dança
xxxxx Chris Oliveira
TECNOLOGIA
da PEL E
Arte, experimentação,
pesquisas interdisciplinares e a dança
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século XX, artistas investigaram a experimen-
tação artística desenvolvendo hibridismos de
linguagem ao explorar a interdisciplinarie-
dade.
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tistas de hoje desenvolvem propostas artísti-
cas cada vez mais complexas, tanto em ter-
mos de formatos (suportes), quanto conteúdo
conceitual, aonde os processos de pesquisa
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emplo disso são as experiências radicais na
área de arte e biotecnologia.
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pele é agora deslocado pela vinda da tecno-
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ambicionam criar uma nova realidade, eles
propõem a interação de interfaces; misturam
substâncias, matérias vivas, na busca por
sentidos outros; eles vêm trabalhando de
uma maneira holística e globalizada.
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esta é permeada pela formulação de hipóte-
ses, experimentos e aplicação de determina-
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é que muitas vezes é necessário buscar es-
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soluções para obstáculos e problemas que
se apresentam, ou seja, tratando-se de arte
investigativa não há um ‘ideal’ de obra já que
ela é fruto de uma descoberta.
Este preceito parte do cultivo da ‘permeabi-
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lidade’ interdisciplinar que consiste em propor
o entrecruzando de dados, enfatizando a
importância do experimento empírico como
meio de ampliar ou multiplicar pontos de vista.
“Pensemos o processo criativo
como (...) uma ação complexa
e interdisciplinar que envolve
os mais diversificados recur-
sos comunicativos, os mais
amplos meios materiais e as
mais variadas nuances ex-
pressivas. (...) O artista age,
sim, com ampla subjetividade
e com tamanha objetividade.
(...) A criação artística, assim,
deve ser compreendida como
uma multi-tarefa. O artista,
enquanto cria, se envolve com
toda sorte de conhecimento
– em contínuo desafio.”
(A arte e sua natureza inter-
disciplinar – Rizolli, Marcos)
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compartilha os paradigmas da ciência – desc-
oberta e invenção. No entanto, as duas áreas
têm compromissos diferentes – a ciência com
o empírico, a vida prática e objetiva; enquanto
que a arte tem seu maior compromisso com a
evocação da subjetividade, o deleite dos sen-
tidos e da imaginação.
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temporânea permite-se mergulhar na inter-
disciplinariedade envolvendo-se com áreas
como a antropologia, as artes visuais, a tec-
nologia, entre outras, desenvolvendo espe-
cialidades, fortalecendo a dança como campo
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fazer ao ampliar conceitos sobre corpo e for-
mular perguntas como: o que é movimento e
como ele se processa.
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sua habilidade e competência na execução
de movimentos; ele utiliza técnicas corporais
para treinamento e ferramenta de exploração
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tivo é encontrar outros corpos, possibilidades
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que coreografar não se reduz à ação de in-
ventar uma seqüência de passos e ordená-
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exerce hoje a função de estimular criadores-
intérpretes a desenvolver ações e pensamen-
tos a partir do estabelecimento de regras,
procedimentos e jogos compositivos; que
exploram uma determinada temática e tra-
balho. Ele é muitas vezes o organizador e
‘coordenador’ de uma série de informações/
processos que emergem do trabalho com o
bailarino.
Experiências como estas visam um pro-
cesso mais aberto em termos de ‘formato’
e concepção do trabalho, instaurando assim
Cris Oliveira é bailarina, pesquisadora, per-
former e gestora cultural. É formada em Ar-
tes Cênicas e pós-graduada em Gestão Cul-
tural. Tem formação na área de pesquisa e
composição coreográfica pela Fondation
Royaumot – Paris (FR). Dançou obras de vári-
os coreógrafos na Cia. de dança Palácio das
Artes, Minas Gerais (2001-2009) onde tam-
bém desenvolveu trabalhos como criadora-
intérprete. Faz parte da plataforma de coop-
eração artística internacional ‘Interferências’,
participa de residências artísticas e apresen-
ta trabalhos autorais no Brasil e exterior.
um novo paradigma relacionado à autoria da
obra.
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contribuído para formação e aperfeiçoamen-
to de bailarinos, coreógrafos e pesquisadores
da área, abrindo espaço para desenvolvi-
mento de metodologias, potencializando a
promoção de debates, realização de fóruns e
publicações, entre outras ações de suma im-
portância para o fortalecimento e reconheci-
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assunto a se pensar é que a universidade não
deve se tornar entidade legitimadora da obra
de arte, nem mesmo autoridade no ditame de
tendências do mercado cultural, pois assim
corremos o risco de empobrecer a diversi-
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tal é mantermos viva a chama que move e
alimenta tanto o artista, quanto o cientista: a
curiosidade e criatividade.
www.destilarpele.blogspot.com
www.interferenciasmexico.com
destilarpele@gmail.com
REFERÊNCIAS:
“A arte e sua natureza interdisciplinar”
-Marcos Rizolli
“Anarquismo e conhecimento”
-Alberto Oliva
“O novo espírito científico”
-Gaston Bachelar
ARTIGOS:
“Le grammaire des anzymes”
(A gramática das enzimas)
-Jens Hauser
LISTA DE LINKS:
Artista Myriam Gourfink:
www.myriam-gourfink.com
Artista Wim Delvoye:
www.wimdelvoye.be/cloacafactory.php
Fondation Royaumont:
www.fondationroyaumont.com
Prix Ars Eletronika:
www.aec.at/news
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