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Sumário
1 Microeconomia..........................................................................................1
1.1 Conceitos fundamentais.....................................................................8
1.2 Determinação das curvas de procura...............................................10
1.3 Teoria do consumidor, utilidades cardinal e ordinal, restrição orça-
mentária, equilíbrio do consumidor e funções demanda, curvas de Engel,
demanda de mercado, teoria da produção, isoquantas e curvas de isocusto,
funções de produção e suas propriedades, curvas de produto e produtivi-
dade, curvas de custo, equilíbrio da firma, equilíbrio de curto e de longo
prazos.....................................................................................................11
1.4 Estruturas de mercado......................................................................26
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Dinheiro
Bens e serviços
FLUXO REAL OFERTA
FLUXO MONETÁRIO
EMPRESA FAMÍLIAS
DEMANDA
Mão-de-obra e
Capital
Dinheiro, aluguéis, salários, juros,
etc.-de-obra e Capital Fluxo Real
Fluxo monetário
Podemos perceber que o funcionamento do fluxo monetário, representado por linhas contínuas, ocorre a partir
das empresas que contratam, junto às famílias, os fatores de produção, trabalho, capital, etc. Ao mesmo tempo, a
empresa organiza os fatores de produção de que agora dispõe e começa a estabelecer o fluxo real, quando ocorre a
oferta de bens e serviços produzidos.
Os fluxos se encontram no mercado e têm uma sequência. Começa com a necessidade das empresas com relação
aos fatores de produção que conseguem com as famílias. As famílias, por sua vez, necessitam oferecer fatores de
produção às empresas, pois necessitam de recursos financeiros para poderem adquirir os bens e serviços de que
necessitam. Estando as famílias com recursos financeiros em mãos, adquirem os bens e serviços de que necessitam,
esgotando ou diminuindo a quantidade desses bens e serviços no mercado, fazendo com que as empresas voltem
a contratar os fatores de produção com as famílias e, assim, começando novamente o ciclo do fluxo do sistema
econômico.
Devemos deixar clara a simplicidade do exemplo exposto, uma vez que, em muitos casos, há a intervenção do
governo e também a participação do mercado externo, o que não foi adequado colocar no fluxo justamente para
facilitar o raciocínio.
Após definidos os principais conceitos a respeito da Economia, e que são necessários abordá-los, pois a
Microeconomia em si é uma ramificação da Economia, portanto entender como a mesma ocorre é imprescindível
para a compreensão das principais teorias que surgiram da Microeconomia.
Em função dos recursos produtivos serem escassos e as necessidades humanas ilimitadas, temos problemas
econômicos na tarefa de alocar estes recursos (o que, como, quanto e para quem produzir). A Microeconomia vai
se preocupar com estas questões, procurando resolvê-las.
Microeconomia
A microeconomia procura analisar o mercado e outros tipos de mecanismos que estabelecem preços relativos
entre os produtos e serviços, alocando de modos alternativos os recursos dos quais dispõe determinados indivíduos
organizados numa sociedade.
A microeconomia preocupa-se em explicar como é gerado o preço dos produtos finais e dos fatores de produção
num equilíbrio, geralmente perfeitamente competitivo. Divide-se em:
Teoria do Consumidor: Estuda as preferências do consumidor analisando o seu comportamento, as suas
escolhas, as restrições quanto a valores e a demanda de mercado. A partir dessa teoria se determina a curva de
demanda.
Nos negócios a Microeconomia é um instrumento para tomada de decisão dentro da firma, principalmente no
que se refere ao comportamento da demanda, da oferta, dos preços e dos custos.
Teoria do Consumidor
A Teoria do Consumidor, ou Teoria da Escolha, é uma teoria microeconômica, que busca descrever como
os consumidores tomam decisões de compra e como eles enfrentam os tradeoffs e as mudanças em seu ambiente
(Trade-off ou tradeoff é uma expressão que define uma situação em que há conflito de escolha). Ocorre quando se
abre mão de algum bem ou serviço distinto para se obter outro bem ou serviço distinto). Os fatores que influenciam
as escolhas dos consumidores estão basicamente ligados à sua restrição orçamentária e preferências.
Os principais instrumentos para a análise e determinação de consumo são a curva de indiferença e a restrição
orçamentária.
Para a Teoria do Consumidor, as pessoas escolhem obter um bem em detrimento do outro em virtude da
utilidade que ele lhe proporciona.
A curva da demanda
A curva da demanda desloca-se para a A curva da demanda desloca-se para a
direita quando: esquerda quando:
A renda aumenta. A renda diminui. O preço do bem substituto aumenta. O preço
do bem substituto cai.
O preço do bem complementar cai. O preço do Os gostos deslocam-se a favor do produto.
bem complementar aumenta. Caem as preferências pelo bem.
A renda aumenta. A renda diminui. O preço do bem substituto aumenta. O preço
do bem substituto cai.
O preço do bem complementar cai. O preço do Os gostos deslocam-se a favor do produto.
bem complementar aumenta. Caem as preferências pelo bem.
Bens normais, inferiores, complementares e substitutos.
• Bens normais: são aqueles cuja demanda aumenta quando a renda dos indivíduos se eleva.
Por exemplo, as pessoas deixam de comer em casa e passam a frequentar restaurantes sofisticados.
• Bens inferiores: são aqueles cuja demanda se reduz quando a renda dos indivíduos cresce. Por exemplo, as
pessoas deixam de andar de ônibus e passam a andar de carro.
• Bens complementares: são aqueles que são consumidos em conjunto. A característica desses produtos é que,
quando o preço de um deles sobe, a demanda do outro cai. Quando aumentam os preços dos artigos de tênis,
automaticamente cai a procura por aulas ou locação de quadras de tênis.
• Bens substitutos: são aqueles que, quando o preço de um bem sobe, as pessoas substituem por outro, aumentando
a demanda deste. Quando sobe o preço do café, as pessoas passam a tomar chá, por exemplo, aumentando as vendas
deste produto.
Muitos fatores podem alterar a quantidade a ser produzida pelos empresários. O aumento do preço dos insumos pode
inviabilizar o lucro do processo produtivo. A redução da quantidade produzida desloca a curva da oferta de S0S0 para S1S1
(gráfico 4). Outro fator muito importante diz respeito à mudança tecnológica que pode aumentar a produtividade e reduzir os
custos de produção, incentivando o empresário a aumentar as quantidades ofertadas, deslocando a curva da oferta de SoSo
para S2S2 (gráfico 4). O empresário, quando compra uma máquina que produz mais, poderá aumentar a quantidade ofertada,
afetando o preço no mercado (os preços caem porque aumenta a oferta do produto).
Se o preço do produto (P1) for superior ao preço de equilíbrio (P0), tem-se um excesso de oferta, pois, pelo
preço (P1), a quantidade ofertada (Qs1) é maior do que a quantidade demandada (Qd1). Quando isso acontece,
os produtores preferem fazer liquidações para não ter seu capital parado em estoques, correndo até o risco da
obsolescência (depreciação tecnológica – imagine se uma loja comprasse uma quantidade enorme de computadores
para um ano de vendas; com certeza, teria prejuízo, porque, a cada mês, os fabricantes lançam computadores mais
modernos e mais velozes, por isso, o comerciante jamais poderá fazer estoque).
No caso oposto, o preço inicial P2 (gráfico 6) é menor do que o preço de equilíbrio (P0). Nesse caso, existe
um excesso de demanda, ou seja, a quantidade demandada (Qd2) é maior do que a quantidade ofertada (Qs2) pelo
preço P2. Quando muitas pessoas desejam o mesmo produto, ele pode se tornar escasso no mercado e a tendência
é o preço subir. Quando o dono de um apartamento coloca-o à venda por um preço inferior ao de mercado, muitos
compradores disputarão a compra do imóvel. Quando o preço de um produto está abaixo do preço de equilíbrio, as
forças de mercado tendem a levá-lo de volta ao equilíbrio.
Colocando estas quantidades, que formam pares ordenados de pontos dados pelas diversas alternativas de produção em
um gráfico cartesiano, onde as quantidades do bem A são lançadas no eixo das abscissas (eixo X) e as quantidades do bem
B são lançadas no eixo das ordenadas (eixo Y), temos a seguinte representação gráfica:
Deslocamento Negativo: ocorre quando a curva de possibilidades de produção se dirige em relação à origem,
significando diminuição da capacidade de produção do sistema econômico. Os fatores que contribuem para o deslocamento
negativo são: (i) guerras entre os países; (ii) sucateamento do parque industrial; (iii) situações climáticas desfavoráveis; e
(iv) pestes e epidemias. Em termos de representação gráfica, temos:
O Processo de Produção
Do ponto de vista econômico, produção é o processo pelo qual uma empresa transforma os fatores de produção
adquiridos no mercado de fatores, em produtos ou serviços para serem vendidos no mercado de bens e serviços.
Nesse sentido, a empresa é uma intermediária, haja vista que, compra insumos ou inputs (fatores de produção),
combinando-os de acordo com o seu processo de produção, para em seguida vender os seus produtos/serviços ou
outputs no mercado. O processo de produção pode ser caracterizado de mão-de-obra intensiva, de capital intensivo
e de terra intensiva, dependendo do fator de produção utilizado em maior quantidade, relativamente aos demais.
Teoria dos Custos de Produção
A curto prazo alguns dos fatores de produção são fixos, independentemente do nível de produção, tais como, a
planta da empresa e os equipamentos de capital. Os custos de produção são assim classificados:
Custos Totais
a) Custo Variável Total (CVT): corresponde à parcela do custo que varia, quando a produção varia. Em outras
palavras, é a parcela dos custos da empresa que depende da quantidade produzida. Exemplos: folha de pagamentos,
despesas com matérias-primas, etc.. Ou seja: CVT = f(q)
b) Custo Fixo Total (CFT): corresponde à parcela do custo que se mantém fixa, quando a produção varia. Em
outras palavras, são os gastos com fatores fixos de produção, como aluguéis, depreciação, etc.. Ou seja: CFT =
constante
c) Custo Total (CT): corresponde a soma do custo variável total com o custo fixo total. Ou seja: CT = CVT +
CF
Custos Médios
Correspondem aos conceitos de custos por unidade de produção.
a) Custo Médio (CMe ou CTMe): corresponde ao custo por unidade produzida. Ou seja, é o custo total dividido
pela quantidade produzida. É também conhecido por Custo Unitário.
Ou seja:
c) Custo Fixo Médio (CFMe): corresponde ao custo fixo total dividido pela quantidade produzida.
Ou seja:
Então podemos inferir que:
Custo Marginal
Corresponde às variações de custo, quando se altera a produção. O custo marginal (CMg) é o custo de se
produzir uma unidade adicional do produto.
Ou seja:
Cabe observar que, como ∆ CFT = 0, então os custos marginais não são influenciados pelos custos fixos, que
são invariáveis a curto prazo.
Ou seja:
Demanda de Mercado
A demanda ou procura pode ser definida como a quantidade de um determinado bem ou serviço que os
consumidores desejam e estão dispostos a adquirir em determinado período de tempo.
É uma Intenção de consumo que se manifesta num período de tempo.
A procura depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor. São elas: o preço do bem e serviço,
o preço dos outros bens, a renda do consumidor e o gosto ou preferência do indivíduo. Para se estudar a influência
dessas variáveis utiliza-se a hipótese do coeteris paribus, ou seja, considera-se cada uma dessas variáveis afetando
separadamente as decisões do consumidor.
Relação entre a quantidade procurada e o preço do bem: A Lei Geral da Demanda
Há uma relação inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o preço do bem. É a chamada Lei
Geral da Demanda. Essa relação pode ser observada a partir dos conceitos de escala de procura, curva de procura
ou função demanda.
A curva da demanda é negativamente inclinada devido ao efeito conjunto de dois fatores: o efeito substituição
e o efeito renda. Se o preço de um bem aumenta, a queda da quantidade demandada será provocada por esses dois
efeitos somados:
a) Efeito substituição: se um bem possui um substituto, ou seja, outro bem similar que satisfaça a mesma
necessidade, quando seu preço aumenta, o consumidor passa adquirir o bem substituto, reduzindo assim sua
demanda. Exemplo: Fósforo e isqueiro
b) Efeito renda: quando aumenta o preço de um bem, o consumidor perde o poder aquisitivo, e a demanda por
esse produto diminui.
Efetivamente, a procura de uma mercadoria não é influenciada apenas por seu preço. Existe uma série de outras
variáveis que também afetam a procura:
a) Se a renda dos consumidores aumenta e a demanda do produto também, temos um bem normal.
b) Bem inferior, cuja demanda varia em sentido inverso às vedações da renda; exemplo se o consumidor ficar
mais rico, diminuirá o consumo de carne de segunda, e aumentará o consumo da carne de primeira.
c) Bens de consumo saciado, quando a demanda do bem, quase não é influenciada pela renda dos consumidores
(arroz, farinha, sal, etc.), muitas vezes ocorre a diminuição do consumo deste tipo de bem, devido ao aumento da
renda.
d) Bens substitutos, quando há uma relação direta entre o preço de um bem e a quantidade de outro. Exemplo:
um aumento no preço da carne deve elevar a demanda de peixe.
Conforme podemos perceber, à medida que a renda cresce a quantidade demandada do bem também cresce
inicialmente a taxas crescentes e posteriormente a taxas decrescentes. Isto demonstra o princípio econômico da
saciedade, em que necessidades adicionais de consumo de um determinado bem ou serviço é cada vez menor. Pense
nisso, você conhece algum bem (em condições normais) que não se encaixe nessa regra?
Equilíbrio de Mercado
A interação das curvas de demanda e de oferta determina o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou
serviço em um dado mercado.
Interferência do Governo no equilíbrio de mercado
O governo intervém na formação de preços de mercado, a nível microeconômico , e quando fixa impostos
e subsídios, estabelecem critérios de reajustes do salário mínimo, fixa preços mínimos para produtos agrícolas
decreta tabelamentos ou ainda congelamento de preços e salários.
A) Estabelecimento de Impostos: É sabido que quem recolhe a totalidade do tributo é a empresa, mas isso não
quer dizer que é ela quem efetivamente paga. Assim, saber sobre quem recai efetivamente o ônus do tributo é uma
questão da maior importância na análise dos mercados.
Os tributos se dividem em impostos, taxas e contribuições de melhoria. O impostos dividem-se em:
- Impostos Diretos: Impostos incidentes sobre a renda ou a propriedade. Exemplo: Imposto de Renda, IPTU,
IPVA.
- Impostos Indiretos: impostos incidentes sobre o consumo ou sobre as vendas. Exemplo: Imposto sobre
Circulação de Mercadorias (ICMS), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Entre os impostos indiretos destacamos:
- Imposto Específico: Recai sobre a unidade vendida. Exemplo: para cada carro vendido, recolhe-se, a título de
imposto, R$ 5.000 ao governo (esse valor é fixo e independente do valor da mercadoria).
- Imposto ad valorem: é um percentual (alíquota) aplicado sobre o valor de venda. Exemplo: supondo a alíquota
do IPI sobre automóveis de 10 %, se o valor do automóvel for de R$ 50.000, o valor do IPI será de R$ 5.000; se o
valor aumentar para R$ 60.000, o valor do IPI será de R$ 6.000. Assim, como se pode notar, a alíquota permanece
inalterada em 10%, enquanto o valor do imposto varia com o preço do automóvel.
B) Política de preços mínimos na agricultura: Trata-se de uma política que visa dar garantia de preços ao
produtor agrícola, com propósito de protegê-lo das flutuações dos preços no mercado, ou seja, ajudá-lo diante de
uma possível queda acentuada de preços e consequentemente da renda agrícola. O governo, antes do início do
plantio, garante um preço que ele pagará após a colheita do produto.
C) Tabelamento: Refere-se à intervenção do governo no sistema de preços de mercado visando coibir abusos por
parte dos vendedores, controlar preços de bens de primeira necessidade ou então refrear o processo inflacionário,
como foi adotado no Brasil (Planos Cruzado, Bresser etc.), quando se aplicou o congelamento de preços e salários.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
SILVA, C.R.L da; LUIZ, S. Economia e mercados: introdução à economia. São Paulo: Saraiva, 2010.
SINGER, Paul. Aprender Economia. 22.ed. São Paulo: Contexto, 2002.
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à economia. 20.ed. São Paulo: Atlas, 2003.
VASCONCELLOS, Marco Antonio S. Et alli.Manual de Economia. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
VASCONCELLOS, Marco Antonio S.; GARCIA, Manuel E. Fundamentos de Economa. 2.ed. São Paulo: Saraiva,
2005.
TROSTER, Roberto Luis. Introdução à Economia. Edição revisada e atualizada. São Paulo: Pearson Makron
Books,2002.