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INSTITUTO FEDERAL DE SÃO PAULO

Campus São José dos Campos

Grupo
Contribuição do Grupo 1 para o PPP 1
Assunto Capítulo 3 - ÉTICA, CIDADANIA E INCLUSÃO SOCIAL
PARTICIPANTES
 VALDECI  AGUINALDO  EDSON
 JOSEANE  RICARDO BECKER

Capítulo 3 - ÉTICA, CIDADANIA E INCLUSÃO SOCIAL

3.1- ÉTICA, CIDADANIA E INCLUSÃO SOCIAL

A palavra ética vem do grego “ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”. Pode-se descrever que a Ética
é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras
morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica.

No que diz respeito aos autores fundamentais no estudo da ética, dentre outros se destaca Kant que refletiu
sobre a forma como organizar as liberdades humanas e os limites morais.

A filosofia moral de Kant afirma que a base para toda razão moral é a capacidade do homem de agir
racionalmente. O fundamento para esta lei de Kant é a crença de que uma pessoa deve comportar-se de forma igual a
que ela esperaria que outra pessoa se comportasse na mesma situação, tornando assim seu próprio comportamento
uma lei universal. Trata-se de um conjunto de hábitos do ser humano e do seu caráter, manifestando-se de acordo com
o tempo e de acordo com algumas sociedades específicas de maneira diferente. Entendemos, então, que a ética são
os costumes agregados a uma sociedade, não uma lei imutável.

Em outras palavras, ética é o ramo da filosofia que se propõe a estudar e indicar o melhor modo de viver no
cotidiano e na sociedade. Diferencia-se da moral, pois enquanto esta se fundamenta na obediência a normas, tabus,
costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar o
bom modo de viver pelo pensamento humano.

Pode-se afirmar que o objetivo da ética é auxiliar na construção das bases que vão guiar a conduta do homem,
determinando o seu caráter, altruísmo e virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em
sociedade.

Enquanto que a Cidadania (do latim “civitas” que significa cidade), sempre esteve fortemente associado à
noção de direitos. No entanto, dentro de uma democracia, a própria definição de direito pressupõe a contrapartida de
deveres uma vez que em uma coletividade os direitos de um indivíduo são garantidos a partir do cumprimento dos
deveres dos demais componentes da sociedade.

A cidadania também pode ser definida como o exercício dos direitos civis, políticos e sociais estabelecidos na
constituição. Para que possamos ter uma sociedade equilibrada os direitos e deveres dos cidadãos estão interligados e
é fundamental o cumprimento e o respeito por ambos.

A proposta pedagógica do IFSP é desenvolver no aluno a cidadania que se aplica em uma escola inserida em
contexto social que procura atender não só ao aluno, mas a toda a sociedade. O papel do professor é fundamental
para a cidadania do estudante podendo ser um referencial na elaboração social da política do conhecimento.

Ética e cidadania, portanto, são conceitos cruciais dentro da sociedade, estando relacionados com
as atitudes dos seus integrantes e a maneira como interagem entre si.

Por se tratarem de conceitos dinâmicos estão sempre em evolução, visto que são os parâmetros sociais que
as constroem e que possibilita a visão geral de uma sociedade. A ética está restrita ao lado particular do caráter e da
conduta dos indivíduos, relacionando sua cidadania a princípios morais e investigando o escopo desses princípios
morais em seu sentido fundamental.

O que se pretende no nosso campus de São José dos Campos é procurar abordar a Ética como se supõe sua
reflexão sobre a conduta e suas consequências, chamando-nos à responsabilidade sobre nossas ações e, na medida
do possível, da sociedade na qual estamos inseridos.

A inclusão social deve respeitar a diversidade quanto às condições físicas, intelectuais, culturais e
socioeconômicas dos indivíduos. Desse modo, o IFSP se posiciona na sociedade com objetivo de promover a inclusão
social das pessoas, contribuindo para a formação do indivíduo que busca sua inserção no mundo do trabalho.

O processo de inclusão social, com o objetivo de promover a igualdade das condições de permanência dos
estudantes na instituição, é suportado pela assistência estudantil e por bolsas ao discente no IFSP. Todos os
estudantes do IFSP podem participar dos projetos, independentemente da renda per capita e origem escolar.

Programa de assistência estudantil

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, por meio da Resolução 351 de 10 de
junho de 2011, regulamenta o Programa de Assistência Estudantil ( PAE ) que será orientado pelos princípios gerais do
Programa Nacional de Assistência Estudantil ( PNAES ) do Ministério da Educação, devendo atender a todos os níveis
e modalidades de cursos presentes na Educação Profissional Científica e Tecnológica, compreendendo:
i. prioridade do atendimento às necessidades socioeconômicas e pedagógicas, visando à formação
integral do estudante; respeito à dignidade do sujeito, à sua autonomia, ao direito a benefícios e
serviços de qualidade e à permanência e convivência escolar e comunitária;
ii. igualdade de direitos no acesso ao atendimento, ampla divulgação dos recursos, benefícios, serviços,
programas e projetos de assistência estudantil;
iii. incentivo à participação da comunidade discente nos assuntos relativos à assistência estudantil.

O PAE no IFSP, em consonância com o PNAES, tem os seguintes objetivos: democratizar as condições de
permanência dos estudantes regularmente matriculados no IFSP, minimizar os efeitos das desigualdades sociais e
regionais na permanência e conclusão, em todos os níveis de escolaridade, pelos estudantes, reduzir as taxas de
evasão e contribuir para a promoção da inclusão social pela educação.

As ações do PAE possuem dois eixos norteadores, sendo definidos como ações de caráter geral, que visam
atender, preferencialmente, a toda a comunidade discente, e ações de caráter específico, que visam ao atendimento ao
aluno em situação de vulnerabilidade social.

As áreas de atuação do PAE serão identificadas e desenvolvidas pelo campus, sempre em consonância com o
estabelecido pelo Decreto n.o 7.234, de 19 de julho de 2010, e compreendem itens conforme quadro descrito na Tabela
1.

Tabela 1- Áreas de Atuação do PAE x Porcentagem Destinada

Os auxílios financeiros serão destinados aos alunos regularmente matriculados neste Instituto, e distribuídos
conforme regulamento aprovado pelo Conselho Superior por meio dos editais de cada campi.
Programa de bolsas aos discentes

Aprovada pela Resolução do Conselho Superior nº 568 de 05 de abril de 2012, em conformidade com a Lei
9394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional a todos os discentes regularmente matriculados.

O programa tem o objetivo de apoiar a participação dos discentes em atividades acadêmicas de ensino e
projetos de estudos que colaboram para a formação integrada e para o aprimoramento acadêmico e profissional do
estudante na sua área de formação.

As atividades educacionais deverão ser compatíveis com seu grau de conhecimento e aprendizagem integrada com os
docentes, por meio de ações pedagógicas relacionadas com as disciplinas dos cursos correlatos.

O IFSP também deve atender alunos com necessidades educacionais especiais de forma a garantir a sua
inclusão na sociedade.

O movimento mundial pela inclusão é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em
defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação.
A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que
conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à idéia de eqüidade formal ao
contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola (MEC/SEESP, 2007).

Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas

Aprovada pela Resolução do Conselho Superior nº 137 de 04 de novembro de 2014, em conformidade com a
Lei n° 9.394, de 20/12/1996, com o Decreto n° 6.949, de 25/08/2009, com o Decreto n° 7.611. de 17/11/201, com a
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, de 2008, com o Plano de
Desenvolvimento Institucional ( PDI ) e demais documentos pertinentes, rege todos os procedimentos necessários para
a estruturação do NAPNE de cada campus do IFSP.

Criar a cultura da educação para a convivência, o respeito à diversidade, a promoção da acessibilidade


arquitetônica, bem como a eliminação das barreiras educacionais e atitudinais, incluindo socialmente a todos por meio
da educação;

Prestar apoio educacional aos estudantes com deficiência, com transtorno do espectro autista e com altas
habilidades/superdotação do campus,
Difundir e programar as diretrizes de inclusão dos estudantes com deficiência, com transtorno do espectro
autista e com altas habilidades/superdotação no campus;
Integrar os diversos segmentos que compõem a comunidade escolar para desenvolver sentimento de
corresponsabilidade na construção da ação educativa de inclusão no IFSP;

Promover a prática democrática e as ações inclusivas para estudantes com deficiência, com transtorno do
espectro autista e com altas habilidades/superdotação como diretrizes do campus.

3.1.1- EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O crescimento acelerado da população do planeta levou a um rápido processo de urbanização, que mesmo
nos dias atuais continua a expandir-se, resultando também no intenso crescimento da industrialização, acarretando
mudanças nos padrões de consumo excessivo de produtos dos diversos segmentos da população moderna. Nesse
processo de evolução, o homem apropria-se indiscriminadamente dos recursos naturais, pouco se preocupando com a
renovação das fontes naturais ou com as consequências que a sua ocupação pode trazer ao espaço geográfico que o
cerca (SILVA, 2009).

A Educação Ambiental constitui um processo ao mesmo tempo informativo e formativo dos indivíduos, tendo
por objetivo a melhoria de sua qualidade de vida e a de todos os membros da comunidade a que pertencem. A
Legislação Federal que institui a Política Nacional de Educação Ambiental define como educação ambiental os
processos por meio dos quais os indivíduos e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à
saudável qualidade de vida e sua sustentabilidade. Segundo Jacobi (2003), a reflexão sobre as práticas sociais em um
contexto marcado pela degradação permanente do meio ambiente e do seu ecossistema envolve uma necessária
articulação com a produção do sentido da educação ambiental.

A inclusão da questão ambiental na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB/96) foi uma
importante ação no nível educacional que passou a considerar a compreensão do ambiente natural como fundamental
para a educação básica, gerando discussões e abrindo portas ao tema, contribuindo para a aprovação da Lei nº 9.795
de 27/4/1999 regulamentada por meio do decreto nº 4.281, de 25/6/2002, estabelecendo a Política Nacional de
Educação Ambiental (PNEA), que trouxe grande esperança, especialmente para os educadores, ambientalistas e
professores, pois há muito já se fazia educação ambiental, independente de haver ou não um marco legal. A Educação
Ambiental, de acordo com Guimarães (1995), Pádua et alii (1997) e Leff (1998) deve ser interdisciplinar, participativa,
comunitária, criativa e valorizadora da ação, auxiliando na formação da própria cidadania.
A educação ambiental no Brasil, segundo diretrizes do MEC, é desenvolvida por meio de três modalidades
básicas: projetos, disciplinas especiais e inserção da temática ambiental nas disciplinas. Os PCN trazem orientações
para professores destacando que o trabalho pedagógico com a questão ambiental centra-se no desenvolvimento de
atitudes e posturas éticas e, no domínio de procedimentos mais do que na aprendizagem de conceitos. Vigotsky (apud
Jacobi, 2003) destaca que a educação ambiental como tantas outras áreas de conhecimento pode assumir “uma parte
ativa de um processo intelectual constantemente a serviço da comunicação, do entendimento e da solução dos
problemas”.

A recomendação n0 1 da Primeira Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental - a Conferência


de Tbilisi - organizada pela UNESCO em 1977, diz que:

“A educação ambiental é o resultado de uma orientação e articulação de


diversas disciplinas e experiências educativas que facilitam a percepção
integrada do meio ambiente, tornando possível uma ação mais racional e
capaz de responder às necessidades sociais (...). Para a realização de tais
funções, a educação ambiental deveria (...) enfocar a análise de tais
problemas através de uma 8 8 perspectiva interdisciplinar e globalizadora,
que permita uma compreensão adequada dos problemas ambientais ”.

Por ser de caráter interdisciplinar e participativo, a Educação Ambiental pode contribuir para renovar o
processo educativo, trazendo a permanente avaliação crítica, a adequação dos conteúdos à realidade local e o
envolvimento dos educandos em ações concretas de transformação desta realidade. Portanto, ao adotar o exercício
interdisciplinar na escola envolvendo os educadores de diferentes formações consegue-se envolver os temas
transversais às disciplinas. Sendo assim, professores e alunos compartilham o aprendizado e constroem juntos os
conhecimentos, principalmente quando se trata da Educação Ambiental que é um componente essencial para a
educação nacional e está presente em todos os níveis e modalidades do processo educativo formal e não-formal.

3.1.2. RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS

O governo vem buscando alternativas para preparar as novas gerações para o convívio entre as diferentes
culturas, porém somente em 2009 foi estabelecido o Plano Nacional das Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, que define a
obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileiras e africanas nas Instituições de ensino do Brasil.

Esta obrigatoriedade trata-se da formação de um novo modelo educacional, que não inclui apenas a população
negra, ao contrário, diz respeito a todos os brasileiros, uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes
numa sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma nação democrática.
Este novo direcionamento para a educação atingirá a médio e longo prazo toda a sociedade, à medida que as
universidades terão que se preparar para atender a legislação e formar professores capacitados para o ensino das
relações étnico-raciais e cultura afro-brasileira e africana; Os alunos após absorver as informações serão
disseminadores aos familiares e conviventes; As famílias estarão mais preparadas e aptas para o ensino sobre a
diversidade, ou seja, conforme ocorrer a instrução a sociedade se tornará mais justa e igualitária. (COUTO, 2015).

A Lei 10639/2003, que estabelece o ensino da História da África e da Cultura afro-brasileira nos sistemas de
ensino, foi um marco nacional quanto ao reconhecimento da importância da questão do combate ao preconceito, ao
racismo e à discriminação na agenda brasileira de redução das desigualdades. A Lei 10639/2003 e, posteriormente, a
Lei 11645/2008, que dá a mesma orientação quanto à temática indígena, não são apenas instrumentos de orientação
para o combate à discriminação. São também Leis afirmativas, no sentido de que reconhecem a escola como lugar da
formação de cidadãos e afirma a relevância de a escola promover a necessária valorização das matrizes culturais que
fizeram do Brasil o país rico, múltiplo e plural que somos. A Lei 10639/2003, o Parecer CNE/CP 003/2004 e a resolução
CNE/CP 01/2004 são instrumentos legais que orientam ampla e claramente as instituições educacionais quanto a suas
atribuições. Estas ações resultam de mobilização e esforços de muitas instituições, como a UNESCO, o CONSED, a
UNDIME, dos Ministérios e também da contribuição de intelectuais, movimentos sociais e organizações da sociedade
civil. No entanto, sua adoção ainda não se universalizou nos sistemas de ensino (HADDAD. 2004).

3.1.2.1. A educação das relações etnicorraciais no Ensino Médio.

É nesta fase em que o indivíduo consolida as informações e conhecimentos necessários para o exercício da
cidadania. É também essa a fase que antecede, o ingresso para a Educação Superior e em que muitos jovens se
preparam para o mercado de trabalho. Em 2009, 60,3% dos jovens brancos de 15 a 17 anos frequentavam a escola,
enquanto que o percentual de negros é de 43,5%. (PNAD 2009). A educação das relações etnicorraciais pode
contribuir para a ampliação do acesso e permanência de jovens negros e negras no Ensino Médio e possibilitar o
diálogo com os saberes e valores da diversidade (HADDAD. 2004).

3.1.2.2. A educação das relações etnicorraciais no Ensino Superior.

De acordo com o Parecer CNE/CP 03/2004, as instituições de educação superior devem elaborar uma
pedagogia antirracista e antidiscriminatória e construir estratégias educacionais orientadas pelo princípio de igualdade
básica da pessoa humana como sujeito de direitos, bem como se posicionar formalmente contra toda e qualquer forma
de discriminação. Segundo o PNAD de 2009, a desigualdade no acesso ao ensino superior entre brancos e negros:
21,3% dos jovens brancos frequentam a escola, enquanto a taxa para a população negra é de 8,3%.

As IES são as instituições fundamentais e responsáveis pela elaboração, execução e avaliação dos cursos e
programas que oferecem, assim como de seus projetos institucionais, projetos pedagógicos dos cursos e planos de
ensino articulados à temática étnico-racial. É importante que se opere a distribuição e divulgação sistematizada deste
Plano entre as IES para que as mesmas, respeitando o princípio da autonomia universitária, incluam em seus
currículos os conteúdos e disciplinas que versam sobre a Educação das Relações Etnicorraciais (HADDAD. 2004).

3.1.2.3. A educação das relações etnicorraciais na Educação Tecnológica e Formação


Profissional.

Segundo a LDB, alterada pela lei 11.741/2008, “A educação profissional e tecnológica, no cumprimento dos
objetivos da educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e às dimensões do
trabalho, da ciência e da tecnologia” (art 39).

Em 2008, a SETEC publicou o livro “Implementação das Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações
Étnico-Raciais e o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana da Educação Profissional e Tecnológica”,
resultado de oficinas desenvolvidas com a SECAD, com uma série de artigos sobre a relação entre a Educação
Profissional e Tecnológica e a Lei 10.639/2003. Os artigos explanam sobre a implementação da lei 10.639/2003 no
âmbito da Educação Profissional, Científica e Tecnológica, na tentativa de facilitar os trabalhos dos gestores e
professores que atuam nessa modalidade de ensino.

A seguir, as principais ações para Educação Tecnológica e Formação Profissional norteadas pelo Plano
nacional de implementação das diretrizes curriculares nacionais para educação das relações étnico-raciais e para o
ensino de historia e cultura afro-brasileira e africana (HADDAD. 2004).

a) Incrementar os mecanismos de financiamento de forma a possibilitar a expansão do atendimento,


possibilitando maior acesso dos jovens, em especial dos afrodescendentes, a esta modalidade de ensino.

b) Garantir que nas Escolas Federais, agrícolas, centros, institutos, colégios de aplicação da universidades e
Instituições Estaduais de Educação Profissional, existam Núcleos destinados ao acompanhamento, estudo e
desenvolvimento da Educação das Relações Étnico-raciais e Políticas de Ação Afirmativa;

c) Manter diálogo permanente entre os Fóruns de Educação e Diversidade e as instituições das Redes de
Educação Profissional e Tecnológica;

d) Inserir nos manuais editados pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica as diretrizes e demais
documentos norteadores de currículos e posturas, os conceitos, abordagens e metas descritos nos documentos deste
Plano, no que se refere as ações para Ensino Médio e Ensino Superior.
e) Os Institutos Federais, Fundações Estaduais de Educação Profissional e instituições afins, deverão
incentivar o estabelecimento de programas de pós-graduação e de formação continuada em Educação das Relações
Etnicorraciais para seus servidores e educadores da região de sua abrangência;

f) A SETEC, em parceria com a SECAD e os Institutos Federais, contribuirá com a sua rede e os demais
sistemas de ensino pesquisando e publicando materiais de referência para professores e materiais didáticos para seus
alunos na temática da Educação das Relações Etnicorraciais.

3.1.3. Direitos Humanos

Com a Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, de 1948, foi desencadeado um processo de
mudança no comportamento social e a produção de instrumentos e mecanismos internacionais de direitos humanos
que foram incorporados ao ordenamento jurídico dos países que assinaram. No Brasil, a Constituição Federal de 1988
formalmente consagrou o Estado Democrático de Direito e reconheceu, entre seus fundamentos, a dignidade da
pessoa humana e os direitos ampliados da cidadania (civis, políticos, econômicos, sociais, culturais).

No Brasil e na maioria dos países latino-americanos, a temática dos direitos humanos adquiriu elevada
significação histórica, como resposta à extensão das formas de violência social e política vivenciada nas décadas de
1960 e 1970. No entanto, persiste no contexto de redemocratização a grave herança das violações rotineiras nas
questões sociais, impondo-se, como predominante, romper com a cultura oligárquica que preserva os padrões de
reprodução da desigualdade e da violência institucionalizada. O debate sobre os direitos humanos e a formação para a
cidadania vem alcançando mais espaço e relevância no Brasil, a partir dos anos 1980 e 1990, por meio de proposições
da sociedade civil organizada e de ações governamentais no campo das políticas públicas, visando o fortalecimento da
democracia. (Brasil, PNEDH 2007)

O Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH), lançado em 2003, está apoiado em
documentos internacionais e nacionais, demarcando a inserção do Estado brasileiro na história da afirmação dos
direitos humanos e na Década da Educação em Direitos Humanos, prevista no Programa Mundial de Educação em
Direitos Humanos (PMEDH) e seu Plano de Ação10. São objetivos balizadores do PMEDH conforme estabelecido no
artigo 2°: a) fortalecer o respeito aos direitos humanos e liberdades fundamentais; b) promover o pleno
desenvolvimento da personalidade e dignidade humana; c) fomentar o entendimento, a tolerância, a igualdade de
gênero e a amizade entre as nações, os povos indígenas e grupos raciais, nacionais, étnicos, religiosos e lingüísticos;
d) estimular a participação efetiva das pessoas em uma sociedade livre e democrática governada pelo Estado de
Direito; e) construir, promover e manter a paz (Brasil, PNEDH 2007).

Segundo Benevides (2000), há três pontos essenciais para trabalhar com educação em direitos humanos, o
primeiro é uma educação de natureza permanente, continuada e global. Segundo é uma educação necessariamente
voltada para a mudança, e terceiro, é uma revelação de valores, para atingir corações e mentes e não apenas
instrução meramente transmissora de conhecimentos. Em resumo, as premissas para a educação em diretos
humanos: a educação continuada, a educação para a mudança e a educação compreensiva, no sentido de ser
compartilhada e de atingir tanto a razão quanto a emoção.

Na conclusão de seu artigo, Stigar (2013) sintetiza a educação em Direitos Humanos como uma busca para
promover processos de ensino e aprendizagem participativos e ativos, que se fundamentem numa educação em
Direitos Humanos. Para assim gerar uma consciência que permita aos atores sociais assumir atitudes de luta e de
transformação, diminuindo a distância entre o discurso e a prática dos Direitos Humanos no cotidiano. A presença da
temática dos Direitos Humanos na escola demanda repensar a instituição educacional em seu conjunto, promover
trocas e gerar um processo de autocrítica e auto-análise. Um caminho a ser construído, em grande parte, através da
decisão política de professores dispostos a assumir a Educação em Direitos Humanos com compromisso e
determinação, elaborando os saberes próprios de sua ação docente como profissionais e seres humanos.
Apontamentos dia 20-05-2015

Obs: O Marcos pontuou que a obrigatoriedade da inserção da lei das etnias e raças
começou com a lei em 2003. Em 2008 são abordadas as questões indígenas.

Na lei 10169 de 2003 fala da obrigatoriedade do ensino para os afrodescendentes.

Desde 2012 temos uma política de cotas que está inserido em nossa instituição.

As relações étnicas raciais devem ser incluídas como temas transversais nos PPCs dos
cursos do IFSP.

Foi comentado pelo Prof. Ricardo que o IFSP necessita melhorar suas formas de divulgação
dos trabalhos que são realizados.

O Prof. Samuel pontuou sobre a necessidade de ter boas estratégias no ensino.

O Prof. Ricardo falou que sente a necessidade do setor sócio pedagógico deve trabalhar
mais diretamente com o docente.

A Andrea do setor sociopedagógico falou que e importante a construção do setor sócio


pedagógico com os professores.

O Prof. Ricardo falou sobre a necessidade de ensinar o aluno a pesquisar.

O Marcos falou que é necessário investir em ações horizontais em que os setores


professores alunos, servidores possam interagir mais entre si. De forma que todos possam
ter mesmo peso nas opiniões.

O Prof. Ricardo falou que atualmente é muito aplicado as ações horizontais nas empresas.

O Marcos disse que as decisões deverão ser tomadas por todos que são atingidos pelas
decisões tomadas.

O prof. Ricardo falou sobre a hierarquia no comportamento discente.

O Marcos falou sobre a contrução de um comportamento mais benéfico para o grupo.


Questionou sobre o que o aluno esta levando da escola se ele esta sendo tranformado
realmente.

O prof Ricardo falou que é necessário transformar o aluno em uma pessoa melhor e se
transformar a cada dia.

O Marcos falou que é necessário que pensemos na nossa própria modificação.


Apontamentos dia 27-05-2015

Fala do Edson sobre INCLUSÃO SOCIAL:

Quanto ao posicionamento do Edson, o Marcos da CAE afirmou que falta colocar quais as
ações que o IFSP vai tomar, precisando apontar quais os pressupostos que o campus vai
adotar de forma objetiva.

Fala da Joseane sobre EDUCAÇÃO AMBIENTAL(EDUCAÇÃO PARA A


SUSTENTABILIDADE)

O Marcos (CAE) afirmou que deve ocorrer planejamento semestral envolvendo toda a
escola com ações conjuntas com relação a esse assunto de todos os demais assuntos.

O Marcos ressaltou essa abordagem ao Prof. Valdeci e o Prof. Valdeci respondeu que a
conscientização da educação ambiental deve ocorrer nas semanas de adaptação dos
alunos aliados a palestras do corpo de bombeiros. Essas ações devem ser colocadas no
calendário e haver a integração.

A Profa. Tainá afirmou que as ações a serem tomadas não devem se resumir nos docentes
e não devem ser únicas e sim integradas com todos os demais setores da instituição.

O Marcos insistiu no ponto de ocorrer discussões em espaços abertos para planejamento e


pensamento no que o campus deve agir.

A Joseane afirmou que os espaços existem e que muitos colegas não participam.

O Marcos afirmou que os horários das reuniões não atendem a comunidade (alunos,
administrativos e alunos). O Marcos afirmou que os alunos não participaram das reuniões.
O combinado foi que o espaço da reunião foi reservado para a discussão e que a definição
do horário não foi discutida e sim designada.

O Prof. Valdeci afirmou que os horários podem ser alterados.

A Profa. Tainá afirmou que o campus tem que pensar também em capacitação.

A Joseane afirmou que, de acordo com a reitoria, devem ser criadas comissões para
implementar as diretrizes e propor ações baseados nos objetivos do instituto.

Especificar as principais práticas pedagógicas para implementação das diretrizes.

O Prof. Aguinaldo afirmou que o objetivo deve ser entendido nom sentido amplo e aplicado
no contexto geral da instituição, desde a abordagem docente em salas de aulas e outras
práticas pedagógicas (de todos os outros setores) que contribuam na concepção e
formação cultural dos que constituem o campus.
Além dos membros do grupo 3, ficaram apenas quatro pessoas na reunião (Vânia, Marcos,
Eduardo Cervelin e Tainá).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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