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METODOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO PARA A CONSTRUÇÃO

DE OBJETOS DE APRENDIZAGEM

Sérgio Vinícius de Sá Lucena, Carla Cristina Lui Dias, Avanilde Kemczinski, Marcelo
da Silva Hounsell
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Departamento de Ciência da Computação, Campus universitário – Joinville - SC
sergioviniciuss@gmail.com, carlaudesc@gmail.com, avanilde@joinville.udesc.br,
marcelo@joinville.udesc.br

Resumo. Este artigo visa apresentar Os OAs são considerados como qualquer
algumas metodologias de desenvolvimento tipo de recurso, digital ou não, que possui o
de Objetos de Aprendizagem (OA) em uso, intuito de auxiliar o processo de ensino-
tendo em vista que um OA pode ser aprendizagem, podendo ser reutilizado em
considerado um produto de software. A diferentes contextos [2]. Segundo [3], eles
necessidade de aplicar processos da podem ser dotados de características técnicas
engenharia de software no desenvolvimento e pedagógicas. Para atender a estas caracte-
de OAs se faz presente para garantir que o rísticas no processo de criação de um OA, há
objeto atenda às características necessárias a necessidade de uma série de características
que sua definição exige. que o uso de uma metodologia de
desenvolvimento garante, e que serão
Palavras-chave: Objetos de aprendizagem, abordados neste presente artigo. Na sessão 2
Metodologias de desenvolvimento de são abordados os conceitos em torno dos
Objetos de Aprendizagem OAs. Já na sessão 3 são apresentadas
algumas metodologias de desenvolvimento
de OAs utilizadas e, por fim, na sessão 4 são
apresentadas as considerações finais.
1. INTRODUÇÃO

2. OBJETOS DE APRENDIZAGEM
Com a criação da internet e os avanços
tecnológicos da informática, os materiais O conceito de OA visa estabelecer
didáticos utilizados no processo de ensino- “formalismos para o desenvolvimento de
aprendizagem passaram a contar com conteúdos didáticos digitais que sejam
recursos multimídia que propiciam maior acessíveis em qualquer ambiente virtual de
interatividade, permitindo que o aprendizado ensino-aprendizagem e aplicáveis em
se torne cada vez mais eficaz. Entretanto, o diferentes contextos” [4].
desenvolvimento desses materiais exige Baseando-se nas suas características
investimentos em recursos humanos, técnicas e pedagógicas, pode-se classificar
softwares e hardwares [1]. Nesse contexto, os Objetos de Aprendizagem em simples e
uma nova estratégia educacional foi complexos. Um OA simples é um arquivo
desenvolvida, baseada na metodologia único, o qual não sofre granularidade, como
orientada a objetos, adotando a denominação uma imagem ou um pdf. Já um OA
de Objetos de Aprendizagem (OA). complexo é a composição de uma série de
arquivos (OAs simples), que podem estar
dentro de uma pasta, ou mesmo 3. METODOLOGIAS
compactados num zip, sendo possível
trabalhar bem sua granularidade, o que o Um desenvolvimento de software bem
torna mais facilmente reutilizável. estruturado exige uma metodologia de
Os OAs são disponibilizados em ROAs trabalho. Esta metodologia deve ter
(Repositórios de Objetos de Aprendizagem) fundamentos que forneçam a base para a
LMSs (Learning Management Systems) e construção de um produto de software de
LCMSs (Learning Content Management maneira eficaz. Assim sendo, ao aplicar
Systems). Para tanto, existem padrões que técnicas de engenharia de software num
realizam a integração do objeto com estes processo de desenvolvimento de OAs, está
ambientes em que eles são armazenados. sendo possibilitado que tal serviço se torne
Segundo Pessoa e Benitti [5], os padrões que impessoal, o que torna este processo mais
merecem ser destacados são o LOM organizado. Desta forma, ganha-se também
(learning Object Metadata) e o SCORM um determinado controle que visa garantir
(Shareble Content Object Reference Model), uma variabilidade mínima na criação do
onde o primeiro favorece a catalogação do software, dentro de níveis aceitáveis.
OA e o segundo empacota e integra o objeto Nas seções a seguir são demonstrados
no ambiente que ele será disponibilizado. casos de metodologias de desenvolvimento
Os objetos de aprendizagem, neste de OAs.
trabalho, foram considerados como qualquer
tipo de recurso digital, de caráter peda- 3.1 Processo ADDIE
gógico, com a finalidade de dar suporte no O modelo ADDIE utiliza cinco estágios
processo de ensino-aprendizagem, podendo da engenharia de software para o
ser reutilizado em contextos diferentes. desenvolvimento de OAs: análise, design,
Assim, por ser um artefato digital que pode desenvolvimento, implementação e Ava-
conter um conteúdo representado por liação [7].
qualquer tipo de mídia, o mesmo pode ser Na fase de Análise são determinados os
relacionado a um produto de software. pré-requisitos e também analisa-se a reusa-
Para poder prover melhoria no processo bilidade do objeto, o cenário tecnológico, as
de software de uma organização, os mesmos mídias convenientes e os envolvidos no
devem estar bem caracterizados e projeto. Já a etapa de Projeto ocorre em
compreendidos. Para isso, um conjunto de paralelo à fase de Análise, compreendendo
processos padrões deve ser definido e basicamente os planos de construção do
mantido em cada unidade da organização, cenário do objeto, além de definir
juntamente com a construção de guias estratégias, interatividade, feedback e usabi-
descrevendo sua aplicabilidade e orientando lidade. Na etapa de Desenvolvimento se
como customizá-los. Para tanto, o processo encontram eventos relatados para a criação
padrão pode ser documentado explicita- dos OAs. Nesta etapa podem ocorrer
mente por meio de um modelo de processo atividades como produção de elementos de
de software que é uma representação abstrata mídia, desenvolvimento de testes de usabili-
da arquitetura, projeto ou definição do dade, interface, navegação de formulários,
processo de software e que descreve, em etc. Em seguida, ocorre a etapa de Imple-
diferentes níveis de detalhes, uma orga- mentação, a qual requer que um objeto de
nização dos elementos de um processo [5]. aprendizagem esteja em um ROA. Nesse
Assim, nas seções a seguir serão estágio, deve-se incluir os metadados do
apresentadas algumas metodologias elabo- objeto e testá-lo em diversos ambientes além
radas e aplicadas no desenvolvimento de de testar a interface do ROA para com o
Objetos de Aprendizagem. objeto. Por fim, tem-se a etapa de Avaliação
(Evaluation), em que ocorre, como o próprio
nome diz, a avaliação do objeto, questio- O Sophia é um ROA da Univali o qual é
nando o aprendizado que ele pode proporcio- focado em dar suporte aos alunos do curso
nar. de Tecnologia em Análise e Desenvolvi-
mento de Sistemas.
3.2 Processo LabVirt Segundo [5], o processo Sophia de
O Laboratório Didático Virtual produção de objetos de aprendizagem é
(LabVirt) é uma ação da Universidade de composto por três etapas distintas: Projeto,
São Paulo (USP) a fim de construir uma Desenvolvimento e Distribuição.
infra-estrutura pedagógica que dê suporte no Na fase de Projeto é definida
desenvolvimento de projetos das disciplinas detalhadamente a estrutura do OA,
de Física e Química [7]. Para isso, conta envolvendo a definição das mídias e
com a construção colaborativa de OAs por conteúdos, além do planejamento das
alunos e professores de escolas públicas e atividades necessárias para seu desen-
universidades assim como pesquisadores. volvimento, alocando recursos e definindo o
A metodologia aplicada no LabVirt se cronograma. Participam desta etapa o
dá em quatro etapas [8]. A primeira é a etapa coordenador e um professor conteudista, e
de Elaboração do roteiro de simulação, onde nela, com objetivo de detalhar os artefatos
os professores capacitados desenvolvem para a equipe de produção, os seguintes
metodologias de trabalho em grupo e de dados devem estar presentes: Plano
avaliação de processo para criarem o roteiro Pedagógico (Propósitos, objetivos, conceitos
de simulação. Através do site do LabVirt, os presentes, metodologia a ser desenvolvida),
professores ou os alunos inserem a primeira Estrutura do OA (Tipos de atividades e
versão da encomenda, um formulário é mídia, conceitos presentes, visualização das
preenchido com campos referentes ao OA e páginas a serem disponibilizadas aos
é realizado o upload. Ressalta-se nesta etapa alunos), Plano de Desenvolvimento
a experiência de criação que o professor (Alocação dos membros da equipe de acordo
absorveu em cursos de capacitação e com a definição das suas respectivas tarefas
também a motivação dos alunos. e prazos para desenvolvimento.
Em seguida temos a etapa de Revisão e Na fase de Desenvolvimento, o
retorno do roteiro, onde são realizadas principal objetivo é produzir o OA,
revisões e avaliações por um professor conforme definido na etapa de projeto,
conteudista da equipe de produção, para deixando-o preparado para ser disponibili-
então autorizar o processo de design e zado aos alunos. Nesta etapa, o professor
programação. conteudista deve efetuar a revisão de todo o
A terceira fase é a de produção, que se objetivo. Ainda nesta etapa, o envolvimento
subdivide em Design (o designer inicia o de programadores e designers se faz
processo de interpretação, confecciona o OA presente, de maneira a garantir usabilidade e
e o envia para o programador, o qual qualidade técnica ao OA.
reaproveita códigos de outros OAs já Por fim, tem-se a etapa de Distribuição
criados); Validação (educador reavalia o em que ocorre a disponibilização do OA no
OA, para então autorizar sua publicação no repositório, observando o padrão SCORM.
site); Classificação (educador classifica o O processo prevê ainda a avaliação do objeto
OA no site de acordo com sua temática). pela WebTutoria e os alunos, visando obter
Por fim, tem-se a etapa de Apresenta- feedback para melhoria contínua.
ção, que se dá em encontros mensais onde
são discutidas as abordagens realizadas para 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
a confecção do OA.
Cada entidade que desenvolve um ROA
3.3 Processo Sophia adota uma metodologia que mais se aplica às
suas necessidades. Percebe-se que ocorre a [2] LTSC IEEE. “Standard for Information
adaptação de metodologias da engenharia de Technology: Education and Training
software para cada processo de desen- Systems - Learning Objects and
volvimento de OAs. A presença de uma Metadata”, 2007. Disponível em:
etapa de avaliação foi notada nos processos <http://ltsc.ieee.org/wg12/>. Acesso em:
mais utilizados, e é perceptível a importância jan 2009.
deste tópico durante o desenvolvimento dos [3] J. Ferlin, “Repositório de objetos de
OAs, para então garantir que o conteúdo que aprendizagem para a área de
vai ser disponibilizado no ROA seja informática”. Universidade do Estado de
conveniente pedagógica e tecnicamente. Santa Catarina. Trabalho de conclusão
Apesar disso, o uso de metodologias não de curso, 2009.
garante que o produto final, ou seja, o OA, [4] J. M. C. Silva; R. A. Silveira.
após todo o processo de desenvolvimento “Desenvolvimento de um Framework
esteja em um padrão, que irá permitir inserir para Objetos Inteligentes de
o objeto em diferentes locais, tais como Aprendizagem Aderente a um Modelo
repositórios e ambientes e-learning. de Referência para Construção de
Assim, além da metodologia de desen- Conteúdos de Aprendizagem”. In: VI
volvimento, é preciso analisar os padrões de Best MSc Dissertation/PhD Thesis
OAs, pois a metodologia possui como um de Contest, Salvador. Simpósio Brasileiro
seus pontos principais o intuito de garantir de Inteligência Artificial, 2008.
que o material ou conteúdo de aprendizagem [5] M. C. Pessoa; F. B. V. Benitti.
seja considerado um OA, garantindo suas “Proposta de um processo para produção
características, através dos procedimentos de de objetos de aprendizagem”. Hífen, v.
análise, projeto, desenvolvimento, implan- 32, p. 172-180, 2008.
tação e avaliação. Já os padrões consistem [6] S.T. Acuña; A. De Antonio; X. Ferré;
em um conjunto de atributos que podem vir M. López; L Maté. “The Software
a compor o OA, possuindo o intuito de process: modeling, evaluation and
permitir que o objeto possa ser disponi- improvement”. Handbook of Software
bilizado em diferentes locais. Engineering and Knowledge
Engineering, 2000.
5. AGRADECIMENTOS [7] P. N. Mustaro, I. F. Silveira, N. Omar e
S. M. D. Stump. "Structure of
Os autores gostariam de agradecer ao Storyboard for Interactive Learning
CNPq e à UDESC pelo auxílio financeiro, Objects Development". In: Learning
na forma de Bolsa de Iniciação Científica, Objects and instructional design,
que possibilitou a realização deste trabalho. Koohang, A. and Harman, K., Santa
Rosa, Informing Science Press, p.253-
REFERÊNCIAS 279, 2007.
[8] C. A. A. Nunes; D. Neves; R. Degani;
[1] M. C. J. M. Fabre; L. M. R. Tarouco.; F. A. F. Santos; P. Gouveia; R. Okuyama;
R. Tamusiunas, “Reusabilidade de R. Góes; E. Paideti; A. M. Navas; M. E.
objetos educacionais”. Revista Novas Fejes. “O processo de autoria/produção
Tecnologias na Educação. Porto Alegre: de objetos de aprendizagem de química:
Centro Interdisciplinar de Novas Uma experiência de trabalho
Tecnologias na Educação (UFRGS), v. colaborativo universidade-escola.”
1, n. 1, 2003. Disponível em Virtual Educa Bilbao, 2006.
http://www.cinted.ufrgs.br/renote/fev20
03/artigos/marie_reusabilidade.pdf.
Acesso em: fev 2009.

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