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FUNDACAO CALOUSTE GULBENKIAN ESTUDOS DE TRADUGAO Susan Bassnett £ Pfewor de Esto Liter Comp fade e Decora de Cnt or Bris toa Conpantine Curl Stl da Univer cade de Ware nen de as ats ‘on (1999 cm ciao Hah Ti Wet Echoing iver HOD) cmd Form conjaode poomm eS do. Vivina Campos Figueiredo License Lingus Litt Mose rave mest em Eidos Anglo Americanos fe Facade de Let da Universe de Coimbra, & docnte de Ing, Ingles TH rico Posen de Comuncagi no In tio Pligeic de Cot par da activ Ade dct, ese dedi 3 ado mt hop vere pita e erica: Bs diversas tegen po tera raked vite et ss cidecia soils cua, jun agora ‘um trabao de vetgago ceed see 1 actividad trata om si 0 imbito do Doctorarono ea Trayo que deserve a Universidade de Vio ‘Ana Maria Chaves ‘ceaciad ela Facultad de Leas da Us ‘erie do Lisa, 6 desde 197%, letra de ngs ma Universidade do Mia, onde Tesi Lingun Ingle, Tera da Tradjo Taig. 19 deseo Liens (Comparada do ISLA de Vila Nova de Gai ‘ire qe igi a 1996, Tem ema cxenes bras de Willa Fault, Emily Brae D-H. Lawrence, Somerset Maugham © Edigoes da FUNDACAO CALOUSTE GULBENKIAN Manuals Universitarios io prnspsimeno dos fins gens que = ‘Sitar, oo Funda leva ane ‘raga de is press atria ‘odando obs divert ede dv car ter clvafon, Monin, wai, hen, Preendeagr,aavs dum pane spo semaine seco ond Sn news mga ‘gram om Giclee ‘ate igh ov or se tabi de invest (pao. A vo ¢ ons fee 8 Fada Fecdudes ane poate nly ats vez maice dese exallo fundancttl toa cles Origins aye, estes ovis earangeion 0 gra neta {eh earner aes Prins pias: Ad ifm: Ean Sida Mansel Castel Thera da Comair de Mantes ews Mecha “Tato Cleon Penns pices: Conn dos teensex can Prins pias ade Bed Nanos = 11 80 Capa de Jone Anni Pees Portuese ESTUDOS DE TRADUCAO FUNDAMENTOS DE UMA DISCIPLINA SUSAN BASSNETT ESTUDOS DE TRADUGAO FUNDAMENTOS DE UMA DISCIPLINA Tradusao de Vivina de Campos Figueiredo Revisio de ‘Ana Matia sta DE HDCACADHOLSAS FUNDAGAO CALOUSTE GULBENKIAN | LISBOA ‘Tradugdo bo orignal nels intl ‘TRANSLATION STUDIES © 1980, 1991, 2002 Susan Bassett [AID Rights Reserved “eo snd 6 gn ings oor Roe mento Sea & Fs Oop Reservas tos os diitos de acordo com ei digo da FUNDACAO CALOUSTE GULBENKIAN ‘Av de Bema — Lisbon 203 ‘Ao meu pai, que tudo tornou possivel. Estudos de tradugio Nos finais da década de setenta nasceu uma nova dis Jina académica: os Estudos de Tradugio, Era manifesta a dificuldade de lermos literatura traduzida sem nos per- {guntarmos se os fenémenos linguisticos e culturais seriam realmente “traduziveis” e sem explorarmos com alguma profundidade o conceito de “equivaléncia” Quando Estudos de Tradugdo, de Susan Bassnett, foi publicada na série New Accents, depressa se tornou na ‘obra introdutéria que todos os estudantes e leitores inte- ressados por esta problemitica tinham de possuir. A Pro- fessora Bussnett aborda os problemas centrais da tradug e oferece-nos uma historia da teoria da traduga0 que tem inicio na Roma antiga ¢ engloba as obras-chave do culo XX. Em seguida explora problemas especificos da tradugio literdria através de uma andlise de textos pritica ¢ focalizada, ¢ termina com um vasto leque de sugestOes, para leituras subsequentes, vin Vinte anos apés a sua publicagio, a érea dos estudos de tradugdo continua em expansio, mas hd algo que no ‘mudou: actualizada pela segunda vez, Estudos de Tradu- (io, de Susan Bassnett, continua a ser uma obra de leitura obrigatéria ‘Susan Bassnett € Professora Catedritica de Estudos Literérios Comparados em Tradugiio no Centro de Estu- dos Culturais Comparados da Universidade de Warwick. Preficio do Director da Série New Accents Parece sem divida difciljustficar um terceiro Pref cio & série New Accents, O que resta para dizer? A série iniciou-se hi vinte e cinco anos com um propésito muito claro, A sua principal preocupagio era © mundo cada ‘ver mais perplexo dos estudos literérios e académicos, as- solado por monsttos frenéticos denominados “Teoria”, Lit € “Politica”. Visivamos em particular os ¢s- tudantes de graduaglo e inicio de pés-graduago que esta- ‘vam a aprender a lidar com estes novos desenvolvimentos ‘ou a ser persistentemente alertados para os seus perigos. ‘A New Accents colocou-se deliberadamente de um dos, lados. Assim, © primeiro Preficio falava vagamente em 1977 de “um tempo de mudanga social répida e radical” e dda “erosio das premissas e pressuposto cestudo da literatura, “AS modalidades € catego das do passado”, afirmavaes a realidade vivenciada pelas novas gera x de cada volume seria “estimular 0 process de mudanga ao invés de a ele resistir", combinando a exposiglo objec- tiva e factual das novas ideias com uma explanagio clara fe detalhada dos desenvolvimentos conceptuais com elas relacionados. Se a inimiga era a mistficagdo (ou, pura ¢ simplesmente, a demonizagao), a lucidez (com a devida vénia 0s compromissos inevitavelmente em jogo) tor- nou-se numa ami iscurso do futuro mar- cadamente diferente” querfamos pelo ‘menos ser capazes de 0 entender. Com a devida referencia ao apocalipse, 0 segundo, Preficio expressava piedosa inguietagio pela natureza brutal da besta que poderia agigantar-se, portentosa, dos eescombros. "Como poxderemos nds reconhecer e lidar com © novo?" dizia-se em tom de lamento, no deixando no centanto de referir o imido progresso de “uma hoste de ae- tividades tangencialmente respeitiveis para as quais no possuimos nomes tranquilizadores” © prometendo inde- feetivel vigilincia “nas fronteiras do ji justificado por precedéncia ¢ nos limites do pensivel”. A conclusto de que “o impensivel é, afinal, aquilo que de forma oculta ‘mold os nossos pensamentos” pode parecer um lugar co- ‘mum, Porém, na medida em que confere alguma estabili- dade a um mundo de certezas em constante derrocada, no ‘6 motivo para corar de vergonha. Na circunstancia, qualquer esforgo subsequente, ¢ cer- lamente final, s6 pode olhar para tris com modéstia e re- jubilar por a série continuar bem viva, congratulando-se, ‘ido sem boa razio, por ela se ter feito tribuna desde o XI inicio para o que, a0 longo dos anos, veio a afirmar-se como as diferentes vozes ¢ os diferentes temas dos estu- dos literdrios. Todavia, as obras agora re-apresentadas possuem mais do que um mero interesse histérico, Como ‘os seus autores referem, as questdes por elas levantadas ‘mantém toda a sua acuidade ¢ os argumentos com que es- _grimiam a mesma forga perturbadora. Em resumo, no es amos enganados. A investigaciio aeadémica evoluiu r pida © radicalmente por forma a acompanhar, quigé promover, transformagdes sociais de fundo. Houve pois {que desenvolver um novo conjunto de discursos eapazes ‘de mediar tas revolugdes. Mas © processo ndo terminou, Neste mundo fluido que habitamos, aquilo que outrora era impensavel dentro e fora da academia parece ser agora aceite com naturalidade, Nao me cabe dizer se as obras publicadas na New Accents constituiram alertas, mapas, guias ou achegas relativamente a este novo terreno a desbravar. O nosso ‘maior feito foi, porventura, cultivar a percepgao de que tal terreno existia A tnica justificago possfvel para uma ter- ceira, e relutante, tentativa de escrever um Preficio € a cconviego de que ele continua a existr. TERENCE HAWKES Agradecimentos A autora ¢ editora gostariam de agradecer is seguin- {es individualidades ¢ empresas por terem autorizado a re- produgdo de algum material: E, J. Brill, Leiden, pelo diagrama tirado da obra To- wards a Science of Translating (1964) de Eugene Nida; MIT Press, Cambridge, Mass., pelo diagrama tirado da obra Language Thought and Relativity (1956) de B. L. Whorf; Oxford University Press pela tradugtio de Charles Kennedy do poema Seafarer tirado de An Anthology of (Old English Poerry (New York, 1960) e também pela tra- duo de Sir William Marris do Poema 13 de Catulo, pu- blicada pela primeira vez em 1924; University of Michi- gan Press, Ann Arbor, pela tradugdo de Frank Copley do Poema 13 de Catulo, publicada pela primeira vez em 1957; Arnold Mondadori pelo poema Un'altra nowe de Ungaretti ¢ pelo excerto de Fontamara de Silone; Stand pela tradugo de Charles Tomlinson Penguin Books Lid xiv pela tradugdo de P. Creagh do poema de Ungaretti; Jour- rneyman Press pela tradugaio de G. David ¢ de E. Mossba- ccher de Fontamara de Silone; S. Fischer-Verlag, Frank- furt-am-Main pelo excerto de Der Zauberberg de Mann; Martin Secker & Warburg Ltd e Alfred A. Knopf, Inc. pela tradugdo de H.T. Lowe-Porter de The Magic Mountain de Mann; Faber & Faber Lid pela tradugio de Robert Lowell de Phaedra e pela wradugao de Ezra Pound de Seafarer ti- rada de The Translations of Ezra Pound: Tony Hatrison ¢ Rex Collings, Londres, por Phaedra Brintanica de Tony Hartson, PREFACTO A EDICAO REVISTA (1991) Na década que se seguiu a primeira edi! deste fi vro, 0s Estudos de Tradugdo estabeleceram-se_solida- mente como uma disciplina séria e aut6noma, Apareceu tum niimero substancial de obras, fundaram-se revistas, € :muitas revistas de prestigio e tradigao dedicaram numeros temiticos aos Estudos de Tradugio, ao mesmo tempo que ‘a investigago nesta drea ia florescendo no mundo inteito, No século XI, os Estudos de Tradugao terio esquecido 1 seus comegos, algo apologéticos, tal como os Estudos Ingleses ja praticamente esqueceram os seus nao muito di- ferentes inicios. Na verdade, hoje em dia esta drea de es- tudos ocupa tantos estudiosos que muitos dos antigos pressupostos sobre a marginalidade deste trabalho foram ridicalmente postos em causa, sendo o principal dos quais a ideia de que 0 estudo da tradusio poderia ser relegs para uma sub-categoria da Literatura Comparada. A pers- pectiva actual inverte essa avaliagio e prope, muito pelo "A pms eg dean ob dts 1980. TE xv ccontririo, que a literatura comparada seja considerada como um ramo dessa diseiplina muito mais abrangente que € a dos Estudos de Tradugio ‘Uma caracterfstica identificadora do trabalho desen- volvido nos Estudos de Traducio tem sido a conjugagio do trabalho em virias éreas: linguistica, estudos literarios, historia da cultura, filosofia € antropologia. Muitas sao as cculturas que tém desenvolvido numerosos esforgos para abrir o imenso campo da genealogia do pensamento siste- ‘mitigo sobre tradugdo e para investigar © modo como a tradugio desempenhou umn papel modelador na formagao dos sistemas literios e na histéria das ideas. O grupo de ‘Tel Aviv, cujos principais expoentes so ltamar Evan-Zo- har e Gideon Toury, desenvolveu 0 conceito de polissis tema litersrio, jé esbogado nos anos 70, € fomeceu uma metodologia pela qual podemos investigar todo 0 pro- ccesso de absorgio de um texto traduzido por uma dada cultura num determinado tempo hist6rico, A sugestio de Evan-Zohar de que uma cultura marginal, nova, insegura ‘A Talo fo dante ito eo comer como um sab compat ‘iment de Lacratra Compare pee enor face Se ur ded prime ‘iia dee term a rine donut XIX, on eco io se tena {nda eri sabe o i 8 Lert Compara, el ott ‘tr dsciptina ual sew objec deed, te, No meu primo Heo, abe rs Comorlapo mond st ets gus nai 2 Tun ea pots prec se com us mi fatale oes da Se tis ial Bos ano 6. A Seca fo eiginaente encase Uh tame da Linguine mesa nova pops, Ga Lining &consieads ‘Sem msi propria comm ro ds Sec No repicnament “Tndagin cd trata Compara es Estas de Tra por 8 000 2 icin pci tendo come inpruntero Leste Compara XVII ‘ou enfraquecida tende a traduzir mais textos do que uma cultura que goza de uma relativa centraidade © poder & confirmada por iniimeros estudos de easo de situagies 0 diversas como a passagem da epopeia para os romances de

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