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Existem dois modelos predominantes de serviço de emergência médica no globo: O Anglo- Década de Ações para um Trânsito
americano e o Franco-alemão. O segundo iniciado nos anos 60 e legalizado em 1986, baseia-se Seguro 2011-2020
na ampliação do raio de ação do hospital, levando à vítima quase todo tratamento disponível em
um hospital. O que permite tal abrangência e especificidade é a utilização da tele-coordenação
médica (regulação), a qual possibilita a triagem dos atendimentos e reserva de vagas nos hospitais
de referência para vítimas graves. Além disso, o regulador médico tem controle sobre recursos
públicos e privados para o atendimento de pacientes.
O modelo Anglo-americano surge nos EUA em 1966, mediante iniciativas da National Highway
Traffic Safety Administration e do Departament of Health and Human Services. Dois anos depois
foi criado um telefone único para emergência, o famoso 911. O modelo baseia-se em um principio
chamado load and go, que preconiza estabilização e transporte rápido dá vítima para o hospital
qualificado mais próximo, onde será realizado o tratamento definitivo. Os provedores de saúde
neste sistema são os paramédicos, que recebem formação técnica, e atuam sem supervisão
médica.
A disputa
Juntos Podemos Salvar Milhões de
Vidas
Os dois modelos são adotados em diversos países, sendo o sistema Anglo-americano o que
possui uma lista maior. Entretanto, não existe nenhum estudo comparativo entre os dois. O modelo
anglo-americano tem um custo financeiro maior, mas é facilmente implantado. No sistema franco-
alemão o atendimento pré-hospitalar ao paciente é mais amplo e completo, com forte carga de Atualizaçoes por e-mail
atendimento social. Em contrapartida, sua implementação é complexa e depende da integração de
diversas esferas governamentais. Um ponto de tangência entre os dois modelos é que nenhum
pretende oferecer o tratamento definitivo ao paciente. Digite o seu e-mail:
O sistema ideal
Antes de tentar definir qual o melhor modelo de atendimento pré-hospitalar, devemos estabelecer Assine
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Blog TRAUMA: Atendimento Pré-hospitalar no Mundo
Os Genes da Guerra
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Infeliz Ano Novo
O Mortímetro brasileiro
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Álcool e Violência
Assinar: Postar comentários (Atom) RCP - Atualização 02
Natal Sangrento
O Custo do Trauma
O Álcool e o Trauma
Epidemiologia do Trauma
RCP - Atualização 01
Biomecânica do trauma
Tipos de trauma
Prevenção de trauma
O ensino de trauma
Você e o Trauma
Trauma no Brasil
Definição de trauma
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Blog TRAUMA: Atendimento Pré-hospitalar no Brasil - Parte 01
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Blog TRAUMA: Atendimento Pré-hospitalar no Brasil - Parte 02
A desarticulação acontece, primeiramente, na porta de entrada das emergências, ou seja, nas Década de Ações para um Trânsito
centrais telefônicas, estas recebem ligações da população solicitando assistência. No Brasil temos Seguro 2011-2020
diversas organizações responsáveis pelo atendimento de emergência, as principais e públicas, são:
Corpo de Bombeiros; SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência); Defesa Civil e Polícia
Militar. Com os números: 193, 192, 199 e 190, respectivamente. Apenas em poucos lugares há a
comunicação direta entres os serviços. Em Araras/SP, por exemplo, há certa integração entre o
Corpo de Bombeiros e o SAMU, os dois são coordenados por uma central telefônica, a qual
distribui as ocorrências, porém outras instituições não participam.
O vasto território brasileiro clama por uma central única, como o 911 dos EUA ou o 000 da
Austrália, os quais o circunstante liga e informa sua emergência, ao receber a chamada, o
atendente (com treinamento específico) avalia a natureza do evento e despacha a ocorrência para
os órgãos mais próximos e competentes para o atendimento (Paramédicos, Bombeiros ou Polícia).
Além disso, em caso de emergência médica, o atendente instrui o solicitante a realizar os primeiros
socorros, aumentando a possibilidade de sobrevida da vítima. A centralização das chamadas de
emergência em apenas um número, permitiria, no Brasil, à integração entre os setores e,
conseqüentemente, uma melhor e mais rápida resposta às emergências. Vale ressaltar que a
Juntos Podemos Salvar Milhões de
memorização de um único número seria mais fácil para toda a população.
Vidas
Nossa decoaptação entre os setores vai além. A falta de um canal de comunicação entre as
unidades de APH e o hospital, provoca um grave retardo no atendimento da vítima no centro de
tratamento definitivo. Por exemplo, se uma unidade de suporte avançado atende um paciente com Atualizaçoes por e-mail
traumatismo penetrante cardíaco, mas não tem como se comunicar com o hospital de referência,
ao chegar à sala de emergência, a equipe cirúrgica não estará imediatamente pronta para a
intervenção. O sistema de comunicação, de preferência direta (via rádio), entre APH e pronto Digite o seu e-mail:
socorro (PS) é imprescindível para um melhor prognóstico das vítimas de trauma.
Outra divergência é a falta de inter-relacionamento das equipes do PS com a do APH. O elo entre
os dois segmentos do atendimento é o médico regulador, o qual deve, ao início de cada plantão, Assine
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Blog TRAUMA: Atendimento Pré-hospitalar no Brasil - Parte 02
entrar em contato com os coordenadores dos hospitais de referência para inquirir a capacidade de
atendimento de cada centro (esta é umas das funções obrigatórias do médico regulador). Tal FeedBurner
medida evitaria grande parte do atrito entre as equipes.
Perspectivas
O Brasil tem um longo caminho pela frente. As dificuldades são diversas, não há uma Eventos
intersetorialidade concreta entre os responsáveis pelo atendimento de emergência. Não obstante,
I Congresso Mundial de Trauma -
há esforços sendo feitos. Muitos serviços, por conta própria, criam seus canais de comunicação e
2012
articulação com os demais setores, assim como, muitos tripulantes das unidades de resgate se
comunicam via telefone (muitas vezes particular) com o hospital de destino.
A articulação entre os setores tem sido o foco de muitas discussões, demos um grande salto com
Leia no blog trauma
a regulamentação do APH, mas no que tange a formação acadêmica dos profissionais envolvidos
com a emergência evoluímos pouco. Acredito que o Brasil tenha um futuro promissor no APH, só Os Genes da Guerra
que para isso é necessário um diálogo extenso entre as secretarias de saúde e os serviços de
APH existentes no país. Infeliz Ano Novo
Sub-registro e Subimputação do
Trauma
Leia aqui a parte 03.
O Mortímetro brasileiro
Publicado por Paulo Pepulim
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Álcool e Violência
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1 Sua opinião: Natal Sangrento
Anônimo disse...
O Custo do Trauma
Acho que esta falta de comunicação entre entre centrais ou a falat de telefone unico ,
interessa a alguem O Álcool e o Trauma
8 de abril de 2008 10:00 Atendimento Pré-hospitalar no Brasil -
Parte 03
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Atendimento Pré-hospitalar no Brasil -
Parte 02
Epidemiologia do Trauma
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RCP - Atualização 01
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Biomecânica do trauma na avaliação
do politraumatizado
Biomecânica do trauma
Tipos de trauma
Prevenção de trauma
O ensino de trauma
Você e o Trauma
Trauma no Brasil
Definição de trauma
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Blog TRAUMA: Atendimento Pré-hospitalar no Brasil - Parte 03
O Corpo de Bombeiros possui uma central telefônica, 193, a qual direciona as ocorrências para o
quartel mais próximo do evento. Contudo, não há regulação médica integrada a outros serviços e
as vítimas são quase sempre removidas para os hospitais de referência. Além disso, os bombeiros
não atendem no domicílio. As emergências nestes locais somente receberam atenção após 2003,
com a implantação do serviço de atendimento móvel de urgência.
O SAMU é o principal resultado da Política Nacional de Atenção às Urgências. Ele reflete a opção,
do Ministério da Saúde (MS), pelo modelo franco-alemão de atendimento pré-hospitalar, tendo
como principais características a regulação médica e integração total com o SUS, assim como,
monitorização e regulação total das vagas disponíveis em todos os hospitais credenciados pelo
Juntos Podemos Salvar Milhões de
MS, sejam públicos ou particulares. Segundo o MS, atualmente, o SAMU atende 926 municípios,
Vidas
conta com 114 serviços e cobre 92.7 milhões de brasileiros.
A rede nacional SAMU 192 é a regulação médica das urgências e emergências pré-hospitalares.
Isso confere um atendimento médico direto e indireto a todas as chamadas, permitindo uma
resposta mais bem adaptada, assegurando a disponibilidade de hospitalização, além de organizar Assine
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Blog TRAUMA: Atendimento Pré-hospitalar no Brasil - Parte 03
A integração entre o SAMU e Bombeiros não é expressiva. Os pioneiros não abrem mão do seu
sistema de atendimento e sua hierarquia, enquanto o SAMU, regulamentado de acordo com todas
as portarias vigentes, se propaga como modelo nacional. “Mais que um choque de competências, Eventos
é um embate de diálogo e treinamento.” (Mir/2004). O prazo cedido pela Portaria nº 814/GM de
I Congresso Mundial de Trauma -
2001 foi de três anos para que todos os serviços de APH se adequassem as suas normas,
2012
entretanto, a padronização nacional ainda não é uma realidade.
Na maioria das cidades os dois serviços não são integrados e sequer possuem comunicação entre
si, isso implica, muitas vezes, no acionamento dos dois órgãos para a mesma ocorrência,
Leia no blog trauma
aumentando o gasto público, atrito entre os profissionais e, principalmente, deslocando
desnecessariamente uma ambulância. Vale ressaltar que em algumas cidades, como por exemplo, Os Genes da Guerra
Araras/SP e Rio de Janeiro/RJ, o Bombeiro e o SAMU são integrados, no Rio de Janeiro,
especialmente, o Corpo de Bombeiros é quem coordena o SAMU, despachando algumas vezes Infeliz Ano Novo
viaturas do 192 para ocorrências acionadas pelo 193, inclusive. Isso ocorre porque algumas
ambulâncias ficam alocadas em quartéis dos bombeiros. Trauma Balístico
Sub-registro e Subimputação do
O conflito entre as duas entidades esta longe de ser simples. O diálogo deve ser intensificado e Trauma
direcionado para um ponto comum: Melhor resposta e atendimento. No ponto de vista da maioria
dos especialistas, mais importante do que discutir a padronização dos sistemas é criarem uma O Mortímetro brasileiro
regulação médica única e articulada. Talvez esse seja o primeiro passo para melhorar o sistema.
Morticínio Programado
(Por Paulo Pepulim)
Álcool e Violência
Publicado por Paulo Pepulim RCP - Atualização 02
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Natal Sangrento
O Custo do Trauma
O ensino de trauma
Cleoman disse...
Olá. Sou Bombeiro de Brasília e trabalho em serviço pré-hospitalar desde 91 e a Você e o Trauma
corporação sempre se preocupou em capacitar seus profissionais. Tb temos
emfermeiros e técnicos nas ambulâncias; o que falta é apenas regulação e vontade
Trauma no Brasil
política para isto acontecer. è um grande desperdício de dinheiro público deslocar uma
Definição de trauma
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Blog TRAUMA: Atendimento Pré-hospitalar no Brasil - Parte 03
ambulância do SAMU e uma dos Bombeiros para a mesma ocorrência como acontece
em Brasília diariamente diversas vezes. Em muitos lugares era muito necessário o
SAMU, pois tem Bombeiros sem estrutura, ao contrário de BsB que tem uma
ambulância em cada cidade satélite, num total de 28, com reservas e com Leitura recomendada
profissionais capacitados anualmente ou, pelo menos unificar já que tem o mesmo
objetivo. Atendimento Pré-hospitalar:
Brasília deveria abrir concurso público para o SAMU, já que vem usando funcionários Treinamento da Brigada de
da fundação hospitalar deixando ainda pior, se é que é possível, o atendimento da Emergência - Moraes
populaçao.
Atuação no Trauma: Uma abordagem
2 de dezembro de 2008 01:50 para a Enfermagem - Paranhos
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Blog TRAUMA: Atendimento Pré-hospitalar no Brasil - Parte 03
Ortopédico - Stannard
Garcia disse...
Trauma - Mattox
Andre Garcia PoA/RS
Aqui no sul tanto o serviço SAMU, que foi o primeiro no Brasil (14 anos) a ser Trauma Torácico - Marsico
implantado como o de Bombeiros funciona muito bem obrigado. Cada um sabe sua
função e onde deve atuar, serviço de atendimento movel de urgencia atende a Trauma Vascular - Mattox
traumas, clinicos e onde mais for preciso, bombeiros atendem a resgate onde o risco
ultrapassa o profissional ( resgate em alturas, afogamento, encarcerados, etc. O Trauma Vascular - Rossi Murilo
profissional bombeiro dispoem de um aparato de ferramentas e tecnicas para isso,
Trauma: a Doença dos Séculos -
(roupas-capacetes-equipamentos etc) enquanto o profissional samu se concentra na Freire
qualificação em PHTLS ATLS APH BLS, tudo isso mediante uma regulação médica e
concientização da população, é claro que acidentes graves com vítimas presas em Trauma: Atendimento Pré-hospitalar -
ferragens tanto faz ligar 192 samu ou 193 bombeiros que um aciona o outro, pois Monteiro Oliveira
assim que o bombeiro libera a vitima que estava presa em ferragem com seu colega
samu ao lado o paciente é de responsabilidade do samu que realizará o atendimento Trauma: Manual Prático - Peitzman
adquado a este. Mas é claro que lembro que nem semrpe foi assim, isto é fruto de um
trabalho de 14 anos, no inicio era tudo muito mais comlicado e até confuso para todos.
Bem espero ter contribuido no assunto que certamente ainda dará muito pano pra
manga num país tão grande como o nosso Brasil. Um abraço a todos Artigos Científicos
É imprescindível a criação de um número único de atendimento, evitaríamos assim Guidelines para RCP e ECV - 2005
desperdício de dinheiro público, tempo e divergências em atendimentos emergenciais
com duas viaturas de instituições diferentes. Projeto Trauma 2005-2025
Creio que todas as instituições envolvidas em atendimento querem dar o melhor de si.
Mas os entraves político/administrativo/burocrático são os maiores problemas. Os Trauma raquimedular
profissionais tanto do SAMU quanto dos Bombeiros são servidores capacitados para
O papel do anestesiologista no
atuarem nas funções exercidas, muitos com salários irrisórios e condições precárias de
atendimento do trauma
trabalho, são verdadeiros heróis em prestação de serviço à população.
19 de abril de 2010 15:14 "Tempo é vida" - Um dever de
conscientização da morte súbita
Neriton Boanerges Machado disse...
É ISTO SENHORES...BRIGUEM BRIGUEM!!! é assim que as coisas se resolvem?
entre nos 'socorristas' de todas as instituições: militares ou civis, governamentais ou Projeto Diretrizes
não governamentais (voluntárias), públicas ou privadas. A confusão no APH no Brasil é
grande!!! O que penso: Saúde de quem é de saúde, Resgate e salvamento de quem é Volume I
de resgate e salvamento!! As portarias do Ministério da Saúde são claras com relação
a isto... deixando esclarecido que há espaço para todas as instituições... enquanto os Volume II
militares distratarem os civis como "PAISANOS", e os civis distratarem os militares
Volume III
como "MILICOS" e não se unirem em prol de um bem comum:A VIDA DO PRÓXIMO!!
a confusão vai continuar e vai longe ainda... Estudar juntos, treinar juntos e trabalhar Volume IV
juntos em prol da vida...este é o objetivo das portarias do MS. EU, Por já fazer parte
do APH antes das portarias...e na escola americana na época..não concordo com Volume V
muita coisa que está lá nestas portarias..mas não temos que concordar, temos que
aproveitar o que é bom, aceitar o que é ruim e seguir a vida em prol da vida!!! UNAM Volume VI
SENHORES!! UNAM SENHORES!!! Enquanto os nossos governantes tratam o trauma
um problema de saúde, e não como um problema de educação e justiça (policia) para Volume VII
evitar o trauma...haverão muitos casos a serem atendidos neste Brasil dos
Traumas..Brasil dos inconsequentes, imprudentes, mau educados e impunes!!! abraço
a todos e toquemos nossas vidas e as dos que vivem ainda......
Periódicos / Journals
20 de agosto de 2010 13:17
AHA Journals
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Annals of Internal Medicine
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Blog TRAUMA: Definição de trauma
Definição de trauma
O que é trauma?
Guidelines 2010 da AHA para RCP e
ACE
A palavra trauma é oriunda do grego (tráuma), a qual significa ferida. Atualmente, utilizamos quase
todas suas derivações, por exemplo, traumatismo e traumatizante. Entretanto, segundo Luís Mir,
hoje há uma consolidação do uso da palavra “trauma” para aspectos psíquicos e “traumatismo”
para os físicos.
O trauma psíquico pode ser percebido quando um indivíduo, após algum choque emocional
violento, passa a modificar sua personalidade, sensibilizando-a em relação a emoções da mesma
natureza e podendo desencadear problemas psíquicos. Já o traumatismo (trauma físico) são
lesões orgânicas produzidas por transferência de energia proveniente de agentes externos, esses
se compreendem em: físicos, mecânicos e químicos.
Em última análise, segundo o Colégio Americano de Cirurgiões, podemos definir trauma físico Clique na imagem para acessar.
como um evento nocivo que advém da liberação de energias específicas ou de barreiras físicas ao
fluxo normal de energia.
Década de Ações para um Trânsito
Trauma como doença Seguro 2011-2020
Para que uma doença ocorra, alguns itens devem interagir: (1) Um agente que cause a doença -
energia; (2) Um hospedeiro na qual o agente possa residir – ser humano; (3) Um ambiente
apropriado em que os dois possam interagir – local do evento. O trauma se comporta de maneira
semelhante a uma doença qualquer, por exemplo, o hospedeiro pode ser um adulto jovem que
ingeriu bebida alcoólica e conduz um veículo automotor; o agente pode ser a alta velocidade em
que o veículo é conduzido; e o ambiente pode ser uma via pública com o asfalto molhado pela
chuva. A interação desses fatores produz a doença chamada de trauma.
Referências:
1. American College of Surgeons Committee on Trauma. Advanced Trauma Life Support, Chicago,
2002, Author.
2. Freire, C. S. Evandro. Trauma a doença dos séculos, edição: 2004, SP, Atheneu Rio, 2004.
3. National Association of Emergency Medical Technicians em colaboração com o Colégio
Americano de Cirurgiões. Atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado, 5ª ed,
RJ, Elsevier, 2004.
Juntos Podemos Salvar Milhões de
4. Mir, Luís. Guerra civil: estado e trauma, São Paulo: Geração Editorial, 2004.
Vidas
(Por Paulo Pepulim)
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http://notrauma.blogspot.com/2007/08/definindo-trauma.html[4/3/2012 11:58:13]
Blog TRAUMA: Epidemiologia do Trauma
Epidemiologia do Trauma
Epidemiologia do Trauma
Guidelines 2010 da AHA para RCP e
Qual é a exata situação atual do trauma como evento médico, social e
ACE
humano no país? Os números oficiais da Fundação Nacional de Saúde
em 2002 são estes: os coeficientes de mortalidade por causas externas
tiveram um aumento no período de 18 anos, embora não-linear, de
23%, ao passar de 59/100.000 habitantes, em 1980, para 73/100.000,
em 1998. Isso representa 15% de toda a mortalidade brasileira. E
focando-se os últimos dez anos do séc. XX – 1988 a 1998 – foram
notificadas 1.182.472 mortes por causas violentas no país. Desde 1990,
por ano, as mortes por causas externas oscilaram entre 100 a 120 mil,
menos em 1992, quando a quantidade de pessoas que perderam a
vida por essa causa foi menor. Em 1998, por exemplo, foram ceifadas
117.600 vidas, por violências e acidentes, das quais quase 50 mil eram
de jovens. Clique na imagem para acessar.
Houve uma elevação da mortalidade proporcional por causas externas em todas as faixas etárias;
nas idades de 10 a 19 e de 20 a 29 elas respondem por 70% de todos os óbitos ocorridos. Lesões Década de Ações para um Trânsito
e envenenamentos foram a causa de 17,1% das internações de jovens de 10 a 19 anos em 1999; Seguro 2011-2020
entre 20 e 29 anos essa proporção foi de 14,3%. A maioria da população internada era de jovens
do sexo masculino, evidenciando a gravidade dos fatores sociais adversos para sua saúde. A
maioria dos traumas e lesões que levam às urgências, emergências e a internações é causada por
acidentes de trânsito, conflitos interpessoais e tentativas de homicídio.
A mortalidade por violência entre jovens é um fenômeno masculino: nas faixas de 10 a 19 anos, a
relação é de cinco homens para uma mulher; e na de 20 a 29 anos é de 9:1. A causa externa
específica que mais cresceu nos últimos 20 anos foram os homicídios com um percentual de
109% mais elevado em 1998 do que em 1980. Além do viés de gênero, o perfil dos homicídios
mostra, também, uma discriminação por classes sociais. Embora as informações não permitam
inferir renda, levantamentos geo-referenciados e por profissões revelam que são os pobres,
moradores de favelas e das periferias urbanas que compõem o perfil da maioria das vítimas. Os
suicídios têm pequena significância estatística no conjunto das mortes por causas externas no
país, mas também estão em ascensão, tendo aumentado em 23% nos últimos 20 anos; e entre os
jovens de 15 a 24 anos esse aumento proporcional foi muito mais expressivo (48%). Em 1998,
Juntos Podemos Salvar Milhões de
65,8% dos homicídios de jovens envolveram armas de fogo.
Vidas
O indicador Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP), permite avaliar a importância da
mortalidade prematura por violências e acidentes como expressão do valor social da morte
(Reichenheim e Werneck, 1994). No Brasil, em 1997, as causas externas foram 28,6% dos anos Atualizaçoes por e-mail
potenciais de vida perdidos pela população em geral, primeira causa de APVP para os jovens.
Extraído do Projeto Trauma 2005-2025 - Sociedade, violência e trauma. Digite o seu e-mail:
(Conheça o Projeto Trauma clicando aqui)
http://notrauma.blogspot.com/2007/10/epidemiologia-do-trauma.html[4/3/2012 11:57:50]
Blog TRAUMA: Parada cardiorrespiratória associada com o trauma
- Lesões em estruturas vitais, como por exemplo, coração, aorta ou artérias pulmonares.
- Problemas médicos subjacentes ou outras circunstâncias que conduziram à lesão, como uma
parada cardíaca súbita. Por exemplo, fibrilação ventricular em um condutor de um veículo
automotor ou uma vítima de eletrocussão.
- Diminuição do débito cardíaco ou uma arritmia sem pulso (atividade elétrica sem pulso [AESP]
oriunda de um pneumotórax hipertensivo ou um tamponamento pericárdico).
A avaliação de alguns estudos demonstram que apesar de uma rápida resposta do sistema de
atendimento pré-hospitalar e do centro de trauma, vítimas em ambiente pré-hospitalar com parada
cardíaca devido ao trauma raramente sobrevivem(1-2). Os pacientes com os melhores resultados Assine
http://notrauma.blogspot.com/2007/09/parada-cardiorrespiratria-associada-com.html[4/3/2012 11:58:35]
Blog TRAUMA: Parada cardiorrespiratória associada com o trauma
de sobrevivência da PCR por trauma são, geralmente, jovens, possuem lesões penetrantes
tratáveis, receberam intubação endotraqueal precoce (pré-hospitalar) e são transportados, em 10 FeedBurner
minutos ou menos, para um centro de trauma facilitador(1-3). No trauma contuso (em ambiente
pré-hospitalar) a parada cardiorrespiratória é fatal em todos os grupos de idades(4-5).
2. Durham LA III, Richardson RJ, Wall MJ Jr, Pepe PE, Mattox KL. Emergency center thoracotomy: impact of
Leia no blog trauma
prehospital resuscitation. J Trauma. 1992;32:775–779.
Os Genes da Guerra
3. Schmidt U, Frame SB, Nerlich ML, Rowe DW, Enderson BL, Maull KI, Tscherne H. On-scene helicopter transport of
patients with multiple injuries — comparison of a German and an American system. J Trauma. 1992;33:548 –553. Infeliz Ano Novo
4. Rosemurgy AS, Norris PA, Olson SM, Hurst JM, Albrink MH. Prehospital traumatic cardiac arrest: the cost of futility.
Trauma Balístico
J Trauma. 1993;35:468–473.
Sub-registro e Subimputação do
Trauma
5.Hazinski MF, Chahine AA, Holcomb GW III, Morris JA Jr. Outcome of cardiovascular collapse in pediatric blunt
trauma. Ann Emerg Med. 1994;23:1229 –1235. O Mortímetro brasileiro
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O Custo do Trauma
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O Álcool e o Trauma
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Biomecânica do trauma
Tipos de trauma
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Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: TRAUMA II
32: 381-387, out./dez. 1999 Capítulo I
1
Coordenador do Programa de Atendimento Médico Emergencial da Secretaria Municipal da Saúde e médico da equipe de suporte
avançado do SAMU de Ribeirão Preto.
2
Coordenadora do Programa de Serviços Externos da Secretaria Municipal da Saúde e enfermeira da equipe de suporte avançado do
SAMU de Ribeirão Preto.
CORRESPONDÊNCIA: Dr. Sérgio Luiz Brasileiro Lopes - Central de Regulação do SAMU - Unidade de Emergência - Rua Bernardino de
Campos, 1000 – Higienópolis - CEP 14030-150 - Ribeirão Preto – SP
LOPES SLB & FERNANDES RJ. Uma breve revisão do atendimento médico pré-hospitalar. Medicina, Ribei-
rão Preto, 32: 381-387, out./dez. 1999.
381
SLB Lopes & RJ Fernandes
de acidentes de trânsito e a manutenção da vida dos moldes americanos em que as atividades de resgate
pacientes submetidos a transferências inter-hospitala- são exercidas primariamente por profissionais para-
res. A história do SAMU da França inicia-se nos anos médicos (profissional este não existente no Brasil).
60, quando os médicos começaram a detectar a des- Em São Paulo, a preocupação com a melhoria
proporção existente entre os meios disponíveis para do atendimento pré-hospitalar teve início na década
tratar doentes e feridos nos hospitais e os meios arcai- de 80, sendo que, em 1988, foi criado, após longo pe-
cos do atendimento pré-hospitalar até então existen- ríodo de estudos e pesquisas, o Projeto Resgate ou
tes. Assim, foi constatada a necessidade de um trei- SAMU (Serviço de Atendimento Móvel às Urgên-
namento adequado das equipes de socorro e a impor- cias), chefiado por um capitão médico, baseado no
tância da participação médica no local, com o objetivo modelo francês, mas com influências do sistema ame-
de aumentar as chances de sobrevivência dos pacien- ricano, particularmente no que diz respeito à forma-
tes, iniciando pelos cuidados básicos e avançados es- ção dos profissionais, e adaptado à realidade local.
senciais, cuidados estes centrados na reestruturação Este sistema implantado estava, inicialmente, vincula-
da ventilação, respiração e circulação adequadas(1). do ao Corpo de Bombeiros, ficando, no quartel, um
Em 1965, criaram oficialmente os Serviços médico da Secretaria da Saúde do Estado, que regu-
Móveis de Urgência e Reanimação (SMUR), dispon- lava as solicitações de atendimento a vítimas de aci-
do agora das Unidades Móveis Hospitalares (UHM). dentes em vias públicas, solicitações estas feitas atra-
Em 1968, nasceu o SAMU, com a finalidade de coor- vés da linha 193, a qual possuía uma interligação com
denar as atividades dos SMUR, comportando, para o sistema 192 da Secretaria da Saúde (Central de So-
tanto, um centro de regulação médica dos pedidos, licitações de Ambulâncias). Este sistema ainda per-
tendo as suas regras regulamentadas em decreto de siste com pequenas modificações(2).
16/12/1987. As equipes das UHM passaram também Nos últimos dez anos, vem se sentindo a ne-
a intervir nos domicílios dos pacientes, configurando, cessidade de melhoria e expansão do sistema de aten-
definitivamente, os princípios do atendimento pré-hos- dimento pré-hospitalar, realidade esta percebida pelos
pitalar, relacionados a seguir. gestores da política de Saúde Pública dos estados.
1) O auxílio médico urgente é uma atividade sanitária. Várias cidades já contam com o SAMU ou estão em
2) As intervenções sobre o terreno devem ser rápi- fase de implantação do mesmo, incluindo Porto Ale-
das, eficazes e com meios adequados. gre, Recife, Curitiba, Araraquara, Marília, Fortaleza,
3) A abordagem de cada caso deve ser, simultanea- Belo Horizonte, Campinas, dentre outras. Cada loca-
mente, médica, operacional e humana. lidade possui um sistema próprio, o que deixa claro
4) As responsabilidades de cada profissional e as inter- que não há sistemas perfeitos.
relações com os demais devem ser estabelecidas
claramente. 4. O SISTEMA DE ATENDIMENTO MÉDI-
5) A qualidade dos resultados dependem, em grande CO DE URGÊNCIA (SAMU) DE RIBEI-
parte, do nível de competência dos profissionais. RÃO PRETO
6) A ação preventiva deve ser um complemento da
ação de urgência. Em Ribeirão Preto, o SAMU foi criado a partir
Posteriormente, em Lisboa, no ano de 1989, de iniciativa de profissionais da Secretaria da Saúde,
foram proclamadas as bases éticas da regulação mé- tendo como princípios o atendimento às urgências no
dica, processo este conhecido como “Declaração de campo pré-hospitalar, reguladas pela sua central de
Lisboa”. regulação.O SAMU de Ribeirão Preto entrou em ope-
ração no dia 08 de outubro de 1996, após um longo
3. O ATENDIMENTO MÉDICO PRÉ-HOSPI- período de idealização e adequação, sendo moldado a
TALAR NO BRASIL partir do sistema francês. O serviço foi constituído
com uma equipe de suporte avançado, já se preven-
No Brasil, o SAMU teve início através de um do, para o futuro, mudanças importantes no projeto
acordo bilateral, assinado entre o Brasil e a França, inicialmente viabilizado. Esta equipe, constituída pelos
através de uma solicitação do Ministério da Saúde, o elementos obrigatórios, - médico, enfermeira e moto-
qual optou pelo modelo francês de atendimento, em rista - conquistou o seu lugar no atendimento emer-
que as viaturas de suporte avançado possuem obriga- gencial pré-hospitalar, em nosso município, atividade
toriamente a presença do médico, diferentemente dos até então exclusiva da equipe de resgate do Corpo de
382
Uma breve revisão do atendimento médico pré-hospitalar
Bombeiros. Neste período, foi dimensionada a real regulador, agora exclusivo nesta função, passou a fa-
função do SAMU frente à população local e às auto- zer parte, como membro essencial, do grupo da radio-
ridades competentes, vinculando, de forma definitiva, telefonia, e as radioperadoras e telefonistas passaram
o atendimento médico emergencial ao paciente críti- a assumir a função de técnicas auxiliares de regulação
co, agora em ambiente pré-hospitalar. médica (TARM). A partir deste momento, o médico
No momento inicial, o SAMU, ainda desprovi- regulador assumiu as funções de ouvidor e gerenciador
do de protocolos rígidos de despacho de viaturas, atuou da demanda, decidindo sobre o melhor meio de solu-
mais amplamente do que o realmente devido, pres- ção para as mesmas, cumprindo papel essencial na
tando atendimento a um amplo número de pessoas, busca de soluções imediatas e na otimização dos re-
muitas vezes sem necessidade de um atendimento cursos disponíveis.
médico ainda no campo pré-hospitalar, o que aconte- Em fevereiro de 1999, o SAMU foi mais uma
ceu até janeiro de 1997, quando, por ocasião de um vez expandido com a inclusão das unidades de supor-
acidente, envolvendo a viatura, denominada USA te básico (USB) no Serviço. Para tanto, os motoristas
(Unidade de Suporte Avançado), o serviço se viu tem- e auxiliares de enfermagem das viaturas de suporte
porariamente inoperante. básico foram capacitados para o atendimento pré-hos-
O breve período de inoperação funcional se pitalar, por treinamento teórico e prático, visando a
mostrou oportuno, permitindo a viabilização de novos padronização de condutas e a integração no SAMU.
projetos que garantissem a implantação do sistema O SAMU, hoje, encontra-se constituído, con-
em sua totalidade. Para isto, foram adquiridas novas forme inicialmente idealizado, englobando a Central
unidades de suporte avançado, foi idealizado o servi- de Regulação Médica com suas respectivas equipes
ço de regulação médica (necessidade esta sentida e o Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar com suas
durante o período de funcionamento isolado da USA) equipes de suporte básico e avançado, além das equi-
e realizada a hierarquização dos hospitais do Municí- pes essenciais de apoio (ver Figura 1).
pio, formulando-se, assim, um mapeamento das capa- Contamos, atualmente, com três (03) viaturas
cidades físicas e funcionais de cada centro hospitalar. de suporte avançado, estando uma em atuação inin-
Em agosto de 1997, o serviço retomou suas ativi- terrupta e as outras em esquema de sobreaviso, po-
dades, agora dispondo de três unidades de suporte dendo ser despachadas em situações especiais (ca-
avançado, tendo-se em mente a expansão rápida das tástrofes, calamidades, transferências extramunicipais,
atividades no campo do atendimento emergencial pré- etc). Contamos, também, com sete (07) unidades de
hospitalar. Em março de 1998, foi concretizada, ainda suporte básico, distribuídas cada uma em uma unida-
que experimentalmente, a Central de Regulação Mé- de básica distrital de saúde, ficando uma na garagem
dica. Neste período, a atividade de médico regulador para eventuais trocas, frente a defeitos mecânicos
era exercida pelo próprio médico da USA, o que, em quaisquer. Quanto à Central de Regulação Médica,
muito, facilitou o acesso dos pacientes aos hospitais contamos com profissionais tanto em período integral
do Município, respeitando-se a hierarquização anteri- (médicos reguladores, técnicos auxiliares e radiope-
ormente realizada. Esta regulação médica foi mantida, radores) quanto em período reduzido de atividade (pes-
ainda que funcionando precariamente, até outubro de soal de apoio). Desta forma, globalmente, o SAMU
1998, quando, definitivamente, foi implantada a Cen- conglomera, hoje, cento e trinta e seis (136) indiví-
tral de Regulação Médica do SAMU, um convênio duos das diferentes categorias profissionais.
firmado entre a Prefeitura Municipal e o Hospital das Assim estruturado, o Sistema de Atendimento
Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Pre- Médico de Urgência atende aos preceitos básicos dos
to. A parceria permitiu a implantação da Central nas sistemas móveis de urgência, como os relacionados a
dependências da Unidade de Emergência do Hospital seguir:
das Clínicas, sendo, então, estruturada uma Central • Prestar atendimento emergencial no campo pré-hos-
de Regulação Médica, como inicialmente idealizada: pitalar, atendimento este que responda às necessi-
conjuntamente com o Sistema 192, o serviço de am- dades prementes do paciente crítico.
bulâncias do Município, responsável por atender e re- • Determinar a forma de melhor resposta à demanda
gistrar todas as chamadas telefônicas dos solicitantes, solicitada, através de uma “regulação” de todos os
sejam estas para simples informações, sejam para chamados, obrigatoriamente realizada por um pro-
envio de unidades móveis de atendimento. O médico fissional médico.
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SLB Lopes & RJ Fernandes
SAMU
CENTRAL DE
REGULAÇÃO
MÉDICA
UNIDADE UNIDADE
DE DE APOIO À
REGULAÇÃO REGULAÇÃO
SERVIÇO DE
ATENDIMENTO
PRÉ-HOSPITALAR
UNIDADE DE UNIDADE DE
SUPORTE SUPORTE
BÁSICO AVANÇADO
Para tanto, o SAMU mantém seus dois servi- com sua respectiva viatura, fica de prontidão na base
ços (a Central de Regulação Médica e o Serviço de operacional do SAMU, aguardando determinação do
Atendimento Pré-hospitalar) coesos e interligados, médico regulador para prestar atendimento médico
organizados e supervisionados pelo coordenador do emergencial.
Programa de Assistência Médica Emergencial, ao qual As unidades de suporte avançado somente são
se insere o SAMU. Subordinados ao coordenador es- enviadas para atendimento mediante autorização do
tão o diretor médico e o diretor de enfermagem, sen- médico regulador ou do coordenador direto do SAMU,
do este exercido pelo coordenador do Programa de não respondendo a outras solicitações que não tenham
Serviços Externos (rede 192). Estes programas fa- sidas reguladas pelos profissionais pertinentes. Com-
zem parte do corpo programático da Secretaria Mu- petirá, portanto, ao médico regulador a determina-
nicipal de Saúde, gerenciados diretamente pelo dire- ção da existência de risco imediato à vida, pois,
tor do Departamento de Atenção à Saúde das Pes- somente nesta condição, salvo determinações excep-
soas, subordinado diretamente ao Secretário Munici- cionais provenientes de órgãos superiores, serão des-
pal de Saúde. pachadas as USA. Esta determinação deverá ser ba-
Funcionalmente, o SAMU encontra-se organi- seada, exclusivamente, no grau de comprometimento
zado da forma mencionada a seguir. de funções vitais, capazes de comprometer seriamente
a qualidade de vida ou a expectativa de vida, como as
Equipe de suporte avançado abaixo relacionadas.
Cada USA é constituída por uma tripulação • Comprometimento da via aérea (A),
exclusiva, formada por um (a) médico (a), um (a) en- • Comprometimento da dinâmica respiratória (B),
fermeiro (a) e um (a) motorista (a), que se revezam • Comprometimento da dinâmica circulatória (C),
conforme escala de trabalho pré-determinada, garan- • Comprometimento da função neurológica (D),
tindo 24 horas diárias de funcionamento. Esta equipe, • Comprometimento funcional de extremidades (E).
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Uma breve revisão do atendimento médico pré-hospitalar
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SLB Lopes & RJ Fernandes
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Uma breve revisão do atendimento médico pré-hospitalar
como “ciência” após a experiência bem sucedida da encontradas pelo país afora, resguardando, entretan-
França. Rapidamente vem evoluindo, tendo sido im- to, os princípios fundamentais de atendimento rápido,
plantado, no Brasil, no final do anos 80 e, particular- preciso e eficaz, o que vem colaborando para a redu-
mente, em Ribeirão Preto, em 1996. A falta de legis- ção dos danos secundários às maiores causas de trau-
lação pertinente faz com que várias estruturas sejam ma, em nosso meio.
LOPES SLB & FERNANDES RJ. A brief review of medical prehospitalar care. Medicina, Ribeirão Preto,
32: 381-387, oct./dec. 1999.
ABSTRACT: The prehospitalar medical care is a relatively recent area, having been implanted
in Brazil in the last 10 years, according to French model that dates since the decade of 50. For the
lack of pertinent legislation, several regional models were created in several cities of Brazil, and,
specially, in Ribeirão Preto this system of medical prehospitalar care is accomplished since
october 1996 by the local team of SAMU.
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