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lhe seja concedida promoçaã o, em ressarcimento de preteriçaã o, aà graduaçaã o de

Suboficial, a contar de 01.12.2013, pelo criteé rio de Antiguidade, pois seu caso eé
extraordinaé rio

que significa ser Promovido em ressarcimento de preteriçaã o, por antiguidade?!

Respostas

Caso praé tico. Exemplo: se um militar menos antigo dentro de um mesmo


posto e mesmo quadro, for promovido antes que um militar mais antigo,
este pode pedir a promoçaã o por ressarcimento de preteriçaã o pois em tese
foi preterido na sua promoçaã o.

EÉ claro que haé particularidades mas colequei um exemplo simples somente


para ilustrar. Segue abaixo o artigo do Estatuto do Militares qe preveê este tip
de promoçaã o.

Art. 60. As promoçoã es seraã o efetuadas pelos criteé rios de antiguü idade,
merecimento ou escolha, ou, ainda, por bravura e post mortem.

§ 1º Em casos extraordinaé rios e independentemente de vagas, poderaé haver


promoçaã o em ressarcimento de preteriçaã o.

§ 2º A promoçaã o de militar feita em ressarcimento de preteriçaã o seraé


efetuada segundo os criteé rios de antiguü idade ou merecimento, recebendo
ele o nué mero que lhe competir na escala hieraé rquica, como se houvesse sido
promovido, na eé poca devida, pelo criteé rio em que ora eé feita sua promoçaã o.

LEI Nº 6.880, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1980.

(Vigeê ncia)

(Vide Decreto nº 88.455, de 1983) Dispoã e sobre o Estatuto dos Militares.


(Vide Decreto nº 4.307, de 2002)
(Vide Decreto nº 4.346, de 2002)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta
e eu sanciono a seguinte Lei:

ESTATUTO DOS MILITARES

SEÇÃO III
Da Promoção

Art. 59. O acesso na hierarquia militar, fundamentado principalmente no valor


moral e profissional, eé seletivo, gradual e sucessivo e seraé feito mediante
promoçoã es, de conformidade com a legislaçaã o e regulamentaçaã o de promoçoã es de
oficiais e de praças, de modo a obter-se um fluxo regular e equilibrado de carreira
para os militares.

Paraé grafo ué nico. O planejamento da carreira dos oficiais e das praças eé


atribuiçaã o de cada um dos Ministeé rios das Forças Singulares.

Art. 60. As promoçoã es seraã o efetuadas pelos criteé rios de antiguü idade,
merecimento ou escolha, ou, ainda, por bravura e post mortem .

§ 1º Em casos extraordinaé rios e independentemente de vagas, poderaé haver


promoçaã o em ressarcimento de preteriçaã o.

§ 2º A promoçaã o de militar feita em ressarcimento de preteriçaã o seraé efetuada


segundo os criteé rios de antiguü idade ou merecimento, recebendo ele o nué mero que
lhe competir na escala hieraé rquica, como se houvesse sido promovido, na eé poca
devida, pelo criteé rio em que ora eé feita sua promoçaã o.

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Preterição"

TRF-2 - APELAÇÃO CIVEL AC 200251020029397 RJ 2002.51.02.002939-7


(TRF-2)

Data de publicaçaã o: 02/09/2010


Ementa: ADMINISTRATIVO. MILITAR DA MARINHA. PROMOÇÕES POR
RESSARCIMENTO EM PRETERIÇÃO. EXTINÇAÃ O DA PUNIBILIDADE.
INDEPENDEÊ NCIA ENTRE AS INSTAÊ NCIAS CIVIL, PENAL E ADMINISTRATIVO. 1. A
questaã o sob exame cinge-se aà pretensaã o de promoçaã o de militar da Marinha, tendo
em vista a decretaçaã o da extinçaã o da punibilidade decretada nos autos da açaã o
criminal na qual era reé u, o que faz com que os pontos perdidos em sua ficha
funcional sejam excluíédos. 2. A promoçaã o vindicada pelo autor depende do
preenchimento de requisitos funcionais-militares, que envolve apreciaçaã o de prova
complexa e remete a juizos de valor da Administraçaã o Militar, exarados dentro do
aê mbito estrito da discricionariedade administrativa. 3. O Poder Judiciaé rio pode e
deve verificar eventuais atos ilegíétimos praticados pela Administraçaã o militar,
evitando arbitrariedades, poreé m, eé defeso adentrar o meé rito administrativo a fim
de aferir sua motivaçaã o, oportunidade em que lhe eé permitido analisar apenas
eventual transgressaã o a diploma legal, naã o tendo sido demonstrado nos autos tal
situaçaã o. 4. A sançaã o administrativa eé aplicada para salvaguardar os interesses
exclusivamente Funcionais da Administraçaã o Pué blica, enquanto a sançaã o criminal
destina-se aà proteçaã o da coletividade. Precedente do STJ. 5. Naã o houve eê xito na
demonstraçaã o de eventual ilegalidade na puniçaã o administrativa, restando
preservada a presunçaã o de legitimidade do ato. 6. Recurso improvido.

Adicione toé picos

Tribunal Regional Federal da 2ª Região TRF-2 - APELAÇÃO CIVEL : AC


200251020029397 RJ 2002.51.02.002939-7 - Inteiro Teor

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IV – APELAÇAÃ O CIÉVEL 2002.51.02.002939-7


1

RELATOR

DESEMBARGADOR FEDERAL GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

APELANTE

GETUÉ LIO FERNANDES DA SILVA

ADVOGADOS

ROSEJANE SANTOS DA SILVA PEREIRA E OUTRO

APELADA

UNIAÃ O FEDERAL

ORIGEM

TERCEIRA VARA FEDERAL DE NITEROÉ I (200251020029397)

relatoé rio

1. Trata-se de recurso de apelaçaã o interposto por Getué lio Fernandes da Silva contra
sentença proferida pelo Juíézo da 3ª Vara Federal da Seçaã o Judiciaé ria do Rio de
Janeiro, que julgou improcedente o pedido autoral de cancelamento dos pontos
perdidos para, consequentemente, ser promovido aà graduaçaã o de 1º Sargento da
Marinha e reparaçaã o por danos morais. A sentença julgou extinto o processo, sem a
resoluçaã o do meé rito, por falta de interesse processual, no que tange ao pedido de
inclusaã o do autor na seleçaã o da Turma de 2002 ou, alternativamente, na Turma de
2003, por ressarcimento em preteriçaã o; naã o tendo sido tal questaã o objeto do
recurso de apelaçaã o interposto (fls. 282/289).

2. Em suas razoã es de recurso, alega que, verificada a extinçaã o da pretensaã o punitiva


estatal, passa a falecer competeê ncia, ao magistrado, para avançar no conteué do de
sua prestaçaã o jurisdicional, visto que a partir de entaã o deixa o Estado de ter
legitimidade para exigir o adimplemento do Judiciaé rio aà causa ajuizada. Quanto aos
oê nus sucumbenciais, pugna pela reduçaã o do percentual arbitrado para os
honoraé rios advocatíécios. Requer a reforma da sentença (fls. 296/299)

3. Contrarrazoã es aà s fls. 301/303.

4. Subiram os autos a este Tribunal (fl. 305), onde o douto representante do


Ministeé rio Pué blico Federal exarou parecer, opinando pelo improvimento do recurso
(fls. 307/310).

EÉ o breve relatoé rio. Peço dia para julgamento.

GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

Relator

voto

1. Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso interposto.

2. A questaã o sob exame cinge-se aà pretensaã o de promoçaã o de militar da Marinha,


tendo em vista a decretaçaã o da extinçaã o da punibilidade decretada nos autos da
açaã o criminal na qual era reé u, o que faz com que os pontos perdidos em sua ficha
funcional sejam excluíédos.

A sentença julgou improcedente o pedido, fundamentando-se na tese de que a


conduta dos agentes pué blicos naã o se mostrou contraé ria ao disposto no Estatuto
Militar.
3. A promoçaã o vindicada pelo autor depende do preenchimento de requisitos
funcionais-militares, que envolve apreciaçaã o de prova complexa e remete a juizos
de valor da Administraçaã o Militar, exarados dentro do aê mbito estrito da
discricionariedade administrativa.

4. O Poder Judiciaé rio pode e deve verificar eventuais atos ilegíétimos praticados pela
Administraçaã o militar, evitando arbitrariedades, poreé m, eé defeso adentrar o meé rito
administrativo a fim de aferir sua motivaçaã o, oportunidade em que lhe eé permitido
analisar apenas eventual transgressaã o a diploma legal, naã o tendo sido
demonstrado nos autos tal situaçaã o.

5. Em razaã o da autonomia entre as instaê ncias, a jurisprudeê ncia dominante nas


Cortes Federais considera que a independeê ncia entre as instaê ncias penal, civil e
administrativa, consagrada na doutrina, permite aà Administraçaã o impor puniçaã o
disciplinar ao servidor faltoso aà revelia de anterior julgamento no aê mbito criminal,
mesmo que a conduta imputada configure crime em tese. Somente em face da
negativa de autoria ou inexisteê ncia do fato, a sentença criminal produziraé efeitos na
seara administrativa.

Certo ainda, que “a eventual extinção da punibibidade na esfera criminal - in casu


pela suspensão condicional do processo - não obsta a aplicação da punição na esfera
administrativa (...)” e que “(...) A sanção administrativa é aplicada para
salvaguardar os interesses exclusivamente Funcionais da Administração Pública,
enquanto a sanção criminal destina-se à proteção da coletividade.” (RMS 18.188 – 5ª
Turma, unaê nime., Rel. Min. Gilson Dipp, DJU 29/05/2006, p. 0267).

6. Como bem registrado pelo douto Parquet (fls. 307/310):

Requerida ao Comando de Pessoal de Fuzileiros Navais, pela Organização Militar, a


informação quanto à possibilidade de cancelamento dos pontos perdidos, esta foi
obtida através de resposta proferida pelo Capitão-Tenente da Divisão Jurídica da
Corporação, às fls. 267, na qual cita que o militar deveria fazer uso da reabilitação, a
seu requerimento, conforme previsão do art. 134, e seu § 1º, do Código Penal Militar,
e do art. 206, a, do DGPM-312 no prazo de 5 (cinco) anos contados da data em que foi
extinta a pena.
Tendo em vista que não há, nos autos, provas acerca do requerimento da reabilitação
pelo militar, torna-se inadmissível a pretensão do Apelante, porque não houve êxito
na demonstração de eventual ilegalidade na punição administrativa, restando
preservada a presunção de legitimidade do ato. Por isso, decidiu acertadamente o E.
Julgador ao julgar improcedente os pedidos.

7. Naã o haé provas, nos autos, que justifiquem a obrigatoriedade de serem excluíédos
os pontos perdidos mencionados, para, consequentemente, ocorrer a promoçaã o do
apelante.

Isto posto, nego provimento ao recurso.

EÉ como voto.

GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

Relator

ementa

ADMINISTRATIVO. MILITAR DA MARINHA. PROMOÇOÃ ES POR RESSARCIMENTO


EM PRETERIÇAÃ O. EXTINÇAÃ O DA PUNIBILIDADE. INDEPENDEÊ NCIA ENTRE AS
INSTAÊ NCIAS CIVIL, PENAL E ADMINISTRATIVO.

1. A questaã o sob exame cinge-se aà pretensaã o de promoçaã o de militar da Marinha,


tendo em vista a decretaçaã o da extinçaã o da punibilidade decretada nos autos da
açaã o criminal na qual era reé u, o que faz com que os pontos perdidos em sua ficha
funcional sejam excluíédos.

2. A promoçaã o vindicada pelo autor depende do preenchimento de requisitos


funcionais-militares, que envolve apreciaçaã o de prova complexa e remete a juizos
de valor da Administraçaã o Militar, exarados dentro do aê mbito estrito da
discricionariedade administrativa.

3. O Poder Judiciaé rio pode e deve verificar eventuais atos ilegíétimos praticados pela
Administraçaã o militar, evitando arbitrariedades, poreé m, eé defeso adentrar o meé rito
administrativo a fim de aferir sua motivaçaã o, oportunidade em que lhe eé permitido
analisar apenas eventual transgressaã o a diploma legal, naã o tendo sido
demonstrado nos autos tal situaçaã o.

4. A sançaã o administrativa eé aplicada para salvaguardar os interesses


exclusivamente Funcionais da Administraçaã o Pué blica, enquanto a sançaã o criminal
destina-se aà proteçaã o da coletividade. Precedente do STJ.

5. Naã o houve eê xito na demonstraçaã o de eventual ilegalidade na puniçaã o


administrativa, restando preservada a presunçaã o de legitimidade do ato.

6. Recurso improvido.

acoé rdaã o

Vistos e relatados estes autos, em que saã o partes as acima indicadas, decide a Sexta
Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Regiaã o, por unanimidade,
negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator.

Rio de Janeiro,16/08/2010 (data do julgamento).

GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

Relator

TRF-2 - APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA AMS 200751010257255 RJ


2007.51.01.025725-5 (TRF-2)

Data de publicaçaã o: 23/08/2010

Ementa: ADMINISTRATIVO. MILITAR DA MARINHA. PROMOÇÕES POR


RESSARCIMENTO EM PRETERIÇÃO. EXTINÇAÃ O DA PUNIBILIDADE.
INDEPENDEÊ NCIA ENTRE AS INSTAÊ NCIAS CIVIL, PENAL E ADMINISTRATIVO. 1. A
questaã o sob exame trata de mandado de segurança impetrado contra ato do
Diretor do Pessoal Militar da Marinha, que indeferiu o pedido de promoções. O
impetrante alega que, tendo em vista a extinçaã o da punibilidade decretada nos
autos da açaã o criminal na qual era reé u, naã o haé como serem negadas as promoções
a que faz jus, em ressarcimento de preterição. 2. EÉ manifesta a auseê ncia de
direito líéquido e certo aà s promoções vindicadas pelo impetrante, cujos requisitos
funcionais-militares envolvem apreciaçaã o de prova complexa e remete a juizos de
valor da Administraçaã o Militar, exarados dentro do aê mbito estrito da
discricionariedade administrativa. 3. O Poder Judiciaé rio pode e deve verificar
eventuais atos ilegíétimos praticados pela Administraçaã o militar, evitando
arbitrariedades, poreé m, eé defeso adentrar o meé rito administrativo a fim de aferir
sua motivaçaã o, oportunidade em que lhe eé permitido analisar apenas eventual
transgressaã o a diploma legal, naã o tendo sido demonstrado nos autos tal situaçaã o. 4.
Em razaã o da autonomia entre as instaê ncias, eé permitido aà Administraçaã o impor
puniçaã o disciplinar ao servidor faltoso aà revelia de anterior julgamento no aê mbito
criminal, mesmo que a conduta imputada configure crime em tese. Somente em
face da negativa de autoria ou inexisteê ncia do fato, a sentença criminal produziraé
efeitos na seara administrativa. 5. Naã o haé provas, nos autos, que justifiquem a
obrigatoriedade de se garantir a matríécula do impetrante e, consequentemente, as
promoções pleiteadas, como tambeé m entendido pelo douto Parquet neste
Tribunal. 6. Recurso improvido.

Adicione toé picos

Tribunal Regional Federal da 2ª Região TRF-2 - APELAÇÃO EM MANDADO DE


SEGURANÇA : AMS 200751010257255 RJ 2007.51.01.025725-5 - Inteiro
Teor

Inteiro Teor

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XII – APELAÇAÃ O EM MANDADO DE SEGURANÇA 2007.51.01.025725-5

1
RELATOR

DESEMBARGADOR FEDERAL GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

APELANTE

FELIPE DA SILVA ANTOÊ NIO

ADVOGADOS

MARCO ANTOÊ NIO ALMEIDA VIEGAS

APELADA

UNIAÃ O FEDERAL

ORIGEM

DEÉ CIMA NONA VARA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (200751010257255)

relatoé rio

1. Trata-se de recurso de apelaçaã o interposto por Felipe da Silva Antoê nio contra
sentença proferida pelo Juíézo da 19ª Vara Federal da Seçaã o Judiciaé ria do Rio de
Janeiro, que denegou a segurança postulada pelo apelante contra ato do Diretor do
Pessoal Militar da Marinha, que indeferiu o pedido de promoçoã es, em
ressarcimento de preteriçaã o, a partir do ano de 1998, tendo em vista a decisaã o
proferida pelo Juíézo da 7ª Vara Criminal de Beleé m, que declarou a extinçaã o da
punibilidade do apelante (fls. 60/64).

2. Em suas razoã es de recurso, alega que, verificada a extinçaã o da pretensaã o punitiva


estatal, passa a falecer competeê ncia, ao magistrado, para avançar no conteué do de
sua prestaçaã o jurisdicional, visto que a partir de entaã o deixa o Estado de ter
legitimidade para exigir o adimplemento do Judiciaé rio aà causa ajuizada. Requer a
reforma da sentença (fls. 70/76)

4. Contrarrazoã es aà s fls. 80/84.

5. Subiram os autos a este Tribunal (fl. 86), onde o douto representante do


Ministeé rio Pué blico Federal exarou parecer, opinando pelo improvimento do recurso
(fls. 88/91).

EÉ o breve relatoé rio. Peço dia para julgamento.

GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

Relator

voto

1. Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso interposto.

2. A questaã o sob exame trata de mandado de segurança impetrado contra ato do


Diretor do Pessoal Militar da Marinha, que indeferiu o pedido de promoçoã es. O
impetrante alega que, tendo em vista a extinçaã o da punibilidade decretada nos
autos da açaã o criminal na qual era reé u, naã o haé como serem negadas as promoçoã es a
que faz jus, em ressarcimento de preteriçaã o.

3. O art. 142 da Constituiçaã o Federal, em seu § 1º, determina a ediçaã o de Lei


Complementar para estabelecer normas gerais a serem observadas na organizaçaã o
e gestaã o das Forças Armadas.

4. Com a finalidade de dar cumprimento a esta determinaçaã o, foi editada a Lei


Complementar 97/1999, que trata das regras gerais para a organizaçaã o, o preparo
e o emprego das Forças Armadas, a qual confere, aos respectivos Comandos da
Marinha, Aeronaé utica e Exeé rcito, a competeê ncia para dirigir e gerir a respectiva
Força.

5. Nos termos do art. 59 da Lei nº 6.880/80, “a promoção do militar feita em


ressarcimento de preterição é efetuada segundo os critérios de antiguidade ou
merecimento, recebendo o supostamente preterido um número que lhe competir na
escala hierárquica, como se houvesse sido promovido, na época devida, pelo critério
em que ora é feita sua promoção”.

6. EÉ manifesta a auseê ncia de direito líéquido e certo aà promoçaã o vindicada pelo


impetrante, cujos requisitos funcionais-militares envolvem apreciaçaã o de prova
complexa e remete a juizos de valor da Administraçaã o Militar, exarados dentro do
aê mbito estrito da discricionariedade administrativa.

7. O Poder Judiciaé rio pode e deve verificar eventuais atos ilegíétimos praticados pela
Administraçaã o militar, evitando arbitrariedades, poreé m, eé defeso adentrar o meé rito
administrativo a fim de aferir sua motivaçaã o, oportunidade em que lhe eé permitido
analisar apenas eventual transgressaã o a diploma legal, naã o tendo sido
demonstrado nos autos tal situaçaã o.

8. Ademais, em razaã o da autonomia entre as instaê ncias, a jurisprudeê ncia dominante


nas Cortes Federais considera que a independeê ncia entre as instaê ncias penal, civil e
administrativa, consagrada na doutrina, permite aà Administraçaã o impor puniçaã o
disciplinar ao servidor faltoso aà revelia de anterior julgamento no aê mbito criminal,
mesmo que a conduta imputada configure crime em tese. Somente em face da
negativa de autoria ou inexisteê ncia do fato, a sentença criminal produziraé efeitos na
seara administrativa.

Certo ainda, que “a eventual extinção da punibibidade na esfera criminal - in casu


pela suspensão condicional do processo - não obsta a aplicação da punição na esfera
administrativa (...)” e que “(...) A sanção administrativa é aplicada para
salvaguardar os interesses exclusivamente Funcionais da Administração Pública,
enquanto a sanção criminal destina-se à proteção da coletividade.” (RM5 18.188 – 5ª
Turma, unaê nime., Rel. Min. Gilson Dipp, DJU 29/05/2006, p. 0267).
10. Naã o haé provas, nos autos, que justifiquem a obrigatoriedade de se garantir a
matríécula do impetrante e, consequentemente, as promoçoã es pleiteadas, como
tambeé m entendido pelo douto Parquet neste Tribunal.

Isto posto, nego provimento ao recurso, para manter a sentença recorrida.

EÉ como voto.

GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

Relator

ementa

ADMINISTRATIVO. MILITAR DA MARINHA. PROMOÇOÃ ES POR RESSARCIMENTO


EM PRETERIÇAÃ O. EXTINÇAÃ O DA PUNIBILIDADE. INDEPENDEÊ NCIA ENTRE AS
INSTAÊ NCIAS CIVIL, PENAL E ADMINISTRATIVO.

1. A questaã o sob exame trata de mandado de segurança impetrado contra ato do


Diretor do Pessoal Militar da Marinha, que indeferiu o pedido de promoçoã es. O
impetrante alega que, tendo em vista a extinçaã o da punibilidade decretada nos
autos da açaã o criminal na qual era reé u, naã o haé como serem negadas as promoçoã es a
que faz jus, em ressarcimento de preteriçaã o.

2. EÉ manifesta a auseê ncia de direito líéquido e certo aà s promoçoã es vindicadas pelo


impetrante, cujos requisitos funcionais-militares envolvem apreciaçaã o de prova
complexa e remete a juizos de valor da Administraçaã o Militar, exarados dentro do
aê mbito estrito da discricionariedade administrativa.

3. O Poder Judiciaé rio pode e deve verificar eventuais atos ilegíétimos praticados pela
Administraçaã o militar, evitando arbitrariedades, poreé m, eé defeso adentrar o meé rito
administrativo a fim de aferir sua motivaçaã o, oportunidade em que lhe eé permitido
analisar apenas eventual transgressaã o a diploma legal, naã o tendo sido
demonstrado nos autos tal situaçaã o.
4. Em razaã o da autonomia entre as instaê ncias, eé permitido aà Administraçaã o impor
puniçaã o disciplinar ao servidor faltoso aà revelia de anterior julgamento no aê mbito
criminal, mesmo que a conduta imputada configure crime em tese. Somente em
face da negativa de autoria ou inexisteê ncia do fato, a sentença criminal produziraé
efeitos na seara administrativa.

5. Naã o haé provas, nos autos, que justifiquem a obrigatoriedade de se garantir a


matríécula do impetrante e, consequentemente, as promoçoã es pleiteadas, como
tambeé m entendido pelo douto Parquet neste Tribunal.

6. Recurso improvido.

acoé rdaã o

Vistos e relatados estes autos, em que saã o partes as acima indicadas, decide a Sexta
Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Regiaã o, por unanimidade,
negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator.

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2010 (data do julgamento).

GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

Relator

TRF-2 - APELAÇÃO CIVEL AC 200551100079187 RJ 2005.51.10.007918-7


(TRF-2)

Data de publicaçaã o: 18/10/2010

Ementa: ADMINISTRATIVO. MILITAR DA MARINHA. PROMOÇÕES POR


RESSARCIMENTO EM PRETERIÇÃO. EXTINÇAÃ O DA PUNIBILIDADE.
INDEPENDEÊ NCIA ENTRE AS INSTAÊ NCIAS CIVIL, PENAL E ADMINISTRATIVA. 1. O
autor, 3º Sargento da Marinha, ajuizou açaã o de conhecimento, de rito ordinaé rio
contra a Uniaã o Federal, objetivando ser promovido aà graduaçaã o de 2º Sargento,
com retroaçaã o a 7/12/2000 e ao pagamento de todos os valores atrasados
relativos aà s diferenças de remuneraçaã o entre a atual graduaçaã o e a pretendida.
Alega que, apesar de ter sido beneficiado pelo cumprimento do sursis processual,
tendo o processo criminal transitado em julgado em fevereiro de 2003, ficou
impossibilitado de adquirir qualquer promoçaã o, em ressarcimento de preterição
com relaçaã o a seus pares que, em processos criminais, tiveram decretada a
extinçaã o da punibilidade. 2. Em razaã o da autonomia entre as instaê ncias, a
jurisprudeê ncia dominante nas Cortes Federais considera que a independeê ncia
entre as instaê ncias penal, civil e administrativa, consagrada na doutrina, permite aà
Administraçaã o impor puniçaã o disciplinar ao servidor faltoso aà revelia de anterior
julgamento no aê mbito criminal, mesmo que a conduta imputada configure crime
em tese. Somente em face da negativa de autoria ou inexisteê ncia do fato, a sentença
criminal produziraé efeitos na seara administrativa. 3. O princíépio da legalidade que
norteia os atos emanados da Administraçaã o Pué blica foi observado no caso, que
deve ser analisado aà luz dos princíépios da disciplina e da hierarquia nas Forças
Armadas. 4. Segundo o art. 33 , II , do Decreto nº 4.034 /01, pelo qual o apelante
faria jus aà promoçaã o pleiteada, o ressarcimento em preterição apenas seraé dado
aà s praças nas especíéficas hipoé teses de absolviçaã o ou impronué ncia, o que naã o eé o
caso. Precedente do Egreé gio STJ. 5. Naã o haé provas, nos autos, que justifiquem a
obrigatoriedade de o apelante galgar a promoçaã o postulada. 6. Recurso improvido.

Adicione toé picos

Tribunal Regional Federal da 2ª Região TRF-2 - APELAÇÃO EM MANDADO DE


SEGURANÇA : AMS 200751010257255 RJ 2007.51.01.025725-5 - Inteiro
Teor

Inteiro Teor

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XII – APELAÇAÃ O EM MANDADO DE SEGURANÇA 2007.51.01.025725-5


1

RELATOR

DESEMBARGADOR FEDERAL GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

APELANTE

FELIPE DA SILVA ANTOÊ NIO

ADVOGADOS

MARCO ANTOÊ NIO ALMEIDA VIEGAS

APELADA

UNIAÃ O FEDERAL

ORIGEM

DEÉ CIMA NONA VARA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (200751010257255)

relatoé rio

1. Trata-se de recurso de apelaçaã o interposto por Felipe da Silva Antoê nio contra
sentença proferida pelo Juíézo da 19ª Vara Federal da Seçaã o Judiciaé ria do Rio de
Janeiro, que denegou a segurança postulada pelo apelante contra ato do Diretor do
Pessoal Militar da Marinha, que indeferiu o pedido de promoçoã es, em
ressarcimento de preteriçaã o, a partir do ano de 1998, tendo em vista a decisaã o
proferida pelo Juíézo da 7ª Vara Criminal de Beleé m, que declarou a extinçaã o da
punibilidade do apelante (fls. 60/64).

2. Em suas razoã es de recurso, alega que, verificada a extinçaã o da pretensaã o punitiva


estatal, passa a falecer competeê ncia, ao magistrado, para avançar no conteué do de
sua prestaçaã o jurisdicional, visto que a partir de entaã o deixa o Estado de ter
legitimidade para exigir o adimplemento do Judiciaé rio aà causa ajuizada. Requer a
reforma da sentença (fls. 70/76)

4. Contrarrazoã es aà s fls. 80/84.

5. Subiram os autos a este Tribunal (fl. 86), onde o douto representante do


Ministeé rio Pué blico Federal exarou parecer, opinando pelo improvimento do recurso
(fls. 88/91).

EÉ o breve relatoé rio. Peço dia para julgamento.

GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

Relator

voto

1. Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso interposto.

2. A questaã o sob exame trata de mandado de segurança impetrado contra ato do


Diretor do Pessoal Militar da Marinha, que indeferiu o pedido de promoçoã es. O
impetrante alega que, tendo em vista a extinçaã o da punibilidade decretada nos
autos da açaã o criminal na qual era reé u, naã o haé como serem negadas as promoçoã es a
que faz jus, em ressarcimento de preteriçaã o.

3. O art. 142 da Constituiçaã o Federal, em seu § 1º, determina a ediçaã o de Lei


Complementar para estabelecer normas gerais a serem observadas na organizaçaã o
e gestaã o das Forças Armadas.

4. Com a finalidade de dar cumprimento a esta determinaçaã o, foi editada a Lei


Complementar 97/1999, que trata das regras gerais para a organizaçaã o, o preparo
e o emprego das Forças Armadas, a qual confere, aos respectivos Comandos da
Marinha, Aeronaé utica e Exeé rcito, a competeê ncia para dirigir e gerir a respectiva
Força.

5. Nos termos do art. 59 da Lei nº 6.880/80, “a promoção do militar feita em


ressarcimento de preterição é efetuada segundo os critérios de antiguidade ou
merecimento, recebendo o supostamente preterido um número que lhe competir na
escala hierárquica, como se houvesse sido promovido, na época devida, pelo critério
em que ora é feita sua promoção”.

6. EÉ manifesta a auseê ncia de direito líéquido e certo aà promoçaã o vindicada pelo


impetrante, cujos requisitos funcionais-militares envolvem apreciaçaã o de prova
complexa e remete a juizos de valor da Administraçaã o Militar, exarados dentro do
aê mbito estrito da discricionariedade administrativa.

7. O Poder Judiciaé rio pode e deve verificar eventuais atos ilegíétimos praticados pela
Administraçaã o militar, evitando arbitrariedades, poreé m, eé defeso adentrar o meé rito
administrativo a fim de aferir sua motivaçaã o, oportunidade em que lhe eé permitido
analisar apenas eventual transgressaã o a diploma legal, naã o tendo sido
demonstrado nos autos tal situaçaã o.

8. Ademais, em razaã o da autonomia entre as instaê ncias, a jurisprudeê ncia dominante


nas Cortes Federais considera que a independeê ncia entre as instaê ncias penal, civil e
administrativa, consagrada na doutrina, permite aà Administraçaã o impor puniçaã o
disciplinar ao servidor faltoso aà revelia de anterior julgamento no aê mbito criminal,
mesmo que a conduta imputada configure crime em tese. Somente em face da
negativa de autoria ou inexisteê ncia do fato, a sentença criminal produziraé efeitos na
seara administrativa.

Certo ainda, que “a eventual extinção da punibibidade na esfera criminal - in casu


pela suspensão condicional do processo - não obsta a aplicação da punição na esfera
administrativa (...)” e que “(...) A sanção administrativa é aplicada para
salvaguardar os interesses exclusivamente Funcionais da Administração Pública,
enquanto a sanção criminal destina-se à proteção da coletividade.” (RM5 18.188 – 5ª
Turma, unaê nime., Rel. Min. Gilson Dipp, DJU 29/05/2006, p. 0267).
10. Naã o haé provas, nos autos, que justifiquem a obrigatoriedade de se garantir a
matríécula do impetrante e, consequentemente, as promoçoã es pleiteadas, como
tambeé m entendido pelo douto Parquet neste Tribunal.

Isto posto, nego provimento ao recurso, para manter a sentença recorrida.

EÉ como voto.

GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

Relator

ementa

ADMINISTRATIVO. MILITAR DA MARINHA. PROMOÇOÃ ES POR RESSARCIMENTO


EM PRETERIÇAÃ O. EXTINÇAÃ O DA PUNIBILIDADE. INDEPENDEÊ NCIA ENTRE AS
INSTAÊ NCIAS CIVIL, PENAL E ADMINISTRATIVO.

1. A questaã o sob exame trata de mandado de segurança impetrado contra ato do


Diretor do Pessoal Militar da Marinha, que indeferiu o pedido de promoçoã es. O
impetrante alega que, tendo em vista a extinçaã o da punibilidade decretada nos
autos da açaã o criminal na qual era reé u, naã o haé como serem negadas as promoçoã es a
que faz jus, em ressarcimento de preteriçaã o.

2. EÉ manifesta a auseê ncia de direito líéquido e certo aà s promoçoã es vindicadas pelo


impetrante, cujos requisitos funcionais-militares envolvem apreciaçaã o de prova
complexa e remete a juizos de valor da Administraçaã o Militar, exarados dentro do
aê mbito estrito da discricionariedade administrativa.

3. O Poder Judiciaé rio pode e deve verificar eventuais atos ilegíétimos praticados pela
Administraçaã o militar, evitando arbitrariedades, poreé m, eé defeso adentrar o meé rito
administrativo a fim de aferir sua motivaçaã o, oportunidade em que lhe eé permitido
analisar apenas eventual transgressaã o a diploma legal, naã o tendo sido
demonstrado nos autos tal situaçaã o.
4. Em razaã o da autonomia entre as instaê ncias, eé permitido aà Administraçaã o impor
puniçaã o disciplinar ao servidor faltoso aà revelia de anterior julgamento no aê mbito
criminal, mesmo que a conduta imputada configure crime em tese. Somente em
face da negativa de autoria ou inexisteê ncia do fato, a sentença criminal produziraé
efeitos na seara administrativa.

5. Naã o haé provas, nos autos, que justifiquem a obrigatoriedade de se garantir a


matríécula do impetrante e, consequentemente, as promoçoã es pleiteadas, como
tambeé m entendido pelo douto Parquet neste Tribunal.

6. Recurso improvido.

acoé rdaã o

Vistos e relatados estes autos, em que saã o partes as acima indicadas, decide a Sexta
Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Regiaã o, por unanimidade,
negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator.

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2010 (data do julgamento).

GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

Relator

TJ-DF - Apelação Cível APL 1639483720098070001 DF 0163948-


37.2009.807.0001 (TJ-DF)

Data de publicaçaã o: 08/03/2012

Ementa: POLIÉCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL - CURSO DE FORMAÇAÃ O DE


SARGENTOS - CABO - CRITEÉ RIO DE CONVOCAÇAÃ O - RECURSO CONHECIDO E
IMPROVIDO - SENTENÇA CONFIRMADA. 1) - NOS TERMOS DO ARTIGO 16 , DA LEI
7.289 /84, TEM QUE SE LEVAR EM CONTA, PARA EFEITO DE CONVOCAÇAÃ O PARA
FREQUÜ EÊ NCIA A CURSO DE FORMAÇAÃ O DE SARGENTOS, A ANTIGUIDADE NO
POSTO OU NA GRADUAÇAÃ O, NAÃ O SENDO TEMPO DE EFETIVO SERVIÇO CRITEÉ RIO
QUE POSSA SER OBSERVADO. 2) - NAÃ O SE DESINCUMBINDO OS RECORRENTES DO
OÊ NUS DE COMPROVAR O PREENCHIMENTO DE TODOS OS REQUISITOS LEGAIS
PARA O INGRESSO NO CURSO DE FORMAÇAÃ O DE SARGENTOS DA POLIÉCIA
MILITAR DO DISTRITO FEDERAL, NAÃ O PODE O PEDIDO DE RETROAÇAÃ O DE SUAS
PROMOÇÕES, EM RESSARCIMENTO DE PRETERIÇÃO, SER ATENDIDO. 3) -
RECURSO CONHECIDO E NAÃ O PROVIDO.

Adicione toé picos

Tribunal Regional Federal da 2ª Região TRF-2 - APELAÇÃO EM MANDADO DE


SEGURANÇA : AMS 200751010257255 RJ 2007.51.01.025725-5 - Inteiro
Teor

Inteiro Teor

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XII – APELAÇAÃ O EM MANDADO DE SEGURANÇA 2007.51.01.025725-5

RELATOR

DESEMBARGADOR FEDERAL GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

APELANTE

FELIPE DA SILVA ANTOÊ NIO

ADVOGADOS
:

MARCO ANTOÊ NIO ALMEIDA VIEGAS

APELADA

UNIAÃ O FEDERAL

ORIGEM

DEÉ CIMA NONA VARA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (200751010257255)

relatoé rio

1. Trata-se de recurso de apelaçaã o interposto por Felipe da Silva Antoê nio contra
sentença proferida pelo Juíézo da 19ª Vara Federal da Seçaã o Judiciaé ria do Rio de
Janeiro, que denegou a segurança postulada pelo apelante contra ato do Diretor do
Pessoal Militar da Marinha, que indeferiu o pedido de promoçoã es, em
ressarcimento de preteriçaã o, a partir do ano de 1998, tendo em vista a decisaã o
proferida pelo Juíézo da 7ª Vara Criminal de Beleé m, que declarou a extinçaã o da
punibilidade do apelante (fls. 60/64).

2. Em suas razoã es de recurso, alega que, verificada a extinçaã o da pretensaã o punitiva


estatal, passa a falecer competeê ncia, ao magistrado, para avançar no conteué do de
sua prestaçaã o jurisdicional, visto que a partir de entaã o deixa o Estado de ter
legitimidade para exigir o adimplemento do Judiciaé rio aà causa ajuizada. Requer a
reforma da sentença (fls. 70/76)

4. Contrarrazoã es aà s fls. 80/84.

5. Subiram os autos a este Tribunal (fl. 86), onde o douto representante do


Ministeé rio Pué blico Federal exarou parecer, opinando pelo improvimento do recurso
(fls. 88/91).
EÉ o breve relatoé rio. Peço dia para julgamento.

GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

Relator

voto

1. Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso interposto.

2. A questaã o sob exame trata de mandado de segurança impetrado contra ato do


Diretor do Pessoal Militar da Marinha, que indeferiu o pedido de promoçoã es. O
impetrante alega que, tendo em vista a extinçaã o da punibilidade decretada nos
autos da açaã o criminal na qual era reé u, naã o haé como serem negadas as promoçoã es a
que faz jus, em ressarcimento de preteriçaã o.

3. O art. 142 da Constituiçaã o Federal, em seu § 1º, determina a ediçaã o de Lei


Complementar para estabelecer normas gerais a serem observadas na organizaçaã o
e gestaã o das Forças Armadas.

4. Com a finalidade de dar cumprimento a esta determinaçaã o, foi editada a Lei


Complementar 97/1999, que trata das regras gerais para a organizaçaã o, o preparo
e o emprego das Forças Armadas, a qual confere, aos respectivos Comandos da
Marinha, Aeronaé utica e Exeé rcito, a competeê ncia para dirigir e gerir a respectiva
Força.

5. Nos termos do art. 59 da Lei nº 6.880/80, “a promoção do militar feita em


ressarcimento de preterição é efetuada segundo os critérios de antiguidade ou
merecimento, recebendo o supostamente preterido um número que lhe competir na
escala hierárquica, como se houvesse sido promovido, na época devida, pelo critério
em que ora é feita sua promoção”.

6. EÉ manifesta a auseê ncia de direito líéquido e certo aà promoçaã o vindicada pelo


impetrante, cujos requisitos funcionais-militares envolvem apreciaçaã o de prova
complexa e remete a juizos de valor da Administraçaã o Militar, exarados dentro do
aê mbito estrito da discricionariedade administrativa.
7. O Poder Judiciaé rio pode e deve verificar eventuais atos ilegíétimos praticados pela
Administraçaã o militar, evitando arbitrariedades, poreé m, eé defeso adentrar o meé rito
administrativo a fim de aferir sua motivaçaã o, oportunidade em que lhe eé permitido
analisar apenas eventual transgressaã o a diploma legal, naã o tendo sido
demonstrado nos autos tal situaçaã o.

8. Ademais, em razaã o da autonomia entre as instaê ncias, a jurisprudeê ncia dominante


nas Cortes Federais considera que a independeê ncia entre as instaê ncias penal, civil e
administrativa, consagrada na doutrina, permite aà Administraçaã o impor puniçaã o
disciplinar ao servidor faltoso aà revelia de anterior julgamento no aê mbito criminal,
mesmo que a conduta imputada configure crime em tese. Somente em face da
negativa de autoria ou inexisteê ncia do fato, a sentença criminal produziraé efeitos na
seara administrativa.

Certo ainda, que “a eventual extinção da punibibidade na esfera criminal - in casu


pela suspensão condicional do processo - não obsta a aplicação da punição na esfera
administrativa (...)” e que “(...) A sanção administrativa é aplicada para
salvaguardar os interesses exclusivamente Funcionais da Administração Pública,
enquanto a sanção criminal destina-se à proteção da coletividade.” (RM5 18.188 – 5ª
Turma, unaê nime., Rel. Min. Gilson Dipp, DJU 29/05/2006, p. 0267).

10. Naã o haé provas, nos autos, que justifiquem a obrigatoriedade de se garantir a
matríécula do impetrante e, consequentemente, as promoçoã es pleiteadas, como
tambeé m entendido pelo douto Parquet neste Tribunal.

Isto posto, nego provimento ao recurso, para manter a sentença recorrida.

EÉ como voto.

GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

Relator

ementa
ADMINISTRATIVO. MILITAR DA MARINHA. PROMOÇOÃ ES POR RESSARCIMENTO
EM PRETERIÇAÃ O. EXTINÇAÃ O DA PUNIBILIDADE. INDEPENDEÊ NCIA ENTRE AS
INSTAÊ NCIAS CIVIL, PENAL E ADMINISTRATIVO.

1. A questaã o sob exame trata de mandado de segurança impetrado contra ato do


Diretor do Pessoal Militar da Marinha, que indeferiu o pedido de promoçoã es. O
impetrante alega que, tendo em vista a extinçaã o da punibilidade decretada nos
autos da açaã o criminal na qual era reé u, naã o haé como serem negadas as promoçoã es a
que faz jus, em ressarcimento de preteriçaã o.

2. EÉ manifesta a auseê ncia de direito líéquido e certo aà s promoçoã es vindicadas pelo


impetrante, cujos requisitos funcionais-militares envolvem apreciaçaã o de prova
complexa e remete a juizos de valor da Administraçaã o Militar, exarados dentro do
aê mbito estrito da discricionariedade administrativa.

3. O Poder Judiciaé rio pode e deve verificar eventuais atos ilegíétimos praticados pela
Administraçaã o militar, evitando arbitrariedades, poreé m, eé defeso adentrar o meé rito
administrativo a fim de aferir sua motivaçaã o, oportunidade em que lhe eé permitido
analisar apenas eventual transgressaã o a diploma legal, naã o tendo sido
demonstrado nos autos tal situaçaã o.

4. Em razaã o da autonomia entre as instaê ncias, eé permitido aà Administraçaã o impor


puniçaã o disciplinar ao servidor faltoso aà revelia de anterior julgamento no aê mbito
criminal, mesmo que a conduta imputada configure crime em tese. Somente em
face da negativa de autoria ou inexisteê ncia do fato, a sentença criminal produziraé
efeitos na seara administrativa.

5. Naã o haé provas, nos autos, que justifiquem a obrigatoriedade de se garantir a


matríécula do impetrante e, consequentemente, as promoçoã es pleiteadas, como
tambeé m entendido pelo douto Parquet neste Tribunal.

6. Recurso improvido.

acoé rdaã o
Vistos e relatados estes autos, em que saã o partes as acima indicadas, decide a Sexta
Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Regiaã o, por unanimidade,
negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator.

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2010 (data do julgamento).

GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

Relator

TJ-DF - Apelação Cível APL 286610520098070001 DF 0028661-


05.2009.807.0001 (TJ-DF)

Data de publicaçaã o: 04/06/2012

Ementa: POLIÉCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL - CURSO DE FORMAÇAÃ O DE


SARGENTOS - CABO - CRITEÉ RIO DE CONVOCAÇAÃ O - CERCEAMENTO DE DEFESA -
PREQUESTIONAMENTO - RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO - SENTENÇA
CONFIRMADA. 1) - EM SE TRATANDO DE MATEÉ RIA PROBATOÉ RIA, CUMPRE
SALIENTAR QUE, SENDO A PROVA DIRIGIDA AO JUIZ, CABE A ELE ANALISAR SE OS
ELEMENTOS CONSTANTES DOS AUTOS SAÃ O OU NAÃ O SUFICIENTES AÀ FORMAÇAÃ O
DO SEU CONVENCIMENTO, NAÃ O LHE PODENDO IMPOR QUE DETERMINE A
PRODUÇAÃ O DE PROVAS QUE SABE NAÃ O SER UÉ TEIS. 2)- NOS TERMOS DO ARTIGO
16 , DA LEI 7.289 /84, TEM QUE SE LEVAR EM CONTA, PARA EFEITO DE
CONVOCAÇAÃ O PARA FREQUÜ EÊ NCIA A CURSO DE FORMAÇAÃ O DE SARGENTOS, A
ANTIGUIDADE NO POSTO OU NA GRADUAÇAÃ O, NAÃ O SENDO TEMPO DE EFETIVO
SERVIÇO CRITEÉ RIO QUE POSSA SER OBSERVADO. 3) - NAÃ O SE DESINCUMBINDO
OS RECORRENTES DO OÊ NUS DE COMPROVAR O PREENCHIMENTO DE TODOS OS
REQUISITOS LEGAIS PARA O INGRESSO NO CURSO DE FORMAÇAÃ O DE SARGENTOS
DA POLIÉCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL, NAÃ O PODE O PEDIDO DE
RETROAÇAÃ O DE SUAS PROMOÇÕES, EM RESSARCIMENTO DE PRETERIÇÃO, SER
ATENDIDO. 4) - O PREQUESTIONAMENTO QUE SE EXIGE, QUE POSSIBILITA O
OFERECIMENTO DE RECURSOS EXTRAORDINAÉ RIO E ESPECIAL, EÉ TER SIDO A
MATEÉ RIA QUE PERMITIRIA A APRESENTAÇAÃ O DOS RECURSOS LEMBRADA,
VENTILADA PELAS P ARTES, OU POR UMA DELAS, NAÃ O SENDO EXIGEÊ NCIA, PARA
QUE ELA SE FAÇA PRESENTE, MANIFESTAÇAÃ O EXPLIÉCITA DO OÉ RGAÃ O JULGADOR
SOBRE O TEMA. 5) - RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.

Adicione toé picos

Tribunal Regional Federal da 2ª Região TRF-2 - APELAÇÃO EM MANDADO DE


SEGURANÇA : AMS 200751010257255 RJ 2007.51.01.025725-5 - Inteiro
Teor

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XII – APELAÇAÃ O EM MANDADO DE SEGURANÇA 2007.51.01.025725-5

RELATOR

DESEMBARGADOR FEDERAL GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

APELANTE

FELIPE DA SILVA ANTOÊ NIO

ADVOGADOS

MARCO ANTOÊ NIO ALMEIDA VIEGAS


APELADA

UNIAÃ O FEDERAL

ORIGEM

DEÉ CIMA NONA VARA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (200751010257255)

relatoé rio

1. Trata-se de recurso de apelaçaã o interposto por Felipe da Silva Antoê nio contra
sentença proferida pelo Juíézo da 19ª Vara Federal da Seçaã o Judiciaé ria do Rio de
Janeiro, que denegou a segurança postulada pelo apelante contra ato do Diretor do
Pessoal Militar da Marinha, que indeferiu o pedido de promoçoã es, em
ressarcimento de preteriçaã o, a partir do ano de 1998, tendo em vista a decisaã o
proferida pelo Juíézo da 7ª Vara Criminal de Beleé m, que declarou a extinçaã o da
punibilidade do apelante (fls. 60/64).

2. Em suas razoã es de recurso, alega que, verificada a extinçaã o da pretensaã o punitiva


estatal, passa a falecer competeê ncia, ao magistrado, para avançar no conteué do de
sua prestaçaã o jurisdicional, visto que a partir de entaã o deixa o Estado de ter
legitimidade para exigir o adimplemento do Judiciaé rio aà causa ajuizada. Requer a
reforma da sentença (fls. 70/76)

4. Contrarrazoã es aà s fls. 80/84.

5. Subiram os autos a este Tribunal (fl. 86), onde o douto representante do


Ministeé rio Pué blico Federal exarou parecer, opinando pelo improvimento do recurso
(fls. 88/91).

EÉ o breve relatoé rio. Peço dia para julgamento.

GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA


Relator

voto

1. Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso interposto.

2. A questaã o sob exame trata de mandado de segurança impetrado contra ato do


Diretor do Pessoal Militar da Marinha, que indeferiu o pedido de promoçoã es. O
impetrante alega que, tendo em vista a extinçaã o da punibilidade decretada nos
autos da açaã o criminal na qual era reé u, naã o haé como serem negadas as promoçoã es a
que faz jus, em ressarcimento de preteriçaã o.

3. O art. 142 da Constituiçaã o Federal, em seu § 1º, determina a ediçaã o de Lei


Complementar para estabelecer normas gerais a serem observadas na organizaçaã o
e gestaã o das Forças Armadas.

4. Com a finalidade de dar cumprimento a esta determinaçaã o, foi editada a Lei


Complementar 97/1999, que trata das regras gerais para a organizaçaã o, o preparo
e o emprego das Forças Armadas, a qual confere, aos respectivos Comandos da
Marinha, Aeronaé utica e Exeé rcito, a competeê ncia para dirigir e gerir a respectiva
Força.

5. Nos termos do art. 59 da Lei nº 6.880/80, “a promoção do militar feita em


ressarcimento de preterição é efetuada segundo os critérios de antiguidade ou
merecimento, recebendo o supostamente preterido um número que lhe competir na
escala hierárquica, como se houvesse sido promovido, na época devida, pelo critério
em que ora é feita sua promoção”.

6. EÉ manifesta a auseê ncia de direito líéquido e certo aà promoçaã o vindicada pelo


impetrante, cujos requisitos funcionais-militares envolvem apreciaçaã o de prova
complexa e remete a juizos de valor da Administraçaã o Militar, exarados dentro do
aê mbito estrito da discricionariedade administrativa.

7. O Poder Judiciaé rio pode e deve verificar eventuais atos ilegíétimos praticados pela
Administraçaã o militar, evitando arbitrariedades, poreé m, eé defeso adentrar o meé rito
administrativo a fim de aferir sua motivaçaã o, oportunidade em que lhe eé permitido
analisar apenas eventual transgressaã o a diploma legal, naã o tendo sido
demonstrado nos autos tal situaçaã o.

8. Ademais, em razaã o da autonomia entre as instaê ncias, a jurisprudeê ncia dominante


nas Cortes Federais considera que a independeê ncia entre as instaê ncias penal, civil e
administrativa, consagrada na doutrina, permite aà Administraçaã o impor puniçaã o
disciplinar ao servidor faltoso aà revelia de anterior julgamento no aê mbito criminal,
mesmo que a conduta imputada configure crime em tese. Somente em face da
negativa de autoria ou inexisteê ncia do fato, a sentença criminal produziraé efeitos na
seara administrativa.

Certo ainda, que “a eventual extinção da punibibidade na esfera criminal - in casu


pela suspensão condicional do processo - não obsta a aplicação da punição na esfera
administrativa (...)” e que “(...) A sanção administrativa é aplicada para
salvaguardar os interesses exclusivamente Funcionais da Administração Pública,
enquanto a sanção criminal destina-se à proteção da coletividade.” (RM5 18.188 – 5ª
Turma, unaê nime., Rel. Min. Gilson Dipp, DJU 29/05/2006, p. 0267).

10. Naã o haé provas, nos autos, que justifiquem a obrigatoriedade de se garantir a
matríécula do impetrante e, consequentemente, as promoçoã es pleiteadas, como
tambeé m entendido pelo douto Parquet neste Tribunal.

Isto posto, nego provimento ao recurso, para manter a sentença recorrida.

EÉ como voto.

GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

Relator

ementa

ADMINISTRATIVO. MILITAR DA MARINHA. PROMOÇOÃ ES POR RESSARCIMENTO


EM PRETERIÇAÃ O. EXTINÇAÃ O DA PUNIBILIDADE. INDEPENDEÊ NCIA ENTRE AS
INSTAÊ NCIAS CIVIL, PENAL E ADMINISTRATIVO.
1. A questaã o sob exame trata de mandado de segurança impetrado contra ato do
Diretor do Pessoal Militar da Marinha, que indeferiu o pedido de promoçoã es. O
impetrante alega que, tendo em vista a extinçaã o da punibilidade decretada nos
autos da açaã o criminal na qual era reé u, naã o haé como serem negadas as promoçoã es a
que faz jus, em ressarcimento de preteriçaã o.

2. EÉ manifesta a auseê ncia de direito líéquido e certo aà s promoçoã es vindicadas pelo


impetrante, cujos requisitos funcionais-militares envolvem apreciaçaã o de prova
complexa e remete a juizos de valor da Administraçaã o Militar, exarados dentro do
aê mbito estrito da discricionariedade administrativa.

3. O Poder Judiciaé rio pode e deve verificar eventuais atos ilegíétimos praticados pela
Administraçaã o militar, evitando arbitrariedades, poreé m, eé defeso adentrar o meé rito
administrativo a fim de aferir sua motivaçaã o, oportunidade em que lhe eé permitido
analisar apenas eventual transgressaã o a diploma legal, naã o tendo sido
demonstrado nos autos tal situaçaã o.

4. Em razaã o da autonomia entre as instaê ncias, eé permitido aà Administraçaã o impor


puniçaã o disciplinar ao servidor faltoso aà revelia de anterior julgamento no aê mbito
criminal, mesmo que a conduta imputada configure crime em tese. Somente em
face da negativa de autoria ou inexisteê ncia do fato, a sentença criminal produziraé
efeitos na seara administrativa.

5. Naã o haé provas, nos autos, que justifiquem a obrigatoriedade de se garantir a


matríécula do impetrante e, consequentemente, as promoçoã es pleiteadas, como
tambeé m entendido pelo douto Parquet neste Tribunal.

6. Recurso improvido.

acoé rdaã o

Vistos e relatados estes autos, em que saã o partes as acima indicadas, decide a Sexta
Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Regiaã o, por unanimidade,
negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator.

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2010 (data do julgamento).


GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

Relator

TJ-DF - Apelação Cível APL 386027620098070001 DF 0038602-


76.2009.807.0001 (TJ-DF)

Data de publicaçaã o: 11/03/2011

Ementa: APELAÇAÃ O CIÉVEL - ADMINISTRATIVO - BOMBEIROS MILITARES DO


DISTRITO FEDERAL - PROMOÇAÃ O EM RESSARCIMENTO - PRETERIÇÃO. 1. A
HIERARQUIA E PROMOÇAÃ O DAS PRAÇAS NA CORPORAÇAÃ O DOS BOMBEIROS
MILITARES DO DISTRITO FEDERAL PODE OCORRER POR ANTIGUIDADE, A QUAL
EÉ AFERIDA PELA PRECEDEÊ NCIA HIERAÉ RQUICA DE UM GRADUADO SOBRE OS
DEMAIS DE IGUAL GRADUAÇAÃ O, DENTRO DA MESMA QUALIFICAÇAÃ O BOMBEIROS
MILITARES (LEI Nº 7.479 /86, ARTS. 16 E 62 C/C DECRETO 10.174 /87, ART. 5º ).
2. NAÃ O HAÉ PRETERIÇÃO AO DIREITO DE PROMOÇAÃ O QUANDO A PRAÇA,
SUPOSTAMENTE PRETERIDA, NAÃ O ESTAVA NA MESMA QUALIFICAÇAÃ O QUE AS
PRAÇAS PARADIGMAS. 3. HAÉ PRETERIÇÃO QUANDO UM BOMBEIRO MILITAR EÉ
PROMOVIDO EM DETRIMENTO DE OUTROS BOMBEIROS MILITARES MAIS
ANTIGOS, NA MESMA GRADUAÇAÃ O (CABO) E QUALIFICAÇAÃ O (COMBATENTES), SE
AQUELE FOI CONVOCADO PARA P ARTICIPAR DO CURSO DE FORMAÇAÃ O DE
SARGENTOS PELO CRITEÉ RIO DE TEMPO DE SERVIÇO E NAÃ O PELO CRITEÉ RIO DE
ANTIGUIDADE. 4. NEGOU-SE PROVIMENTO AO APELO DE UM DOS AUTORES E
DEU-SE PROVIMENTO AO APELO DOS DEMAIS PARA JULGAR PROCEDENTE O
PEDIDO INICIAL E CONDENAR O DF A EFETUAR SUAS PROMOÇÕES EM
RESSARCIMENTO DE PRETERIÇÃO AÀ GRADUAÇAÃ O DE 3º SARGENTO E A PAGAR-
LHES AS DIFERENÇAS ENTRE O QUE RECEBERAM COMO "CABOS" E O QUE
DEVERIAM TER RECEBIDO COMO "3º SARGENTO".

Adicione toé picos


Tribunal Regional Federal da 2ª Região TRF-2 - APELAÇÃO EM MANDADO DE
SEGURANÇA : AMS 200751010257255 RJ 2007.51.01.025725-5 - Inteiro
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XII – APELAÇAÃ O EM MANDADO DE SEGURANÇA 2007.51.01.025725-5

RELATOR

DESEMBARGADOR FEDERAL GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

APELANTE

FELIPE DA SILVA ANTOÊ NIO

ADVOGADOS

MARCO ANTOÊ NIO ALMEIDA VIEGAS

APELADA

UNIAÃ O FEDERAL
ORIGEM

DEÉ CIMA NONA VARA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (200751010257255)

relatoé rio

1. Trata-se de recurso de apelaçaã o interposto por Felipe da Silva Antoê nio contra
sentença proferida pelo Juíézo da 19ª Vara Federal da Seçaã o Judiciaé ria do Rio de
Janeiro, que denegou a segurança postulada pelo apelante contra ato do Diretor do
Pessoal Militar da Marinha, que indeferiu o pedido de promoçoã es, em
ressarcimento de preteriçaã o, a partir do ano de 1998, tendo em vista a decisaã o
proferida pelo Juíézo da 7ª Vara Criminal de Beleé m, que declarou a extinçaã o da
punibilidade do apelante (fls. 60/64).

2. Em suas razoã es de recurso, alega que, verificada a extinçaã o da pretensaã o punitiva


estatal, passa a falecer competeê ncia, ao magistrado, para avançar no conteué do de
sua prestaçaã o jurisdicional, visto que a partir de entaã o deixa o Estado de ter
legitimidade para exigir o adimplemento do Judiciaé rio aà causa ajuizada. Requer a
reforma da sentença (fls. 70/76)

4. Contrarrazoã es aà s fls. 80/84.

5. Subiram os autos a este Tribunal (fl. 86), onde o douto representante do


Ministeé rio Pué blico Federal exarou parecer, opinando pelo improvimento do recurso
(fls. 88/91).

EÉ o breve relatoé rio. Peço dia para julgamento.

GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

Relator

voto

1. Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso interposto.


2. A questaã o sob exame trata de mandado de segurança impetrado contra ato do
Diretor do Pessoal Militar da Marinha, que indeferiu o pedido de promoçoã es. O
impetrante alega que, tendo em vista a extinçaã o da punibilidade decretada nos
autos da açaã o criminal na qual era reé u, naã o haé como serem negadas as promoçoã es a
que faz jus, em ressarcimento de preteriçaã o.

3. O art. 142 da Constituiçaã o Federal, em seu § 1º, determina a ediçaã o de Lei


Complementar para estabelecer normas gerais a serem observadas na organizaçaã o
e gestaã o das Forças Armadas.

4. Com a finalidade de dar cumprimento a esta determinaçaã o, foi editada a Lei


Complementar 97/1999, que trata das regras gerais para a organizaçaã o, o preparo
e o emprego das Forças Armadas, a qual confere, aos respectivos Comandos da
Marinha, Aeronaé utica e Exeé rcito, a competeê ncia para dirigir e gerir a respectiva
Força.

5. Nos termos do art. 59 da Lei nº 6.880/80, “a promoção do militar feita em


ressarcimento de preterição é efetuada segundo os critérios de antiguidade ou
merecimento, recebendo o supostamente preterido um número que lhe competir na
escala hierárquica, como se houvesse sido promovido, na época devida, pelo critério
em que ora é feita sua promoção”.

6. EÉ manifesta a auseê ncia de direito líéquido e certo aà promoçaã o vindicada pelo


impetrante, cujos requisitos funcionais-militares envolvem apreciaçaã o de prova
complexa e remete a juizos de valor da Administraçaã o Militar, exarados dentro do
aê mbito estrito da discricionariedade administrativa.

7. O Poder Judiciaé rio pode e deve verificar eventuais atos ilegíétimos praticados pela
Administraçaã o militar, evitando arbitrariedades, poreé m, eé defeso adentrar o meé rito
administrativo a fim de aferir sua motivaçaã o, oportunidade em que lhe eé permitido
analisar apenas eventual transgressaã o a diploma legal, naã o tendo sido
demonstrado nos autos tal situaçaã o.

8. Ademais, em razaã o da autonomia entre as instaê ncias, a jurisprudeê ncia dominante


nas Cortes Federais considera que a independeê ncia entre as instaê ncias penal, civil e
administrativa, consagrada na doutrina, permite aà Administraçaã o impor puniçaã o
disciplinar ao servidor faltoso aà revelia de anterior julgamento no aê mbito criminal,
mesmo que a conduta imputada configure crime em tese. Somente em face da
negativa de autoria ou inexisteê ncia do fato, a sentença criminal produziraé efeitos na
seara administrativa.

Certo ainda, que “a eventual extinção da punibibidade na esfera criminal - in casu


pela suspensão condicional do processo - não obsta a aplicação da punição na esfera
administrativa (...)” e que “(...) A sanção administrativa é aplicada para
salvaguardar os interesses exclusivamente Funcionais da Administração Pública,
enquanto a sanção criminal destina-se à proteção da coletividade.” (RM5 18.188 – 5ª
Turma, unaê nime., Rel. Min. Gilson Dipp, DJU 29/05/2006, p. 0267).

10. Naã o haé provas, nos autos, que justifiquem a obrigatoriedade de se garantir a
matríécula do impetrante e, consequentemente, as promoçoã es pleiteadas, como
tambeé m entendido pelo douto Parquet neste Tribunal.

Isto posto, nego provimento ao recurso, para manter a sentença recorrida.

EÉ como voto.

GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

Relator

ementa

ADMINISTRATIVO. MILITAR DA MARINHA. PROMOÇOÃ ES POR RESSARCIMENTO


EM PRETERIÇAÃ O. EXTINÇAÃ O DA PUNIBILIDADE. INDEPENDEÊ NCIA ENTRE AS
INSTAÊ NCIAS CIVIL, PENAL E ADMINISTRATIVO.

1. A questaã o sob exame trata de mandado de segurança impetrado contra ato do


Diretor do Pessoal Militar da Marinha, que indeferiu o pedido de promoçoã es. O
impetrante alega que, tendo em vista a extinçaã o da punibilidade decretada nos
autos da açaã o criminal na qual era reé u, naã o haé como serem negadas as promoçoã es a
que faz jus, em ressarcimento de preteriçaã o.
2. EÉ manifesta a auseê ncia de direito líéquido e certo aà s promoçoã es vindicadas pelo
impetrante, cujos requisitos funcionais-militares envolvem apreciaçaã o de prova
complexa e remete a juizos de valor da Administraçaã o Militar, exarados dentro do
aê mbito estrito da discricionariedade administrativa.

3. O Poder Judiciaé rio pode e deve verificar eventuais atos ilegíétimos praticados pela
Administraçaã o militar, evitando arbitrariedades, poreé m, eé defeso adentrar o meé rito
administrativo a fim de aferir sua motivaçaã o, oportunidade em que lhe eé permitido
analisar apenas eventual transgressaã o a diploma legal, naã o tendo sido
demonstrado nos autos tal situaçaã o.

4. Em razaã o da autonomia entre as instaê ncias, eé permitido aà Administraçaã o impor


puniçaã o disciplinar ao servidor faltoso aà revelia de anterior julgamento no aê mbito
criminal, mesmo que a conduta imputada configure crime em tese. Somente em
face da negativa de autoria ou inexisteê ncia do fato, a sentença criminal produziraé
efeitos na seara administrativa.

5. Naã o haé provas, nos autos, que justifiquem a obrigatoriedade de se garantir a


matríécula do impetrante e, consequentemente, as promoçoã es pleiteadas, como
tambeé m entendido pelo douto Parquet neste Tribunal.

6. Recurso improvido.

acoé rdaã o

Vistos e relatados estes autos, em que saã o partes as acima indicadas, decide a Sexta
Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Regiaã o, por unanimidade,
negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator.

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2010 (data do julgamento).

GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

Relator
TRF-2 - APELAÇÃO CIVEL AC 200951010077705 RJ 2009.51.01.007770-5
(TRF-2)

Data de publicaçaã o: 12/11/2010

Ementa: MILITAR. MUÉ SICO. PROMOÇAÃ O. ATO DISCRICIONAÉ RIO. PRETERIÇÃO.


NAÃ O CARACTERIZADA. INTERSTIÉCIO MIÉNIMO. ISONOMIA. DESCABIMENTO.
Hipoé tese na qual o autor busca a retificaçaã o das datas de suas promoções, em
ressarcimento de preterição, observando-se os interstíécios míénimos do Corpo de
Fuzileiros Navais, bem como, o pagamento dos proventos atrasados. A promoçaã o
do militar eé direito que pressupoã e a verificaçaã o das condiçoã es e limitaçoã es
impostas na legislaçaã o e regulamentaçaã o especíéficas. A fixaçaã o desses pressupostos
eé ato administrativo interno, naã o cabendo ao Judiciaé rio adentrar o seu meé rito, a
pretexto de examinar a sua convenieê ncia ou oportunidade. Cabe apenas apreciar a
sua legalidade. Ademais, o períéodo míénimo que o militar deveraé permanecer
obrigatoriamente em cada graduaçaã o para ser promovido naã o confere direito
automaé tico aà promoçaã o: constitui somente um dos requisitos indispensaé veis a
serem preenchidos. A isonomia pressupoã e soluçoã es ideê nticas para situaçoã es
ideê nticas; naã o se revela pela simples coincideê ncia entre os nomes dos quadros ou
das graduaçoã es, sem que observada a forma de ingresso e o quadro de origem. Naã o
cabe ao Poder Judiciaé rio igualar situaçoã es que a proé pria norma distinguiu por
convenieê ncia da proé pria Força Armada. O Autor tambeé m naã o comprovou que tenha
sido de alguma forma preterido. Nada indica que a Administraçaã o Militar tenha
atuado de forma ilegal. Apelo desprovido.

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Tribunal Regional Federal da 2ª Região TRF-2 - APELAÇÃO EM MANDADO DE


SEGURANÇA : AMS 200751010257255 RJ 2007.51.01.025725-5 - Inteiro
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RELATOR

DESEMBARGADOR FEDERAL GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

APELANTE

FELIPE DA SILVA ANTOÊ NIO

ADVOGADOS

MARCO ANTOÊ NIO ALMEIDA VIEGAS

APELADA

UNIAÃ O FEDERAL

ORIGEM

DEÉ CIMA NONA VARA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (200751010257255)

relatoé rio
1. Trata-se de recurso de apelaçaã o interposto por Felipe da Silva Antoê nio contra
sentença proferida pelo Juíézo da 19ª Vara Federal da Seçaã o Judiciaé ria do Rio de
Janeiro, que denegou a segurança postulada pelo apelante contra ato do Diretor do
Pessoal Militar da Marinha, que indeferiu o pedido de promoçoã es, em
ressarcimento de preteriçaã o, a partir do ano de 1998, tendo em vista a decisaã o
proferida pelo Juíézo da 7ª Vara Criminal de Beleé m, que declarou a extinçaã o da
punibilidade do apelante (fls. 60/64).

2. Em suas razoã es de recurso, alega que, verificada a extinçaã o da pretensaã o punitiva


estatal, passa a falecer competeê ncia, ao magistrado, para avançar no conteué do de
sua prestaçaã o jurisdicional, visto que a partir de entaã o deixa o Estado de ter
legitimidade para exigir o adimplemento do Judiciaé rio aà causa ajuizada. Requer a
reforma da sentença (fls. 70/76)

4. Contrarrazoã es aà s fls. 80/84.

5. Subiram os autos a este Tribunal (fl. 86), onde o douto representante do


Ministeé rio Pué blico Federal exarou parecer, opinando pelo improvimento do recurso
(fls. 88/91).

EÉ o breve relatoé rio. Peço dia para julgamento.

GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

Relator

voto

1. Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso interposto.

2. A questaã o sob exame trata de mandado de segurança impetrado contra ato do


Diretor do Pessoal Militar da Marinha, que indeferiu o pedido de promoçoã es. O
impetrante alega que, tendo em vista a extinçaã o da punibilidade decretada nos
autos da açaã o criminal na qual era reé u, naã o haé como serem negadas as promoçoã es a
que faz jus, em ressarcimento de preteriçaã o.
3. O art. 142 da Constituiçaã o Federal, em seu § 1º, determina a ediçaã o de Lei
Complementar para estabelecer normas gerais a serem observadas na organizaçaã o
e gestaã o das Forças Armadas.

4. Com a finalidade de dar cumprimento a esta determinaçaã o, foi editada a Lei


Complementar 97/1999, que trata das regras gerais para a organizaçaã o, o preparo
e o emprego das Forças Armadas, a qual confere, aos respectivos Comandos da
Marinha, Aeronaé utica e Exeé rcito, a competeê ncia para dirigir e gerir a respectiva
Força.

5. Nos termos do art. 59 da Lei nº 6.880/80, “a promoção do militar feita em


ressarcimento de preterição é efetuada segundo os critérios de antiguidade ou
merecimento, recebendo o supostamente preterido um número que lhe competir na
escala hierárquica, como se houvesse sido promovido, na época devida, pelo critério
em que ora é feita sua promoção”.

6. EÉ manifesta a auseê ncia de direito líéquido e certo aà promoçaã o vindicada pelo


impetrante, cujos requisitos funcionais-militares envolvem apreciaçaã o de prova
complexa e remete a juizos de valor da Administraçaã o Militar, exarados dentro do
aê mbito estrito da discricionariedade administrativa.

7. O Poder Judiciaé rio pode e deve verificar eventuais atos ilegíétimos praticados pela
Administraçaã o militar, evitando arbitrariedades, poreé m, eé defeso adentrar o meé rito
administrativo a fim de aferir sua motivaçaã o, oportunidade em que lhe eé permitido
analisar apenas eventual transgressaã o a diploma legal, naã o tendo sido
demonstrado nos autos tal situaçaã o.

8. Ademais, em razaã o da autonomia entre as instaê ncias, a jurisprudeê ncia dominante


nas Cortes Federais considera que a independeê ncia entre as instaê ncias penal, civil e
administrativa, consagrada na doutrina, permite aà Administraçaã o impor puniçaã o
disciplinar ao servidor faltoso aà revelia de anterior julgamento no aê mbito criminal,
mesmo que a conduta imputada configure crime em tese. Somente em face da
negativa de autoria ou inexisteê ncia do fato, a sentença criminal produziraé efeitos na
seara administrativa.
Certo ainda, que “a eventual extinção da punibibidade na esfera criminal - in casu
pela suspensão condicional do processo - não obsta a aplicação da punição na esfera
administrativa (...)” e que “(...) A sanção administrativa é aplicada para
salvaguardar os interesses exclusivamente Funcionais da Administração Pública,
enquanto a sanção criminal destina-se à proteção da coletividade.” (RM5 18.188 – 5ª
Turma, unaê nime., Rel. Min. Gilson Dipp, DJU 29/05/2006, p. 0267).

10. Naã o haé provas, nos autos, que justifiquem a obrigatoriedade de se garantir a
matríécula do impetrante e, consequentemente, as promoçoã es pleiteadas, como
tambeé m entendido pelo douto Parquet neste Tribunal.

Isto posto, nego provimento ao recurso, para manter a sentença recorrida.

EÉ como voto.

GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

Relator

ementa

ADMINISTRATIVO. MILITAR DA MARINHA. PROMOÇOÃ ES POR RESSARCIMENTO


EM PRETERIÇAÃ O. EXTINÇAÃ O DA PUNIBILIDADE. INDEPENDEÊ NCIA ENTRE AS
INSTAÊ NCIAS CIVIL, PENAL E ADMINISTRATIVO.

1. A questaã o sob exame trata de mandado de segurança impetrado contra ato do


Diretor do Pessoal Militar da Marinha, que indeferiu o pedido de promoçoã es. O
impetrante alega que, tendo em vista a extinçaã o da punibilidade decretada nos
autos da açaã o criminal na qual era reé u, naã o haé como serem negadas as promoçoã es a
que faz jus, em ressarcimento de preteriçaã o.

2. EÉ manifesta a auseê ncia de direito líéquido e certo aà s promoçoã es vindicadas pelo


impetrante, cujos requisitos funcionais-militares envolvem apreciaçaã o de prova
complexa e remete a juizos de valor da Administraçaã o Militar, exarados dentro do
aê mbito estrito da discricionariedade administrativa.
3. O Poder Judiciaé rio pode e deve verificar eventuais atos ilegíétimos praticados pela
Administraçaã o militar, evitando arbitrariedades, poreé m, eé defeso adentrar o meé rito
administrativo a fim de aferir sua motivaçaã o, oportunidade em que lhe eé permitido
analisar apenas eventual transgressaã o a diploma legal, naã o tendo sido
demonstrado nos autos tal situaçaã o.

4. Em razaã o da autonomia entre as instaê ncias, eé permitido aà Administraçaã o impor


puniçaã o disciplinar ao servidor faltoso aà revelia de anterior julgamento no aê mbito
criminal, mesmo que a conduta imputada configure crime em tese. Somente em
face da negativa de autoria ou inexisteê ncia do fato, a sentença criminal produziraé
efeitos na seara administrativa.

5. Naã o haé provas, nos autos, que justifiquem a obrigatoriedade de se garantir a


matríécula do impetrante e, consequentemente, as promoçoã es pleiteadas, como
tambeé m entendido pelo douto Parquet neste Tribunal.

6. Recurso improvido.

acoé rdaã o

Vistos e relatados estes autos, em que saã o partes as acima indicadas, decide a Sexta
Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Regiaã o, por unanimidade,
negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator.

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2010 (data do julgamento).

GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

Relator

TRF-2 - APELAÇÃO CIVEL AC 139880 97.02.17087-7 (TRF-2)

Data de publicaçaã o: 22/07/2003

Ementa: AÇAÃ O ORDINAÉ RIA - MINISTEÉ RIO DA AERONAÉ UTICA - INTEGRAÇAÃ O NO


QUADRO DE SUBOFICIAIS E SARGENTOS DA ATIVA - PROMOÇÕES EM
RESSARCIMENTO DE PRETERIÇÃO - PAGAMENTO DE DIFERENÇAS DE SOLDO E
VANTAGENS. I - Como se observa, a Lei 3.953/61 apenas dispensou do curso de
especializaçaã o, sem que fossem relevadas as demais exigeê ncias, aqueles militares
que jaé eram taifeiros antes de 02.09.61, o que naã o ocorre em relaçaã o aos autores. II
- A exigeê ncia do curso de especializaçaã o, de seleçaã o, de habilitaçaã o e
aperfeiçoamento dos candidatos taifeiros, aplica-se aos autores, jaé que todos
ingressaram na Aeronaé utica apoé s o advento do referido diploma legal. III -
Apelaçaã o a que se nega provimento

TRF-2 - APELAÇÃO CIVEL AC 323260 RJ 2000.51.02.003732-4 (TRF-2)

Data de publicaçaã o: 11/04/2008

Ementa: do citado “Curso de Aperfeiçoamento”, em virtude de naã o ter apresentado


o Certificado de Conclusaã o do 2o Grau. Inconteste, portanto, que o oê nus pelo
impedimento da matríécula haé que ser imputado ao proé prio militar, que naã o
apresentou, na eé poca oportuna, a documentaçaã o necessaé ria aà efetivaçaã o daquele
ato. V – Via de consequü eê ncia, naã o haé falar em direito a promoçaã o aà graduaçaã o de 1o
Sargento, na medida em que a habilitaçaã o no “Curso de Aperfeiçoamento” eé
requisito essencial para o acesso a tal graduaçaã o; e, tampouco, inviaé vel promoçaã o aà
graduaçaã o de Suboficial, que tem por pressuposto a habilitaçaã o do 1o Sargento no
“Curso Especial de Habilitaçaã o para Promoçaã o (C-Esp-Hab)”. VI – Logo, naã o tendo o
militar logrado eê xito em comprovar alguma irregularidade que possa macular de
ilegalidade o ato de suas promoções, incabíével o reconhecimento do direito a
promoções em ressarcimento de preterição, sucessivamente aà s graduaçoã es de
1o Sargento e de Suboficial; bem como sem propoé sito a caracterizaçaã o do dano
moral, em vista da licitude do ato da Administraçaã o Militar. VII – Apelaçaã o
desprovida.

Adicione toé picos

Tribunal Regional Federal da 2ª Região TRF-2 - APELAÇÃO EM MANDADO DE


SEGURANÇA : AMS 200751010257255 RJ 2007.51.01.025725-5 - Inteiro
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XII – APELAÇAÃ O EM MANDADO DE SEGURANÇA 2007.51.01.025725-5

RELATOR

DESEMBARGADOR FEDERAL GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

APELANTE

FELIPE DA SILVA ANTOÊ NIO

ADVOGADOS

MARCO ANTOÊ NIO ALMEIDA VIEGAS

APELADA

UNIAÃ O FEDERAL

ORIGEM

DEÉ CIMA NONA VARA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (200751010257255)


relatoé rio

1. Trata-se de recurso de apelaçaã o interposto por Felipe da Silva Antoê nio contra
sentença proferida pelo Juíézo da 19ª Vara Federal da Seçaã o Judiciaé ria do Rio de
Janeiro, que denegou a segurança postulada pelo apelante contra ato do Diretor do
Pessoal Militar da Marinha, que indeferiu o pedido de promoçoã es, em
ressarcimento de preteriçaã o, a partir do ano de 1998, tendo em vista a decisaã o
proferida pelo Juíézo da 7ª Vara Criminal de Beleé m, que declarou a extinçaã o da
punibilidade do apelante (fls. 60/64).

2. Em suas razoã es de recurso, alega que, verificada a extinçaã o da pretensaã o punitiva


estatal, passa a falecer competeê ncia, ao magistrado, para avançar no conteué do de
sua prestaçaã o jurisdicional, visto que a partir de entaã o deixa o Estado de ter
legitimidade para exigir o adimplemento do Judiciaé rio aà causa ajuizada. Requer a
reforma da sentença (fls. 70/76)

4. Contrarrazoã es aà s fls. 80/84.

5. Subiram os autos a este Tribunal (fl. 86), onde o douto representante do


Ministeé rio Pué blico Federal exarou parecer, opinando pelo improvimento do recurso
(fls. 88/91).

EÉ o breve relatoé rio. Peço dia para julgamento.

GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

Relator

voto

1. Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso interposto.

2. A questaã o sob exame trata de mandado de segurança impetrado contra ato do


Diretor do Pessoal Militar da Marinha, que indeferiu o pedido de promoçoã es. O
impetrante alega que, tendo em vista a extinçaã o da punibilidade decretada nos
autos da açaã o criminal na qual era reé u, naã o haé como serem negadas as promoçoã es a
que faz jus, em ressarcimento de preteriçaã o.

3. O art. 142 da Constituiçaã o Federal, em seu § 1º, determina a ediçaã o de Lei


Complementar para estabelecer normas gerais a serem observadas na organizaçaã o
e gestaã o das Forças Armadas.

4. Com a finalidade de dar cumprimento a esta determinaçaã o, foi editada a Lei


Complementar 97/1999, que trata das regras gerais para a organizaçaã o, o preparo
e o emprego das Forças Armadas, a qual confere, aos respectivos Comandos da
Marinha, Aeronaé utica e Exeé rcito, a competeê ncia para dirigir e gerir a respectiva
Força.

5. Nos termos do art. 59 da Lei nº 6.880/80, “a promoção do militar feita em


ressarcimento de preterição é efetuada segundo os critérios de antiguidade ou
merecimento, recebendo o supostamente preterido um número que lhe competir na
escala hierárquica, como se houvesse sido promovido, na época devida, pelo critério
em que ora é feita sua promoção”.

6. EÉ manifesta a auseê ncia de direito líéquido e certo aà promoçaã o vindicada pelo


impetrante, cujos requisitos funcionais-militares envolvem apreciaçaã o de prova
complexa e remete a juizos de valor da Administraçaã o Militar, exarados dentro do
aê mbito estrito da discricionariedade administrativa.

7. O Poder Judiciaé rio pode e deve verificar eventuais atos ilegíétimos praticados pela
Administraçaã o militar, evitando arbitrariedades, poreé m, eé defeso adentrar o meé rito
administrativo a fim de aferir sua motivaçaã o, oportunidade em que lhe eé permitido
analisar apenas eventual transgressaã o a diploma legal, naã o tendo sido
demonstrado nos autos tal situaçaã o.

8. Ademais, em razaã o da autonomia entre as instaê ncias, a jurisprudeê ncia dominante


nas Cortes Federais considera que a independeê ncia entre as instaê ncias penal, civil e
administrativa, consagrada na doutrina, permite aà Administraçaã o impor puniçaã o
disciplinar ao servidor faltoso aà revelia de anterior julgamento no aê mbito criminal,
mesmo que a conduta imputada configure crime em tese. Somente em face da
negativa de autoria ou inexisteê ncia do fato, a sentença criminal produziraé efeitos na
seara administrativa.

Certo ainda, que “a eventual extinção da punibibidade na esfera criminal - in casu


pela suspensão condicional do processo - não obsta a aplicação da punição na esfera
administrativa (...)” e que “(...) A sanção administrativa é aplicada para
salvaguardar os interesses exclusivamente Funcionais da Administração Pública,
enquanto a sanção criminal destina-se à proteção da coletividade.” (RM5 18.188 – 5ª
Turma, unaê nime., Rel. Min. Gilson Dipp, DJU 29/05/2006, p. 0267).

10. Naã o haé provas, nos autos, que justifiquem a obrigatoriedade de se garantir a
matríécula do impetrante e, consequentemente, as promoçoã es pleiteadas, como
tambeé m entendido pelo douto Parquet neste Tribunal.

Isto posto, nego provimento ao recurso, para manter a sentença recorrida.

EÉ como voto.

GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

Relator

ementa

ADMINISTRATIVO. MILITAR DA MARINHA. PROMOÇOÃ ES POR RESSARCIMENTO


EM PRETERIÇAÃ O. EXTINÇAÃ O DA PUNIBILIDADE. INDEPENDEÊ NCIA ENTRE AS
INSTAÊ NCIAS CIVIL, PENAL E ADMINISTRATIVO.

1. A questaã o sob exame trata de mandado de segurança impetrado contra ato do


Diretor do Pessoal Militar da Marinha, que indeferiu o pedido de promoçoã es. O
impetrante alega que, tendo em vista a extinçaã o da punibilidade decretada nos
autos da açaã o criminal na qual era reé u, naã o haé como serem negadas as promoçoã es a
que faz jus, em ressarcimento de preteriçaã o.

2. EÉ manifesta a auseê ncia de direito líéquido e certo aà s promoçoã es vindicadas pelo


impetrante, cujos requisitos funcionais-militares envolvem apreciaçaã o de prova
complexa e remete a juizos de valor da Administraçaã o Militar, exarados dentro do
aê mbito estrito da discricionariedade administrativa.

3. O Poder Judiciaé rio pode e deve verificar eventuais atos ilegíétimos praticados pela
Administraçaã o militar, evitando arbitrariedades, poreé m, eé defeso adentrar o meé rito
administrativo a fim de aferir sua motivaçaã o, oportunidade em que lhe eé permitido
analisar apenas eventual transgressaã o a diploma legal, naã o tendo sido
demonstrado nos autos tal situaçaã o.

4. Em razaã o da autonomia entre as instaê ncias, eé permitido aà Administraçaã o impor


puniçaã o disciplinar ao servidor faltoso aà revelia de anterior julgamento no aê mbito
criminal, mesmo que a conduta imputada configure crime em tese. Somente em
face da negativa de autoria ou inexisteê ncia do fato, a sentença criminal produziraé
efeitos na seara administrativa.

5. Naã o haé provas, nos autos, que justifiquem a obrigatoriedade de se garantir a


matríécula do impetrante e, consequentemente, as promoçoã es pleiteadas, como
tambeé m entendido pelo douto Parquet neste Tribunal.

6. Recurso improvido.

acoé rdaã o

Vistos e relatados estes autos, em que saã o partes as acima indicadas, decide a Sexta
Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Regiaã o, por unanimidade,
negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator.

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2010 (data do julgamento).

GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

Relator

STJ - Relatório e Voto. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL AgRg no


REsp 1280739 RJ 2011/0176698-4 (STJ)

Data de publicaçaã o: 19/12/2011


Decisão: sua condiçaã o de anistiado políético e, dessa forma, lhe fossem concedidas
as promoções em ressarcimento... de preterição, ao argumento de que o ato que
importou em seu desligamento das Forças Armadas teria... com proventos de
Segundo-Tenente, em primeira etapa de promoções, e, em fase de liquidaçaã o de
sentença,...

Adicione toé picos

Superior Tribunal de Justiça STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO


ESPECIAL : AgRg no REsp 1280739 RJ 2011/0176698-4 - Rel. e Voto

Relatório e Voto

AGRG-RESP_1280739_RJ_1330987114005.pdf

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AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.280.739 - RJ (2011/0176698-4)

RELATOR : MINISTRO ARNALDO ESTEVES LIMA

AGRAVANTE : NILSON RAMIRO REIS

ADVOGADO : SEÉ RGIO MACIEL FREITAS E OUTRO (S)

AGRAVADO : UNIAÃ O

RELATÓRIO

MINISTRO ARNALDO ESTEVES LIMA:

Trata-se de agravo regimental interposto por NILSON RAMIRO REIS contra decisaã o
de minha relatoria que negou seguimento ao seu recurso especial.

Narram os autos que o agravante, ex-militar da Aeronaé utica, ajuizou açaã o ordinaé ria
objetivando fosse reconhecida sua condiçaã o de anistiado políético e, dessa forma,
lhe fossem concedidas as promoçoã es em ressarcimento de preteriçaã o, ao
argumento de que o ato que importou em seu desligamento das Forças Armadas
teria motivaçaã o políética, porquanto vinculados ao chamado "Levante de 1961", naã o
guardando nenhuma relaçaã o com motivos disciplinares.

O Tribunal Regional Federal da 2ª Regiaã o confirmou a sentença que, por sua vez,
extinguiu o feito sem a resoluçaã o do meé rito em virtude do reconhecimento da
existeê ncia de coisa julgada. O acoé rdaã o recebeu a seguinte ementa (fl. 218e):

PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. ANISTIA POLIÉTICA. OCORREÊ NCIA DE


COISA JULGADA. I. O presente feito foi corretamente extinto sem resoluçaã o do
meé rito, nos termos do art. 267, V, do CPC, em razaã o da ocorreê ncia da coisa julgada,
tendo em vista que, em outra açaã o ordinaé ria, o autor formulou o mesmo pedido,
com a mesma causa de pedir, tendo havido traê nsito em julgado.

II. Apelaçaã o improvida.

Sustentou o agravante, nas razoã es do recurso especial, aleé m de dissíédio


jurisprudencial, negativa de vigeê ncia aos seguintes dispositivos legais:

a) arts. 535, II, do CPC; 1º, I e II, e 2º, XI, da Lei 10.559/02; 5º da LINDB, 1º, 2º e
515, 1º e 2º, do CPC;

b) arts. 301, VI, 1º 2º e 3º, 468 e 471 do CPC, asseverando que a açaã o anterior
fundada no art. 8º do ADCT naã o guardaria similaridade com a causa sub judice .
Isso porque, no caso concreto, busca o reconhecimento de sua condiçaã o de
anistiado políético, com fundamento no art. 1º, I e II, e 2º, IX, da Lei 10.559/02 que
estabeleceu um regime juríédico proé prio , a fim de que seja reintegrado aà Força
Aeé rea e transferido para a inatividade, com a promoçaã o aà graduaçaã o de Suboficial,
com proventos de Segundo-Tenente, em primeira etapa de promoçoã es, e, em fase
de liquidaçaã o de sentença, seja elevado ao Quadro de Oficiais Especialistas, com o
recebimento de reparaçaã o econoê mica, e naã o de proventos. A decisaã o agravada foi
assim concebida (fls. 263/264e):

De iníécio, no que concerne aà tese geneé rica de negativa de vigeê ncia aos arts. 5º da
LINDB, 1º, 2º, 515, 1º e 2º, e 535, II, do CPC, e 1º, I e II, e 2º, XI, da Lei 10.559/02,
incide na espeé cie a Sué mula 284/STF.

No meé rito, tambeé m naã o procede a irresignaçaã o do recorrente.


Com efeito, eé incontroverso que na açaã o anteriormente ajuizada pelo autor, com
fulcro no art. 8º do ADCT, buscava ele o reconhecimento judicial de sua condiçaã o de
anistiado políético, sob o argumento de que seu desligamento da Força Aeé rea se deu
por motivos exclusivamente políéticos o mesmo utilizado na presente açaã o.

Ocorre que a Lei 10.559/02, consoante consignado em sua respectiva ementa, tem
por objetivo regulamentar o art. 8º do ADCT, motivo pelo qual naã o haé falar em
pedidos diversos nas duas açoã es.

Ante o exposto, nos termos do art. 557, caput , do CPC, nego seguimento ao
recurso especial.

Intimem-se.

No presente agravo regimental, insiste o agravante na tese de ofensa aos arts. 301,
VI, 1º 2º e 3º, 468 e 471 do CPC, sob os mesmos argumentos expostos nas razoã es
do recurso especial.

EÉ o relatoé rio.

AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.280.739 - RJ (2011/0176698-4)

EMENTA

ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO


ESPECIAL. EX-MILITAR DA FORÇA AEÉ REA. ANISTIA POLIÉTICA. EXTINÇAO DO
FEITO SEM A RESOLUÇAO DO MEÉ RITO. COISA JULGADA. EXISTEÊ NCIA. AGRAVO
NAO PROVIDO.

1. Julgada improcedente a açaã o ordinaé ria em que pleiteava o reconhecimento de


sua condiçaã o de anistiado políético, com base no art. 8º do ADCT por auseê ncia de
prova da existeê ncia de motivaçaã o e políética do ato que resultou em sua exclusaã o das
fileiras da Força Aeé rea , naã o pode o agravante ajuizar nova açaã o com mesmo
fundamento, ao argumento de que possuiria novas provas, sob pena de ofensa aà
coisa julgada.

2. Agravo regimental naã o provido.

VOTO
MINISTRO ARNALDO ESTEVES LIMA (Relator):

Naã o procede a irresignaçaã o do agravante.

EÉ incontroverso que, na açaã o anteriormente ajuizada, com fundamento no art. 8º


do ADCT, buscava o autor o reconhecimento judicial de sua condiçaã o de anistiado
políético, sob o argumento de que seu desligamento da Força Aeé rea se deu por
motivos exclusivamente políéticos o mesmo utilizado na presente açaã o.

A Lei 10.559/02, todavia, consoante consignado em sua respectiva ementa, tem por
objetivo regulamentar o art. 8º do ADCT, motivo pelo qual naã o haé falar em pedidos
diversos nas duas açoã es.

Outrossim, o proé prio agravante admitiu na inicial que a improcedeê ncia da primeira
açaã o por ele movida decorreu do fato de que naã o foi reconhecida, tanto em
Primeira Instaê ncia, quanto pelo Tribunal de origem, a existeê ncia de prova no
sentido de que o ato que importou e seu desligamento da Força Aeé rea estivesse
eivado de motivaçaã o políética. In verbis (fl. 6e):

De iníécio cumpre esclarecer que o Autor jaé ingressou com açaã o requerendo lhe
fosse reconhecida a condiçaã o de Anistiado Políético, outrossim, declarado
beneficiaé rio da Lei de Anistia, nos termos do art. 8º do ADCT/88, EC nº 26/85 e Lei
nº 6.683/79.

Ocorre que essa condiçaã o naã o ficou vislumbrada nos autos do processo nº
91.0110687-2, que tramitou na 28ª Vara Federal/RJ, onde tanto o Juíézo de Primeiro
Grau, quando o de Segundo Grau entenderam que o Autor não demonstrou ter
havido conotação política no ato de expulsão.

Por oportuno, confira-se a ementa do acoé rdaã o proferido pelo Tribunal de origem
nos autos da referida açaã o ordinaé ria (fl. 62e):

CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MILITAR. ANISTIA: ART. 8º DO ADCT, EC


Nº 26/85 E LEI Nº 6.683/79.

Efetivamente, naã o haé prova denotando que o afastamento do Apelante, no caso, foi
de conteué do políético. Ao contraé rio, a prova orienta-se no sentido de puniçaã o
administrativa fls. 26/7 e 31/32. O fato de tal coincidir com períéodo de exceçaã o
juríédica ou seja, no ano de 1964 , por si soé naã o conduz aà convicçaã o de sua natureza
políético-juríédica. Ainda que possa, daíé, resultar certa presunçaã o em tal norte, este,
por si soé , dada a sua relatividade, naã o eé bastante para se concluir, em definitivo, em
tal sentido. Necessaé rio seria algum outro elemento de convicçaã o a confortaé -lo, cujo
oê nus seria do Apelante, o qual, lamentavelmente, naã o trouxe outras provas em tal
direçaã o.

Dessa forma, verifica-se que ambas as açoã es teê m como causa de pedir exatamente o
mesmo fato, qual seja, um suposto caraé ter políético do ato que importou em sua
exclusaã o da Força Aeé rea, questaã o jaé decidida e afastada pelo Poder Judiciaé rio,
encontrando-se acobertada pela coisa julgada.

Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.

EÉ o voto.

Superior Tribunal de Justiça STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO


ESPECIAL : AgRg no REsp 1280739 RJ 2011/0176698-4 - Rel. e Voto

Relatório e Voto

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AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.280.739 - RJ (2011/0176698-4)

RELATOR : MINISTRO ARNALDO ESTEVES LIMA

AGRAVANTE : NILSON RAMIRO REIS

ADVOGADO : SEÉ RGIO MACIEL FREITAS E OUTRO (S)

AGRAVADO : UNIAÃ O

RELATÓRIO
MINISTRO ARNALDO ESTEVES LIMA:

Trata-se de agravo regimental interposto por NILSON RAMIRO REIS contra decisaã o
de minha relatoria que negou seguimento ao seu recurso especial.

Narram os autos que o agravante, ex-militar da Aeronaé utica, ajuizou açaã o ordinaé ria
objetivando fosse reconhecida sua condiçaã o de anistiado políético e, dessa forma,
lhe fossem concedidas as promoçoã es em ressarcimento de preteriçaã o, ao
argumento de que o ato que importou em seu desligamento das Forças Armadas
teria motivaçaã o políética, porquanto vinculados ao chamado "Levante de 1961", naã o
guardando nenhuma relaçaã o com motivos disciplinares.

O Tribunal Regional Federal da 2ª Regiaã o confirmou a sentença que, por sua vez,
extinguiu o feito sem a resoluçaã o do meé rito em virtude do reconhecimento da
existeê ncia de coisa julgada. O acoé rdaã o recebeu a seguinte ementa (fl. 218e):

PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. ANISTIA POLIÉTICA. OCORREÊ NCIA DE


COISA JULGADA. I. O presente feito foi corretamente extinto sem resoluçaã o do
meé rito, nos termos do art. 267, V, do CPC, em razaã o da ocorreê ncia da coisa julgada,
tendo em vista que, em outra açaã o ordinaé ria, o autor formulou o mesmo pedido,
com a mesma causa de pedir, tendo havido traê nsito em julgado.

II. Apelaçaã o improvida.

Sustentou o agravante, nas razoã es do recurso especial, aleé m de dissíédio


jurisprudencial, negativa de vigeê ncia aos seguintes dispositivos legais:

a) arts. 535, II, do CPC; 1º, I e II, e 2º, XI, da Lei 10.559/02; 5º da LINDB, 1º, 2º e
515, 1º e 2º, do CPC;

b) arts. 301, VI, 1º 2º e 3º, 468 e 471 do CPC, asseverando que a açaã o anterior
fundada no art. 8º do ADCT naã o guardaria similaridade com a causa sub judice .
Isso porque, no caso concreto, busca o reconhecimento de sua condiçaã o de
anistiado políético, com fundamento no art. 1º, I e II, e 2º, IX, da Lei 10.559/02 que
estabeleceu um regime juríédico proé prio , a fim de que seja reintegrado aà Força
Aeé rea e transferido para a inatividade, com a promoçaã o aà graduaçaã o de Suboficial,
com proventos de Segundo-Tenente, em primeira etapa de promoçoã es, e, em fase
de liquidaçaã o de sentença, seja elevado ao Quadro de Oficiais Especialistas, com o
recebimento de reparaçaã o econoê mica, e naã o de proventos. A decisaã o agravada foi
assim concebida (fls. 263/264e):

De iníécio, no que concerne aà tese geneé rica de negativa de vigeê ncia aos arts. 5º da
LINDB, 1º, 2º, 515, 1º e 2º, e 535, II, do CPC, e 1º, I e II, e 2º, XI, da Lei 10.559/02,
incide na espeé cie a Sué mula 284/STF.

No meé rito, tambeé m naã o procede a irresignaçaã o do recorrente.

Com efeito, eé incontroverso que na açaã o anteriormente ajuizada pelo autor, com
fulcro no art. 8º do ADCT, buscava ele o reconhecimento judicial de sua condiçaã o de
anistiado políético, sob o argumento de que seu desligamento da Força Aeé rea se deu
por motivos exclusivamente políéticos o mesmo utilizado na presente açaã o.

Ocorre que a Lei 10.559/02, consoante consignado em sua respectiva ementa, tem
por objetivo regulamentar o art. 8º do ADCT, motivo pelo qual naã o haé falar em
pedidos diversos nas duas açoã es.

Ante o exposto, nos termos do art. 557, caput , do CPC, nego seguimento ao
recurso especial.

Intimem-se.

No presente agravo regimental, insiste o agravante na tese de ofensa aos arts. 301,
VI, 1º 2º e 3º, 468 e 471 do CPC, sob os mesmos argumentos expostos nas razoã es
do recurso especial.

EÉ o relatoé rio.

AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.280.739 - RJ (2011/0176698-4)

EMENTA

ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO


ESPECIAL. EX-MILITAR DA FORÇA AEÉ REA. ANISTIA POLIÉTICA. EXTINÇAO DO
FEITO SEM A RESOLUÇAO DO MEÉ RITO. COISA JULGADA. EXISTEÊ NCIA. AGRAVO
NAO PROVIDO.
1. Julgada improcedente a açaã o ordinaé ria em que pleiteava o reconhecimento de
sua condiçaã o de anistiado políético, com base no art. 8º do ADCT por auseê ncia de
prova da existeê ncia de motivaçaã o e políética do ato que resultou em sua exclusaã o das
fileiras da Força Aeé rea , naã o pode o agravante ajuizar nova açaã o com mesmo
fundamento, ao argumento de que possuiria novas provas, sob pena de ofensa aà
coisa julgada.

2. Agravo regimental naã o provido.

VOTO

MINISTRO ARNALDO ESTEVES LIMA (Relator):

Naã o procede a irresignaçaã o do agravante.

EÉ incontroverso que, na açaã o anteriormente ajuizada, com fundamento no art. 8º


do ADCT, buscava o autor o reconhecimento judicial de sua condiçaã o de anistiado
políético, sob o argumento de que seu desligamento da Força Aeé rea se deu por
motivos exclusivamente políéticos o mesmo utilizado na presente açaã o.

A Lei 10.559/02, todavia, consoante consignado em sua respectiva ementa, tem por
objetivo regulamentar o art. 8º do ADCT, motivo pelo qual naã o haé falar em pedidos
diversos nas duas açoã es.

Outrossim, o proé prio agravante admitiu na inicial que a improcedeê ncia da primeira
açaã o por ele movida decorreu do fato de que naã o foi reconhecida, tanto em
Primeira Instaê ncia, quanto pelo Tribunal de origem, a existeê ncia de prova no
sentido de que o ato que importou e seu desligamento da Força Aeé rea estivesse
eivado de motivaçaã o políética. In verbis (fl. 6e):

De iníécio cumpre esclarecer que o Autor jaé ingressou com açaã o requerendo lhe
fosse reconhecida a condiçaã o de Anistiado Políético, outrossim, declarado
beneficiaé rio da Lei de Anistia, nos termos do art. 8º do ADCT/88, EC nº 26/85 e Lei
nº 6.683/79.

Ocorre que essa condiçaã o naã o ficou vislumbrada nos autos do processo nº
91.0110687-2, que tramitou na 28ª Vara Federal/RJ, onde tanto o Juíézo de Primeiro
Grau, quando o de Segundo Grau entenderam que o Autor não demonstrou ter
havido conotação política no ato de expulsão.

Por oportuno, confira-se a ementa do acoé rdaã o proferido pelo Tribunal de origem
nos autos da referida açaã o ordinaé ria (fl. 62e):

CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MILITAR. ANISTIA: ART. 8º DO ADCT, EC


Nº 26/85 E LEI Nº 6.683/79.

Efetivamente, naã o haé prova denotando que o afastamento do Apelante, no caso, foi
de conteué do políético. Ao contraé rio, a prova orienta-se no sentido de puniçaã o
administrativa fls. 26/7 e 31/32. O fato de tal coincidir com períéodo de exceçaã o
juríédica ou seja, no ano de 1964 , por si soé naã o conduz aà convicçaã o de sua natureza
políético-juríédica. Ainda que possa, daíé, resultar certa presunçaã o em tal norte, este,
por si soé , dada a sua relatividade, naã o eé bastante para se concluir, em definitivo, em
tal sentido. Necessaé rio seria algum outro elemento de convicçaã o a confortaé -lo, cujo
oê nus seria do Apelante, o qual, lamentavelmente, naã o trouxe outras provas em tal
direçaã o.

Dessa forma, verifica-se que ambas as açoã es teê m como causa de pedir exatamente o
mesmo fato, qual seja, um suposto caraé ter políético do ato que importou em sua
exclusaã o da Força Aeé rea, questaã o jaé decidida e afastada pelo Poder Judiciaé rio,
encontrando-se acobertada pela coisa julgada.

Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.

EÉ o voto.

COMANDANTE DO EXÉRCITO
PORTARIA Nº 833, DE 14 DE NOVEMBRO DE 2007.
Aprova as Instruçoã es Gerais para Promoçaã o de
Graduados (IG 10-05) e daé outras provideê ncias.
O COMANDANTE DO EXÉRCITO, no uso das atribuiçoã es que lhe conferem o art. 4º
da
Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999, o inciso XI do art. 20 da Estrutura
Regimental do
Comando do Exeé rcito, aprovada pelo Decreto nº 5.751, de 12 de abril de 2006, e o
art. 40 do Regulamento
de Promoçoã es de Graduados do Exeé rcito (R-196), aprovado pelo Decreto nº 4.853,
de 6 de outubro de
2003, e de acordo com o que propoã e o Departamento-Geral do Pessoal, ouvido o
Estado-Maior do Exeé rcito,
resolve:
Art. 1º Aprovar as Instruçoã es Gerais para Promoçaã o de Graduados (IG 10-05), que
com esta
baixa.
Art. 2º Estabelecer que esta Portaria entre em vigor em 2 de dezembro de 2007.
Art. 3º Revogar, em 2 de dezembro de 2007, a Portaria do Comandante do Exeé rcito
nº 575,
de 7 de outubro de 2003.

INSTRUÇÕES GERAIS PARA PROMOÇÃO DE GRADUADOS (IG 10-05)

CAPIÉTULO V
DOS RECURSOS
Art. 31. EÉ assegurado aos graduados o direito de interpor recurso quanto aà :
I - composiçaã o de qualquer um dos QA;
II - recontagem de pontos; e
III - promoçaã o em ressarcimento de preteriçaã o.
Art. 33. O recurso referente aà promoçaã o em ressarcimento de preteriçaã o pode ser
apresentado quando:
I - o recorrente naã o incidir, comprovadamente, em qualquer das situaçoã es previstas
no
art. 17 do R-196; ou
II - tiver sido comprovado erro administrativo.
Art. 34. O recurso interposto deve ser dirigido ao Chefe do DGP e enviado
diretamente aà
D A Prom, sob a forma de requerimento, conforme previsto nas Instruçoã es Gerais
para a Correspondeê ncia,
as Publicaçoã es e os Atos Administrativos no AÊ mbito do Exeé rcito (IG 10-42).
§ 1º Naã o haé necessidade de requerimento para solicitaçaã o a respeito de
composiçaã o de QA
ou recontagem de pontos, quando o impedimento ou a diferença de pontos tiver
origem em incorreçoã es no
banco de dados do DGP ou por falta de documentaçaã o baé sica, bastando o envio, aà D
A Prom, de
documentaçaã o para correçaã o, acompanhada dos documentos comprobatoé rios, e
dentro dos prazos
estabelecidos.
§ 2º O naã o recebimento e/ou naã o encaminhamento do processo aà autoridade
destinataé ria,
sem constituir prejuíézo ao direito constitucional de petiçaã o aos poderes pué blicos,
soé eé possíével no caso de
inobservaê ncia de formalidade essencial, e apoé s o requerente ter sido orientado
quanto aà correçaã o de
eventuais falhas.
Art. 35. Os recursos de promoçaã o em ressarcimento de preteriçaã o devem ser
solucionados
pelo oé rgaã o responsaé vel pelo julgamento, no prazo de sessenta dias, a contar da
data de entrada do processo
em seu protocolo.
Art. 36. O recorrente deve juntar ao requerimento todos os documentos que
possam facilitar
a compreensaã o de suas alegaçoã es.
MILITAR. PROMOÇÃO. RESSARCIMENTO DE PRETERIÇÃO. VIOLAÇÃO DE
ANTIGUIDADE
"EMENTA: ADMINISTRATIVO. MILITAR. PROMOÇAÃ O. RESSARCIMENTO DE
PRETERIÇAÃ O. VIOLAÇAÃ O DE ANTIGUIDADE. INOCORREÊ NCIA.
1. O apelante, sargento do Corpo de Praças da Armada (CPA), alega ter sido
preterido por militar
que, embora mais moderno, foi promovido aé s graduaçoã es de primeiro-sargento e
suboficial antes
do autor, razaã o por que postula a retificaçaã o da data de sua promoçaã o a primeiro-
sargento e a
concessaã o de promoçaã o a suboficial, em ressarcimento de preteriçaã o.
2. Naã o houve violaçaã o ao princíépio da hierarquia, pois a promoçaã o a primeiro-
sargento do militar
indicado como paradigma ocorreu enquanto integrava o Corpo Auxiliar de Praças
(CAP). Cuidase
de corpo distinto e, por conseguinte, de escala hieraé rquica diversa, jaé que a
antiguidade eé fixada
entre os pares pertencentes ao mesmo corpo ou quadro (art. 9º do Decreto nº
4.034/01). Assim,
com a reestruturaçaã o do Corpo de Praças da Marinha, o paradigma, ao ser
transferido para do CAP
para o CPA, foi reposicionado entre os pares da mesma graduaçaã o, motivo por que
assumiu
posiçaã o hieraé rquica superior aà do recorrente, que, aà eé poca, ainda ocupava a
graduaçaã o de segundosargento
(art. 18, I, da Lei nº 9.519/97).
3. Logo, como o apelante naã o possuíéa o mesmo interstíécio que o paradigma na
graduaçaã o de
primeiro-sargento, naã o poderia ter sido preterido, de modo a fazer jus aà promoçaã o
a suboficial na
mesma ocasiaã o.
4. Apelaçaã o improvida." (AC 2010.51.01.007779-3, TRF2, SEÉ TIMA TURMA, Relator
DES.
FEDERAL LUIZ PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO, Data da decisaã o 30/01/2013, DJU
06/02/2013).
http://www.trf2.jus.br/Paginas/Resultado.aspx?
Content=5842FD91FC7CB9CD26945862B12361
BA?PRO=2010.51.01.007779-3&TOPERA=1
Acórdão
Origem: TRF-2
Classe: AC - APELAÇAÃ O CIÉVEL -
543510
Orgão Julgador: 5ª TURMA
Processo: 201051020006576 UF: RJ
ESPECIALIZADA
Data Decisão: 15/07/2014
Data Publicação: 29/07/2014
Ementa
ADMINISTRATIVO - MILITAR - REPOSICIONAMENTO NA CARREIRA - PARADIGMA
PERTENCENTE A CORPO DIVERSO - VIOLAÇAÃ O DE ANTIGUIDADE -
INOCORREÊ NCIA - PROMOÇAÃ O EM RESSARCIMENTO DE PRETERIÇAÃ O -
DESCABIMENTO. 1- A promoçaã o na carreira militar deve observar determinadas
condiçoã es e limitaçoã es impostas pela legislaçaã o e regulamentaçaã o especíéficas. A
fixaçaã o de tais pressupostos eé ato administrativo discricionaé rio, naã o cabendo ao
Judiciaé rio adentrar o seu meé rito, a pretexto de examinar a sua convenieê ncia ou
oportunidade. Cabe apenas apreciar a sua legalidade. 2- Nos termos do artigo 16 da
Lei nº 9.519/97, as praças da Marinha saã o distribuíédas por Corpos, e, dentro de um
mesmo Corpo, por Quadros, e, dentro de um mesmo Quadro, pelas respectivas
escalas hieraé rquicas. 3- De acordo com o artigo 9º do Decreto nº 4.034/2001, "a
promoçaã o por antiguidade eé aquela que se baseia na precedeê ncia hieraé rquica de
uma praça sobre as demais de igual graduaçaã o, dentro do mesmo Corpo ou
Quadro" (grifei) 4- Descabe o pedido de reposicionamento de militar da Marinha
do Brasil, por suposta ocorreê ncia de preteriçaã o em relaçaã o a militar mais moderno,
uma vez demonstrado nos autos que o paradigma apontado na inicial foi
promovido a Primeiro Sargento, em 11/06/2005, quando, diferentemente daquele,
que pertencia ao Corpo de Praças da Armada (CPA), jaé integrava Corpo diverso,
qual seja, o Corpo de Auxiliar de Praças (CAP), em virtude da reestruturaçaã o
promovida pela Lei nº 9.519/97, que dividiu as praças em Corpos distintos,
segundo suas especialidades. 5- Precedente: TRF2 - AC 2010.51.01.007779-3 -
Seé tima Turma Especializada - Rel. Luiz Paulo da Silva Araué jo - Decisaã o de
30/01/2013 - Pub. 06/02/2013. 6- Naã o tendo sido demonstrada nos autos a
existeê ncia de ato ilíécito por parte da Administraçaã o Militar, descabe se falar em
indenizaçaã o por danos morais. 7- Apelaçaã o desprovida. Sentença mantida.
Relator
Desembargador Federal MARCUS ABRAHAM
Votantes
RICARDO PERLINGEIRO

FLAVIO DE OLIVEIRA LUCAS

MARCUS ABRAHAM

Decisão
Por unanimidade, negou-se provimento aà apelaçaã o, na forma do voto do Relator.

IV - APELACAO CIVEL 2010.51.02.000657-6

Nº CNJ : 0000657-18.2010.4.02.5102
RELATOR : DESEMBARGADOR FEDERAL MARCUS ABRAHAM
APELANTE : DOMINGOS RAMOS DOS SANTOS
ADVOGADO : HELIO MONTEIRO
APELADO : UNIAO FEDERAL
ORIGEM : TERCEIRA VARA FEDERAL DE NITEROÉ I (201051020006576)

RELATÓRIO

Trata-se de apelaçaã o cíével interposta por DOMINGOS RAMOS DOS SANTOS, aà s


fls. 725/739, em face de sentença proferida pelo MM. Juiz Federal da 3ª Vara
Federal de Niteroé i - RJ (fls. 711/720), que, em açaã o sob o rito ordinaé rio,
objetivando o reposicionamento aà graduaçaã o de Primeiro Sargento, a contar de
11/06/2005, e, posteriormente, a promoçaã o definitiva ao posto de Suboficial,
contando antiguidade de 11/06/2009, aleé m de indenizaçaã o por danos morais,
julgou improcedentes os pedidos, condenando o Autor no pagamento de
honoraé rios advocatíécios, na base de 5% (cinco por cento) sobre o valor atualizado
da causa, observado o artigo 12 da Lei nº 1.050/60.

Fundamentando o decisum, entendeu o MM. Juiz de 1º grau que, “tendo o


Autor e o paradigma pertencido a Corpos distintos dentro da carreira militar,
embora possuíssem atribuições diferentes, não se encontram demonstradas
quaisquer discriminações se os critérios de promoção e disponibilidade de vagas nas
carreiras não coincidiam antes do ingresso do paradigma ao mesmo Corpo a que
pertence o Autor”. Reconheceu, ainda, a inexisteê ncia de dano, de ordem moral,
passíével de reparaçaã o, eis que a atuaçaã o da Administraçaã o Militar se dera em
perfeita consonaê ncia com as normas legais e regulamentares aplicaé veis.

Em razoã es recursais, o Apelante reiterou os termos expostos na inicial,


sustentando, em síéntese, que tem direito aà promoçaã o em ressarcimento de
preteriçaã o, uma vez que o paradigma por ele apontado, mais moderno e que
ingressou na Marinha do Brasil prestando o mesmo concurso, foi promovido
primeiro, naã o lhe dando chance de permanecer superior na escala hieraé rquica,
contrariando os artigos 5º e 37 da CF/88.

Contrarrazoã es oferecidas pela UNIAÃ O FEDERAL, aà s fls. 744/769, sendo os


autos encaminhados a este Tribunal.

Nesta Corte, o Ministeé rio Pué blico Federal, representado por seu Procurador
Regional da Repué blica, manifestou-se, aà s fls. 775/776, deixando, poreé m, de opinar
no feito, por entender que a hipoé tese dos autos naã o eé daquelas que impoã em sua
intervençaã o.

Este o relatoé rio. Peço dia para julgamento.

MARCUS ABRAHAM

Desembargador Federal

Relator
VOTO

Como relatado, a hipoé tese eé de apelaçaã o em face de sentença que, em açaã o


sob o rito ordinaé rio, objetivando o reposicionamento do Autor aà graduaçaã o de
Primeiro Sargento, a contar de 11/06/2005, e, posteriormente, a promoçaã o
definitiva ao posto de Suboficial, contando antiguidade de 11/06/2009, aleé m de
indenizaçaã o por danos morais, julgou improcedentes os pedidos, condenando-o ao
pagamento de honoraé rios advocatíécios, na base de 5% (cinco por cento) sobre o
valor atualizado da causa, observado o artigo 12 da Lei nº 1.050/60.

Fundamentando o decisum, entendeu o MM. Juiz de 1º grau que, “tendo o


Autor e o paradigma pertencido a Corpos distintos dentro da carreira militar,
embora possuíssem atribuições diferentes, não se encontram demonstradas
quaisquer discriminações se os critérios de promoção e disponibilidade de vagas nas
carreiras não coincidiam antes do ingresso do paradigma ao mesmo Corpo a que
pertence o Autor”. Reconheceu, ainda, a inexisteê ncia de dano, de ordem moral,
passíével de reparaçaã o, eis que a atuaçaã o da Administraçaã o Militar se dera em
perfeita consonaê ncia com as normas legais e regulamentares aplicaé veis.

Em razoã es recursais, o Apelante reiterou os termos expostos na inicial,


sustentando, em síéntese, que tem direito aà promoçaã o em ressarcimento de
preteriçaã o, uma vez que o paradigma por ele apontado, mais moderno e que
ingressou na Marinha do Brasil prestando o mesmo concurso, foi promovido
primeiro, naã o lhe dando chance de permanecer superior na escala hieraé rquica,
contrariando os artigos 5º e 37 da CF/88.

Conheço da apelaçaã o, eis que presentes os seus pressupostos de


admissibilidade. A sentença deve ser mantida pelos proé prios fundamentos, que
passam a integrar o presente voto, evitando-se transcriçaã o, e os que se lhe
acrescem, na forma adiante alinhada.

As questoã es postas em juíézo dizem respeito aà possibilidade de


reposicionamento de militar da Marinha do Brasil na graduaçaã o de Primeiro
Sargento, a contar de 11/06/2005, e, posteriormente, a promoçaã o definitiva ao
posto de Suboficial, contando antiguidade de 11/06/2009, aleé m de indenizaçaã o
por danos morais, tudo sob o fundamento de ter sido preterido na escala
hieraé rquica por militar mais moderno.

A promoçaã o do militar estaé prevista no artigo 50 da Lei nº 6.880/80, verbis:

“(...)Art. 50. São direitos dos militares:

(...)

IV - nas condições ou nas limitações impostas na legislação e


regulamentação específicas:

(...)

m) a promoção;(...)”

Registre-se que a promoçaã o, conquanto seja um direito do militar, deve


observar determinadas condiçoã es e limitaçoã es impostas pela legislaçaã o e
regulamentaçaã o especíéficas. A fixaçaã o de tais pressupostos eé ato administrativo
discricionaé rio, naã o cabendo ao Judiciaé rio adentrar o seu meé rito, a pretexto de
examinar a sua convenieê ncia ou oportunidade. Cabe apenas apreciar a sua
legalidade.

Especificamente quanto aà s praças da Marinha, cabe consignar que estas saã o


distribuíédas por Corpos, e, dentro de um mesmo Corpo, por Quadros, e, dentro de
um mesmo Quadro, pelas respectivas escalas hieraé rquicas.

Nesse sentido, confira-se o teor do artigo 16 da Lei nº 9.519/97, verbis:

“Art. 16. O Corpo de Praças da Marinha é constituído por:


I - Corpo de Praças da Armada (CPA);

II - Corpo de Praças de Fuzileiros Navais (CPFN);

III - Corpo Auxiliar de Praças (CAP).

IV - Corpo de Praças da Reserva da Marinha - CPRM.

Parágrafo único. Cabe ao Ministro da Marinha regulamentar a


constituição e organização do Corpo de Praças da Marinha,
observados, no que couber, os princípios estabelecidos para
Oficiais no art. 9º e seu § 1º.”

Por sua vez, o Decreto nº 4.034/2001, que dispoã e sobre a promoçaã o das
praças da Marinha, estabelece, em seu artigo 9º, que "a promoção por antiguidade é
aquela que se baseia na precedência hierárquica de uma praça sobre as demais
de igual graduação, dentro do mesmo Corpo ou Quadro”. (grifei)

Veê -se, pois, que a norma em comento, conquanto privilegie, para efeito de
promoçaã o, a precedeê ncia hieraé rquica de uma praça sobre as demais em igualdade
de graduaçaã o, assevera, expressamente, que esta ocorre em Corpos e Quadros
iguais.

Na hipoé tese, tanto os documentos anexados aà petiçaã o inicial (fls. 156/173),


como tambeé m as informaçoã es prestadas pela Marinha (fls. 321/349), revelam que
o Autor foi promovido a Cabo em 10/10/1986, a Terceiro Sargento em
24/10/1997, a Segundo Sargento em 13/12/1998, e a Primeiro Sargento em
11/06/2008, enquanto que o paradigma por ele apontado, Daniel Jué nior Ramos de
Souza, foi promovido a Cabo em 02/12/1993, a Terceiro Sargento em 24/10/1997,
a Segundo Sargento em 13/12/1998, a Primeiro Sargento em 11/06/2005 e a
Suboficial em 11/06/2009.

Tambeé m se observa, facilmente, naquelas peças, que o paradigma Daniel,


ainda que tenha, assim como o Autor, realizado o Curso de Formaçaã o de Sargentos
(C-FSG) e sido promovido a Terceiro Sargento em 24/10/1997, foi promovido a
Primeiro Sargento quando, diferentemente daquele, que pertencia ao Corpo de
Praças da Armada (CPA), jaé integrava o Corpo de Auxiliar de Praças (CAP), em
virtude da reestruturaçaã o promovida pela Lei nº 9.519/97, que dividiu as praças
em Corpos distintos, segundo suas especialidades.

Nesse contexto, cai por terra a alegaçaã o do Autor de ter sido preterido na
promoçaã o para Primeiro Sargento no ano de 2005, posto que, como visto, ele e o
paradigma pertenciam a Corpos distintos, naã o se enquadrando, pois, na parte final
do artigo 9º do Decreto nº 4.304/2001, antes citado.

Se isso naã o bastasse, eé certo que, de acordo com as informaçoã es prestadas


pela Administraçaã o Militar, que gozam de presunçaã o de veracidade e legitimidade,
e, sob esse aspecto, naã o foram refutadas nestes autos, o paradigma Daniel
“continuaria sendo mais antigo do que o Autor, ainda que não fosse transferido para
outro Corpo, pois que a sua média final no C-FSG/97 foi de 9,8, superior à do Autor
(9,4), o que asseguraria ao paradigma uma posição mais alta na fixação da
antiguidade na graduação de Terceiro Sargento”.

Forçoso reconhecer, portanto, que naã o houve qualquer ilegalidade na


promoçaã o do militar Daniel Jué nior Ramos de Souza, apontado como paradigma, aà
graduaçaã o de Primeiro Sargento, em 11/06/2005, e por consequeê ncia, a Suboficial,
em 11/06/2009, sendo certo que, inobstante ter passado a integrar o Corpo de
Praças da Armada (CPA), o mesmo a que pertence o Autor, devido aà extinçaã o da
subespecialidade de Sinalizaçaã o Naé utica (SN), atraveé s da Portaria nº 327/MB, de
11/12/2007 (fl. 324), seria iloé gico se pensar em naã o manter as promoçoã es jaé por
ele galgadas enquanto ainda pertencia ao Corpo Auxiliar de Praças (CAP).

A propoé sito, esta Corte, ao apreciar questaã o que em tudo se assemelha aà


presente, assim decidiu:

“ADMINISTRATIVO. MILITAR. PROMOÇÃO. RESSARCIMENTO


DE PRETERIÇÃO. VIOLAÇÃO DE ANTIGUIDADE.
INOCORRÊNCIA.
1. O apelante, sargento do Corpo de Praças da Armada (CPA),
alega ter sido preterido por militar que, embora mais moderno,
foi promovido às graduações de primeiro-sargento e suboficial
antes do autor, razão por que postula a retificação da data de
sua promoção a primeiro-sargento e a concessão de promoção
a suboficial, em ressarcimento de preterição.

2. Não houve violação ao princípio da hierarquia, pois a


promoção a primeiro-sargento do militar indicado como
paradigma ocorreu enquanto integrava o Corpo Auxiliar de
Praças (CAP). Cuida-se de corpo distinto e, por conseguinte, de
escala hierárquica diversa, já que a antiguidade é fixada entre
os pares pertencentes ao mesmo corpo ou quadro (art. 9º do
Decreto nº 4.034/01). Assim, com a reestruturação do Corpo de
Praças da Marinha, o paradigma, ao ser transferido para do
CAP para o CPA, foi reposicionado entre os pares da mesma
graduação, motivo por que assumiu posição hierárquica
superior à do recorrente, que, à época, ainda ocupava a
graduação de segundo-sargento (art. 18, I, da Lei nº 9.519/97).

3. Logo, como o apelante não possuía o mesmo interstício que o


paradigma na graduação de primeiro-sargento, não poderia
ter sido preterido, de modo a fazer jus à promoção a suboficial
na mesma ocasião.

4. Apelação improvida.”

(TRF2 - AC 2010.51.01.007779-3 - Seé tima Turma


Especializada - Rel. Luiz Paulo da Silva Araué jo - Decisaã o de
30/01/2013 - Pub. 06/02/2013)

Por fim, naã o tendo sido demonstrada a existeê ncia de ato ilíécito por parte da
Administraçaã o Militar, descabe se falar em indenizaçaã o por danos morais.

Pelo exposto, nego provimento ao recurso, para manter a r. sentença.


EÉ como voto.

MARCUS ABRAHAM

Desembargador Federal

Relator

EMENTA

ADMINISTRATIVO - MILITAR - REPOSICIONAMENTO NA CARREIRA - PARADIGMA


PERTENCENTE A CORPO DIVERSO - VIOLAÇAÃ O DE ANTIGUIDADE -
INOCORREÊ NCIA -

PROMOÇAÃ O EM RESSARCIMENTO DE PRETERIÇAÃ O - DESCABIMENTO.

1. A promoçaã o na carreira militar deve observar determinadas condiçoã es e


limitaçoã es impostas pela legislaçaã o e regulamentaçaã o especíéficas. A fixaçaã o
de tais pressupostos eé ato administrativo discricionaé rio, naã o cabendo ao
Judiciaé rio adentrar o seu meé rito, a pretexto de examinar a sua convenieê ncia
ou oportunidade. Cabe apenas apreciar a sua legalidade.
2. Nos termos do artigo 16 da Lei nº 9.519/97, as praças da Marinha saã o
distribuíédas por Corpos, e, dentro de um mesmo Corpo, por Quadros, e,
dentro de um mesmo Quadro, pelas respectivas escalas hieraé rquicas.

3. De acordo com o artigo 9º do Decreto nº 4.034/2001, "a promoção por


antiguidade é aquela que se baseia na precedência hierárquica de uma praça
sobre as demais de igual graduação, dentro do mesmo Corpo ou Quadro”
(grifei)
4. Descabe o pedido de reposicionamento de militar da Marinha do Brasil, por
suposta ocorreê ncia de preteriçaã o em relaçaã o a militar mais moderno, uma
vez demonstrado nos autos que o paradigma apontado na inicial foi
promovido a Primeiro Sargento, em 11/06/2005, quando, diferentemente
daquele, que pertencia ao Corpo de Praças da Armada (CPA), jaé integrava
Corpo diverso, qual seja, o Corpo de Auxiliar de Praças (CAP), em virtude da
reestruturaçaã o promovida pela Lei nº 9.519/97, que dividiu as praças em
Corpos distintos, segundo suas especialidades.

5. Precedente: TRF2 - AC 2010.51.01.007779-3 - Seé tima Turma


Especializada - Rel. Luiz Paulo da Silva Araué jo - Decisaã o de 30/01/2013 -
Pub. 06/02/2013.

6. Naã o tendo sido demonstrada nos autos a existeê ncia de ato ilíécito por parte
da Administraçaã o Militar, descabe se falar em indenizaçaã o por danos morais.

7. Apelaçaã o desprovida. Sentença mantida.

ACOÉ RDAÃ O

Vistos e relatados os autos, em que saã o partes as acima indicadas:

Decide a Egreé gia Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal


da 2ª Regiaã o, por unanimidade, negar provimento ao recurso, na forma do relatoé rio
e voto constantes dos autos, que ficam fazendo parte integrante do presente
julgado.

Rio de Janeiro, 15 de julho de 2014. (data do julgamento).

MARCUS ABRAHAM

Desembargador Federal
Relator

IV - APELACAO CIVEL 564776 2010.51.01.007779-3

Nº CNJ : 0007779-85.2010.4.02.5101
RELATOR : DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO
APELANTE : JOSE AMERICO RAMOS JUNIOR
ADVOGADO : HELIO MONTEIRO
APELADO : UNIAO FEDERAL
VIGEÉ SIMA SEGUNDA VARA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
ORIGEM :
(201051010077793)

RELATOÉ RIO

Trata-se de apelaçaã o interposta pelo autor, JOSE AMERICO RAMOS JUNIOR,


contra sentença (fls. 522/526 do processo eletroê nico) que, em açaã o ordinaé ria
ajuizada em face da UNIAÃ O, julgou improcedentes os pedidos de retificaçaã o de sua
data de promoçaã o a primeiro-sargento, contando antiguidade a partir de
11/06/2005, e de promoçaã o a suboficial, em ressarcimento de preteriçaã o, a contar
de 11/06/2009.

O juíézo a quo rejeitou a preliminar de ineé pcia da petiçaã o inicial, por considerar
inteligíével a causa de pedir dos pedidos formulados, assim como a prescriçaã o,
porquanto o ato supostamente lesivo insere-se no quinqueê nio que antecede a
propositura da açaã o. Concluiu que a Administraçaã o naã o incorreu em ilegalidade ao
promover o paradigma antes do autor, vez que, em funçaã o da reestruturaçaã o
instituíéda pela Lei nº 9.519/97, passaram a pertencer a corpos distintos, razaã o por
que naã o concorriam aà s mesmas vagas. Por fim, deixou de fixar a condenaçaã o nos
oê nus da sucumbeê ncia em funçaã o do deferimento da gratuidade de justiça.

Em suas razoã es (fls. 532/543 do processo eletroê nico), relata o apelante que
ingressou na Marinha por meio de concurso no Corpo de Praças da Armada (CPA),
assim como o paradigma; todavia, este passou a compor o Corpo Auxiliar de Praças
(CAP) em 1997, com a ediçaã o da Lei nº 9.519, sem prestar qualquer concurso para
tanto, o que viola o princíépio da impessoalidade, e foi promovido a primeiro-
sargento antes do apelante, em desrespeito ao princíépio da hierarquia. Defende que
o Plano de Carreira de Praças da Marinha - 5º Revisaã o - determinou que os
militares habilitados em sinalizaçoã es naé uticas, formados ateé 1999, permanecessem
no CAP ateé seu desligamento do serviço ativo, motivo por que o regresso do
paradigma para o CPA apoé s sua promoçaã o a primeiro-sargento infringiu o art. 142
da CR e o art. 6º do Decreto nº 4.034/01.

Em contrarrazoã es (fls. 548/553 do processo eletroê nico), a Uniaã o alega que o


autor naã o se desincumbiu do oê nus de comprovar suas alegaçoã es, pretendendo
apenas rediscutir questoã es jaé enfrentadas na sentença.

EÉ o relatoé rio.

LUIZ PAULO DA SILVA ARAUÉ JO FILHO

Desembargador Federal

VOTO

1. O recurso naã o deve ser provido.

2. O apelante, militar estabilizado do Corpo de Praças da Armada, foi promovido aà s


graduaçoã es de terceiro-sargento, segundo-sargento e primeiro-sargento,
respectivamente, em 25/10/1996, 11/06/1998 e 13/12/2007 (fl. 139 do processo
eletroê nico) e alega ter sido preterido na escala hieraé rquica por militar mais
moderno, Walmir Gloria Sodreé , promovido a primeiro-sargento em 11/06/2005 e
a suboficial em 11/06/2009 (fl. 140 do processo eletroê nico).

3. O deslinde da demanda exige algumas consideraçoã es. De iníécio, cumpre ressaltar


que as praças saã o distribuíédas por corpos e, dentro de um mesmo corpo, por
quadros e, dentro de um mesmo quadro, pelas respectivas escalas hieraé rquicas, de
acordo com o art. 16 da Lei n 9.519/97, reproduzido a seguir:
Art. 16. O Corpo de Praças da Marinha eé constituíédo por:

I - Corpo de Praças da Armada (CPA);

II - Corpo de Praças de Fuzileiros Navais (CPFN);

III - Corpo Auxiliar de Praças (CAP).

IV - Corpo de Praças da Reserva da Marinha - CPRM.

Paraé grafo ué nico. Cabe ao Ministro da Marinha regulamentar a


constituiçaã o e organizaçaã o do Corpo de Praças da Marinha,
observados, no que couber, os princíépios estabelecidos para
Oficiais no art. 9º e seu § 1º.

A seu turno, o art. 9º do Decreto nº 4.034/01 estabelece que "a promoçaã o por
antiguidade eé aquela que se baseia na precedeê ncia hieraé rquica de uma praça sobre
as demais de igual graduaçaã o, dentro do mesmo Corpo ou Quadro." (g.n.).

Como reconhece o proé prio autor, a promoçaã o a primeiro-sargento do militar


indicado como paradigma, ora impugnada, ocorreu enquanto integrava o Corpo
Auxiliar de Praças, ao passo que permaneceu no Corpo de Praças da Armada, em
vista da reestruturaçaã o promovida pela Lei nº 9.519/97, que dividiu as praças em
corpos distintos, segundo suas especialidades. Logo, cuida-se de corpo distinto e,
por conseguinte, de escala hieraé rquica diversa, jaé que, nos termos do art. 9º do
Decreto nº 4.034/01, a antiguidade eé fixada entre os pares pertencentes ao mesmo
corpo ou quadro.

A transfereê ncia de corpos por que passou o paradigma, ao contraé rio do que
aduz o recorrente, naã o feriu o princíépio da impessoalidade, vez que o mesmo
sucedeu a todos os militares de sua especialidade - sinalizaçaã o naé utica -, como
esclarece a Diretoria de Pessoal da Marinha: “seus misteres saã o proé prios da
atividade-meio da Marinha, consistindo em atividades de administraçaã o e apoio,
sendo, portanto, incluíédo no Corpo Auxiliar de Praças” (fl. 167 do processo
eletroê nico).
4. Em relaçaã o ao reagrupamento que provocou o retorno do paradigma ao Corpo
de Praças da Armada, de igual modo, naã o assiste razaã o ao apelante em sua
irresignaçaã o.

Sobre a questaã o, informa a Diretoria de Pessoal da Marinha que, "por meio da


Portaria nº 327/MB, de 11 de dezembro de 2007, do Comandante da Marinha,
publicada no Boletim da Marinha do Brasil - Tomo I - nº 12/2007 (v. apeê ndice I),
ocorreu uma mudança do regime juríédico funcional dos militares desta Força e,
devido à extinção da subespecialidade de sinalização náutica (SN), os militares que
possuíéam referida habilitaçaã o e pertenciam ao Corpo Auxiliar de Praças (CAP),
como eé o caso do paradigma, passaram a integrar o Corpo de Praças da Armada, o
mesmo a que pertence o Autor." (fl. 168).

De acordo com o art. 18, I, da Lei nº 9.519/97, que estabelece paraê metros para
aferiçaã o da antiguidade especificamente nos casos de mudança de corpo ou
quadro, a data da promoçaã o aà ué ltima graduaçaã o constitui o primeiro criteé rio de
desempate. Veja-se:

Art. 18. A antiguü idade dos militares, quando posicionados em


novos Corpos e Quadros ou para estes transferidos, seraé
estabelecida:

I - em cada posto ou graduaçaã o, a partir da data de assinatura


do ato da respectiva promoçaã o, nomeaçaã o, declaraçaã o ou
incorporaçaã o, salvo quando estiver taxativamente fixada outra
data;

II - havendo empate, pela antiguü idade no posto ou graduaçaã o


anterior, sucessivamente;

III - persistindo empate, pela posiçaã o relativa nos respectivos


registros do mais recente ato de nomeaçaã o ou de promoçaã o,
apoé s realizado curso de formaçaã o; se, ainda assim, subsistir a
igualdade, o de mais idade seraé considerado o mais antigo.
(g.n)
Disso decorre que, como a promoçaã o do paradigma a primeiro-sargento ocorreu
antes de sua transfereê ncia para o corpo a que pertence o apelante, foi
reposicionado entre os pares da mesma graduaçaã o, motivo por que assumiu
posiçaã o hieraé rquica superior aà do recorrente, que, aà eé poca, ainda ocupava a
graduaçaã o de segundo-sargento.

5. Descabida a alegaçaã o de que a Administraçaã o naã o poderia teê -lo transferido apoé s
sua promoçaã o a primeiro-sargento. A decisaã o acerca da modificaçaã o da composiçaã o
dos Corpos de Praças da Marinha insere-se no poder discricionaé rio conferido ao
Comandante pelo art. 16, p. ué nico, do Decreto nº 4.034/01, que lhe atribui a
competeê ncia para organizaé -los segundo a convenieê ncia e os interesses da Força.
Evidentemente, para tanto, impoã e-se a ediçaã o de normas regulamentadoras pelo
Comando da Marinha, a exemplo do Plano de Carreira de Praças da Marinha,
submetido a sucessivas revisoã es e atualizaçoã es.

Destarte, naã o houve qualquer ilegalidade imputaé vel aà Administraçaã o, que atuou
nos limites previamente fixados pela Lei nº 9.519/97 e pelo Decreto nº 4.034/01.
Em consequeê ncia, o apelante naã o faz jus aà promoçaã o em ressarcimento de
preteriçaã o, cuja concessaã o pressupoã e que a vaga ocupada por militar mais
moderno deveria ter sido preenchida pelo preterido, por se encontrar apto aà
promoçaã o, de acordo com o art. 32 do Decreto nº 4.034/01, in verbis:

Art. 32 Promoçaã o em ressarcimento de preteriçaã o eé aquela


feita apoé s ser reconhecido, aà praça preterida, o direito aà
promoçaã o que lhe caberia.

6. Logo, como o apelante naã o possuíéa o mesmo interstíécio que o paradigma na


graduaçaã o de primeiro-sargento, naã o poderia ter sido preterido, de modo a fazer
jus aà promoçaã o a suboficial tambeé m em 11/06/2009. Nesse sentido, confira-se o
seguinte julgado desta Corte, que apreciou demanda que guarda estreita similitude
com o caso vertente:

ADMINISTRATIVO. MARINHA DO BRASIL. PROMOÇAÃ O DE


PRAÇA. PRIMEIRO-SARGENTO. LEI 6.880/80. DECRETO
4.034/2001. PCPM. LEI 9.519/97. REESTRUTURAÇAÃ O DE
CORPOS E QUADROS. CRITEÉ RIOS E INTERSTIÉCIOS PARA
PROMOÇAÃ O. QUEBRA DE HIERARQUIA E PRETERIÇAÃ O NAÃ O
CARACTERIZADAS. REGULARIDADE NA PROMOÇAÃ O.
PRECEDENTES. DANO MORAL NAÃ O COMPROVADO.
HONORAÉ RIOS. 1.Trata-se de remessa necessaé ria e apelo em
face se sentença que julgou procedente em parte o pedido,
condenando a Reé aà contagem de antiguidade na graduaçaã o de
Primeiro-Sargento desde 03.12.2002, imediatamente apoé s o
ué ltimo militar promovido por antiguidade no Corpo Auxiliar
de Praças; ao pagamento aà Autora do montante de R$
15.000,00, corrigido monetariamente e acrescido de juros; de
atrasados relativos ao períéodo de 13.12.2002 a 12.12.2005,
referentes aà diferença de remuneraçaã o entre as graduaçoã es de
Primeiro-Sargento e Segundo-Sargento, e de honoraé rios
advocatíécios, fixados em 10% sobre o valor da condenaçaã o. 2.
Promoçaã o de militar. Direito que pressupoã e a verificaçaã o das
condiçoã es e limitaçoã es impostas na legislaçaã o e
regulamentaçaã o especíéficas. Pressupostos. Poder
discricionaé rio da Administraçaã o, que atua observando os
criteé rios de convenieê ncia e oportunidade em cotejo aà s
disposiçoã es legais e limitada por direitos ou princíépios
fundamentais. 3.Lei nº 6.880/80. Decreto nº 4.034/2001.
PCPM. Estabelecimento de diretrizes para a administraçaã o da
carreira de praças da Marinha, fixando condiçoã es de acesso
seletivo e assegurando fluxo de carreira regular. Revisoã es e
atualizaçoã es. Possibilidade. Necessidades especíéficas da Força.
4.Lei nº 9.519/97. Reestruturaçaã o dos Corpos e Quadros de
Oficiais e de Praças da Marinha. Criteé rios para promoçaã o.
Portaria nº 38/MB-2002. Interstíécios necessaé rios para as
promoçoã es de Praças para o ano de 2002. Ingresso no CAP
(Corpo Auxiliar de Praças) ateé 1998, na condiçaã o de Terceiro-
Sargento. Interstíécio de 8 anos para promoçaã o. 5. Quebra de
hierarquia e preteriçaã o naã o caracterizadas. Paradigmas
apresentados implementaram os requisitos necessaé rios,
inclusive o interstíécio previsto. 6.Precedentes. 7.Indenizaçaã o a
tíétulo de danos morais. Naã o demonstraçaã o de ocorreê ncia de
qualquer dano suscetíével de gerar o dever de indenizar do
Estado. Regularidade na promoçaã o. 8.Inversaã o da
sucumbeê ncia. Custas e honoraé rios advocatíécios fixados em 5%
sobre o valor da causa, a teor do art. 20, §4º, do CPC.
9.Apelaçaã o da Uniaã o Federal e remessa necessaé ria providas.
(APELRE 200651010071260, Desembargador Federal
RICARDO PERLINGEIRO, TRF2 - QUINTA TURMA
ESPECIALIZADA, E-DJF2R - Data::22/09/2011 -
Paé gina::74/75.)

7. Do exposto, nego provimento aà apelaçaã o.

EÉ como voto.

LUIZ PAULO DA SILVA ARAUÉ JO FILHO

Desembargador Federal

EMENTA

ADMINISTRATIVO. MILITAR. PROMOÇAÃ O. RESSARCIMENTO


DE PRETERIÇAÃ O. VIOLAÇAÃ O DE ANTIGUIDADE.
INOCORREÊ NCIA.

1. O apelante, sargento do Corpo de Praças da Armada (CPA),


alega ter sido preterido por militar que, embora mais
moderno, foi promovido aà s graduaçoã es de primeiro-sargento
e suboficial antes do autor, razaã o por que postula a retificaçaã o
da data de sua promoçaã o a primeiro-sargento e a concessaã o
de promoçaã o a suboficial, em ressarcimento de preteriçaã o.
2. Naã o houve violaçaã o ao princíépio da hierarquia, pois a
promoçaã o a primeiro-sargento do militar indicado como
paradigma ocorreu enquanto integrava o Corpo Auxiliar de
Praças (CAP). Cuida-se de corpo distinto e, por conseguinte,
de escala hieraé rquica diversa, jaé que a antiguidade eé fixada
entre os pares pertencentes ao mesmo corpo ou quadro (art.
9º do Decreto nº 4.034/01). Assim, com a reestruturaçaã o do
Corpo de Praças da Marinha, o paradigma, ao ser transferido
para do CAP para o CPA, foi reposicionado entre os pares da
mesma graduaçaã o, motivo por que assumiu posiçaã o
hieraé rquica superior aà do recorrente, que, aà eé poca, ainda
ocupava a graduaçaã o de segundo-sargento (art. 18, I, da Lei
nº 9.519/97).

3. Logo, como o apelante naã o possuíéa o mesmo interstíécio que


o paradigma na graduaçaã o de primeiro-sargento, naã o poderia
ter sido preterido, de modo a fazer jus aà promoçaã o a
suboficial na mesma ocasiaã o.

4. Apelaçaã o improvida.

ACOÉ RDAÃ O

Vistos, relatados e discutidos os autos em que saã o partes as acima indicadas:


decidem os membros da 7ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
2ª Regiaã o, por unanimidade, negar provimento ao recurso, na forma do voto do
Relator.

Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2013 (data do julgamento).

LUIZ PAULO DA SILVA ARAUÉ JO FILHO

Desembargador Federal
MILITAR. PROMOÇÃO. ATO DISCRICIONÁRIO. PRETERIÇÃO. INTERSTÍCIO
MÍNIMO. ISONOMIA. DESCABIMENTO
"EMENTA: MILITAR. PROMOÇAÃ O. ATO DISCRICIONAÉ RIO. PRETERIÇAÃ O. NAÃ O
CARACTERIZADA. INTERSTIÉCIO MIÉNIMO. ISONOMIA. DESCABIMENTO.
A promoçaã o do militar eé direito que pressupoã e a verificaçaã o das condiçoã es e
limitaçoã es impostas
na legislaçaã o e regulamentaçaã o especíéficas. A fixaçaã o desses pressupostos eé ato
administrativo
interno, naã o cabendo ao Judiciaé rio adentrar o seu meé rito, a pretexto de examinar a
sua
convenieê ncia ou oportunidade. Cabe apenas apreciar a sua legalidade. Ademais, o
períéodo míénimo
que o militar deveraé permanecer obrigatoriamente em cada graduaçaã o para ser
promovido naã o
confere direito automaé tico aà promoçaã o: constitui somente um dos requisitos
indispensaé veis a
serem preenchidos.
A isonomia pressupoã e soluçoã es ideê nticas para situaçoã es ideê nticas; naã o se revela
pela simples
coincideê ncia entre os nomes dos quadros ou das graduaçoã es, sem que observada a
forma de
ingresso e o quadro de origem. Naã o cabe ao Poder Judiciaé rio igualar situaçoã es que
a proé pria
norma distinguiu por convenieê ncia da proé pria Força Armada. Apelo desprovido."
AC
2011.51.01.017289-7, TRF2, SEXTA TURMA, Relator DES. FEDERAL GUILHERME
COUTO
DE CASTRO, Data da decisaã o 30/01/2013, DJU 05/02/2013).
http://www.trf2.jus.br/Paginas/Resultado.aspx?
Content=5842FD91FC7CB9CD26945862B12361
BA?PRO=2011.51.01.017289-7&TOPERA=1
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. DANOS MORAIS. MILITAR.
PUNIÇÃO DISCIPLINAR. DESCUMPRIMENTO DE ORDEM SUPERIOR
"EMENTA: APELAÇAÃ O CIÉVEL. INDENIZAÇAÃ O POR DANOS MORAIS. SERVIDOR
MILITAR. AUSEÊ NCIA DE IRREGULARIDADE EM PUNIÇAÃ O DISCIPLINAR.
DESCUMPRIMENTO DE ORDEM EMITIDA POR SUPERIOR HIERAÉ RQUICO.
ILEGITIMIDADE PASSIVA. OCORREÊ NCIA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO
ESTADO. ART. 37 § 6º DA CONSTITUIÇAÃ O FEDERAL. LEI 6.880/82 - ESTATUTO DOS
MILITARES.
1. Os deveres militares emanam de um conjunto de víénculos racionais, dentre os
quais se incluem
a disciplina e o respeito aà hierarquia e o rigoroso cumprimento das obrigaçoã es e
das ordens.
2. A violaçaã o das obrigaçoã es ou dos deveres militares constituiraé crime,
contravençaã o ou
transgressaã o disciplinar, conforme dispuser a legislaçaã o ou regulamentaçaã o
especíéficas.
3. Militar deu causa aé puniçaã o por faltar aà escala de serviço, sem justificativa.
4. Descumprimento de ordem transmitida verbalmente por superior hieraé rquico.
5. Auseê ncia de irregularidade a ensejar dano moral indenizaé vel.
6. Improvimento da apelaçaã o." AC 5001402-84.2012.404.7106, TRF4, TERCEIRA
TURMA,
Relator JUIZ CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ, Data da decisaã o
23/01/2013).
https://eproc.trf4.jus.br/eproc2trf4/controlador.php?
acao=acessar_documento_publico&doc=4135
9038029018501110000000336&evento=41359038029018501110000000151&k
ey=6daa0bbc7cbe
b0c78790b546b0e21d80891dacb59c4fae812936fdc7022512e9
https://eproc.trf4.jus.br/eproc2trf4/controlador.php?
acao=acessar_documento_publico&doc=4135
9038029018501110000000335&evento=41359038029018501110000000151&k
ey=71b888f4a4e6
c76ab6799cec579107df0ac5bf43faa48ecffadbb21a5870b532
DECRETO No 881, DE 23 DE JULHO DE 1993.

Aprova o Regulamento de Promoçoã es de


Graduados da Aeronaé utica

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuiçaã o que lhe confere o art.


84, inciso IV, da Constituiçaã o e de acordo com o disposto no art. 59, da Lei nº 6.880,
de 9 de dezembro de 1980,

DECRETA:

Art. 1º Fica aprovado o Regulamento de Promoçoã es de Graduados da


Aeronaé utica (REPROGAER), anexo a este decreto.

Art. 2º Este decreto entra em vigor na data de sua publicaçaã o.

Brasíélia, 23 de julho de 1993; 172º da Independeê ncia e 105º da Repué blica.

ITAMAR FRANCO
Lelio Viana Lôbo

Este texto naã o substitui o publicado no D.O.U. de 24.7.1993

ANEXO

REGULAMENTO DE PROMOÇOÃ ES DE GRADUADOS DA AERONAÉ UTICA

REPROGAER

CAPIÉTULO I

Generalidades

Art. 1º Este regulamento tem por finalidade estabelecer os criteé rios, as


condiçoã es e o processo para as promoçoã es de graduados em serviço ativo na
Aeronaé utica, segundo as normas gerais estabelecidas no Estatuto dos Militares.
Art. 2º A promoçaã o eé um ato administrativo e tem por finalidade baé sica o
preenchimento seletivo das vagas pertinentes ao grau hieraé rquico superior, com
base nos efetivos fixados em lei.

Art. 3º As promoçoã es no Corpo do Pessoal Graduado da Aeronaé utica


(CPGAER) saã o realizadas no interesse da Aeronaé utica, com o objetivo de atender:

I - aà s necessidades de pessoal para a organizaçaã o militar;

II - ao justo aproveitamento dos valores profissionais para o desempenho das


diferentes funçoã es;

III - ao adequado acesso na hierarquia militar, de forma seletiva, gradual e


sucessiva.

Paraé grafo ué nico. As formas gradual e sucessiva resultaraã o de um


planejamento que deveraé assegurar um fluxo de carreira regular e equilibrado.

CAPIÉTULO II

Dos Criteé rios de Promoçaã o

Art. 4º As promoçoã es se efetuam pelos criteé rios de:

I - antiguü idade;

II - merecimento;

III - bravura;

IV - post mortem.

Paraé grafo ué nico. Em casos extraordinaé rios, poderaé haver promoçaã o em


ressarcimento de preteriçaã o.

Art. 5º Promoçaã o por antiguü idade eé aquela que se baseia na precedeê ncia
hieraé rquica de um graduado sobre os demais de igual graduaçaã o, dentro de um
mesmo quadro.
Art. 6º Promoçaã o por merecimento eé aquela que se baseia no conjunto de
qualidades e de atributos que distinguem e realçam o valor do graduado entre seus
pares, avaliados no decurso da carreira e no desempenho de funçoã es, em particular,
na graduaçaã o que ocupa ao ser cogitado para a promoçaã o.

Art. 7º Promoçaã o por bravura eé aquela que resulta de ato ou atos incomuns de
coragem e audaé cia que, ultrapassando os limites normais do cumprimento do
dever, representem feitos indispensaé veis ou ué teis aà s operaçoã es militares, pelos
resultados alcançados ou pelo exemplo positivo deles emanados.

Art. 8º Promoçaã o "post mortem" eé aquela que visa expressar o


reconhecimento da Paé tria ao graduado falecido no cumprimento do dever ou em
consequü eê ncia disto, ou ainda reconhecer o direito do graduado a quem cabia a
promoçaã o, naã o efetivada por motivo do oé bito.

Art. 9º Promoçaã o em ressarcimento de preteriçaã o eé aquela efetivada apoé s ser


reconhecido ao graduado preterido o direito aà promoçaã o que lhe caberia.

Paraé grafo ué nico. Esta promoçaã o seraé efetuada segundo os criteé rios de
antiguü idade ou de merecimento, recebendo o graduado o nué mero que lhe competir
na escala hieraé rquica, como se houvesse sido promovido na eé poca devida.

Art. 10. As promoçoã es saã o efetuadas para as vagas na graduaçaã o de:

I - Terceiro-Sargento, Cabo e Soldado-de-Primeira-Classe pelo criteé rio de


merecimento;

II - Suboficial, Primeiro-Sargento e Segundo-Sargento pelo criteé rio de


antiguü idade e merecimento.

Paraé grafo ué nico. Quando se tratar de promoçaã o decorrente de conclusaã o de


curso, o criteé rio de merecimento estabelecido no inciso I seraé apurado pelo
desempenho escolar.
Art. 11. 0 graduado agregado, quando no desempenho de cargo militar ou
considerado de natureza militar, concorreraé aà promoçaã o por qualquer dos criteé rios,
sem prejuíézo do nué mero de concorrentes regularmente estipulados.

CAPIÉTULO III

Das Condiçoã es Baé sicas

Art. 12. 0 ingresso na carreira de graduado eé feito, em ordem hieraé rquica, nas
graduaçoã es iniciais de cada quadro ou grupamento de quadro, satisfeitas as
exigeê ncias estabelecidas no Regulamento do Pessoal Graduado da Aeronaé utica
(RCPGAER) e na Instruçaã o Reguladora do Quadro (IRQ).

Paraé grafo ué nico. A ordem hieraé rquica de colocaçaã o dos graduados nas
graduaçoã es iniciais resulta da ordem de classificaçaã o em curso, concurso, estaé gio
ou de acordo com os criteé rios estabelecidos quando do recrutamento para o
Serviço Militar Inicial.

Art. 13. Naã o haé promoçaã o de graduado por motivo de sua transfereê ncia para a
reserva remunerada ou reforma.

Art. 14. Para ser promovido pelos criteé rios de antiguü idade ou de
merecimento, eé imprescindíével que o graduado esteja incluíédo em quadro de
acesso, exceto quando se tratar de promoçaã o por conclusaã o de curso.

Art. 15. Para ingresso em quadro de acesso, eé necessaé rio que o graduado
satisfaça os seguintes requisitos essenciais, que saã o estabelecidos para cada
graduaçaã o:

I - condiçoã es de acesso;

II - conceito profissional;

III - conceito moral;

IV - comportamento militar.
Art. 16. Condiçoã es de acesso eé o requisito essencial que compreende
interstíécio, aptidaã o fíésica e condiçoã es peculiares a cada graduaçaã o, nos diferentes
quadros, para a promoçaã o aà graduaçaã o superior.

§ 1º Interstíécio eé o períéodo míénimo de efetivo serviço na graduaçaã o, contado a


partir da data da promoçaã o, necessaé rio para o militar adquirir conhecimentos e
experieê ncia imprescindíéveis ao exercíécio dos cargos atribuíédos aà graduaçaã o
imediatamente superior.

§ 2º Aptidaã o fíésica eé a expressaã o do estado de sanidade fíésica, mental e de


condicionamento fíésico, que habilita o graduado ao exercíécio das atividades
funcionais, inerentes aà graduaçaã o e aà especialidade:

a) o estado de sanidade fíésica e mental eé comprovado mediante inspeçaã o de


saué de realizada por oé rgaã o de saué de da Aeronaé utica e de acordo com normas e
condiçoã es estabelecidas nas Instruçoã es Reguladoras das Inspeçoã es de Saué de (IRIS);

b) o estado de condicionamento fíésico eé comprovado mediante teste fíésico


realizado pelas organizaçoã es da Aeronaé utica e de acordo com condiçoã es
estabelecidas em normas da Comissaã o de Desportos da Aeronaé utica (CDA).

§ 3º A inaptidaã o fíésica temporaé ria naã o impede o ingresso do graduado no


quadro de acesso, nem a sua consequü ente promoçaã o, exceto se, por este motivo,
estiver agregado por mais de dois anos consecutivos.

§ 4º As organizaçoã es militares saã o responsaé veis pelo controle das inspeçoã es


de saué de e dos testes fíésicos dos graduados que as integram, devendo observar as
instruçoã es pertinentes, quando do ingresso do graduado em faixa de cogitaçaã o para
composiçaã o de quadro de acesso;

§ 5º O graduado em serviço no exterior seraé dispensado das exigeê ncias da


aptidaã o fíésica durante o períéodo deste serviço mais seis meses, desde que tenha
sido julgado apto em inspeçaã o de saué de e teste fíésico realizados dentro dos noventa
dias que antecederam a data de embarque.
§ 6º Condiçoã es peculiares saã o exigeê ncias especíéficas para determinada
graduaçaã o e quadro, estabelecidas para assegurar conhecimentos e experieê ncia
desejaé veis para o exercíécio das atividades funcionais da graduaçaã o superior.

Art. 17. Conceito profissional eé o requisito essencial que resulta da anaé lise
qualitativa e quantitativa dos atributos inerentes ao exercíécio do cargo militar do
graduado, aà luz das obrigaçoã es e deveres militares, contidos no Estatuto dos
Militares.

Art. 18. Conceito moral eé o requisito essencial que resulta da avaliaçaã o do


caraé ter do graduado e de sua conduta como militar e cidadaã o, aà luz das obrigaçoã es
e deveres militares, contidos no Estatuto dos Militares.

Art. 19. Comportamento militar eé o requisito essencial que resulta da


avaliaçaã o do comportamento do graduado, aà luz do Regulamento Disciplinar da
Aeronaé utica (RDAER).

Art. 20. A avaliaçaã o dos conceitos profissional, moral e do comportamento


militar, registrados durante a vida militar do graduado, eé que possibilita realizar a
seleçaã o para ingresso nos quadros de acesso por antiguü idade e por merecimento.

Paraé grafo ué nico. O conceito profissional, o conceito moral e o comportamento


militar saã o o resultado da anaé lise de fichas de avaliaçaã o de desempenho e de outros
documentos.

Art. 21. Compete ao Comando-Geral do Pessoal baixar normas relativas aà


elaboraçaã o e aà aplicaçaã o das fichas de avaliaçaã o de desempenho.

Art. 22. O Primeiro-Sargento definitivamente impossibilitado de ascender aà


graduaçaã o de Suboficial, por naã o possuir o curso exigido, permaneceraé em seu
quadro, sem ocupar vaga.

Paraé grafo ué nico. A numeraçaã o ordinaé ria seraé substituíéda pela designaçaã o não-
numerado, sem prejuíézo para a sua antiguü idade na graduaçaã o de Primeiro-
Sargento.
CAPIÉTULO IV

Do Processamento das Promoçoã es

Art. 23. As promoçoã es saã o efetuadas:

I - a Suboficial, Primeiro-Sargento, Segundo-Sargento, Terceiro-Sargento e


Cabo, por ato do Diretor de Administraçaã o do Pessoal;

II - a Soldado-de-Primeira-Classe, por ato do Comandante do Comando Aeé reo


Regional em que tenha realizado o Curso de Especializaçaã o de Soldado (CESD).

Art. 24. A efetivaçaã o das promoçoã es soé ocorreraé pela existeê ncia de vagas
correspondentes, exceto aquelas a que se referem os artigos 7º, 8º e 9º e as por
conclusaã o de curso.

Art. 25. As vagas nos diferentes quadros, consideradas para as promoçoã es, saã o
provenientes de:

I - promoçaã o aà graduaçaã o superior;

II - transfereê ncia para a reserva remunerada;

III - licenciamento;

IV - aumento de efetivo;

V - agregaçaã o;

VI - reforma;

VII - inclusaã o na categoria de extranumeraé rio;

VIII - naã o-remuneraçaã o;

IX - anulaçaã o de inclusaã o;

X - exclusaã o a bem da disciplina;


XI - exclusaã o por deserçaã o;

XII - exclusaã o do CPGAER;

XIII - falecimento.

§ 1º As vagas saã o consideradas abertas na data citada no documento oficial


quando dele decorrerem e, nos demais casos, na data do evento de que se tiverem
originado.

§ 2º Cada vaga aberta em determinada graduaçaã o acarretaraé vaga nas


graduaçoã es inferiores, sendo esta sequü eê ncia interrompida quando houver seu
preenchimento por excedente, ressalvado o caso de vaga aberta em decorreê ncia da
aplicaçaã o da quota compulsoé ria.

§ 3º Seraã o tambeé m consideradas as vagas que resultarem das transfereê ncias


ex officio para a reserva remunerada, jaé previstas, ateé a data de promoçaã o inclusive,
bem como as decorrentes de quota compulsoé ria.

§ 4º Naã o preenche vaga o graduado que, estando agregado, venha a ser


promovido e continue na mesma situaçaã o.

§ 5º As vagas a que se refere o § 3º devem ser consideradas abertas na data


em que o graduado incidir em caso de transfereê ncia ex officio para a reserva
remunerada ou reforma, de conformidade com o Estatuto dos Militares, ou, no caso
de transfereê ncia para a reserva remunerada a pedido, na data em que a Diretoria
de Administraçaã o do Pessoal (Dirap), tiver conhecimento oficial do pedido de
transfereê ncia.

§ 6º A partir da data da comunicaçaã o de que trata o paraé grafo anterior, o


graduado seraé agregado ao respectivo quadro.

§ 7º Naã o seraã o computadas, para promoçaã o, as vagas abertas nos dez dias que
antecederem as datas previstas no art. 28.
Art. 26. As promoçoã es se efetuam para o preenchimento das vagas nas
graduaçoã es dos quadros, independentemente da especialidade.

Paraé grafo ué nico. Este artigo naã o se aplica aà promoçaã o de Cabo e Soldado-de-
Primeira-Classe, ocorrida ao teé rmino do Curso de Formaçaã o de Cabos (CFC) e CESD
respectivos.

Art. 27. Seraé estabelecida, por portaria do Ministro da Aeronaé utica, uma
proporçaã o do efetivo de cada graduaçaã o, a fim de permitir, anual e
obrigatoriamente um nué mero míénimo de vagas aà promoçaã o.

Paraé grafo ué nico. Cabe aà Dirap computar as vagas ocorridas e mediante o


licenciamento e a aplicaçaã o da quota compulsoé ria, garantir este nué mero míénimo de
vagas estabelecidas.

Art. 28. As promoçoã es a Terceiro-Sargento, Cabo e a Soldado-de-Primeira-


Classe ocorreraã o, apoé s a conclusaã o, com aproveitamento, do Curso de Formaçaã o de
Sargentos (CFS), CFC e do CESD, respectivamente.

§ 2° A antiguü idade na graduaçaã o eé contada a partir da data da assinatura do


ato da respectiva promoçaã o, salvo quando estiver taxativamente fixada outra data;
ressalvados os casos de desconto de tempo naã o computaé vel de acordo com o
Estatuto dos Militares.

Art. 29. A promoçaã o por antiguü idade, em qualquer quadro, eé feita na


sequü eê ncia do respectivo Quadro de Acesso por Antiguü idade.

Art. 30. A promoçaã o por merecimento eé feita com base no Quadro de Acesso
por Merecimento, obedecendo a ordem de precedeê ncia hieraé rquica estabelecida no
QAA.

§ 1º A promoçaã o seraé por merecimento quando o graduado concorrer aà


mesma pelos criteé rios de antiguü idade e merecimento, exceto quando ocorrer por
conclusaã o de curso.
§ 2º A promoçaã o por merecimento seraé efetuada de acordo com instruçoã es
contidas em Diretriz do Ministeé rio da Aeronaé utica (DMA).

Art. 31. A promoçaã o por bravura, eé efetivada somente em operaçoã es de


guerra, pelo Ministro da Aeronaé utica, Comandante do Teatro de Operaçoã es, das
Zonas de Defesa, ou pelos Comandantes Operacionais isolados.

§ 1º O ato de bravura, considerado altamente meritoé rio, eé apurado em


investigaçaã o sumaé ria procedida por um Conselho Especial, para este fim,
designado por qualquer das autoridades acima referidas.

§ 2º A promoçaã o por bravura, naã o efetivada pelo Ministro da Aeronaé utica,


deveraé ser confirmada por ato deste.

§ 3º Na promoçaã o por bravura, naã o se aplicam as exigeê ncias para a promoçaã o


estabelecidas neste regulamento.

§ 4º Posteriormente, seraé proporcionado ao graduado promovido a


oportunidade de satisfazer as condiçoã es para o acesso e, mesmo que naã o as
consiga, ser-lhe-aé facultado permanecer no serviço ativo, na graduaçaã o que atingiu,
ateé a idade-limite de permaneê ncia, desde que naã o se enquadre em dispositivo legal
que determine o seu afastamento.

Art. 32. A promoçaã o post mortem eé efetivada quando o graduado falecer em


uma das seguintes situaçoã es, independentemente de integrar faixa de cogitaçaã o:

I - em açaã o de combate ou de manutençaã o da ordem pué blica;

III - em consequü eê ncia de ferimento recebido em campanha ou na manutençaã o


da ordem pué blica ou, ainda, em doença, moleé stia ou enfermidade contraíédas nessa
situaçaã o ou dela redundante;

III - em acidente em serviço, ou em consequü eê ncia de doença, moleé stia ou


enfermidade, que nele tenham sua causa eficiente.
§ 1º O graduado seraé tambeé m promovido se, ao falecer, integrava a faixa de
cogitaçaã o dos que concorriam aà promoçaã o pelos criteé rios de antiguü idade ou
merecimento e satisfazia as condiçoã es de acesso.

§ 2º Os casos de morte por ferimento, doença, moleé stia ou enfermidade


referidos neste artigo seraã o comprovados por atestado de origem, inqueé rito
sanitaé rio de origem ou ficha de evacuaçaã o, sendo os termos do acidente, baixa ao
hospital, papeletas de tratamento nas enfermarias e hospitais e os registros de
baixa, utilizados como meios subsidiaé rios para esclarecer a situaçaã o.

§ 3º A promoçaã o por bravura naã o exclui a promoçaã o post mortem resultante


das consequü eê ncias do ato de bravura.

§ 3º A promoçaã o por bravura exclui a promoçaã o post mortem resultante das


consequü eê ncias do ato praticado. (Redaçaã o dada pelo Decreto nº 2.166, de 1997)

§ 4º A data de promoçaã o, a ser efetivada na forma deste artigo, retroagiraé aà


data de seu falecimento.

Art. 33. O graduado seraé ressarcido da sua preteriçaã o, desde que seja
reconhecido o seu direito aà promoçaã o, quando:

I - tiver soluçaã o favoraé vel a recurso interposto;

II - cessar sua situaçaã o de prisioneiro de guerra, desaparecido ou extraviado;

III - for absolvido ou impronunciado no processo a que estiver respondendo;

IV - naã o for considerado culpado em Conselho de Disciplina;

V - tiver sido prejudicado por comprovado erro administrativo.

Art. 34. O reconhecimento do direito aà promoçaã o, em ressarcimento de


preteriçaã o, poderaé ser feito ex officio, ou mediante recurso interposto aà Comissaã o
de Promoçaã o de Graduados (CPG ).
§ 1º Compete aà CPG o iníécio do processo para o reconhecimento do direito aà
promoçaã o em ressarcimento de preteriçaã o ex officio.

§ 2º Quando o processo para o reconhecimento do direito aà promoçaã o em


ressarcimento de preteriçaã o resultar de recurso interposto na OM de origem, a
mesma deveraé informar aà CPG.

§ 3º Na aplicaçaã o do disposto neste artigo, o graduado mais moderno na


graduaçaã o e quadro correspondente passaraé aà situaçaã o de excedente, se for o caso.

Art. 35. A CPG eé o oé rgaã o permanente encarregado do processamento dos


assuntos relativos aà s promoçoã es no CPGAER.

§ 1º Os trabalhos da CPG, que envolvam avaliaçaã o de meé rito, e a respectiva


documentaçaã o teraã o classificaçaã o confidencial.

§ 2º A CPG eé constitutiva da DIRAP e tem sua estrutura e funcionamento


previstos no regulamento daquela organizaçaã o militar e respectivo regimento
interno.

CAPIÉTULO V

Dos Quadros de Acesso

Art. 36. Faixa de cogitaçaã o eé a relaçaã o de graduados possuidores de interstíécio,


estabelecida para cada graduaçaã o e quadro, dispostos em ordem hieraé rquica e em
nué mero suficiente para a composiçaã o dos quadros de acesso.

Paraé grafo ué nico. Poderaé ser incluíédo em faixa de cogitaçaã o e quadro de acesso,
caso atenda aos demais dispositivos deste regulamento, o graduado que completar
o interstíécio na data da promoçaã o considerada.

Art. 37. Quadros de acesso saã o relaçoã es de graduados em condiçoã es de serem


promovidos, organizadas separadamente por graduaçaã o e quadro, para as
promoçoã es por antiguü idade e por merecimento.
§ 1º Somente seraã o relacionados para estudo destinado aà inclusaã o nos
quadros de acesso os graduados constantes da faixa de cogitaçaã o que satisfaçam as
condiçoã es de acesso.

§ 2º Os quadros de acesso, suas alteraçoã es, bem como a relaçaã o dos graduados
naã o incluíédos neles seraã o publicados em Boletim do Ministeé rio da Aeronaé utica.

Art. 38. Quadro de Acesso por Antiguü idade (QAA) eé a relaçaã o dos graduados
habilitados ao acesso e colocados em ordem decrescente de antiguü idade.

Paraé grafo ué nico. A organizaçaã o para o QAA conteraé os nomes dos graduados
em nué mero igual ao do somatoé rio das vagas existentes, acrescido de um terço
desse nué mero.

Art. 39. Quadro de Acesso por Merecimento (QAM) eé a relaçaã o dos graduados
habilitados ao acesso e resultante da apreciaçaã o do meé rito e das qualidades
exigidas para a promoçaã o, que devem considerar, aleé m de outros requisitos
peculiares:

I - a eficaé cia revelada no desempenho de funçoã es e atividades;

II - a potencialidade para o desempenho de funçoã es mais elevadas;

III - a capacidade de liderança, iniciativa e presteza de decisaã o;

IV - os resultados dos cursos regulamentares realizados;

V - o realce do graduado entre seus pares.

§ 1º Para o ingresso em QAM, organizado a cada data de promoçaã o, eé essencial


que o graduado esteja relacionado em QAA.

§ 2º O resultado da apreciaçaã o do meé rito seraé expresso pela colocaçaã o dos


graduados em Lista de Merecimento Relativo (LMR), consubstanciada em Diretriz
do Ministeé rio da Aeronaé utica (DMA).
Art. 40. O graduado que, na graduaçaã o, deixar de figurar por treê s vezes,
consecutivas ou naã o, no QAM, se em cada um deles participar graduado mais
moderno, eé considerado inabilitado para a promoçaã o aà graduaçaã o imediata pelo
criteé rio de merecimento.

Art. 41. Seraé excluíédo do QAM jaé organizado, ou dele naã o poderaé constar, o
graduado que agregar ou estiver agregado:

I - por motivo de gozo de licença para tratamento de saué de de pessoa da


famíélia, por prazo superior a seis meses contíénuos;

II - em virtude de encontrar-se no exercíécio de cargo pué blico civil temporaé rio,


naã o eletivo, inclusive da administraçaã o indireta;

III - por ter passado aà disposiçaã o de Ministeé rio Civil, de oé rgaã o do Governo
Federal, ou do Distrito Federal, para exercer funçaã o de natureza civil.

Paraé grafo ué nico. Para ser incluíédo ou reincluíédo no QAM, o graduado deve
reverter ao respectivo quadro, pelo menos trinta dias antes da data da promoçaã o.

Art. 42. O graduado promovido indevidamente passaraé aà situaçaã o de


excedente.

Paraé grafo ué nico. O graduado de que trata este artigo soé contaraé antiguü idade e
receberaé o nué mero que lhe competir na escala hieraé rquica, quando a vaga a ser
preenchida corresponder ao criteé rio pelo qual deveria ter sido promovido, desde
que satisfaça aos requisitos para a promoçaã o.

Art. 43. Seraé excluíédo de qualquer quadro de acesso o graduado que:

I - for nele incluíédo indevidamente;

II - for promovido;

III - passar aà inatividade;

IV - tiver falecido.
CAPIÉTULO VI

Dos Impedimentos

Art. 44. 0 graduado naã o poderaé constar de qualquer quadro de acesso


enquanto estiver:

I - em licença para tratar de interesse particular;

II - considerado prisioneiro de guerra, desaparecido ou extraviado;

III - na situaçaã o de desertor;

IV - considerado incapaz definitivamente para o serviço militar;

V - estiver em díévida com a Fazenda Nacional, por alcance;

VI - no serviço ativo mediante concessaã o de liminar, enquanto naã o for


transitada em julgado a sentença do meé rito;

VII - afastado do cargo por condenaçaã o;

VIII - afastado do cargo por decisaã o administrativa;

IX - submetido a Conselho de Disciplina, instaurado ex officio;

X - denunciado em processo crime, enquanto a sentença final naã o houver


transitado em julgado;

XI - preso, preventivamente, ou respondendo a Inqueé rito Policial Militar;

XI - preso preventivamente, em virtude de Inqueé rito Policial Militar


instaurado. (Redaçaã o dada pelo Decreto nº 2.166, de 1997)

XII - cumprindo pena restritiva de liberdade por sentença transitada em


julgado, mesmo quando beneficiado por livramento condicional.
§ 1º Considera-se prisioneiro-de-guerra o graduado que, em campanha, for
capturado por forças inimigas, ateé sua liberaçaã o ou repatriamento.

§ 2º Considera-se desaparecido o graduado na ativa que, no desempenho de


qualquer serviço, em viagem, em campanha ou em caso de calamidade pué blica,
tiver paradeiro ignorado por mais de oito dias, sem indicio de deserçaã o.

§ 3º Considera-se extraviado o graduado que, no termo do paraé grafo anterior,


permanecer desaparecido por mais de trinta dias.

§ 4º Considera-se incapaz, definitivamente, para os serviço militar o graduado


que assim for julgado por Junta Superior de Saué de da Aeronaé utica.

§ 5º Considera-se afastado do cargo por decisaã o administrativa o graduado


que demonstrar incapacidade para o exercíécio de funçoã es militares a ele inerentes.

§ 6º O graduado de que trata o inciso VI deste artigo seraé promovido em


ressarcimento de preteriçaã o, caso lhe tenha sido favoraé vel a sentença de meé rito
passada em julgado.

Art. 45. O graduado naã o poderaé , ainda, constar de qualquer quadro de acesso
quando:

I - deixar de satisfazer as condiçoã es de acesso estabelecidas no art. 16;

II - for considerado inabilitado para o acesso, em caraé ter provisoé rio, a juíézo da
CPG, por ser incapaz de atender a qualquer dos requisitos estabelecidos nos incisos
II e III do art. 15.
§ 1º O graduado, com estabilidade adquirida, que incidir no inciso II deste
artigo seraé submetido a Conselho de Disciplina ex officio.
§ 2º O graduado, sem estabilidade assegurada, que incidir no inciso II deste
artigo seraé licenciado nos termos do Estatuto dos Militares.
§ 3º O Ministro da Aeronaé utica, apoé s receber o relatoé rio do Conselho de
Disciplina, instaurado na forma do § 1º deste artigo, consideraraé , ou naã o, o
graduado inabilitado para o acesso em caraé ter definitivo, determinando, se for o
caso, sua reforma ou exclusaã o do serviço ativo a bem da disciplina, nos termos do
Estatuto dos Militares. (Revogado pelo Decreto nº 2.166, de 1997)
§ 4º Considera-se o graduado inabilitado para o acesso, em caraé ter definitivo,
somente quando incidir no caso do § 2º deste artigo.(Revogado pelo Decreto nº
2.166, de 1997)

II - for considerado inabilitado para o acesso, a juíézo da Comissaã o de


Promoçoã es de Graduados, por ser incapaz de atender a qualquer dos requisitos
estabelecidos nos incisos II e III do art. 15. (Redaçaã o dada pelo Decreto nº 2.166, de
1997)

§ 1º O graduado, com estabilidade adquirida, que incidir no inciso II deste


artigo, seraé considerado inabilitado para o acesso, em caraé ter provisoé rio, e
submetido a Conselho de Disciplina nos termos do Decreto nº 71.500, de 5 de
dezembro de 1972. (Redaçaã o dada pelo Decreto nº 2.166, de 1997)

§ 2º O graduado, sem estabilidade assegurada, que incidir no inciso II deste


artigo, seraé considerado inabilitado para o acesso, em caraé ter definitivo, e
licenciado nos termos do Estatuto dos Militares. (Redaçaã o dada pelo Decreto nº
2.166, de 1997)

CAPIÉTULO VII

Da Quota Compulsoé ria

Art. 46. A quota compulsoé ria eé destinada a assegurar a renovaçaã o, o


equilíébrio, a regularidade de acesso e a adequaçaã o dos efetivos em cada graduaçaã o.

Art. 47. A quota compulsoé ria, estabelecida por graduaçaã o, seraé fixada em
portaria do Ministro da Aeronaé utica, ateé o dia 15 de janeiro de cada ano,
deduzindo-se do nué mero míénimo de vagas fixado para aquele ano:

I - as vagas fixadas para a graduaçaã o imediatamente superior;

II - as vagas havidas no períéodo de 1º de janeiro a 31 de dezembro do ano


anterior.
Art. 48. A quota compulsoé ria soé seraé aplicada quando houver, na graduaçaã o
imediatamente abaixo, graduados que satisfaçam as condiçoã es de acesso.

Art. 49. A Dirap elaboraraé , ateé 31 de janeiro de cada ano, a lista dos graduados
destinados a integrar a quota compulsoé ria.

Art. 50. A inclusaã o na quota compulsoé ria obedeceraé aà s seguintes prescriçoã es:

I - inicialmente, seraã o apreciados os requerimentos apresentados pelos


graduados da ativa que, contando mais de vinte anos de tempo de efetivo serviço,
requererem sua inclusaã o, dando-se atendimento por prioridade, em cada
graduaçaã o, aos mais idosos;

II - se naã o for atingida pelos requerentes de que trata o inciso I, seraé


completada ex officio por outros graduados, de acordo com a seguinte prioridade:

a) os que contarem mais de trinta anos de efetivo serviço e mais tempo na


graduaçaã o do que o ideal de permaneê ncia;

b) os que, contando mais de vinte anos de efetivo serviço, deixarem de


integrar os QAA durante o tempo ideal de permaneê ncia na graduaçaã o, se neles tiver
ingressado graduado mais moderno.

Paraé grafo ué nico. Dentre graduados em igualdade de condiçoã es, teraã o


prefereê ncia os de menor merecimento; em igualdade de merecimento, os demais
idade e, em caso de mesma idade, os mais modernos.

Art. 51. A transfereê ncia para a reserva remunerada dos graduados atingidos
por quota compulsoé ria deveraé ocorrer, no maé ximo, ateé 15 de março de cada ano.

Art. 52. Os graduados incluíédos em quota compulsoé ria deveraã o ser notificados
pelo Dirap, no maé ximo, em cinco dias ué teis.

Art. 53. Naã o seraã o relacionados para integrar a quota compulsoé ria os
graduados que estiverem agregados por terem sido declarados extraviados ou
desertores.
CAPIÉTULO VIII

Do Recurso

Art. 54. O recurso eé o meio legal de que dispoã e o graduado para pleitear a
modificaçaã o de ato administrativo que o tenha prejudicado ou de reconhecimento
de um direito que julgue lhe tenha sido negado.

Art. 55. O graduado poderaé interpor recurso ao Ministro da Aeronaé utica,


como ué ltima instaê ncia, na esfera administrativa, nos seguintes casos:

I - se julgar prejudicado em seu direito aà promoçaã o ou composiçaã o de quadro


de acesso;

II - for considerado inabilitado para realizar os cursos exigidos para


promoçaã o;

III - for indicado para integrar quota compulsoé ria;

IV - for considerado inabilitado, de acordo com o inciso II do artigo 45,


quando se tratar de graduado sem estabilidade adquirida.

§ 1º O recurso de que trata o inciso IV deste artigo teraé efeito suspensivo ateé a
sua decisaã o pela autoridade competente.

§ 2º Os recursos de que tratam os incisos I, III e IV deste artigo, devem ser


apresentados aà CPG, ateé quinze dias corridos, a contar da data de publicaçaã o do ato
no Boletim da Organizaçaã o em que serve o graduado.

§ 3º O recurso referente aà composiçaã o de quadro de acesso e aà promoçaã o deve


ser solucionado no prazo de sessenta dias, contados a partir da data de seu
recebimento.

§ 4º O recurso de que trata o inciso II deste artigo deve ser apresentado aà CPG,
ateé cento e vinte dias corridos, a contar da data de publicaçaã o do ato no Boletim da
Organizaçaã o em que serve o graduado.
CAPIÉTULO IX

Disposiçoã es Transitoé rias e Finais

Art. 56. Os interstíécios e as condiçoã es peculiares seraã o estabelecidas em


portarias do Ministro da Aeronaé utica.

Art. 57. A inclusaã o do condicionamento fíésico, como requisito essencial para


ingresso em quadro de acesso, seraé efetivada em portaria do Ministro da
Aeronaé utica.

Art. 58. As Promoçoã es no Quadro Feminino de Graduados, integrantes do


Corpo Feminino da Reserva da Aeronaé utica, obedeceraã o o disposto neste
regulamento, ressalvadas as disposiçoã es em contraé rio estabelecidas na Lei nº
6.924, de 29 de junho de 1981, e do Decreto nº 86.325, de 1º de setembro de 1981.

Art. 59. As promoçoã es no Quadro de Taifeiro, colocado em extinçaã o pelo


Decreto nº 880, de 23 de julho de 1993, seraã o efetuadas de acordo com os
dispositivos deste regulamento, enquanto houver ocupantes desse quadro que
preencham as condiçoã es exigidas.

Art. 60. Ateé doze meses apoé s a vigeê ncia deste regulamento, as promoçoã es dos
militares do CPGAER e do QFG seraã o processadas, ainda, de acordo com o previsto
no RCPGAER aprovado pelo Decreto nº 92.577, de 24 de abril de 1986.

Art. 61. Os casos naã o previstos neste regulamento seraã o resolvidos pelo
Ministro da Aeronaé utica.

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 6.880, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1980.

(Vigeê ncia) Dispoã e sobre o Estatuto dos Militares.


(Vide Decreto nº 88.455, de 1983)
(Vide Decreto nº 4.307, de 2002)
(Vide Decreto nº 4.346, de 2002)

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta


e eu sanciono a seguinte Lei:

ESTATUTO DOS MILITARES

TIÉTULO I
Generalidades

CAPIÉTULO I
Disposiçoã es Preliminares

Art. 1º O presente Estatuto regula a situaçaã o, obrigaçoã es, deveres, direitos e


prerrogativas dos membros das Forças Armadas.

Art. 2º As Forças Armadas, essenciais aà execuçaã o da políética de segurança


nacional, saã o constituíédas pela Marinha, pelo Exeé rcito e pela Aeronaé utica, e
destinam-se a defender a Paé tria e a garantir os poderes constituíédos, a lei e a
ordem. Saã o instituiçoã es nacionais, permanentes e regulares, organizadas com base
na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da Repué blica
e dentro dos limites da lei.

Art. 3° Os membros das Forças Armadas, em razaã o de sua destinaçaã o


constitucional, formam uma categoria especial de servidores da Paé tria e saã o
denominados militares.

§ 1° Os militares encontram-se em uma das seguintes situaçoã es:

a) na ativa:

I - os de carreira;
II - os incorporados aà s Forças Armadas para prestaçaã o de serviço militar
inicial, durante os prazos previstos na legislaçaã o que trata do serviço militar, ou
durante as prorrogaçoã es daqueles prazos;

III - os componentes da reserva das Forças Armadas quando convocados,


reincluíédos, designados ou mobilizados;

IV - os alunos de oé rgaã o de formaçaã o de militares da ativa e da reserva; e

V - em tempo de guerra, todo cidadaã o brasileiro mobilizado para o serviço


ativo nas Forças Armadas.

b) na inatividade:

I - os da reserva remunerada, quando pertençam aà reserva das Forças Armadas


e percebam remuneraçaã o da Uniaã o, poreé m sujeitos, ainda, aà prestaçaã o de serviço
na ativa, mediante convocaçaã o ou mobilizaçaã o; e

II - os reformados, quando, tendo passado por uma das situaçoã es anteriores


estejam dispensados, definitivamente, da prestaçaã o de serviço na ativa, mas
continuem a perceber remuneraçaã o da Uniaã o.

lll - os da reserva remunerada, e, excepcionalmente, os reformados, executado


tarefa por tempo certo, segundo regulamentaçaã o para cada Força Armada.
(Redaçaã o dada pela Lei nº 9.442, de 14.3.1997) (Vide Decreto nº 4.307, de
2002)

§ 2º Os militares de carreira saã o os da ativa que, no desempenho voluntaé rio e


permanente do serviço militar, tenham vitaliciedade assegurada ou presumida.

Art. 4º Saã o considerados reserva das Forças Armadas:

I - individualmente:

a) os militares da reserva remunerada; e


b) os demais cidadaã os em condiçoã es de convocaçaã o ou de mobilizaçaã o para a
ativa.

II - no seu conjunto:

a) as Políécias Militares; e

b) os Corpos de Bombeiros Militares.

§ 1° A Marinha Mercante, a Aviaçaã o Civil e as empresas declaradas diretamente


devotada aà s finalidades precíépuas das Forças Armadas, denominada atividade
efeitos de mobilizaçaã o e de emprego, reserva das Forças Armadas.

§ 2º O pessoal componente da Marinha Mercante, da Aviaçaã o Civil e das


empresas declaradas diretamente relacionadas com a segurança nacional, bem
como os demais cidadaã os em condiçoã es de convocaçaã o ou mobilizaçaã o para a ativa,
soé seraã o considerados militares quando convocados ou mobilizados para o serviço
nas Forças Armadas.

Art. 5º A carreira militar eé caracterizada por atividade continuada e


inteiramente devotada aà s finalidades precíépuas das Forças Armadas, denominada
atividade militar.

§ 1º A carreira militar eé privativa do pessoal da ativa, inicia-se com o ingresso


nas Forças Armadas e obedece aà s diversas sequü eê ncias de graus hieraé rquicos.

§ 2º Saã o privativas de brasileiro nato as carreiras de oficial da Marinha, do


Exeé rcito e da Aeronaé utica.

Art. 6o Saã o equivalentes as expressoã es "na ativa", "da ativa", "em serviço ativo",
"em serviço na ativa", "em serviço", "em atividade" ou "em atividade militar",
conferidas aos militares no desempenho de cargo, comissaã o, encargo, incumbeê ncia
ou missaã o, serviço ou atividade militar ou considerada de natureza militar nas
organizaçoã es militares das Forças Armadas, bem como na Presideê ncia da
Repué blica, na Vice-Presideê ncia da Repué blica, no Ministeé rio da Defesa e nos demais
oé rgaã os quando previsto em lei, ou quando incorporados aà s Forças Armadas.
(Redaçaã o dada pela Medida Provisoé ria nº 2.215-10, de 31.8.2001)

Art. 7° A condiçaã o juríédica dos militares eé definida pelos dispositivos da


Constituiçaã o que lhes sejam aplicaé veis, por este Estatuto e pela legislaçaã o, que lhes
outorgam direitos e prerrogativas e lhes impoã em deveres e obrigaçoã es.

Art. 8° O disposto neste Estatuto aplica-se, no que couber:

I - aos militares da reserva remunerada e reformados;

II - aos alunos de oé rgaã o de formaçaã o da reserva;

III - aos membros do Magisteé rio Militar; e

IV - aos Capelaã es Militares.

Art. 9º Os oficiais-generais nomeados Ministros do Superior Tribunal Militar,


os membros do Magisteé rio Militar e os Capelaã es Militares saã o regidos por
legislaçaã o especíéfica.

CAPIÉTULO II
Do Ingresso nas Forças Armadas

Art. 10. O ingresso nas Forças Armadas eé facultado, mediante incorporaçaã o,


matríécula ou nomeaçaã o, a todos os brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei e nos regulamentos da Marinha, do Exeé rcito e da Aeronaé utica.

§ 1º Quando houver convenieê ncia para o serviço de qualquer das Forças


Armadas, o brasileiro possuidor de reconhecida competeê ncia teé cnico-profissional
ou de notoé ria cultura cientíéfica poderaé , mediante sua aquiesceê ncia e proposta do
Ministro da Força interessada, ser incluíédo nos Quadros ou Corpos da Reserva e
convocado para o serviço na ativa em caraé ter transitoé rio.

§ 2º A inclusaã o nos termos do paraé grafo anterior seraé feita em grau hieraé rquico
compatíével com sua idade, atividades civis e responsabilidades que lhe seraã o
atribuíédas, nas condiçoã es reguladas pelo Poder Executivo.
Art. 11. Para matríécula nos estabelecimentos de ensino militar destinados aà
formaçaã o de oficiais, da ativa e da reserva, e de graduados, aleé m das condiçoã es
relativas aà nacionalidade, idade, aptidaã o intelectual, capacidade fíésica e idoneidade
moral, eé necessaé rio que o candidato naã o exerça ou naã o tenha exercido atividades
prejudiciais ou perigosas aà segurança nacional.

Paraé grafo ué nico. O disposto neste artigo e no anterior aplica-se, tambeé m, aos
candidatos ao ingresso nos Corpos ou Quadros de Oficiais em que eé exigido o
diploma de estabelecimento de ensino superior reconhecido pelo Governo Federal.

Art. 12. A convocaçaã o em tempo de paz eé regulada pela legislaçaã o que trata do
serviço militar.

§ 1° Em tempo de paz e independentemente de convocaçaã o, os integrantes da


reserva poderaã o ser designados para o serviço ativo, em caraé ter transitoé rio e
mediante aceitaçaã o voluntaé ria.

§ 2º O disposto no paraé grafo anterior seraé regulamentado pelo Poder


Executivo.

Art. 13. A mobilizaçaã o eé regulada em legislaçaã o especíéfica.

Paraé grafo ué nico. A incorporaçaã o aà s Forças Armadas de deputados federais e


senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependeraé de
licença da Caê mara respectiva.

CAPIÉTULO III
Da Hierarquia Militar e da Disciplina

Art. 14. A hierarquia e a disciplina saã o a base institucional das Forças Armadas.
A autoridade e a responsabilidade crescem com o grau hieraé rquico.

§ 1º A hierarquia militar eé a ordenaçaã o da autoridade, em níéveis diferentes,


dentro da estrutura das Forças Armadas. A ordenaçaã o se faz por postos ou
graduaçoã es; dentro de um mesmo posto ou graduaçaã o se faz pela antiguü idade no
posto ou na graduaçaã o. O respeito aà hierarquia eé consubstanciado no espíérito de
acatamento aà sequü eê ncia de autoridade.

§ 2º Disciplina eé a rigorosa observaê ncia e o acatamento integral das leis,


regulamentos, normas e disposiçoã es que fundamentam o organismo militar e
coordenam seu funcionamento regular e harmoê nico, traduzindo-se pelo perfeito
cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes desse
organismo.

§ 3º A disciplina e o respeito aà hierarquia devem ser mantidos em todas as


circunstaê ncias da vida entre militares da ativa, da reserva remunerada e
reformados.

Art. 15. Cíérculos hieraé rquicos saã o aê mbitos de conviveê ncia entre os militares da
mesma categoria e teê m a finalidade de desenvolver o espíérito de camaradagem, em
ambiente de estima e confiança, sem prejuíézo do respeito mué tuo.

Art . 16. Os cíérculos hieraé rquicos e a escala hieraé rquica nas Forças Armadas,
bem como a correspondeê ncia entre os postos e as graduaçoã es da Marinha, do
Exeé rcito e da Aeronaé utica, saã o fixados nos paraé grafos seguintes e no Quadro em
anexo.

§ 1° Posto eé o grau hieraé rquico do oficial, conferido por ato do Presidente da


Repué blica ou do Ministro de Força Singular e confirmado em Carta Patente.

§ 2º Os postos de Almirante, Marechal e Marechal-do-Ar somente seraã o


providos em tempo de guerra.

§ 3º Graduaçaã o eé o grau hieraé rquico da praça, conferido pela autoridade militar


competente.

§ 4º Os Guardas-Marinha, os Aspirantes-a-Oficial e os alunos de oé rgaã os


especíéficos de formaçaã o de militares saã o denominados praças especiais.
§ 5º Os graus hieraé rquicos inicial e final dos diversos Corpos, Quadros, Armas,
Serviços, Especialidades ou Subespecialidades saã o fixados, separadamente, para
cada caso, na Marinha, no Exeé rcito e na Aeronaé utica.

§ 6º Os militares da Marinha, do Exeé rcito e da Aeronaé utica, cujos graus


hieraé rquicos tenham denominaçaã o comum, acrescentaraã o aos mesmos, quando
julgado necessaé rio, a indicaçaã o do respectivo Corpo, Quadro, Arma ou Serviço e, se
ainda necessaé rio, a Força Armada a que pertencerem, conforme os regulamentos
ou normas em vigor.

§ 7º Sempre que o militar da reserva remunerada ou reformado fizer uso do


posto ou graduaçaã o, deveraé fazeê -lo com as abreviaturas respectivas de sua situaçaã o.

Art. 17. A precedeê ncia entre militares da ativa do mesmo grau hieraé rquico, ou
correspondente, eé assegurada pela antiguü idade no posto ou graduaçaã o, salvo nos
casos de precedeê ncia funcional estabelecida em lei.

§ 1º A antiguü idade em cada posto ou graduaçaã o eé contada a partir da data da


assinatura do ato da respectiva promoçaã o, nomeaçaã o, declaraçaã o ou incorporaçaã o,
salvo quando estiver taxativamente fixada outra data.

§ 2º No caso do paraé grafo anterior, havendo empate, a antiguü idade seraé


estabelecida:

a) entre militares do mesmo Corpo, Quadro, Arma ou Serviço, pela posiçaã o nas
respectivas escalas numeé ricas ou registros existentes em cada Força;

b) nos demais casos, pela antiguü idade no posto ou graduaçaã o anterior; se,
ainda assim, subsistir a igualdade, recorrer-se-aé , sucessivamente, aos graus
hieraé rquicos anteriores, aà data de praça e aà data de nascimento para definir a
procedeê ncia, e, neste ué ltimo caso, o de mais idade seraé considerado o mais antigo;

c) na existeê ncia de mais de uma data de praça, inclusive de outra Força


Singular, prevalece a antiguü idade do militar que tiver maior tempo de efetivo
serviço na praça anterior ou nas praças anteriores; e
d) entre os alunos de um mesmo oé rgaã o de formaçaã o de militares, de acordo
com o regulamento do respectivo oé rgaã o, se naã o estiverem especificamente
enquadrados nas letras a , b e c.

§ 3º Em igualdade de posto ou de graduaçaã o, os militares da ativa teê m


precedeê ncia sobre os da inatividade.

§ 4º Em igualdade de posto ou de graduaçaã o, a precedeê ncia entre os militares


de carreira na ativa e os da reserva remunerada ou naã o, que estejam convocados, eé
definida pelo tempo de efetivo serviço no posto ou graduaçaã o.

Art. 18. Em legislaçaã o especial, regular-se-aé :

I - a precedeê ncia entre militares e civis, em missoã es diplomaé ticas, ou em


comissaã o no Paíés ou no estrangeiro; e

II - a precedeê ncia nas solenidades oficiais.

Art. 19. A precedeê ncia entre as praças especiais e as demais praças eé assim
regulada:

I - os Guardas-Marinha e os Aspirantes-a-Oficial saã o hierarquicamente


superiores aà s demais praças;

II - os Aspirantes, alunos da Escola Naval, e os Cadetes, alunos da Academia


Militar das Agulhas Negras e da Academia da Força Aeé rea, bem como os alunos da
Escola de Oficiais Especialistas da Aeronaé utica, saã o hierarquicamente superiores
aos suboficiais e aos subtenentes;

III - os alunos de Escola Preparatoé ria de Cadetes e do Coleé gio Naval teê m
precedeê ncia sobre os Terceiros-Sargentos, aos quais saã o equiparados;

IV - os alunos dos oé rgaã os de formaçaã o de oficiais da reserva, quando fardados,


teê m precedeê ncia sobre os Cabos, aos quais saã o equiparados; e
V - os Cabos teê m precedeê ncia sobre os alunos das escolas ou dos centros de
formaçaã o de sargentos, que a eles saã o equiparados, respeitada, no caso de
militares, a antiguü idade relativa.

CAPIÉTULO IV
Do Cargo e da Funçaã o Militares

Art. 20. Cargo militar eé um conjunto de atribuiçoã es, deveres e


responsabilidades cometidos a um militar em serviço ativo.

§ 1º O cargo militar, a que se refere este artigo, eé o que se encontra especificado


nos Quadros de Efetivo ou Tabelas de Lotaçaã o das Forças Armadas ou previsto,
caracterizado ou definido como tal em outras disposiçoã es legais.

§ 2º As obrigaçoã es inerentes ao cargo militar devem ser compatíéveis com o


correspondente grau hieraé rquico e definidas em legislaçaã o ou regulamentaçaã o
especíéficas.

Art. 21. Os cargos militares saã o providos com pessoal que satisfaça aos
requisitos de grau hieraé rquico e de qualificaçaã o exigidos para o seu desempenho.

Paraé grafo ué nico. O provimento de cargo militar far-se-aé por ato de nomeaçaã o
ou determinaçaã o expressa da autoridade competente.

Art. 22. O cargo militar eé considerado vago a partir de sua criaçaã o e ateé que um
militar nele tome posse, ou desde o momento em que o militar exonerado, ou que
tenha recebido determinaçaã o expressa da autoridade competente, o deixe e ateé que
outro militar nele tome posse de acordo com as normas de provimento previstas
no paraé grafo ué nico do artigo anterior.

Paraé grafo ué nico. Consideram-se tambeé m vagos os cargos militares cujos


ocupantes tenham:

a) falecido;

b) sido considerados extraviados;


c) sido feitos prisioneiros; e

d) sido considerados desertores.

Art. 23. Funçaã o militar eé o exercíécio das obrigaçoã es inerentes ao cargo militar.

Art. 24. Dentro de uma mesma organizaçaã o militar, a sequü eê ncia de


substituiçoã es para assumir cargo ou responder por funçoã es, bem como as normas,
atribuiçoã es e responsabilidades relativas, saã o as estabelecidas na legislaçaã o ou
regulamentaçaã o especíéficas, respeitadas a precedeê ncia e a qualificaçaã o exigidas
para o cargo ou o exercíécio da funçaã o.

Art. 25. O militar ocupante de cargo provido em caraé ter efetivo ou interino, de
acordo com o paraé grafo ué nico do artigo 21, faz jus aos direitos correspondentes ao
cargo, conforme previsto em dispositivo legal.

Art. 26. As obrigaçoã es que, pela generalidade, peculiaridade, duraçaã o, vulto ou


natureza, naã o saã o catalogadas como posiçoã es tituladas em "Quadro de Efetivo",
"Quadro de Organizaçaã o", "Tabela de Lotaçaã o" ou dispositivo legal, saã o cumpridas
como encargo, incumbeê ncia, comissaã o, serviço ou atividade, militar ou de natureza
militar.

Paraé grafo ué nico. Aplica-se, no que couber, a encargo, incumbeê ncia, comissaã o,
serviço ou atividade, militar ou de natureza militar, o disposto neste Capíétulo para
cargo militar.

TIÉTULO II

Das Obrigaçoã es e dos Deveres Militares

CAPIÉTULO I

Das Obrigaçoã es Militares

SEÇÃO I

Do Valor Militar
Art. 27. Saã o manifestaçoã es essenciais do valor militar:

I - o patriotismo, traduzido pela vontade inabalaé vel de cumprir o dever militar


e pelo solene juramento de fidelidade aà Paé tria ateé com o sacrifíécio da proé pria vida;

II - o civismo e o culto das tradiçoã es histoé ricas;

III - a feé na missaã o elevada das Forças Armadas;

IV - o espíérito de corpo, orgulho do militar pela organizaçaã o onde serve;

V - o amor aà profissaã o das armas e o entusiasmo com que eé exercida; e

VI - o aprimoramento teé cnico-profissional.

SEÇÃO II

Da Ética Militar

Art. 28. O sentimento do dever, o pundonor militar e o decoro da classe


impoã em, a cada um dos integrantes das Forças Armadas, conduta moral e
profissional irrepreensíéveis, com a observaê ncia dos seguintes preceitos de eé tica
militar:

I - amar a verdade e a responsabilidade como fundamento de dignidade


pessoal;

II - exercer, com autoridade, eficieê ncia e probidade, as funçoã es que lhe


couberem em decorreê ncia do cargo;

III - respeitar a dignidade da pessoa humana;

IV - cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruçoã es e as ordens


das autoridades competentes;

V - ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciaçaã o do meé rito dos
subordinados;
VI - zelar pelo preparo proé prio, moral, intelectual e fíésico e, tambeé m, pelo dos
subordinados, tendo em vista o cumprimento da missaã o comum;

VII - empregar todas as suas energias em benefíécio do serviço;

VIII - praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente, o espíérito de


cooperaçaã o;

IX - ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e


falada;

X - abster-se de tratar, fora do aê mbito apropriado, de mateé ria sigilosa de


qualquer natureza;

XI - acatar as autoridades civis;

XII - cumprir seus deveres de cidadaã o;

XIII - proceder de maneira ilibada na vida pué blica e na particular;

XIV - observar as normas da boa educaçaã o;

XV - garantir assisteê ncia moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe
de famíélia modelar;

XVI - conduzir-se, mesmo fora do serviço ou quando jaé na inatividade, de modo


que naã o sejam prejudicados os princíépios da disciplina, do respeito e do decoro
militar;

XVII - abster-se de fazer uso do posto ou da graduaçaã o para obter facilidades


pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar negoé cios particulares ou de
terceiros;

XVIII - abster-se, na inatividade, do uso das designaçoã es hieraé rquicas:

a) em atividades políético-partidaé rias;

b) em atividades comerciais;
c) em atividades industriais;

d) para discutir ou provocar discussoã es pela imprensa a respeito de assuntos


políéticos ou militares, excetuando-se os de natureza exclusivamente teé cnica, se
devidamente autorizado; e

e) no exercíécio de cargo ou funçaã o de natureza civil, mesmo que seja da


Administraçaã o Pué blica; e

XIX - zelar pelo bom nome das Forças Armadas e de cada um de seus
integrantes, obedecendo e fazendo obedecer aos preceitos da eé tica militar.

Art. 29. Ao militar da ativa eé vedado comerciar ou tomar parte na


administraçaã o ou gereê ncia de sociedade ou dela ser soé cio ou participar, exceto
como acionista ou quotista, em sociedade anoê nima ou por quotas de
responsabilidade limitada.

§ 1º Os integrantes da reserva, quando convocados, ficam proibidos de tratar,


nas organizaçoã es militares e nas repartiçoã es pué blicas civis, de interesse de
organizaçoã es ou empresas privadas de qualquer natureza.

§ 2º Os militares da ativa podem exercer, diretamente, a gestaã o de seus bens,


desde que naã o infrinjam o disposto no presente artigo.

§ 3º No intuito de desenvolver a praé tica profissional, eé permitido aos oficiais


titulares dos Quadros ou Serviços de Saué de e de Veterinaé ria o exercíécio de
atividade teé cnico-profissional no meio civil, desde que tal praé tica naã o prejudique o
serviço e naã o infrinja o disposto neste artigo.

Art. 30. Os Ministros das Forças Singulares poderaã o determinar aos militares
da ativa da respectiva Força que, no interesse da salvaguarda da dignidade dos
mesmos, informem sobre a origem e natureza dos seus bens, sempre que houver
razoã es que recomendem tal medida.

CAPIÉTULO II
Dos Deveres Militares
SEÇÃO I
Conceituação

Art. 31. Os deveres militares emanam de um conjunto de víénculos racionais,


bem como morais, que ligam o militar aà Paé tria e ao seu serviço, e compreendem,
essencialmente:

I - a dedicaçaã o e a fidelidade aà Paé tria, cuja honra, integridade e instituiçoã es


devem ser defendidas mesmo com o sacrifíécio da proé pria vida;

II - o culto aos Síémbolos Nacionais;

III - a probidade e a lealdade em todas as circunstaê ncias;

IV - a disciplina e o respeito aà hierarquia;

V - o rigoroso cumprimento das obrigaçoã es e das ordens; e

VI - a obrigaçaã o de tratar o subordinado dignamente e com urbanidade.

SEÇÃO II
Do Compromisso Militar

Art. 32. Todo cidadaã o, apoé s ingressar em uma das Forças Armadas mediante
incorporaçaã o, matríécula ou nomeaçaã o, prestaraé compromisso de honra, no qual
afirmaraé a sua aceitaçaã o consciente das obrigaçoã es e dos deveres militares e
manifestaraé a sua firme disposiçaã o de bem cumpri-los.

Art . 33. O compromisso do incorporado, do matriculado e do nomeado, a que


se refere o artigo anterior, teraé caraé ter solene e seraé sempre prestado sob a forma
de juramento aà Bandeira na presença de tropa ou guarniçaã o formada, conforme os
dizeres estabelecidos nos regulamentos especíéficos das Forças Armadas, e taã o logo
o militar tenha adquirido um grau de instruçaã o compatíével com o perfeito
entendimento de seus deveres como integrante das Forças Armadas.
§ 1º O compromisso de Guarda-Marinha ou Aspirante-a-Oficial eé prestado nos
estabelecimentos de formaçaã o, obedecendo o cerimonial ao fixado nos respectivos
regulamentos.

§ 2º O compromisso como oficial, quando houver, seraé regulado em cada Força


Armada.

SEÇÃO III
Do Comando e da Subordinação

Art. 34. Comando eé a soma de autoridade, deveres e responsabilidades de que


o militar eé investido legalmente quando conduz homens ou dirige uma organizaçaã o
militar. O comando eé vinculado ao grau hieraé rquico e constitui uma prerrogativa
impessoal, em cujo exercíécio o militar se define e se caracteriza como chefe.

Paraé grafo ué nico. Aplica-se aà direçaã o e aà chefia de organizaçaã o militar, no que


couber, o estabelecido para comando.

Art. 35. A subordinaçaã o naã o afeta, de modo algum, a dignidade pessoal do


militar e decorre, exclusivamente, da estrutura hierarquizada das Forças Armadas.

Art. 36. O oficial eé preparado, ao longo da carreira, para o exercíécio de funçoã es


de comando, de chefia e de direçaã o.

Art. 37. Os graduados auxiliam ou complementam as atividades dos oficiais,


quer no adestramento e no emprego de meios, quer na instruçaã o e na
administraçaã o.

Paraé grafo ué nico. No exercíécio das atividades mencionadas neste artigo e no


comando de elementos subordinados, os suboficiais, os subtenentes e os sargentos
deveraã o impor-se pela lealdade, pelo exemplo e pela capacidade profissional e
teé cnica, incumbindo-lhes assegurar a observaê ncia minuciosa e ininterrupta das
ordens, das regras do serviço e das normas operativas pelas praças que lhes
estiverem diretamente subordinadas e a manutençaã o da coesaã o e do moral das
mesmas praças em todas as circunstaê ncias.
Art. 38. Os Cabos, Taifeiros-Mores, Soldados-de-Primeira-Classe, Taifeiros-de-
Primeira-Classe, Marinheiros, Soldados, Soldados-de-Segunda-Classe e Taifeiros-
de-Segunda-Classe saã o, essencialmente, elementos de execuçaã o.

Art. 39. Os Marinheiros-Recrutas, Recrutas, Soldados-Recrutas e Soldados-de-


Segunda-Classe constituem os elementos incorporados aà s Forças Armadas para a
prestaçaã o do serviço militar inicial.

Art. 40. AÀ s praças especiais cabe a rigorosa observaê ncia das prescriçoã es dos
regulamentos que lhes saã o pertinentes, exigindo-se-lhes inteira dedicaçaã o ao
estudo e ao aprendizado teé cnico-profissional.

Paraé grafo ué nico. AÀ s praças especiais tambeé m se assegura a prestaçaã o do


serviço militar inicial.

Art. 41. Cabe ao militar a responsabilidade integral pelas decisoã es que tomar,
pelas ordens que emitir e pelos atos que praticar.

CAPIÉTULO III
Da Violaçaã o das Obrigaçoã es e dos Deveres Militares

SEÇÃO I
Conceituação

Art. 42. A violaçaã o das obrigaçoã es ou dos deveres militares constituiraé crime,
contravençaã o ou transgressaã o disciplinar, conforme dispuser a legislaçaã o ou
regulamentaçaã o especíéficas.

§ 1º A violaçaã o dos preceitos da eé tica militar seraé taã o mais grave quanto mais
elevado for o grau hieraé rquico de quem a cometer.

§ 2° No concurso de crime militar e de contravençaã o ou transgressaã o


disciplinar, quando forem da mesma natureza, seraé aplicada somente a pena
relativa ao crime.
Art. 43. A inobservaê ncia dos deveres especificados nas leis e regulamentos, ou
a falta de exaçaã o no cumprimento dos mesmos, acarreta para o militar
responsabilidade funcional, pecuniaé ria, disciplinar ou penal, consoante a legislaçaã o
especíéfica.

Paraé grafo ué nico. A apuraçaã o da responsabilidade funcional, pecuniaé ria,


disciplinar ou penal poderaé concluir pela incompatibilidade do militar com o cargo
ou pela incapacidade para o exercíécio das funçoã es militares a ele inerentes.

Art. 44. O militar que, por sua atuaçaã o, se tornar incompatíével com o cargo, ou
demonstrar incapacidade no exercíécio de funçoã es militares a ele inerentes, seraé
afastado do cargo.

§ 1º Saã o competentes para determinar o imediato afastamento do cargo ou o


impedimento do exercíécio da funçaã o:

a) o Presidente da Repué blica;

b) os titulares das respectivas pastas militares e o Chefe do Estado-Maior das


Forças Armadas; e

c) os comandantes, os chefes e os diretores, na conformidade da legislaçaã o ou


regulamentaçaã o especíéfica de cada Força Armada.

§ 2º O militar afastado do cargo, nas condiçoã es mencionadas neste artigo,


ficaraé privado do exercíécio de qualquer funçaã o militar ateé a soluçaã o do processo ou
das provideê ncias legais cabíéveis.

Art. 45. Saã o proibidas quaisquer manifestaçoã es coletivas, tanto sobre atos de
superiores quanto as de caraé ter reivindicatoé rio ou políético.

SEÇÃO II
Dos Crimes Militares
Art. 46. O Coé digo Penal Militar relaciona e classifica os crimes militares, em
tempo de paz e em tempo de guerra, e dispoã e sobre a aplicaçaã o aos militares das
penas correspondentes aos crimes por eles cometidos.

SEÇÃO III
Das Contravenções ou Transgressões Disciplinares

Art. 47. Os regulamentos disciplinares das Forças Armadas especificaraã o e


classificaraã o as contravençoã es ou transgressoã es disciplinares e estabeleceraã o as
normas relativas aà amplitude e aplicaçaã o das penas disciplinares, aà classificaçaã o do
comportamento militar e aà interposiçaã o de recursos contra as penas disciplinares.

§ 1º As penas disciplinares de impedimento, detençaã o ou prisaã o naã o podem


ultrapassar 30 (trinta) dias.

§ 2º AÀ praça especial aplicam-se, tambeé m, as disposiçoã es disciplinares


previstas no regulamento do estabelecimento de ensino onde estiver matriculada.

SEÇÃO IV
Dos Conselhos de Justificaçaã o e de Disciplina

Art. 48. O oficial presumivelmente incapaz de permanecer como militar da


ativa seraé , na forma da legislaçaã o especíéfica, submetido a Conselho de Justificaçaã o.

§ 1º O oficial, ao ser submetido a Conselho de Justificaçaã o, poderaé ser afastado


do exercíécio de suas funçoã es, a criteé rio do respectivo Ministro, conforme
estabelecido em legislaçaã o especíéfica.

§ 2º Compete ao Superior Tribunal Militar, em tempo de paz, ou a Tribunal


Especial, em tempo de guerra, julgar, em instaê ncia ué nica, os processos oriundos dos
Conselhos de Justificaçaã o, nos casos previstos em lei especíéfica.

§ 3º A Conselho de Justificaçaã o poderaé , tambeé m, ser submetido o oficial da


reserva remunerada ou reformado, presumivelmente incapaz de permanecer na
situaçaã o de inatividade em que se encontra.
Art. 49. O Guarda-Marinha, o Aspirante-a-Oficial e as praças com estabilidade
assegurada, presumivelmente incapazes de permanecerem como militares da ativa,
seraã o submetidos a Conselho de Disciplina e afastados das atividades que
estiverem exercendo, na forma da regulamentaçaã o especíéfica.

§ 1º O Conselho de Disciplina obedeceraé a normas comuns aà s treê s Forças


Armadas.

§ 2º Compete aos Ministros das Forças Singulares julgar, em ué ltima instaê ncia,
os processos oriundos dos Conselhos de Disciplina convocados no aê mbito das
respectivas Forças Armadas.

§ 3º A Conselho de Disciplina poderaé , tambeé m, ser submetida a praça na


reserva remunerada ou reformada, presumivelmente incapaz de permanecer na
situaçaã o de inatividade em que se encontra.

TIÉTULO III
Dos Direitos e das Prerrogativas dos Militares

CAPIÉTULO I
Dos Direitos

SEÇÃO I
Enumeração

Art. 50. Saã o direitos dos militares:

I - a garantia da patente em toda a sua plenitude, com as vantagens,


prerrogativas e deveres a ela inerentes, quando oficial, nos termos da Constituiçaã o;

II - o provento calculado com base no soldo integral do posto ou graduaçaã o que


possuíéa quando da transfereê ncia para a inatividade remunerada, se contar com
mais de trinta anos de serviço; (Redaçaã o dada pela Medida Provisoé ria
nº 2.215-10, de 31.8.2001)
III - o provento calculado com base no soldo integral do posto ou graduaçaã o
quando, naã o contando trinta anos de serviço, for transferido para a reserva
remunerada, ex officio, por ter atingido a idade-limite de permaneê ncia em
atividade no posto ou na graduaçaã o, ou ter sido abrangido pela quota compulsoé ria;
e (Redaçaã o dada pela Medida Provisoé ria nº 2.215-10, de 31.8.2001)

IV - nas condiçoã es ou nas limitaçoã es impostas na legislaçaã o e regulamentaçaã o


especíéficas:

a) a estabilidade, quando praça com 10 (dez) ou mais anos de tempo de efetivo


serviço;

b) o uso das designaçoã es hieraé rquicas;

c) a ocupaçaã o de cargo correspondente ao posto ou aà graduaçaã o;

d) a percepçaã o de remuneraçaã o;

e) a assisteê ncia meé dico-hospitalar para si e seus dependentes, assim entendida


como o conjunto de atividades relacionadas com a prevençaã o, conservaçaã o ou
recuperaçaã o da saué de, abrangendo serviços profissionais meé dicos, farmaceê uticos e
odontoloé gicos, bem como o fornecimento, a aplicaçaã o de meios e os cuidados e
demais atos meé dicos e parameé dicos necessaé rios;

f) o funeral para si e seus dependentes, constituindo-se no conjunto de


medidas tomadas pelo Estado, quando solicitado, desde o oé bito ateé o sepultamento
condigno;

g) a alimentaçaã o, assim entendida como as refeiçoã es fornecidas aos militares


em atividade;

h) o fardamento, constituindo-se no conjunto de uniformes, roupa branca e


roupa de cama, fornecido ao militar na ativa de graduaçaã o inferior a terceiro-
sargento e, em casos especiais, a outros militares;

i) a moradia para o militar em atividade, compreendendo:


1 - alojamento em organizaçaã o militar, quando aquartelado ou embarcado; e

2 - habitaçaã o para si e seus dependentes; em imoé vel sob a responsabilidade da


Uniaã o, de acordo com a disponibilidade existente.

j) (Revogada pela Medida Provisoé ria nº 2.215-10, de 31.8.2001)

l) a constituiçaã o de pensaã o militar;

m) a promoçaã o;

n) a transfereê ncia a pedido para a reserva remunerada;

o) as feé rias, os afastamentos temporaé rios do serviço e as licenças;

p) a demissaã o e o licenciamento voluntaé rios;

q) o porte de arma quando oficial em serviço ativo ou em inatividade, salvo


caso de inatividade por alienaçaã o mental ou condenaçaã o por crimes contra a
segurança do Estado ou por atividades que desaconselhem aquele porte;

r) o porte de arma, pelas praças, com as restriçoã es impostas pela respectiva


Força Armada; e

s) outros direitos previstos em leis especíéficas.

§ 1º (Revogado pela Medida Provisoé ria nº 2.215-10, de 31.8.2001)

§ 2° Saã o considerados dependentes do militar:

I - a esposa;

II - o filho menor de 21 (vinte e um) anos ou invaé lido ou interdito;

III - a filha solteira, desde que naã o receba remuneraçaã o;

IV - o filho estudante, menor de 24 (vinte e quatro) anos, desde que naã o receba
remuneraçaã o;
V - a maã e viué va, desde que naã o receba remuneraçaã o;

VI - o enteado, o filho adotivo e o tutelado, nas mesmas condiçoã es dos itens II,
III e IV;

VII - a viué va do militar, enquanto permanecer neste estado, e os demais


dependentes mencionados nos itens II, III, IV, V e VI deste paraé grafo, desde que
vivam sob a responsabilidade da viué va;

VIII - a ex-esposa com direito aà pensaã o alimentíécia estabelecida por sentença


transitada em julgado, enquanto naã o contrair novo matrimoê nio.

§ 3º Saã o, ainda, considerados dependentes do militar, desde que vivam sob sua
dependeê ncia econoê mica, sob o mesmo teto, e quando expressamente declarados na
organizaçaã o militar competente:

a) a filha, a enteada e a tutelada, nas condiçoã es de viué vas, separadas


judicialmente ou divorciadas, desde que naã o recebam remuneraçaã o;

b) a maã e solteira, a madrasta viué va, a sogra viué va ou solteira, bem como
separadas judicialmente ou divorciadas, desde que, em qualquer dessas situaçoã es,
naã o recebam remuneraçaã o;

c) os avoé s e os pais, quando invaé lidos ou interditos, e respectivos coê njuges,


estes desde que naã o recebam remuneraçaã o;

d) o pai maior de 60 (sessenta) anos e seu respectivo coê njuge, desde que
ambos naã o recebam remuneraçaã o;

e) o irmaã o, o cunhado e o sobrinho, quando menores ou invaé lidos ou interditos,


sem outro arrimo;

f) a irmaã , a cunhada e a sobrinha, solteiras, viué vas, separadas judicialmente ou


divorciadas, desde que naã o recebam remuneraçaã o;

g) o neto, oé rfaã o, menor invaé lido ou interdito;


h) a pessoa que viva, no míénimo haé 5 (cinco) anos, sob a sua exclusiva
dependeê ncia econoê mica, comprovada mediante justificaçaã o judicial;

i) a companheira, desde que viva em sua companhia haé mais de 5 (cinco) anos,
comprovada por justificaçaã o judicial; e

j) o menor que esteja sob sua guarda, sustento e responsabilidade, mediante


autorizaçaã o judicial.

§ 4º Para efeito do disposto nos §§ 2º e 3º deste artigo, naã o seraã o considerados


como remuneraçaã o os rendimentos naã o-provenientes de trabalho assalariado,
ainda que recebidos dos cofres pué blicos, ou a remuneraçaã o que, mesmo resultante
de relaçaã o de trabalho, naã o enseje ao dependente do militar qualquer direito aà
assisteê ncia previdenciaé ria oficial.

Art. 51. O militar que se julgar prejudicado ou ofendido por qualquer ato
administrativo ou disciplinar de superior hieraé rquico poderaé recorrer ou interpor
pedido de reconsideraçaã o, queixa ou representaçaã o, segundo regulamentaçaã o
especíéfica de cada Força Armada.

§ 1º O direito de recorrer na esfera administrativa prescreveraé :

a) em 15 (quinze) dias corridos, a contar do recebimento da comunicaçaã o


oficial, quanto a ato que decorra de inclusaã o em quota compulsoé ria ou de
composiçaã o de Quadro de Acesso; e

b) em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos.

§ 2º O pedido de reconsideraçaã o, a queixa e a representaçaã o naã o podem ser


feitos coletivamente.

§ 3º O militar soé poderaé recorrer ao Judiciaé rio apoé s esgotados todos os


recursos administrativos e deveraé participar esta iniciativa, antecipadamente, aà
autoridade aà qual estiver subordinado.
Art. 52. Os militares saã o alistaé veis, como eleitores, desde que oficiais, guardas-
marinha ou aspirantes-a-oficial, suboficiais ou subtenentes, sargentos ou alunos
das escolas militares de níével superior para formaçaã o de oficiais.

Paraé grafo ué nico. Os militares alistaé veis saã o elegíéveis, atendidas aà s seguintes
condiçoã es:

a) se contar menos de 5 (cinco) anos de serviço, seraé , ao se candidatar a cargo


eletivo, excluíédo do serviço ativo mediante demissaã o ou licenciamento ex officio ; e

b) se em atividade, com 5 (cinco) ou mais anos de serviço, seraé , ao se


candidatar a cargo eletivo, afastado, temporariamente, do serviço ativo e agregado,
considerado em licença para tratar de interesse particular; se eleito, seraé , no ato da
diplomaçaã o, transferido para a reserva remunerada, percebendo a remuneraçaã o a
que fizer jus em funçaã o do seu tempo de serviço.

SEÇÃO II
Da Remuneração

Art. 53. A remuneraçaã o dos militares seraé estabelecida em legislaçaã o


especíéfica, comum aà s Forças Armadas. (Redaçaã o dada pela Medida
Provisoé ria nº 2.215-10, de 31.8.2001)

I - na ativa; (Redaçaã o dada pela Lei nº 8.237, de 1991)

a) soldo, gratificaçoã es e indenizaçoã es regulares; (Redaçaã o dada pela Lei


nº 8.237, de 1991)

II - na inatividade: (Redaçaã o dada pela Lei nº 8.237, de 1991)

a) proventos, constituíédos de soldo os quotas de soldo e gratificaçoã es


incorporaé veis; (Redaçaã o dada pela Lei nº 8.237, de 1991)

b) adicionais. (Redaçaã o dada pela Lei nº 8.237, de 1991)

Art. 54. O soldo eé irredutíével e naã o estaé sujeito aà penhora, sequü estro ou arresto,
exceto nos casos previstos em lei.
Art. 55. O valor do soldo eé igual para o militar da ativa, da reserva remunerada
ou reformado, de um mesmo grau hieraé rquico, ressalvado o disposto no item II, do
caput , do artigo 50.

Art. 56. Por ocasiaã o de sua passagem para a inatividade, o militar teraé direito a
tantas quotas de soldo quantos forem os anos de serviço, computaé veis para a
inatividade, ateé o maé ximo de 30 (trinta) anos, ressalvado o disposto no item III do
caput , do artigo 50.

Paraé grafo ué nico. Para efeito de contagem das quotas, a fraçaã o de tempo igual
ou superior a 180 (cento e oitenta) dias seraé considerada 1 (um) ano.

Art. 57. Nos termos do § 9º, do artigo 93, da Constituiçaã o, a proibiçaã o de


acumular proventos de inatividade naã o se aplica aos militares da reserva
remunerada e aos reformados quanto ao exercíécio de mandato eletivo, quanto ao
de funçaã o de magisteé rio ou de cargo em comissaã o ou quanto ao contrato para
prestaçaã o de serviços teé cnicos ou especializados.

Art. 58. Os proventos de inatividade seraã o revistos sempre que, por motivo de
alteraçaã o do poder aquisitivo da moeda, se modificarem os vencimentos dos
militares em serviço ativo.

Paraé grafo ué nico. Ressalvados os casos previstos em lei, os proventos da


inatividade naã o poderaã o exceder aà remuneraçaã o percebida pelo militar da ativa no
posto ou graduaçaã o correspondente aos dos seus proventos.

SEÇÃO III
Da Promoção

Art. 59. O acesso na hierarquia militar, fundamentado principalmente no valor


moral e profissional, eé seletivo, gradual e sucessivo e seraé feito mediante
promoçoã es, de conformidade com a legislaçaã o e regulamentaçaã o de promoçoã es de
oficiais e de praças, de modo a obter-se um fluxo regular e equilibrado de carreira
para os militares.
Paraé grafo ué nico. O planejamento da carreira dos oficiais e das praças eé
atribuiçaã o de cada um dos Ministeé rios das Forças Singulares.

Art. 60. As promoçoã es seraã o efetuadas pelos criteé rios de antiguü idade,
merecimento ou escolha, ou, ainda, por bravura e post mortem .

§ 1º Em casos extraordinaé rios e independentemente de vagas, poderaé haver


promoçaã o em ressarcimento de preteriçaã o.

§ 2º A promoçaã o de militar feita em ressarcimento de preteriçaã o seraé efetuada


segundo os criteé rios de antiguü idade ou merecimento, recebendo ele o nué mero que
lhe competir na escala hieraé rquica, como se houvesse sido promovido, na eé poca
devida, pelo criteé rio em que ora eé feita sua promoçaã o.

Art. 61. A fim de manter a renovaçaã o, o equilíébrio e a regularidade de acesso


nos diferentes Corpos, Quadros, Armas ou Serviços, haveraé anual e
obrigatoriamente um nué mero fixado de vagas aà promoçaã o, nas proporçoã es abaixo
indicadas:

I - Almirantes-de-Esquadra, Generais-de-Exeé rcito e Tenentes-Brigadeiros - 1/4


(um quarto) dos respectivos Corpos ou Quadros;

II - Vice-Almirantes, Generais-de-Divisaã o e Majores-Brigadeiros - 1/4 (um


quarto) dos respectivos Corpos ou Quadros;

III - Contra-Almirantes, Generais-de-Brigada e Brigadeiros - 1/4 (um quarto)


dos respectivos Corpos ou Quadros;

IV - Capitaã es-de-Mar-e-Guerra e Coroneé is - no míénimo 1/8 (um oitavo) dos


respectivos Corpos, Quadros, Armas ou Serviços;

V - Capitaã es-de-Fragata e Tenentes-Coroneé is - no míénimo 1/15 (um quinze


avos) dos respectivos Corpos, Quadros, Armas ou Serviços;

VI - Capitaã es-de-Corveta e Majores - no míénimo 1/20 (um vinte avos) dos


respectivos Corpos, Quadros, Armas ou Serviços; e
VII - Oficiais dos 3 (treê s) ué ltimos postos dos Quadros de que trata a alíénea b do
inciso I do art. 98, 1/4 para o ué ltimo posto, no míénimo 1/10 para o penué ltimo
posto, e no míénimo 1/15 para o antepenué ltimo posto, dos respectivos Quadros,
exceto quando o ué ltimo e o penué ltimo postos forem Capitaã o-Tenente ou capitaã o e
1º Tenente, caso em que as proporçoã es seraã o no míénimo 1/10 e 1/20,
respectivamente. (Redaçaã o dada pela Lei nº 7.666, de 1988)

§ 1º O nué mero de vagas para promoçaã o obrigatoé ria em cada ano-base para os
postos relativos aos itens IV, V, VI e VII deste artigo seraé fixado, para cada Força, em
decretos separados, ateé o dia 15 (quinze) de janeiro do ano seguinte.

§ 2º As fraçoã es que resultarem da aplicaçaã o das proporçoã es estabelecidas


neste artigo seraã o adicionadas, cumulativamente, aos caé lculos correspondentes dos
anos seguintes, ateé completar-se pelo menos 1 (um) inteiro que, entaã o, seraé
computado para obtençaã o de uma vaga para promoçaã o obrigatoé ria.

§ 3º As vagas seraã o consideradas abertas:

a) na data da assinatura do ato que promover, passar para a inatividade,


transferir de Corpo ou Quadro, demitir ou agregar o militar;

b) na data fixada na Lei de Promoçoã es de Oficiais da Ativa das Forças Armadas


ou seus regulamentos, em casos neles indicados; e

c) na data oficial do oé bito do militar.

Art. 62. Naã o haveraé promoçaã o de militar por ocasiaã o de sua transfereê ncia para
a reserva remunerada ou reforma.

SEÇÃO IV
Das Férias e de Outros Afastamentos
Temporários do Serviço

Art. 63. Feé rias saã o afastamentos totais do serviço, anual e obrigatoriamente
concedidos aos militares para descanso, a partir do ué ltimo meê s do ano a que se
referem e durante todo o ano seguinte.
§ 1º O Poder Executivo fixaraé a duraçaã o das feé rias, inclusive para os militares
servindo em localidades especiais.

§ 2º Compete aos Ministros Militares regulamentar a concessaã o de feé rias.

§ 3o A concessaã o de feé rias naã o eé prejudicada pelo gozo anterior de licença para
tratamento de saué de, nem por puniçaã o anterior decorrente de contravençaã o ou
transgressaã o disciplinar, ou pelo estado de guerra, ou para que sejam cumpridos
atos em serviço, bem como naã o anula o direito aà quela licença. (Redaçaã o
dada pela Medida Provisoé ria nº 2.215-10, de 31.8.2001)

§ 4º Somente em casos de interesse da segurança nacional, de manutençaã o da


ordem, de extrema necessidade do serviço, de transfereê ncia para a inatividade, ou
para cumprimento de puniçaã o decorrente de contravençaã o ou de transgressaã o
disciplinar de natureza grave e em caso de baixa a hospital, os militares teraã o
interrompido ou deixaraã o de gozar na eé poca prevista o períéodo de feé rias a que
tiverem direito, registrando-se o fato em seus assentamentos.

§ 5º (Revogado pela Medida Provisoé ria nº 2.215-10, de 31.8.2001)

Art. 64. Os militares teê m direito, ainda, aos seguintes períéodos de afastamento
total do serviço, obedecidas aà s disposiçoã es legais e regulamentares, por motivo de:

I - nué pcias: 8 (oito) dias;

II - luto: 8 (oito) dias;

III - instalaçaã o: ateé 10 (dez) dias; e

IV - traê nsito: ateé 30 (trinta) dias.

Art. 65. As feé rias e os afastamentos mencionados no artigo anterior saã o


concedidos com a remuneraçaã o prevista na legislaçaã o especíéfica e computados
como tempo de efetivo serviço para todos os efeitos legais.

Art. 66. As feé rias, instalaçaã o e traê nsito dos militares que se encontrem a serviço
no estrangeiro devem ter regulamentaçaã o ideê ntica para as treê s Forças Armadas.
SEÇÃO V
Das Licenças

Art. 67. Licença eé a autorizaçaã o para afastamento total do serviço, em caraé ter
temporaé rio, concedida ao militar, obedecidas aà s disposiçoã es legais e
regulamentares.

§ 1º A licença pode ser:

a) (Revogada pela Medida Provisoé ria nº 2.215-10, de 31.8.2001)

b) para tratar de interesse particular;

c) para tratamento de saué de de pessoa da famíélia; e

d) para tratamento de saué de proé pria.

e) para acompanhar coê njuge ou companheiro(a). (Redaçaã o dada pela


Lei nº 11.447, de 2007)

§ 2º A remuneraçaã o do militar licenciado seraé regulada em legislaçaã o


especíéfica.

§ 3o A concessaã o da licença eé regulada pelo Comandante da Força.


(Redaçaã o dada pela Medida Provisoé ria nº 2.215-10, de 31.8.2001)

Art. 68. (Revogado pela Medida Provisoé ria nº 2.215-10, de


31.8.2001)

Art. 69. Licença para tratar de interesse particular eé a autorizaçaã o para o


afastamento total do serviço, concedida ao militar, com mais de 10 (dez) anos de
efetivo serviço, que a requeira com aquela finalidade.

Paraé grafo ué nico. A licença de que trata este artigo seraé sempre concedida com
prejuíézo da remuneraçaã o e da contagem de tempo de efetivo serviço, exceto,
quanto a este ué ltimo, para fins de indicaçaã o para a quota compulsoé ria.
Art. 69-A. Licença para acompanhar coê njuge ou companheiro(a) eé a
autorizaçaã o para o afastamento total do serviço, concedida a militar com mais de
10 (dez) anos de efetivo serviço que a requeira para acompanhar coê njuge ou
companheiro(a) que, sendo servidor pué blico da Uniaã o ou militar das Forças
Armadas, for, de ofíécio, exercer atividade em oé rgaã o pué blico federal situado em
outro ponto do territoé rio nacional ou no exterior, diverso da localizaçaã o da
organizaçaã o militar do requerente. (Incluíédo pela Lei nº 11.447, de 2007)

§ 1o A licença seraé concedida sempre com prejuíézo da remuneraçaã o e da


contagem de tempo de efetivo serviço, exceto, quanto a este ué ltimo, para fins de
indicaçaã o para a quota compulsoé ria. (Incluíédo pela Lei nº 11.447, de
2007)

§ 2o O prazo-limite para a licença seraé de 36 (trinta e seis) meses, podendo ser


concedido de forma contíénua ou fracionada. (Incluíédo pela Lei nº 11.447,
de 2007)

§ 3o Para a concessaã o da licença para acompanhar companheiro(a), haé


necessidade de que seja reconhecida a uniaã o estaé vel entre o homem e a mulher
como entidade familiar, de acordo com a legislaçaã o especíéfica. (Incluíédo
pela Lei nº 11.447, de 2007)

§ 4o Naã o seraé concedida a licença de que trata este artigo quando o militar
acompanhante puder ser passado aà disposiçaã o ou aà situaçaã o de adido ou ser
classificado/lotado em organizaçaã o militar das Forças Armadas para o
desempenho de funçoã es compatíéveis com o seu níével hieraé rquico. (Incluíédo
pela Lei nº 11.447, de 2007)

§ 5o A passagem aà disposiçaã o ou aà situaçaã o de adido ou a classificaçaã o/lotaçaã o


em organizaçaã o militar, de que trata o § 4 o deste artigo, seraé efetivada sem oê nus
para a Uniaã o e sempre com a aquiesceê ncia das Forças Armadas envolvidas.
(Incluíédo pela Lei nº 11.447, de 2007)

Art. 70. As licenças poderaã o ser interrompidas a pedido ou nas condiçoã es


estabelecidas neste artigo.
§ 1o A interrupçaã o da licença especial, da licença para tratar de interesse
particular e da licença para acompanhar coê njuge ou companheiro(a) poderaé
ocorrer: (Redaçaã o dada pela Lei nº 11.447, de 2007)

a) em caso de mobilizaçaã o e estado de guerra;

b) em caso de decretaçaã o de estado de emergeê ncia ou de estado de síétio;

c) para cumprimento de sentença que importe em restriçaã o da liberdade


individual;

d) para cumprimento de puniçaã o disciplinar, conforme regulamentaçaã o de


cada Força. (Redaçaã o dada pela Medida Provisoé ria nº 2.215-10, de
31.8.2001)

e) em caso de denué ncia ou de pronué ncia em processo criminal ou indiciaçaã o


em inqueé rito militar, a juíézo da autoridade que efetivou a denué ncia, a pronué ncia ou
a indiciaçaã o.

§ 2o A interrupçaã o da licença para tratar de interesse particular e da licença


para acompanhar coê njuge ou companheiro(a) seraé definitiva quando o militar for
reformado ou transferido, de ofíécio, para a reserva remunerada. (Redaçaã o
dada pela Lei nº 11.447, de 2007)

§ 3º A interrupçaã o da licença para tratamento de saué de de pessoa da famíélia,


para cumprimento de pena disciplinar que importe em restriçaã o da liberdade
individual, seraé regulada em cada Força.

SEÇÃO VI
Da Pensão Militar

Art. 71. A pensaã o militar destina-se a amparar os beneficiaé rios do militar


falecido ou extraviado e seraé paga conforme o disposto em legislaçaã o especíéfica.
§ 1º Para fins de aplicaçaã o da legislaçaã o especíéfica, seraé considerado como
posto ou graduaçaã o do militar o correspondente ao soldo sobre o qual forem
calculadas as suas contribuiçoã es.

§ 2º Todos os militares saã o contribuintes obrigatoé rios da pensaã o militar


correspondente ao seu posto ou graduaçaã o, com as exceçoã es previstas em
legislaçaã o especíéfica.

§ 3º Todo militar eé obrigado a fazer sua declaraçaã o de beneficiaé rios que, salvo
prova em contraé rio, prevaleceraé para a habilitaçaã o dos mesmos aà pensaã o militar.

Art. 72. A pensaã o militar defere-se nas prioridades e condiçoã es estabelecidas


em legislaçaã o especíéfica.

CAPIÉTULO II
Das Prerrogativas

SEÇÃO I
Constituição e Enumeração

Art. 73. As prerrogativas dos militares saã o constituíédas pelas honras,


dignidades e distinçoã es devidas aos graus hieraé rquicos e cargos.

Paraé grafo ué nico. Saã o prerrogativas dos militares:

a) uso de tíétulos, uniformes, distintivos, insíégnias e emblemas militares das


Forças Armadas, correspondentes ao posto ou graduaçaã o, Corpo, Quadro, Arma,
Serviço ou Cargo;

b) honras, tratamento e sinais de respeito que lhes sejam assegurados em leis e


regulamentos;

c) cumprimento de pena de prisaã o ou detençaã o somente em organizaçaã o


militar da respectiva Força cujo comandante, chefe ou diretor tenha precedeê ncia
hieraé rquica sobre o preso ou, na impossibilidade de cumprir esta disposiçaã o, em
organizaçaã o militar de outra Força cujo comandante, chefe ou diretor tenha a
necessaé ria precedeê ncia; e

d) julgamento em foro especial, nos crimes militares.

Art. 74. Somente em caso de flagrante delito o militar poderaé ser preso por
autoridade policial, ficando esta obrigada a entregaé -lo imediatamente aà autoridade
militar mais proé xima, soé podendo reteê -lo, na delegacia ou posto policial, durante o
tempo necessaé rio aà lavratura do flagrante.

§ 1º Cabe aà autoridade militar competente a iniciativa de responsabilizar a


autoridade policial que naã o cumprir ao disposto neste artigo e a que maltratar ou
consentir que seja maltratado qualquer preso militar ou naã o lhe der o tratamento
devido ao seu posto ou graduaçaã o.

§ 2º Se, durante o processo e julgamento no foro civil, houver perigo de vida


para qualquer preso militar, a autoridade militar competente, mediante requisiçaã o
da autoridade judiciaé ria, mandaraé guardar os pretoé rios ou tribunais por força
federal.

Art. 75. Os militares da ativa, no exercíécio de funçoã es militares, saã o


dispensados do serviço na instituiçaã o do Jué ri e do serviço na Justiça Eleitoral.

SEÇÃO II
Do Uso dos Uniformes

Art. 76. Os uniformes das Forças Armadas, com seus distintivos, insíégnias e
emblemas, saã o privativos dos militares e simbolizam a autoridade militar, com as
prerrogativas que lhe saã o inerentes.

Paraé grafo ué nico. Constituem crimes previstos na legislaçaã o especíéfica o


desrespeito aos uniformes, distintivos, insíégnias e emblemas militares, bem como
seu uso por quem a eles naã o tiver direito.
Art. 77. O uso dos uniformes com seus distintivos, insíégnias e emblemas, bem
como os modelos, descriçaã o, composiçaã o, peças acessoé rias e outras disposiçoã es,
saã o os estabelecidos na regulamentaçaã o especíéfica de cada Força Armada.

§ 1º EÉ proibido ao militar o uso dos uniformes:

a) em manifestaçaã o de caraé ter políético-partidaé ria;

b) em atividade naã o-militar no estrangeiro, salvo quando expressamente


determinado ou autorizado; e

c) na inatividade, salvo para comparecer a solenidades militares, a cerimoê nias


cíévicas comemorativas de datas nacionais ou a atos sociais solenes de caraé ter
particular, desde que autorizado.

§ 2º O oficial na inatividade, quando no cargo de Ministro de Estado da


Marinha, do Exeé rcito ou da Aeronaé utica, poderaé usar os mesmos uniformes dos
militares na ativa.

§ 3º Os militares na inatividade cuja conduta possa ser considerada como


ofensiva aà dignidade da classe poderaã o ser definitivamente proibidos de usar
uniformes por decisaã o do Ministro da respectiva Força Singular.

Art. 78. O militar fardado tem as obrigaçoã es correspondentes ao uniforme que


use e aos distintivos, emblemas ou aà s insíégnias que ostente.

Art. 79. EÉ vedado aà s Forças Auxiliares e a qualquer elemento civil ou


organizaçoã es civis usar uniformes ou ostentar distintivos, insíégnias ou emblemas
que possam ser confundidos com os adotados nas Forças Armadas.

Paraé grafo ué nico. Saã o responsaé veis pela infraçaã o das disposiçoã es deste artigo,
aleé m dos indivíéduos que a tenham cometido, os comandantes das Forças Auxiliares,
diretores ou chefes de repartiçoã es, organizaçoã es de qualquer natureza, firmas ou
empregadores, empresas, institutos ou departamentos que tenham adotado ou
consentido sejam usados uniformes ou ostentados distintivos, insíégnias ou
emblemas que possam ser confundidos com os adotados nas Forças Armadas.
TIÉTULO IV
Das Disposiçoã es Diversas

CAPIÉTULO I
Das Situaçoã es Especiais

SEÇÃO I
Da Agregação

Art. 80. Agregaçaã o eé a situaçaã o na qual o militar da ativa deixa de ocupar vaga
na escala hieraé rquica de seu Corpo, Quadro, Arma ou Serviço, nela permanecendo
sem nué mero.

Art. 81. O militar seraé agregado e considerado, para todos os efeitos legais,
como em serviço ativo quando:

I - for nomeado para cargo, militar ou considerado de natureza militar,


estabelecido em lei ou decreto, no Paíés ou no estrangeiro, naã o-previsto nos
Quadros de Organizaçaã o ou Tabelas de Lotaçaã o da respectiva Força Armada,
exceçaã o feita aos membros das comissoã es de estudo ou de aquisiçaã o de material,
aos observadores de guerra e aos estagiaé rios para aperfeiçoamento de
conhecimentos militares em organizaçoã es militares ou industriais no estrangeiro;

II - for posto aà disposiçaã o exclusiva do Ministeé rio da Defesa ou de Força


Armada diversa daquela a que pertença, para ocupar cargo militar ou considerado
de natureza militar; (Redaçaã o dada pela Medida Provisoé ria nº 2.215-10,
de 31.8.2001)

III - aguardar transfereê ncia ex officio para a reserva, por ter sido enquadrado
em quaisquer dos requisitos que a motivaram;

IV - o oé rgaã o competente para formalizar o respectivo processo tiver


conhecimento oficial do pedido de transfereê ncia do militar para a reserva; e

V - houver ultrapassado 6 (seis) meses contíénuos na situaçaã o de convocado


para funcionar como Ministro do Superior Tribunal Militar.
§ 1º A agregaçaã o de militar nos casos dos itens I e II eé contada a partir da data
da posse no novo cargo ateé o regresso aà Força Armada a que pertence ou a
transfereê ncia ex officio para a reserva.

§ 2º A agregaçaã o de militar no caso do item III eé contada a partir da data


indicada no ato que tornar pué blico o respectivo evento.

§ 3º A agregaçaã o de militar no caso do item IV eé contada a partir da data


indicada no ato que tornar pué blica a comunicaçaã o oficial ateé a transfereê ncia para a
reserva.

§ 4º A agregaçaã o de militar no caso do item V eé contada a partir do primeiro


dia apoé s o respectivo prazo e enquanto durar o evento.

Art. 82. O militar seraé agregado quando for afastado temporariamente do


serviço ativo por motivo de:

I - ter sido julgado incapaz temporariamente, apoé s 1 (um) ano contíénuo de


tratamento;

II - haver ultrapassado 1 (um) ano contíénuo em licença para tratamento de


saué de proé pria;

III - haver ultrapassado 6 (seis) meses contíénuos em licença para tratar de


interesse particular ou em licença para acompanhar coê njuge ou
companheiro(a); (Redaçaã o dada pela Lei nº 11.447, de 2007)

IV - haver ultrapassado 6 (seis) meses contíénuos em licença para tratar de


saué de de pessoa da famíélia;

V - ter sido julgado incapaz definitivamente, enquanto tramita o processo de


reforma;

VI - ter sido considerado oficialmente extraviado;

VII - ter-se esgotado o prazo que caracteriza o crime de deserçaã o previsto no


Coé digo Penal Militar, se oficial ou praça com estabilidade assegurada;
VIII - como desertor, ter-se apresentado voluntariamente, ou ter sido
capturado, e reincluíédo a fim de se ver processar;

IX - se ver processar, apoé s ficar exclusivamente aà disposiçaã o da Justiça Comum;

X - ter sido condenado aà pena restritiva de liberdade superior a 6 (seis) meses,


em sentença transitada em julgado, enquanto durar a execuçaã o, excluíédo o períéodo
de sua suspensaã o condicional, se concedida esta, ou ateé ser declarado indigno de
pertencer aà s Forças Armadas ou com elas incompatíével;

XI - ter sido condenado aà pena de suspensaã o do exercíécio do posto, graduaçaã o,


cargo ou funçaã o prevista no Coé digo Penal Militar;

XII - ter passado aà disposiçaã o de Ministeé rio Civil, de oé rgaã o do Governo Federal,
de Governo Estadual, de Territoé rio ou Distrito Federal, para exercer funçaã o de
natureza civil;

XIII - ter sido nomeado para qualquer cargo pué blico civil temporaé rio, naã o-
eletivo, inclusive da administraçaã o indireta; e

XIV - ter-se candidatado a cargo eletivo, desde que conte 5 (cinco) ou mais
anos de serviço.

§ 1° A agregaçaã o de militar nos casos dos itens I, II, III e IV eé contada a partir do
primeiro dia apoé s os respectivos prazos e enquanto durar o evento.

§ 2º A agregaçaã o de militar nos casos dos itens V, VI, VII, VIII, IX, X e XI eé
contada a partir da data indicada no ato que tornar pué blico o respectivo evento.

§ 3º A agregaçaã o de militar nos casos dos itens XII e XIII eé contada a partir da
data de posse no novo cargo ateé o regresso aà Força Armada a que pertence ou
transfereê ncia ex officio para a reserva.

§ 4º A agregaçaã o de militar no caso do item XIV eé contada a partir da data do


registro como candidato ateé sua diplomaçaã o ou seu regresso aà Força Armada a que
pertence, se naã o houver sido eleito.
Art. 83. O militar agregado fica sujeito aà s obrigaçoã es disciplinares
concernentes aà s suas relaçoã es com outros militares e autoridades civis, salvo
quando titular de cargo que lhe deê precedeê ncia funcional sobre outros militares
mais graduados ou mais antigos.

Art. 84. O militar agregado ficaraé adido, para efeito de alteraçoã es e


remuneraçaã o, aà organizaçaã o militar que lhe for designada, continuando a figurar no
respectivo registro, sem nué mero, no lugar que ateé entaã o ocupava.

Art. 85. A agregaçaã o se faz por ato do Presidente da Repué blica ou da autoridade
aà qual tenha sido delegada a devida competeê ncia.

SEÇÃO II
Da Reversão

Art. 86. Reversaã o eé o ato pelo qual o militar agregado retorna ao respectivo
Corpo, Quadro, Arma ou Serviço taã o logo cesse o motivo que determinou sua
agregaçaã o, voltando a ocupar o lugar que lhe competir na respectiva escala
numeé rica, na primeira vaga que ocorrer, observado o disposto no § 3° do artigo
100.

Paraé grafo ué nico. Em qualquer tempo poderaé ser determinada a reversaã o do


militar agregado nos casos previstos nos itens IX, XII e XIII do artigo 82.

Art. 87. A reversaã o seraé efetuada mediante ato do Presidente da Repué blica ou
da autoridade aà qual tenha sido delegada a devida competeê ncia.

SEÇÃO III
Do Excedente

Art. 88. Excedente eé a situaçaã o transitoé ria a que, automaticamente, passa o


militar que:

I - tendo cessado o motivo que determinou sua agregaçaã o, reverta ao


respectivo Corpo, Quadro, Arma ou Serviço, estando qualquer destes com seu
efetivo completo;
II - aguarda a colocaçaã o a que faz jus na escala hieraé rquica, apoé s haver sido
transferido de Corpo ou Quadro, estando os mesmos com seu efetivo completo;

III - eé promovido por bravura, sem haver vaga;

IV - eé promovido indevidamente;

V - sendo o mais moderno da respectiva escala hieraé rquica, ultrapasse o efetivo


de seu Corpo, Quadro, Arma ou Serviço, em virtude de promoçaã o de outro militar
em ressarcimento de preteriçaã o; e

VI - tendo cessado o motivo que determinou sua reforma por incapacidade


definitiva, retorne ao respectivo Corpo, Quadro, Arma ou Serviço, estando qualquer
destes com seu efetivo completo.

§ 1º O militar cuja situaçaã o eé a de excedente, salvo o indevidamente


promovido, ocupa a mesma posiçaã o relativa, em antiguü idade, que lhe cabe na
escala hieraé rquica e receberaé o nué mero que lhe competir, em consequü eê ncia da
primeira vaga que se verificar, observado o disposto no § 3º do artigo 100.

§ 2º O militar, cuja situaçaã o eé de excedente, eé considerado, para todos os


efeitos, como em efetivo serviço e concorre, respeitados os requisitos legais, em
igualdade de condiçoã es e sem nenhuma restriçaã o, a qualquer cargo militar, bem
como aà promoçaã o e aà quota compulsoé ria.

§ 3º O militar promovido por bravura sem haver vaga ocuparaé a primeira vaga
aberta, observado o disposto no § 3º do artigo 100, deslocando o criteé rio de
promoçaã o a ser seguido para a vaga seguinte.

§ 4º O militar promovido indevidamente soé contaraé antiguü idade e receberaé o


nué mero que lhe competir na escala hieraé rquica quando a vaga que deveraé
preencher corresponder ao criteé rio pelo qual deveria ter sido promovido, desde
que satisfaça aos requisitos para promoçaã o.

SEÇÃO IV
Do Ausente e do Desertor
Art. 89. EÉ considerado ausente o militar que, por mais de 24 (vinte e quatro)
horas consecutivas:

I - deixar de comparecer aà sua organizaçaã o militar sem comunicar qualquer


motivo de impedimento; e

II - ausentar-se, sem licença, da organizaçaã o militar onde serve ou local onde


deve permanecer.

Paraé grafo ué nico. Decorrido o prazo mencionado neste artigo, seraã o observadas
as formalidades previstas em legislaçaã o especíéfica.

Art. 90. O militar eé considerado desertor nos casos previstos na legislaçaã o


penal militar.

SEÇÃO V
Do Desaparecido e do Extraviado

Art. 91. EÉ considerado desaparecido o militar na ativa que, no desempenho de


qualquer serviço, em viagem, em campanha ou em caso de calamidade pué blica,
tiver paradeiro ignorado por mais de 8 (oito) dias.

Paraé grafo ué nico. A situaçaã o de desaparecimento soé seraé considerada quando


naã o houver indíécio de deserçaã o.

Art. 92. O militar que, na forma do artigo anterior, permanecer desaparecido


por mais de 30 (trinta) dias, ser oficialmente considerado extraviado.

SEÇÃO VI
Do Comissionado

Art. 93. Apoé s a declaraçaã o de estado de guerra, os militares em serviço ativo


poderaã o ser comissionados, temporariamente, em postos ou graduaçoã es
superiores aos que efetivamente possuíérem.

Paraé grafo ué nico. O comissionamento de que trata este artigo seraé regulado em
legislaçaã o especíéfica.
CAPIÉTULO II
Da Exclusaã o do Serviço Ativo

SEÇÃO I
Da Ocorrência

Art. 94. A exclusaã o do serviço ativo das Forças Armadas e o consequü ente
desligamento da organizaçaã o a que estiver vinculado o militar decorrem dos
seguintes motivos: (Vide Decreto nº 2.790, de 1998)

I - transfereê ncia para a reserva remunerada;

II - reforma;

III - demissaã o;

IV - perda de posto e patente;

V - licenciamento;

VI - anulaçaã o de incorporaçaã o;

VII - desincorporaçaã o;

VIII - a bem da disciplina;

IX - deserçaã o;

X - falecimento; e

XI - extravio.

§ 1º O militar excluíédo do serviço ativo e desligado da organizaçaã o a que


estiver vinculado passaraé a integrar a reserva das Forças Armadas, exceto se incidir
em qualquer dos itens II, IV, VI, VIII, IX, X e XI deste artigo ou for licenciado, ex
officio , a bem da disciplina.
§ 2º Os atos referentes aà s situaçoã es de que trata o presente artigo saã o da alçada
do Presidente da Repué blica, ou da autoridade competente para realizaé -los, por
delegaçaã o.

Art. 95. O militar na ativa, enquadrado em um dos itens I, II, V e VII do artigo
anterior, ou demissionaé rio a pedido, continuaraé no exercíécio de suas funçoã es ateé
ser desligado da organizaçaã o militar em que serve.

§ 1º O desligamento do militar da organizaçaã o em que serve deveraé ser feito


apoé s a publicaçaã o em Diário Oficial , em Boletim ou em Ordem de Serviço de sua
organizaçaã o militar, do ato oficial correspondente, e naã o poderaé exceder 45
(quarenta e cinco) dias da data da primeira publicaçaã o oficial.

§ 2º Ultrapassado o prazo a que se refere o paraé grafo anterior, o militar seraé


considerado desligado da organizaçaã o a que estiver vinculado, deixando de contar
tempo de serviço, para fins de transfereê ncia para a inatividade.

SEÇÃO II
Da Transferência para a Reserva Remunerada

Art. 96. A passagem do militar aà situaçaã o de inatividade, mediante


transfereê ncia para a reserva remunerada, se efetua:

I - a pedido; e

II - ex officio .

Paraé grafo ué nico. A transfereê ncia do militar para a reserva remunerada pode ser
suspensa na vigeê ncia do estado de guerra, estado de síétio, estado de emergeê ncia ou
em caso de mobilizaçaã o.

Art. 97. A transfereê ncia para a reserva remunerada, a pedido, seraé concedida
mediante requerimento, ao militar que contar, no míénimo, 30 (trinta) anos de
serviço.
§ 1º O oficial da ativa pode pleitear transfereê ncia para a reserva remunerada
mediante inclusaã o voluntaé ria na quota compulsoé ria.

§ 2º No caso de o militar haver realizado qualquer curso ou estaé gio de duraçaã o


superior a 6 ( seis ) meses, por conta da Uniaã o, no estrangeiro, sem haver decorrido
3 (treê s) anos de seu teé rmino, a transfereê ncia para a reserva soé seraé concedida
mediante indenizaçaã o de todas as despesas correspondentes aà realizaçaã o do
referido curso ou estaé gio, inclusive as diferenças de vencimentos. O caé lculo da
indenizaçaã o seraé efetuado pelos respectivos Ministeé rios.

§ 3º O disposto no paraé grafo anterior naã o se aplica aos oficiais que deixem de
ser incluíédos em Lista de Escolha, quando nela tenha entrado oficial mais moderno
do seu respectivo Corpo, Quadro, Arma ou Serviço.

§ 4º Naã o seraé concedida transfereê ncia para a reserva remunerada, a pedido, ao


militar que:

a) estiver respondendo a inqueé rito ou processo em qualquer jurisdiçaã o; e

b) estiver cumprindo pena de qualquer natureza.

Art. 98. A transfereê ncia para a reserva remunerada, ex officio , verificar-se-aé


sempre que o militar incidir em um dos seguintes casos:

I - atingir as seguintes idades-limite: (Redaçaã o dada pela Lei nº 7.503,


de 1986)

a) na Marinha, no Exeé rcito e na Aeronaé utica, para os Oficiais dos Corpos,


Quadros, Armas e Serviços naã o incluíédos na alíénea b; (Redaçaã o dada
pela Lei nº 7.666, de 1988)

Postos Idades
Almirante-de-Esquadra, General-de-Exeé reito e Tenente-Brigadeiro 66 anos
Vice-Almirante, General-de-Divisaã o e Major-Brigadeiro 64 anos
Contra-Almirante, General-de-Brigada e Brigadeiro 62 anos
Capitaã o-de-Mar-e-Guerra e Coronel 59 anos
Capitaã o-de-Fragata e Tenente-Coronel 56 anos
Capitaã o-de-Corveta e Major 52 anos
Capitaã o-Tenente ou Capitaã o e Oficiais Subalternos 48 anos
(Redaçaã o dada pela Lei nº 7.503, de 1986)

b) na Marinha, para os Oficiais do Quadro de Cirurgioã es-Dentistas (CD) e do


Quadro de Apoio aà Saué de (S), componentes do Corpo de Saué de da Marinha e do
Quadro Teé cnico (T), do Quadro Auxiliar da Armada (AA) e do Quadro Auxiliar de
Fuzileiros Navais (AFN), componentes do Corpo Auxiliar da Marinha; no Exeé rcito,
para os Oficiais do Quadro Complementar de Oficiais (QCO), do Quadro Auxiliar de
Oficiais (QAO), do Quadro de Oficiais Meé dicos (QOM), do Quadro de Oficiais
Farmaceê uticos (QOF), e do Quadro de Oficiais Dentistas (QOD); na Aeronaé utica,
para os Oficiais do Quadro de Oficiais Meé dicos (QOMed), do Quadro de Oficiais
Farmaceê uticos (QOFarm), do Quadro de Oficiais Dentistas (QODent), do Quadro de
Oficiais de Infantaria da Aeronaé utica (QOInf), dos Quadros de Oficiais Especialistas
em Avioã es (QOEAv), em Comunicaçoã es (QOECom), em Armamento (QOEArm), em
Fotografia (QOEFot), em Meteorologia (QOEMet), em Controle de Traé fego Aeé reo
(QOECTA), em Suprimento Teé cnico (QOESup) e do Quadro de Oficiais Especialistas
da Aeronaé utica (QOEA): (Redaçaã o dada pela Lei nº 10.416, de 27.3.2002)

Postos Idades
Capitaã o-de-Mar-e-Guerra e Corone 62 anos
Capitaã o-de-Fragata e Tenente-Corone 60 anos
Capitaã o-de-Corveta e Major 58 anos
Capitaã o-Tenente e Capitaã o 56 anos
Primeiro Tenente 56 anos
Segundo-Tenente 56 anos

c) na Marinha, no Exeé rcito e na Aeronaé utica, para Praças: (Redaçaã o


dada pela Lei nº 7.666, de 1988)

Graduação Idades
Suboficial e Subtenente 54 anos
Primeiro-Sargento e Taifeiro-Mor 52 anos
Segundo-Sargento e Taifeiro-de-Primeira-Classe 50 anos
Graduação Idades
Terceiro-Sargento 49 anos
Cabo e Taifeiro-de-Segunda-Classe 48 anos
Marinheiro, Soldado e Soldado-de-Primeira-Classe 44 anos

II - completar o Oficial-General 4 (quatro) anos no ué ltimo posto da hierarquia,


em tempo de paz, prevista para cada Corpo ou Quadro da respectiva
Força. (Redaçaã o dada pela Lei nº 7.659, de 1988)

III - completar os seguintes tempos de serviço como Oficial-General:

a) nos Corpos ou Quadros que possuíérem ateé o posto de Almirante-de-


Esquadra, General-de-Exeé rcito e Tenente-Brigadeiro, 12 (doze) anos;

b) nos Corpos ou Quadros que possuíérem ateé o posto de Vice-Almirante,


General-de-Divisaã o e Major-Brigadeiro, 8 (oito) anos; e

c) nos Corpos ou Quadros que possuíérem apenas o posto de Contra-Almirante,


General-de-Brigada e Brigadeiro, 4 (quatro) anos;

IV - ultrapassar o oficial 5 (cinco) anos de permaneê ncia no ué ltimo posto da


hierarquia de paz de seu Corpo, Quadro, Arma ou Serviço; para o Capitaã o-de-Mar-
e-Guerra ou Coronel esse prazo seraé acrescido de 4 (quatro) anos se, ao completar
os primeiros 5 (cinco) anos no posto, jaé possuir o curso exigido para a promoçaã o ao
primeiro posto de oficial-general, ou nele estiver matriculado e vier a concluíé-lo
com aproveitamento;

V - for o oficial abrangido pela quota compulsoé ria;

VI - for a praça abrangida pela quota compulsoé ria, na forma regulada em


decreto, para cada Força Singular;

VII - for o oficial considerado naã o-habilitado para o acesso em caraé ter
definitivo, no momento em que vier a ser objeto de apreciaçaã o para ingresso em
Quadro de Acesso ou Lista de Escolha;
VIII - deixar o Oficial-General, o Capitaã o-de-Mar-e-Guerra ou o Coronel de
integrar a Lista de Escolha a ser apresentada ao Presidente da Repué blica, pelo
nué mero de vezes fixado pela Lei de Promoçoã es de Oficiais da Ativa das Forças
Armadas, quando na referida Lista de Escolha tenha entrado oficial mais moderno
do seu respectivo Corpo, Quadro, Arma ou Serviço;

IX - for o Capitaã o-de-Mar-e-Guerra ou o Coronel, inabilitado para o acesso, por


estar definitivamente impedido de realizar o curso exigido, ultrapassado 2 (duas)
vezes, consecutivas ou naã o, por oficial mais moderno do respectivo Corpo, Quadro,
Arma ou Serviço, que tenha sido incluíédo em Lista de Escolha;

X - na Marinha e na Aeronaé utica, deixar o oficial do penué ltimo posto de Quadro,


cujo ué ltimo posto seja de oficial superior, de ingressar em Quadro de Acesso por
Merecimento pelo nué mero de vezes fixado pela Lei de Promoçoã es de Oficiais da
Ativa das Forças Armadas, quando nele tenha entrado oficial mais moderno do
respectivo Quadro;

XI - ingressar o oficial no Magisteé rio Militar, se assim o determinar a legislaçaã o


especíéfica;

XII - ultrapassar 2 (dois) anos, contíénuos ou naã o, em licença para tratar de


interesse particular;

XIII - ultrapassar 2 (dois) anos contíénuos em licença para tratamento de saué de


de pessoa de sua famíélia;

XIV - (Revogado pela Lei nº 9.297, de 1996);

XV - ultrapassar 2 (dois) anos de afastamento, contíénuos ou naã o, agregado em


virtude de ter passado a exercer cargo ou emprego pué blico civil temporaé rio, naã o-
eletivo, inclusive da administraçaã o indireta; e

XVI - ser diplomado em cargo eletivo, na forma da letra b , do paraé grafo ué nico,
do artigo 52.
§ 1º A transfereê ncia para a reserva processar-se-aé quando o militar for
enquadrado em um dos itens deste artigo, salvo quanto ao item V, caso em que seraé
processada na primeira quinzena de março.

§ 2° (Revogado pela Lei nº 9.297, de 1996)

§ 3° A nomeaçaã o ou admissaã o do militar para os cargos ou empregos pué blicos


de que trata o inciso XV deste artigo somente poderaé ser feita se: (Redaçaã o
dada pela Lei nº 9.297, de 1996)

a) oficial, pelo Presidente da Repué blica ou mediante sua autorizaçaã o quando a


nomeaçaã o ou admissaã o for da alçada de qualquer outra autoridade federal,
estadual ou municipal; e

b) praça, mediante autorizaçaã o do respectivo Ministro.

§ 4º Enquanto o militar permanecer no cargo ou emprego de que trata o item


XV:

a) eé -lhe assegurada a opçaã o entre a remuneraçaã o do cargo ou emprego e a do


posto ou da graduaçaã o;

b) somente poderaé ser promovido por antiguü idade; e

c) o tempo de serviço eé contado apenas para aquela promoçaã o e para a


transfereê ncia para a inatividade.

§ 5º Entende-se como Lista de Escolha aquela que como tal for definida na lei
que dispoã e sobre as promoçoã es dos oficiais da ativa das Forças Armadas.

Art. 99. A quota compulsoé ria, a que se refere o item V do artigo anterior, eé
destinada a assegurar a renovaçaã o, o equilíébrio, a regularidade de acesso e a
adequaçaã o dos efetivos de cada Força Singular.

Art. 100. Para assegurar o nué mero fixado de vagas aà promoçaã o na forma
estabelecida no artigo 61, quando este nué mero naã o tenha sido alcançado com as
vagas ocorridas durante o ano considerado ano-base, aplicar-se-aé a quota
compulsoé ria a que se refere o artigo anterior.

§ 1º A quota compulsoé ria eé calculada deduzindo-se das vagas fixadas para o


ano-base para um determinado posto:

a) as vagas fixadas para o posto imediatamente superior no referido ano-base;


e

b) as vagas havidas durante o ano-base e abertas a partir de 1º (primeiro) de


janeiro ateé 31 (trinta e um) de dezembro, inclusive.

§ 2º Naã o estaraã o enquadradas na letra b do paraé grafo anterior as vagas que:

a) resultarem da fixaçaã o de quota compulsoé ria para o ano anterior ao base; e

b) abertas durante o ano-base, tiverem sido preenchidas por oficiais


excedentes nos Corpos, Quadros, Armas ou Serviços ou que a eles houverem
revertido em virtude de terem cessado as causas que deram motivo aà agregaçaã o,
observado o disposto no § 3º deste artigo.

§ 3º As vagas decorrentes da aplicaçaã o direta da quota compulsoé ria e as


resultantes das promoçoã es efetivadas nos diversos postos, em face daquela
aplicaçaã o inicial, naã o seraã o preenchidas por oficiais excedentes ou agregados que
reverterem em virtude de haverem cessado as causas da agregaçaã o.

§ 4º As quotas compulsoé rias soé seraã o aplicadas quando houver, no posto


imediatamente abaixo, oficiais que satisfaçam aà s condiçoã es de acesso.

Art . 101. A indicaçaã o dos oficiais para integrarem a quota compulsoé ria
obedeceraé aà s seguintes prescriçoã es:

I - inicialmente seraã o apreciados os requerimentos apresentados pelos oficiais


da ativa que, contando mais de 20 (vinte) anos de tempo de efetivo serviço,
requererem sua inclusaã o na quota compulsoé ria, dando-se atendimento, por
prioridade em cada posto, aos mais idosos; e
II - se o nué mero de oficiais voluntaé rios na forma do item I naã o atingir o total de
vagas da quota fixada em cada posto, esse total seraé completado, ex officio , pelos
oficiais que:

a) contarem, no míénimo, como tempo de efetivo serviço:

1 - 30 (trinta) anos, se Oficial-General;

2 - 28 (vinte e oito) anos, se Capitaã o-de-Mar-e-Guerra ou Coronel;

3 - 25 (vinte e cinco) anos, se Capitaã o-de-Fragata ou Tenente-Coronel; e

4 - 20 (vinte) anos, de Capitaã o-de-Corveta ou Major.

b) possuíérem interstíécio para promoçaã o, quando for o caso;

c) estiverem compreendidos nos limites quantitativos de antiguü idade que


definem a faixa dos que concorrem aà constituiçaã o dos Quadros de Acesso por
Antiguü idade, Merecimento ou Escolha;

d) ainda que naã o concorrendo aà constituiçaã o dos Quadros de Acesso por


Escolha, estiverem compreendidos nos limites quantitativos de antiguü idade
estabelecidos para a organizaçaã o dos referidos Quadros; e

e) satisfizerem as condiçoã es das letras a , b , c e d, na seguinte ordem de


prioridade:

1ª) naã o possuíérem as condiçoã es regulamentares para a promoçaã o, ressalvada a


incapacidade fíésica ateé 6 (seis) meses contíénuos ou 12 (doze) meses descontíénuos;
dentre eles os de menor merecimento a ser apreciado pelo oé rgaã o competente da
Marinha, do Exeé rcito e da Aeronaé utica; em igualdade de merecimento, os de mais
idade e, em caso de mesma idade, os mais modernos;

2ª) deixarem de integrar os Quadros de Acesso por Merecimento ou Lista de


Escolha, pelo maior nué mero de vezes no posto, quando neles tenha entrado oficial
mais moderno; em igualdade de condiçoã es, os de menor merecimento a ser
apreciado pelo oé rgaã o competente da Marinha, do Exeé rcito e da Aeronaé utica; em
igualdade de merecimento, os de mais idade e, em caso de mesma idade, os mais
modernos; e

3ª) forem os de mais idade e, no caso da mesma idade, os mais modernos.

§ 1º Aos oficiais excedentes, aos agregados e aos naã o-numerados em virtude de


lei especial aplicam-se as disposiçoã es deste artigo e os que forem relacionados para
a compulsoé ria seraã o transferidos para a reserva juntamente com os demais
componentes da quota, naã o sendo computados, entretanto, no total das vagas
fixadas.

§ 2º Nos Corpos, Quadros, Armas ou Serviços, nos quais naã o haja posto de
Oficial-General, soé poderaã o ser atingidos pela quota compulsoé ria os oficiais do
ué ltimo posto da hierarquia que tiverem, no míénimo, 28 (vinte e oito) anos de tempo
de efetivo serviço e os oficiais dos penué ltimo e antepenué ltimo postos que tiverem,
no míénimo, 25 (vinte e cinco) anos de tempo de efetivo serviço.

§ 3º Computar-se-aé , para os fins de aplicaçaã o da quota compulsoé ria, no caso


previsto no item II, letra a , nué mero 1, como de efetivo serviço, o acreé scimo a que se
refere o item II do artigo 137.

Art. 102. O oé rgaã o competente da Marinha, do Exeé rcito e da Aeronaé utica


organizaraé , ateé o dia 31 (trinta e um) de janeiro de cada ano, a lista dos oficiais
destinados a integrarem a quota compulsoé ria, na forma do artigo anterior.

§ 1º Os oficiais indicados para integrarem a quota compulsoé ria anual seraã o


notificados imediatamente e teraã o, para apresentar recursos contra essa medida, o
prazo previsto na letra a , do § 1º, do artigo 51.

§ 2º Naã o seraã o relacionados para integrarem a quota compulsoé ria os oficiais


que estiverem agregados por terem sido declarados extraviados ou desertores.

Art. 103. Para assegurar a adequaçaã o dos efetivos aà necessidade de cada Corpo,
Quadro, Arma ou Serviço, o Poder Executivo poderaé aplicar tambeé m a quota
compulsoé ria aos Capitaã es-de-Mar-e-Guerra e Coroneé is naã o-numerados, por naã o
possuíérem o curso exigido para ascender ao primeiro posto de Oficial-General.
§ 1º Para aplicaçaã o da quota compulsoé ria na forma deste artigo, o Poder
Executivo fixaraé percentual calculado sobre os efetivos de oficiais naã o-
remunerados existentes em cada Corpo, Quadro, Arma ou Serviço, em 31 de
dezembro de cada ano.

§ 2º A indicaçaã o de oficiais naã o-numerados para integrarem a quota


compulsoé ria, os quais deveraã o ter, no míénimo, 28 (vinte e oito) anos de efetivo
serviço, obedeceraé aà s seguintes prioridades:

1ª) os que requererem sua inclusaã o na quota compulsoé ria;

2ª) os de menor merecimento a ser apreciado pelo oé rgaã o competente da


Marinha, do Exeé rcito e da Aeronaé utica; em igualdade de merecimento, os de mais
idade e, em caso de mesma idade, os mais modernos; e

3ª) forem os de mais idade e, no caso de mesma idade, os mais modernos.

§ 3º Observar-se-aã o na aplicaçaã o da quota compulsoé ria, referida no paraé grafo


anterior, as disposiçoã es estabelecidas no artigo 102.

SEÇÃO III
Da Reforma

Art. 104. A passagem do militar aà situaçaã o de inatividade, mediante reforma, se


efetua:

I - a pedido; e

II - ex officio .

Art . 105. A reforma a pedido, exclusivamente aplicada aos membros do


Magisteé rio Militar; se o dispuser a legislaçaã o especíéfica da respectiva Força,
somente poderaé ser concedida aà quele que contar mais de 30 (trinta) anos de
serviço, dos quais 10 (dez), no míénimo, de tempo de Magisteé rio Militar.

Art . 106. A reforma ex officio seraé aplicada ao militar que:


I - atingir as seguintes idades-limite de permaneê ncia na reserva:

a) para Oficial-General, 68 (sessenta e oito) anos;

b) para Oficial Superior, inclusive membros do Magisteé rio Militar, 64 (sessenta


e quatro) anos;

c) para Capitaã o-Tenente, Capitaã o e oficial subalterno, 60 (sessenta) anos; e

d) para Praças, 56 (cinquü enta e seis) anos.

II - for julgado incapaz, definitivamente, para o serviço ativo das Forças


Armadas;

III - estiver agregado por mais de 2 (dois) anos por ter sido julgado incapaz,
temporariamente, mediante homologaçaã o de Junta Superior de Saué de, ainda que se
trate de moleé stia curaé vel;

IV - for condenado aà pena de reforma prevista no Coé digo Penal Militar, por
sentença transitada em julgado;

V - sendo oficial, a tiver determinada em julgado do Superior Tribunal Militar,


efetuado em consequü eê ncia de Conselho de Justificaçaã o a que foi submetido; e

VI - sendo Guarda-Marinha, Aspirante-a-Oficial ou praça com estabilidade


assegurada, for para tal indicado, ao Ministro respectivo, em julgamento de
Conselho de Disciplina.

Paraé grafo ué nico. O militar reformado na forma do item V ou VI soé poderaé


readquirir a situaçaã o militar anterior:

a) no caso do item V, por outra sentença do Superior Tribunal Militar e nas


condiçoã es nela estabelecidas; e

b) no caso do item VI, por decisaã o do Ministro respectivo.


Art. 107. Anualmente, no meê s de fevereiro, o oé rgaã o competente da Marinha, do
Exeé rcito e da Aeronaé utica organizaraé a relaçaã o dos militares, inclusive membros do
Magisteé rio Militar, que houverem atingido a idade-limite de permaneê ncia na
reserva, a fim de serem reformados.

Paraé grafo ué nico. A situaçaã o de inatividade do militar da reserva remunerada,


quando reformado por limite de idade, naã o sofre soluçaã o de continuidade, exceto
quanto aà s condiçoã es de mobilizaçaã o.

Art. 108. A incapacidade definitiva pode sobrevir em consequü eê ncia de:

I - ferimento recebido em campanha ou na manutençaã o da ordem pué blica;

II - enfermidade contraíéda em campanha ou na manutençaã o da ordem pué blica,


ou enfermidade cuja causa eficiente decorra de uma dessas situaçoã es;

III - acidente em serviço;

IV - doença, moleé stia ou enfermidade adquirida em tempo de paz, com relaçaã o


de causa e efeito a condiçoã es inerentes ao serviço;

V - tuberculose ativa, alienaçaã o mental, esclerose mué ltipla, neoplasia maligna,


cegueira, lepra, paralisia irreversíével e incapacitante, cardiopatia grave, mal de
Parkinson, peê nfigo, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave e outras
moleé stias que a lei indicar com base nas conclusoã es da medicina especializada;
e (Redaçaã o dada pela Lei nº 12.670, de 2012)

VI - acidente ou doença, moleé stia ou enfermidade, sem relaçaã o de causa e efeito


com o serviço.

§ 1º Os casos de que tratam os itens I, II, III e IV seraã o provados por atestado de
origem, inqueé rito sanitaé rio de origem ou ficha de evacuaçaã o, sendo os termos do
acidente, baixa ao hospital, papeleta de tratamento nas enfermarias e hospitais, e
os registros de baixa utilizados como meios subsidiaé rios para esclarecer a situaçaã o.
§ 2º Os militares julgados incapazes por um dos motivos constantes do item V
deste artigo somente poderaã o ser reformados apoé s a homologaçaã o, por Junta
Superior de Saué de, da inspeçaã o de saué de que concluiu pela incapacidade definitiva,
obedecida aà regulamentaçaã o especíéfica de cada Força Singular.

Art. 109. O militar da ativa julgado incapaz definitivamente por um dos


motivos constantes dos itens I, II, III, IV e V do artigo anterior seraé reformado com
qualquer tempo de serviço.

Art. 110. O militar da ativa ou da reserva remunerada, julgado incapaz


definitivamente por um dos motivos constantes dos incisos I e II do art. 108, seraé
reformado com a remuneraçaã o calculada com base no soldo correspondente ao
grau hieraé rquico imediato ao que possuir ou que possuíéa na ativa,
respectivamente. (Redaçaã o dada pela Lei nº 7.580, de 1986)

§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo aos casos previstos nos itens III, IV e V do
artigo 108, quando, verificada a incapacidade definitiva, for o militar considerado
invaé lido, isto eé , impossibilitado total e permanentemente para qualquer trabalho.

§ 2º Considera-se, para efeito deste artigo, grau hieraé rquico imediato:

a) o de Primeiro-Tenente, para Guarda-Marinha, Aspirante-a-Oficial e


Suboficial ou Subtenente;

b) o de Segundo-Tenente, para Primeiro-Sargento, Segundo-Sargento e


Terceiro-Sargento; e

c) o de Terceiro-Sargento, para Cabo e demais praças constantes do Quadro a


que se refere o artigo 16.

§ 3º Aos benefíécios previstos neste artigo e seus paraé grafos poderaã o ser
acrescidos outros relativos aà remuneraçaã o, estabelecidos em leis especiais, desde
que o militar, ao ser reformado, jaé satisfaça aà s condiçoã es por elas exigidas.

§ 4º (Revogado pela Medida Provisoé ria nº 2.215-10, de 31.8.2001)


§ 5º (Revogado pela Medida Provisoé ria nº 2.215-10, de 31.8.2001)

Art. 111. O militar da ativa julgado incapaz definitivamente por um dos


motivos constantes do item VI do artigo 108 seraé reformado:

I - com remuneraçaã o proporcional ao tempo de serviço, se oficial ou praça com


estabilidade assegurada; e

II - com remuneraçaã o calculada com base no soldo integral do posto ou


graduaçaã o, desde que, com qualquer tempo de serviço, seja considerado invaé lido,
isto eé , impossibilitado total e permanentemente para qualquer trabalho.

Art. 112. O militar reformado por incapacidade definitiva que for julgado apto
em inspeçaã o de saué de por junta superior, em grau de recurso ou revisaã o, poderaé
retornar ao serviço ativo ou ser transferido para a reserva remunerada, conforme
dispuser regulamentaçaã o especíéfica.

§ 1º O retorno ao serviço ativo ocorreraé se o tempo decorrido na situaçaã o de


reformado naã o ultrapassar 2 (dois) anos e na forma do disposto no § 1º do artigo
88.

§ 2º A transfereê ncia para a reserva remunerada, observado o limite de idade


para a permaneê ncia nessa reserva, ocorreraé se o tempo transcorrido na situaçaã o de
reformado ultrapassar 2 (dois) anos.

Art . 113. A interdiçaã o judicial do militar reformado por alienaçaã o mental


deveraé ser providenciada junto ao Ministeé rio Pué blico, por iniciativa de
beneficiaé rios, parentes ou responsaé veis, ateé 60 (sessenta) dias a contar da data do
ato da reforma.

§ 1º A interdiçaã o judicial do militar e seu internamento em instituiçaã o


apropriada, militar ou naã o, deveraã o ser providenciados pelo Ministeé rio Militar, sob
cuja responsabilidade houver sido preparado o processo de reforma, quando:

a) naã o existirem beneficiaé rios, parentes ou responsaé veis, ou estes naã o


promoverem a interdiçaã o conforme previsto no paraé grafo anterior; ou
b) naã o forem satisfeitas aà s condiçoã es de tratamento exigidas neste artigo.

§ 2º Os processos e os atos de registro de interdiçaã o do militar teraã o


andamento sumaé rio, seraã o instruíédos com laudo proferido por Junta Militar de
Saué de e isentos de custas.

§ 3º O militar reformado por alienaçaã o mental, enquanto naã o ocorrer a


designaçaã o judicial do curador, teraé sua remuneraçaã o paga aos seus beneficiaé rios,
desde que estes o tenham sob sua guarda e responsabilidade e lhe dispensem
tratamento humano e condigno.

Art. 114. Para fins de passagem aà situaçaã o de inatividade, mediante reforma ex


officio , as praças especiais, constantes do Quadro a que se refere o artigo 16, saã o
consideradas como:

I - Segundo-Tenente: os Guardas-Marinha, Aspirantes-a-Oficial;

II - Guarda-Marinha ou Aspirante-a-Oficial: os Aspirantes, os Cadetes, os alunos


da Escola de Oficiais Especialistas da Aeronaé utica, conforme o caso especíéfico;

III - Segundo-Sargento: os alunos do Coleé gio Naval, da Escola Preparatoé ria de


Cadetes do Exeé rcito e da Escola Preparatoé ria de Cadetes-do-Ar;

IV - Terceiro-Sargento: os alunos de oé rgaã o de formaçaã o de oficiais da reserva e


de escola ou centro de formaçaã o de sargentos; e

V - Cabos: os Aprendizes-Marinheiros e os demais alunos de oé rgaã os de


formaçaã o de praças, da ativa e da reserva.

Paraé grafo ué nico. O disposto nos itens II, III e IV eé aplicaé vel aà s praças especiais
em qualquer ano escolar.

SEÇÃO IV
Da Demissão

Art. 115. A demissaã o das Forças Armadas, aplicada exclusivamente aos oficiais,
se efetua:
I - a pedido; e

II - ex officio.

Art . 116 A demissaã o a pedido seraé concedida mediante requerimento do


interessado:

I - sem indenizaçaã o aos cofres pué blicos, quando contar mais de 5 (cinco) anos
de oficialato, ressalvado o disposto no § 1º deste artigo; e

II - com indenizaçaã o das despesas feitas pela Uniaã o, com a sua preparaçaã o e
formaçaã o, quando contar menos de 5 (cinco) anos de oficialato.

§ 1º A demissaã o a pedido soé seraé concedida mediante a indenizaçaã o de todas


as despesas correspondentes, acrescidas, se for o caso, das previstas no item II,
quando o oficial tiver realizado qualquer curso ou estaé gio, no Paíés ou no exterior, e
naã o tenham decorrido os seguintes prazos:

a) 2 (dois) anos, para curso ou estaé gio de duraçaã o igual ou superior a 2 (dois)
meses e inferior a 6 (seis) meses;

b) 3 (treê s) anos, para curso ou estaé gio de duraçaã o igual ou superior a 6 (seis)
meses e igual ou inferior a 18 (dezoito) meses;

c) 5 (cinco) anos, para curso ou estaé gio de duraçaã o superior a 18 (dezoito)


meses.

§ 2º O caé lculo das indenizaçoã es a que se referem o item II e o paraé grafo


anterior seraé efetuado pelos respectivos Ministeé rios.

§ 3º O oficial demissionaé rio, a pedido, ingressaraé na reserva, onde


permaneceraé sem direito a qualquer remuneraçaã o. O ingresso na reserva seraé no
mesmo posto que tinha no serviço ativo e sua situaçaã o, inclusive promoçoã es, seraé
regulada pelo Regulamento do Corpo de Oficiais da Reserva da respectiva Força.

§ 4º O direito aà demissaã o a pedido pode ser suspenso na vigeê ncia de estado de


guerra, estado de emergeê ncia, estado de síétio ou em caso de mobilizaçaã o.
Art. 117. O oficial da ativa que passar a exercer cargo ou emprego pué blico
permanente, estranho aà sua carreira, seraé imediatamente demitido ex officio e
transferido para a reserva naã o remunerada, onde ingressaraé com o posto que
possuíéa na ativa e com as obrigaçoã es estabelecidas na legislaçaã o do serviço militar,
obedecidos os preceitos do art. 116 no que se refere aà s indenizaçoã es.
(Redaçaã o dada pela Lei nº 9.297, de 1996)

SEÇÃO V
Da Perda do Posto e da Patente

Art. 118. O oficial perderaé o posto e a patente se for declarado indigno do


oficialato, ou com ele incompatíével, por decisaã o do Superior Tribunal Militar, em
tempo de paz, ou de Tribunal Especial, em tempo de guerra, em decorreê ncia de
julgamento a que for submetido.

Paraé grafo ué nico. O oficial declarado indigno do oficialato, ou com ele


incompatíével, e condenado aà perda de posto e patente soé poderaé readquirir a
situaçaã o militar anterior por outra sentença dos tribunais referidos neste artigo e
nas condiçoã es nela estabelecidas.

Art. 119. O oficial que houver perdido o posto e a patente seraé demitido ex
officio sem direito a qualquer remuneraçaã o ou indenizaçaã o e receberaé a certidaã o de
situaçaã o militar prevista na legislaçaã o que trata do serviço militar.

Art. 120. Ficaraé sujeito aà declaraçaã o de indignidade para o oficialato, ou de


incompatibilidade com o mesmo, o oficial que:

I - for condenado, por tribunal civil ou militar, em sentença transitada em


julgado, aà pena restritiva de liberdade individual superior a 2 (dois) anos;

II - for condenado, em sentença transitada em julgado, por crimes para os


quais o Coé digo Penal Militar comina essas penas acessoé rias e por crimes previstos
na legislaçaã o especial concernente aà segurança do Estado;

III - incidir nos casos, previstos em lei especíéfica, que motivam o julgamento
por Conselho de Justificaçaã o e neste for considerado culpado; e
IV - houver perdido a nacionalidade brasileira.

SEÇÃO VI
Do Licenciamento

Art. 121. O licenciamento do serviço ativo se efetua:

I - a pedido; e

II - ex officio .

§ 1º O licenciamento a pedido poderaé ser concedido, desde que naã o haja


prejuíézo para o serviço:

a) ao oficial da reserva convocado, apoé s prestaçaã o do serviço ativo durante 6


(seis) meses; e

b) aà praça engajada ou reengajada, desde que conte, no míénimo, a metade do


tempo de serviço a que se obrigou.

§ 2º A praça com estabilidade assegurada, quando licenciada para fins de


matríécula em Estabelecimento de Ensino de Formaçaã o ou Preparatoé rio de outra
Força Singular ou Auxiliar, caso naã o conclua o curso onde foi matriculada, poderaé
ser reincluíéda na Força de origem, mediante requerimento ao respectivo Ministro.

§ 3º O licenciamento ex officio seraé feito na forma da legislaçaã o que trata do


serviço militar e dos regulamentos especíéficos de cada Força Armada:

a) por conclusaã o de tempo de serviço ou de estaé gio;

b) por convenieê ncia do serviço; e

c) a bem da disciplina.

§ 4º O militar licenciado naã o tem direito a qualquer remuneraçaã o e, exceto o


licenciado ex officio a bem da disciplina, deve ser incluíédo ou reincluíédo na reserva.
§ 5° O licenciado ex officio a bem da disciplina receberaé o certificado de isençaã o
do serviço militar, previsto na legislaçaã o que trata do serviço militar.

Art. 122. O Guarda-Marinha, o Aspirante-a-Oficial e as demais praças


empossados em cargos ou emprego pué blico permanente, estranho aà sua carreira,
seraã o imediatamente, mediante licenciamento ex officio, transferidos para a
reserva naã o remunerada, com as obrigaçoã es estabelecidas na legislaçaã o do serviço
militar. (Redaçaã o dada pela Lei nº 9.297, de 1996)

Art. 123. O licenciamento poderaé ser suspenso na vigeê ncia de estado de guerra,
estado de emergeê ncia, estado de síétio ou em caso de mobilizaçaã o.

SEÇÃO VII
Da Anulação de Incorporação e da Desincorporação da Praça

Art. 124. A anulaçaã o de incorporaçaã o e a desincorporaçaã o da praça resultam na


interrupçaã o do serviço militar com a consequü ente exclusaã o do serviço ativo.

Paraé grafo ué nico. A legislaçaã o que trata do serviço militar estabelece os casos
em que haveraé anulaçaã o de incorporaçaã o ou desincorporaçaã o da praça.

SEÇÃO VIII
Da Exclusão da Praça a Bem da Disciplina

Art. 125. A exclusaã o a bem da disciplina seraé aplicada ex officio ao Guarda-


Marinha, ao Aspirante-a-Oficial ou aà s praças com estabilidade assegurada:

I - quando assim se pronunciar o Conselho Permanente de Justiça, em tempo


de paz, ou Tribunal Especial, em tempo de guerra, ou Tribunal Civil apoé s terem sido
essas praças condenadas, em sentença transitada em julgado, aà pena restritiva de
liberdade individual superior a 2 (dois) anos ou, nos crimes previstos na legislaçaã o
especial concernente aà segurança do Estado, a pena de qualquer duraçaã o;

II - quando assim se pronunciar o Conselho Permanente de Justiça, em tempo


de paz, ou Tribunal Especial, em tempo de guerra, por haverem perdido a
nacionalidade brasileira; e
III - que incidirem nos casos que motivarem o julgamento pelo Conselho de
Disciplina previsto no artigo 49 e nele forem considerados culpados.

Paraé grafo ué nico. O Guarda-Marinha, o Aspirante-a-Oficial ou a praça com


estabilidade assegurada que houver sido excluíédo a bem da disciplina soé poderaé
readquirir a situaçaã o militar anterior:

a) por outra sentença do Conselho Permanente de Justiça, em tempo de paz, ou


Tribunal Especial, em tempo de guerra, e nas condiçoã es nela estabelecidas, se a
exclusaã o tiver sido consequü eê ncia de sentença de um daqueles Tribunais; e

b) por decisaã o do Ministro respectivo, se a exclusaã o foi consequü eê ncia de ter


sido julgado culpado em Conselho de Disciplina.

Art. 126. EÉ da competeê ncia dos Ministros das Forças Singulares, ou autoridades
aà s quais tenha sido delegada competeê ncia para isso, o ato de exclusaã o a bem da
disciplina do Guarda-Marinha e do Aspirante-a-Oficial, bem como das praças com
estabilidade assegurada.

Art. 127. A exclusaã o da praça a bem da disciplina acarreta a perda de seu grau
hieraé rquico e naã o a isenta das indenizaçoã es dos prejuíézos causados aà Fazenda
Nacional ou a terceiros, nem das pensoã es decorrentes de sentença judicial.

Paraé grafo ué nico. A praça excluíéda a bem da disciplina receberaé o certificado de


isençaã o do serviço militar previsto na legislaçaã o que trata do serviço militar, sem
direito a qualquer remuneraçaã o ou indenizaçaã o.

SEÇÃO IX
Da Deserção

Art. 128. A deserçaã o do militar acarreta interrupçaã o do serviço militar, com a


consequü ente demissaã o ex officio para o oficial, ou a exclusaã o do serviço ativo, para a
praça.
§ 1º A demissaã o do oficial ou a exclusaã o da praça com estabilidade assegurada
processar-se-aé apoé s 1 (um) ano de agregaçaã o, se naã o houver captura ou
apresentaçaã o voluntaé ria antes desse prazo.

§ 2º A praça sem estabilidade assegurada seraé automaticamente excluíéda apoé s


oficialmente declarada desertora.

§ 3º O militar desertor que for capturado ou que se apresentar


voluntariamente, depois de haver sido demitido ou excluíédo, seraé reincluíédo no
serviço ativo e, a seguir, agregado para se ver processar.

§ 4º A reinclusaã o em definitivo do militar de que trata o paraé grafo anterior


dependeraé de sentença de Conselho de Justiça.

SEÇÃO X
Do Falecimento e do Extravio

Art. 129. O militar na ativa que vier a falecer seraé excluíédo do serviço ativo e
desligado da organizaçaã o a que estava vinculado, a partir da data da ocorreê ncia do
oé bito.

Art. 130. O extravio do militar na ativa acarreta interrupçaã o do serviço militar,


com o consequü ente afastamento temporaé rio do serviço ativo, a partir da data em
que o mesmo for oficialmente considerado extraviado.

§ 1º A exclusaã o do serviço ativo seraé feita 6 (seis) meses apoé s a agregaçaã o por
motivo de extravio.

§ 2º Em caso de naufraé gio, sinistro aeé reo, cataé strofe, calamidade pué blica ou
outros acidentes oficialmente reconhecidos, o extravio ou o desaparecimento de
militar da ativa seraé considerado, para fins deste Estatuto, como falecimento, taã o
logo sejam esgotados os prazos maé ximos de possíével sobreviveê ncia ou quando se
deê em por encerradas as provideê ncias de salvamento.
Art. 131. O militar reaparecido seraé submetido a Conselho de Justificaçaã o ou a
Conselho de Disciplina, por decisaã o do Ministro da respectiva Força, se assim for
julgado necessaé rio.

Paraé grafo ué nico. O reaparecimento de militar extraviado, jaé excluíédo do serviço


ativo, resultaraé em sua reinclusaã o e nova agregaçaã o enquanto se apuram as causas
que deram origem ao seu afastamento.

CAPIÉTULO III
Da Reabilitaçaã o

Art. 132. A reabilitaçaã o do militar seraé efetuada:

I - de acordo com o Coé digo Penal Militar e o Coé digo de Processo Penal Militar,
se tiver sido condenado, por sentença definitiva, a quaisquer penas previstas no
Coé digo Penal Militar;

II - de acordo com a legislaçaã o que trata do serviço militar, se tiver sido


excluíédo ou licenciado a bem da disciplina.

Paraé grafo ué nico. Nos casos em que a condenaçaã o do militar acarretar sua
exclusaã o a bem da disciplina, a reabilitaçaã o prevista na legislaçaã o que trata do
serviço militar poderaé anteceder a efetuada de acordo com o Coé digo Penal Militar e
o Coé digo de Processo Penal Militar.

Art. 133. A concessaã o da reabilitaçaã o implica em que sejam cancelados,


mediante averbaçaã o, os antecedentes criminais do militar e os registros constantes
de seus assentamentos militares ou alteraçoã es, ou substituíédos seus documentos
comprobatoé rios de situaçaã o militar pelos adequados aà nova situaçaã o.

CAPIÉTULO IV
Do Tempo de Serviço

Art. 134. Os militares começam a contar tempo de serviço nas Forças Armadas
a partir da data de seu ingresso em qualquer organizaçaã o militar da Marinha, do
Exeé rcito ou da Aeronaé utica.
§ 1º Considera-se como data de ingresso, para fins deste artigo:

a) a do ato em que o convocado ou voluntaé rio eé incorporado em uma


organizaçaã o militar;

b) a de matríécula como praça especial; e

c) a do ato de nomeaçaã o.

§ 2º O tempo de serviço como aluno de oé rgaã o de formaçaã o da reserva eé


computado, apenas, para fins de inatividade na base de 1 (um) dia para cada
períéodo de 8 (oito) horas de instruçaã o, desde que concluíéda com aproveitamento a
formaçaã o militar.

§ 3º O militar reincluíédo recomeça a contar tempo de serviço a partir da data


de sua reinclusaã o.

§ 4º Quando, por motivo de força maior, oficialmente reconhecida, decorrente


de inceê ndio, inundaçaã o, naufraé gio, sinistro aeé reo e outras calamidades, faltarem
dados para contagem de tempo de serviço, caberaé aos Ministros Militares arbitrar
o tempo a ser computado para cada caso particular, de acordo com os elementos
disponíéveis.

Art. 135. Na apuraçaã o do tempo de serviço militar, seraé feita distinçaã o entre:

I - tempo de efetivo serviço; e

II - anos de serviço.

Art. 136. Tempo de efetivo serviço eé o espaço de tempo computado dia a dia
entre a data de ingresso e a data-limite estabelecida para a contagem ou a data do
desligamento em consequü eê ncia da exclusaã o do serviço ativo, mesmo que tal espaço
de tempo seja parcelado.

§ 1º O tempo de serviço em campanha eé computado pelo dobro como tempo de


efetivo serviço, para todos os efeitos, exceto indicaçaã o para a quota compulsoé ria.
§ 2º Seraé , tambeé m, computado como tempo de efetivo serviço o tempo passado
dia a dia nas organizaçoã es militares, pelo militar da reserva convocado ou
mobilizado, no exercíécio de funçoã es militares.

§ 3º Naã o seraã o deduzidos do tempo de efetivo serviço, aleé m dos afastamentos


previstos no artigo 65, os períéodos em que o militar estiver afastado do exercíécio
de suas funçoã es em gozo de licença especial.

§ 4º Ao tempo de efetivo serviço, de que trata este artigo, apurado e totalizado


em dias, seraé aplicado o divisor 365 (trezentos e sessenta e cinco) para a
correspondente obtençaã o dos anos de efetivo serviço.

Art. 137. Anos de serviço eé a expressaã o que designa o tempo de efetivo serviço
a que se refere o artigo anterior, com os seguintes acreé scimos:

I - tempo de serviço pué blico federal, estadual ou municipal, prestado pelo


militar anteriormente aà sua incorporaçaã o, matríécula, nomeaçaã o ou reinclusaã o em
qualquer organizaçaã o militar;

II - (Revogado pela Medida Provisoé ria nº 2.215-10, de 31.8.2001)

III - tempo de serviço computaé vel durante o períéodo matriculado como aluno
de oé rgaã o de formaçaã o da reserva;

IV - (Revogado pela Medida Provisoé ria nº 2.215-10, de 31.8.2001)

V- (Revogado pela Medida Provisoé ria nº 2.215-10, de 31.8.2001)

VI - 1/3 (um terço) para cada períéodo consecutivo ou naã o de 2 (dois) anos de
efetivo serviço passados pelo militar nas guarniçoã es especiais da Categoria "A", a
partir da vigeê ncia da Lei nº 5.774, de 23 de dezembro de 1971. (Redaçaã o
dada pela Lei nº 7.698, de 1988)

§ 1º Os acreé scimos a que se referem os itens I, III e VI seraã o computados


somente no momento da passagem do militar aà situaçaã o de inatividade e para esse
fim.
§ 2º (Revogado pela Medida Provisoé ria nº 2.215-10, de 31.8.2001)

§ 3º (Revogado pela Medida Provisoé ria nº 2.215-10, de 31.8.2001)

§ 4º Naã o eé computaé vel para efeito algum, salvo para fins de indicaçaã o para a
quota compulsoé ria, o tempo:

a) que ultrapassar de 1 (um) ano, contíénuo ou naã o, em licença para tratamento


de saué de de pessoa da famíélia;

b) passado em licença para tratar de interesse particular ou para acompanhar


coê njuge ou companheiro(a); (Redaçaã o dada pela Lei nº 11.447, de 2007)

c) passado como desertor;

d) decorrido em cumprimento de pena de suspensaã o do exercíécio do posto,


graduaçaã o, cargo ou funçaã o por sentença transitada em julgado; e

e) decorrido em cumprimento de pena restritiva da liberdade, por sentença


transitada em julgado, desde que naã o tenha sido concedida suspensaã o condicional
de pena, quando, entaã o, o tempo correspondente ao períéodo da pena seraé
computado apenas para fins de indicaçaã o para a quota compulsoé ria e o que dele
exceder, para todos os efeitos, caso as condiçoã es estipuladas na sentença naã o o
impeçam.

Art. 138. (Revogado pela Medida Provisoé ria nº 2.215-10, de 31.8.2001)

Art. 139. O tempo que o militar passou ou vier a passar afastado do exercíécio
de suas funçoã es, em consequü eê ncia de ferimentos recebidos em acidente quando em
serviço, combate, na defesa da Paé tria e na garantia dos poderes constituíédos, da lei
e da ordem, ou de moleé stia adquirida no exercíécio de qualquer funçaã o militar, seraé
computado como se o tivesse passado no exercíécio efetivo daquelas funçoã es.

Art. 140. Entende-se por tempo de serviço em campanha o períéodo em que o


militar estiver em operaçoã es de guerra.
Paraé grafo ué nico. A participaçaã o do militar em atividades dependentes ou
decorrentes das operaçoã es de guerra seraé regulada em legislaçaã o especíéfica.

Art. 141. O tempo de serviço dos militares beneficiados por anistia seraé
contado como estabelecer o ato legal que a conceder.

Art. 142. A data-limite estabelecida para final da contagem dos anos de serviço
para fins de passagem para a inatividade seraé do desligamento em consequü eê ncia da
exclusaã o do serviço ativo.

Art. 143. Na contagem dos anos de serviço naã o poderaé ser computada qualquer
superposiçaã o dos tempos de serviço pué blico federal, estadual e municipal ou
passado em administraçaã o indireta, entre si, nem com os acreé scimos de tempo,
para os possuidores de curso universitaé rio, e nem com o tempo de serviço
computaé vel apoé s a incorporaçaã o em organizaçaã o militar, matríécula em oé rgaã o de
formaçaã o de militares ou nomeaçaã o para posto ou graduaçaã o nas Forças Armadas.

CAPIÉTULO V
Do Casamento

Art. 144. O militar da ativa pode contrair matrimoê nio, desde que observada a
legislaçaã o civil especíéfica.

§ 1º Os Guardas-Marinha e os Aspirantes-a-Oficial naã o podem contrair


matrimoê nio, salvo em casos excepcionais, a criteé rio do Ministro da respectiva
Força.

§ 2º EÉ vedado o casamento aà s praças especiais, com qualquer idade, enquanto


estiverem sujeitas aos regulamentos dos oé rgaã os de formaçaã o de oficiais, de
graduados e de praças, cujos requisitos para admissaã o exijam a condiçaã o de
solteiro, salvo em casos excepcionais, a criteé rio do Ministro da respectiva Força
Armada.

§ 3º O casamento com mulher estrangeira somente poderaé ser realizado apoé s a


autorizaçaã o do Ministro da Força Armada a que pertencer o militar.
Art. 145. As praças especiais que contraíérem matrimoê nio em desacordo com os
§§ 1º e 2° do artigo anterior seraã o excluíédas do serviço ativo, sem direito a
qualquer remuneraçaã o ou indenizaçaã o.

CAPIÉTULO VI
Das Recompensas e das Dispensas do Serviço

Art. 146. As recompensas constituem reconhecimento dos bons serviços


prestados pelos militares.

§ 1º Saã o recompensas:

a) os preê mios de Honra ao Meé rito;

b) as condecoraçoã es por serviços prestados na paz e na guerra;

c) os elogios, louvores e refereê ncias elogiosas; e

d) as dispensas de serviço.

§ 2º As recompensas seraã o concedidas de acordo com as normas estabelecidas


nos regulamentos da Marinha, do Exeé rcito e da Aeronaé utica.

Art . 147. As dispensas de serviço saã o autorizaçoã es concedidas aos militares


para afastamento total do serviço, em caraé ter temporaé rio.

Art . 148. As dispensas de serviço podem ser concedidas aos militares:

I - como recompensa;

II - para desconto em feé rias; e

III - em decorreê ncia de prescriçaã o meé dica.

Paraé grafo ué nico. As dispensas de serviço seraã o concedidas com a remuneraçaã o


integral e computadas como tempo de efetivo serviço.
TIÉTULO V
Disposiçoã es Gerais, Transitoé rias e Finais

Art. 149. A transfereê ncia para a reserva remunerada ou a reforma naã o isentam
o militar da indenizaçaã o dos prejuíézos causados aà Fazenda Nacional ou a terceiros,
nem do pagamento das pensoã es decorrentes de sentença judicial.

Art. 150. A Assisteê ncia Religiosa aà s Forças Armadas eé regulada por lei
especíéfica.

Art. 151. EÉ vedado o uso por organizaçaã o civil de designaçoã es que possam
sugerir sua vinculaçaã o aà s Forças Armadas.

Paraé grafo ué nico. Excetuam-se das prescriçoã es deste artigo as associaçoã es,
clubes, cíérculos e outras organizaçoã es que congreguem membros das Forças
Armadas e que se destinem, exclusivamente, a promover intercaê mbio social e
assistencial entre os militares e suas famíélias e entre esses e a sociedade civil.

Art. 152. Ao militar amparado por uma ou mais das Leis n° 288, de 8 de junho
de 1948, 616, de 2 de fevereiro de 1949, 1.156, de 12 de julho de 1950, e 1.267, de
9 de dezembro de 1950, e que em virtude do disposto no artigo 62 desta Lei naã o
mais usufruiraé as promoçoã es previstas naquelas leis, fica assegurada, por ocasiaã o
da transfereê ncia para a reserva ou da reforma, a remuneraçaã o da inatividade
relativa ao posto ou graduaçaã o a que seria promovido em decorreê ncia da aplicaçaã o
das referidas leis.

Paraé grafo ué nico. A remuneraçaã o de inatividade assegurada neste artigo naã o


poderaé exceder, em nenhum caso, a que caberia ao militar, se fosse ele promovido
ateé 2 (dois) graus hieraé rquicos acima daquele que tiver por ocasiaã o do
processamento de sua transfereê ncia para a reserva ou reforma, incluindo-se nesta
limitaçaã o a aplicaçaã o do disposto no § 1º do artigo 50 e no artigo 110 e seu § 1º.

Art. 153. Na passagem para a reserva remunerada, aos militares obrigados ao


voê o seraã o computados os acreé scimos de tempo de efetivo serviço decorrentes das
horas de voê o realizadas ateé 20 de outubro de 1946, na forma da legislaçaã o entaã o
vigente.

Art. 154. Os militares da Aeronaé utica que, por enfermidade, acidente ou


deficieê ncia psicofisioloé gica, verificada em inspeçaã o de saué de, na forma
regulamentar, forem considerados definitivamente incapacitados para o exercíécio
da atividade aeé rea, exigida pelos regulamentos especíéficos, soé passaraã o aà
inatividade se essa incapacidade o for tambeé m para todo o serviço militar.

Paraé grafo ué nico. A regulamentaçaã o proé pria da Aeronaé utica estabelece a


situaçaã o do pessoal enquadrado neste artigo.

Art. 155. Aos Cabos que, na data da vigeê ncia desta Lei, tenham adquirido
estabilidade seraé permitido permanecer no serviço ativo, em caraé ter excepcional,
de acordo com o interesse da respectiva Força Singular, ateé completarem 50
(cinquü enta) anos de idade, ressalvadas outras disposiçoã es legais.

Art. 156. (Revogado pela Medida Provisoé ria nº 2.215-10, de 31.8.2001)

Art. 157. As disposiçoã es deste Estatuto naã o retroagem para alcançar situaçoã es
definidas anteriormente aà data de sua vigeê ncia.

Art. 158. Apoé s a vigeê ncia do presente Estatuto seraã o a ele ajustadas todas as
disposiçoã es legais e regulamentares que com ele tenham ou venham a ter
pertineê ncia.

Art. 159. O presente Estatuto entraraé em vigor a partir de 1º de janeiro de


1981, salvo quanto ao disposto no item IV do artigo 98, que teraé vigeê ncia 1 (um)
ano apoé s a data da publicaçaã o desta Lei.

Paraé grafo ué nico. Ateé a entrada em vigor do disposto no item IV do artigo 98,
permaneceraã o em vigor as disposiçoã es constantes dos itens IV e V do artigo 102 da
Lei n° 5.774, de 23 de dezembro de 1971.

Art. 160. (Revogado pela Medida Provisoé ria nº 2.215-10, de 31.8.2001)


JOAÃ O FIGUEIREDO
Maximiano Fonseca
Ernani Ayrosa da Silva
Délio Jardim de Mattos
José Ferraz da Rocha

Este texto naã o substitui o publicado no DOU de 11.12.1988

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