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Giddens e as Consequências da Modernidade1

Entendimento sobre conceitos importantes propostos por Giddens

1. O que caracteriza a modernidade para Giddens?

Para Giddens a modernidade “refere-se a estilo, costume de vida ou organização


social que emergiram na Europa no século XVII.
Na opinião de Giddens, houve uma desordem social sem precedentes. Segundo o
evolucionismo, a história se desenvolve a partir de contextos ordenados; começa com
culturas pequenas e vai se desenvolvendo gradualmente até chegar à emergência de
sociedades modernas. Na modernidade o ritmo de mudança é nítido, a rapidez da mudança é
extrema, tanto na área tecnológica como em outras áreas.
A facilidade de comunicação entre indivíduos/sociedades de todo o globo terrestre,
permite que estas mudanças ocorram ao mesmo tempo em várias partes do mundo.
Algumas formas sociais modernas não existiam em períodos anteriores.
Para Giddens, a modernidade é um “fenômeno de dois gumes”. Por um lado, o
desenvolvimento tecnológico permite que as pessoas vivam em melhores condições do que
viviam na sociedade pré-moderna, por outro lado, esta industrialização é responsável por
grandes danos ao meio-ambiente. Quanto à indústria das armas que a principio seria para dar
segurança ao povo acabou se transformando na “industrialização da guerra”.
As principais características da modernidade são: A separação entre tempo e espaço;
o desenvolvimento de mecanismos de desencaixe; e a apropriação reflexiva do
conhecimento, ou seja, o individuo passa a pensar antes de agir, ou melhor, pensar para
produzir conhecimento

2. O que é a relação de tempo-espaço – o processo de desencaixe?

É o deslocamento das relações sociais de contextos locais de interação para


extensões indefinidas de tempo-espaço, ou seja, antes os indivíduos viviam em sociedades
fechadas onde quase não havia interação de umas com as outras. Após a invenção do
relógio, o tempo e espaço passaram a ser padronizados e isto possibilitou o dinamismo da
modernidade, pois acabou com as restrições dos hábitos e das práticas locais das sociedades
permitindo uma maior facilidade de conexão entre várias sociedades em diferentes partes do
globo.
A invenção do relógio e sua difusão foram importantíssimas na separação entre o
tempo e o espaço. Antes, o tempo estava conectado com o espaço. Cada povo calculava o
tempo através de parâmetros próprios. Com a invenção do relógio, isto mudou. Houve a
organização social do tempo e padronização em escala mundial dos calendários.
Para Giddens há dois tipos de mecanismos de desencaixe: Fichas Simbólicas e
Sistemas de Peritos, e tanto um quanto o outro dependem da confiança.

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Questões elaboradas e respondidas por Marcia C O Dias, em 02 Mai 2011.
3. O que são sistemas de peritos?

São sistemas de excelência técnica ou competência profissional que organizam


grandes áreas dos ambientes material e social em que vivemos. São os conhecimentos
profissionais de especialistas – advogados, médicos, engenheiros etc. – no qual colocamos
nossa confiança. Por exemplo, quando estou atravessando a Ponte Rio-Niterói e não me
preocupo se ela vai cair, é porque eu confio em um sistema perito, ou seja, em toda a
estrutura que foi montada para a construção da ponte; engenheiros qualificados, material de
qualidade, etc. Eu acredito que tudo foi feito de maneira que funcione perfeitamente.
Os sistemas de peritos são mecanismos de desencaixe porque eles removem as
relações sociais das imediações do contexto, ou seja, eu coloco minha confiança em algo
que eu não tenho a menor idéia de como e por quem foi feito, criado, construído.

4. O que são fichas simbólicas?

São meios de intercambio que podem ser “circulados” sem ter em vista as
características especificas dos indivíduos ou grupos que lidam com eles em qualquer
conjuntura particular. O principal exemplo dado por Giddens é o dinheiro. Para Marx, o
dinheiro é “pura mercadoria”. Para Talcott Parsons o dinheiro é um dos diversos tipos de
“meio de comunicação circulante” nas sociedades modernas, além do poder da linguagem e
outros. Para John Maynard Keynes, o dinheiro é um meio de distanciamento tempo-espaço,
ele possibilita a realização de transações entre agentes amplamente separados no tempo e no
espaço. Para Cencini a ideia de pensar que o dinheiro “circula” e pode ser pensado em
termos de um “fluxo” é equívoca. Para Simmel o poder do dinheiro está associado à
distância entre o individuo e sua posse, este poder possibilita ao proprietário e sua posse
existirem tão afastados. Para Giddens o dinheiro é um exemplo de mecanismo de desencaixe
associado à modernidade. Com o uso do dinheiro podemos efetuar transações financeiras
mesmo estando bem longe do que desejamos comprar ou investir. Por isso, o dinheiro –
ficha simbólica – exige também que haja confiança.
Como exemplo de fichas simbólicas têm também o cartão de crédito, documentos
pessoais, voto, etc.

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