Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
VIRARAPÁGINA
CADERNO DE ATIVIDADES
Serviço S o c i a l m p o r â n e o
e r v iço Soc ia l C o n te
D is c ip li n a : S o S o c ia l
im id a d ed o S e r v iç
e z a e le g it
Tema 04: Natur
Caderno de Atividades
Serviço Social
Disciplina
Serviço Social Contemporâneo
Coordenação do Curso
Adriana Luiza da Silva
Elisa Cleia Pinheiro Rodrigues Nobre
Autoria
Prof.ª Edilene Xavier Rocha
Prof.ª Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre
Realização:
seções
S e ç õ e s
Tema 04
Natureza e legitimidade do Serviço Social
Introdução ao Estudo da Disciplina
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro A Natureza do Serviço Social,
do autor Carlos Montaño, Editora Cortez, 2009, 2ª Edição PLT 354.
Roteiro de Estudo:
Prof.ª Edilene Xavier Costa
Serviço Social
Processos Administrativos Prof.ª
Prof.Elisa
Ricardo
Cléia
Almeida
Pinheiro
Contemporâneo
Rodrigues Nobre
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Conteúdo
Nessa aula você estudará:
7
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Habilidades
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
LEITURAOBRIGATÓRIA
Natureza e legitimidade do Serviço Social
Carlos Montaño denuncia que, apesar de participar de inúmeros movimentos com
intenção de romper com o conservadorismo, os profissionais do Serviço Social acabaram
por reforçá-lo. Montaño critica que os assistentes sociais, preocupados com a metodologia,
se esqueceram de questionar a profissão sociologicamente, ou seja, seu papel social, sua
função junto à transformação da estrutura da sociedade.
Montaño (2009, p.93) assinala que hoje se tem uma profissão com capacidade crítica e
consciente de sua natureza, funcionalidade, do papel socioprofissional e dos fundamentos
políticos do Serviço Social [...] um profissional que conhece uma série de técnicas, a partir
de opções teórico-metodológicas explícitas. Sem dúvida o Serviço Social tem evoluído em
8
LEITURAOBRIGATÓRIA
relação a alguns aspectos que fundamentam sua gênese, mas, na óptica de Carlos Montaño,
mesmo tendo alcançado este distanciamento, a própria profissão acaba por desenvolver
uma dinâmica “(auto)reprodutora” de elementos que reforçam sua genética tradicionalista.
Além do que já foi citado, não se pode desconsiderar que o empobrecimento do estudante/
profissional de Serviço Social alterou significativamente o perfil dos profissionais do
Serviço Social em relação às gerações anteriores. Enquanto que no passado o Serviço
Social limitava-se a uma atividade realizada por mulheres de classes média-alta, ligadas
a instituições filantrópicas ou caritativas e cuja ações eram de caráter voluntarista, na
atualidade os profissionais devidamente inseridos no mercado de trabalho podem contribuir
significativamente no orçamento familiar, aspecto este que, para Montaño (2009, p.103), não
elimina, ao contrário, apenas reformula, o segundo elemento de subalternidade profissional.
Ao se referir ao assistente social como funcionário público e empregado do capital, o autor
9
LEITURAOBRIGATÓRIA
observa que este surge como executor terminal das políticas sociais, cujo objetivo é a
“consolidação da ordem”.
Na concepção de Carlos Montanõ, esse fato acarreta uma séria consequência ao exercício
profissional, pois o assistente social não terá possibilidade de efetivar uma prática
satisfatória; antes, estará sujeito à manipulação política de seu empregador, o Estado. O
último elemento ponderado por Carlos Montaño para fins da análise da Subalternidade da
profissão é o Serviço Social como “tecnologia” e sua relação com as “ciências”. “O Serviço
Social é entendido como uma tecnologia [...] não produz conhecimento teórico, utiliza-se
apenas da [...] importação do acervo teórico das ciências e [...] realiza [...] sua aplicação”
(ibid, p. 114). A Tecnologia não é aceita como produção de conhecimento, mas apenas
aplicação do mesmo, o que imprime uma percepção de inferioridade aos profissionais
da área, permitindo aos que não são da área contemplarem o Serviço Social com certa
superioridade, pois lhe emprestam sua produção teórica para que o Serviço Social possa
se utilizar dela na intervenção social. Nas considerações de Montaño, este é um julgamento
equivocado, pois nem todo acervo teórico é eficiente e suficiente no exercício da prática
profissional e, para isto, o praticismo – tão criticado – dos assistentes sociais é fundamental
e insubstituível. Ambos, intelectual e técnico, têm seu papel social, mas um não substitui
o outro, nem o supera. Finaliza este capítulo advertindo que não há motivos para se
deixar levar por “uma visão fatalista, de que nada pode ser feito dentro das amarras das
organizações burocráticas” (MONTAÑO, p. 109), pois
10
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto?
Então:
Sites
Leia o trabalho de Carla Andréia Alves da Silva que trata de O sentido da reflexão sobre
autonomia no Serviço Social.
Disponível em <http://www.uel.br/revistas/ssrevista/> Volume 6 - Número 2 - Jan/Jun 2004.
Acesso em: 03 fev. 2014.
Este artigo é um estudo sobre a autonomia e seu entendimento na categoria dos Assistentes
Sociais brasileiros.
Leia o trabalho de Lélica Elisa Pereira de Lacerda e Olegna de Souza Guedes que versa a
respeito Do conservadorismo à moral conservadora no Serviço Social brasileiro.
Disponível em <http://www.ssrevista.uel.br/> Volume 8 - Número 2 - Jan/Jun 2006. Acesso
em 03 fev. 2014.
Aborda algumas formas de conservadorismo que permeiam a ação e o discurso dos
assistentes sociais, desde a emersão da profissão até os dias atuais.
Leia o trabalho de Elisa Yoshie Ichikawa, Juliana Mônica Yamamoto e Maíra Coelho
Bonilha que trata da Ciência, Tecnologia e Gênero: desvelando o Significado de Ser Mulher
e Cientista.
Disponível em <http://www.ssrevista.uel.br/> Volume 11 - Número 1 - Jul/Dez 2008. Acesso
em: 03 fev. 2014.
O trabalho traz uma reflexão sobre o que significa ser mulher e cientista em dois ambientes
distintos: um predominantemente masculino e um predominantemente feminino.
11
AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
13
AGORAÉASUAVEZ
ENTÃO: d) As três primeiras afirmações não têm
relação entre si, e a quarta afirmação é
É preciso distinguir gênese de estrutura,
falsa.
surgimento de evolução.
14
AGORAÉASUAVEZ
Questão 8:
Complete as lacunas segundo a visão de
Carlos Montaño:
Questão 9:
É visível que o Serviço Social evoluiu te-
órico-metodologicamente, distanciando-se
da sua gênese e criticando diversos ele-
mentos que marcaram sua origem; todavia,
acredita-se que o mesmo não tenha rom-
pido com sua lógica fundacional. Carlos
Montaño (2009) atribui a esse obstáculo
um fato político; que fato é esse?
Questão 10:
Montaño (2009) afirma que o conhecimen-
to teórico e o conhecimento situacional têm
funções e espaços próprios de produção.
A esse respeito, é correto afirmar que o co-
nhecimento situacional é necessariamen-
te subalterno ao conhecimento científico?
Sim ou Não? Justifique sua resposta.
15
FINALIZANDO
Nesse tema, você entendeu as razões pelas quais a profissão e seus profissionais
apresentam indícios de submissão, na visão de Carlos Montaño e dos autores que ele
utilizou para fundamentar sua pesquisa.
É fundamental que você estude com afinco o Livro-Texto, este Caderno de Atividades, os
textos completares, bem como os textos que foram propostos para ampliar seu conhecimento,
pois estará, mesmo que não tenha consciência disso, dia a dia participando do processo de
reconstrução dos novos rumos para o exercício da profissão, a que eu, professora Edilene
Garcia, denomino “Terceira Via”.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar
seu Desafio Profissional e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Ney Luiz Teixeira de. Retomando a temática da “sistematização da prática” em
Serviço Social. Disponível em: <http://www.fnepas.org.br/pdf/servico_social_saude/tex-
to3-2.pdf> Acesso em: 03 fev. 2014.
BORIN, André Luiz dos Santos et alli. Como Pode Isto: Trabalhar como escravo, passar
fome num Estado rico? Só não morri, porque aqui e acolá, tem alguém prá ajudar. Liber-
tas - Volume 2 - Número 2 – Jul/2008. Disponível em: <http://www.ufjf.br/revistalibertas/
files/2010/01/artigo08_5.pdf>. Acesso em: 03 fev. 2014.
16
REFERÊNCIAS
BUENO, Francisco da Silveira. Dicionário Escolar da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro:
FENAME, 1981.
CAMURÇA Marcelo A. Seria A Caridade a “Religião Civil” dos Brasileiros? Revista Praia
Vermelha 12. Primeiro semestre 2005. pp. 42-63. Disponível em: <http://www.ess.ufrj.br/
siteantigo/download/revistapv_12.pdf>. Acesso em: 03 fev. 2014.
ESTEVÃO, Ana Maria R. O que é serviço social. São Paulo: Brasiliense, v. 111. 1992.
HOUAISS, Antônio. Dicionário eletrônico da língua portuguesa. José Jardim de Barro Jr.
(org). [CD-ROM]. Rio de Janeiro Objetiva, 2001
JUNQUEIRA, L. A. P. Organizações sem fins lucrativos e redes sociais na gestão das polí-
ticas sociais. In: CAVALCANTI, M. (org.) Gestão social, estratégias e parcerias: redesco-
brindo a essência da administração brasileira de comunidades para o terceiro setor. São
Paulo: Saraiva, 2006.
MACHADO, Edinéia Maria; KYOSEN, Renato Obikawa. Política e Política Social. 1998.
Disponível em: <www.ssrevista.uel.br/c_v3n1_politica.htm>. Acesso em: 03 fev. 2014.
17
REFERÊNCIAS
MONTAÑO, Carlos. A natureza do Serviço Social: um ensaio sobre sua gênese, a “especi-
ficidade” e sua reprodução. São Paulo: Cortez, 2007.
______. Relações sociais e serviço social no Brasil: esboço de uma interpretação históri-
co-metodológica. 29ª ed. São Paulo: Cortez, 2009.
RIBEIRO, Iselda Corrêa. et alli. Meio ambiente e gestão social. Disponível em: <http://
www.aedb.br/seget/artigos04/161_161_A%20QUESTAO%20SOCIAL%20DO%20
MEIO%20AMBIENTE2.doc> Acesso em: 03 fev. 2014.
SILVA, Carla Andréia Alves da. O sentido da reflexão sobre autonomia no Serviço Social.
Disponível em <http://www.ssrevista.uel.br/> Volume 6 - Número 2 - Jan/Jun 2004. Aces-
so em 03 fev. 2014.
SUGUIHIRO, Vera Lucia Tieko (at all). O serviço social em debate: fundamentos teórico-
metodológicos na contemporaneidade. Revista Multidisciplinar da UNIESP. Saber Acadê-
mico. n º 07 – Jun/2009.
VELOSO, Renato. Serviço social, tecnologia da informação e trabalho. São Paulo: Cortez,
2011.
18
GLOSSÁRIO
Paternalismo: sistema, princípio ou prática de dirigir pessoas, negócios ou nações de
forma paternal.
Legitimidade: caráter, estado ou qualidade do que é legítimo […] que procede, que tem
lógica […] fundamento que está fundado e amparado em lei.
Subalternidade: caráter do que é subalterno; que ou aquele que está sob as ordens de
outro, que é subordinado ou inferior a outro em graduação ou autoridade […] que ou aquele
que se sente inferior a outro, que se coloca na condição de dever obediência a outro;
submisso.
19
GABARITO
Questão 1
Resposta: Alternativa E.
Questão 2
Resposta: Alternativa A.
Questão 3
Resposta: Alternativa D.
Questão 4
Resposta: Alternativa D.
Questão 5
Resposta: Alternativa C.
Questão 6
Questão 7
20
GABARITO
Questão 8
Resposta: Quando o Serviço Social é entendido como uma “tecnologia”, nas suas diversas
versões, não corresponde a ele a produção de conhecimentos científicos, apenas a
importação do acervo teórico das “ciências” e sua aplicação na prática. Esta separação
radical e positivizada entre as disciplinas que produzem conhecimentos científicos e
disciplinas que os aplicam na prática constitui a base do que chamamos de “praticismo” do
Serviço Social. (PLT, p. 114)
Questão 9
Resposta: Ao clima repressivo e ditatorial nas décadas de 1960 e 1970. Nesta época os
assistentes sociais não tinham “espaço” político para repensar seu exercício profissional,
muito menos colocar em prática qualquer mudança, assim dedicam-se ao aprofundamento
metodológico, caráter peculiar desta profissão. (PLT, pp. 94 e 95). Caro tutor o(a)
acadêmico(a) deve responder com suas próprias palavras o mais próximo possível desta
reflexão.
Questão 10
Resposta: Cada um, conhecimento, teórico e situacional, tem funções e espaços próprios
de produção. No âmbito interventivo, a produção de conhecimento teórico (científico)
quase não é possível nem necessária, nesta atividade é fundamental a apropriação da
teoria, como recurso explicativo dos processos sociais, e a elaboração de conhecimento
situacional (do diagnóstico e das técnicas de intervenção) Isto é, se o profissional de campo
não produz teoria, mas, usando os conhecimentos já acumulados para explicar a estrutura
e dinâmica do fenômeno com o qual se depara, numa perspectiva de totalidade, elabora um
conhecimento situacional (diagnóstico) para intervir crítica e efetivamente nos processos,
então esta atividade não é subordinada ou subalterna à atividade cientifica, mas elas
comportam-se como complementares( PLT, p. 116 117) caro tutor é importante que o(a)
acadêmico(a) descreva com suas próprias palavras a ideia proposta por Montaño.
21