AVALIAÇÃO DA VARIABILIDADE MORFOLÓGICA E PRODUTIVA DE ACESSOS DE
Stylosanthes ssp. DE OCORRÊNCIA NO SEMIÁRIDO DE PERNAMBUCO, SUBMETIDOS A
DIFERENTES FREQUENCIAS DE CORTE
Mota VDA1; Diniz WPS2; Diniz WJS2; Santos MVF3; Lira MA3.
1 Aluno (a) do Curso de Zootecnia, Univ. Federal Rural de Pernambuco;
2 Alunos da Pós-Graduação em Zootecnia, Univ. Federal Rural de Pernambuco; 3 Professor (a), Depto. de Zootecnia, Univ. Federal Rural de Pernambuco;
O Brasil, particularmente a região do Nordeste Brasileiro, é considerado o centro de origem de
diversas leguminosas forrageiras, que ocorrem de forma espontânea, destacando-se pelo elevado potencial forrageiro das leguminosas nativas, entre elas destaca-se o gênero Stylosanthes, por sua adaptabilidade às condições semiáridas e por seu elevado valor nutritivo e palatabilidade. Este trabalho objetivou avaliar a variabilidade de acessos de Stylosanthes ssp. ocorrentes em microrregiões do semiárido pernambucano, submetidos a duas idades de colheita. O experimento foi realizado na casa de vegetação do Departamento de Agronomia da UFRPE, foram utilizados cinco acessos sob delineamento inteiramente casualizado com cinco repetições cada, e os tratamentos consistiam em duas frequências de corte (56 e 77 dias), a unidade experimental foi constituída de um vaso contento 10 kg de solo, com uma planta. Foram avaliadas características morfológicas e estruturais, após coletados, os dados foram submetidos aos testes de normalidade e homocedasticidade, e à análise de variância. Os acessos avaliados não apresentaram diferenças estatísticas significativas entre os tratamentos, para as variáveis altura da planta, largura da planta, diâmetro do caule, número de ramos primários e comprimento dos folíolos, no entanto foi observado diferença estatística significativa para as variáveis largura do folíolo apenas no acesso 1 e número de folhas para os acessos 2 e 3, com estes destacando- se com as maiores médias (1093,2 e 1025,2 respectivamente) no tratamento de 77 dias. Entre os acessos dentro dos tratamentos, pode-se observar diferenças estatísticas para as variáveis altura da planta, largura da planta (apenas no tratamento de 56 dias), comprimento e largura dos folíolos e número de folhas. Para a variável altura da planta o acesso 4 apresentou as maiores médias, chegando a 53,8cm (tratamento de 56 dias). O acesso 1 apresentou as menores médias para a variável largura da planta. Já para comprimento e largura dos folíolos o acesso 2 foi o que apresentou os maiores comprimentos (34mm CFC) e menores larguras (1,6mm LFLD), em ambas as frequências. A variabilidade observada entre os acessos de Stylosanthes ssp. para as características morfológicas analisadas indica a possibilidade de seleção de indivíduos com características mais promissoras para a região semiárida.