BIOPSIA OU NECROPSIA
Se a lesão for muito grande, como por exemplo, um tumor, pode-se retirar toda a
lesão, mas, para fixá-la melhor, deve-se fazer cortes na mesma para penetração do fixador. Para
o melhor acondicionamento das peças, utilizam-se frascos de boca larga e tampa de rosca.
O fixador mais utilizado é a solução de formol a 10% (por exemplo: 1 ml de formol para
9 ml de água). Para fragmentos do Sistema Nervoso Central utiliza-se formol a 20%, pois fixa
mais rapidamente o tecido (em 12 às 24h).
Outro fixador conhecido é o líquido de Bouin, bom para fixar glândulas e sistema
genital (embora seja trabalhoso e demorado por ter que colocar o fragmento, depois de fixado,
mais 12 h no álcool). O líquido de Bouin fixa rápido e mantém por 6 às 12h. Sua composição é o
ácido pícrico e o formol.
Qualquer que seja o fixador, no frasco deve sempre conter 10 a 20 vezes mais fixador
do que fragmentos.
A identificação das peças é feita com etiqueta escrita com grafite, contendo todos os
dados do animal e da coleta, do lado de fora do frasco ou pelo lado de dentro.
Outro método de diagnóstico patológico útil nas biopsias é a citologia. Particularmente
usada para o diagnóstico de neoplasias, malignidades entre outras. O exame citológico é um
procedimento mais rápido e barato que o exame histopatológico, e também menos invasivo e
agressivo.
1.1 BIOPSIAS
A biopsia é um procedimento por aspiração citológico ou cirúrgico, feito no animal vivo,
no qual se colhe uma amostra de tecidos ou células para posterior estudo em laboratório. É
utilizada para diagnóstico de várias doenças, especialmente neoplasias. 13
1.2 NECROPSIAS
15
A embebição pela hemoglobina dos tecidos ao redor dos vasos e do endocárdio por
um líquido avermelhado decorre da hemólise de eritrócitos nos vasos sangüíneos. A
hemoglobina liberada entra em solução com o plasma sangüíneo e, ao mesmo tempo, as
paredes dos vasos tornam-se mais permeáveis aos líquidos.
A embebição pela bile é o vazamento de bile através da parede autolisada da vesícula
biliar, corando de verde (ou verde-amarelado) os tecidos adjacentes (fígado, estômago, alças
intestinais).
Os ossos dos animais vertebrados é formado por tecido ósseo caracterizado por uma
matriz extracelular solidificada pela presença do depósito de cálcio em suas estruturas.
O osso é formado por matriz óssea e por células, osteócitos, que se situam dentro da
matriz óssea, os osteoblastos que produzem a parte orgânica da matriz, e os osteoclastos que 19
participam da remodelação óssea.
1. Matriz óssea – é composta por uma parte orgânica (35%) e uma parte
inorgânica (65%). A matriz orgânica é composta principalmente por fibras colágenas tipo I,
sintetizadas pelos osteoblastos, conferindo elasticidade e resistência ao tecido, e por substância
fundamental amorfa. A matriz inorgânica é composta por: cálcio, fósforo, carbonato, magnésio,
sódio, manganês, zinco, cobre e flúor, mas principalmente por íons cálcio e fosfato na forma de
cristais de hidroxiapatita, conferindo rigidez ao tecido.
2.3 OSTEODISTROFIAS
2.5 NEOPLASIAS
Pleomorfismo
e anisocariose
Matriz óssea
Material
Articulações: Um osso nunca entre em contato com outro osso sem que não haja
uma articulação entre os dois. Nos bordos da cartilagem articular se insere a membrana sinovial
com líquido sinovial incolor de aspecto oleoso, resultado de diálise sanguínea, que amortece o
movimento entre os ossos.
Entorses – distensão dos meios de união dos eixos ósseos com deslocamento
temporário das superfícies articulares. Geralmente de origem traumática.
Luxações - perda do contato das superfícies articulares, com ou sem laceração dos 29
meios de união, com derrames serosos ou hemorrágicos da cápsula articular mesmo que não
esteja rompida. Podem ser parciais ou totais e, geralmente, são de origem traumática.
2.8 MÚSCULOS
02. Necrose são agressões físicas locais, ocasionadas por exercícios físicos
excessivos, efeito de toxinas bem como infarto ou êmbolos bacterianos causam necrose
muscular. Histologicamente se verifica a presença de fibra hialina que, ocasionalmente pode
calcificar ou romper. Mas o músculo tem grande capacidade de regeneração dependendo do
tamanho da área lesada.
31
Hipertrofia é o aumento do diâmetro do músculo como um todo ou o aumento do
diâmetro da miofibrila, geralmente causado pelo aumento da carga de trabalho sobre essas
fibras. Pode ser classificada como hipertrofia do trabalho e hipertrofia compensatória.
3.2 MIOSITE
É a inflamação do músculo que pode ser causada por vários agentes como:
microrganismos, helmintos, mecanismos imunomediados ou idiopáticas.
Várias bactérias podem causar lesões nos músculos seja por via direta (feridas ou
injeções), seja por via hematógena, ou por disseminação de infecções adjacentes. No caso de
bactérias piogênicas, no local da infecção ocorre supuração e necrose evoluindo para um
abscesso. Os gatos costumam desenvolver uma celulite por Pasteurella multocida que pode se
estender aos músculos adjacentes.
33
34
3.5 NEOPLASIAS
Composta pela boca, língua, dentes, mucosa oral e tonsilas. Obstrução e distúrbios
funcionais. Mucoceles salivares: são pequenas formações císticas que ocorrem próximo aos
ductos das glândulas salivares. Causadas por traumatismos por corpos estranhos, ossos ou
alimentos grosseiros. O tamanho e a quantidade de cistos podem causar dificuldade na
deglutição e dor, que provocam emagrecimento (pois o animal deixa de comer).
Figura 3: Neoplasias
39
Figura 6: Epúlides
4.3 ESÔFAGO
É o canal de passagem de aproximadamente 30 cm de comprimento em cães de porte
médio e 2 a 2,5 cm de diâmetro, quando vazio, por onde o bolo alimentar é empurrado, por
meio de movimentos peristálticos, até o estômago.
Figura 7: Megaesôfago
4.3.2 Injúrias e inflamações (esofagites)
Esofagite parasitária – a mais comum, nos cães, é causada pelo Spirocerca lupi,
agente da espirocercose, originando nódulo granulomatoso que promove estenose, ou seja, a
diminuição da luz do esôfago.
Figura 8: Espirocercose
Esofagite micótica – causada pela Candida albicans, habitante normal da flora bucal,
mas que, diante de uma baixa na imunidade, prolifera causando placas brancas, ovais e
elevadas na superfície epitelial, com pseudomembranas. Microscopicamente se encontram
leveduras no centro da lesão e pseudo-hifas.
42
4.3.4 Estômago
O estômago é um órgão em formato de bolsa com o pH muito ácido (em torno de 2). É
no estomago que se processam os alimentos pela quimificação, aonde atuam enzimas. O bolo
alimentar vai se tornando mais líquido e ácido passando a se chamar quimo e vai sendo aos
poucos, encaminhado para o duodeno.
Torção gástrica (volvulo gástrico) – transtorno agudo grave quando ocorre rotação do
estômago sobre o próprio eixo, com acúmulo anormal de gás, geralmente associada à dilatação.
Figura10: Volvo gástrico em cão. O estômago está levantado para mostrar a zona de
torsão (seta)
4.3.6 Injúrias e inflamação
Gastrite erosiva aguda - é, na maior parte dos casos, uma situação passageira que ou
cura em poucos dias ou evolui para a gastrite crônica, erosiva ou hemorrágica, geralmente
devido à infecção por Helicobacter pylori.
46
47
INTESTINOS
As membranas das próprias células do epitélio intestinal apresentam, por sua vez,
dobrinhas microscópicas denominadas microvilosidades. O intestino delgado também absorve a
água ingerida, os íons e as vitaminas. Ele se divide em duodeno, jejuno e íleon, e o intestino
grosso em ceco (cecum), cólon e o reto.
Adquirida: Podem ocorrer por neoplasias, retração cicatricial, corpos estranhos, torção,
fecalólitos, e outros. A ingestão de corpos estranhos é muito freqüente em cães e gatos jovens.
49
Enterólito: É um cálculo intestinal composto de agregado de sais minerais tendo, ao
centro, um corpo estranho.
Fecaloma: É uma massa de bolo fecal que fica retida, sofrendo reabsorção de água,
ficando muito ressecada e quebradiça.
51
Ventral – na linha alba; Umbilical – comum em filhotes; Inguinal – passando pelo canal
ingnal; Escrotal – chega até a bolsa escrotal; Perineal – (entre a vulva e o ânus, passando pelos
músculos coccídeos); Femoral – por onde passam as veias e artérias femorais; Diafragmática –
fissura no diafragma.
52
Dilatação gástrica
Quanto à localização do anel herniário, ou seja, por onde está saindo o material
herniário;
Obs: quando a víscera herniada estiver em exercícios, não traz maiores problemas.
Quando o material herniado sai e não retorna, fica estrangulada e a porção estrangulada pode
necrosar.
53
Figura 27: Prolapso rectal em gato que morreu com grave diarréia de etiologia
parasitária. A mucosa rectal encontra-se edemaciada e congestionada.
5.1.3 Enterites
54
lesões vasculares;
Enterite eosinofílica multifocal dos cães - Doença de cães jovens causada por
migração de larvas de Toxovara canis. As larvas invadem a mucosa do estomago e intestino
delgado e são mantidas em um seqüestro inflamatório eosinofílico de 1 a 4 mm de diâmetro
visíveis ou não, macroscopicamente. Os linfonodos regionais podem estar ligeiramente
hipertrofiados.
Enterite regional dos cães - Semelhante à doença de Crohn dos seres humanos. Os
intestinos estão firmes, rígidos, vermelho-escuros, espessados e estenóticos.
Microscopicamente aparecem infiltrados de eosinófilos e outros leucócitos, estase da linfa e
edema. Pode apresentar áreas focais de ulceração. Enterite parasitária – giardíase, coccidiose,
ascaridíase, ancilostomíase.
5.1.5 Verminoses
57
5.1.6 Colites
Colites parasitárias
Tricuríase – no cão, o Tichuris vulpi é o agente. Esse parasita forma túneis na mucosa
do ceco, colon e reto. Microscopicamente os túneis abrigam a parte esofágica dos tricurídeos e
pouca infiltração leucocitária.
60
5.1.9 Neoplasias
Particularidades:
Corpo do pâncreas
Lobo pancreático
esquerdo
Lobo pancreático
direito
Inflamações
63
5.1.12 Parasitos
64
5.1.14 Neoplasias
5.2 PERITÔNIO
Peritonites
Figura 39: Peritonite crônica fibrosa em cão. O baço (B), envolvido pelo tracejado,
está muito atrofiado, de perfil cilíndrico e com espessamento da cápsula. O
pâncreas (P) apresenta-se deformado por pequenos nódulos denunciando
pancreatite crônica
A PIF é uma doença viral, geralmente fatal em poucas semanas. A PIF é causada por
uma mutação in vitro do coronavirus entérico felino, amplamente disseminado e levemente
patogênico e pode ser classificada como efusiva ou úmida caracterizada por efusões abdominais
e/ou pleurais (sendo essa a forma mais grave) e não efusiva ou seca, onde não apresenta
efusão.
Fonte:fmv.utl.pt, 2007.
67
5.3 FÍGADO
Funciona como glândula exócrina, isto é, libera secreções em sistema de canais que
se abrem numa superfície externa. Atua também como glândula endócrina, uma vez que
também libera substâncias no sangue ou nos vasos linfáticos.
Cada espaço-porta ou tríade porta é composto por uma vênula e uma arteríola (ramos
da veia porta e da artéria hepática, respectivamente), um ducto biliar, vasos linfáticos e nervos,
cercados por de tecido conjuntivo denominado cápsula de Glisson.
A bile é formada por sais biliares, bilirrubina, água, eletrólitos, colesterol e lecitina. Sua
função é emulsificar as gorduras no intestino.
O fígado possui alta capacidade de regeneração, representada, macroscopicamente,
por nódulos no parênquima hepático.
69
5.3.1 Alterações pós-mortem
5.3.2 Cistos
70
5.3.4 Degenerações
Figura 44: Fígado com esteatose apresentando-se hipertrofiado e de coloração pálida. As riscas vermelhas alternando
com faixas claras que se observam sobre o lobo direito resultam da compressão exercida pelas costelas sobre o fígado
hipertrofiado.
Degeneração amilóide (amiloidose) – é o acúmulo de proteína amilóide no espaço de
Disse. É comum em animais submetidos a estímulos prolongados. Os aspectos macroscópicos
são: alterações no tamanho e na consistência (fígado lardáceo) e os aspectos microscópicos se
caracterizam por depósitos de proteína amilóide formando uma massa amorfa que comprime os
hepatócitos e os capilares sinusóides.
71
Hemossiderina – pigmento rico em ferro que fica acumulado nas células de Kupffer em
casos de hemólise intensa e hemorragias locais. Em grandes quantidades se cora em marrom.
Em pequenas quantidades é incolor. Pode causar hemossiderose, que é a impregnação dos
tecidos por hemossiderina.
Fonte:fmv.utl.pt, 2007
Hepatite infecciosa canina: causada por adenovirus caninos tipo I, bastante incomum,
atualmente, devido à vacinação disseminada. Caracterizada por necrose hepática e
hemorragias, petéquias e equimoses disseminadas, coleção de líquido claro na cavidade 74
abdominal, entre outros. O fígado vai estar aumentado, mais friável com pequenos focos de
necrose. Microscopicamente verificam-se necrose hepatocelular aleatoriamente distribuída e
centrolobular disseminada, corpúsculos de inclusão no endotélio vascular e hepatócitos.
Fonte:fmv.utl.pt, 2007
Hepatites parasitárias
Por nematódeos – pela migração de larvas que produzem trajetos com necrose
hepatocelular e inflamação.
Lesão hepática tóxica: O fígado está muito sujeito a esse tipo de lesão porque recebe
sangue da veia porta (que drena o trato gastrintestinal) e metaboliza substâncias, podendo
acabar por ativar substâncias tóxicas inativas.
Inicia-se com uma degeneração gordurosa, levando a necrose que evolui para fibrose
ou cirrose, proliferação de ductos biliares, podendo haver alteração no tamanho dos núcleos dos
hepatócitos.
6.2 CIRROSE
6.3 NEOPLASIA
As neoplasias primárias do fígado (carcinoma, adenoma) não são comuns nos cães e
gatos, mas as neoplasias metastáticas são bastante comuns e devem ser diferenciadas de
hiperplasia ou neoplasia primária. Em caso de neoplasia hepática, o patologista deve procurar
alguma outra neoplasia extra-hepática.
O linfonodo possui a forma de um rim, ou caroço de feijão, uma região cortical e uma
medular.
Cápsula: composta por tecido conjuntivo denso, Septos ou Trabéculas: emitidas pela
cápsula; Seios Subcapsulares e Peritrabeculares: formados de tecido linfóide frouxo;
Vasos Linfóides aferentes;
Nódulos Linfóides: no centro desses nódulos há proliferação dos linfócitos por mitose.
Eles migram para a periferia do nódulo, aonde chegam amadurecidos.
7.1.1 Alterações
Alterações cadavéricas: após a morte, o linfonodo perde consistência, fica macio e
desmancha com facilidade.
Em regiões onde há partículas de carvão no ar, pode ocorrer antracose, que são 81
pigmentos formados pelo pó de carvão. Na macroscopia o órgão apresenta-se enegrecido e na
microscopia visualizam-se macrófagos com o citoplasma enegrecido.
Também podem apresentar hemossiderina, que são pigmentos formados pelo ferro
liberado pela hemólise de hemácias. O órgão apresenta coloração acastanhada, enegrecida. Na
microscopia o citoplasma dos macrófagos se mostra acastanhado.
83
Na microscopia observam-se células maiores que os linfócitos comuns, com
hipercromatismo nuclear, intensamente basófilo, característico de neoplasia maligna. Os
nucléolos ficam muito evidentes. Algumas células apresentam núcleo com fenda (clivado),
irregular.
84
O baço está envolvido por uma cápsula fibrosa, que o divide em lóbulos, por meio de
tabiques ou septos que formam uma estrutura de sustentação, e nos quais existem fibras
musculares lisas, responsáveis pela contração e pela distensão do órgão. Ao centro encontra-se
um material de consistência mole, chamado polpa constituída de polpa branca e polpa vermelha.
A primeira é formada por nódulos linfáticos (Corpúsculos de Malpighi) rico em linfoblastos. A
segunda constituída de glóbulos vermelhos e brancos, vasos sangüíneos e células reticulares
(fazem fagocitose, participando da defesa) relacionam-se com os vasos sanguíneos.
Atrofia: causada por toxinas, doenças virais. O órgão se apresenta enrugado, menor e
86
firme ao corte.
Rupturas: normalmente causadas por lesões, traumatismos. Pode ocorrer por estar
congesto (muito hiperplásico) e qualquer movimento mais brusco do animal levar a sua ruptura.
Infarto: áreas escuras no local do infarto e áreas claras de necrose, causada pela
interrupção de suprimento sangüíneo.
88
89
Pelo
secundário
Epiderme
Derme
Músculo
eretor do pelo
Papila
Glândula
sudorípara
Gordura subcutânea
Figura 9: Estrutura da pele canina
Tipos de pele:
Pele hirsuta – pele com pêlos que possui quatro camadas. É mais espessa no dorso
do animal e nas faces laterais dos membros, sendo mais delgada na face ventral do corpo e na
face medial das coxas.
Pele glabra – pele mais espessa, com cinco camadas, sem pêlos, com uma espessa
camada de queratina encontrada em áreas da pele de maior atrito como no focinho e nos coxins
92
plantares.
93
Pápula: lesão circunscrita, avermelhada e elevada;
Causam dermatite por contato direto, em locais desprovidos de pêlo ou com uma porta
de entrada, ou por ingestão de plantas, mercúrio, tálio, iodo e outros.
9.1.4 Infecções
100
Fonte:fmv.utl.pt, 2007
101
Pênfigo: doença vesicular e acantólise. Afeta cães e gatos manifestados por vesículas
e bolhas seguidas de erosões e úlceras. Microscopicamente, vesículas suprabasilares.
105
Lupus eritematoso: as lesões da pele podem ser localizadas ou generalizadas e
consistem em eritema, despigmentação, alopecia, formação de escamas e crostas e ulceração.
Figura 30: Pénfigo Vulgar em cão - Formação de fendas causadas por acantolise na região inferior do estrato espinhoso: as células
do estrato basal estão ainda presas à membrana basal.
Fonte: caninum, 2007
Alguns dos principais órgãos que constituem o sistema endócrino são: a hipófise, o
hipotálamo, a tiróide, as supra-renais, o pâncreas e as gônadas (os ovários e os testículos).
10.1 NEOPLASIAS
108
Ocorre perda progressiva do epitélio folicular e substituição por tecido adiposo, com
109
mínima resposta inflamatória. A causa desta patologia é desconhecida. A glândula se apresenta
menor e mais clara.
10.2.3 Hipotireoidismo
Pode ser primário (comum em cães) ou secundário. Os sintomas são causados pela
queda no metabolismo do animal: lentidão, obesidade (metabolismo de triglicerídeos e lipídios
prejudicada), alopecia bilateral, pêlos mais finos, hiperqueratose, hiperpigmentação da pele (nas
áreas com alopecia) e mixedema (acúmulo no subcutâneo de mucina e proteoglicanos). A
glândula está moderadamente diminuída. E, microscopicamente os folículos estão distendidos
por colóide e revestidos por células foliculares achatadas. Além disso, lesões secundárias como
ateroesclerose, hepatomegalia, lipidose glomerular e epitélio testicular atrofiado em
hipotireoidismo crônico, entre outras lesões, podem ser observados.
110
Mais comum em gatos adultos e senis. Pode ser causado por: hiperplasia
multinodular, adenomas ou carcinomas de células foliculares onde os folículos, na faixa de tecido
tiróideo ao redor de um adenoma funcional são acentuadamente aumentados de volume e
distendidos por acúmulo de colóide. No caso de hiperplasia multinodular, os nódulos
hiperplásicos são compostos de folículos de formas irregulares, preenchidos por colóide e
revestidos por células foliculares cúbicas.
10.2.4 Neoplasias
Os adenomas são os mais comuns. Forma uma lesão solitária, esférica, encapsulada,
formando uma protuberância na superfície (que protrai ao corte) comprimindo a glândula. Tem
coloração variando de cinza esbranquiçado a vermelho acastanhado (se houver hemorragia).
As células principais secretam paratormônio (PTH), que mobiliza o cálcio das reservas
(principalmente do osso) para os fluídos extracelulares, quando há baixa na concentração de
cálcio na circulação.
As células oxífilicas são maiores, mais basófilas e têm função desconhecida, podendo,
dependendo do estímulo, ativar-se modificarem em principais, ou morrerem (serem destruídas).
112
10.2.6 Hipoparatireoidismo
Hiperparatireoidismo
Primário
As principais causas são adenomas e carcinomas que causam aumento da secreção
de PTH que resulta em aceleração da reabsorção óssea osteolítica e osteoclástica e substituição
do tecido ósseo por tecido conjuntivo imaturo. Mais encontrado em animais velhos,
particularmente cães. Macroscopicamente, os adenomas apresentam coloração marrom claro a
avermelhado, são encapsulados e bem demarcados da glândula tireóide adjacente.
Microscopicamente se observam aglomerados de células principais redondas e poliédricas, com 113
citoplasma eosinofílico, englobados por finos septos de tecido conjuntivo. Para complementação
diagnóstica, buscam-se lesões extraglandulares como Osteodistrofia Fibrosa onde o osso
cortical fica adelgaçado, poroso (trabeculado), podendo mostrar fraturas.
10.2.7 Secundário
10.2.9 Calcificação
Adenomas corticais
Ocorre com maior freqüência em cães velhos. É um achado incidental à necropsia e
se caracterizam por nódulos bem demarcados, usualmente solitários.
Carcinomas
Menos freqüentes que os adenomas, têm sido relatados e cães velhos. São maiores
com probabilidade de serem bilaterais. 116
10.2.10 Hiperadrenocorticismo
117
10.2.11 Pâncreas
O pâncreas é uma glândula mista com formato em “V” localizada na porção cranial do
abdome, sendo composta por porção endócrina e exócrina, indispensável ao metabolismo. O
pâncreas exócrino promove a digestão dos carboidratos através da ação das amilases, que são
produzidas por ele. Se essa porção não funcionar direito, influencia na absorção da glicose. A
função é realizada por um grupo de células, que formam as Ilhotas de Langerhans, que são
completamente cercadas por células acinares (exócrinas) que produzem enzimas digestivas. As
ilhotas possuem múltiplos tipos celulares:
Portanto, pode-se dizer que o sexo de um indivíduo pode ser definido por vários
critérios, como o genético, a determinação cromossômica – por combinação de gametas X e Y
(XX é fêmea e XY é macho), gonadal, ductal e fenotípica e distúrbios cromossomiais, gonadais e
fenotípicos geram anomalias na formação do indivíduo.
Fêmea Macho
meiose meiose
Óvulo espermatozoide
Filhote Filhote
fêmea macho
11.2.1 Ovários
Os ovários são as glândulas sexuais femininas que consistem em uma região medular
rica em vasos e tecido conjuntivo frouxo e uma cortical, onde se localizam os folículos contendo
os ovócitos.
123
O Tumor das células da granulosa é uma neoplasia que costuma ser benigna, exceto
em gatas. Em cadelas ocorre a hiperplasia endometrial cística piometrítica.
3 124
2
Figura 18: Tumor da granulosa do ovário (1) e espessamento do epitélio da vagina (2)
devido ao hiperestrogenismo. O clitóris apresenta-se excessivamente desenvolvido,
constituindo um pequeno pênis alojado na vulva (3).
As paredes das trompas de Falópio são dotadas de células ricas em cílios, que
125
impulsionam o óvulo vindo do ovário em direção ao útero. É importante ressaltar também que
estes cílios dificultam que os espermatozóides vindos do útero cheguem ao óvulo, mas mesmo
assim a fecundação não fica tão dificultada devido ao grande número de gametas que o macho
lança na fêmea em uma única ejaculação.
A fecundação geralmente ocorre no terço externo das trompas, e logo após isso temos
o fenômeno da nidação, que é a descida do zigoto (célula diplóide resultante da união do
espermatozóide ao óvulo. Ambas as células haplóides) das trompas ao útero para que passe por
todo um processo de desenvolvimento e torne-se um indivíduo completo.
A maioria das lesões nas tubas são secundárias a distúrbios em outros locais do
sistema reprodutor da fêmea.
11.2.5 Macroscopia
Quando simples – espessamento focal ou difuso do endométrio. Pode passar
despercebida.
Figura 20: Canino - Hiperplasia endometrial com Figura 21: Canino -Infiltrado inflamatório
formação de cistos. purulento e hiperplasia do endométrio.
Fonte: ufrgs, 2007 Fonte: ufrgs, 2007
As glândulas mamárias são glândulas cuja secreção se faz para o exterior do corpo,
que têm a função de produzir leite. O tecido glandular na mama, que está sob a influência de
hormônios, tais como os estrógenos, progestinas e prolactina, faz com que fêmeas, depois do
parto, secretem leite para alimentação do recém-nascido.
b. Neoplasias
A parte externa é composta pelo pênis, prepúcio, meato uretral e bolsa escrotal e a
parte interna, por testículos, próstata, glândulas bulbouretrais.
12.1 TESTÍCULOS
A túnica albugínea emite septos para dentro do testículo, formando lobos testiculares.
Dentro de cada lobo existem 3 ou 4 túbulos seminíferos, compostos por células de Sertoli,
células da linhagem seminal (espermatogônia, espermatócito primário, secundário, espermátide
e espermatozóide). Há também as células de Leydig, que ficam fora do túbulo seminífero e são
produtoras de testosterona.
Os túbulos seminíferos são bem sinuosos e seguem pelo testículo passando pelos
túbulos retos, que formam a rede testicular, desembocando nos túbulos eferentes, que se unem
formando um único tubo todo enovelado, que é o epidídimo. Ele se divide em cabeça, corpo e
cauda, e desemboca na uretra. Durante este caminho os espermatozóides vão sofrendo
maturação.
133
Próstata
Reto
Ureter Intestino
Vasos grosso Reto
sanguíneo Próstata
Ânus Musc.Retrator do
s
Glândulas Canal pênis
Musc. Isqueo
Bexiga
bulbouretra deferente
bexiga Pênis craneal
Musc. Bulbo-
is
Testículos esponjoso
Cordão testicular
Prepúcio
Glande Uretra Testícul
Osso
Cordão Epidídim
o
Canal Uretra espermátic peniano
Parte Tecido Tecido o
deferente longa da Parte esponjos erétil
o
bulbar
Prepúcio
Sistema reprodutor do Sistema reprodutor do cão
gato
fonte: pfizerah, 2007
No gato, há uma diferença na situação dos testículos e do pênis com relação ao cão.
Assim como a falta de algumas estruturas como o osso peniano e as vesículas seminais, o seu
menor desenvolvimento da próstata e do prepúcio, e a existência de outras como as espiculas
da glande e as glândulas bulbouretrais.
Músculo cremaster Pele
Túnica
Epidídimo
dartos
Cauda do epidídimo Fascia espermática
Nervos linfáticos
134
Canal deferente Túnica vaginal parietal
135
Hipoplasia testicular – É causado pelo desenvolvimento anormal do epitélio germinal
dos tubos seminíferos, que provoca redução significativa do número de espermatozóides, o que
causa infertilidade. Durante a puberdade ocorre diminuição significativa de um ou ambos os
testículos. É diferente de atrofia, onde ele se desenvolve, mas regride.
12.1.2 Inflamações
Figura 31: Canino. Epididimo. Epididimite Figura 32: Canino. Epididimo. Inflamação do
Crônica Ativa. Inflamação do tecido intersticial tecido intersticial com presença de neutrófilos e
com presença de neutrófilos e infiltrado infiltrado mononuclear no interior de ductos.
mononuclear.
Fonte: ufrgs, 2007
Fonte: ufrgs, 2007
É composta pela pele, túnica Dartos, que emite septos que dividem a bolsa em duas
139
partes e túnica vaginal, que é um prolongamento do peritônio.
Figura 38: Edema do escroto num animal com problemas cardíacos. Observe-se o espessamento
anormal do espaço compreendido entre a pele e as túnicas que envolvem os testículos, devido à
formação de edema.
12.1.6 Neoplasias
Carcinoma epidermóide - pode ser causado por exposição ao sol. É uma neoplasia
maligna, muito invasiva e causa metástases. Aspectos macroscópicos: nodulação que variam de
tamanho, geralmente ulceradas. Microscopicamente observa-se proliferação dos queratinócitos
formando cordões ou ninhos e muitas vezes contendo queratina laminada (pérola córnea) no
centro destes ninhos – fator patognomônico.
12.1.7 Próstata
Prostatite – geralmente causada por E. coli, Proteus e Brucella canis. Causa edema,
congestão, aumento de tamanho que pode levar a obstrução urinária.
Hiperplasia prostática – muito comum em cães velhos e está relacionada com fator
hormonal, pois não ocorre em cães castrados, além de a castração de cães com hiperplasia
prostática ter efeito terapêutico. Leva a obstrução urinária e intestinal.
141
142
Figura 41: Adenocarcinoma da próstata a qual se apresentava marcadamente hipertrofiada devido à formação de
volumoso quisto à esquerda, com 6 cm de diâmetro (esvaziado na imagem) e conteúdo límpido. O volume da porção
sólida do órgão encontrava-se, pelo contrário, diminuído.
proeminentes.
Enfermidades congênitas
Freio peniano persistente - formado por uma faixa de tecido conjuntivo que se estende
desde a ponta ventral do pênis até o prepúcio, unindo o pênis com o prepúcio durante o
144
desenvolvimento fetal. Normalmente o freio peniano se rompe antes da puberdade, e, quando
persiste, evita que o animal exponha o pênis e pode causar desvio da ponta do pênis na direção
ventral ou lateral.
Inflamações:
Neoplasias
Carcinoma epidermóide.
145
Canino. TVT. Neoplasia de células redondas Canino. TVT. Neoplasia de células redondas com núcleo
com núcleo proeminente e escasso citoplasma. proeminente e escasso citoplasma com ulceração da
Fonte: ufrgs, 2007 epiderme e abundante irrigação sangüínea.
Fonte: ufrgs, 2007
13 PATOLOGIAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO
O miocárdio é formado por tecido muscular estriado cardíaco, formado por feixes de
fibrocélulas. As características que identificam o músculo cardíaco são as estriações e os discos
intercalares.
Outra estrutura importante do coração são as fibras de Purkinje, que são células
musculares especializadas na transmissão dos impulsos elétricos que coordenam o batimento
cardíaco. Essas células não se assemelham às fibrocélulas comuns, possuem forma
arredondada e são pouco coradas.
Fibras musculares
Fibras de Purkinje
estriadas Discos intercalares
148
Inflamação (pericardite)
Figura 2: Exsudação de fluido rico em proteínas Figura 3: Microscopicamente, o exsudado fibrinoso pode ser observado como
(transudado) para dentro da cavidade revela uma uma trama acidófila de fibrina sobressaltando da superfície do pericárdio.
pericardite fibrinosa com uma trama de fibrina entre o Debaixo da fibrina encontramos algumas células inflamatórias dispersas
pericárdio visceral e o parietal. Fonte: caninum, 2007
Fonte: caninum, 2007
Purulenta ou supurativa - apresenta exsudato purulento ou sero-purulento, branco,
com mau-cheiro no saco pericárdico. Macroscopicamente o pericárdio se mostra bastante
espesso, com tecido conjuntivo fibroso, branco, rugoso e com aparência felpuda;
149
150
Quando um animal ingere um corpo estranho, este pode perfurar o estômago, passar
para o peritônio, perfurá-lo e até chegar à cavidade torácica, onde pode perfurar o saco
pericárdio, coração ou o pulmão, provocando uma inflamação fibrino-purulenta.
15 MIOCÁRDIO
Persistência do ducto arterioso – comum no cão. O ducto arterioso é um vaso que une a
artéria pulmonar à aorta. Ao nascer, ele regride e se torna o ligamento arterioso. Quando isso
não acontece, ocorre mistura do sangue venoso com o arterial, provocando cianose (falta de
oxigênio).
Alterações degenerativas
Hipertrofia: podem ser excêntricas (luz aumentada e espessura das paredes normal) e
concêntricas (luz pequena e paredes espessadas). As causas podem ser: nefroesclerose,
hipertensão arterial, bronquites e enfisemas crônicos. Uma vez lesionado, o coração não se
recupera, já que é de difícil regeneração.
Inflamações (miocardite)
156
16 ENDOCÁRDIO
É uma membrana conjuntiva elástica que recobre toda a superfície interna das
157
câmaras do coração formada de três camadas: endotélio, tecido subendotelial e subendocárdio.
Em alguns locais ela forma dobras com invaginações que formam as valvas tricúspide, mitral e
sigmóide. Devido ao seu contato direto com o sangue, o endocárdio pode sofres problemas os
mais diversos, facilitados por procedimentos como extrações dentárias, infecções de pele,
cirurgias, colocação de sondas, e outros que causam infecções do lado externo do corpo para
dentro do coração através da circulação sanguínea.
Embebição hemolítica – manchas vermelhas escuras que não devem ser confundidas
com hemorragias.
Na maioria dos casos são por infecções bacterianas que causam alterações na parede
do endocárdio, mural ou valvular, de acordo com sua localização. Provocando aumento do atrito
sangüíneo o que origina trombos mesmo sem que tenha havido hemorragia. 159
O fluxo sangüíneo pode destacar uma parte do trombo pela corrente sangüínea,
originando um êmbolo (tromboembolia), que ganha a circulação e pode se fixar em outro local ou
nas válvulas, obliterando a luz das mesmas, causando seu mau fechamento e originando um
refluxo do sangue.
Figura 15: As massas aderentes aos bordos das valvas são mais
consistentes devido à organização fibrosa dos exsudados.
160
16.4 DEGENERAÇÕES
As endocardioses se caracterizam por apresentarem as cordas tendínias espessadas
e com nódulos, muito comum em cães idosos.
161
16.5 PARASITOS
Figura 18:
Dirofilariose. Grande número de
parasitas ocupava o coração direito,
tendo provocado embolia pulmonar
mortal.
17 SISTEMA VASCULAR
Alterações pós-mortem
Embebição hemoglobínica que confere à parede intima dos vasos a cor avermelhada;
Trombose e embolia: O trombo causa uma obstrução que origina uma dilatação da
parede do vaso logo anterior ao trombo, formando um aneurisma.
Figura 19: Trombose coronária - O trombo vermelho escuro que se na artéria coronária descendente anterior, está ocluindo o lúmem e produzindo
isquemia e/ou infarto do miocárdio.
Lesões distróficas
Veias: são vasos que possuem a musculatura menos vigorosa que as artérias.
fígado
Veia cava
Veia porta
Trato gastrointestinal
17.5 TELEANGECTASIA
Os órgãos do sistema respiratório, além de dois pulmões, são: fossas nasais, boca,
faringe (nasofaringe), laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos, diafragma e os alvéolos
pulmonares reunidos em sacos alveolares.
Alvéolo Bronquios
Aorta
Bronquíolos
Traquéia
Artéria
pulmona
r
Alvéolo
Sistema transicional – bronquíolos proximal e distal. O proximal possui epitélio com 167
menor número de células ciliadas e o distal possui as células claras, que são secretoras e fazem
metabolização de substâncias tóxicas.
168
Hiperemia – causas:
Processos irritantes – inalação de amônia, regurgitação de alimentos;
Infecção viral;
Alergia;
169
Trauma.
Figura 25: Neoplasia das fossas nasais. Observar a destruição dos cornetos da
fossa nasal esquerda e do septo nasal por uma massa tecidular compacta de
cor vermelha escuro, identificada histologicamente como condrosteosarcoma.
171
Figura 27: Corte transversal dos ossos nasais. Observar a destruição dos
tecidos devido ao desenvolvimento no local de um sarcoma de células
redondas, fortemente invasivo. O tecido tumoral tem cor branca e
consistência média. Os tecidos vizinhos apresentam lesões hemorrágicas.
18.1.3 Faringe, laringe e traquéia
Figura 28: Colapso da traquéia. A porção membranosa da traquéia é excepcionalmente larga, provocando o colapso. A
glote fixada pela pinça, apresenta deformação da epiglote com um espessamento anormal e bordos arredondados.
Figura 29: Falsa via. Presença de conteúdo alimentar no lume traqueal num cachorro cujo
estômago estava excessivamente repleto, assinalado pela extremidade da pinça da mão
direita. Fonte: fmv.utl.pt, 2007
18.1.5 Inflamações
174
Nos mamíferos, os brônquios são os tubos que levam o ar aos pulmões. A traquéia
divide-se em dois brônquios (direito e esquerdo). Estes apresentam estrutura muito semelhante
à da traquéia e são denominados brônquios de primeira ordem. Cada brônquio principal dá
origem a pequenos brônquios lobares ou de segunda ordem, que ventilam os lobos pulmonares.
175
Estes, por sua vez, dividem-se em brônquios segmentares ou de terceira ordem, que vão ter os
segmentos broncopulmonares. Os brônquios, por sua vez, se ramificam várias vezes até se
transformarem em bronquíolos, um para cada alvéolo pulmonar. Os brônquios têm a parede
revestida internamente por um epitélio ciliado e externamente encontra-se reforçada por anéis de
cartilagem, irregulares que, nas ramificações se manifestam como pequenas placas ou ilhas. A
parede dos brônquios e bronquíolos é formada por músculo liso.
Neoplasias - carcinomas
Corpo estranho
Pode chegar aos pulmões por falsa via (no engasgo) causando traqueobronquite ou
broncopneumonia.
Pneumoconiose
Figura 33: Antracose. Fonte: caninum, 2007 Figura 34: O pigmento antracótico se encontra nos
macrófagos de um linfonodo.
Distúrbios circulatórios
O pulmão, além de estar muito sujeito aos microrganismos inalados, também é muito
irrigado, podendo receber microrganismos por esta via.
177
Hiperemia – é um processo ativo, onde ocorre acúmulo sangüíneo em um local por
necessidade, como numa inflamação;
Embolia – geralmente ocorre por êmbolos que chegam pelas veias. Embolia oncoótica –
é quando células neoplásicas são carreadas pela corrente sangüínea e chegam aos pulmões.
Dilatação dos alvéolos com ruptura das paredes. Nos animais domésticos é uma
doença secundária. Causado por obstrução parcial por exsudato inflamatório, parasitos,
neoplasias de brônquios e bronquíolos, levando a um esforço respiratório acentuado. Também 179
pode ser causado quando há uma área afuncional nos pulmões.
18.1.8 Atelectasia
Colabamento dos alvéolos, causado por obstrução total pelas mesmas causas do
enfisema de brônquios e bronquíolos. Macroscopicamente, observa-se área escura, deprimida e
mais firme. Microscopicamente, os alvéolos estão colabados ou em forma de fenda.
Normalmente se observa área de enfisema compensatória.
Também pode ser causada por compressão externa, por exemplo: pneumotórax, timpanismo,
180
hidrotórax, neoplasias.
Fonte: fmv.utl.pt
182
18.1.10 Neoplasias
Não são muito comuns as neoplasias primárias. As mais comuns são: carcinoma
bronquial, bronquiolar e brônquio-alveolar. As metástases são muito mais freqüentes no pulmão,
vindo encaminhadas de outras partes do corpo.
184
Figura 43: Volumoso tumor pulmonar (T), cujo exame histopatológico revelou
ser carcinoma alveolar papilífero
Fonte: fmv.utl.pt
Efusões pleurais:
Figura 45: Pleurisia crônica fibrosa. Pulmão deformado, com lobos arredondados, sem bordos evidentes
e muito firmes à palpação.
Fonte: fmv.utl.pt
19 PATOLOGIAS DO SISTEMA NERVOSO
O cérebro está situado no interior da caixa craniana dos animais vertebrados e divide-
se em hemisférios cerebrais e estruturas intra-hemisféricas e o tronco. Quando cortado, o
cérebro apresenta duas substâncias diferentes: uma branca (axônios envoltos por mielina), que
ocupa o centro, e outra cinzenta (corpos dos neurônios), que forma o córtex cerebral. O córtex
cerebral está dividido em mais áreas funcionalmente distintas que controlam cada uma delas,
uma atividade específica. No córtex estão agrupados os neurônios.
Astrócitos – conferem sustentação ao SNC. Possuem podócitos que fazem à ligação 188
das células unindo um corpo celular a outro. Também são responsáveis pelo isolamento dos
neurônios e das sinapses.
astrócitos 189
Células da
micróglia
vasos
oligodendrócitos
Figura 8: Micróglia
Duramater
190
Espaços subaracnoideos
Cordão espinhal
Figura
191
19.1.1 Patologias do encéfalo
Anomalias congênitas
Distúrbios circulatórios:
193
Fonte: escuela.med.puc, 2007
Figura 18: Ossificação da dura-máter na região lombar. As setas apontam duas placas de
tecido ósseo.
Esta alteração é comum nos animais idosos e não parece provocar qualquer
perturbação funcional.
Figura 19: Um neurônio que está morrendo é rodeada por células da microglía.
Concussão – é uma agressão encefálica difusa que pode levar a perda temporária de
consciência com posterior recuperação. A concussão pode ser leve e sem perda de consciência,
moderada ou até grave vindo acompanhada de lesões microscópicas, como hemorragia e
degeneração axonal. Não há lesões macroscópicas.
Inflamações
198
Encefalites parasitárias - Toxoplasmose: causada pelo Toxoplasma gondii. No
hospedeiro intermediário o agente parasita vários tipos celulares. As lesões macroscópicas
envolvendo o SNC são limitadas e incluem hiperemia e hemorragia submeningeanas ocasionais,
infartos hemorrágicos e edema cerebral (que pode levar a deslocamento do cérebro com
herniação e dilatação ventricular). As lesões microscópicas iniciais são caracterizadas por
degeneração da parede dos vasos e edema. Posteriormente pode levar a necrose tecidual, com
inflamação não-purulenta (microgliose, manguitos perivasculares), degeneração de astrócitos,
oligodendrócitos e neurônios, hipertrofia focal de astrócitos e leptomeningite.
Os rins são responsáveis por filtrar o sangue que lhes chega através da artéria aorta e
que, após a filtração é, novamente, jogado na corrente sanguínea pela veia cava inferior. Os
resíduos dessa filtragem formam a urina, que será armazenada na bexiga e eliminada pela
199
uretra.
Os rins dos cães e gatos são unipiramidais sendo que, em gatos adultos a córtex é
amarelada e a medula cinza-pálida, com a vascularização bem evidente.
200
Cistos – são membranas preenchidas de líquido. Podem ser primários, secundários ou 201
adquiridos. Os primários normalmente são congênitos, os secundários ocorrem na displasia
renal congênita e alteram a arquitetura morfofuncional do rim. Os adquiridos são formações
causadas por fibrose intratubular (proliferação de tecido fibroso intratubular) causando obstrução.
Além disso, os cistos podem ser únicos ou múltiplos.
Figura 26: Hipoplasia de rim esquerdo em gato com hipertrofia compensatória do rim direito.
19.2.3 Distúrbios da circulação
Infarto – área de necrose isquêmica localizada, devido à obstrução de vaso que irriga
essa área. Pode ser causado por:
Os infartos renais normalmente são do tipo anêmico e podem ser encontrados em três
fases:
Fase subaguda: observa-se um halo vermelho envolvendo a área afetada (ou um halo
claro, se for infarto hemorrágico).
Fase crônica: a superfície do órgão fica toda alterada, irregular, com proliferação de
tecido conjuntivo, com alteração de cor, ficando pálido devido à isquemia.
Obs: algumas drogas usadas para sacrificar animais podem causar alterações no
órgão que são confundidas com infarto.
203
19.2.4 Necrose
Necrose medular – apenas após duas horas de isquemia a medula entra em necrose.
19.2.5 Hidronefrose
Caracteriza-se pela dilatação da pelve renal e cálices, associada à atrofia progressiva
e aumento cístico do rim (forma um cisto interno). Causa obstrução urinária (completa ou
incompleta). Pode ser originada por:
Cálculos urinários;
Aumento da próstata do cão (que é uma alteração comum, causada por hipertrofia,
hiperplasia, tumores);
Inflamações crônicas;
O exame macroscópico mostra um rim quase que apenas cápsula e o cisto, com
ausência da medula.
Pode ser:
Pode ser:
Imunocítica – primária;
A nefrite intersticial envolve a inflamação dos espaços entre os túbulos renais e pode
incluir inflamação dos túbulos. Pode ser uma lesão temporária, freqüentemente associada com
os efeitos de vários medicamentos no rim ou pode ser crônica e progressiva e provoca a redução
das funções renais, desde uma disfunção moderada até uma insuficiência renal aguda.
207
19.2.8 Nefrite granulomatosa
Forma granulomas, principalmente no córtex. São causados por vários agentes, entre
eles: Histoplasma capsulatum, Mycobacterium spp. e Toxocara canis.
208
19.2.10 Uremia
Parasitos
19.2.11 Neoplasias
Primárias – adenoma, carcinoma, nefroblastoma, fibroma, fibrossarcoma,
hemangiossarcoma.
209
Figura 32: Linfoma renal em canídeo. O rim apresenta um nódulo corresponde a tecido
linfóide.
Figura 35: Carcinoma renal em gato-O corte sagital do rim direito exibe a
Nos animais saudáveis, tanto a bexiga quanto a uretra não contém microrganismos, a
urina é, portanto, estéril. No entanto, qualquer parte do trato urinário pode tornar-se infectada por
microrganismos causadores de infecção que, comumente, invadem o trato urinário através de
duas vias possíveis, uma via ascendente que se dissemina através da uretra e a outra, via
corrente sangüínea, ou descendente.
Essas infecções podem ser causadas por bactérias, vírus, fungos ou parasitas.
211
19.2.14 Urolitíase
Os cálculos são mais comuns em machos devido a (uretra nesses indivíduos ser longa
e pouco calibrosa) e podem estar presentes em condições favoráveis como doenças ou
condições que favoreçam a formação de cristais, quais sejam:
Infecções bacterianas;
213
20.1 PROBLEMAS DA BEXIGA
Cistites – são inflamações da bexiga. Normalmente ocorre por via ascendente já que,
mais de 85% das infecções do trato urinário são causadas por bactérias presentes no intestino.
No entanto, as bactérias que invadem o trato urinário comumente são eliminadas pela ação de
descarga da bexiga durante a micção. Cistites podem ocorrer, também em decorrência da FIV,
diabetes, parto, obstrução urinária (urólitos), metrite e por cateterização.
Cistite fibrinopurulenta;
Cistite necrosante;
Cistite necrótico-fibrinosa;
Cistite crônica;
BANKS J.W. Histologia Veterinária Aplicada. 2ª ed. Ed. Manole Ltda.São Paulo, 1992. 629p.
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PERIÓDICOS
218