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SÃO PAULO
2015
EDUARDO GAVA POMPEU DE TOLEDO
SÃO PAULO
2015
EDUARDO GAVA POMPEU DE TOLEDO
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
_________________________ ___/___/___
Professor Fernando Augusto Salles
Universidade Paulista – UNIP
_________________________ ___/___/___
Professor Convidado
Universidade Paulista - UNIP
“Seja inato ou adquirido, o
comportamento é selecionado por
suas consequências.”
The moral damage, true offense to the rights of personality, intimately achieve
the dignity of the human person, takes a fairly common bias when it comes to
the improper inclusion user name in the credit protection registry - SCPC -
SERASA.A protection name, held by the Civil Code is not restricted to the
formal aspects of this, but the image that that name will bring the rest of society.
Thus, the inclusion of the name in the list of bad debtors generates moral
damages. Other than that, despite the timid forecast made in the Civil Code,
moral or equity illicit generates the duty to indemnify. Stormy question, however,
focuses on the indemnification amount in each case.
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 8
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 33
INTRODUÇÃO
1.1 Conceito
Roberto Senise Lisboa (2009, p. 166), neste aspecto, ressalta que os direitos
da personalidade “possuem outras denominações apontadas pela doutrina: direitos
essenciais, direitos fundamentais, direitos personalíssimos, direitos naturais da
pessoa, e assim por diante”.
Por fim, cabe destacar a brilhante observação feita por Caio Mário da Silva
Pereira (2007, p. 240), no que tange aos direitos da personalidade:
1.2 Fundamentos
1.3 Características
disciplina que “não podem os seus titulares deles dispor, transmitindo-os a terceiros,
renunciando ao seu uso ou abandonando-os, pois nascem e se extinguem com eles,
dos quais são inseparáveis”.
O artigo 5º, inciso X do texto maior, por sua vez, proclama a inviolabilidade
dos direitos da personalidade, assegurando a reparação do dano em caso de
violação, confere se extrai da leitura do referido artigo, in verbis:
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes:
[...]
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação;
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em
publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda
que não haja intenção difamatória.
O nome da pessoa não pode ser alvo de exposição pública que traga ao seu
titular consequências vexatórias, sendo verdadeiro mandamento legal de proteção à
honra da pessoa. Trata-se de tutela da honra objetiva, haja vista se tratar da imagem
que a coletividade terá da pessoa exposta. DINIZ (2006, p.42) recorda que “em
regra, a reparação pelo dano moral e patrimonial, causado por essa ofensa, é
pecuniária, mas há casos em que é possível a restauração in natura, publicando-se
desagravo”.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que
se dá ao nome.
Tal proteção tem por fundamento o fato de que o nome notório, pelo qual a
pessoa é conhecida, seja um apelido, seja uma forma de expressar arte e, com isso,
Por fim, vale destacar que a Constituição Federal de 1988, traz dentre os
princípios informadores do Estado Democrático de Direito a dignidade da pessoa
humana. O dano moral, por sua vez, constitui uma ofensa ao princípio da dignidade,
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Demais disso, ainda que timidamente, o Código Civil é claro ao descrever que
todo aquele que cometer um dano a outrem, ainda que exclusivamente moral,
cometerá ato ilícito e, portanto, terá o dever de indenizar.
Antonio Jeová Santos (2008, p. 146) ensina que a mensuração dos danos
morais tem se constituído em verdadeiro tormento para os operadores do direito,
não fornecendo o legislador critérios objetivos a serem adotados. Atribui-se ao Juiz
arbítrio prudencial, com enredamento da natureza jurídica da indenização como
ressarcitória e punitiva, mas não a ponto de transformar a estimativa como resultado
de critérios meramente subjetivos, ofertando a doutrina, dentre outros, análise de
pormenores importantes como: a) o grau de reprovabilidade da conduta ilícita; b) a
intensidade e duração do sofrimento experimentado pela vítima; c) a capacidade
econômica do causador do dano; d) as condições pessoais do ofendido.
27
MELO (2010, p. 130) ensina que efetivamente, os credores podem fazer uso
dos sistemas de proteção ao crédito para ali registrarem o nome dos maus
pagadores. Esse é um direito líquido e certo. Contudo, muitas vezes acontece que,
por desorganização ou displicência ou ainda pela complexidade e impessoalidade
das grandes empresas, procede-se à inscrição irregular de clientes naqueles
cadastros ou leva-se a protesto títulos que não deveriam ser protestados. Nesses
casos, excede-se o limite do exercício regular de um direito para adentrar-se no
campo do ilícito, que autoriza a pleitear indenização.
Há situações mais graves, por exemplo, quando se verifica que empresas
inescrupulosas utilizam-se de ameaça de inclusão do nome do possível devedor no
rol de maus pagadores com o único intuito de obrigar o devedor a satisfazer os
supostos créditos. É o perfeito caso de abuso de direito.
Significa dizer que há uma obrigação legal da parte dos bancos de dados de
informar o consumidor que irão cadastrá-lo, isso como forma de permitir-lhe verificar
a exatidão ou não dos dados sobre sua pessoa.
MELO (2010, p. 132) preceitua que os bancos de dados são alimentados, via
de regra, pelas empresas credoras, que lhes informam sobre os dados de seus
clientes inadimplentes. Há, contudo, casos em que é o próprio banco de dados que
busca a informação e alimenta seu arquivo. Trata-se de anotações sobre
consumidores a partir da obtenção de dados referentes, por exemplo, a títulos
protestados.
E prossegue:
A doutrina levanta uma série de críticas sobre o teor da Súmula, haja vista que
“autoriza” que os credores façam restrições financeiras sem receio de
consequências, ignorando seu dever de manter regulares os cadastros de
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No caso em tela, verifica-se que a consumidora, que teve seus dados pessoais
usados pela negligência da instituição financeira, não pode absorver o prejuízo que
sofreu com a devolução de cheques, cobrança de tarifas, negativação, etc. Logo,
impositiva a procedência no que tange à declaração de inexigibilidade da dívida.
Mas indevida a pretendida indenização, na medida em que a consumidora
ostentava outras anotações, o que afasta a existência de danos morais, nos termos
da Súmula 385 do STJ.
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CONCLUSÃO
No mais, o dano moral recebeu singela referência no artigo 186 do Código, não
obstante o enorme prestígio que mereceu na Constituição Federal, conforme já
ressaltado.
magistrado pode se tornar uma questão tormentosa pois cada magistrado pode
utilizar-se de critérios subjetivos e aleatórios.
A indenização por dano moral terá lugar sempre que algum dos direitos da
personalidade seja violado. Tal violação pode referir-se ao nome e imagem da
pessoa humana, como por exemplo, insculpindo lhe uma imagem de mau pagador
que não lhe é verdadeira.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BITAR, Carlos Alberto. Reparação Civil por Danos Morais. 2 ed. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2004.
DINIZ, Maria Helena. Direito civil brasileiro. Vol.7. 19 ed. São Paulo: Saraiva,
2005.
LISBOA, Roberto Senise. Manual de Direito Civil: teoria geral do direito civil. vol.
I. 5 ed. reform. São Paulo: Saraiva, 2009.
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil. vol.I. 22 ed. Rio de
Janeiro: Editora Forense, 2007.
SANTOS, Antonio Jeová. Dano Moral Indenizável. 4 ed. São Paulo Editora Revista
dos Tribunais, 2008.
SCAVONE Jr., Luiz Antonio. Obrigações: uma abordagem didática. São Paulo:
Editora Juarez de Oliveira, 2006.
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: parte geral, vol. I. 5 ed. São Paulo: Atlas,
2005.