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2006.
SANTOS, Juarez Cirino dos. A Criminologia Radical, 2ª ed, Rio de Janeiro, Lumen Juris/ICPC,
2006.
A Criminologia Radical tem por objeto geral as relações sociais de produção (estrutura de
classes) e de reprodução político-jurídica (superestruturas de controle) da formação social, que
produzem e reproduzem seu objeto específico de conhecimento científico: o crime e o
controle social. (p. 125)
A Criminologia Radical estuda a forma legal de disciplina social a partir de sua base histórica
objetiva: a forma igual do Direito se fundamenta na troca de equivalentes da sociedade de
produção de mercadorias e a forma livre do sujeito tem origem no seu consumo produtivo da
força de trabalho, que funde a forma sujeito, definido como livre e igual na esfera de
circulação, com a forma mercadoria, expressão de coação e desigualdade na esfera de
produção. (p. 129)
A concepção de sociedade como formação econômico-social erigida sobre uma base estrutural
constituída pelas relações de classes nos processos produtivos e regida por sistemas
ideológicos superestruturais jurídicos e políticos do Estado é o fundamento da definição da
fábrica como instituição principal da sociedade capitalista, e da definição da prisão e do
conjunto dos sistemas de controle social como instituições acessórias da fábrica. (p. 130)
b) no processo de execução penal, mediatizada pela mais ampla extensão das medidas
alternativas da pena e pela abertura do cárcere para a sociedade, a abolição da prisão: se o
crime é resposta pessoal de sujeitos em condições sociais adversas, a correção do criminoso –
e a prevenção do crime – depende do desenvolvimento da consciência de classe e da
reintegração do condenado nas lutas econômicas e políticas de classe. (p. 132)
Lélio Braga Calhau