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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Caminhos para alcançar uma aprendizagem significativa

Débora Silva do Nascimento


Tutora Externa Professora Gilza Maria Sant’Anna de Oliveira
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura em Pedagogia (PED. 0965) – Estágio II (Anos Iniciais do Ensino fundamental)
26/11/2016

RESUMO

Este artigo tem como objetivos o de refletir e analisar sobre os processos de alfabetização bem
como os vários métodos de ensino. Através do estágio supervisionado II foi realizado uma
intervenção em uma Instituição de Ensino da rede Particular onde buscou-se pesquisar estratégias
de ensino para a compreensão da leitura, dos cálculos matemáticos e do reconhecimento da
identidade do aluno como cidadão. A utilização de gêneros literários como recursos didáticos para
desenvolver e motivar os alunos ao hábito saudável de ouvir, ler e aprender por meio delas os
conteúdos necessários para essa faixa etária, desenvolvendo o processo cognitivo de forma
prazerosa, significativa e satisfatória para todos os envolvidos.

Palavras-chave: Alfabetização. letramento. Professor. Aluno.

1 INTRODUÇÃO

Este artigo tem o intuito de provocar reflexões referentes aos processos de alfabetização e
letramento de crianças dentro da faixa etária estipulada pelo Ministério da Educação. Bem como
demonstrar a experiência vivenciada no Estágio Supervisionado II, que ocorreu na Instituição
Particular de Ensino, Escola Nova Era, muito valorizada e reconhecida pelo trabalho que executa
em favor da educação. As regências ocorreram de forma dinâmica, participativa e bem receptiva,
através do desenvolvimento de planos de aula, utilizando para isso, a pedido da professora regente,
o tema das Olimpíadas e Paraolimpíadas o qual foi desenvolvido na turma do 1º ano do ensino
fundamental (6 anos), com duração de cinco dias. Todas as aulas, de cada disciplina, foram
elaboradas com o máximo de cuidado, mantendo o tema solicitado pela professora regente, onde se
trabalhou a oralidade, letramento, música, cálculos, cidadania, valores, preservação ambiental, artes,
saúde e brincadeiras relatadas detalhadamente no decorrer do trabalho.

Metodologias de Ensino foi a área de concentração selecionada, tendo como tema os


processos de alfabetização. Através dessa área/tema será abordado as metodologias mais utilizadas
para o processo de ensino e aprendizagem na alfabetização, qual é o papel do professor e suas ações
frente a esta modalidade de ensino. Sua postura frente aos desafios como o que será apresentado
neste artigo. Como o educador deve apresentar cada assunto a ser trabalhado? Como chamar
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atenção dos alunos para a aprendizagem proposta? Que recursos o professor deverá utilizar-se para
cativar esse público tão tecnológico?

Sabe-se que o processo de alfabetização para ter o êxito esperado, deve-se vir acompanhado
pelo letramento, contextualizar, valorizar o que o aluno carrega de conhecimento e o seu ambiente
familiar, social. Fazendo-se esse link entre o que se deve passar ao aluno e o seu dia-a-dia, a tarefa
de alfabetizar se torna mais prazerosa, significativa, pois existe a troca de saberes, entre o professor
e o aluno.

O professor é a parte mais importante nesse processo, pois é através dele que o aluno será
levado a buscar o conhecimento, a construir seu próprio conhecimento. Mas para que esse professor
seja um mediador capaz de executar tal função com sabedoria, criatividade e com respeito aos seus
alunos, se faz necessário sua capacitação através da formação continuada. Desta forma esse
professor estará contribuindo para a formação cidadã deste aluno, favorecendo, assim, a
aprendizagem almejada.

O artigo foi estruturado em tópicos e divididos da seguinte forma: Tópico 2 - será abordado
de forma clara a área de concentração, as justificativas e os objetivos; Tópico 3 - relato da vivência
do estágio, as atividades desenvolvidas, as observações e o Tópico 4 - as impressões do estágio, as
considerações finais.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A área de concentração escolhida para a elaboração do Projeto de Estágio foi a Metodologias


de Ensino, pois é relevante e essencial que se saiba quais as metodologias utilizadas e que fizeram a
diferença na educação, para que se possa adequá-las a realidade de cada escola e de cada clientela.
O uso inadequado e generalizado das metodologias em uma turma poderá e irá prejudicar o
desenvolvimento do aluno no seu processo de aprendizagem.

A alfabetização no passado se preocupava apenas com a leitura mecânica, a decodificação,


sem se dar conta que a compreensão também era relevante para o aprendizado. Durante muitos anos
foi assim, mas com o decorrer dos tempos, surgiram pessoas que não aceitavam esse método de
ensino, de apenas memorização sem compreensão, e houveram muitas transformações na sociedade
que exigiam mudanças, e assim novas metodologias foram surgindo.

A prática do ensino da língua escrita que nada vê além do método, da prontidão, dos testes
classificatórios e das cartilhas consideradas como eixos condutores de todo o trabalho
pedagógico, constitui-se um equívoco reducionista que ignora a abrangência sociocultural
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da língua escrita e a riqueza do processo de apropriação deste conhecimento. (FERREIRO,


2001, p.64)

Mas uma nova preocupação surgira, o professor impunha aos seus alunos esses métodos, sem
respeitar, reconhecer e valorizar o que o aluno já trazia consigo de conhecimento vivenciada dentro
da sua família e do seu meio social. Percebeu-se, então, a necessidade da capacitação do professor
através da formação continuada.

Lógico que o professor não pode apenas ensinar com base no que a criança traz consigo de
conhecimentos, mas deve perceber que o cotidiano da criança é mais um recurso que o auxilia nessa
tarefa de alfabetizar, e que ele deve trazer para este aluno novos saberes, assim se terá uma troca de
conhecimentos que enriquecerá a aula, tornando-a prazerosa e significativa, com o sucesso tão
aguardado.

É notório que alguns professores tenham resistência ao novo, pois estão enraizados com
métodos ultrapassados aos quais foram ensinados, e se colocam em uma zona de conforto, pois
acreditam que repassar o que aprenderam da forma que aprenderam não tem erros. O que é um
mero engano. Pois se fosse desta forma, não se teria um índice tão grande de analfabetos, e de
analfabetos funcionais.

Alfabetizar baseado apenas na memorização está mais que comprovado que não se tem êxitos,
pois o aluno lê sem entendimento, só mesmo por que gravou na memória.

Existem vários métodos muito discutidos pelos educadores, mas há duas vertentes de maior
importância, são eles: O método sintético e o método analítico. Mas o que é método? Segundo
Soares (2008, p. 93):

Método: conceito genérico sob o qual podem ser abrigadas tantas alternativas quantos
quadros conceituais existirem ou vierem a existir. [...] um “método” é a soma de ações
baseadas em um conjunto coerente de princípios ou de hipóteses psicológicas, linguísticas,
pedagógicas, que respondem a objetivos determinados.

O Método Sintético tem o foco na decifração e está subdividido em: alfabético (o mais
antigo), fônico e silábico.

O método sintético é divido em três tipos:


[...] Alfabético ou Soletrativo Deu origem ao termo alfabetizar, um dos mais antigos
sistemas de alfabetização, o método alfabético conhecido como soletração, tem como
principio que a leitura parte da decoração oral das letras do alfabeto, depois, todas as suas
combinações silábicas e em seguida as palavras. A partir daí a criança começa a ler
sentenças curtas e vai evoluindo até conhecer histórias. Por este processo, a criança vai
soletrando as sílabas até decodificar a palavra. Por exemplo, a palavra casa soletra-se
assim: c + a= ca > s + a= sa { casa }. As principais críticas a este método estão relacionadas
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à repetição dos exercícios, o que o tornaria tedioso para as crianças, além de não respeitar
os conhecimentos adquiridos pelos alunos antes deles ingressarem na escola. [...]
[...] Método Fônico O método fônico consiste no aprendizado através da associação entre
fonemas e grafemas, ou seja, sons e letras. Esse método de ensino permite primeiro
descobrir o princípio alfabético e, progressivamente, dominar o conhecimento ortográfico
próprio de sua língua, através de textos produzidos especificamente para este fim. O
método é baseado no ensino do código alfabético de forma dinâmica, ou seja, as relações
entre sons e letras devem ser feitas através do planejamento de atividades lúdicas para levar
as crianças a aprender a codificar a fala em escrita e a decodificar a escrita no fluxo da fala
e do pensamento. O método fônico nasceu como uma crítica ao método da soletração ou
alfabético. Primeiro são ensinadas as formas e os sons das vogais, depois são ensinadas as
consoantes, sendo, aos poucos, estabelecidas relações mais complexas. Cada letra é
aprendida como um fonema que, juntamente com outro, forma sílabas e palavras. São
ensinadas primeiras as sílabas mais simples e depois as mais complexas. [...]
[...] Método Silábico: A sílaba é a unidade fonética para o ponto de partida do ensino da
leitura, o aluno aprende inicialmente as sílabas, a combinação entre elas e chega â palavra.
Por este método, a aprendizagem é feita primeiro através de uma leitura mecânica do texto,
com a decifração das palavras, vindo posteriormente a sua leitura com compreensão. Neste
método, as cartilhas são utilizadas para orientar os alunos e são usados fonemas e seus
grafemas correspondentes, evitando confusões auditivas e visuais. [...]

O método analítico tem o foco na compreensão e divide-se em: Palavração, Sentenciação e


Construtivista.

O método analítico apresenta-se como:


[...] Palavração
Neste método a palavra é apresentada ao aluno, muitas vezes acompanhada da imagem,
porém a atenção é dirigida aos detalhes da palavra como sílabas, letras e sons. Sendo depois
reunidos, auxiliando o aluno a enfrentar palavras novas com autonomia de leitura. Para o
método ser de palavração a palavra deve ser composta e decomposta para que o aluno
perceba suas nuances, assim o aluno aprende associando imagem e palavra. [...]
[...] Sentenciação
A partir de uma frase o aluno visualiza e memoriza as palavras que formam esta sentença,
depois analisa as sílabas que formam cada palavra para formar novas palavras. No método
de sentenciação, a unidade é a sentença que depois de reconhecida e compreendida, será
decomposta em palavras e finalmente em sílabas. Utiliza-se a estratégia de comparar
palavras e isolar elementos conhecidos nelas, para ler e escrever novas palavras.
[...] Método Construtivista [...]
O método mais indicado, elogiado e usado na alfabetização, trabalha o conhecimento que a
criança traz para a escola, fazendo a união da língua falada, da escrita em um único método,
podendo ser aplicado a qualquer aluno. Do ponto de vista linguístico o construtivismo deixa
claro que para ler tem que ler e para escrever tem que escrever, ou seja, para aprender é
preciso praticar. [...] (PEREIRA, VITÓRIA et al, 2013)

Ao que se pode perceber na citação acima, é que inúmeros métodos são utilizados para que se
tenha respostas satisfatórias em relação ao processo de alfabetização das crianças na idade certa.
Mas deve-se ter atenção na receptividade do método por cada aluno, pois é fundamental observar o
desenvolvimento de cada um, e o professor tem autonomia, caso percebe ser necessário, mesclar
alguns desses métodos em prol da aprendizagem do educando e verificar se a sua prática está de
acordo com a faixa etária da turma.
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Tão importante quanto o processo de leitura é o processo de escrita, que deve ter a mesma
atenção. A escrita, a leitura e a linguagem caminham juntas. É um processo no qual um
complementa o outro, chegando ao objetivo esperado.

Por tudo que foi visto até aqui, pode-se analisar que os problemas da leitura e escrita não
estão restritos ao tipo de método adotado por esta ou aquela escola, ou por este ou aquele professor.
Quando na verdade é algo que vai bem mais além, do que a escolha do método mais adequado.
Também inclui a capacitação e a formação continuada de professores e profissionais da área de
educação, o apoio da família e o cumprimento e análise mais minuciosa das políticas públicas em
relação ao processo de alfabetização.

Quando as crianças iniciam as suas primeiras escritas, no seu processo de aprendizagem, suas
produções devem ser consideradas com um valor grandioso, pois para que pudesse realiza-las,
houve um esforço por parte dela em registrar no papel a representação de algo. Elas aprendem com
o convívio social. A LDB 9394/96 diz:

Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na


convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e
organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.

O que é Letramento? É saber utilizar-se da escrita e da leitura no mundo de forma social.


Soares explica de forma clara, sua concepção a respeito da alfabetização em seus aspectos
construtivistas referente à criança/adulto e seu desenvolvimento como cidadão.

Alfabetizar é propiciar condições para que o indivíduo-criança ou adulto tenham acesso ao


mundo da escrita, tornando-se capaz não só de ler e escrever, enquanto habilidade de
decodificação e codificação do sistema de escrita, mas, sobretudo, de fazer uso real e
adequado da escrita em todas as funções em que ela tem em nossa sociedade, também como
instrumento de luta pela conquista da cidadania (SOARES, 1990, p.17).

Soares (2004, p. 43) fala sobre o letramento como um guia de orientação para que se possa
viver no mundo, para não se ficar perdido nele.

“Letramento é usar a escrita para se orientar no mundo (o atlas), nas ruas (os sinais de
transito) para receber instruções (para encontrar um tesouro... para consertar um aparelho... para
tomar um remédio), enfim, é usar a escrita para não ficar perdido. ”
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É muito abrangente o assunto sobre alfabetização e letramento, as autoras Soares e Ferrero


divergem em relação ao tema referente a letramento, pois para Soares os educadores já deveriam
alfabetizar letrando, mas para Ferrero, deve-se primeiro alfabetizar, depois trabalhar o letramento.

Emilia Ferreiro (2001) em sua concepção de alfabetização se opõe a Magda Soares quando
enfatiza que o processo de alfabetização é restrito, refere-se apenas ao aprender/ensinar a
ler e escrever, a codificar e decodificar os signos linguísticos. Na sua visão como
alfabetizadora o processo de alfabetização e letramento são conceitos que embora distintos
constituem-se em elementos complementares.

Magda Soares (2004, p. 47) explica a diferença entre um e outro de uma forma simples.

“ ü Alfabetização: ação de ensinar/aprender a ler e a escrever;


ü Letramento: o estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e
exerce as práticas sociais que usam a escrita.”

Quando se menciona sobre as dificuldades que as crianças enfrentam no processo de


alfabetização, quer dizer que esta dificuldade está relacionada a conceitos da construção do sistema,
é como se elas criassem um novo sistema para sua melhor compreensão do processo de construção
e suas regras de produção.

Conforme a teoria exposta no livro Psicogênica da Língua Escrita (FERREIRO;


TEBEROSKY. 1999), a criança, em processo de alfabetização, passa por quatro fases, a observar:

 pré-silábica: não consegue relacionar as letras com os sons da língua falada;


 silábica: interpreta de sua maneira, atribuindo valor a cada sílaba;
 silábico-alfabética: mistura a lógica da fase anterior com a identificação de cada silaba;
 alfabética: domina o valor das letras e sílabas.

Lógico que conhecer os vários métodos existentes é fundamental para um trabalho bem
fundamentado, mas de nada adianta se o personagem principal dessa jornada não tiver uma postura
adequada, procurar se capacitar e adquirir novos conhecimentos, entendendo que a sociedade se
transforma e que ele deve acompanhar essas mudanças - esse é o professor.

No decorrer dessas fases, o professor deve se posicionar de forma consciente de que é


mediador desse processo, e que sua relação com o aluno deve ser de plena confiança, parceria e
cumplicidade. Deve também ter uma postura inquietante, de buscar sempre aperfeiçoar-se através
da formação continuada com a finalidade de refletir sobre sua prática, melhorando constantemente,
superando as dificuldades. Assim, contribuindo para a formação do educando em um sujeito
consciente dos seus direitos e principalmente dos seus deveres como cidadão.
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3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO

O Estágio Supervisionado II foi desenvolvido com total colaboração e apoio da Instituição de


Ensino Particular na área dos anos iniciais do ensino fundamental. A professora regente foi muito
atenciosa e mostrou-se à disposição a todo momento para esclarecer dúvidas para prática do estágio,
que teve seu início com o período de observação, que ocorreram nos dias 19,20 e 21 de julho de
2016. O público alvo foram crianças da turma do 1º ano do ensino fundamental (6 anos), os quais
foram muito receptivos e demonstraram ansiedade e curiosidade ao que estava para ocorrer, pois
saíram da sua rotina. Participaram ativamente e com muita atenção a tudo que estava sendo
proposto durante os cinco dias do desenvolvimento das aulas, que ocorreram nos dias 4,5,8,9 e 10
de agosto de 2016 no turno matutino, com duração de 4 horas cada dia de aula.

Tendo os objetivos do estágio como referência, foram elaborados cinco planos de aula, onde
todas as atividades propostas deveriam ter como tema as Olimpíadas e Paraolimpíadas, uma
solicitação da coordenação da escola, pois já estava no seu cronograma. O trabalho desenvolvido
buscou desenvolver meios para que as crianças ampliassem o seu vocabulário, estimulassem o seu
raciocínio lógico, processo de leitura e escrita, focando na sua compreensão, respeitando sempre as
normas estabelecidas no PPP da Instituição Escolar e o que a professora regente solicitou. Cita-se a
trajetória do estágio passo a passo.

3.1 METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO

3.1.1 Período de Observação - 19 a 21 de julho.

Iniciamos com a observação da instituição, seu espaço, suas salas, sua rotina e a rotina em
sala de aula e das crianças com a professora. Esse passo foi muito importante para dar início a
elaboração dos planos de aulas, que serão uma importante ferramenta que contribuirá para o
desenvolvimento das crianças e também para a formação de quem observa e que aplicará as aulas.

Dentro do que foi observado e ouvido ficou notório que o desafio era realizar um trabalho
interdisciplinar, buscando recursos que envolvessem os alunos e contribuíssem para o seu
desenvolvimento, proporcionando motivação para uma aprendizagem mais prazerosa e significativa
para as crianças, sem esquecer a ludicidade, pois o essencial é utilizar-se do universo infantil em
prol da educação.

A ideia é utilizar a o tema proposto pela escola por meio de vídeos, de jogos olímpicos, do
próprio livro didático, relacionando-os com os conteúdos que deveriam ser trabalhos como a leitura
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e escrita, cálculos matemáticos, o meio ambiente, o tempo, o espaço. Proporcionando desenvolver,


seja no aspecto cognitivo, afetivo e essencialmente nas linguagens e construção do pensamento,
possibilitando, assim um pleno desenvolvimento.

A escola visitada tem recursos disponíveis para proporcionar as crianças aulas magníficas,
com muita criatividade, também usando de tecnologia (projetores e tabletes). Realidade essa que
deveria se estender pelo país.

As aulas foram estruturadas em cinco dias, onde será detalhado cada um, onde foram
trabalhados conteúdos específicos de cada disciplina, como:

 Língua Portuguesa (Leitura e escrita, interpretação, reconhecimento de sílaba inicial


e final das palavras).
 Matemática (Interpretação e resolução de probleminhas, ideia de divisão e
multiplicação).
 Ciências/História/Geografia (Leitura, interpretação e compreensão de questões
relacionadas a biodiversidade brasileira e os valores humanos).
 E através de atividades lúdicas adequadas à idade, como: vídeos e músicas, cartazes,
atividades em fichas referente a cada tema explorado, pintura e colagem.

A avaliação foi processual, observando-se aspectos como: o interesse ao ouvir as atividades


propostas, a atenção nas explicações, a participação nas atividades propostas de forma individual e
coletiva, o respeito pelos colegas, a criatividade, a imaginação, recepção e apreensão das histórias
sobre o tema.

3.1.2 Primeiro dia de regência - 04 de julho de 2016

Iniciou-se com a chegada dos alunos, que foram sentando-se, retirando as atividades de casa
para entregar a professora e realizando a agenda do dia. Logo após, foi feita a oração, cantada a
música de boas-vindas, e a apresentação das aulas,

1ºMomento (Português): Apresentamos um vídeo sobre a origem das Olimpíadas e sobre as


mascotes. Logo após o vídeo foi realizado uma roda de conversa, onde alguns alunos expuseram
seus pensamentos, o que contribuiu em muito para o processo de oralidade e compreensão. Logo
após foi utilizado o livro didático onde foi feito a leitura de imagem e foi observado as impressões
das crianças. Foi explanada sobre os locais onde são realizados os esportes - Estádio, onde todos
mostraram que já conheciam e frequentaram com seus familiares em jogos do Estado, e através
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deste tema foi explorado a escrita, e identificação da sílaba inicial e final das palavras e o número
de letras, através de cartaz com imagens de jogadores de futebol. Foram formadas duas equipes, que
escreveram e contaram as letras dos nomes dos jogadores. Quem acertou mais, foi a equipe
vencedora. Logo após foi entregue atividades impressas sobre o tema desenvolvido, onde puderam
colocar em prática o que aprenderam.

2º Momento (Ciências/História/Geografia): Através das mascotes estudamos a fauna,


representada pela mascote Vinícius e a flora, pela mascote Tom. Foram apresentadas imagens
através do projetor de vários animais da fauna brasileira que estão em extinção. A sala foi dividida
em duplas que foram estimulados a lerem o nome do animal, onde vivem, quantos ainda existem,
sua alimentação e o motivo de estarem em extinção. Foi construído um cartaz com a escrita do
nome dos animais. Também foi apresentado imagens da flora brasileira, onde foi observado as
variedades de árvores, plantas, flores existentes em nosso país. Verificou-se sua importância para o
meio ambiente e para a sobrevivência da humanidade. O cartaz foi concluído e exposto na escola.
Ao final da aula foi entregue o roteiro do trabalho interdisciplinar, com valor de 4,0 desenvolvido
pela estagiária e aprovado pela professora regente e pela coordenação da escola.

3.1.3 Segundo dia de regência - 05 de agosto de 2016

No segundo dia, a rotina de chegada é mantida, os alunos chegam entregam a atividade e


realizam a agenda. Depois oração e música de chegada.

1ºMomento (Português): Foi apresentado o assunto através da leitura dos textos. Foi mostrado
a origem do nome das mascotes Olímpiadas e a importância de se ter um nome, foi realizado um
debate sobre o porquê dos seus nomes, os alunos foram estimulados através da oralidade, a dizerem
se sabiam da escolha dos seus nomes, foi um momento de descontração e de reconhecimento do
valor de se ter um nome, e que ele nos identifica e nos torna parte integrante da sociedade. Foi
observado a participação e colaboração das crianças. Foi entregue, logo após a atividades impressa,
onde puderam concretizar através da escrita e leitura o conhecimento adquirido.

2º Momento (Habilidades Digitais): A aula foi iniciada com projetor e foi mostrado uma das
modalidades principais das Olimpíadas - a corrida e suas modalidades. Utilizando o tablete foi
realizado uma pesquisa sobre o esporte, onde todos registraram no caderno, logo após a escrita,
todos realizaram um desenho sobre a modalidade da corrida que mais acharam interessante.

3.1.4 Terceiro dia de regência - 08 de agosto


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1ºMomento (Português): Através do tablete e projetor, foi mostrando a bandeira olímpica e


algumas bandeiras de países participantes. Alguns reconheciam algumas bandeiras, mas foi um
alvoroço quando apareceu a bandeira do Brasil. Logo após o vídeo, foi realizado uma roda de
conversa onde foi questionado para que serve uma bandeira. Houve respostas muito interessantes
como a de Pedro: “ A bandeira serve pra gente saber que é o nosso país que tá lá”; já a colega Bruna
disse: “ A bandeira é bonita, e quando a gente vê ela emociona”. Foi realizado, após observar as
impressões dos alunos, a leitura dos textos contidos no livro didático. Foram entregues as atividades
impressas e ao final foram confeccionadas bandeirinhas das Olimpíadas.

2º Momento (Matemática): A aula começou com sua rotina diária, e o tema foi apresentado
em vídeo, onde foram mostrados jogos de: futsal, futebol, vôlei, basquete, handebol; foram abertos
o momento do questionamento, como: onde o jogo ocorre? Precisa-se de quantos times para jogar?
Quantos jogadores podem ter cada time desse jogo? Foram realizados cálculos para responder aos
questionamentos motivando para o raciocínio lógico, estimulando o cálculo mental e a solução de
problemas matemáticos; foi observado a participação e colaboração dos alunos; logo após foi
elaborado um quadro comparativo das modalidades olímpicas trabalhadas. A participação foi muito
ativa, foi o momento onde todos tentaram sem receios dar respostas.

3.1.5 Quarto dia de regência - 09 de agosto de 2016

1ºMomento (Português): A aula foi iniciada com a leitura do texto A Lebre e a Tartaruga; logo
após a leitura foi discutida a história, onde foram questionados sobre a relação de perder e ganhar, o
aluno Fellipe disse: “Ganhar é bom, mas eu não ligo se perder, não”, a aluna Yasmim falou: “Eu não
gosto de perder, choro. Por isso, às vezes não gosto de brincar”, e a aluna Júlia respondeu: “Eu
gosto de brincar, se eu não ganho ou ganho eu dou risada toda hora, (risos) ”, nesse momento os
alunos foram percebendo que o importante são os momentos compartilhados juntos. Depois da
conversa foram entregues atividades, e depois foi realizado uma leitura compartilhada do texto
informativo contido no livro didático (Jogos Olímpicos e Paralímpicos), onde foram incentivados a
um momento de reflexão em relação aos direitos das pessoas com limitações e necessidades
especiais. Foi entregue atividades impressas onde os alunos tinham que identificar e formar palavras
a partir de letras misturadas.

2º Momento (Ciências/História/Geografia): Foi realizado uma competição entre os alunos,


que foram divididos em equipes, com o jogo contido no tablete (tiro com arco - modalidade
olímpica). A cada rodada as informações foram anotadas. Todos os participantes perceberam a
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importância de se trabalhar em equipe. Cada equipe representou um continente com a sua respectiva
cor. Foram realizadas atividades impressas com os anéis olímpicos.

3.1.6 Quinto e último dia de regência - 10 de agosto de 2016

Iniciamos a aula com a rotina diária, os alunos entregaram os trabalhos solicitados no dia 04
de agosto, onde foram avaliados pela estagiária e pela professora regente que orientou nas
pontuações, logo após realizamos uma breve síntese de tudo que realizamos durante a semana. A
estagiária explicou da importância da disciplina, da participação, da atenção bem como o de ouvir e
ser ouvido, do respeito e da amizade e sentimento de cooperação.

1ºMomento (Artes): A aula iniciou com a leitura sobre as medalhas e a tocha olímpicas, onde
todos os alunos ouviram atentamente e curiosos. Foi apresentado imagens impressas sobre o tema,
onde os alunos puderam manusear e ver de perto os detalhes. Logo após foram entregues os
materiais para confecção da tocha e das medalhas; os alunos foram orientados passo a passo para a
realização do trabalho. Foi gratificante vê-los com suas produções. Todos ficaram muito animados
com o resultado.

2º Momento (Matemática): após a confecção das medalhas, fizemos a entrega solene para
cada aluno, e depois os alunos foram questionados a fazerem uma contagem de todo material
produzido entre medalhas e tochas, provocando, assim, o raciocínio lógico e o cálculo mental.
Foram estimulados a trabalharem com a adição e subtração e com as noções de multiplicação e
divisão. Todos foram muito bem. Foram distribuídas as atividades impressas e depois as atividades
do livro didático. Ao final todos participaram da confecção do cartaz Olímpico e Paralímpicos.

4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO

No decorrer de todo o processo do estágio percebeu-se o quanto o olhar atento, a observação


minuciosa do professor em relação ao comportamento e a aprendizagem dos alunos é essencial para
a construção de uma aula. E em se tratando dos anos iniciais do ensino fundamental, principalmente
o 1º ano, é totalmente necessário compreender que o aprendizado só ocorrerá utilizando-se da
ludicidade e compreensão, de uma forma delicada e atenciosa, pois só assim elas aprenderão de
forma prazerosa e significativa.

Foi de fundamental importância perceber o quanto a aprendizagem prazerosa e significatica é


a base para a formação da criança, transformando-a num verdadeiro cidadão consciente. Durante
todo o processo os alunos foram participativos, atentos, colaboradores e curiosos. Mas preocupou-
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se a todo momento de ouvir o que cada aluno tinha de conhecimento prévio a cada assunto
proposto, e o quanto isso foi relevante e contribui para a construção da sua própria aprendizagem,
respeitando sempre uns aos outros.

Toda a ansiedade, curiosidade, os questionamentos, a empolgação e afeto com que a estagiária


foi recebida foi extremamente importante para que observasse o quanto é essencial amar a profissão
escolhida e se dedicar a ela, pois ao partir foi percebido que a aprendizegem teve o êxito esperado.
O quanto uma metodologia bem desenvolvida e trabalhada com responsabilidade estimula,
incentiva em todos os aspectos, contribuindo para a formação de um cidadão equilibrado emocional
e socialmente.

Verificou, também, neste estagio o quanto o estudo do professor é importante, o quanto ele
deve se aprofundar nos assuntos e conteúdos que dará, pois o aluno se sente mais seguro, até para
questionar. E a sua capacitação através da formação continuada, respeitando cada faixa etária e suas
especificidades, o olhar minucioso, a atenção, a observação, a sensibilidade, a criatividade e a busca
insessante de novos saberes para inovar e acompanhar as transformações da sociedade para que o
sempre alcance o tão esperado sucesso.

A contribuição desse estágio foi de fundamental importância para a minha a formação como
pedagoga. Pois favoreceu a minha compreensão em relação ao processo de aquisição da leitura e
escrita da turma do 1º ano, contribuindo para o seu desenvolvimento cognitivo, na oralidade, na
socialização, no respeito com o próximo, mas sem esquecer que o lúdico deve ser o norte desse
processo.

A troca de experiências entre todos os profissionais da educação, desde a auxiliar de classe


com toda a sua experiência, a professora regente com todo o seu profissionalismo ao conduzir as
aulas e a gestão com todo o seu apoio, sem esquecer dos alunos que mostrou de forma clara e sem
rodeios que se deve escutá-los e enxergá-los para que a aprendizagem aconteça de modo
compreensiva e satisfatória.

O estágio foi finalizado com êxito e com a certeza de que se todos os profissionais da
educação começarem a olhar para os alunos de modo que percebem as suas necessidades e
dificuldades, focando em um trabalho direcionado para saná-las com dedicação e responsabilidade,
não restará a menor dúvida que será encontrado o caminho para a tão almejada aprendizagem
significatica, pois deve-se focar não somente no aluno que recebe o ensino, mas no professor que irá
mediar esse mesmo ensino, preparando esses profissionais com maior responsabilidade, e o próprio
professor refletindo sobre suas práticas, buscando inová-las sempre.
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O trabalhado nesse estágio obteve sucesso por se respeitar o aluno, observando seus
interesses, suas ações e adaptando os conteúdos que devem ser trabalhados nessa faixa etária, para
que tenham interesse e seja ao mesmo tempo compreendido, aprendido e prazeroso para todos.

REFERÊNCIAS

BRASIL, Lei 9394- LDB- Lei das Diretrizes e Base da Educação, de 20 de dezembro de 1996.

BRASIL. Lei de Diretrizes e bases da educação nacional. Lei 9.394/96. 10ª ed. Carlos. Roberto
Jamil Cury. Rio de Janeiro: DP&A, 2006, p. 214.

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