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ministério da educação
secretaria de educação básica – seb
diretoria de apoio às redes de educação básica – dare
coordenação-geral de materiais didáticos – cogeam
equipe da seb
Cleidilene Brandão Barros
Cristina Thomas de Ross
Edivar Ferreira de Noronha Júnior
Fabíola Carvalho Dionis
Frederico Ozanam Arreguy Maia
José Ricardo Albernás Lima
Leila Rodrigues de Macêdo Oliveira
Lenilson Silva de Matos
Samara Danielle dos Santos Zacarias
Tassiana Cunha Carvalho
design
equipe do fnde coordenação de design
Clarissa Lima Paes de Barros Hana Luzia
Bibliotecários responsáveis: Mayara Cristóvão da Silva CRB-1 2812 e Tiago de Almeida Silva CRB-1 2976
B823p Brasil. Ministério da Educação. PNLD 2018: arte – guia de livros didáticos – ensino
médio/ Ministério da Educação – Secretária de Educação Básica – SEB – Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação.
Brasília, DF: Ministério da Educação, Secretária de Educação Básica, 2017.
61 p.
ISBN XXX-XX-XXXX-XXX-X
ministério da educação
secretaria de educação básica
Esplanada dos Ministérios, Bloco L, Sala 500
CEP: 70047-900
Brasília/DF
equipe responsável pela avaliação
Arte: Dra. Lilia Neves Gonçalves – UFU Simone Laiz de Morais Lima (EMIA-SP) – Especialização em Cultura
Biologia: Dra. Maria Margarida Pereira de Lima Gomes – UFRJ e Arte Barroca
História: Dra. Flávia Eloisa Caimi – UPF Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG
de Carvalhos – UFRJ/UFMT
Química: Dra. Maria Inês Petrucci Rosa – Unicamp assessoria pedagógica
Sociologia: Dra. Anita Handfas – UFRJ Alexandre José Molina (UFU) – Doutor em Artes Cênicas
Gisele Dalva Secco (UFRGS) – Doutora em Filosofia Alexandre Adalberto Ferreira (UFAP) – Doutor em Educação
Gláucia d’Olim Marote Ferro (USP) – Doutora em Educação Allysson Custódio do Amaral (UFSCAR) – Mestre em Educação
Gláucio José Marafon (UERJ) – Doutor em Geografia Anamaria Fernandes Viana (UFMG) – Doutora em Artes Cênicas
Gustavo Cândido de Oliveira Melo (IFG) – Mestre em Matemática Ana Paula Trindade de Albuquerque (UFBA) – Doutora em Educação
Haydée Glória Cruz Caruso (UnB) – Doutor em Antropologia Ana Valéria de F. da Costa (UERJ) – Doutora em Educação
Irenilza Oliveira e Oliveira (UNEB) – Doutora em Linguística Claudia Regina dos Anjos (PBH) – Doutora em Artes
Jorge Luiz Viesenteiner (UFES) – Doutor em Filosofia Daniela de Aguiar (UFU) – Doutora em Literatura Comparada
José Eduardo Botelho de Sena (ENSG-SP) – Doutor em Letras (Mestre em Dança e Graduação em Dança)
Júlia Morena Silva da Costa (UFBA) – Doutora em Literatura e Cultura Delmary Vasconcelos de Abreu (UnB) – Doutora em Música
Lovani Volmer (FEEVALE) – Doutora em Letras Djalma Rodrigues Neto (UFBA) – Doutor em Letras
Lúcia Helena Pereira Teixeira (UNIPAMPA) – Doutora em Educação Musical Dorisdei Valente Rodrigues (SEE-DF) – Doutora em Educação
Luciene Juliano Simões (UFRGS) – Doutora em Linguística e Letras Graziela Corrêa de Andrade (UFMG) – Doutora em Comunicação,
Luís Fernando Cerri (UEPG/Ponta Grossa-PR) – Doutor em Educação com formação em Dança
Marcia Montenegro Velho (UFRGS) – Mestrado Linguística, Letras e Artes Juciane Araldi Beltrame (UFPB) – Doutora em Música
Maria Aurora Consuelo Alfaro Lagorio (UFRJ) – Doutora em Educação Michelle Coelho Salort (PMRG) – Doutora em Educação Ambiental
Maria Cristina Dantas Pina (UESB-Vitória da Conquista) – Doutora com graduação em Educação Artística
Marina de Carvalho Cordeiro (UFRRJ) – Doutora em Sociologia em Linguística Aplicada (Graduação em Educação Artística)
Martha Salerno Monteiro (USP) – Doutora em Matemática Maria Aparecida de Oliveira Brandão (SEE-SP) – Doutora em Educação
Mauro Gleisson de Castro Evangelista (SEEDF) – Mestre em Educação Maria Emilia Sardelich (UFPB) – Doutora em Educação
Mayara Soares de Melo (IFGOIANO) – Mestra em Ensino de Ciências Ricardo Carvalho de Figueiredo (UFMG) – Doutor em Artes
Miguel Chaquiam (UEPA) – Doutor em Educação Vanessa Priscila da Costa (SME/RS) – Mestre em Educação
Priscilla Vilas Boas (EMIA-SP) – Mestra em Educação Vivian Vieira Peçanha (UFU) – Mestre em Estudos Contemporâneos
revisão
Nelzi Kszan Pancera (PUCPR) – Mestrado em Linguística
e Língua Portuguesa
Equipe de Coordenação de Arte (UFMG)
apoio técnico/administrativo
Flavia Abreu (UFMG)
sumário
21 Coleções aprovadas
23 Resenhas de Arte
60 Referências
por que ler o guia?
Esta é a segunda vez que os(as) estudantes do Ensino Médio recebem o livro didático do componente
curricular Arte. Essa ação é extremamente importante, uma vez que contribui para a consolidação de
avanços em relação à política pública concernente ao ensino de Arte nas escolas.
Por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), o Ministério da Educação adquire e distribui
obras para os estudantes da Educação Básica da rede pública de ensino do país em caráter universal
e gratuito. Tal ação se consolida como importante fator para a ampliação do horizonte da formação
cidadã pela Educação Básica.
O reconhecimento da Arte como área de conhecimento no Programa Nacional do Livro Didático re-
ferenda a especificidade e importância da Arte como formadora de um saber singular dos(as) es-
tudantes a respeito de si mesmo e do mundo. Essa ação contribui, por sua vez, para o exercício da
cidadania e para a autonomia dos estudantes diante de seus processos criativos e de aprendizagem.
A aprendizagem em Arte deve ser construída a partir de práticas artísticas consistentes, que deem
aos estudantes condições de, ao pensar artisticamente, pensar também criticamente. Sabemos que
a escola é o lugar social dessa aprendizagem, na medida em que oferece um espaço para que os
próprios estudantes construam conhecimentos, assim como criem e recriem a cultura, estabelecen-
do relações entre o saber tradicional e a contemporaneidade. Tendo em vista que a construção do
conhecimento em Arte é um direito dos estudantes, torna-se imprescindível que a escola se res-
ponsabilize pelo seu aprendizado, propondo ações e experiências significativas que respeitem sua
especificidade como componente curricular.
Nessa perspectiva, torna-se importante considerar a Arte como uma área em que as funções cogniti-
vas encontram-se imbricadas com a emotividade na construção de um modo de pensar que inclui no-
vas formas de ver o mundo. É importante também que esse conhecimento seja construído a partir de
produções que envolvam a complexidade do campo artístico na construção de produções estéticas
e de uma cidadania multicultural. Propiciar aos estudantes essa oportunidade significa proporcionar
que eles possam lidar com a complexidade do mundo a partir de um pensamento artístico.
Sendo a Arte parte integrante da cultura, salienta-se que sua incorporação nas escolas é via fun-
damental para a construção da cidadania multicultural, já que ela proporciona reconhecimento e
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respeito à diversidade cultural e pessoal dos(as) estudantes, uma vez que o ensino/aprendizagem em
Arte se concretiza mediante experiência que coaduna produção, reflexão e fruição. É através da Arte
que o(a) estudante constrói conhecimentos dimensionados à sua realidade, seu desenvolvimento
pessoal e seu contexto cultural.
O processo avaliativo foi minucioso e optamos por utilizar, neste Guia, o termo “modalidades artísti-
cas”, dada sua neutralidade em relação às distintas abordagens teórico-metodológicas para o ensi-
no/aprendizagem em Arte, a saber: arte como linguagem, arte como expressão e arte como cognição
imaginativa, entre outras.
A concepção que guiou todas as etapas avaliativas pertinentes ao PNLD 2018 parte do pressuposto de
que a Arte, como componente curricular do Ensino Médio, deve ter seus conceitos e procedimentos
de criação respeitados, não sendo, portanto, tomada como mera ferramenta para facilitar a apren-
dizagem dos conteúdos de outros componentes. Desse modo, é importante que Arte esteja presente
em projetos interdisciplinares consistentes, que não se confundam com polivalência e que ajudem
o(a) estudante a pensar diversamente.
As obras inscritas no PNLD 2018 avançaram em comparação ao que foi apresentado para o PNLD 2015,
principalmente em relação ao maior equilíbrio no tratamento das modalidades artísticas. O que se
apresentava em 2015 tinha uma nítida tendência em tratar as Artes Visuais como carro-chefe, passando
ligeiramente por Dança, Música e Teatro. As obras avaliadas no PNLD 2018 apresentam, na sua maio-
ria, equilíbrio entre as modalidades artísticas, porém, detectou-se que ainda há muitos problemas de
incorreção de conceitos, principalmente os de Dança e de Música. Também foi identificada a falta de
conexão entre o que é apresentado como proposta teórico-metodológica e o que se efetiva enquanto
metodologia e orientação das atividades ao longo do Livro do Estudante.
Nesta segunda edição do PNLD para o componente curricular Arte no Ensino Médio, foram selecio-
nadas duas obras, cujas resenhas são aqui apresentadas. A sequência das resenhas no Guia respeita
a ordem de inscrição das respectivas obras no PNLD 2018. Elas contêm tanto a descrição resumida
quanto a avaliação das características de cada uma das obras aprovadas. Essas informações procu-
ram auxiliar o professor na escolha da coleção que seja mais adequada ao trabalho com seus/suas
estudantes e ao Projeto Político-Pedagógico (PPP) da sua escola. Portanto, é fundamental que, no
momento de sua escolha, o(a) professor(a) leve em consideração tanto o PPP da escola onde atua,
quanto o contexto de estudantes e comunidade onde está inserida.
As obras aprovadas possuem também CD de áudio, com proposição de faixas que adensam e viabili-
zam a construção de conhecimentos vinculados à Música.
A resenha de cada uma das obras aprovadas começa com a apresentação da Visão geral da obra,
contemplando o Livro do Estudante, o Manual do Professor e o CD de áudio.
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Depois da visão geral, segue-se a Descrição da organização interna da obra. Nela, o(a) professor(a)
pode ter acesso aos conteúdos e verificar a adequação, ou não, da obra ao PPP de sua escola.
Na seção Análise o(a) professor(a) encontra a avaliação da obra. São apresentadas e comentadas as
particularidades da abordagem teórico-metodológica e os conteúdos tratados, tanto no Livro do Estu-
dante quanto no Manual do Professor. São assinaladas, ainda, possíveis ressalvas em relação à obra.
Finalizando a resenha, na seção Em sala de aula são feitas recomendações ao(à) professor(a) sobre
como utilizar a coleção. As ressalvas em relação à obra são aqui transformadas em orientações de
cuidados que o(a) professor(a) deverá ter ao trabalhar com o conteúdo disponibilizado no Livro do
Estudante, no Manual do Professor, e no CD de áudio. Também há sugestões que visam auxiliar o(a)
docente a planejar suas aulas, bem como aqueles conteúdos que precisam ser complementados.
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arte no ensino médio
A atual política educacional para o Ensino Médio, normatizada pela LDB, reconhece a Arte como área
de conhecimento legítima e institui seu ensino como obrigatório nos currículos do Brasil.
A amplitude de temas que podemos encontrar na Arte, comporta seu estudo em contextos variados,
com foco tanto em tradições advindas de muitos povos e culturas, quanto em criações coletivas, con-
ceitos e práticas específicas de cada modalidade artística como também abarca um rol de artistas e
obras organizados em sua historicidade e contextualizados junto a eixos de tempos e espaços.
Muito pode ser dito para salientar a importância do ensino de Arte nessa etapa da aprendizagem.
Diante disso, é fundamental enfatizar que o ensino de Arte no Ensino Médio deve passar pela sua in-
corporação em toda sua abrangência, ou seja, contemplando as Artes Audiovisuais e Visuais, a Dança,
a Música e o Teatro. Outro ponto fundamental é partir do princípio de que o estudo e a vivência ar-
tísticos são lugares privilegiados para a construção da cidadania multicultural, uma vez que promove
o reconhecimento de expressões artísticas de diferentes culturas, levando ao respeito à diversidade
pessoal e cultural.
De acordo com o artigo 35 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB (Lei nº 9.394/1996):
O Ensino Médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, terá como finalidades:
A LDB, ao mesmo tempo em que ratifica os preceitos apontados acima, os complementa, determi-
nando que o desenvolvimento do ensino observe, ainda, os princípios de respeito à liberdade e
apreço à tolerância, valorização da experiência extraescolar e vinculação entre a educação escolar e
as práticas sociais.
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<a arte como área de conhecimento no
contexto escolar>
Sabemos que o conhecimento é uma construção e não uma aquisição, e que supõe um movimento
interno que torne significativas as informações acessadas, para que possam ser tomadas decisões
com base nos próprios pensamentos e na autonomia.
Destarte, para haver construção, é necessário haver uma intencionalidade inerente à ação, uma im-
plicação ativa em relação àquilo com o qual nos relacionamos. Em arte essa intencionalidade está
relacionada à estruturação de um pensamento e de uma operação artísticos.
De maneira geral, o conhecimento em Arte pode ser definido como um conjunto estruturado de práticas
e saberes que, por sua vez, envolvem raciocínio, reflexão crítica, autonomia, imaginação, sensibilidade,
pensamento, emoção.
Deve-se ressaltar, portanto, que a construção de conhecimento em Arte ocorre com a participação
ativa do(a) estudante, realizando-se em uma troca dialética dele(a) com seu entorno.
Sendo Arte uma área de conhecimento, salienta-se que a elaboração e a fruição de produções artísticas
dependem de uma complexa articulação entre percepção, imaginação, emoção, investigação, sensibili-
dade e reflexão. No caso da Arte, é a articulação desses elementos que coadunarão na criação estética
que, para além do “espontaneísmo”, é fruto de investigações, reflexões e estudo por parte daquele que
se encontra implicado em seu aprendizado.
No tocante ao Ensino de Arte, espera-se que, nessa etapa, o estudante tenha a oportunidade de
aprofundar conceitos e técnicas, relacionando-os ao seu contexto na promoção de um pensamento
artístico que coadune a dimensão da experiência artística com a questões humanas e culturais que o
cercam. Espera-se, além disso, que ele seja capaz de se posicionar criticamente acerca das produções
artísticas vinculadas nos diferentes estratos de comunicação de massa e tenha conhecimento das
manifestações artísticas descentralizadas desses estratos, valorizando produções de caráter regional.
Em se tratando de Arte, o pensar as emoções e desenvolver a sensibilidade e o afeto são essenciais para
a promoção e desenvolvimento do pensamento artístico. Sabemos que a diversidade que compõe esse
pensamento é oriunda de múltiplos saberes que, por sua vez, se articulam a conhecimentos específicos de
arte, fazendo com que o ensino de Arte promova conexões variadas, revelando nesse movimento a dinâ-
mica da produção artística. Essa dinâmica se faz como apostas do pensamento e sensibilidade humanos
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que se metamorfoseiam em formas, sons, cores, movimentos, ações, gestos, assim como em diferentes
arranjos de produções acústicas, gráficas, plásticas, cênicas e audiovisuais.
Nessa perspectiva, tendo como horizonte a complexidade e especificidade da Arte como área de
conhecimento, é importante ter em mente que o trabalho com o ensino de Arte demanda a criação
de práticas pedagógicas inovadoras, que busquem escapar do estereótipo do ensino de Arte como
atividade de datas comemorativas, haja vista que essa ação acaba por estigmatizar o ensino de Arte
reduzindo-o a uma atividade curricular decorativa. É notório que a relação que estabelecemos com
a arte em nosso dia a dia se dá de forma superficial, principalmente se levarmos em conta que esta
relação encontra-se comumentemente contaminada pelos meios de comunicação em massa que
acabam por apresentar, em sua maioria, as produções artísticas e culturais a partir de um recorte
mercadológico podendo tornar difícil aos estudantes a compreensão e o exercício das possibilidades
de construção do conhecimento em Arte.
Entretanto, quando se trata da arte como prática social, cujos sentidos são estabelecidos nas expe-
riências na/da vida cotidiana, é sabido que ela tem sido vivida também por meio dos vários meios
de comunicação sendo necessário, portanto, que a escola se implique por meio da relação com Arte
nesses diferentes contextos, transformar e problematizar essas diferentes produções a partir das
experiências dos estudantes coadunada com as reflexões possibilitadas pela experiência artística.
Torna-se imperativo, nesse contexto, que a escola se implique com o processo de construção de
conhecimento em arte e proponha, através dele, ações significativas, atrelando-as ao pensamento
crítico e reflexivo. Ao instigar no(a) estudante tal posicionamento crítico-reflexivo, a escola acaba por
possibilitar que ele possa lidar com a complexidade da produção artística problematizando a relação
dela com o mundo, com sua realidade social e cultural de forma autônoma. Tal construção se efetiva
a partir do fazer artístico e dos diferentes raciocínios que a Arte tomada como área de conhecimento
possibilita e engendra.
A construção de conhecimento em Arte, por seu caráter divergente e dinâmico, em constante produção,
não só modifica, mas também incorpora as heranças culturais do passado, desse modo, é necessário que
essa herança cultural seja contextualizada e possa ser compreendida pelos estudantes como valor a ser
referenciado, mas não congelado ou rejeitado. O estudante, mediante a experiência no ensino/aprendi-
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zagem que coaduna produção, reflexão e fruição, constrói conhecimento dimensionando a sua realidade,
seu desenvolvimento pessoal e seu contexto cultural.
Nessa perspectiva, podemos pensar que a arte nos coloca continuamente em contato com reflexões
concernentes à relação entre tradição e contemporaneidade buscando a construção de conhecimen-
to pensando o sujeito implicado dialogicamente numa relação critica e criativa com a alteridade e
com os espaços de diferença que dela advém. Nesse viés, a arte que se faz na contemporaneidade é,
ao mesmo tempo, apaziguamento e conflito, forçando novos pensamentos sobre a necessidade de
que arte não seja tratada somente como comunicação, mas que tenha preservado, principalmente no
contexto escolar, seus territórios estético-sensíveis.
Por fim cabe ressaltar que espaço e tempos escolares destinados à Arte, além dos materiais es-
pecíficos para sua vivência, são essenciais à formação integral do estudante como ser social, com
conhecimentos e responsabilidades em relação à sua aprendizagem e à aprendizagem dos colegas,
sendo preciso, portanto, compreender a produção artística como componente cultural inerente à
identidade de um grupo social, não se limitando a ser mero veículo de comunicação ou de reprodu-
ção de demandas externas.
<pnld 2018>
Em termos educativos, atualmente, tem se apresentado como essencial a condição de a escola favo-
recer o desenvolvimento de novas sensibilidades com relação aos modos de compreender e de se
relacionar com o outro.
Tal como o disposto no PNLD 2018 é função da escola, nessa etapa de ensino, preparar o estudante para
a vida, garantindo sua emancipação e autonomia, num processo de formação integral, humana e sólida.
É sabido que a consolidação do Ensino Médio, como estabelecido pela LDB, tem desencadeado uma
reorganização dos sistemas de ensino e do espaço escolar, assim como das propostas curriculares,
das práticas pedagógicas e dos materiais de ensino, de modo a garantir uma efetiva inclusão social.
Ainda de acordo com o Edital do PNLD 2018 (Anexo III, p. 32), espera-se, como parte integrante de suas
propostas pedagógicas, que as obras didáticas contribuam efetivamente para a construção de con-
ceitos e posturas frente ao mundo e à realidade, favorecendo a compreensão de processos sociais,
científicos, culturais e ambientais. Nessa perspectiva, elas devem representar a sociedade na qual se
inserem, procurando:
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1. promover positivamente a imagem da mulher, considerando sua participação em diferentes tra-
balhos, profissões e espaços de poder, reforçando sua visibilidade e protagonismo social;
2. abordar a temática de gênero, visando à construção de uma sociedade não-sexista, justa e igua-
litária, inclusive no que diz respeito ao combate à homo e transfobia;
3. proporcionar o debate acerca dos compromissos contemporâneos de superação de toda forma de
violência, com especial atenção para o compromisso educacional com a agenda da não violência
contra a mulher;
4. promover a educação e cultura em direitos humanos, afirmando os direitos de crianças e ado-
lescentes, bem como o conhecimento e vivência dos princípios afirmados no Estatuto do Idoso;
5. incentivar a ação pedagógica voltada para o respeito e a valorização da diversidade, aos conceitos
de sustentabilidade e da cidadania, apoiando práticas pedagógicas democráticas e o exercício do
respeito e da tolerância;
6. promover positivamente a imagem de afrodescendentes e dos povos do campo, considerando
sua participação e protagonismo em diferentes trabalhos, profissões e espaços de poder;
7. promover positivamente a cultura e história afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros,
dando visibilidade aos seus valores, tradições, organizações, conhecimentos, formas de par-
ticipação social e saberes sociocientíficos, considerando seus direitos e sua participação em
diferentes processos históricos que marcaram a construção do Brasil, valorizando as diferenças
culturais em nossa sociedade multicultural;
8. abordar a temática das relações étnico-raciais, do preconceito, da discriminação racial e da vio-
lência correlata, visando à construção de uma sociedade antirracista, solidária, justa e igualitária.
Desse modo, o Edital (Anexo III, p. 30) sinaliza que levar em conta esse perfil na organização da vida
escolar e nas diferentes instâncias de planejamento do ensino é, portanto, um requisito indispensável
para o reconhecimento da função social do Ensino Médio, sendo ímpar que a escolarização do jovem
deva organizar-se como um “processo intercultural de formação pessoal e de (re)construção de conheci-
mentos socialmente relevantes, tanto para a participação cidadã na vida pública, quanto para a inserção
no mundo do trabalho e no prosseguimento dos estudos”.
Podemos sinalizar que a consolidação de ações tangenciadas por essa perspectiva da universaliza-
ção da Educação Básica terá como um de seus principais norteadores a democratização do acesso
e da gestão dessas políticas educacionais. Segundo o Art. 8º, §1º da LDB, cabe à União a coordena-
ção da política nacional de Educação, articulando os diferentes níveis e sistemas, exercendo função
normativa, redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais. Desse modo, ao
sustentar um programa como este, o MEC exerce seu papel fazendo cumprir o princípio estabelecido
nessas diretrizes, a saber: o de tomar como dever do Estado o atendimento ao estudante da Edu-
cação Básica através de programas suplementares de material didático-escolar provendo a escola
pública de livros didáticos de qualidade, capazes de dar subsídio ao ensino e à aprendizagem dos
diferentes componentes curriculares.
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No tocante ao componente curricular Arte, salienta-se que é a segunda vez que ela é contemplada
em edital do Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio. Neste contexto, a avaliação e
seleção das obras inscritas no PNLD 2018 é de suma importância, pois representa a continuidade de
uma iniciativa de implementação e consolidação do acervo de livros didáticos de Arte, selecionados
por meio deste edital. Convém destacar que a qualificação das reflexões sobre os diferentes proto-
colos de avaliação do livro didático de Artes contribuirá para esclarecer e reiterar a compreensão
da Arte como campo de conhecimento específico na Educação Básica sinalizando sua relevância na
formação sensível, crítica e cidadã do estudante do Ensino Médio.
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princípios e critérios
de avaliação
É sabido acerca dos processos de avaliação que eles se sustentam por pressupostos conceituais
que refletem, explícita ou implicitamente, a base conceitual adotada por eles. Em se tratando da
avaliação das obras inscritas no Programa Nacional do Livro Didático/PNLD 2018, convém enfatizar o
lugar do MEC como principal instituição que, por meio do Edital do PNLD 2018, estabelece princípios
e critérios nos quais as instituições parceiras devem se apoiar para a condução do referido processo
de avaliação.
Tendo como base os pressupostos apresentados pelo MEC, cabe por sua vez às universidades a proposição
de um projeto de avaliação que servirá para balizar a análise dos livros didáticos. Depreende-se que o
processo de avaliação compreende, em sua estrutura, duas etapas básicas: a primeira delas consistindo na
elaboração, por parte da universidade selecionada, de uma metodologia de avaliação que se estabeleça
em consonância com o conjunto articulado de princípios e critérios estabelecidos pelo MEC capazes de
orientar a análise das obras, tendo como objetivo a especificação e aferição da qualidade dessas obras. A
segunda é a da avaliação propriamente dita das obras inscritas.
O processo de avaliação do livro didático é complexo: articula um conjunto de fatores cujo principal
objetivo é a aferição da qualidade das obras a serem oferecidas às escolas, tendo como base uma
análise pormenorizada do desempenho pedagógico de cada obra. Nessa perspectiva, uma compre-
ensão desse conjunto é fundamental para a condução de um processo de avaliação que se paute
na análise descritiva das obras, juntamente com a fundamentação de suas possibilidades e limites
tendo em vista o contexto, pressupostos e critérios apresentados pelo Programa Nacional do Livro
Didático, mais precisamente, no Edital do PNLD 2018.
Desse modo, o conceito de avaliação aqui proposto se apoiou no processo de análise descritiva das
obras, sendo, portanto, essa análise o que fundamenta a avaliação e não o contrário. O que é impor-
tante salientar aqui é que o viés conceitual a partir do qual procuramos nortear nosso olhar para as
obras é o de sua análise crítica e técnica por meio do trabalho colegiado entre coordenação peda-
gógica, coordenação adjunta, assessor, leitor crítico e avaliadores, garantindo assim uma avaliação
mais consistente das obras inscritas.
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A concepção que norteou nossa proposta para todas as etapas avaliativas pertinentes ao PNLD 2018
partiu do pressuposto de que a Arte, como componente curricular do Ensino Médio, deve ter seus
conceitos e procedimentos de criação respeitados, evitando a prática de tomá-la como mera ferra-
menta ou instrumento para facilitar a aprendizagem dos conteúdos de outros componentes.
Tendo a pluralidade de concepções pedagógicas para o componente curricular Arte reconhecidas pela
comunidade científica, inferimos que a prática e investigação artística devem ser valorizadas como
área de conhecimento. Por outro viés, mantivemo-nos sensíveis quanto à diversidade de abordagens
nas diferentes modalidades artísticas e às suas complexidades (arte como linguagem; arte como ex-
pressão; arte como cognição inventiva, entre outras). Em decorrência disso salientamos a importân-
cia dos critérios de seleção dos avaliadores, como a diversidade regional da equipe e a experiência
desses avaliadores como professores-artistas, levando-se em conta as quatro modalidades artísticas.
De acordo com o Edital do PNLD 2018, para que sejam preservados os referenciais próprios de Arte,
enquanto componente curricular do Ensino Médio, é preciso que os materiais didáticos contemplem
as várias formas de expressão como as Artes Audiovisuais e Visuais, Dança, Música e Teatro, além de
serem contemporâneos tanto em sua abrangência quanto em suas metodologias, sendo fundamental
as articulações entre saberes e pensamentos artísticos e os de outros componentes curriculares.
Um dos critérios específicos de avaliação das obras de Arte previsto no edital diz respeito ao fato
de que elas devem incluir propostas que possam promover o pensamento crítico, tanto dos(as) es-
tudantes quanto dos(as) professores(as), e integrar ações de teoria e prática de forma a propiciar o
pensamento divergente.
Outro critério específico para o componente diz respeito à importância da contextualização do en-
sino de arte, articulando-o ao universo social e cultural do(a) estudante, numa perspectiva crítica
e autônoma dele(a) na relação com as Artes, através da construção de conhecimento por meio da
produção artística aliada à reflexão crítica, promovendo apropriações singulares e criativas dos di-
ferentes campos artísticos. Nessa perspectiva, torna-se fundamental respeitar e estimular a diversi-
dade de expressões artísticas e culturais, assim como das diversidades étnicas e culturais, tanto das
manifestações artísticas em geral como dos(as) estudantes em suas singularidades, oferecendo um
acesso qualificado aos universos da arte.
A concepção das etapas avaliativas pertinentes ao PNLD 2018 teve como eixo a noção de que a Arte
precisa ter seus conceitos e procedimentos de criação respeitados. Nessa perspectiva, faz-se ne-
cessário compreender que os diferentes conhecimentos em Arte estão em constante construção e
transformação, não sendo somente herdados de forma estável e imutável. Torna-se fundamental,
portanto, pensarmos os processos de historicização da arte a partir de uma concepção de herança
cultural que inclui em sua tessitura aquilo que se constrói, se deforma e se transforma a partir do
contexto sociocultural de um grupo social. Desse modo, ter como horizonte de investigação a arte
já universalmente reconhecida e institucionalizada é importante, mas também é igualmente impor-
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tante construir desdobramentos inventivos a partir desse saber, articulando-o criticamente com o
contexto e com as investigações artísticas contemporâneos.
Uma questão importante observada no processo avaliativo refere-se à articulação entre a teoria e
a produção artística, entendendo aqui que essa articulação deve ser propiciada pelo livro didático,
possibilitando a historicidade e o diálogo com o tempo presente.
Outro critério de avaliação foi o exame de como se apresenta, na obra, a estruturação de conceitos e
teorias pertinentes a cada modalidade artística, e de como a obra apresenta orientações objetivas para
experiências artísticas em cada uma delas fornecendo os conceitos operadores de Artes Visuais, Dança,
Música e Teatro, de modo a viabilizar a práxis artística, ou seja, a indissolubilidade entre teoria e prática.
Tal como sinaliza o Edital (Anexo III, p. 32):
No PNLD 2018 para o componente curricular Arte foram inscritas obras compostas por Livro do Estu-
dante, Manual do Professor e CD de áudio.
A avaliação da coleção foi feita tendo como base os critérios eliminatórios comuns a todos os com-
ponentes curriculares, a saber:
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Em relação ao componente curricular Arte, foram observados, especificamente, se cada obra avaliada
cumpria com os seguintes critérios eliminatórios, tal como disposto no edital:
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Na avaliação das obras didáticas de Arte foi observado, ainda, se o Manual do Professor:
Para o componente curricular Arte foi observado ainda, no tocante a avaliação do CD de áudio de que
ele seja bem explorado, com atividades e orientações claras quanto essa exploração, abrindo para novas
possibilidades criativas e de experimentação para o ensino de Arte, mais especificamente de Música.
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coleções aprovadas
Nesta edição do PNLD foram selecionadas duas obras de Arte destinadas aos estudantes e profes-
sores do Ensino Médio. As obras aprovadas apresentam a Arte no contexto da diversidade cultural e
artística, tratando-a como conhecimento ao qual o estudante tem direito. Nesse sentido, apresentam
tanto a obra artística contemporânea em suas diversas modalidades e de várias partes do mundo,
quanto a de nossa herança cultural, incentivando o estudo das Artes Visuais, da Dança, da Música, do
Teatro e de outras modalidades, como, por exemplo, as artes híbridas, a arte pública e a performance.
Os assuntos e conceitos se mostram mais aprofundados, uma vez que no Ensino Médio os jovens já têm
condições de fazer relações entre a aprendizagem havida no Ensino Fundamental e as novas informa-
ções. As atividades propostas são de complexidade crescente e relacionam a arte com a vida cotidiana,
incentivando que o estudante conheça a arte e outras manifestações artísticas do local onde vive e de
sua região. Outro ponto forte das obras aprovadas é o reconhecimento dado a produções artísticas de
outras culturas, incentivando o respeito à diversidade.
As obras apresentam produções artísticas de Artes Visuais, Dança, Música e Teatro realizadas por pes-
soas de diversos povos, de diversas gerações e contextos culturais, o que propicia discussões mais
abrangentes e aprendizagens mais amplas tanto de estudantes quanto de professores. É importante
ressaltar a presença da Arte e demais manifestações culturais dos povos indígenas e afrodescendentes
contemporâneas e as realizadas ao longo dos tempos, bem como a produção artística de mulheres que,
por muito tempo, foram omitidas do cenário das artes. Essas presenças devem constar do material
didático não como ilustração ou como exemplos pitorescos, mas sim como protagonistas importantes.
Importante também se faz pensar o corpo nas artes, seus movimentos, expressões e gestos de modo
a reconhecer suas potencialidades expressivas que, por sua vez, servem de suporte para uma abor-
dagem crítica acerca da corporeidade contemporânea assim como de reconhecimento da diversidade
das noções de corpo quando contextualizadas sócio culturalmente por meio da dança, por exemplo.
21
O tratamento dado aos sons e suas variantes é outro assunto de grande importância na aprendiza-
gem de Arte. A aprendizagem de sua percepção, bem como da elaboração de sonoridades várias fa-
zem parte da formação humana dos estudantes do Ensino Médio e é preciso ser pensada e praticada
de maneira responsável, no sentido de que elas também estão relacionadas com o contexto cultural
e social, com diversos povos e gerações.
22
resenhas
de arte
ARTE POR TODA PARTE
DANIELA LIBÂNEO
FÁBIO SARDO
PASCOAL FERRARI
SOLANGE UTUARI
FTD
2a edição - 2016
0125P18063
visão geral
A obra é composta por dois volumes impressos (Livro do Estudante e Manual do Professor) e um CD
de áudio de igual teor, anexo a cada um dos volumes. A base teórico-metodológica é a Abordagem
Triangular e a obra opta por não fazer uma divisão sobre a modalidade artística que será tratada em
cada capítulo, abordando, de modo compartilhado, as Artes Visuais; a Dança; a Música e o Teatro. Os
acontecimentos da História da Arte são tratados de forma linear, sendo contextualizados em cada
tema/conceito, fazendo relações com a arte contemporânea. Apresenta propostas interdisciplinares
entre Arte e outros componentes curriculares.
O Livro do Estudante tem 320 páginas e está organizado em seis capítulos independentes, ou seja,
o professor pode escolher com qual tema/campo conceitual quer trabalhar, e está de acordo com a
proposta da Abordagem Triangular. As imagens são ilustrativas dos assuntos aos quais se referem e
complementam devidamente o tema estudado. Além disso, são diversificadas em relação a períodos
históricos e etnias. As indicações de complementação em sites e outras leituras ajudam tanto o pro-
fessor quanto o estudante a buscarem mais informações sobre os temas.
O Manual do Professor tem 432 páginas e traz informações sobre o conteúdo de cada capítulo, além de
orientações, leituras complementares e referências para ampliação dos conhecimentos do professor.
O Livro do Estudante e o Manual do Professor são acompanhados por um CD de áudio, que apresenta
grande variedade de sonoridades e estabelece relação com as atividades às quais cada faixa está
vinculada, auxiliando, assim, a aprendizagem em Música.
24
descrição da obra
O Livro do Estudante é composto por seis capítulos e cada capítulo tem quatro temas, a saber: Capí-
tulo 1, “O que é arte?”, composto pelos temas: “O sentido das coisas”; “Procurando pela Arte”; “Arte
é experiência?” e “Tempo: o compositor de histórias”. Trata da arte do palhaço em Teatro, de artistas
contemporâneos de Artes Visuais e de uma artista moderna de Dança. Capítulo 2, “Por língua e lín-
guas”, com os temas: “A proposição das linguagens”; “Linguagens que se misturam”; “A tecnologia
transformando as linguagens” e “Linguagens artísticas no tempo”. Capítulo 3, “A criação”: “Intervenção
como criação”; “Criação e registro”; “Lugares para criar” e “”Dom, virtude, gênio ou curiosidade?”. Ca-
pítulo 4, “Matérias da arte”, desenvolve: “Corpo e arte”; “Se a criação é mais, tudo é coisa musical!”; “A
alquimia da arte” e “Poética da matéria”. Capítulo 5, “A arte em sua forma, a forma em seu conteúdo”
tem como temas: “As formas e os conteúdos da arte”; “A gramática visual”; “O conjunto da obra” e “Os
parâmetros do sim”. Capítulo 6, “Bagagem cultural”: “Tudo o que me compõe”; “Música popular brasi-
leira e gerações de ouvintes”; “Tem gente que guarda cada coisa!” e “O patrimônio nosso de cada dia”.
Cada tema tem várias seções ou boxes, pertinentes ao tema em questão com estrutura idêntica, mas
diferindo entre si quanto ao conteúdo. Em “Giro de ideias”, propõe-se a discussão e reflexão sobre
o tema abordado, além do levantamento dos conhecimentos prévios dos estudantes a respeito dos
mesmos; em “A arte de”, a proposta é pontuar a trajetória de um artista; em “Palavra do artista”, a
intenção é que haja um diálogo direto com o artista; em “Ofício da arte” são apresentadas possibili-
dades de trabalho profissional da arte; em “Conexões” são tratadas questões éticas, estéticas, cultu-
rais, históricas, profissionais e saberes interdisciplinares”; em “Projeto experimental” são propostas
atividades artísticas que contemplam as modalidades cênica, musical e visual; a seção “Infográficos”
apresenta, ao final de cada capítulo, informações gráficas para expandir e complementar os conteúdos
estudados; “Fique de olho: Enem e vestibulares” traz questões de Arte de exames nacionais; “Expedi-
ção cultural” procura incentivar o estudante a prestar atenção aos espaços sociais e sua relação com
a cultura; “Diário de bordo” retoma os conceitos e debates realizados, relativos ao tema em questão.
O Manual do Professor contém, além dos seis capítulos subdivididos em quatro temas - acrescidos
de sugestões ou complementação de informações para o professor -, a seção “Diálogo com o profes-
sor”, com os seguintes tópicos: “1. Concepção de arte e de ensino de Arte para o Ensino Médio”; “2. As
concepções de ensino nas linguagens artísticas”; “3. Conceitos metodológicos”; “4. Não há caminho
pronto, o caminho se constrói. O que você inventa?”; “5. Avaliação”; “6. Diários de bordo do professor”;
“7. Portfólios”; “8. Seções e boxes dos capítulos”; “9. Orientações para cada capítulo”; “10. Diálogo sobre
as faixas do CD” e “11. Indicações para ampliar saberes do professor e referências”. A base teórico-
-metodológica apresentada é a Abordagem Triangular, com os eixos “ler/apreciar, fazer/produzir e
contextualizar/refletir” (MP, p.322).
O CD de áudio tem 23 faixas. A orientação sobre a forma de conduzir cada faixa é apresentada somente
no Manual do Professor, na seção “Diálogo com o professor”, presente no item “10. Diálogo sobre as
25
faixas do CD de áudio”. As especificidades e características de cada faixa estão subdivididas em cinco
categorias, são elas: “Músicas de diversas tradições brasileiras”; “Música popular brasileira”; “História
da música ocidental”; “Música, teoria e informação”; “Música de invenção (contemporânea), impro-
visação”. A divisão das faixas é realizada em cada capítulo, exemplificadas no Manual do Professor.
análise da obra
A obra abrange as modalidades artísticas (Artes Visuais, Dança, Música e Teatro), por meio dos estudos
conceituais; propostas de apreciação; contextualização e fruição, com atividades práticas para o estu-
dante, pautadas na diversidade das manifestações culturais, eventos, produções artísticas e artistas,
objetivando a ampliação do conhecimento, em diálogo com a realidade experienciada pelos estudantes.
A obra estimula a produção de material cênico, visual e musical para a construção de conhecimento
em Arte, mais especialmente na seção “Projeto experimental”. Apresenta conteúdos que mesclam a
produção de autores relevantes historicamente, como também traz referências contemporâneas para
o trabalho com estudantes e professores.
A dinâmica adotada pela obra no uso dos três anos que compõem o Ensino Médio está sob a escolha
do professor, que cria sua própria seleção de capítulos abordados para o 1º, 2º e 3º ano do Ensino
Médio. O professor tem autonomia de detectar as realidades de cada sala e suas necessidades para,
então, identificar quais serão os capítulos trabalhados. A obra propõe essa liberdade e provoca o di-
álogo entre o professor e o estudante, de modo que, juntos, possam expor seus campos de interesse
relacionados aos capítulos que compõem a obra.
26
parte do professor; indica as possibilidades de trabalho interdisciplinar na escola; sugere bibliografia
pertinente e atualizada no campo da Arte e do ensino de Arte que contribuem para a formação do
professor e faz indicações de como trabalhar com o CD de áudio.
em sala de aula
A posição das seções e boxes nas páginas lembra a tela de um computador quando se acessa um site,
como um convite ao leitor para explorar o seu conteúdo. A estrutura de capítulos independentes traz
a característica que, no Manual do Professor, é chamada de “professor propositor”, que abre espaço
para a voz do outro, escolhe os caminhos para percorrer com os adolescentes e jovens de forma
ativa, sendo eles protagonistas do seu processo de construção de conhecimento e ampliação do seu
repertório cultural.
A abertura dos capítulos e temas traz trechos de música e fragmentos de textos literários para iniciar
o estudo. A seção “Projeto experimental” apresenta possibilidades de ampliar a nutrição estética e
estimular a sensibilidade do estudante. A mediação cultural trazida pelo território de arte e cultura
propõe conversas a respeito do que se vê, ouve ou sente. Com essa proposição, a voz do adolescente
e do jovem está sendo integrada ao entendimento do que é essa obra de arte e a própria compreen-
são de manifestações culturais que estão ao redor de sua comunidade.
A obra explicita a perspectiva interdisciplinar explorada por ela, que aparece de forma implícita em
algumas indicações a respeito, mas cabe ao professor articular o planejamento, desenvolvimento e
avaliação de projetos interdisciplinares. Assim, o professor precisa exercer sua autonomia para tri-
lhar e construir o seu projeto em Arte, principalmente no que se refere à abordagem interdisciplinar:
Como ressalva, para a utilização do CD de áudio em sala de aula, é importante que o professor leia as
orientações sobre a utilização do Livro do Estudante, encontrada ao final do Manual do Professor, de
forma a saber o que precisa ser trabalhado do CD de áudio em sala de aula.
Outra ressalva diz respeito às imagens apresentadas pela obra, nem sempre com boa resolução.
No que se refere à correção conceitual e especificidades da área, pode-se dizer que a obra contribui
de modo satisfatório, propiciando a ampliação do repertório tanto do estudante quanto do professor.
27
ARTE DE PERTO
LEYA
1a edição - 2016
0201P18063
visão geral
A obra é composta por Livro do Estudante, Manual do Professor e CD de áudio e traz as modalidades
artísticas Artes Visuais, Dança, Música e Teatro, tanto em suas especificidades quanto na interface
entre elas, integrando-as com outras formas artísticas, como o circo, a performance e as intervenções
urbanas. Como abordagem teórico-metodológica, apresenta o trabalho interartes e tem como foco
a Arte contemporânea, sem, no entanto, descuidar-se do estudo das épocas anteriores. Traz, ainda,
propostas interdisciplinares entre a Arte e os outros componentes curriculares.
O Livro do Estudante tem 368 páginas e está organizado em cinco unidades que evidenciam as moda-
lidades artísticas, as quais estão em consonância com as etapas da Abordagem Triangular por meio
da contextualização, da fruição e da produção em Arte. As imagens trazidas ao longo da obra, além
de serem impressões de boa qualidade, complementam e dialogam com o texto de cada capítulo e
unidade, ajudando no seu estudo e na sua fruição. A diversidade dessas imagens, no que tange a pe-
ríodos históricos, movimentos artísticos e pessoas das diversas etnias, possibilita o enriquecimento
cultural dos estudantes. Destaca-se, também, a diversidade de fontes indicadas ao longo da obra, o
que permite ao estudante o acesso ao estudo das diversas manifestações artísticas por intermédio de
livros e sites com vídeos, documentários e músicas, por exemplo. Essas indicações também o auxiliam
em estudos extraclasse, permitindo-lhe estar em contato com a Arte em outros momentos de sua vida.
O Manual do Professor é um bom material de consulta e de estudo, pois explicita, de forma coerente,
a perspectiva interdisciplinar no ensino de Arte. Traz a metodologia de ensino por meio de projetos e
28
em confluência com os princípios para uma educação emancipatória. Destaca-se, na obra, o cuidado
com as diferenças e os diferentes contextos em que a Arte foi produzida, como a produção artística
regional, a nacional e a internacional. A obra sugere ao professor, no quesito avaliação, que se man-
tenha em constante diálogo com seus estudantes ao longo do desenvolvimento dos conteúdos para
fazer uma avaliação contínua do processo de ensino-aprendizagem, estimulando-os a avançarem
nos estudos, mas sempre levando em consideração o contexto no qual eles estão inseridos.
descrição da obra
O Livro do Estudante está organizado em “Apresentação”, “Conheça seu livro”, “Introdução” e mais
cinco Unidades: 1 - “Arte, Tempo e Movimento”; 2 – “Arte e Sociedade”; 3 – “Arte e as Cidades”; 4 –
“Culturas Brasileiras”; e 5 – “Artes em Conexão”. As Unidades organizam-se nas seções: “Preparando
as tintas e os pincéis”, “Capítulos constituintes”, “Atividades de múltipla escolha” e “Para saber mais”.
Cada Capítulo é organizado com o boxe “Conteúdo”, com as seções “Afinando os instrumentos”, “Roda
de conversa”, “Fazer arte”, “Arte no dia a dia”, “Arte em diálogo”, “Ensaio Corrido” e “Roda de Conver-
sa” e com os boxes: “Glossário”, “Arte para assistir/ler/navegar/ouvir”, quando necessário. Ao final do
Livro do Estudante, aparecem as Referências Bibliográficas.
Na Introdução, a obra apresenta o componente curricular Arte, composto pelas modalidades artísti-
cas Artes Visuais, Dança, Música e Teatro discutindo-as, tendo em vista que, mesmo sendo distintas,
elas possuem também zonas de contato. A Unidade 1 – “Arte, Tempo, Espaço e Movimento” - tem
como foco Artes Visuais, Dança, Música e Teatro nos seus aspectos temporais, espaciais e de movi-
mento, com reconhecimento de momentos históricos importantes para essas artes e com a experi-
mentação artística de alguns desses elementos. Esta Unidade é constituída por: Capítulo 1 – “Música
e Espaço”: Capítulo 2 – “Artes Cênicas: Tempo e Espaço”; Capítulo 3 – “Escultura: Tempo, Espaço e
Movimento”; Capítulo 4 – “Imagem e Movimento”; Capítulo 5 – “Música e Movimento”; e Capítulo 6 –
“Dança, Teatro e Movimento”. A Unidade 2 – “Arte e Sociedade”- tem o objetivo de mostrar como as
modalidades artísticas influenciam e são influenciadas pela sociedade e pelas mudanças sociais e
políticas. Fazem parte dessa unidade: Capítulo 7 – “Teatro e Sociedade”; Capítulo 8 – “Imagem e Po-
der”; Capítulo 9 – “Dança e Sociedade”; e Capítulo 10 – “Música e Sociedade”. A Unidade 3 – “Arte e as
Cidades” - aborda a cidade como elemento principal para a criação experimental e para a fruição das
quatro modalidades artísticas. Dessa Unidade constam os seguintes Capítulos: Capítulo 11 – “Teatro e
Cidade”; Capítulo 12 – “Música e Cidade”; Capítulo 13 – “Artes Visuais e Cidade”; e Capítulo 14 – “Dança
e Cidade”. A Unidade 4 – “Culturas Brasileiras” - tem como objetivo mostrar as modalidades artísticas
29
como parte da cultura. Está organizada em: Capítulo 15 – “Cultura ou Culturas”; Capítulo 16 – “Culturas
Brasileiras”; Capítulo 17 – “Música para imaginar e experimentar o mundo”; e Capítulo 18 – “A Visua-
lidade das Artes Indígenas Brasileiras”. A Unidade 5 – “Arte em Conexão” - tem como foco a relação
da Arte com História, Matemática e tecnologia e dela fazem parte: Capítulo 19 – “Pintura, Teatro e
História”; Capítulo 20 – “Arte e Matemática”; e Capítulo 21 - “Arte e tecnologia”.
O Manual do Professor apresenta todo o conteúdo do Livro do Estudante, complementado com su-
gestões e esclarecimentos para os professores, com letras menores na cor vermelha. A segunda parte
do Manual do Professor é intitulada “Assessoria Pedagógica”, sendo composta por “Sumário”, “Apre-
sentação”, “Introdução” e das seguintes seções: 1. “Aspectos Teóricos e Metodológicos da Disciplina
Arte”; 2. “Organização Geral da Obra”; 3. “Proposta Didático-Pedagógica da Obra”; 4. “Experiências
Interartes na Educação”; 5. “Avaliação”; 6. “Sugestões para a Formação Continuada do Professor de
Arte”; e 7. “Orientações Didáticas Específicas”, apresentando orientações correspondentes a cada
Unidade, Capítulo e suas subdivisões no Livro do Estudante. As seções desta parte do Manual do
Professor são constituídas primordialmente por textos que discutem temáticas importantes para o
engajamento conceitual e metodológico do professor em sala de aula. Há orientações que apresen-
tam como o professor pode utilizar o CD de áudio nas atividades sugeridas.
O CD de áudio possui 19 faixas com a descrição da unidade, capítulo e localização de cada faixa no res-
pectivo volume impresso. As faixas são identificadas, no Livro do Estudante e no Manual do Professor, por
um ícone com o número da faixa e há gravações de músicas e cantos, sons para o estudo de instrumentos
musicais, percepção de sequência, ritmo e altura, manifestações culturais e composição musical.
análise da obra
A proposta da obra apresenta um viés interdisciplinar materializado em sua organização, com uma
abordagem consistente de Arte como conhecimento. Apresenta os pressupostos teórico-metodológi-
cos com clareza e suas propostas de ação estão bem articuladas. Suas propostas favorecem o diálogo
em diversos níveis: entre as artes, entre os componentes curriculares e seus conteúdos e, também, o
diálogo entre os estudantes, entre estudantes e professor, entre estudantes e comunidade. As ativi-
dades propostas estão conectadas com os conteúdos dos capítulos, de modo que auxiliam no apro-
fundamento de questões relevantes para o Ensino Médio, pois as conexões possibilitam a expansão
dos conhecimentos em Arte, criando redes com o conhecimento em outras áreas, fortalecendo as
discussões propostas pela obra.
A seção “Preparando as tintas e os pincéis” apresenta, de forma geral, o que será abordado na Uni-
dade; em “Conteúdo” estão listados os tópicos que serão desenvolvidos, sempre seguidos por uma
imagem relacionada; “Afinando os instrumentos” introduz o Capítulo; “Roda de conversa” propõe
perguntas iniciais para discussão; “Fazer arte” propõe a experimentação prática dos conhecimentos
30
construídos; “Arte no dia a dia”, traz atividades que buscam aproximar os conteúdos ao cotidiano dos
estudantes; “Arte em diálogo” apresenta temáticas interdisciplinares; “Ensaio Corrido” apresenta o
resumo do conteúdo estudado; “Roda de Conversa” final, diferentemente da roda de conversa inicial,
evidencia como o conteúdo foi ampliado após o estudo do Capítulo; “Glossário” apresenta o signifi-
cado de alguns vocábulos que aparecem destacados no texto; “Arte para assistir/ler/navegar/ouvir”
indica sites, filmes, vídeos, livros e CDs relacionados aos conteúdos; “Atividades de múltipla escolha”
traz questões retiradas do Enem ou semelhantes a elas; “Para saber mais” apresenta referências de
livros, artigos, revistas, filmes, vídeos e CDs; e Referências Bibliográficas lista os livros que poderão
ampliar a leitura sobre os assuntos estudados.
A obra sugere uma bibliografia para a formação continuada do professor de Arte. Essas referências são
essenciais para o professor, pois auxiliam na compreensão das propostas teórico-metodológicas desen-
volvidas na obra, e especialmente, sobre como trabalhar um ensino de arte contextualizador, crítico e
transformador.
Há, também, atividades que sugerem a fruição de obras artísticas e de fenômenos culturais, que podem
ser tanto o resultado de atividades de criação dos colegas de sala de aula, quanto de vídeos e/ou repro-
duções de obras de artistas já consagrados. As orientações para esse tipo de atividade são importantes,
pois auxiliam o professor a ir além das observações do tipo “gosto” ou “não gosto” entre os estudantes.
A obra propõe atividades que articulam as modalidades artísticas, bem como atividades que criam di-
álogos entre elas.
Destaca-se o uso de vocábulos específicos da área, que auxiliam o estudante na compreensão de termos
específicos de cada modalidade artística, bem como na integração entre elas, já que a obra promove o
acesso à sua integração para explicar as manifestações artísticas contemporâneas e presentes no dia a
dia do jovem. Destaca-se, também, a diversidade de referências relacionadas ao ensino-aprendizagem
da Arte, ajudando na busca de informações em diferentes meios.
31
Os instrumentos avaliativos oferecem recursos de avaliação continuada diversificados e possibili-
tam ao professor observar diferentes aspectos do processo de ensino-aprendizagem em Arte. As
orientações presentes no Manual do Professor são claras, bem organizadas, incitam ao diagnóstico
da cultura local e regional, à busca de informações em diferentes mídias, à proposição de projetos
interdisciplinares e a discussões que ajudem os estudantes a desenvolverem a autonomia e o pen-
samento crítico e argumentativo.
A obra propõe e estimula a produção de materiais e de pesquisas artísticas relacionadas aos conteú-
dos das modalidades artísticas nas seções “Fazer Arte”, tanto individualmente como em grupo. Apre-
senta referências para as modalidades artísticas, com exemplos de manifestações e de produções
visuais, cênicas, sonoras e corporais de expressões brasileiras de diferentes regiões e de diversas
localidades do mundo.
As atividades complementares propõem atividades relacionadas aos conteúdos dos capítulos, as quais
promovem a interdisciplinaridade e/ou experiências interartes, dialogando com a realidade local dos
estudantes e com a comunidade da escola. Há orientações para que o professor conduza discussões que
valorizem as experiências pessoais do estudante e avancem no sentido de ampliar o conhecimento do
contexto cultural em que ele vive.
em sala de aula
A leitura da seção “Assessoria Pedagógica”, do Manual do Professor, contribui para que o professor
possa conhecer, mais profundamente, a proposta teórico-metodológica no ensino de Arte, a concep-
ção de avaliação e a perspectiva interdisciplinar para o Ensino Médio, além de compreender a orga-
nização geral da obra. É um auxílio na sua relação com os conteúdos e com as modalidades artísticas
desenvolvidas. Esse aprofundamento em torno da perspectiva teórico-metodológica é importante
para que se compreenda seu viés dialógico a partir dos temas geradores, favorecendo a conexão com
os demais saberes do currículo.
A obra aponta fontes de informação que auxiliam o professor a dialogar, de forma mais precisa, com
as demandas dos estudantes, como indicações de sites, livros, filmes, músicas e obras de Artes Vi-
suais, as quais são de grande valia para ampliar o repertório artístico e cultural tanto do professor
como do estudante.
32
Os instrumentos avaliativos são diversificados e bem estruturados, entretanto, é importante ter aten-
ção às orientações e aos parâmetros sugeridos para que realmente funcionem de maneira adequada
em relação aos pressupostos teórico-metodológicos. Caso contrário, os instrumentos podem funcio-
nar como avaliações classificatórias, o oposto do sugerido pela obra.
Ao longo dos seus capítulos, a obra traz seções que promovem atividades diversificadas e progressi-
vas para a compreensão do estudante sobre as modalidades artísticas, cada qual especificamente,
e como elas são integradas entre si. Há a sugestão para que o professor traga produções de artistas
locais para a escola, a fim de promover o encontro entre a arte produzida em seu entorno e a escola,
auxiliando o estudante a perceber e a reconhecer essas produções artísticas. É importante buscar
manifestações culturais da localidade, bem como de outras regiões do país, ampliando o conheci-
mento dos estudantes sobre a diversidade cultural do Brasil.
É necessário que o professor fique atento às sugestões complementares, pois elas podem ajudar
quando alguma atividade não tiver a adesão dos estudantes, seja por falta de materiais e/ou de
equipamentos suficientes para a sua realização, como falta de computadores ou de acesso à internet.
O CD de áudio é um recurso interessante para o professor usar em sala de aula com o propósito de
ampliar e diversificar o repertório artístico dos estudantes, desde que esteja sempre associado às
atividades propostas no Livro do Estudante. Recomenda-se que o professor proponha outras sonori-
dades, além daquelas do CD de áudio, relacionadas às atividades propostas, mas que sejam próximas
à realidade dos estudantes, reforçando as estratégias propostas pela obra.
33
ficha de avaliação
a. identificação da obra
1. Código do Avaliador:
2. Código da Obra:
34
b. caracterização geral
Justifique:
Justifique:
35
Estatuto da Criança e do Adolescente (LEI nº8.069 de 1990).
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Justifique:
36
Parecer CNE/CEB nº7/2010 que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais
para a Educação Básica.
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Justifique:
37
Parecer CNE/CP nº 14 de 06 /06/2012 e Resolução do CNE CP nº 02
de 15/07/2012 que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Ambiental (DCNEA).
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Este espaço é reservado para quaisquer observações que sejam pertinentes à avaliação da caracterização geral
12 da obra, que não tenham sido mencionadas nos itens acima especificados, assim como a identificação específica
das ocorrências assinaladas como SIM ou NÃO através de argumentação e exemplos.
38
SIM NÃO
(d)
no critérios PL PA MS
(a) (b) (c)
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Plenamente ( ) PL
Parcialmente ( ) PA
Muito superficialmente ( ) MS
39
17 Está livre de estereótipo e/ou preconceito de orientação sexual.
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Justifique:
40
Está livre de publicidade, mediante difusão de marcas, produtos
23
e/ou serviços comerciais.
Justifique:
Justifique:
Síntese do Conjunto: Depois de analisar a Obra no que concerne à construção da cidadania e ao convívio
social republicano, disserte sobre seus aspectos positivos e negativos. Disserte também sobre as ocorrências
25
assinaladas com as letras B, C ou D através de argumentação e exemplos. Nos itens em que for marcada a letra
A apresente uma descrição geral dos itens atendidos pela obra.
Em sala de aula: Destaque as orientações fornecidas pela Obra para sua utilização nas atividades de sala de
26
aula ou fora dela e os cuidados que o professor deve ter ao utilizar a obra.
41
SIM NÃO
(d)
no critérios PL PA MS
(a) (b) (c)
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Plenamente ( ) PL
Parcialmente ( ) PA
Muito superficialmente ( ) MS
42
A organização da obra possibilita uma progressão em direção à maior
30 complexidade de aprendizagem, apresentando no Manual do Professor as
estratégias utilizadas para esse fim.
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Justifique:
43
A obra explicita claramente no Manual do Professor a perspectiva
35 interdisciplinar explorada por ela somada a indicações de como planejar,
desenvolver e avaliar projetos interdisciplinares.
Justifique:
Justifique:
Síntese do Conjunto: Depois de analisar a Obra no que concerne à coerência e adequação metodológica,
disserte sobre seus aspectos positivos e negativos. Disserte também sobre as ocorrências assinaladas com
37
as letras B, C ou D através de argumentação e exemplos. Nos itens em que for marcada a letra A apresente uma
descrição geral dos itens atendidos pela obra.
Em sala de aula: Destaque as orientações fornecidas pela Obra para sua utilização nas atividades de sala
38
de aula ou fora dela e os cuidados que o professor deve ter ao utilizar a obra.
44
SIM NÃO
(d)
no critérios PL PA MS
(a) (b) (c)
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Plenamente ( ) PL
Parcialmente ( ) PA
Muito superficialmente ( ) MS
45
No Manual do Professor são apresentadas orientações sobre o modo
42 de utilização adequada do Livro do Estudante, inclusive no que se refere
às estratégias e aos recursos de ensino a serem empregados.
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Justifique:
46
A obra indica as possibilidades de trabalho interdisciplinar na escola,
oferecendo orientação teórico-metodológica e formas de articulação dos
47
conteúdos do Livro do Estudante com outros componentes curriculares
e outras áreas do conhecimento.
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Justifique:
47
A obra apresenta orientação teórico-metodológica coerente com
52
a proposta apresentada no Livro do Estudante.
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Síntese do Conjunto: Depois de analisar a Obra no que concerne ao Manual do Professor, disserte sobre seus
aspectos positivos e negativos. Disserte também sobre as ocorrências assinaladas com as letras B, C ou D
56
através de argumentação e exemplos. Nos itens em que for marcada a letra A apresente uma descrição geral
dos itens atendidos pela obra.
Em sala de aula: Destaque as orientações fornecidas pela Obra para sua utilização nas atividades de sala de
57
aula ou fora dela e os cuidados que o professor deve ter ao utilizar a obra.
48
SIM NÃO
(d)
no critérios PL PA MS
(a) (b) (c)
f. atividades
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Plenamente ( ) PL
Parcialmente ( ) PA
Muito superficialmente ( ) MS
49
A obra oferece atividades que possibilitem a articulação dos
conhecimentos artísticos com aqueles dos demais conteúdos
61 curriculares, aprofundando as possibilidades de abordagem e
compreensão de questões relevantes para o estudante do Ensino
Médio.
Justifique:
Justifique:
Síntese do Conjunto: Depois de analisar a Obra no que concerne às atividades, disserte sobre seus aspectos
positivos e negativos. Disserte também sobre as ocorrências assinaladas com as letras B, C ou D através de
63
argumentação e exemplos. Nos itens em que for marcada a letra A apresente uma descrição geral dos itens
atendidos pela obra.
Em sala de aula: Destaque as orientações fornecidas pela Obra para sua utilização nas atividades de sala de
64
aula ou fora dela e os cuidados que o professor deve ter ao utilizá-la.
50
SIM NÃO
(d)
no critérios PL PA MS
(a) (b) (c)
g. projeto gráfico
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Plenamente ( ) PL
Parcialmente ( ) PA
Muito superficialmente ( ) MS
51
A obra apresenta referências bibliográficas especializadas, considerando
69
a diversidade de manifestações artísticas abordadas.
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Justifique:
52
A obra apresenta os respectivos créditos com clara identificação
75
dos locais onde estão os acervos aos quais pertence a imagem.
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Síntese do Conjunto: Depois de analisar a Obra no que concerne ao projeto gráfico e editorial, disserte sobre
seus aspectos positivos e negativos. Disserte também sobre as ocorrências assinaladas com as letras B, C ou
79
D através de argumentação e exemplos. Nos itens em que for marcada a letra A apresente uma descrição geral
dos itens atendidos pela obra.
53
SIM NÃO
(d)
no critérios PL PA MS
(a) (b) (c)
h. cd de áudio
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Plenamente ( ) PL
Parcialmente ( ) PA
Muito superficialmente ( ) MS
54
84 O CD de áudio contribui para a compreensão dos conceitos artísticos.
Justifique:
Justifique:
Síntese do Conjunto: Depois de analisar o CD de áudio, disserte sobre seus aspectos positivos e negativos, com
ênfase em sua utilidade pedagógica. Disserte também sobre as ocorrências assinaladas com as letras B, C ou
86
D através de argumentação e exemplos. Nos itens em que for marcada a letra A apresente uma descrição geral
dos itens atendidos pela obra.
Em sala de aula: Destaque a importância do CD de áudio para sua utilização nas atividades em sala de aula ou
87
fora dela e os cuidados que o professor deve ter ao utilizar esse novo recurso.
55
SIM NÃO
(d)
no critérios PL PA MS
(a) (b) (c)
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Plenamente ( ) PL
Parcialmente ( ) PA
Muito superficialmente ( ) MS
56
A obra apresenta vocabulário técnico adequado na descrição dos
92 elementos integrantes das diversas modalidades e manifestações
artísticas.
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Justifique:
57
A obra apresenta referências para o ensino/aprendizagem da Arte,
97 especialmente em suas expressões e manifestações regionais,
de forma diversificada.
Justifique:
Justifique:
Justifique:
Síntese do Conjunto: Depois de analisar a Obra no que concerne à correção dos conceitos, informações e
procedimentos, disserte sobre seus aspectos positivos e negativos. Disserte também sobre as ocorrências
100
assinaladas com as letras B, C ou D através de argumentação e exemplos. Nos itens em que for marcada a letra
A apresente uma descrição geral dos itens atendidos pela obra.
Em sala de aula: Destaque as orientações fornecidas pela Obra para sua utilização nas atividades de sala de
101
aula ou fora dela e os cuidados que o professor deve ter ao utilizar a Obra.
58
j. falhas pontuais
Destacar as falhas pontuais quanto à sua natureza e especificidade, considerando o disposto no item 7.4.2.4.
do Edital de Convocação 04/2015 do PNLD2018 – CGPLI, segundo o qual “não se constituem falhas pontuais a
supressão ou substituição de trechos do texto, a correção de unidades ou capítulos, a revisão parcial ou global
102
da obra, a adequação dos exercícios ou atividades dirigidas ou, ainda, quaisquer outras falhas que, não se
restringindo à simples correção de um ou outro ponto isolado, demandem reformulação de texto(s), atividade(s),
exercício(s) ou proposta(s) didática(s).”
livro/
falha
ocorrência volume página tipologia falha recomendação
n°
...
k. resultado da avaliação
Assinale com um X a resposta adequada
59
referências
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação: Lei n.º 9.394/1996 e demais alterações. Estabelece
as diretrizes e bases da educação nacional.
BRASIL. MEC. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Brasília: MEC/SEB/DICEI, 2013.
BRASIL. MEC. Edital de Convocação 4/2015-CGPLI. Processo de Inscrição e Avaliação de Obras Didáticas para
o Programa Nacional do Livro Didático - PNLD 2018. Brasília: MEC, 2015.
60