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Ferramenta
Capítulo 9
Ferraresi (1977) explica isto da seguinte maneira: “... a Figura 9.2“a” mostra a curva de
distribuição de temperatura em relação à profundidade “X”, a partir do ponto de contato
cavaco-ferramenta. A camada superficial, a uma temperatura bastante alta se dilata.
Porém as camadas subsequentes a temperaturas inferiores, terão uma dilatação bem
menor. Como consequência, tais camadas impedirão o processamento de uma
dilatação muito maior na camada superficial (camada de contato cavaco-ferramenta)
gerando tensões de compressão (Figura 9.2“b”). Em conseqüência disto, haverá
tensões de tração a uma certa distância da superfície de contato. Num instante de
tempo seguinte, com a variação da temperatura de corte, isto é, com o resfriamento da
camada de contato (devido ao tempo inativo), essa camada estará submetida à tração,
enquanto que as camadas subsequentes passarão a ser solicitadas à compressão
(Figura 9.2 “c” e “d”).
Além da ação cíclica do corte interrompido, este fenômeno pode ser provocado por
variação da temperatura causado por acesso irregular do refrigerante de corte
(Ferraresi, 1977). Essa flutuação cíclica de tensão promoverá o aparecimento de
trincas por fadiga nas ferramentas de metal duro (as ferramentas de aço rápido têm
tenacidade suficiente para suportarem as variações de tensões sem nucleação de
trincas). Essas trincas, que são de origem térmica, levarão ao desenvolvimento do que
se conhece por “sulcos desenvolvidos em forma de pente”, ilustrado na Figura 9.3.
Durante a usinagem dos metais a ação de cortar muda a forma e, portanto, a geometria
original da ferramenta de corte. Verifica-se um desgaste progressivo tanto na superfície
de folga como na superfície de saída da ferramenta. A Figura 9.4 apresenta as
principais áreas de desgaste.
Figura 9.4 - Principais áreas de desgaste de uma ferramenta de corte (Dearnley e Trent
e Wright, 1982).
Com base na Figura 9.4 pode-se distinguir pelo menos três formas de desgaste:
Mecanismos de Desgaste
"Attrition"
Figura 9.7 Aspecto da aresta de corte de uma broca de metal duro deformada
plasticamente. A – ferramenta nova; B – ferramenta após chegar ao final de vida
(Santos, 2002)
Sandro Cardoso Santos e Wisley Falco Sales 163
Fundamentos da Usinagem dos Materiais - Avarias Desgaste e Mecanismos de Desgaste da
Ferramenta
3) Desgaste Difusivo
5) Desgaste Abrasivo
6) Desgaste de Entalhe
Shaw et alli (1966) afirmam que o entalhe na forma de V é formado pelas rebarbas
produzidas nas arestas laterais do cavaco, envolvendo um mecanismo de aderência e
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Ferramenta
arrancamento (Figura 9.6 ”6”). Richards e Aspinwall (1989) também concordam com
esta teoria.
0,60
ap=0,3 mm e fz=0,06 mm/z ap=0,5 mm e fz=0,06 mm/z
0,50
0,40
VBB max[mm]
0,30
0,20
0,10
0,00
50
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
2200
2400
2600
2800
3000
1
Número de Peças
Figura 9.10 – Desgaste dos insertos de PCBN com o número de blocos motores
(Souza Jr., 2001).