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Fichamento das conclusões de Juarez Cirino em A Criminologia Radical, 2ª edição, Lumen Juris,

2006.

Lélio Braga Calhau. Promotor de Justiça, MG.

Lélio Braga Calhau.

Promotor de Justiça, MG.

SANTOS, Juarez Cirino dos. A Criminologia Radical, 2ª ed, Rio de Janeiro, Lumen Juris/ICPC,
2006.

A Criminologia Radical se distingue de outras criminologias pela natureza do objeto de estudo,


pelo método dialético de estudo desse objeto, pelas teorias gerais sobre sua existência e
desenvolvimento, pela base social de seus compromissos ideológicos, por seus objetos
políticos estratégicos e táticos e por seu programa alternativo de política criminal. (p. 125)

A Criminologia Radical tem por objeto geral as relações sociais de produção (estrutura de
classes) e de reprodução político-jurídica (superestruturas de controle) da formação social, que
produzem e reproduzem seu objeto específico de conhecimento científico: o crime e o
controle social. (p. 125)

A abordagem teórica do autor (sujeito livre na criminologia clássica, ou sujeito determinado no


positivismo biológico), do ambiente do autor (limitações e condicionamentos familiares,
econômicos, culturais etc. do positivismo sociológico) e das percepções e atitudes do autor
(interações, reações e rotulações sociais, das fenomenologias do crime) é transposta pela
criminologia radical para as relações de classes na estrutura econômica e nas superestruturas
jurídicas e políticas de pode da formação social: o método dialético adotado estuda o crime e o
controle social no contexto da base material e das superestruturas ideológicas do capitalismo,
indicando as desigualdades econômicas como determinantes primários do comportamento
criminoso, a posição de classe como variável decisiva do processo de criminalização e a
necessidade de sobrevivência animal em condições de privação material como a origem da
vinculação do trabalhador no trabalho assalariado e do desempregado no crime. (p. 126-127)

A base social da Criminologia Radical é constituída pelas classes trabalhadoras e outras


categorias sociais oprimidas, o que explica (a) o compromisso de luta contra o imperialismo, a
exploração capitalista, o racismo e todas as formas de discriminação e de opressão social, (b) o
objetivo estratégico de construção do socialismo e (c) a tarefa científica de elaboração de uma
teoria materialista do Direito e do crime, na sociedade capitalista. (p. 127)

A Criminologia Radical distingue objetivos ideológicos aparentes do sistema punitivo


(repressão da criminalidade, controle e redução do crime e ressocialização do criminoso) e
objetivos reais ocultos do sistema punitivo (reprodução das relações de produção e da massa
criminalizada), demonstrando que o fracasso histórico do sistema penal limita-se aos objetivos
ideológicos aparentes, porque os objetivos reais ocultos do sistema punitivo representam
êxito histórico absoluto desse aparelho de reprodução do poder econômico e político da
sociedade capitalista. (p. 128)

A Criminologia Radical estuda a forma legal de disciplina social a partir de sua base histórica
objetiva: a forma igual do Direito se fundamenta na troca de equivalentes da sociedade de
produção de mercadorias e a forma livre do sujeito tem origem no seu consumo produtivo da
força de trabalho, que funde a forma sujeito, definido como livre e igual na esfera de
circulação, com a forma mercadoria, expressão de coação e desigualdade na esfera de
produção. (p. 129)

A concepção de sociedade como formação econômico-social erigida sobre uma base estrutural
constituída pelas relações de classes nos processos produtivos e regida por sistemas
ideológicos superestruturais jurídicos e políticos do Estado é o fundamento da definição da
fábrica como instituição principal da sociedade capitalista, e da definição da prisão e do
conjunto dos sistemas de controle social como instituições acessórias da fábrica. (p. 130)

A política criminal alternativa da Criminologia radical, como meio de reduzir as desigualdades


de classes no processo de criminalização e de limitar as conseqüências de marginalização
social do processo de execução penal, distingue a criminalidade das classes dominantes,
entendida como articulação funcional da estrutura econômica com as superestruturas jurídico-
políticas da sociedade, definida como resposta individual inadequada de sujeitos em posição
social desvantajosa, de outro lado, propondo o seguinte (p. 131):

a) no processo de criminalização, (1) a penalização da criminalidade econômica e política das


classes dominantes, com ampliação do sistema punitivo e (2) a despenalização da
criminalidade típica das calasses e categorias sociais subalternas, com contração do sistema
punitivo e substituição de sanções estigmatizantes por não-estigmatizantes (p. 131-132);

b) no processo de execução penal, mediatizada pela mais ampla extensão das medidas
alternativas da pena e pela abertura do cárcere para a sociedade, a abolição da prisão: se o
crime é resposta pessoal de sujeitos em condições sociais adversas, a correção do criminoso –
e a prevenção do crime – depende do desenvolvimento da consciência de classe e da
reintegração do condenado nas lutas econômicas e políticas de classe. (p. 132)
Lélio Braga Calhau

Criminólogo. Autor da obra "Resumo de Criminologia, 5ª edição, Impetus, Rio de Janeiro,


2009", "Vítima e Direito Penal", 2ª edição, Mandamentos,BH, 2003", "Bullying: o que você
precisa saber, RJ, Impetus, 2009" entre outras obras. Professor de criminologia do Curso de
Pós-graduação lato sensu da Academia de Polícia Civil do Estado de Minas Gerais/IEC.
Professor de Direito Penal da UNIVALE - Universidade do Vale do Rio Doce (2002-2009).
Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de Minas Gerais. Pós-graduado em Direito
Penal e Direito Processual Penal pela FADIVALE (1997). Pós-Graduado em Direito Penal pela
Universidade de Salamanca (Espanha - 2004). Mestre em Direito do Estado e Cidadania pela
Universidade Gama Filho (RJ -1999/2004). Editor do site www.novacriminologia.com.br.
Segundo diretor-secretário do do ICP - Instituto de Ciências Penais do Estado de Minas Gerais.
Professor de diversos cursos de pós-graduação no país e palestrante de temas criminais.
Iniciou seus estudos da Criminologia em 1996. Membro da American Society of Criminology e
da Sociedade Brasileira de Vitimologia

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