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LIÇÃO 4

SUBSÍDIO PARA O ESTUDO DA 4ª LIÇÃO DO 1º TRIMESTRE DE


2018 – DOMINGO, 28 DE JANEIRO DE 2018

JESUS É SUPERIOR A JOSUÉ – O MEIO DE


ENTRAR NO REPOUSO DE DEUS
Texto áureo
“Procuremos, pois, entrar
naquele repouso, para que
ninguém caia no mesmo
exemplo de desobediência.” (Hb
4.11)
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE – HB 4.1-13

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, caro leitor, convido-te a descansar. Mais qual descanso,
talvez, estejas já pensando!Pois bem, te convido a repousar no descanso da fé, isto
quer dizer o descansar não apenas da culpa e do poder do pecado, mas também da
presença do próprio pecado. Deste modo convém observar: o que é fé na carta aos
Hebreus? Eis a resposta: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se
esperam, e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11.1). Logo, percebe-se que
não abordaremos o aspecto físico deste descanso como aspecto primordial, mas o
espiritual; para tanto, ser-nos-á proveitoso, a título de comparação, abordarmos o
aspecto inicial do descanso terreno, o qual envolve a figura de Josué – o sucessor
natural de Moisés – e a caminhada rumo a Canaã terrena, para depois,
paulatinamente, tópico a tópico, apresentar a pessoa bendita de Jesus que nos
convida a adentrar na Canaã celestial e a deleitarmos nEle. Boa leitura, distinto
leitor!!!

1
I – JESUS PROVEU UMA MENSAGEM SUPERIOR A DE JOSUÉ

1. Uma mensagem que deve ser recebida pela fé.

Nos dois primeiros versículos desta missiva, convém atentarmos para a


contundente advertência contra a incredulidade – fonte do endurecimento do
coração daqueles que não puderam entrar na Canaã terrena, isto é, no repouso
prometido, isto porque a mensagem salvívica não encontrou lugar nos corações
daqueles infiéis hebreus.

É impressionante observar que aqueles israelitas tiveram um certo grau de fé


para deixar o Egito, mas não o tiveram para entrar em Canaã. Tal qual a
murmuração em Meribá e em Massá ser-lhe-ia de combustível infernal à rebelião
manifesta em Cades-Barnéia. Não puderam compreender que semelhantes atitudes,
também construiriam uma ponte para a disposição geral de incredulidade, que seria
a condição sine qua non1 de sua deplorável desobediência (Ef 2.2).

Infelizmente, a maioria do povo de Israel rechaçou o que de melhor Deus


tinha lhe reservado para perecer moribundamente no deserto. Destarte, nunca
devemos, de fato, esquecer: “Sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11.6).

2. Uma mensagem que se fundamenta na obediência.

Percebemos que aqueles israelitas não nutriam um verdadeiro respeito a


Deus. Foram-lhe desobedientes. A palavra grega usada no versículo 6 do capítulo 4
para desobediência é apeitheia. Segundo o comentarista da nossa lição ela ocorre
seis vezes nos originais e foi utilizada pelo apóstolo aos gentios para se referir aos
“filhos da desobediência” (Ef. 2.2). É importante frisar que não se trata apenas de
incredulidade: a desobediência se exprime em oposição obstinada à vontade de
Deus. As pessoas que vivem desobedecendo a Deus e a sua palavra são movidas
pelo poder do mal vistas em suas ações cotidianas (2 Ts 1.8), nutrindo uma
constante rebelião e oposição a Deus.

Portanto, implicitamente o autor de Hebreus está dizendo aos seus leitores:


“Se algum de vocês cair por seguir o exemplo dos israelitas no deserto, isso será um
1
Esta expressão latina Sine qua non subtende-se uma Conditio cuja tradução completa é:
“condição sem a qual nada pode ser feito”.
2
exemplo para seus contemporâneos, e todos considerarão sua falha como um aviso
para não cair no mesmo erro”. Assim, nós, os leitores dessa epístola, devemos fazer
tudo o que pudermos para andar no caminho da obediência e exortar aos nossos
irmãos e irmãs no Senhor para fazerem o mesmo.

3. Uma mensagem que conduz à contrição.

O texto de Hebreus 4.7 nos leva ao texto de Salmos 95.8, e faz-me lembrar
das palavras do famoso pregador – príncipes dos pregadores – Charles Hadan
Spurgeon:

“se quereis ouvir, aprendais também a temer. O mar e a terra lhe


obedecem [a Deus – grifo nosso]; não te mostres mais obstinados
que eles!Nós não podemos abrandar nossos corações, mas
podemos endurecê-los, e as consequências serão fatais. Hoje é um
dia oportunamente bom para violarmos nossos corações
endurecendo-os contra suas próprias misericórdias. Contudo,
enquanto reinar a misericórdia, não haverá chances para a
obstinação”.2

Deste modo, tomemos conselhos bíblicos para não nos transformarmos


quais corações sklêrúntôu (duros, endurecidos, obstinados, esclerosados) conforme
Rm 1. 28,29, e venhamos nos afastar do Senhor.

II – JESUS PROVEU UM DESCANSO SUPERIOR AO DE JOSUÉ.

1. Um descanso total.

De acordo com William Barclay, em sua obra: The Letter to The Hebrews, p.
38, o autor aos Hebreus usa aqui a palavra repouso (katapausis) em três diferentes
sentidos. (1) Usa-a como usaria a frase a paz de Deus. O maior e mais apreciado
deste mundo é entrar nessa paz divina. (2) Como já vimos em 3.12, usa-a com o
significado da terra prometida. Para os filhos de Israel que tinham vagado tanto
tempo pelo deserto a terra prometida era de fato o descanso de Deus. (3) Usa-a
com referência ao descanso de Deus depois do sexto dia da criação, quando

2
Tradução nossa, retirada do II volume – El Tesoro de David, p. 77, de C. H. Spurgeon. Ed. CLIE,
Barcelona, España, 2003.
3
terminou toda sua obra. Esta forma de utilizar uma palavra em um, dois ou três
sentidos, de insistir na mesma até extrair sua última gota de significado,
caracterizava os ambientes de pensamento culto e acadêmico da época em que foi
escrita a carta.

2. Um descanso real.

Real aqui no sentido paradoxal ao que era sombra no livro de Josué – a


saber, a terra de Canaã, tornando-a um tipo topônimo, de lugar, sendo a Canaã
Celestial o se antítipo, isto é, o seu cumprimento espiritual.

De fato, o sétimo dia para o descanso foi definido e fixado para a geração do
êxodo quando esta recebeu o maná (Ex 16.22-30). Portanto, esse Outro dia
apontado em Hebreus 4.8 não se pode referir ao descanso após o estabelecimento
em Canaã da nova geração de Israel liderada por Josué, pois esta ainda vivia sob a
dispensação do sétimo dia (o Sábado). Logo, o autor da Epístola se referia ao novo
e espiritual descanso – que ainda pode ser aceito ou rejeitado –, explicado no
versículo 10, daí a exortação: “Não endureçais o vosso coração”. (Hb 4.7c).

3. Um descanso eterno.

É curioso atentarmos que as palavras Jesus e Josué são idênticas no grego,


e que Jesus, conforme consta na Authorized Version, poderia ser traduzida como
Josué. Semelhanças a parte, no que diz respeito aos nomes, aqui vemos que Josué
conduziu os israelitas ao repouso de Canaã, que foi somente um símbolo do
repouso espiritual ao qual Jesus conduz os fiéis, vv. 6-10. Deste modo, como o
Sábado do Decálogo, refrisamos, Canaã só poderia ser um símbolo daquele
descanso espiritual que Deus preparou para os que o servem. Assim, o
estabelecimento de Israel em Canaã é frequentemente considerado uma alegoria do
descanso prometido por Deus para o Seu povo – a Igreja.

III – JESUS PROVEU UMA ORIENTAÇÃO SUPERIOR A DE JOSUÉ.

1. Uma palavra viva.

4
Seguindo a linha de pensamento de um grande erudito em língua grega – o
professor Orton H. Wiley, A palavra grega zôoun, viva, está colocada em primeiro
lugar na sentença por uma questão de ênfase. As Escrituras recebem esta
qualificação porque são a Palavra do Deus vivo, a efusão da vida divina. Jesus
salientou esta grande verdade quando disse: “As palavras que eu vos tenho dito são
espírito e são vida” (Jo 6.63b ARA). Em segundo lugar, No original grego, o particípio
vivo descreve a característica da palavra falada e escrita de Deus: A Palavra é viva!
Por exemplo: Estevão, relatando a história de Israel no deserto, diz que Moisés no
Monte Sinai “recebeu palavras vivas” (At 7.38), e Pedro diz aos destinatários de sua
primeira epístola que eles foram “regenerados... mediante a palavra de Deus” (IPe
1.23).

2. Uma palavra eficaz.

No que tange a palavra traduzida como eficaz, no grego, energes, esta


significa poder em ação, em contraste com poder em potencial. E expressa,
portanto, por palavras como ativo, vigoroso, eficiente. Logo, o escritor aos Hebreus
se referia à Palavra escrita que os judeus possuíam e a considerou como o poder
ativo de Deus, o que se observa pelos pronomes pessoais do versículo seguinte
[suas, daquele]. Que presunção, portanto, falsificar a Palavra de Deus ou sujeitá-la
às opiniões limitadas, senão enganosas, dos homens! É insensatez criticar aquilo
pelo que nós mesmos seremos julgados.

Portanto, depreende-se que a Palavra de Deus, então, é energizante em seu


efeito. Ninguém pode escapar dessa Palavra viva e ativa. Assim como a Palavra
falada de Deus trouxe sua bela criação à existência. também sua Palavra recria o
homem morto nas transgressões e pecados (Ef 2.1-5). Como no deserto alguns
israelitas recusaram-se a ouvir a Palavra de Deus enquanto outros mostraram
obediência, assim hoje nós vemos que “a palavra da cruz é loucura para os que se
parecem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus” (ICo 1.18).

3. Uma palavra penetrante.

5
Aqui, A palavra grega distomon significa literalmente de duas bocas, e é uma
alusão à espada curta, machaira3, muito letal, usada pelos legionários romanos (Ef
6.17). É interessante dizer que no mundo antigo, a espada de dois gumes era a
arma mais afiada disponível em qualquer arsenal, e no versículo 12b, o autor de
Hebreus compara a Palavra de Deus a essa arma.

A palavra grega pasan pode ser traduzida como toda, em vez de qualquer, e é
mais enfática. Logo, essa espada é usada como ilustração do poder penetrante da
Palavra de Deus. Assim como a espada atravessa a carne e corta os ossos,
expondo a medula, a Palavra de Deus pode atravessar a alma e o espírito até os
pensamentos e desígnios mais íntimos do coração. Em uma passagem similar em
Ap 1.16 nós lemos sobre a “afiada espada de dois gumes” que saía da boca de
Jesus como João o viu na ilha de Patmos. Glória a Deus por esta palavra poderosa!

CONCLUSÃO

Como mencionado acima e já bem conhecido e estudado entre nós, o nome


Josué (Hb 4.8) é equivalente ao nome Jesus no Novo Testamento Grego. Josué, o
filho de Num, conduziu os israelitas através do rio Jordão para a Terra Prometida
onde eles gozaram o descanso e a paz das guerras e da longa viagem. Jesus leva
seu povo à presença de Deus e dá o descanso sabático eterno.

Destarte, podemos cantar assim:

Vem com Josué lutar em Jericó


Jericó, Jericó
Vem com Josué lutar em Jericó
E as muralhas cairão.
3
De todas as espadas que um soldado romano manejava, esta era a mais mortal. Na realidade, a
“máchaira” (palavra oriunda do grego koiné), poderia medir até 48 centímetros, mas frequentemente
era menor, semelhante a um punhal, sendo normalmente utilizada em combate corpo a corpo. Era
muito afiada em ambos os lados das laminas, tornando-a, de fato, letal. Depois de apunhalar seu
inimigo e antes de retirar a lâmina, o soldado puxava a espada precisamente e a girava, trazendo as
entranhas do homem para fora à medida que a espada era removida. Chamada pelos romanos de
gladius (gládio – de onde vem a palavra gladiadores), as melhores viam da Espanha e eram muito
usadas para incisão e envestidas.
6
Contudo, ser-nos-á melhor louvar desta maneira:

No doce nome de Jesus,


A minha alma salva está,
E nEle tu te salvarás;
No nome bom de Jesus.

[Professor. Teólogo. Tradutor. Jairo Vinicius da Silva Rocha – Presbítero;


Superintendente e Professor da E.B.D da Assembleia de Deus no Pinheiro.]
Maceió, 26 de janeiro de 2018.

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