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Quinhentismo

Grandes Navegações. Descobrimento do Brasil. Descrição e primeiros relatos sobre a terra


brasileira. Reflexão de caráter religioso e pedagógicos, algumas vezes discutindo sobre a
contrarreforma.
Literatura de Informação (A Carta de Caminha) e Literatura de Catequese (padre José de
Anchieta).

Barroco

Prosopopéia (Bento Teixeira) – marco inicial. Procura imitar Os Lusíadas.


Nasceu em decorrência da crise do Renascimento, ocasionada, principalmente, pelas fortes
divergências religiosas e imposições do catolicismo e pelas dificuldades econômicas
decorrentes do declínio do comércio com o Oriente. Rebuscamento é reflexo dos conflitos
dualistas entre o terreno e o celestial, o homem e Deus, o pecado e o perdão, a religiosidade
medieval e o paganismo. Utiliza figuras de linguagens (estilo) como tentativa de apreender a
realidade por meio dos sentidos: Metáfora, antítese, paradoxo, hipérbole, prosopopeia.
Poesia de Gregório de Matos – lírica, satírica, erótica e religiosa, e Prosa de Padre Antônio
Vieira (sermões) – sermões divididos em 3 partes: intróito ou exórdio; desenvolvimento ou
argumento; peroração. Eram marcados pela crítica ao depostismo, defesa dos índios e
evangelização deles. Privilegia a retórica e o encadeamento lógico de ideias e conceitos.

Arcadismo

Referência à Arcádia, região do sul da Grécia, nomeada em referência ao semideus Arcas


(Zeus e Calisto). Busca a referência à mitologia grega, mas possui características reformistas,
dando novos ares às artes e aos ensino. Forte influência da cultura francesa. Segundo Alfredo
Bosi (2006), houve dois momentos do Arcadismo no Brasil: poético e ideológico. O primeiro
retoma a tradição clássica, utilizando seus modelos e valorizando a natureza e mitologia; o
segundo é influenciado pelo Iluminismo, traduzindo a crítica da burguesa culta aos abusos da
nobreza e do clero.
Principais autores: Cláudio Manoel da Costa (“guardador de rebanhos”; poesia bucólica e
pastoril; exaltação dos bandeirantes – Obras Poéticas (1768) e Villa Rica (1773)); Tomás
Antônio Gonzaga (pastor campestre Dirceu, que vive e aproveita o momento presente;
escrita crítica e satírica ao governador de Minas Gerais – Marília de Dirceu (1792) e Cartas
Chilenas (1863)); Basílio da Gama (poesia épica, é o homem do fim do século XVIII “cujos
valores pré-liberais prenunciam a Revolução e se manteriam com o idealismo romântico”
(BOSI, 2006) – O Uruguai (1769)); Santa Rita Durão (Epopeia; influência de Camões e
clássica – Caramuru (1781)).
Romantismo 
FASES DA OBRA DE EÇA DE QUEIRÓS:
- 1ª FASE - influência romântica; obra: O mistério da estrada de Sintra, escrito em parceria com Ramalho
Realismo/Naturalismo
Ortigão;
- 2ª FASE - caráter realista/naturalista - obras: O Crime do Padre Amaro; O primo Basílio; Os Maias.
Romance de tese - ideia inicial que seria desenvolvida a partir das ações das personagens. As três obras
 REAL (do latim res) = fato; ISMO = crença, doutrina; citadas compõem o que essa chamou de "Cenas Portuguesas";
 É a doutrina pautada na análise dos fatos; -3ª FASE - pós-realista - obras: A ilustre casa de Ramires; A cidade e as serras; A relíquia - autor
 Movimento literário de oposição aos ideais do Romantismo no que se refere à subjetividade; preocupado com valores tradicionais da vida portuguesa, da existência humana e da vida campestre;
 A ênfase da obra de Eça de Queirós é a crítica à alta burguesia e ao clero português - objetivo:
MARCO INICIAL DO REALISMO NA FRANÇA (autor principal): Gustave Flaubert; "pintar a sociedade portuguesa" e sua "podridão".
 Período de profundas transformações: segunda fase da Revolução Industrial (aumento das
fábricas e mão de obra assalariada, o proletariado; utilização do petróleo, eletricidade, aço, construção REALISMO E NATURALISMO NO BRASIL
das estradas de ferro; início da estruturação do capitalismo); Realismo e Naturalismo foram as duas escolas literárias de domínio narrativo no fim do século XIX e
 Doutrinas filosóficas: positivismo (rejeição da metafísica; pensamento científico); Manifesto início do século XX. Sua contrapartida na poesia é chamada de Parnasianismo. Apesar de se parecerem, o
Comunista de Marx; Teoria da Evolução de Darwin; Realismo e o Naturalismo têm diferenças — o Naturalismo é marcado principalmente pelo
determinismo, a idéia de que a natureza define o destino dos personagens. O mais importante autor
 Descrição fiel dos fatos. realista e maior escritor do Brasil foi Machado de Assis, que merece tratamento em separado.
Referências históricas
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO REALISMO: Contexto sócio-político da época:
 Objetivismo: autor mantem-se distante dos fatos narrados;  teorias de nova interpretação da realidade - Positivismo, Socialismo Científico e
 Universalismo: o "eu" cede lugar ao coletivo; Evolucionismo
 Personagens esféricas, em oposição às personagens lineares: mais complexas e dinâmicas;  no Brasil, campanha abolicionista a partir de 1850 que culmina com a Lei Áurea em 1888
 Contemporaneidade: valoriza-se o presente, o hoje - crítica social: desmascarar a  fundação do Partido Republicano nacional após a Guerra do Paraguai
imoralidade da igreja e da burguesia da época;  decadência da monarquia brasileira
 Detalhismo: retrato fiel da realidade.  fim da mão-de-obra escrava e sua substituição por trabalho assalariado
NATURALISMO:
 imigrantes europeus para a lavoura cafeeira
 Vertente do Realismo, com suas características levadas ao extremo;
 economia mais voltada para o mercado externo, sem colonialismo
 Determinismo: homem determinado pelo meio, pela raça e pelo momento; Características
 Cientificismo; As características do realismo estão intimamente ligadas ao momento histórico e às novas formas de
 Romance realista x Romance naturalista: Realismo - romance documental; análise pensamento:
exterior e interior; ênfase psicológica; classes sociais dominantes; interpretação indireta; Naturalismo -  objetivismo = negação do subjetivismo romântico, homem volta-se para fora, o não-eu
romance experimental; análise exterior; ênfase biológica; classes sociais dominadas; interpretação  universalismo substitui o personalismo anterior
direta.
REALISMO EM PORTUGAL:  materialismo que leva à negação do sentimentalismo e da metafísica
 Início: Questão Coimbrã - choque entre dois movimentos: escritores românticos em Lisboa e  autores são antimonárquicos e defendem os ideais republicanos
jovens estudantes da Universidade de Coimbra; crítica à obra de Antero de Quental por Antonio  nacionalismo e volta ao passado histórico são deixados de lado para enfatizar o presente, o
Feliciano de Castilho; contemporâneo
 Conferências Democráticas do Cassino Lisbonenese: reuniões em que os jovens realistas  determinismo influenciando o homem e a obra de arte por 3 fatores: meio, momento e raça
discutiam questões da nova tendência, mostrando-se contrários aos ideais românticos que ainda (hereditariedade)
perduravam em Portugal. O Romance realista propriamente dito, no Brasil, foi mais bem cultivado por Machado de Assis. Narrativa
AUTORES DO REALISMO EM PORTUGAL: preocupada com análises psicológicas dos personagens e fazendo críticas à sociedade a partir do
EÇA DE QUEIRÓS: comportamento desses personagens.
 maior romancista português de todo o século XIX; DIFERENÇAS ENTRE REALISMO E NATURALISMO REALISMO
 "O homem é um resultado, uma conclusão e um procedimento das circunstâncias que o - Forte influência da literatura de Gustave Flaubert (França).
envolvem. Abaixo os heróis" - influência determinista; - Romance documental, apoiado na observação e na análise.
 Postura de recusa ao Romantismo; - A investigação da sociedade e dos caracteres individuais é feita “de dentro para fora”, por meio de
 "O Realismo é uma reação contra o Romantismo: O Romantismo era a apoteose do análise psicológica capaz de abranger sua complexidade, utilizando a ironia, que sugere e aponta, em vez
sentimento: - o Realismo é a anatomia do caráter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos de afirmar.
próprios olhos - para condenar o que houver de mau na nossa sociedade"/ - Volta-se para a psicologia, centrando-se mais no indivíduo.
 Retratou as grandes mazelas da sociedade portuguesa;
- As obras retratam e criticam as classes dominantes, a alta burguesia urbana e, normalmente, os - Refinamento da linguagem narrativa.
personagens pertencem a esta classe social.
- O tratamento imparcial e objetivo dos temas garante ao leitor um espaço de interpretação, de Principais personagens:
elaboração de suas próprias conclusões a respeito das obras. · Brás Cubas, Vigília, Quincas – (Memórias Póstumas de Brás Cubas)
· Bentinho, Capitu, Escobar, José Dias, – (Dom Casmurro)
Naturalismo · Quincas Borba, O cão e o Filósofo, Rubião, Sofia e Palha – (Quincas Borba)
- Forte influência da literatura de Émile Zola (França).
- Romance experimental, apoiado na experimentação e observação científica.
- A investigação da sociedade e dos caracteres individuais ocorre “de fora para dentro”, os personagens ALUÍSIO AZEVEDO (1857-1913)
tendem a se simplificar, pois são vistos como joguetes, pacientes dos fatores biológicos, históricos e
sociais que determinam suas ações, pensamentos e sentimento. Principais características:
- Volta-se para a biologia e a patologia, centrando-se mais no social. - Expressão de destaque no naturalismo brasileiro;
- As obras retratam as camadas inferiores, o proletariado, os marginalizados e, normalmente, os - Sua linguagem literária era chocante, objetiva e direta. Procurava denunciar pela palavra a miséria, a
personagens são oriundos dessas classes sociais mais baixas. corrupção moral. Muitos de seus personagens são doentes físicos, mentais, vítimas de suas próprias
- o tratamento dos temas com base em uma visão determinista conduz e direciona as conclusões do imperfeições.
leitor e empobrece literariamente os textos. - Demonstrava nítida preocupação com as classes marginalizadas pela sociedade.

OUTRAS OBRAS
- O Mulato
- Casa de Pensão
- O Cortiço (obra máxima do Naturalismo brasileiro).
AUTORES O CORTIÇO
- Revelação da miséria urbana
MACHADO DE ASSIS E O ROMANCE REALISTA - Enfoque nas classes marginais
- Determinismo do meio (tese dominante)
· 1ª FASE (Tendências românticas) Obras: Ressurreição, A mão e a luva, Helena, Iaiá Garcia - Domínio do coletivo sobre o individual
- Desagregação dos instintos
Características Gerais: - Principais personagens: João Romão, Bertoleza, Miranda, Jerônimo, Rita Baiana e Pombinha.
- crença nos valores da época;
- estrutura de folhetim RAUL POMPÉIA (1863 – 1895)
- esquematismo psicológico.
Principais características:
· 2ª FASE (Tendências realistas) - Nasceu em Angra dos Reis e suicidou-se no Rio de Janeiro, na noite de Natal.
- Sua obra “O Ateneu” apresenta inspiração na adolescência do autor (estudou num colégio interno, o
- Obras: Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Colégio Abílio)
Memorial de Aires. - Sua técnica se prende ao Impressionismo em que o artista enfatiza a impressão que a realidade
Características Gerais: despertou nele.
.
- Análise psicológica (os seres vistos em sua complexidade psíquica)
- Análise dos valores sociais (os valores que a sociedade cria para justificar sua própria existência)
- Pessimismo (descrença nos indivíduos e na organização social)
- Ironia (o chamado “sense of humor”, inspirado nos ingleses Stern e Swift)
Gregório de Matos uma série de depredações à colônia. Leia um trecho do Lá reclinada, como que dormia,
Se basta a voz irar tanto pecado, sermão: Na branda relva e nas mimosas flores,
À mesma d. Ângela A abrandar-vos sobeja um só gemido: Se acaso for assim — o que vós não permitais — e está Tinha a face na mão, e a mão no tronco
Que a mesma culpa que vos há ofendido, determinado em vosso secreto juízo, que entrem os De um fúnebre cipreste, que espalhava
Anjo no nome, Angélica na cara! Vos tem para o perdão lisonjeado. hereges na Bahia, o que só vos represento Melancólica sombra. Mais de perto
Isso é ser flor, e Anjo juntamente: humildemente, e muito deveras, é que, antes da Descobrem que se enrola no seu corpo
Ser Angélica flor, e Anjo florente, Se uma ovelha perdida e já cobrada execução da sentença, repareis bem, Senhor, no que Verde serpente, e lhe passeia, e cinge
Em quem, senão em vós, se uniformara: Glória tal e prazer tão repentino vos pode suceder depois, e que o consulteis com vosso Pescoço e braços, e lhe lambe o seio.
Vos deu, como afirmais na sacra história. coração enquanto é tempo, porque melhor será Fogem de a ver assim, sobressaltados,
Quem vira uma tal flor, que a não cortara, arrepender agora, que quando o mal passado não E param cheios de temor ao longe;
De verde pé, da rama fluorescente; Eu sou, Senhor a ovelha desgarrada, tenha remédio. Bem estais na intenção e alusão com E nem se atrevem a chamá-la, e temem
E quem um Anjo vira tão luzente, Recobrai-a; e não queirais, pastor divino, que digo isto, e na razão, fundada em vós mesmo, que Que desperte assustada, e irrite o monstro,
Que por seu Deus o não idolatrara? Perder na vossa ovelha a vossa glória. tenho para o dizer. Também antes do dilúvio estáveis E fuja, e apresse no fugir a morte.
vós mui colérico e irado contra os homens, e por mais Porém o destro Caitutu, que treme
Se pois como Anjo sois dos meus altares, Padre Antônio Vieira que Noé orava em todos aqueles cem anos, nunca Do perigo da irmã, sem mais demora
Fôreis o meu Custódio, e a minha guarda, Sermão da Sexágésima (1655): houve remédio para que se aplacasse vossa ira. Dobrou as pontas do arco, e quis três vezes
Livrara eu de diabólicos azares. Romperam-se enfim as cataratas do céu, cresceu o mar Soltar o tiro, e vacilou três vezes
O sermão, dividido em dez partes, é conhecido por até os cumes dos montes, alagou-se o mundo todo: já Entre a ira e o temor. Enfim sacode
Mas vejo, que por bela, e por galharda, tratar da arte de pregar. Nele, Padre Antônio Vieira estaria satisfeita vossa justiça, senão quando ao O arco e faz voar a aguda seta,
Posto que os Anjos nunca dão pesares, condena aqueles que apenas pregam a palavra de Deus terceiro dia começaram a boiar os corpos mortos, e a Que toca o peito de Lindóia, e fere
Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda. de maneira vazia. Para ele, a palavra de Deus era como surgir e aparecer em multidão infinita aquelas figuras A serpente na testa, e a boca e os dentes
uma semente, que deveria ser semeada pelo pregador. pálidas, e então se representou sobre as ondas a mais Deixou cravados no vizinho tronco.
Triste Bahia Por fim, o padre chega à conclusão de que, se a palavra triste e funesta tragédia que nunca viram os anjos, que Açouta o campo co’a ligeira cauda
Triste Bahia! de Deus não dá frutos no plano terrreno a culpa é única homens que a vissem, não os havia. O irado monstro, e em tortuosos giros
ó quão dessemelhante e exclusivamente dos pregadores que não cumprem Se enrosca no cipreste, e verte envolto
Estás e estou do nosso antigo estado! direito a sua função. Leia um trecho do sermão: Sermão de Santo Antônio (1654): Em negro sangue o lívido veneno.
Pobre te vejo a ti, tu a mi abundante. Ecce exiit qui seminat, seminare. Diz Cristo que "saiu o Leva nos braços a infeliz Lindóia
pregador evangélico a semear" a palavra divina. Bem Também conhecido como "O Sermão dos Peixes", pois O desgraçado irmão, que ao despertá-la
A ti tricou-te a máquina mercante, parece este texto dos livros de Deus ão só faz menção nele o padre usa a imagem dos peixes como símbolo Conhece, com que dor! no frio rosto
Que em tua larga barra tem entrado, do semear, mas também faz caso do sair: Exiit, porque para fazer uma crítica aos vícios dos colonos Os sinais do veneno, e vê ferido
A mim foi-me trocando e, tem trocado, no dia da messe hão-nos de medir a semeadura e hão- portugueses que se aproveitavam da condição dos Pelo dente sutil o brando peito.
Tanto negócio e tanto negociante. nos de contar os passos. (...) Entre os semeadores do índios para escravizá-los e sujeitá-los ao seu poder. Os olhos, em que Amor reinava, um dia,
Evangelho há uns que saem a semear, há outros que Leia um trecho do sermão: Cheios de morte; e muda aquela língua
Necessidades Forçosas da Natureza Humana semeiam sem sair. Os que saem a semear são os que Vós, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os Que ao surdo vento e aos ecos tantas vezes
vão pregar à Índia, à China, ao Japão; os que semeiam pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da Contou a larga história de seus males.
Descarto-me da tronga, que me chupa, sem sair, são os que se contentam com pregar na terra, porque quer que façam na terra o que faz o sal. O Nos olhos Caitutu não sofre o pranto,
Corro por um conchego todo o mapa, Pátria. Todos terão sua razão, mas tudo tem sua conta. efeito do sal é impedir a corrupção; mas quando a terra E rompe em profundíssimos suspiros,
O ar da feia me arrebata a capa, Aos que têm a seara em casa, pagar-lhes-ão a se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos Lendo na testa da fronteira gruta
O gadanho da limpa até a garupa. semeadura; aos que vão buscar a seara tão longe, hão- nela que têm ofício de sal, qual será, ou qual pode ser a De sua mão já trêmula gravado
Busco uma freira, que me desemtupa lhes de medir a semeadura e hão-lhes de contar os causa desta corrupção? (...) Enfim, que havemos de O alheio crime e a voluntária morte.
A via, que o desuso às vezes tapa, passos. Ah Dia do Juízo! Ah pregadores! Os de cá, pregar hoje aos peixes? Nunca pior auditório. Ao E por todas as partes repetido
Topo-a, topando-a todo o bolo rapa, achar-vos-eis com mais paço; os de lá, com mais menos têm os peixes duas boas qualidades de ouvintes: O suspirado nome de Cacambo.
Que as cartas lhe dão sempre com chalupa. passos: Exiit seminare. (...) Ora, suposto que a ouvem e não falam. Uma só cousa pudera desconsolar o Inda conserva o pálido semblante
Que hei de fazer, se sou de boa cepa, conversão das almas por meio da pregação depende Pregador, que é serem gente os peixes que se não há-de Um não sei quê de magoado e triste,
E na hora de ver repleta a tripa, destes três concursos: de Deus, do pregador e do converter. Mas esta dor é tão ordinária, que já pelo Que os corações mais duros enternece
Darei por quem mo vase toda Europa? ouvinte, por qual deles devemos entender a falta? Por costume quase se não sente (...) Suposto isto, para que Tanto era bela no seu rosto a morte!
Amigo, quem se alimpa da carepa, parte do ouvinte, ou por parte do pregador, ou por procedamos com clareza, dividirei, peixes, o vosso
Ou sofre uma muchacha, que o dissipa, parte de Deus? (...) sermão em dois pontos: no primeiro louvar-vos-ei as Tomás Antônio Gonzaga
Ou faz da mão sua cachopa. vossas atitudes, no segundo repreender-vos-ei os Lira XV
Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal vossos vícios. (...)
Soneto a Nosso Senhor contra as de Holanda (1640): Eu, Marília, não fui nenhum Vaqueiro,
Basílio da Gama Fui honrado Pastor da tua aldeia;
Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, Neste sermão, o padre incita os seguidores a reagir O Uruguai - Canto IV Vestia finas lãs, e tinha sempre
Da vossa alta clemência me despido; contra as invasões Holandesas, alegando que a (...) A minha choça do preciso cheia.
Porque quanto mais tenho delinquido presença dos protestantes na colônia resultaria em Cansada de viver, tinha escolhido Tiraram-me o casal, e o manso gado,
Vos tem a perdoar mais empenhado. Para morrer a mísera Lindóia. Nem tenho, a que me encoste, um só cajado
.
RESUMO - Pastoralismo, nativismo, bucolismo; - Sousândrade - Adolfo Caminha
- Expressões em latim.
PRINCIPAIS AUTORES Prosa  Parnasianismo: segunda metade do séc. XIX
 A Literatura do Brasil : século XVI - Claudio Manoel da Costa; - Joaquim Manoel Macedo
LITERATURA INFORMATIVA - Tomás Antônio Gonzaga; - Manoel Antônio de Almeida CONTEXTO HISTÓRICO
- Sobre o Brasil, para os europeus; - Basílio da Gama; - José de Alencar - Contemporâneo do Realismo/Naturalismo
- Cartas, realatórios, documentos, mapas; - Santa Rita Durão. Teatro CARACTERÍSTICAS
- Carta de Pero Vaz. - Martins Pena - Perfeição formal;
LITERATURA JESUÍTICA
 O Romantismo: século XIX - Impassibilidade;
- Informativa em geral;
 Realismo: segunda metade do séc. XIX - Fazer poético;
- Padre Anchieta, seu teatro e poesia. CONTEXTO HISTÓRICO - Poesia descritiva sem conteúdo;
TEATRO DE ANCHIETA
- Revolução da Imprensa e ascenção do romance; CONTEXTO HISTÓRICO - Vocabulário nobre;
- Mistura de elementos europeus com a realidade;
- Vinda da Família Real para o Brasil (em 1808); - Manifesto comunista (1848); - Objetividade.
- Indígena.
- Independência do Brasil (em 1822). - Determinismo, Evolucionismo, Psicanálise; PRINCIPAIS AUTORES
CARACTERÍSTICAS - Abolição da escravidão (1888); - Olavo Bilac
 O Barroco: século XVII - Individualismo; - Decadência da monarquia. - Raimundo Correia
CONTEXTO HISTÓRICO - Subjetivismo; CARACTERÍSTICAS - Alberto de Oliveira
- Contrarreforma; - Verso livre e verso branco; - Literatura de combate social;
- Renascimento. - Sentimento de nacionalidade; - Crítica à burguesia, ao adultério e ao clero;  Simbolismo:
CARACTERÍSTICAS - Culto à natureza. - Análise psicológica dos personagens; CONTEXTO HISTÓRICO
- Conflito entre corpo e alma; PRINCIPAIS AUTORES - Objetividade, temas contemporâneos. - Virada do século
- Passagem do tempo; Poesia PRINCIPAIS AUTORES - Fundação da Academia Brasileira de Letras
- Cultismo e conceptismo; - Machado de Assis CARACTERÍSTICAS
- Figuras de linguagem. 1a Geração Romântica: Nacionalista ou Indianista - Desmistificação da poesia;
PRINCIPAIS AUTORES - Gonçalves de Magalhães  Naturalismo: segunda metade do séc. XIX - Sinestesia;
- Bento Teixeira; - Gonçalves Dias CARACTERÍSTICAS - Musicalidade;
- Gregório de Matos Guerra; - Araújo Porto-Alegre - Desdobramento do Realismo; - Preferência pela cor branca;
- Padre Antonio Vieira. - Retratam pessoas marginalizadas pela sociedade; - Sensualismo;
2a Geração Romântica: Mal do Século - O Naturalismo é fruto da experiência; - Pessimismo;
 O Arcadismo: século XVIII - Álvares de Azevedo - Análise biológica e patológica das personagens; - Dor e revolta.
CONTEXTO HISTÓRICO - Casimiro de Abreu - Determinismo acentuado; PRINCIPAIS AUTORES
- Iluminismo; - Junqueira Freire - Zoomorfismo. - Cruz e Souza
- Lutas pela independência do Brasil. - Fagundes Varela PRINCIPAIS AUTORES - Alphonsus de Guimaraens
CARACTERÍSTICAS - Aluísio Azevedo
- Modelo greco-romano e renascentista; 3a Geração Romântica: Condoreira - Raul Pompéia  Pré-modernismo: século XIX e XX
- Mitologia pagã; - Castro Alves
CONTEXTO HISTÓRICO  Poesia 30/45 – ruma para o universal. "–Ai, filha, que te darei pelos teus anos? — Não. A única coisa a fazer é tocar um tango
- Guerra do Contestado; Carlos Drummond de Andrade faz poesia de –Um colar... –Conto e quinhentos!!! [argentino.
- A Revolta dos 18 do Forte de Copacabana; tensão ideológica. Mas nós morremos de fome!" (Manuel Bandeira)
- A revolta da Vacina.  Fases de Drummond:
CARACTERÍSTICAS  – Eu maior que o mundo – poema, humor, piada.
- Convivem juntas duas tendências: – Eu menor que o mundo – poesia de ação. Come! Come-te a ti mesmo, oh gelatina pasma! Quadrilha
1. Conservadora: sobrevivência da mentalidade – Eu igual ao mundo – poesia metafísica Oh! purée de batatas morais!
positivista, agnóstica e liberal.  Poetas espiritualistas: Oh! cabelos nas ventas! oh! carecas! João amava Teresa que amava Raimundo
Destacou-se: Euclides da Cunha – Obra: Os Sertões – Cecília Meireles – herdeira do Simbolismo. Ódio aos temperamentos regulares! que amava Maria que amava Joaquim
(miséria e subdesenvolvimento nordestino). – Jorge de Lima – Invenção de Orpheu. Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia! que amava Lili que não amava ninguém.
2. Renovadora: incorporação de aspectos da realidade – Vinícius de Moraes – Soneto da Fidelidade. Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados! João foi para os Estados Unidos, Teresa para o
brasileira.
Destacaram-se: – Lima Barreto, Triste Fim de Policarpo TERCEIRA FASE
Ódio aos sem desfalecimentos nem convento, Raimundo morreu de desastre,
Quaresma (a vida urbana e as transformações de início CONTEXTO HISTÓRICO [arrependimentos, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili
de século). - A Redemocratização do Brasil; sempiternamente as mesmices convencionais! [casou
– Monteiro Lobato – livro de contos Urupês (a miséria - A ditadura militar no Brasil. De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia! com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na
do caboclo, a decadência da cultura cafeeira). Obs.: Foi AUTORES Dois a dois! Primeira posição! Marcha! [história
Monteiro Lobato quem criticou a exposição da pintora – Guimarães Rosa – Neologismo – Obra: Grande Sertão Todos para a Central do meu rancor inebriante (Carlos Drummond de Andrade)
Anita Malfatti, chamando-a de “Paranóia ou Veredas. Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Mistificação”. – Clarice Lispector – Introspectiva – Obra: Laços de
– Graça Aranha, Canaã (imigração além do Espírito Família, onde a autora procura retratar o cotidiano
Morte ao burguês de giolhos,
Santo). monótono e sufocante da família burguesa brasileira. cheirando religião e que não crê em Deus!
Poeta representante: Augusto dos Anjos – Obra: Eu e – João Cabral de Melo Neto – poeta de poucas palavras. Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
outras poesias. Obra de maior relevância literária: Morte e Vida Ódio fundamento, sem perdão!
Severina. Tem intertextualidade com o teatro
 Modernismo: século XX Vicentino. Fora! Fu! Fora o bom burguês!...
(Mário de Andrade)
PRIMEIRA FASE
CONTEXTO HISTÓRICO ODE AO BURGUÊS
- Fundação do Partido Comunista Brasileiro; No meio do caminho
Pauliceia Desvairada
- A Revolução de 1930.
CARACTERÍSTICAS No meio do caminho tinha uma pedra
Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
- Poesia nacionalista; Tinha uma pedra no meio do caminho
- Espírito irreverente, polêmico e destruidor. o burguês-burguês!
Tinha uma pedra
Movimento contra. A digestão bem-feita de São Paulo!
No meio do caminho tinha uma pedra.
- Anarquismo, luta contra o tradicionalismo; O homem-curva! o homem-nádegas!
Nunca me esquecerei desse acontecimento
- Paródia, humor; O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
- Liberdade de estética; Na vida de minhas retinas tão fatigadas.
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!
- Verso livre sem uso da métrica; Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Eu insulto as aristocracias cautelosas!
- Linguagem coloquial. Tinha uma pedra
Os barões lampiões! os condes Joões! os duques
AUTORES Tinha uma pedra no meio do caminho
- Mário de Andrade – Obra: Pauliceia desvairada zurros!
No meio do caminho tinha uma pedra.
(Prefácio Interessantíssimo) que vivem dentro de muros sem pulos;
(Carlos Drummond de Andrade)
– Oswald de Andrade – Obra: Manifesto antropofágico e gemem sangues de alguns mil-réis fracos
/ Pau-Brasil para dizerem que as filhas da senhora falam o
– Manuel Bandeira – Obra: Libertinagem Pneumotórax
francês
e tocam os "Printemps" com as unhas!
SEGUNDA FASE Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
Eu insulto o burguês-funesto!
CONTEXTO HISTÓRICO A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
- A Era Vargas; O indigesto feijão com toucinho, dono das
Tosse, tosse, tosse.
- Lampião e o cangaço no sertão. [tradições!
CARACTERÍSTICAS Fora os que algarismam os amanhãs!
Mandou chamar o médico:
- Destaca-se a prosa regionalista nordestina (prosa Olha a vida dos nossos setembros!
neorrealista e neo-naturalista). — Diga trinta e três.
Fará Sol? Choverá? Arlequinal!
AUTORES — Trinta e três… trinta e três… trinta e três…
Mas à chuva dos rosais
– Graciliano Ramos – representante maior, criador do — Respire.
o êxtase fará sempre Sol!
romance psicológico nordestino – Obras: Vidas Secas;
São Bernardo. — O senhor tem uma escavação no pulmão
– Jorge Amado – Obras: Mar Morto; Capitães da Areia. Morte à gordura!
[esquerdo
– José Lins do Rego – Obras: Menino de Engenho; Fogo Morte às adiposidades cerebrais!
e o pulmão direito infiltrado.
Morto. Morte ao burguês-mensal!
– Rachel de Queiroz – Obra: O Quinze. — Então, doutor, não é possível tentar o
ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi!
– José Américo de Almeida – Obra: A Bagaceira [pneumotórax?
Padaria Suíça! Morte viva ao Adriano!

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