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Filme: As montanhas da Lua

Este filme utilizei em sala de aula e realizei uma atividade para a faculdade e creio ser uma importante
referência e recurso didático para a compreensão da História da África. Eis o resumo do filme, então!

Introdução

O filme “As Montanhas da Lua”, do cineasta Bob Rafelson, é uma obra que retrata a expedição de Sir
Richard F. Burton e John H. Speke em busca das nascentes do Rio Nilo. Apesar de, em primeira instância,
parecer que apenas trata-se de uma aventura banal, o filme retrata como pano de fundo as relações da
colonização européia em contraponto à cultura africana, assim como muitas questões essenciais no estudo
da História da África.

É um filme em que instiga de maneira bastante eficiente ao conhecimento ainda maior acerca das
motivações de ambos os lados – africanos e europeus. Além disso, pode-se vincular ao tema escravidão
na África – anterior à colonização européia – fator desconhecido a maioria das pessoas. Permite, assim,
uma visão abrangente da colonização, da exploração, da ciência no século 19, bem como, um panorama

bastante rico do continente africano.

Resumo do Filme “As Montanhas da Lua”

Título Original :Mountains of the Moon, EUA, 1990

Gênero: Aventura

Duração: 136 min.

Distribuidora(s): Tel Vídeo/20.20 Vision

Produtora(s): Carolco Pictures, IndieProd Company Productions, Zephyr Films Ltd

O filme “As Montanhas da Lua” trata da história real das expedições empreendidas em conjunto entre
Richard Francis Burton (Patrick Bergen) e John Hanning Speke (Ian Glen) em busca de mapear e
encontrar a nascente do Rio Nilo, em meados do século 19. Seu roteiro baseado nos livros de Richard
Burton e adaptados por William Harris e roterizados por Bob Rafelson, o próprio diretor do filme. O título
refere-se a maneira como os nativos chamavam a nascente – Montanhas da Lua.
Speke, retratado na obra como um jovem nobre - inseguro e arrogante – une-se na África à expedição de
Burton, um cientista e estudioso experiente. Logo ao início, denota-se o caráter e personalidade de ambos,
quando a procura de Burton, Speke inadvertidamente invade uma Mesquita no momento das orações, as
quais o primeiro participava.

Na primeira expedição, são tomados pelo revés de um ataque nativo em que, Speke é tomado como
prisioneiro, evadindo-se ferido e Burton tem seu rosto transpassado lateralmente por uma lança. Apesar da
relativa gravidade dos ferimentos de ambos, conseguem, porém, escapar e retornar à Inglaterra.

Conseguem um financiamento da parte da Sociedade Geográfica e assim, subsídios para uma nova
expedição, certos de que possuem a capacidade de encontrarem a nascente. Seguem para nova empreita
e contratando nativos africanos como membros de sua caravana, partem em sua campanha. Esta parte
está evidenciado claramente o trabalho dos africanos que, seguindo a expedição como carregadores,
intérpretes e outros, unem-se aos europeus como seus empregados. A despeito de tal, a fidelidade de tais
contratados não estava garantida, sendo que muitos acabam por fugirem, roubando os pertences e
suprimentos da expedição. Obrigando, assim, que se empenhassem em conseguir seu suprimento através
da caça, da qual Speke encarrega-se. Outro fator relevante é Speke ser um representante da nobreza e,
assim, a caça entre estes é um esporte grandemente praticado na época.

A amizade entre Burton e Speke vai gradativamente se estabelecendo na medida em que as dificuldades
surgem e estes, auxiliam-se mutuamente. Um dos exemplos mais marcantes está no momento em que
Burton, tentando auxiliar um escravo fugido à mercê dos leões (Mabruki), afugenta as fêmeas aos gritos e
atirando-lhes pedras, no entanto, não percebe a aproximação de um leão macho pelas suas costas, que é
abatido prontamente com um tiro por Speke. Nota-se claramente a diferença de temperamento entre
ambos neste evento: Burton afugentou as leoas, enquanto Speke matou ao leão. Ainda, pode-se ressaltar
que o escravo Mabruki não era pertencente a nenhum europeu e sim, cativo de outros africanos.

Os empecilhos são inúmeros – falta de comida, de água, doenças, além das ora difíceis ora prazeirosas
relações entre os nativos com que se deparam em meio à jornada. Percebe-se que apesar dos
conhecimentos de Burton – que já conhecia anteriormente a África – e do auxílio dos africanos
contratados, existe a imprevisibilidade quanto ao tratamento com os nativos. Speke, por outro lado,
assombra-se com a forma que Burton trata aos povos encontrados, não colocando-se da maneira superior
esperada.

Burton tem suas pernas seriamente afetadas pelo esforço excessivo, o que o obriga a uma parada
inconveniente. É auxiliado pela experiência de Mabruki, que por ter sido salvo pelo europeu, sente-se um
servo deste. Suas pernas são, assim, “sangradas”, mas ainda mantém-se gravemente enfermo, o que o
obriga a seguir conduzido em uma liteira.

Descobrem o Lago Tanganica em conjunto, sendo assolados pela malária e outros males, perdendo boa
parte de sua caravana vitimados estas doenças. E apesar da empolgação inicial, concluem que ainda não
chegaram a esperada nascente e seguem a viagem adiante.
Para o desalento ainda maior deparam-se com o domínio do Rei N’Gola e são capturados. Exige-se que se
apresentem ao rei com trajes “magníficos”. Assim, devidamente vestidos, oferecem presentes a N’Gola,
sob a alegação de que são “reis” igualmente. Entre estes regalos: uma lente de aumento, uma luneta e um
revólver que claramente são objetos desconhecidos pelos nativos. O rei africano dispara a arma contra
seus súditos, espantado com o efeito produzido – a morte de um deles. E todos os membros da expedição
são mantidos como reféns, apesar da oferta, sendo que o conselheiro do rei incita que sejam feitos
escravos. Sabe-se neste ponto que Mabruki era um escravo deste povo, voltando sob humilhações
novamente a esta posição.

Cedendo favores sexuais à irmã do Rei N’Gola, Speke obtém a sua liberdade e Burton pede que esta siga
adiante em busca da nascente. O último também permanece enfermo, o que lhe impede de avançar.
Assim, Speke liderando uma pequena caravana, parte em busca do objetivo final de ambos.

Mabruki é ameaçado e torturado diante dos olhos do agora fatigado e incrédulo Burton que, afim de
abreviar-lhe o sofrimento, sufoca-o com suas próprias mãos perante o rei e seu conselheiro. O conselheiro
instiga ao rei N’Gola para que faça de Burton um escravo, já que sua preocupação excessiva com um
escravo, denuncia que não é um rei de fato. O rei, dominado pela atitude de Burton, usa o revólver para
matar seu próprio conselheiro e concede-lhe a liberdade.

Speke retorna trazendo a notícia de que encontrou a um lago que nomeará de Vitória, em homenagem à
rainha da Inglaterra e afirma que esta é a nascente do Rio Nilo. Burton refuta a teoria, já que Speke, em
verdade não contornou o lago ou fez outras medições que comprovassem a descoberta e a respaldassem.

Somente Speke regressa à Inglaterra, dada a saúde abalada de Burton que permanece na África,
tencionando brevemente retornar e encontrar ao amigo. No entanto, ao chegar Speke encontra-se com seu
velho amigo Oligarth – um editor que pretende publicar livros com as experiências do nobre. Oligarth, sob a
falsa alegação de que Burton havia em seu relatório da primeira expedição, taxado a Speke de covarde e
incapaz, faz com que este apresente à Sociedade Geográfica as descobertas em terras africanas sem a
presença de Burton. Assumiu assim todas as descobertas e progressos, tomando para si, todas as glórias
e méritos. Também há que se afirmar que Speke era um nobre inglês, enquanto Burton era irlandês, o que
em muito favoreceu para que o primeiro fosse aclamado.

Tão logo chega a Inglaterra, Burton sabe da apropriação de Speke das descobertas, mas, dada a amizade
que os une, apesar de desludido, decide nada fazer. Speke empreende nova viagem à África, sem a
presença de Burton.

Burton casa-se com Isabel Arundell e acaba por conhecer o Dr. Livingstone que propõe uma acareação
entre Burton e Speke, já que o primeiro não concordava que fosse o Lago Vitória a nascente tão
procurada. Ambos concordam com tal proposta e, Speke acaba por encontrar o relatório de Burton da
primeira expedição que, na verdade, apregoava-lhe grandes qualidades e colocando-se como responsável
pelo ataque sofrido, destacava a bravura de Speke apesar de sua inexperiência – diferentemente da
maneira como havia sido apregoado por Oligarth.

Transtornado com a injustiça que cometera, Speke, no exato dia aprazado para o debate, suicida-se com
um tiro de sua arma de caça. Burton, incentivado pela esposa, e entristecido com o passamento do amigo
acaba por aceitar um cargo burocrático no Brasil.

Foi comprovado posteriormente que Speke estava correto quando posicionou o Lago Vitória como a
nascente do Rio Nilo.

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